CIA TEATRO AUTÔNOMOhistórico

Formada em 1989, a partir da criação do espetáculo Sísifo, inspirado em “O Mito de

Sísifo” de Albert Camus, a CIA TEATRO AUTÔNOMO vem investindo numa pesquisa constante e

conseqüente de possibilidades singulares para a cena.Uma das particularidades da CIA TEATRO AUTÔNOMO diz respeito ao o modo de

criação de seus trabalhos, pois, a cada novo projeto, o próprio espetáculo em sua totalidade vai-se

construindo nos ensaios, através de procedimentos que incluem estudos, dispositivos de ensaio-

erro-acaso, improvisações, entre outros, com a participação de todos os integrantes da companhia.Assim aconteceu em 1992 com Mann na Praia, baseado nos temas centrais da obra de

Thomas Mann. Apresentado na Fundição Progresso/RJ e SESC-Pompéia/SP, Mann na Praia era um

olhar particularmente teatral sobre a necessidade de conhecer e compreender o lado oculto,

obscuro da existência, ponto fundamental da obra desse romancista que deu forma a um universo

cheio de oposições, duplicidades, ironias e ambigüidades.Minh´alma é Imortal, cuja estréia aconteceu no SESC-Pompéia, em 1994, realizando

posteriores temporadas no Rio de Janeiro, levava à cena uma fábula tragicômica sobre as frustradas

esperanças humanas. Construído a partir do encontro de dez personagens-símbolos de pulsações

humanas como a fé, a agonia, o sonho, o sexo etc., Minh´alma é Imortal acontecia em dois palcos

contíguos separados por uma parede, onde havia somente uma janela. Ao público, igualmente

dividido em dois grupos, era, por vezes, possível assistir ao que ocorria do outro lado por esta janela.Em 1995, aconteceu a estréia de 7x²=y - uma parábola que passa pela origem,

espetáculo que integrou o Projeto Mizanceni, do RioArte. Representação matemática de uma

parábola, 7x²=y era um Teatro feito de Teatros, que abordava a responsabilidade do homem pelo

mundo de signos e significações que o rodeia. Isto através da trajetória de desconstrução,

criticamente gótica, de uma ingênua donzela, cujo súbito aparecimento numa casa em ruínas

perturba definitivamente a rotina dos exóticos irmãos que ali vivem.Em 1996, a CIA TEATRO AUTÔNOMO é um dos representantes brasileiros no Festival

Internacional de Teatro/RioCena Contemporânea, com o espetáculo Minh´alma é Imortal. No

mesmo ano, vence o Prêmio Rio-Teatro para a montagem de seu novo espetáculo, A Noite de Todas

as Ceias.À volta de uma mesa se encontram doze figuras que, motivadas pela superstição de

que, se treze pessoas se sentarem à mesa, uma delas inevitavelmente morrerá, disparam uma

trama cênica de auto-sobrevivência e barbárie. A partir desta situação-chave, A Noite de Todas as

Ceias se construía como um teatro marcado pela necessidade x medo do outro, onde emoções

contrárias convivem num estado de mútuo esgarçamento.

A CIA TEATRO AUTÔNOMO integrou, em 1997, o projeto "Buscas, Rupturas &

Transgressões", uma amostragem das novas tendências teatrais do país, promovida pelo Centro

Cultural São Paulo, com Minh´alma é Imortal e A Noite de Todas as Ceias, realizando, ainda, oficinas

sobre os processos criativos da companhia. Em 1998, participou do evento de popularização do

teatro, "Mês Teatral", promovido pela Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo, com o

espetáculo A Noite de Todas as Ceias; e, em 2001, do projeto "Palco de Experimentação" do Sesc/RJ

com Minh´alma é Imortal.Em 2002, a CIA TEATRO AUTÔNOMO realizou o estudo cênico uma coisa que não tem

nome (e que se perdeu), em conjunto com uma oficina sobre os pontos nele levantados. O

desencanto, o abandono, a perda de referência, o silêncio aterrador da condição humana eram os

temas deste estudo que se constituiu como o gerador das questões estéticas desenvolvidas

atualmente pela companhia, e que nortearam a criação de seu próximo espetáculo, ainda em 2002,

um bando chamado desejo.Do que se é capaz levado pelo desejo - essa pulsação humana capaz de ignorar toda e

qualquer convenção e criar ao seu redor um universo das mais plurais perversidades? Em torno

desta questão é que se construiu, um bando chamado desejo, uma experiência cênica em que o

espectador era também criador, ao consumar sua própria versão da estória, da qual assistia

somente a fragmentos. E isto se dava numa arena seccionada, em que, a cada fatia de público ao

redor do palco, era apresentada uma cena diversa, através de grandes janelas que encerravam o

espaço, sugerindo tanto uma vitrine laboratorial quanto um palco de peep-show.A impressão de que a vida se constitui de eventos fortuitos cujo sentido final é apenas

uma possível versão, entre muitas, foi o mote de deve haver algum sentido em mim que basta,

espetáculo comemorativo de 15 anos da CIA TEATRO AUTÔNOMO, realizado em 2004-05, vencedor

dos Prêmios de Melhor Espetáculo da APCA, Qualidade Brasil, Shell nas categorias atriz e cenário,

além da indicação ao prêmio de melhor direção. Neste trabalho, uma mesma situação se

apresentava em três épocas distintas - cada uma tendo como foco um dos personagens -, para

tratar da incessante busca humana por algum sinal capaz de transcender, justificar ou aplacar os

lugares vazios da alma.Ainda em 2004, a companhia participou do Projeto Palco Giratório, do Sesc,

apresentando-se em cidades do Paraná, Ceará e Pernambuco, realizando, paralelamente, oficinas

sobre seu processo de criação.Em 2005-06, a CIA TEATRO AUTÔNOMO criou e realizou o espetáculo e agora nada é

mais uma coisa só. Em cartaz no Rio de Janeiro, no Espaço Sesc, e na Grande Galeria da Caixa

Cultural, e agora nada é mais uma coisa só trata do caráter múltiplo da realidade e das infinitas

impressões que daí decorrem para, então, reencontrar a relatividade de sentido das coisas do

mundo.

Em 2007, a CIA TEATRO AUTÔNOMO realizou a performance Site Specific for Love que

teve sua estréia no Scenofest/Quadrienal de Praga, apresentando-se posteriormente no

Riocenacontemporânea/2007 e no evento Performance Presente Futuro, promovido pelo Oi Futuro.Em continuidade a sua pesquisa, em 2008, a CIA TEATRO AUTÔNOMO criou e realizou

-nu de mim mesmo, cujo tema central é a finitude das ações humanas, heróicas ou não. Buscava-se,

ainda com este projeto, a "inclusão da escuta na cena teatral", ou seja, fazer com que o espectador

tenha, em relação à cena apresentada, uma efetiva inclusão afetiva. Por outras palavras, o projeto

pretendeu que a cena criasse um espaço de ressonância afetiva no espectador, de tal maneira que

ele se sentisse diretamente incluído na tessitura cênica. Ou ainda: como estabelecer diálogos com

os espectadores através de suas próprias histórias? E ainda, no mesmo ano, participou da

Quadragésima Edição Festival Internacional de Londrina - FILO, com o espetáculo deve haver

algum sentido em mim que basta.Recentemente a CIA TEATRO AUTÔNOMO foi convidada para se apresentar em

Portugal com os espetáculos deve haver algum sentido em mim que basta e -nu de mim mesmo.

Principais Patrocinadores

Prefeitura do Rio de Janeiro – Prêmio Funarte de Teatro Myriam Muniz, com patrocínio da PetrobrasBanco do Brasil ( temporada de Brasília) e SESC SP (temporada em São Paulo)

Grupo Telemar – Prefeitura do Rio de Janeiro

Banco do BrasilSESC SP (temporada em São Paulo) e FUNARTE

SESC- Rio de Janeiro

RioArte / Secretaria das Culturas

Prefeitura do Rio de Janeiro / Secretaria Municipal de Cultura do Rio de JaneiroPrefeitura de São Paulo (temporada e apresentações em São Paulo)

RioArte – Secretaria Municipal de Cultura do Rio de Janeiro

SESC-Pompéia / RioArte – Secretaria Municipal de CulturaPrefeitura de São Paulo (temporada e apresentações em São Paulo)

-nu de mim mesmo

e agora nada é mais uma coisa só

deve haver algum sentido em mim que basta

um bando chamado desejo

uma coisa que não tem nome (e que se perdeu)

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Espetáculo:Veículo: O GLOBO / Informe PublicitárioCidade: Rio de JaneiroData: 31 de julho de 2004

DEVE HAVER ALGUM SENTIDO EM MIM QUE BASTA

Veículo:Cidade: São PauloData: 1997

REVISTA D’ ART

Espetáculo:Veículo: O GLOBOCidade: Rio de JaneiroData: 04 de junho de 2008

-NU DE MIM MESMO

Espetáculo:Veículo: CORREIO BRAZILIENSECidade: BrasíliaData: 13 de dezembro de 2008

-NU DE MIM MESMO

Palco carioca e intimista: Nu de Mim Mesmo

Trupe já premiada com APCA em São Paulo por Deve Haver Algum Sentido emMim Que Basta traz do Rio um novo trabalho

Beth Néspoli

Criada em 1989, portanto celebrando 20 anos de existência, a carioca Cia. TeatroAutônomo dirigida por Jefferson Miranda fez poucas incursões à cidade de São Paulo.Na última delas, com a peça Deve Haver Algum Sentido em Mim Que Basta,apresentada no Sesc Belenzinho, ganhou o Prêmio da Associação Paulista deCríticos de Arte (APCA 2005) de melhor espetáculo. Quem viu não esquece desde oespaço cênico forrado de folhas secas até a firme sutileza com que os atores envolviam oespectador e o conduziam a apreender o tempo, ou a passagem dele, agindo sobrepersonagens muito próximos, no sentido físico e no da identificação.

Pois agora o grupo volta à cidade para apresentar, a partir de hoje no Sesc da AvenidaPaulista, em curtíssima temporada, seu mais recente trabalho: Nu de Mim Mesmo.Desta vez o espetáculo nasce de depoimentos pessoais, tanto dos atores quanto coletadosem entrevistas, mas que ninguém espere uma cena confessional voltada pararessentimentos mesquinhos e individualistas. No palco, os atores Adriano Garib, FábioDultra, Júlia Lund, Miwa Yanagizawa e Otto Jr. interpretam personagens emintenso diálogo com seu tempo.

Assim, a montagem busca traçar um painel das transformações dos últimos 50 anos, apartir da década de 40. Mas sempre no campo subjetivo, ou seja, numa chave intimistade investigação do homem como agente e receptor da organização social em que estámergulhado.

Roteiro e direção levam a assinatura de Jefferson Miranda e no palco estão ainda omúsico Felipe Storino e Flávio Graff, dramaturgista da companhia, que também estápresente com algumas interferências no palco. Bem, melhor seria dizer tablado, uma vezque público e atores ocupam o mesmo espaço cênico, cercado de telões que exibemprojeções criadas por Flavio Graff e os videoartistas Fernanda Ramos e PhilipeCanedo.

Embora não haja uma trama no sentido tradicional, a peça gira em torno de um físicobem-sucedido em crise. Subitamente, ele percebe quanto se distanciou das relaçõeshumanas e afetivas no ímpeto de tornar-se uma referência em sua área, de serreconhecido. Quem viu o espetáculo anterior pode esperar uma continuidade na vertentede pesquisa do grupo, que dá ao espectador a sensação de que tudo acontece aqui eagora no palco, como se não houvesse texto prévio.

"A partir da constatação, o personagem começa a se interessar pelas pessoas, a olhá-las

Espetáculo:Veículo: ESTADÃOCidade: São PauloData: 13 de fevereiro de 2009

-NU DE MIM MESMO

Espetáculo:Veículo: VEJA SÃO PAULOCidade: São PauloData: 01 de março de 2009

-NU DE MIM MESMO

Espetáculo:Veículo: TRIBUNA DA IMPRENSACidade: Rio de JaneiroData: 15 de novembro de 2006

E AGORA NADA É MAIS UMA COISA SÓ

Espetáculo:Veículo: O GLOBOCidade: Rio de JaneiroData: 19 de novembro de 2005

E AGORA NADA É MAIS UMA COISA SÓ

Espetáculo:Veículo: SITE FACHADACidade: Rio de JaneiroData: 16 de março de 2006

E AGORA NADA É MAIS UMA COISA SÓ

Espetáculo:Veículo: O GLOBOCidade: Rio de JaneiroData: 25 de julho de 2004

DEVE HAVER ALGUM SENTIDO EM MIM QUE BASTA

Espetáculo:Veículo:TRIBUNA DA IMPRENSACidade: Rio de JaneiroData: 28 de julho de 2004

DEVE HAVER ALGUM SENTIDO EM MIM QUE BASTA

Espetáculo:Veículo:JORNAL DO BRASIL / Revista ProgramaCidade: Rio de JaneiroData: 30 de julho de 2004

DEVE HAVER ALGUM SENTIDO EM MIM QUE BASTA

Espetáculo:Veículo:VejaCidade: Rio de JaneiroData: 28 de julho de 2004

DEVE HAVER ALGUM SENTIDO EM MIM QUE BASTA

Espetáculo:Veículo: JORNAL DO BRASILCidade: Rio de JaneiroData: 28 de agosto de 2004

DEVE HAVER ALGUM SENTIDO EM MIM QUE BASTA

Espetáculo:Veículo: BRAVO!Cidade: São PauloData: Agosto de 2004

DEVE HAVER ALGUM SENTIDO EM MIM QUE BASTA

Espetáculo:Veículo: CORREIO BRAZILIENSECidade: BrasíliaData: 04 de março de 2005

DEVE HAVER ALGUM SENTIDO EM MIM QUE BASTA

Espetáculo:Veículo: O ESTADO DE SÃO PAULOCidade: São PauloData: 15 de julho de 2005

DEVE HAVER ALGUM SENTIDO EM MIM QUE BASTA

Espetáculo:Veículo: TRIBUNA DA IMPRENSACidade: Rio de JaneiroData: 14 de novembro de 2002

UM BANDO CHAMADO DESEJO

Espetáculo:Veículo: TRIBUNA DA IMPRENSACidade: Rio de JaneiroData: 16 de julho de 2002

UMA COISA QUE NÃO TEM NOME (E QUE SE PERDEU)

Espetáculo:Veículo: GLOBO ON LINECidade: Rio de JaneiroData: 24 de julho de 2002

UMA COISA QUE NÃO TEM NOME (E QUE SE PERDEU)

Espetáculo:Veículo: JORNAL DO BRASILCidade: Rio de JaneiroData: 15 de novembro de 1996

A NOITE DE TODAS AS CEIAS

Espetáculo:Veículo: JORNAL DO COMMERCIOCidade: Rio de JaneiroData: 01 de dezembro de 1996

A NOITE DE TODAS AS CEIAS

Espetáculo:Veículo: JORNAL DA TARDECidade: São PauloData: 27 de setembro de 1997

MINH’ ALMA É IMORTAL / A NOITE DE TODAS AS CEIAS

Espetáculo:Veículo: DIÁRIO POPULARCidade: São PauloData: 17 de setembro de 1997

A NOITE DE TODAS AS CEIAS

Espetáculo:Veículo: JORNAL DO BRASILCidade: Rio de JaneiroData: 17 de novembro de 1995

7x²=y - UMA PARÁBOLA QUE PASSA PELA ORIGEM

Espetáculo:Veículo: O GLOBOCidade: Rio de JaneiroData: 07 de julho de 1994

MINH’ALMA É IMORTAL

Espetáculo:Veículo: O DIÁRIOCidade: Mogi das CruzesData: 28 de setembro de 1997

MINH’ALMA É IMORTAL

Espetáculo:Veículo: FOLHA DA TARDECidade: São PauloData: 13 de novembro de 1992

MANN NA PRAIA

Espetáculo:Veículo: O DIACidade: Rio de JaneiroData: 07 de novembro de 1989

SÍSIFO