Cibercultura e teoria da atividade

20
A Cibercultura na perspectiva da Teoria da Atividade

Transcript of Cibercultura e teoria da atividade

Page 1: Cibercultura e teoria da atividade

A Cibercultura na perspectiva da Teoria da Atividade

Page 2: Cibercultura e teoria da atividade

Correlacionar os aprendizados

proporcionados pela Cibercultura com os fundamentos básicos da Teoria da Atividade, no que se refere à construção do conhecimento a partir da relação das capacidades humanas com as capacidades sociais.

Objetivo

Page 3: Cibercultura e teoria da atividade

Material de análise

Recortes do conteúdo de postagens da disciplina Informática Educativa I, do curso Novas Tecnologias no Ensino de Matemática.

Page 4: Cibercultura e teoria da atividade

Cibercultura

De acordo com Edméa(2010),

“.....é a cultura contemporânea estruturada pelo uso dastecnologias digitais em rede nas esferas do ciberespaço e das cidades.Compreendemos tais esferas como espaçostempos cotidianos de ensinoaprendizagem, que preferimos nomear de redes educativas ou espaços multirreferenciais de aprendizagem. Redes educativas são espaçostempos que se instituem em múltiplos contextos, nos quais vamos tecendo o conhecimento (Alves, 2010). Os espaços multirreferenciais de aprendizagem são aqueles que contemplam e articulam diversos espaços, tempos,linguagens, tecnologias para além dos espaços legitimados pela tradição da ciência moderna.”

Page 5: Cibercultura e teoria da atividade

Teoria da Atividade

Entende-se por Teoria da Atividade os estudos relacionados aos processos mentais humanos cujo elemento norteador é a atividade humana de cunho individual e ou coletivo, tendo Vygotsky como precursor, por ter elaborado os conceitos fundamentais. Suas ideias foram consolidadas por Leontiev, configurando a teoria em uma estrutura organizada que pressupõe a ação reflexiva do sujeito sobre o objeto. Os princípios histórico-culturais da Teoria da Atividade são constituídos por desdobramentos da teoria sócio-cultural de Vygotsky.(Libâneo, 2008)

Page 6: Cibercultura e teoria da atividade

Mediação – 5º princípio da TA

“consitui-se da visão de que a atividade humana é mediada por ferramentas externas (computador) ou internas (conceitos) que os seres humanos desenvolvem e usam para ajudá-los a atingir seus objetivos. As ferramentas são desenvolvidas e adaptadas como um resultado das transformações sociais e culturais que ocorrem no ambiente.” (HEEMANN, 2004, p.6)

Page 7: Cibercultura e teoria da atividade

Elementos - mediação

De acordo com a TA, a mediação é utilizada para compreender que as relações estabelecidas em um sistema de atividade não são diretas, mas sim mediadas por artefatos (operações).Esses, por sua vez podem se efetivar por meio de conhecimento cultural e experiência social ou podem se desenvolver ao longo da história da sociedade, emergindo de um objeto(motivo) que se constroe por ações (atividade humana).

Page 8: Cibercultura e teoria da atividade

Relação da Cibercultura com os elementos sócio-culturais da TA

Objteto(motivo)

Ação(metas) Artefatos(operações)

universalizaçãodo conhecimento com foco nodesenvolvimentointelectual

colaboração, argumentação, provocação, sensibilização, criatividade,autoria,interaçãomotivação,contestação,compartilhamento,iniciativa, autonomia

fóruns, vídeos, imagens, textos,trabalhos,produções,vivências, pesquisas

5ºprincípiomediação Atividade humana Experiência

social

Page 9: Cibercultura e teoria da atividade

TA e Cibercultura

Tomando a mediação, como princípio básico para apresentar a relação dos aspectos fundamentais da TA com a Cibercultura, seguem a classificação relacionada à atividade humana e recortes do fórum da 2ª semana do conteúdo da disciplina Informática Educativa I (NTEM)

Page 10: Cibercultura e teoria da atividade

Atividade humana: reprodução e provocação

1) Quanto ao uso das tecnologias no contexto geral da educação, gostaria de destacar o seguinte trecho do texto de Libâneo:

 “Algumas propostas de educação influenciadas pelo impacto das tecnologias da informação e comunicação teriam como objetivo desenvolver competências cognitivas e operacionais com a utilização de computadores”.

O relato acima se aproxima bastante da corrente pedagógica racional-tecnológica. Os objetivos de um ensino nessa tendência estão atrelados à aquisição de habilidades técnicas específicas para atender às expectativas do mercado, para o desenvolvimento do capitalismo. E os anseios dos estudantes, suas expectativas? Onde ficam nessa história? Bem, falando numa linguagem atual, ficam “off line”.

Page 11: Cibercultura e teoria da atividade

O que mais chamou minha atenção na entrevista do Conexão Futura foi o questionamento da tecnologia ser tratada como uma ferramenta ou como um meio de educação, a profª Rosa foi bem incisiva ao declarar que “ainda é uma ferramenta, ainda não é integrada ao currículo...”

          Depois de ouvir tanto que estamos muito distante do desejado para a tecnologia na educação nessa entrevista, me parece uma utopia termos essa tecnologia tratada como um processo como você afirmou na sua citação de Castells, não só ele acredita nisso, mas também Edméa Santos quando diz que “(…) as tecnologias digitais são mais que ferramentas pedagógicas ou extensões de nossas capacidades físicas e  ou intelectuais” e ainda cita Santaella “Extensão não é a mesma coisa de mediação.”

Atividade humana: contestação e sensibilização

Page 12: Cibercultura e teoria da atividade

Atividade humana: motivação e interação

Nossas vidas estão interligadas e a escola não pode ficar de fora!

Page 13: Cibercultura e teoria da atividade

Atividade humana: colaboração, compartilhamento e criatividade

Sobre a internet, tenho vivido algo bem interessante em uma das escolas que trabalho, o trabalho colaborativo. Nessa escola, fazemos o simulado e postamos no google doc,  assim todos os professores tem a visão , antes da prova de como está sendo produzindo. E como a escola tem a proposta de ensino médio integrado,  baseando-se numa questão, por exemplo, de história, podemos montar uma questão de história, de física, de matemática. etc...

Page 14: Cibercultura e teoria da atividade

Atividade humana: provocação, motivação, contestação

Lembranças que não fazem falta. E quando terminarmos este curso talvez este facebook muito usufruído poderá estar substituído. A educação do século XXI irá, a cada novo dia, incorporar novos recursos tecnológicos ao cotidiano do aluno, e as escolas que não se propuserem a incorporar tais ferramentas ao trabalho em sala de aula estarão se distanciando de seus alunos, nativos digitais, e da sociedade como um todo, estando, portanto, correndo grandes riscos quanto a sua própria sobrevivência em um mercado cada vez mais voraz por novos meios e recursos que possibilitem uma melhor aprendizagem. 

Page 15: Cibercultura e teoria da atividade

Atividade humana: criatividade, iniciativa, colaboração, interação, reprodução

Essas orientações podem te ajudar a pensar sobre a ideia de usar o face na educação. São dicas do Instituto Paramitas - São Paulo. Dê uma olhadinha na matéria, talvez possa ajudar.

Page 16: Cibercultura e teoria da atividade

Conclusão

O estudo sistematizado na dinâmica da EAD, conduz à participação consistente nos fóruns, promovendo discussões e provocações que levam à construção do conhecimento compartilhado.Assim, na perspectiva da TA (5º princípio-mediação), o universo da Cibercultura conduz à atividade que representa a ação humana que mediatiza a relação entre o homem, sujeito da atividade e os objetos da realidade.Nesse movimento, acontece a elaboração, o processamento e a disseminação do conhecimento.

Page 17: Cibercultura e teoria da atividade

Observações

O trabalho foi realizado com o apoio teórico do material disponibillizado pelo curso NTEN – grupo 06 – disciplina Informática na Educação I :

AS TEORIAS PEDAGÓGICAS MODERNAS RESIGNIFICADAS PELO DEBATE CONTEMPORÂNEO NA EDUCAÇÃO - José Carlos Libâneo

A CIBERCULTURA E A EDUCAÇÃO EM TEMPOS DE MOBILIDADE E REDES SOCIAIS:CONVERSANDO COM OS COTIDIANOS - Edméa Santos

Page 18: Cibercultura e teoria da atividade

Referências

DANIELS, Harry. Vygotsky e a Pedagogia. Editora Loyola: São Paulo. 2003.

HEEMANN, Christiane. Teoria da Atividade e o Ensino de Línguas. Anais do VI Encontro do Circulo de Estudos Linguísticos do Sul – CELSUL / UFSC. Florianópolis - SC. 2004.

LIBÂNIO, José Carlos e FREITAS, Raquel A. M.. VYGOTSKY, LEONTIEV, DAVYDOV – TRÊS APORTES TEÓRICOS PARA A TEORIA HISTÓRICO-CULTURAL E SUAS CONTRIBUIÇÕES PARA A DIDÁTICA. SBHE. 2008.

Page 19: Cibercultura e teoria da atividade
Page 20: Cibercultura e teoria da atividade

MUITO OBRIGADA!