CIDADES REBELDES - Resenha Parte Dois

download CIDADES REBELDES - Resenha Parte Dois

of 5

description

cidades rebeldes

Transcript of CIDADES REBELDES - Resenha Parte Dois

UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPRITO SANTOCENTRO DE CINCIAS HUMANA E NATURAISDEPARTAMENTO DE CINCIAS SOCIAIS

DICIPLINA: SOCIOLOGIA 2ALUNA: Ana Luza Ges Ozanan

RESENHA

CIDADES REBELDES Do direito cidade revoluo urbana DAVID HARVEYSEGUNDA PARTE: CIDADES REBELDESREIVINDICANDO A CIDADE PARA A LUTA ANTICAPITALISTAA urbanizao, a organizao do espao um fato crucial para a histria da acumulao do capital, e as foras do capital devem mobilizar-se periodicamente a vida urbana, ento uma luta de classes est inevitavelmente envolvida. No so apenas centros urbanos excepcionais que esto envolvidos com a luta de classe de base urbana, em vrios momentos o espirito de protesto e revolta alastrou-se pelas redes urbanas, ou seja, ideias que desencadeiam reaes em vrios centros urbanos simultaneamente criando uma possibilidade de uma rede global politica. Surge a duvida se a cidade apenas um lugar passivo onde surgem e se manifestam as correntes de luta poltica. David coloca que em parte correta essa afirmativa, porm clara a influencia de certas caractersticas ambientais urbanas que so mais propcias ecloso de protestos. A centralidade uma dessas caractersticas urbanas, uma praa central por exemplo. O poder politico se preocupa constantemente em reorganizar a infraestrutura para que a parte insatisfeita fique sob controle. Fica clara a importncia da organizao territorial na luta poltica. Outro ponto importante colocado pelo autor que a importncia de um protesto poltico medida pela sua capacidade de interromper a economia urbana, qual o poder dele de paralisar o sistema. MUDANAS DE PERSPECTIVAS DA ESQUERDA SOBRE AS LUTAS ANTICAPITALISTAS Harvey questiona se essas varias manifestaes urbanas so efeitos das aspiraes humanas globais e se no tem relao alguma com as peculiaridades da vida urbana, se existe alguma coisa no processo urbano, no capitalismo que tenha capacidade para fundamentar as lutas anticapitalistas. Para muitos a interpretao geogrfica dos movimentos polticos urbanos so prejudicadas por suposies, muitas vezes os movimentos sociais urbanos so vistos como algo separado ou at mesmo subordinados aos movimentos anticapitalistas, so constantemente interpretadas como reproduo em vez de produo. A luta anticapitalista vista de uma perspectiva marxista baseada na relao de classe entre capital e trabalho, na produo e apropriao da mais-valia. Aparece a questo da relao da urbanizao com o objetivo da luta anticapitalista, onde no claro no inicio, mas depois as questes da tentativa de mudar o mundo pelo controle dos trabalhadores, e onde os projetos de propriedades, por exemplo e suas funes. Muitas vezes os trabalhadores podem entrar em um estado de autoexplorao coletiva repressiva, como o capital impe. Acabando com os poderes que a lei capitalista usa para controlar as condies da produo, acaba tambm a relao de classe na produo. Porm acabar com essas relaes algo altamente difcil, alm da dificuldade em driblar os poderes do estado que tentam a todo custo impedir quando alguma medida tomada para tentar acabar com essa relao minando aos poucos alguns pontos usando o poder da classe operria, por exemplo.

ALTERNATIVASO autor coloca alguns questionamentos para se pensar sobre quaisquer solues devem ser organizadas de forma poltica e coloca trs questes que ele considera fundamental para isso.A primeira das questes a se pensar a do empobrecimento material e os problemas de acumulao de riqueza e repensar relaes sociais diferentes das j existidas no capitalismo.O segundo ponto colocado a questo ambiental e seus riscos devido a degradao. Transformar a relao com a natureza, mudando o estilo de vida e tomando uma srie de atitudes para priorizar as coisas certas.O terceiro ter um entendimento da histria e construo do capitalismo e sua trajetria. Precisa ser pensado em quem poderia, e se seria possvel, se organizar para resolver esse problema. O que nos leva a voltar na questo da luta de classes e a concepo de controle pelos trabalhadores. Harvey afirma que a histria das lutas trabalhistas precisa ser reescrita, sempre lembrando da relao de poder e da fora sindical, propondo uma nova abordagem na organizao do trabalho. O DIREITO CIDADE COMO REIVINDICAO POLTICA CLASSISTA O direito cidade surge como uma possibilidade de motivar a luta anticapitalista, parece como um significante vazio repleto de possibilidade e s depende de quem coloca-la como um importante significado, colocando o contexto urbano em evidncia. O direito cidade aparece como um direito coletivo de todos aqueles que reproduzem a vida cotidiana. um direito complicado por causa das condies de urbanizao capitalistas. Deve ser entendido como um direito de recriar a cidade, e para isso acontecer as formas de urbanizao que geram a acumulao de capital deve acabar.

A CAMINHO DA REVOLUO URBANAO autor afirma que trs teses surgem a partir disso. A primeira delas que as lutas trabalhistas tem uma maior chance de sucesso se houver apoio de foras populares reunidas em lugares comunitrios, ou seja, existe uma ligao com o espao. A segunda coisa a se pensar no conceito de trabalho restrita s modalidade industriais e sua reproduo de cotidiano. Aqueles que esto em uma luta por melhores condies tem a mesma importncia daquele que faz a vida cotidiana acontecer, aquele que faz a energia chegar na nossa casa, por exemplo. E por ltimo, a luta dos trabalhadores contra a apropriao do capital da mais-valia deve ter a mesma importncia e status das lutas nos diferentes pontos do mbito urbano.COMO, ENTO, SE ORGANIZA UMA CIDADE?Ainda no se tem uma resposta concreta para essa pergunta. O autor coloca que um dos motivos de no sabermos responder essa pergunta por no termos refletido sobre a questo o suficiente, e o mais perto de uma boa soluo uma teoria da cidade como forma corporativa. Uma das dificuldades entender qual o papel especifico dos locais dos acontecimentos, o papel especfico da relao com o espao urbano nas lutas. possvel estabelecer uma cidade politizada a partir dos processos da urbanizao neoliberal. MOVIMENTOS FUTUROO ponto questo da importncia da organizao de uma cidade. E entra novamente toda a questo da relao de poder de autoridade, e uma forma de estabelecer regras gerais.Harvey destaca a viso de Marx de que a liberdade s possvel se a coero material for deixada para trs, que ressalta que a reivindicao das cidades e sua organizao um excelente ponto de partida das lutas anticapitalistas.