Ciência Política - I · Ciência Política - I Pensamento Político Contemporâneo e Democracia...

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Ciência Política - I Pensamento Político Contemporâneo e Democracia Contra o Absolutismo: Revoluções liberais. Direito Natural e o Contrato de consentimento em John Locke. Estado e Propriedade. O Estado Liberal. A doutrina do direito de resistência.

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Ciência Política - IPensamento Político Contemporâneo e Democracia Contra o Absolutismo: Revoluções liberais. Direito

Natural e o Contrato de consentimento em John Locke. Estado e Propriedade. O Estado Liberal. A doutrina do

direito de resistência.

Durante a Guerra Civil inglesa, Jaime foi capturado em Oxford em 1646, com apenas dez anos de idade, mas escapou para a Holanda e para a França em 1648. No exílio, ele serviu nas armadas espanholas e francesas. Foi designado alto comandante da Inglaterra com a restauração de seu irmão Charles II 1660. Contudo, sua conversão o catolicismo em 1668/69 provocou uma oposição dos protestantes. Ele era herdeiro ao trono inglês. Em 1679, deflagra-se a crise da exclusão, movida pelos protestantes mais radicais, que desejam excluí-lo da linha sucessória. É nesse conflito que surgem os primeiros partidos ingleses, os Whigs, que o querem excluir, e os Tories, que querem ver respeitada a sucessão rigorosamente.

Jaime II

Guilherme III de Inglaterra, II

da Escócia

Educado como Protestante, foi rei da

Inglaterra e Irlanda a partir de 13 de Fevereiro

de 1689, e rei da Escócia a partir de 11 de Abril de 1689, em

conjunto com a mulher Maria II da Inglaterra. Ele recebeu a

coroa de Inglaterra, Escócia e Irlanda no seguimento da

Revolução Gloriosa, durante a qual o seu tio e sogro Jaime II da

Inglaterra, foi deposto.

Rei da Inglaterra, da Escócia e da Irlanda desde

27 de Março de 1625, até à sua morte.

Foi canonizado como Santo Mártir pela Igreja

Católica. A sua luta pelo poder travada contra o

Parlamento Inglês tornou-se famosa. Como ele era um defensor

do Direito Divino dos Reis, no parlamento, dissolvido por ele em

1628 e mais tarde nos que foi forçado a reunir em 1640, seus

inimigos temeram que ele conseguisse o poder absoluto. Houve

oposição generalizada a muitas de suas ações, especialmente a

imposição de impostos sem o consentimento do parlamento.

Carlos I ou Charles I

Revolução Gloriosa foi um dos eventos mais importantes na longa evolução dos poderes do Parlamento do Reino Unido e da Coroa Britânica. A aprovação, pelo parlamento, da “Bill of Rights”, tornou impossível o retorno de um católico à Monarquia e acabou com as tentativas recentes de instauração do Absolutismo Monárquico nas Ilhas Britânicas, ao circunscrever os poderes do rei.

1689

O evento marcou a submissão da coroa ante o parlamento. A

partir de então, os novos monarcas devem a sua posição

ao parlamento. O sucesso da Revolução

Gloriosa veio sete anos depois da Rebelião Monmouth em

destituir o rei.

1689

Movimento político, militar e religioso que destruiu o absolutismo na Inglaterra

instalando naquele país a primeira monarquia parlamentar da história.

Definição

Filósofo inglês e Ideólogo do liberalismo considerado o principal representante do Empirismo Britânico e um dos principais teóricos do Contrato Social. Ele rejeitava a doutrina das ideias inatas e afirmava que todas as nossas ideias tinham origem no que era percebido pelos sentidos, foi o primeiro a definir o "si mesmo" através de uma continuidade de consciência. Retornou a Inglaterra após a Revolução Gloriosa

John Locke

Opositor dos Stuart, se encontrava refugiado na Holanda, retornou à Inglaterra após o triunfo da Revolução Gloriosa. Em 1689-90 publica suas

principais obras: Cartas sobre a tolerância, Ensaio sobre o entendimento humano e os Dois

tratados sobre o governo civil.

John Locke

Com Hobbes e Rousseau, Locke é um dos principais

representantes do jusnaturalismo ou teoria dos direitos naturais. O modelo jus-naturalista de Locke é,

em suas linhas gerais, semelhante ao de Hobbes: ambos partem do estado de natureza que, pela

mediação do contrato social, realiza a passagem para o estado civil. Existe, contudo, grande diferença na

forma como Locke, diversamente de Hobbes, concebe especificamente cada um dos termos do

trinômio estado natural - contrato social - estado civil.

O estado de natureza

Era uma situação real e historicamente determinada pela qual passara, ainda que em épocas diversas, a maior parte da humanidade e na qual se encontravam ainda alguns povos, como as tribos norte americanas. Esse estado

de natureza diferia do estado de guerra hobbesiano, baseado na insegurança e na

violência, por ser um estado de relativa paz, concórdia e harmonia.

O estado de natureza segundo Locke

Locke utiliza também a noção de propriedade numa

segunda acepção que, em sentido estrito, significa

especificamente a posse de bens móveis ou

imóveis. A teoria da propriedade de Locke, que é

muito inovadora para sua época, também difere

bastante da de Hobbes.

A teoria da propriedade

O homem era naturalmente livre e proprietário de sua pessoa e de seu trabalho. Como a terra fora

dada por Deus em comum a todos os homens, ao incorporar seu trabalho à matéria bruta que se

encontrava em estado natural o homem tornava-a sua propriedade privada, estabelecendo sobre ela

um direito próprio do qual estavam excluídos todos os outros homens. O trabalho era, pois, na concepção de Locke, o fundamento originário

da propriedade.

O estado de natureza, relativamente pacífico, não está isento de inconvenientes, como a violação da propriedade (vida, liberdade e

bens) que, na falta de lei estabelecida, de juiz imparcial e de força coercitiva para impor a

execução das sentenças, coloca os indivíduos singulares em estado de guerra uns contra os

outros.

O Contrato Social

é um pacto de consentimento em que os homens concordam livremente em formar a sociedade civil para preservar e consolidar ainda mais os direitos que possuíam originalmente no estado de natureza. No estado civil os direitos naturais inalienáveis do ser humano à vida à liberdade e aos bens estão melhor protegidos sob o amparo da lei, do árbitro e da força comum de um corpo

político unitário.

Em Locke, o contrato social:

Assim, a Passagem do estado de natureza para

a sociedade Política ou Civil (Locke não distingue entre ambas) se opera quando,

através do contrato social, os indivíduos singulares dão seu consentimento unânime

para a entrada no estado civil.

A Sociedade Política ou Civil

Estabelecido o estado civil, o passo seguinte é a escolha pela comunidade de uma

determinada forma de governo. Na escolha do governo, a unanimidade do contrato originário cede lugar ao princípio da maioria, segundo o

qual prevalece a decisão majoritária e, simultaneamente, são respeitados os direitos

da minoria.

A Sociedade Política ou Civil

No que diz respeito às relações entre o governo e a sociedade, Locke afirma que, quando o executivo ou o legislativo violam a lei estabelecida e atentam contra a propriedade, o governo deixa de cumprir o fim a que fora destinado, tornando-se ilegal e degenerando em tirania.

O que define a tirania é o exercício do poder para além do direito, visa não o interesse próprio e não o bem

público ou comum.

O direito de resistência

Segundo Locke, a doutrina da legitimidade da resistência

ao exercício ilegal do poder reconhece ao povo, quando

este não tem outro recurso ou a quem apelar para sua

proteção, o direito de recorrer a força para a deposição

do governo rebelde. O direito do povo à resistência é

legítimo tanto para defender-se da opressão de um

governo tirânico como para libertar-se do domínio de

uma nação estrangeira.

O direito de resistência

A concepção de Locke, segundo a qual

"é na realidade o trabalho que provoca a diferença de valor em tudo quanto existe",

pode ser considerada, em certa medida, como

precursora da teoria do valor-trabalho, desenvolvida

por Smith e Ricardo, economistas do liberalismo

clássico.

John Locke Empirismo

• Médico entusiasmado com a experimentação.

• Acreditava que o futuro estava na tecnologia

• Traz uma filosofia de senso comum. • Entende que poderes e inclinações

realizam-se unicamente na experiência.

John Locke Tábua Rasa

Ontologia

Critica princípios inatos ou noções comuns. Entendimento é uma tábula rasa na qual a experiência vai se escrevendo.

Mente – reflexão Caminhos

Dualismo para o

Corpo – sensações Conhecimento

Dispensa necessidade de estudar a parte física da mente.

Mantém o dualismo

Epistemologia

As ideias vêm da experiência e dela deriva a

mente. O conhecimento e os materiais do pensamento

percebidos e refletidos pelo nosso EU são

provenientes da observação dirigida para os

objetos externos e sensíveis ou para as

operações internas da nossa mente.

Do ponto de vista psicológico, opõe-se

ao racionalismo inatista, que admite a

existência no indivíduo de princípios

de conhecimento evidentes.

Locke versus Descartes

Até a Próxima aula