Bernabé, J.C.S.*; Andrade, M.B.**; Augusto, V.O.**; Lazari, L.C.P.**; Monte, T.A.**

* Docente Universiade Paulista Unip

** Graduandos em Psicologia da Universidade Paulista Unip

INTRODUÇÃO: O projeto é uma alternativa á aulas práticas de Psicopatologia e introdução á prática de Acompanhante Terapêutico. Considerou questões práticas e éticas tais como: o excesso de estagiários freqüentando o espaço interno do Caps; necessidade implantar uma oficina realizada fora das dependências do Caps e que gerasse oportunidades de reintegração social.

contato: jcbernabe@bol.com.br

CINECLUBE INTEGRAÇÃOCINECLUBE INTEGRAÇÃO OFICINA TERAPEUTICA Á USUÁRIOS DE CAPS ATRAVÉS DE

ACOMPANHAMENTO TERAPEUTICO

OBJETIVO GERAL: Integrar usuários dos serviços de saúde mental, alunos de graduação em psicologia e técnicos dos serviços através de um espaço facilitador para refletir sobre cidadania, responsabilidade social, inserção social e saúde mental.

MÉTODO: O Cineclube ocorre semanalmente através da exibição de um longa-metragem com a participação de vinte e oito usuários do Caps, oito alunos de psicologia, e eventualmente um técnico do serviço de saúde mental. Os participantes deslocam-se ao anfiteatro da Universidade, no qual o filme é exibido. Partem da sede do Caps ou de suas residências por meio de transportes coletivos, acompanhados por parte dos alunos. Ao término da sessão debatem demandas levantadas pelos usuários.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

• Oferecer aos usuários um momento de lazer e descontração.

• Oferecer atividades externas aos usuários que facilitem a inserção social e resgate de habilidades psíquicas.

• Habilitar alunos a visualizar possibilidades terapêuticas.

• Compreender limites e possibilidades da inserção psicossocial.

• Desenvolver nos alunos habilidades em reconhecer possibilidades de atuação do psicólogo em equipes multidisciplinares.

• Gerar conhecimento a partir da integração entre Universidade e serviços públicos de saúde mental.

PREOCUPAÇÕES ÉTICAS:

• Não expor fragilidades de pessoas com sofrimento psíquico intenso.

• Não realizar o exame psíquico ou expor inadequadamente algum fenômeno específico do adoecimento que exponha fragilidades do indivíduo.

• Cumprir calendário que garanta a continuidade do serviço sem a interferência das férias escolares ou finalização do curso.

RESULTADOS / DISCUSSÃO:

No período de 10 meses foram realizadas 32 sessões com a participação de 736 usuários.

As atividades resultaram na superação de limites para as Instituições envolvidas, docentes, discentes, e usuários daquele serviço de saúde mental.

Através da colaboração direta dos usuários o cineclube tornou-se um espaço no qual todo o grupo reflete e pratica um modo alternativo de se fazer saúde mental.

BIBLIOGRAFIA: CARDOSO, L.M.A. Ensino-Aprendizagem de Psicopatologia: um projeto coletivo. Casa do Psicólogo. São Paulo 2004 COCIUFFO, T. Encontro Marcado com a Loucura: Ensinando e Aprendendo Psicopatologia. LUC Editora. São Paulo 2002.LOUZÃ N., MR, ELKIS, H. Esquizofrenia: abordagem atual. Lemos Editorial. São Paulo 1999.PITTA, A. Cadernos da III Conferência Nacional em Saúde Mental, Brasília 2001.PITTA, A. (Org.) & PEIXOTO, G. Reabilitação psicossocial no Brasil. Hucitec. São Paulo 2001.SCHMIDT, M.L., OSTRONOFF, V. L. Oficina de criatividade: elementos para a explicitação de propostas teóricas-práticas. In MORATO, H. T. P. Aconselhamento psicológico centrado na pessoa: novos desafios. Casa do Psicólogo. São Paulo 1999.