CISTO FOLICULAR INFUNDIBULAR NA NARINA DE EQUINOS: RELATO DE DOIS

CASOS

CISTO FOLICULAR INFUNDIBULAR NA NARINA DE EQUINOS: RELATO DE DOIS

CASOSDONNER, Athina Chaves1; FONSECA, Brunna Patrícia Almeida da2; Conceição, Lissandro

Gonçalves3 ; FARIAS, Sheila Kreutzfeld de4.

A análise histológica do material excisado revelou que o córion apresentava enorme estrutura cística revestida por epitélio escamoso estratificado hiperplásico que apresentava ceratinização através de delgada camada granulosa. O conteúdo ceratinoso era escasso predominando ceratina tipo infundibular (figura 2). O epitélio apresentava hiperpigmentação predominantemente na camada de células basais, nesse mesmo local notou-se discreta vacuolização na capa das células basais com discreto infiltrado linfocitário de interfase (figura 3).

INTRODUÇÃO

Caso 1: Equino, fêmea, da raça Mangalarga Marchador, com três anos de idade que foi encaminhado ao Hospital Veterinário – DVT/UFV com histórico de nódulo bilateral na região da falsa narina (figura 1). De acordo com o proprietário, foi relatada a realização da aspiração do conteúdo dos nódulos sendo obtido um liquido cinza. Seguida da aplicação de antiinflamatório esteroidal intralesional. O resultado foi insatisfatório ocorrendo recidiva após 15 dias do procedimento.

Caso 2: Equino, macho, Mangalarga Marchador, com dois anos de idade, encaminhado ao HVT – DVT/UFV com histórico de nódulo unilateral na região da falsa narina direita.

Procedimento Cirúrgico: No hospital, em ambos os animais foi realizada a excisão de todo os nódulos sendo observado no momento da cirurgia a comunicação da parede do cisto com a cavidade nasal. No pós-cirúrgicos foi administrado antiinflamatório parenteral e compressa de gelo no local.

CASOS CLÍNICOS

HISTOLOGIA

XI

CO

NFER

ÊN

CIA

AN

UA

L D

A A

BR

AV

EQ

– 2

010

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(1)Estudante de Especialização em Clínica e Cirurgia Veterinárias (DVT/UFV)(2) Orientador (DVT/UFV)

(3) Docente Colaborador (DVT/UFV)(4) Mestranda (DVT/UFV)

CONCLUSÃOEquino apresentando

nódulo bilateral de

consistência flutuante na região das

falsas narinas.

Estrutura cística revestida por epitélio escamoso estratificado hiperplásico que apresenta ceratinização, predominantemente do tipo infundibular, através de delgada camada granulosa.

Epitélio apresentando hiperpigmentação predominantemente na camada de células basais.

Discreta vacuolização na camada das células basais com discreto infiltrado linfocitário de interfase.

Com esse resultado do exame histopatológico foi diagnosticado que as lesões se tratavam de um cisto folicular infundibular ou como denominados antigamente cisto de “inclusão epidérmica” e que a excisão de todo o nódulo, como foi realizado no Hospital Veterinário é o único tratamento eficaz para estes casos.

Os cistos foliculares são raros em equinos e quando ocorrem geralmente são solitários, bem circunscritos, arredondados, com consistência flutuante e com até 3 cm diâmetro estando localizados principalmente na cabeça ou na região distal dos membros. A pele sobrejacente geralmente se apresenta normal. Os cistos foliculares são classificados de acordo com a diferenciação do seu revestimento epitelial em infundíbulo, istmo catagênico, matrical e formas híbridas. O diagnóstico é baseado nos sinais clínicos e no exame histopatológico. O conteúdo dos cistos foliculares é uma substância oleosa amarela, marrom ou cinza, com aspecto caseoso, leitoso ou grumoso, composta por cristais de colesterol e numerosas escamas.

FIGURA 1.FIGURA 1.

FIGURA 2.

FIGURA 3.