Classe de Palavras
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Ficha Informativa________________________________________________________________________________
Classes de Palavras
O
Vocab
ulário
/
Léxico
é o
conjunt
o de
todas
as
palavra
s (=
vocábu
los)
perten
centes
a uma
determ
inada
língua
falada
ou
escrita.
Estas
palavra
s
perten
cem a
diferen
tes
classe
s
grama
ticais.
Há dez
classes
gramat
icais:
Classes Abertas:
São constituídas por um número potencialmente ilimitado de palavras e à qual a evolução da língua acrescenta
constantemente novos membros. É praticamente impossível enumerar todos os membros de uma classe aberta de
palavras num dado momento da evolução da língua.
NomesNomes de pessoas, animais, objectos, ideias, sentimentos, qualidades.
Ex.: João, rapaz, baralho, ideia, amor.
VerbosPalavras que indicam acções, qualidades ou estados de um sujeito.
Ex.: ele aplaude (acção); ele é simpático (qualidade); ele está doente (estado).
AdjectivosPalavras que caracterizam os nomes.
Ex.: o rapaz capaz, uns alunos inteligentes, a ideia genial.
Interjeições
Têm uma função exclusivamente emotiva, por isso o valor de cada interjeição depende do
contexto de enunciação e corresponde a uma atitude do falante ou enunciador.
Ex.: De alegria: ah!, oh!, .../ De animação: eia!, vamos!, .../ De aplauso: bravo!, viva!, .../ De
desejo: oh!, oxalá!, .../ De dor: ai!, ui!, ...
AdvérbiosPalavras que caracterizam os verbos, adjectivos ou outros advérbios.
Ex.: aplaudir fortemente; dar pouco; muito bem.
Classes Fechadas:
São constituídas por um número limitado (normalmente pequeno) de palavras e à qual a evolução da língua só muito
raramente acrescenta novos membros. É normalmente fácil enumerar todos os membros de uma classe fechada de
palavras.
Preposições
Palavras que estabelecem ligação entre duas palavras (dois substantivos, um substantivo e
um verbo, dois verbos).
Ex.: poço de petróleo; salto em altura; ir à praia.
Conjunções
Palavras que estabelecem ligação entre duas orações (podem estar entre as duas orações,
mas também podem estar no início da frase).
Ex.: A mulher fala e os homens ouvem. / Joana despede-se do amigo porque o pai está à sua
espera.
Determinantes
Palavras que estão sempre à esquerda de um nome e têm o mesmo género e número desse
nome.
Ex.: o João, outro rapaz, uns lápis.
PronomesPalavras que substituem os nomes, evitando a sua repetição contínua.
Ex.: este, ele, aquele.
Quantificadores
Palavra ou locução cujo significado expressa informação relacionada com número,
quantidade ou parte. Os quantificadores podem ser ainda usados para expressar informação
de natureza quantitativa sobre expressões que não denotam entidades, mas sim situações.
Ex.: Todos os livros foram vendidos./A maioria dos livros foi vendida.
Comprei um litro de leite. (a expressão “um litro de” quantifica sobre o nome “leite”,
fazendo uma medição) / Fumo poucas vezes.
Nestas
dez
classes
de
palavra
s
existe
m
palavr
as
variáv
eis, ou
seja,
cuja
forma
varia.
As
palavra
s
podem
variar
em
género,
númer
o,
grau,
tempo,
etc. As
palavr
as
invari
áveis
têm
sempre
a
mesma
forma.
A
variaçã
o da
forma
das
palavra
s
chama-
se
flexão.
Classes de Palavras Variáveis Classes de Palavras Invariáveis
■ Nome
D ■ Determinante
■ ■ Pronome
A ■ Adjectivo
V ■ Verbo
■ Advérbio
■ Preposição
■ Conjunção
I ■ Interjeição
■ ■
Classificar morfologicamente as palavras é indicar a classe gramatical a que
pertencem.
q EXERCÍCIOS:
1- Presta atenção às palavras sublinhadas no texto em baixo e regista a classe
gramatical a que pertencem.
(...) Sou uma árvore grande, com tantos braços que nem os posso contar. Já não posso dizer
quantas vezes vi cair as minhas folhas amareladas e nascer outro manto verde e brilhante.
Sou uma árvore de um dos jardins de Lisboa e gosto de aqui estar.
Quando eu era pequena, crescia, juntamente com outras árvores, num local a que os
homens chamam viveiro. Um dia foram buscar-me. Desenterraram-me, embrulharam-me as
raízes ainda pequenas e meteram-me numa camioneta. Trouxeram-me para aqui, para este
jardim.
Eu pouco mais alta era que um homem, e muito delgada. Colocaram junto a mim um apoio –
uma estaca, disseram os jardineiros – e amarraram-me a ela.
Eu, árvore nova, saída do viveiro, estava deslumbrada e temerosa.
Sentia-me importante, crescida, por me terem trazido para aqui, mas ao mesmo tempo tinha
medo... Era a primeira vez que me encontrava sozinha, e as minhas cinco ou seis folhas verdes
e frágeis, na ponta dos meus dois únicos braços de então, não me davam grande segurança.
(...)
Margarida Ofélia, História de uma história e outros