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Clima e agriculturaClima e agricultura
Prof. Dr. Emerson GalvaniProf. Dr. Emerson GalvaniLaboratLaboratóório de Climatologia e Biogeografia rio de Climatologia e Biogeografia ––
LCBLCBDepartamento de Geografia Departamento de Geografia –– USPUSP
Clima e AgriculturaClima e AgriculturaConteConteúúdo:do:Unidade 1 Unidade 1 -- Elementos e fatores do clima: uma revisãoElementos e fatores do clima: uma revisão-- VariaVariaçção espacial e temporal da radiaão espacial e temporal da radiaçção solar em ão solar em superfsuperfíície;cie;-- Importância EcolImportância Ecolóógica da temperatura, da umidade do ar gica da temperatura, da umidade do ar e do vento;e do vento;-- DistribuiDistribuiçção espacial e sazonal das precipitaão espacial e sazonal das precipitaçções ões ––enfoque para o cerrado;enfoque para o cerrado;Unidade 2 Unidade 2 –– OrganizaOrganizaçção do espaão do espaçço e climao e clima-- Tipos climTipos climááticos brasileiros;ticos brasileiros;-- Clima e padrões de uso do solo (agrClima e padrões de uso do solo (agríícolas);colas);-- O clima como condicionante da produO clima como condicionante da produçção agrão agríícola;cola;-- Clima, perdas na Agricultura e alternativas.Clima, perdas na Agricultura e alternativas.
Clima e AgriculturaClima e Agricultura
RadiaRadiaçção Solarão SolarFonte primFonte primáária de todos os processos no ria de todos os processos no planeta (99,7%);planeta (99,7%);Apresenta variaApresenta variaçção sazonal e espacial que ão sazonal e espacial que caracterizam o ncaracterizam o níível energvel energéético de cada tico de cada região;região;Vamos entender um pouco desta Vamos entender um pouco desta variavariaçção.....ão.....
Clima e AgriculturaClima e Agricultura
InclinaInclinaçção do equador terrestre ão do equador terrestre que resulta nas estaque resulta nas estaçções do ano ões do ano
e não a distância terrae não a distância terra--sol.sol.
Grimm, 2004
Clima e AgriculturaClima e Agricultura
RadiaRadiaçção no topo da ão no topo da atmosfera (Io)atmosfera (Io)
Estimada em funEstimada em funçção: latitude, ão: latitude, dia do ano (declinadia do ano (declinaçção solar)ão solar)
15,00
20,00
25,00
30,00
35,00
40,00
45,00
1 15 29 43 57 71 85 99 113 127 141 155 169 183 197 211 225 239 253 267 281 295 309 323 337 351 365
Dia Juliano
MJ.
m-2
Io (equador) =13.150 MJ.m-2
Io (Roo)=12.733 MJ.m-2
Io (PAlegre)=11.643 MJ.m-2
Energia no topo da atmosfera
Espectro da RadiaEspectro da Radiaçção Solar ão Solar ––Destaque para o VDestaque para o Víísivelsivel
Namômetros
Espectro da RadiaEspectro da Radiaçção Solarão Solar
1 m = 101 m = 10--33 milmilíímetro metro –– mm (0,001m)mm (0,001m)1 m = 101 m = 10--66 micrômetromicrômetro--μμm (0,000001m)m (0,000001m)1 m = 101 m = 10--99 namômetro namômetro -- ηηm (0,000000001m)m (0,000000001m)1 m = 101 m = 10--1212 picômetro picômetro -- ρρm (0,000000000001m)m (0,000000000001m)
Espectro da RadiaEspectro da Radiaçção Solarão Solar
A maior parte da energia radiante A maior parte da energia radiante do sol estdo sol estáá concentrada nas partes concentrada nas partes visvisíível e prvel e próóximo do visximo do visíível do vel do espectro. A luz visespectro. A luz visíível corresponde vel corresponde a ~43% do total irradiado, 49% a ~43% do total irradiado, 49% estão no infravermelho prestão no infravermelho próóximo ximo e 7% no ultravioleta.e 7% no ultravioleta.
Efeitos especEfeitos especííficos causados por ficos causados por determinadas faixas do espectrodeterminadas faixas do espectro
baixo efeito fotossintbaixo efeito fotossintéético e tico e fraca afraca açção sobre a formaão sobre a formaçção ão
da planta.da planta.
pequena quantidade pequena quantidade 610610––510 nm (510 nm (verdeverde, , amareloamarelo,,laranjalaranja) )
forte atividade fotossintforte atividade fotossintéética tica e fotoperie fotoperióódica.dica.
fortemente absorvida fortemente absorvida pela clorofila .pela clorofila .
720720––610 nm 610 nm (vermelho)(vermelho)
Crescimento das plantas Crescimento das plantas (fotoperiodismo, germina(fotoperiodismo, germinaçção ão
de sementes, controle de de sementes, controle de florafloraçção e coloraão e coloraçção de ão de
frutos).frutos).
Absorvido sob a Absorvido sob a forma de calor em forma de calor em
pequena quantidade.pequena quantidade.
1000 1000 –– 720 nm720 nm
não causam danos e não não causam danos e não apresentam efeitos apresentam efeitos
especespecííficos nos processos ficos nos processos bioqubioquíímicos e fotoqumicos e fotoquíímicos.micos.
absorvidas sob absorvidas sob forma de calor.forma de calor.
1000 nm1000 nmOnda longaOnda longa
Efeito FisiolEfeito FisiolóógicogicoCarCarááter de Absorter de AbsorççãoãoRegião EspectralRegião Espectral
Efeitos especEfeitos especííficos causados por ficos causados por determinadas faixas do espectrodeterminadas faixas do espectro
efeito sobre a fotossefeito sobre a fotossííntese, ntese, exerce efeitos de formaexerce efeitos de formaçção; as ão; as plantas tornamplantas tornam--se mais baixas se mais baixas e as folhas mais grossase as folhas mais grossas
fracamente absorvida fracamente absorvida pela clorofila e pela clorofila e protoplasma.protoplasma.
400400––315 (UV)315 (UV)
grande efeito morfogengrande efeito morfogenéético e tico e sobre os processos fisiolsobre os processos fisiolóógicos gicos ((éé prejudicial prejudicial àà maioria das maioria das plantas).plantas).
absorvida pelo absorvida pelo protoplasma.protoplasma.
315315––280 nm280 nm
mata rapidamente as plantas.mata rapidamente as plantas.absorvida pelo absorvida pelo protoplasma.protoplasma.
< 280 nm< 280 nm
forte atividade fotossintforte atividade fotossintéética tica e vigorosa ae vigorosa açção na formaão na formaçção ão da plantada planta
fortemente absorvida fortemente absorvida pela clorofila e pela clorofila e carotencarotenóóides ides
510510––400 nm (azul)400 nm (azul)
Efeito FisiolEfeito FisiolóógicogicoCarCarááter de Absorter de AbsorççãoãoRegião EspectralRegião Espectral
Fonte: COMISSÃO HOLANDESA DE IRRADIAÇÃO VEGETAL – 1953 (Mota, 1989).
Efeitos especEfeitos especííficos causados por ficos causados por determinadas faixas do espectrodeterminadas faixas do espectro
FotossFotossííntesentese
CO2 + H2O + Energia luminosa (PAR) => [CH2O] + O2
Radiação fotossinteticamente ativa - RFA
ESTÔMATOSESTÔMATOSSão aberturas (poros estomSão aberturas (poros estomááticos) na ticos) na epiderme, responsepiderme, responsááveis pelas veis pelas trocas trocas gasosasgasosas e pela te pela transpiraranspiraççãoão..
* folhas de pepino = 100.000 estômatos por cm2
* Gramíneas =10.000 por cm2.
Temperatura do arTemperatura do ar
CALOR CALOR éé definido como energia cindefinido como energia cinéética tica total dos total dos áátomos e moltomos e molééculas que culas que compõem uma substância.compõem uma substância.TEMPERATURA TEMPERATURA éé uma medida da uma medida da energia cinenergia cinéética mtica méédia das moldia das molééculas ou culas ou áátomos individuais. tomos individuais.
Portanto, a quantidade de calor depende Portanto, a quantidade de calor depende da massa do material, a temperatura nãoda massa do material, a temperatura não..
Temperatura do arTemperatura do arTemperatura do ar (oC) - 21/06/2002 - Estação Meteorológica - LCB
10
12
14
16
18
20
22
24
26
28
30
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24
Hora do dia
Tar (
o C)
Tmin=14,1oC
Tmax=25,7oC
A.T.=11,6oC
Temperatura do arTemperatura do ar
O conceito de grausO conceito de graus--dia (GD)dia (GD)BaseiaBaseia--se no fato de que a taxa de se no fato de que a taxa de desenvolvimento de uma espdesenvolvimento de uma espéécie vegetal estcie vegetal estáárelacionada a temperatura do meio.relacionada a temperatura do meio.Pressupõe a Pressupõe a existenciaexistencia de uma temperatura de uma temperatura basal inferior (basal inferior (TbTb) e uma superior (TB).) e uma superior (TB).GD=GD=TmTméédiadia –– TbTb
∑=
==n
iiGD
1GDA térmicaConstante
Taxa de desenvolvimento relativo e temperatura base inferior (Tb) e superior (TB) para o desnvolviemnto vegetal. Fonte:
Pereira et al. (2002)
Valores de constante térmica (GDA) e temperatura base inferior (Tb) para diversas culturas. Fonte: Pereira et al.
(2002)
199019901010PodaPoda--maturamaturaççãoãoItItáália/Rubilia/Rubi155015501010PodaPoda----maturamaturaççãoãoNiagaraNiagara rosadarosadaUvaUva
700700--80080077SemeaduraSemeadura--maturamaturaççãoão--TomateTomate103010301414SemeaduraSemeadura--maturamaturaççãoãoParanParanáá127512751414SemeaduraSemeadura--maturamaturaççãoãoSanta RosaSanta RosaSoja Soja 119011901010SemeaduraSemeadura--maturamaturaççãoãoBR 201BR 201120012001010SemeaduraSemeadura--maturamaturaççãoãoAgroceresAgroceres 6126121140114088SemeaduraSemeadura--maturamaturaççãoãoCargilCargil 805805MilhoMilho
10001000--120012001010SemeaduraSemeadura--maturamaturaççãoão--FeijãoFeijão199019901212SemeaduraSemeadura--maturamaturaççãoãoIAC4440IAC4440ArrozArroz
Soma Soma GD(GD(ooC)C)
TbTb((ooC)C)
PerPerííodoodoVariedade/cultiVariedade/cultivarvar
CulturaCultura
Temperatura do arTemperatura do arExemplo de aplicação do conceito de GD: Local: Botucatu, SP, latitude 22o 51’ Sul; longitude 48o 26’ oeste e, altitude 786 m. Dados normais de temperatura média do ar (oC): Mês Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Tmed 23,1 23,4 22,7 20,9 18,6 17,2 17,2 18,7 19,2 20,8 21,9 22,4 Considerando a cultura de soja variedade/cultivar santa rosa com semeadura realizada em 10 de novembro. Calcule a data prevista de colheita. Tb = 14 oC GDA = 1275 oC.d
1.275,81.275,834,534,55520,9 20,9 -- 14 14 = 6,9= 6,9
20,920,9AbrilAbril
1.241,31.241,3269,7269,7313122,72 22,72 --14 = 8,714 = 8,7
22,722,7MarMarççoo
971,6971,6263,2263,2282823,4 23,4 -- 14 14 = 9,4= 9,4
23,423,4FevereiroFevereiro
708,4708,4282,1282,1313123,1 23,1 -- 14 14 = 9,1= 9,1
23,123,1JaneiroJaneiro
426,3426,3260,4260,4313122,4 22,4 -- 14 14 = 8,4= 8,4
22,422,4DezembroDezembro
165,9165,9165,9165,9212121,9 21,9 -- 14 14 = 7,9= 7,9
21,921,9NovembroNovembro
Soma GDA Soma GDA ((ooC.d)C.d)
SomaGDSomaGD((ooC)C)N (dia)N (dia)GDiGDi ((ooC)C)TmedTmed (oC)(oC)MêsMês
Portanto, a colheita será efetuada em condições normais em 5 de abril totalizando 1275 GD.
Fonte:Pereira et al. 2002
Fonte:Pereira et al. 2002
Milho
Fonte:Pereira et al. 2002
Milho
VentosVentosFavoráveisO vento atua no transporte de propriedades:* calor: de regiões mais quentes para mais frias;* vapor d’água: regiões úmidas para regiões mais
frias;* dispersão de gases e partículas suspensas no ar:
diminui a concentração de poluentes (inverno).Remoção de calor de plantas e animais nas épocas
quentes.* Renovação de ar próximo a plantas mantendo o
suprimento de CO2 para as folhas durante o processo de fotossíntese.
* Dipersão de sementes, pólen, facilitando a dispersão de espécies e a polinização.
VentosVentosEfeitos desfavoráveis:* Erosão eólica e deformação da paisagem;* Eliminação de insetos polinizadores;* Desconforto animal, devido a remoção excessiva de
calor, acelerando o metabolismo animal e diminuindo o ganho de peso.
* Deformação de plantas; * Abrasão de partículas do solo danificando tecidos
(caules) vegetais;* Fissura de tecidos vegetais pela agitação contínua,
permitindo a penetração de microorganismos;* Desfolha por efeito mecânico;* Aumento da transpiração, fechamento de estômatos,
queda na taxa de fotossíntese, diminuição do crescimento e produção.
Umidade do arUmidade do arUmidade é o termo geral usado para descrever a presença de
vapor d’água no ar. Esta presença de vapor d’água pode ser descrita
quantitativamente de várias maneiras. Entre elas estão a pressão de vapor, a umidade
absoluta, a razão de mistura e a umidade relativa.
Umidade do arUmidade do ar
Sempre insisto que UR não indica conteúdo de vapor d´água e sim a razão entre a razão de mistura real
(w) e a razão de mistura de saturação (ws). A UR indica quãopróximo o ar está da saturação, ao
invés de indicar a real quantidade de vapor d’água no ar.
Umidade do arUmidade do arExemplo 1:
Ts = 30 oC Tu = 30 oC
UR = 100 %
UA = 30,34 gH20.m-3 de ar
Exemplo 2:
Ts = 20 oC Tu = 20 oC
UR = 100 %
UA = 17,29 gH20.m-3 de ar
Exemplo 3:
Ts = 32 oC Tu = 30,5 oC
UR = 89 %
UA = 30,34 gH20.m-3 de ar
Exemplo 4:
Ts = 10 oC Tu = 10 oC
UR = 100 %
UA = 9,4 gH20.m-3 de ar
Umidade do arUmidade do ar
Umidade Relativa do ar - 21/12/2002 - Estação Meterológica LCB
50
55
60
65
70
75
80
85
90
95
100
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24
Hora do dia
UR
(%)
Umidade do arUmidade do ar
Fonte:Pereira et al. 2002
Umidade do arUmidade do ar
Fonte:Pereira et al. 2002
PrecipitaPrecipitaçção Pluvial (chuva)ão Pluvial (chuva)
- Precipitãção pluvial (chuva) é a principal entrada de água no sistema nas regiões tropicais;-Acentuada variação espacial e temporal;- Pode-se afirmar que nas regiões tropicais os sazonalidade édeterminada pelo regime de chuvas.
PrecipitaPrecipitaçção Pluvial (chuva)ão Pluvial (chuva)
Fonte:Pereira et al. 2002
Mancha de alternMancha de alternáária ria éé uma nova doenuma nova doençça que afeta a que afeta algumas tangerinas e seus halgumas tangerinas e seus hííbridos. bridos. ÉÉ causada pelo causada pelo fungo fungo Alternaria alternataAlternaria alternata f. sp. f. sp. citricitri, que produz uma , que produz uma
toxina espectoxina especíífica para algumas tangerinas e seus fica para algumas tangerinas e seus hhííbridos, não afetando laranjas doces, limões e limas bridos, não afetando laranjas doces, limões e limas
áácidas.cidas.
Fonte: http://www.fundecitrus.com.br
ClimogramaClimograma de Gaussende GaussenBagnoulsBagnouls & Gaussen (1953 ) propuseram o & Gaussen (1953 ) propuseram o climograma climograma ombroombrottéérmicormico (de Gaussen).(de Gaussen).Mês seco seria aquele em que:Mês seco seria aquele em que:a)a) registramregistram--se menos de 10 mm de chuva, a uma se menos de 10 mm de chuva, a uma temperatura mtemperatura méédia inferior a 10 dia inferior a 10 ooC, C, b)b) registramregistram--se menos de 25 mm de chuva, a uma se menos de 25 mm de chuva, a uma temperatura mtemperatura méédia compreendida entre 10 a 20 dia compreendida entre 10 a 20 ooC, C, c)c) registramregistram--se menos de 50 mm de chuva, a uma se menos de 50 mm de chuva, a uma temperatura mtemperatura méédia compreendida entre 20 a 30 dia compreendida entre 20 a 30 ooC; C; d)d) registramregistram--se menos de 75 mm de chuva, a uma se menos de 75 mm de chuva, a uma temperatura mtemperatura méédia superior a 30 dia superior a 30 ooC. C.
O Climograma de GaussenO Climograma de GaussenMês seco Mês seco éé considerado aquele em considerado aquele em que o total mensal das precipitaque o total mensal das precipitaçções ões éé igual ou menor que o dobro da igual ou menor que o dobro da temperatura mtemperatura méédiadia, ou seja, , ou seja, matematicamente expressamos matematicamente expressamos como sendo: como sendo: Mês seco P Mês seco P == ou ou << 2*T2*Tonde P onde P éé a precipitaa precipitaçção (mm) e T a ão (mm) e T a temperatura do ar (oC). temperatura do ar (oC).
ClimogramaClimograma de Gaussende Gaussen
0
10
25
50
75
Chuva = 2,0 * Temperatura do arR2 = 0,92
0
10
20
30
40
50
60
70
80
0 5 10 15 20 25 30 35
Temperatura do ar (oC)
Chu
va (m
m)
3. 3. O Climograma de GaussenO Climograma de GaussenClimograma Ombrotérmico de Gaussen - São Paulo - SP (1961-1990)
020406080
100120140160
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Meses do ano
T*2
(o C)
-302070120170220270320
P (m
m)P
T*2Período seco
BalanBalançço de o de ÁÁgua no Sologua no Solo
Δ ARM
P ETI
Ee Es
DLe DLs
AC DP
Δ ARM
P ETI
Ee Es
DLe DLs
AC DP
Entradas de água: P: precipitação + orvalho;I: Irrigação;Ee: Escoamento superficial (run-in);Dle: Drenagem LateralAC: ascensão capilar
Saídas de água: ET:evapo(transpi)ração;Es: Escoamento superficial (run-off);Dls: Drenagem LateralDP: drenagem profunda
O BalanO Balançço de o de ÁÁgua no Sologua no SoloA A chuvachuva e o e o orvalhoorvalho dependem do clima da dependem do clima da região, enquanto que as demais entradas região, enquanto que as demais entradas dependem do tipo de solo e de relevo. dependem do tipo de solo e de relevo. As entradas e saAs entradas e saíídas por escoamento das por escoamento superficial (superficial (RiRi e e RoRo) e drenagem lateral () e drenagem lateral (DLiDLi e e DLoDLo) tendem a se compensar, assim como ) tendem a se compensar, assim como ACAC e e DPDP..±Δ±ΔARM = (P + I) ARM = (P + I) -- ET ET A ET (evapotranspiraA ET (evapotranspiraçção) pode ser ão) pode ser estimada por diversos mestimada por diversos méétodos.todos.
BalanBalançço Ho Híídrico Climatoldrico ClimatolóógicogicoThornthwaite & Mather (1955) propôs uma Thornthwaite & Mather (1955) propôs uma metodologia de estimar o armazenamento metodologia de estimar o armazenamento mméédio de dio de áágua do solo ao longo do tempo. gua do solo ao longo do tempo. O BHC fornece estimativa da O BHC fornece estimativa da ETRETR(evapotranspira(evapotranspiraçção real), da ão real), da DefDef (deficiência (deficiência HHíídrica), do drica), do ExcExc (excedente h(excedente híídrico) e do drico) e do ARMARM (armazenamento de (armazenamento de áágua do solo).gua do solo).Para que não haja nem excesso nem Para que não haja nem excesso nem deficiência hdeficiência híídrica, a chuva (P) deve ser drica, a chuva (P) deve ser igual a ETR. igual a ETR.
BalanBalançço Ho Híídrico Climatoldrico ClimatolóógicogicoMeses T P ETP P-ETP NEG-AC ARM ALT ETR DEF EXC
oC mm mm mm mm mm mm mm mmJan 23,0 234,0 111,8 122,2 0,0 100,0 0,0 111,8 0,0 122,2Fev 23,2 231,0 103,6 127,4 0,0 100,0 0,0 103,6 0,0 127,4Mar 22,5 165,0 102,7 62,3 0,0 100,0 0,0 102,7 0,0 62,3Abr 20,5 69,0 76,6 -7,6 -7,6 92,7 -7,3 76,3 0,3 0,0Mai 17,8 51,0 55,1 -4,1 -11,6 89,0 -3,7 54,7 0,4 0,0Jun 16,4 44,0 42,7 1,3 -10,2 90,3 1,3 42,7 0,0 0,0Jul 16,2 35,0 42,6 -7,6 -17,8 83,7 -6,6 41,6 1,0 0,0
Ago 17,7 32,0 53,3 -21,3 -39,1 67,6 -16,0 48,0 5,2 0,0Set 19,1 63,0 64,3 -1,3 -40,4 66,8 -0,8 63,8 0,4 0,0Out 20,4 128,0 81,2 46,8 0,0 100,0 33,2 81,2 0,0 13,6Nov 21,3 123,0 91,0 32,0 0,0 100,0 0,0 91,0 0,0 32,0Dez 22,1 180,0 105,4 74,6 0,0 100,0 0,0 105,4 0,0 74,6
TOTAIS 240,2 1355,0 930,3 424,7 1090,0 0,0 922,9 7,3 432,1MÉDIAS 20,0 112,9 77,5 35,4 90,8 76,9
5. Balan5. Balançço Ho Híídrico Climatoldrico ClimatolóógicogicoExtrato do Balanço Hídrico Mensal
-20
0
20
40
60
80
100
120
140
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
mm
DEF(-1) EXC
Climograma Ombrotérmico de Gaussen - São Paulo - SP (1961-1990)
020406080
100120140160
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Meses do ano
T*2
(o C)
-302070120170220270320
P
T*2Período seco
BalanBalançço Ho Híídrico Climatoldrico Climatolóógicogico
Extrato do Balanço Hídrico Mensal - Goiânia - GO (1961-1990)
-100
-50
0
50
100
150
200
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov De
mm
DEF(-1) EXC
Pelo BHC:
DEF=200,8 mm
EXC=618,5 mm
Total: 5 meses secos
Gaussen:
DEF= ?? mm
EXC= ?? mm
Total: 5 meses secos
BalanBalançço Ho Híídrico Climatoldrico Climatolóógicogico
Pelo BHC:
DEF=295,3 mm
EXC=115,7 mm
Total: 8 meses secos
Gaussen:
DEF= ?? mm
EXC= ?? mm
Total: 5 meses secos
Extrato do Balanço Hídrico Mensal - Cuiabá - MT
-100
-80
-60
-40
-20
0
20
40
60
80
100
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
mm
DEF(-1) EXC
BalanBalançço Ho Híídrico Climatoldrico ClimatolóógicogicoExtrato do Balanço Hídrico Mensal - Manaus - AM
-100
-50
0
50
100
150
200
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
mm
DEF(-1) EXC
BalanBalançço Ho Híídrico Climatoldrico ClimatolóógicogicoExtrato do Balanço Hídrico Mensal - Santos - SP
0
50
100
150
200
250
300
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
mm
DEF(-1) EXC
BalanBalançço Ho Híídrico Climatoldrico ClimatolóógicogicoExtrato do Balanço Hídrico Mensal Quixeramobim - CE
-180-160-140-120-100-80-60-40-20
02040
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
mm
DEF(-1) EXC
DomDomíínios Climnios Climááticos Brasileiros ticos Brasileiros -- KoppenKoppen
DomDomíínios Climnios Climááticos Brasileiros ticos Brasileiros –– IBGE, 1990IBGE, 1990
DeficienciaDeficiencia HHíídricadrica
Exemplo de Zoneamento ClimExemplo de Zoneamento Climááticotico
Exemplo de Zoneamento ClimExemplo de Zoneamento Climááticotico
Aracatuba
Assis
Avare
Bauru
Botucatu Campinas
Catanduva
Franca
Jales
Marilia
Mococa
Ourinhos
Pres.Prudente
Rib.Preto
Santos
S.Carlos
Itarare
Registro
S.Paulo
Dracena
AndradinaS.J.R.Preto
Votuporanga
Lins
Teod.SampaioBananal
Caraguatatuba
S.J.Campos
Cruzeiro
Itapetininga
54° 53° 52° 51° 50° 49° 48° 47° 46° 45° 44° 43°
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Temperatura Média Anual
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- Fernando A. M. da Silva- Eduardo D. Assad- Balbino A. Evangelista
- Hilton Silveira Pinto- Jurandir Zullo Jr- Gustavo Coral- Bernadete Pedreira
- Orivaldo Brunini- Rogério Remo Alfonsi- Marcelo B.P. de Camargo- Mário J.Pedro Jr.- Roberto A. ThomazielloEMBRAPA / CERRADOS
CEPAGRI / UNICAMP
CIIAGRO / IAC
Equipe Técnica:
Novembro - 2000
RelaRelaçção produtividade * Climaão produtividade * Clima
I=def/Necessidade da cultura
RelaRelaçção produtividade * Climaão produtividade * Clima
“Na safra 1997/98 quando os deficits hídricos alcançaram valores elevados (entre 100 e 120mm aproximadamente) na fazenda Verde (Rondonópolis) todos os cultivares de ciclo tardio sofreram significativas quebras de produtividade (reduções que variaram de 50 a 80% em relação a PPP), sobretudo em solos arenosos. Entretanto os cultivares precoces, que neste ano foram semeados mais cedo que os tardios, apresentaram rendimento elevado (igual a PPP). Deste modo, houve uma compensação na média final da produtividade da soja. Estratégias como estas tem contribuído para minimizar os efeitos do clima no rendimento final da soja...
...de qualquer modo, os coeficientes encontrados, embora tenham sido em geral fracos, mostraram que cerca de 40 a 50% da variação dos rendimentos da soja neste sistema de produção pode estar relacionada com as condições climáticas durante o ciclo fenológico das plantas”(SANTOS, 2002)
VII SIMPÓSIO BRASILEIRO DE CLIMATOLOGIA GEOGRÁFICA UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO – UFMT CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE RONDONÓPOLIS
PROF.: EMERSON GALVANI
EXERCÍCIO: ZONEAMENTO AGRÍCOLA
1) De posse dos dados que constam na tabela 1 efetue os seguintes procedimentos: a) Construir os mapas de isolinhas com os elementos meteorológicos
(precipitação, temperatura média anual e do mês mais frio) e dos elementos do balanço hídrico (ETR, DEF e EXC).
b) Com uso do anexo 1 (que apresenta as exigências térmicas e hídricas),estabeleça as áreas aptas, inaptas e marginais para os cultivos de seringueira, citrus, cana-de-açúcar e café para o estado de São Paulo.
Tabela 1: Valores de precipitação (P), temperatura média anual (Tm), temperatura média do mês mais frio (Tm jul), evapotranspiração real (ETR), deficiência (DEF) e excedentehídrico (EXC) em diferentes localidades no Estado de São Paulo.
Localidade Lat. (graus)
Long. (graus)
Alt. (m) P (mm)
Tm (oC) Tm jul (oC)
ETR (mm)
DEF (mm)
EXC (mm)
PPrudente -22,11 -51,38 475 1183,0 22,7 19,1 1083,6 54,8 99,4 ISolteira(*) -20,68 -51,11 307 1128,0 24,7 21,2 1118,2 249,9 9,8 Araçatuba -21,05 -50,47 310 1172,0 23,8 20,3 1099,7 153,1 72,3 Rio Preto -20,80 -49,38 475 1240,0 23,5 20,1 1042,6 173,6 197,4Marília -22,21 -49,93 652 1301,0 21,4 17,8 998,4 25,4 302,6Ourinhos -22,98 -49,86 470 1237,0 22,2 18,4 1082,2 12,8 154,8Bauru -22,31 -49,06 499 1170,0 21,6 18,0 977,3 62,6 192,7Barretos -20,43 -48,55 545 1250,0 23,3 19,9 992,3 199,1 257,7Rib. Preto -21,18 -47,80 521 1529,0 22,4 19,2 1027,3 72,1 501,7Scarlos(**) -22,06 -48,18 585 1291,0 22,0 18,4 980,4 89,2 310,6Botucatu -22,80 -48,43 750 1302,0 20,2 16,5 921,7 19,4 380,3Itapeva -23,95 -48,88 647 1184,0 20,5 16,5 958,3 2,4 225,7Campinas -22,93 -47,08 574 1377,5 21,6 18,2 1022,0 13,2 355,5SJ.Campos -23,21 -45,86 593 1276,0 21,4 17,7 992,7 35,3 283,3São Paulo -23,55 -46,70 725 1355,0 20,0 16,2 922,9 7,3 432,1Cananéia -24,93 -47,95 7 2261,0 24,1 19,8 1322,3 0,0 938,7Santos -23,76 -46,07 5 3207,0 24,8 20,7 1411,0 0,0 1796,0(*) Cidade próxima Pereira Barreto/SP (**) Cidade próxima Ribeirão Bonito/SP
VII SIMPVII SIMPÓÓSIO BRASILEIRO DE CLIMATOLOGIA GEOGRSIO BRASILEIRO DE CLIMATOLOGIA GEOGRÁÁFICAFICAZONEAMENTO CLIMZONEAMENTO CLIMÁÁTICO DO ESTADO DE SÃO PAULOTICO DO ESTADO DE SÃO PAULO
Procedimentos:
a)Construir os mapas de isolinhas com os elementos meteorológicos (precipitação, temperatura média anual e do mês mais frio) e dos elementos do balanço hídrico (ETR, DEF e EXC),
b) Plote os valores de cada localidade e efetue a Interpolação.
c)Escolher uma cultura.
d)Verificar as exigencias témicas e hídricas e proceder o mapeamento das áreas aptas, inaptas e marginais para o cultivo;
Sitios Interessantes:Sitios Interessantes:www.inmet.gov.brwww.inmet.gov.br (clicar em agrometeorologia (clicar em agrometeorologia e/ou climatologia)e/ou climatologia)www.agritempo.gov.brwww.agritempo.gov.brhttp://ciiagro.iac.sp.gov.br/http://ciiagro.iac.sp.gov.br/www.iapar.brwww.iapar.br
Grato pela atenGrato pela atenççãoãoEmail: Email: [email protected]@usp.brwww.geografia.fflch.usp.brwww.geografia.fflch.usp.br