Clínica Médica de Grandes Animais I Clínica de Ruminantes · Variação de incidência de...

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Marcio Nunes Corrêa [email protected] (53) 9983 9408 Clínica Médica de Grandes Animais I Clínica de Ruminantes

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Marcio Nunes Corrêa

[email protected]

(53) 9983 9408

Clínica Médica de Grandes Animais I

Clínica de Ruminantes

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SISTEMA LOCOMOTOR

PROFESSOR:

Prof. Marcio Nunes Corrêa

Colaboradores:

Med. Vet. M.C. Maikel Alan Goulart

Med. Vet. Diego Velasco Acosta

Graduando Vinícius Boechel Barcelos

Núcleo de Pesquisa, Ensino e Extensão em Pecuária

- NUPEEC -

www.ufpel.edu.br/nupeec

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INTRODUÇÃO

Doenças de cascos

Ingestão

Reprodução

Produção de leite

Peso Corporal

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Prejuízos econômicos:

Descarte prematuro

Diminuição da produção de leite

Perda de peso

Prejuízos reprodutivos

Custo de tratamento e veterinário

Mudança no manejo

INTRODUÇÃO

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Perdas econômicas

54%

21%

19%

6%

Descarte involuntário

Atraso na concepção

Perda na produção

Custo do tratamento

Fonte: Atlas Casco em Bovinos – DIAS e MARQUES JR

INTRODUÇÃO

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Doenças Ingvartsen et al. 2003a Kelton et al. 1998

Febre do leite 4,6% (0,2-8,9%) n=17 6,5% (0,03–22,3%) n = 33

Cetose 4,1% (1,6-10%) n=17 4,8% (1,3–18,3%) n = 36

Doenças de cascos 14,7% (1,8-60%) n=7 7,0% (1,8–30%) n=39

Retenção de placenta 7,8% (3,1–13%) n = 13 8,6% (1,3–39,2%) n = 50

Infecções uterinas 10,8% (2,2–43,8%) n = 16 10,1% (2,2–37,3%) n = 43

Mastite 17,6% (2,8–39%) n = 25 14,2% (1,7–54,6%) n=62

Tabela 1. Variação de incidência de algumas doenças de produção em vacas leiteiras em rebanhos de produção normal.

INTRODUÇÃO

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INTRODUÇÃO

Ocorrência das doenças dependem:

Sistema de manejo

Ambiente

Raça

Nutricional

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Raças:

INTRODUÇÃO

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INTRODUÇÃO

Manejo confinado e semi-confinado :

Doenças digitais

Úlcera de sola

Laminite

Doença da linha branca

Abscesso de sola

Dermatite digital

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INTRODUÇÃO

Ambiente - Pastagens úmidas:

Sola plana, fina e lisa

Hematoma de sola

Doença da linha branca

Erosão de talão

Dermatite digital

Fonte: Guia Bayer de Podologia Bovina

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INTRODUÇÃO

Ambiente – Topografia íngreme ou cascalho:

Hiperplasia interdigital

Hematoma de sola

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Ação dos agentes químicos e físicos sobre os cascos de animais estabulados

Agentes químicos

Alteração da substância do cimento celular

Microfissuras no casco

Agentes físicos

Pequenas rachaduras

Maior sensibilidade ao ataque de bactérias

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ANATOMIA DO CASCO

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Fonte: Guia Bayer de Podologia Bovina

ANATOMIA DO CASCO

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Fonte: Atlas Casco em Bovinos – DIAS e MARQUES JR

ANATOMIA DO CASCO

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Coroa

Muralha

Talão

Fonte: Atlas Casco em Bovinos – DIAS e MARQUES JR

ANATOMIA DO CASCO

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Períoplo

Espaço interdigital

Fonte: Atlas Casco em Bovinos – DIAS e MARQUES JR

ANATOMIA DO CASCO

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Fonte: Guia Bayer de Podologia Bovina

ANATOMIA DO CASCO

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Fonte: Guia Bayer de Podologia Bovina

Para a raça holandês

ANATOMIA DO CASCO

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DOENÇAS QUE ACOMETEM OS

CASCOS

Fonte: Guia Bayer de Podologia Bovina

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Ocorrência de manqueira

90%

10%

Cascos

Partes altas

Fonte : Informativo ReHAgro

DOENÇAS DOS CASCOS

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Distribuição das afecções segundo o membro

acometido

92%

8%

Cascos dos membrospélvicos

Cascos dos membrostorácicos

Fonte: Atlas Casco em Bovinos – DIAS e MARQUES JR

DOENÇAS DOS CASCOS

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Distribuição das afecções de casco no

membro posterior

68%

12%

20% Unha lateral

Unha medial

Espaço interdigital eregião periférica docasco

Fonte: Atlas Casco em Bovinos – DIAS e MARQUES JR

DOENÇAS DOS CASCOS

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Monitoramento da saúde do casco :

Atenção especial para os primeiros 60 dias de

lactação

Examinar animais com curva de lactação anormais

Fazer avaliação do escore de locomoção

DOENÇAS DOS CASCOS

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Escore de Locomoção:

Monitoramento da prevalência

Incidência de novos casos

Severidade

Identificação das vacas a serem casqueadas

Avaliação em piso plano

Vacas em estação e locomovendo-se

DOENÇAS DOS CASCOS

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Escore de Locomoção 1

Postura normal com linha de dorso retilínea em estação e locomoção, passos firmes com

distribuição correta do peso e apoios.

DOENÇAS DOS CASCOS

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Escore de Locomoção 2

Postura normal em estação e ligeiramente arqueada em locomoção, apoios normais.

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Escore de Locomoção 3

Postura arqueada em estação e locomoção, ligeira alteração dos passos.

DOENÇAS DOS CASCOS

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Escore de Locomoção 4

Arqueamento do corpo em estação e locomoção, assimetria evidente do apoio poupando

membros.

DOENÇAS DOS CASCOS

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Escore de Locomoção 5

Incapacidade de apoio ou de sustentação do peso do(s) membro(s) lesado(s), relutância ou

recusa para locomover-se.

DOENÇAS DOS CASCOS

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Cálculo de perdas em produção de leite, baseado no

escore de locomoção das vacas:

Segundo Robinson (2001), as perdas estimadas são de:

Escore de locomoção 3: 5,1% de perdas em produção

Escore de locomoção 4: 16,8% de perdas em produção

Escore de locomoção 5: 36,0% de perdas em produção

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Tabela 2 – Nº de animais, perdas em produção de leite e perdas econômicas, em duas

propriedades onde foram realizados os escores de locomoção.

Classificação por escore 1 2 3 4 5 Total Ano

No de animais 18 15 13 35 39 120 -

Perdas em lts/dia - - 14,59 129,36 308,8 452,83 165.281,5

Perda em R$/dia - - 8,17 72,44 172,9 253,6 92.557,63

No de animais 45 42 16 24 3 130 -

Perdas em lts/dia - - 17,95 88,70 23,76 130,42 47.601,84

Perda em R$/dia - - 10,05 49,67 13,31 73,03 26.657,03

Diferença de 117.679,66 litros/ano -

R$ 65.900,60/ano

Médias de 22 litros de leite/dia e o

preço do litro R$ 0,56 centavos.

DOENÇAS DOS CASCOS

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... ou a decisão de fazer!

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DOENÇAS DO TALÃO

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SINONÍMIA: Verruga de casco, Dermatite digital

papilomatosa ou verrucosa

DEFINIÇÃO:

Erosão com exsudação da pele acima da coroa junto ao

talão. Nos casos crônicos pode haver granulação com

formação de papilomas.

Ocorrem surtos com difícil controle

DERMATITE DIGITAL

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Fonte: Guia Bayer de Podologia Bovina

DERMATITE DIGITAL

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FATORES PREDISPONENTES:

O confinamento com superpopulação

Má higiene

As novilhas apresentam maior susceptibilidade - talvez

haja envolvimento de fatores imunológicos

ETIOLOGIA:

A causa é multifatorial, sendo influenciada pelo ambiente,

idade e nível de imunidade dos animais. Agentes isolados:

bactérias, espiroquetas, fungos e vírus

DERMATITE DIGITAL

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SINAIS CLÍNICOS:

Lesão inicial - erosão vermelho viva (aspecto de

"morango") com borda esbranquiçada – exsudativa com odor

fétido e sensível ao toque

Lesão crônica - crescimento de papilas e insensíveis ao

toque (dermatite verrucosa)

Claudicações de grau variado

DERMATITE DIGITAL

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Fonte: Atlas Casco em Bovinos – DIAS e MARQUES JR

DERMATITE DIGITAL

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TRATAMENTO:

Limpeza da ferida

Tratamentos - sucesso variável – não atingem o agente

Recidivas - melhora aparente e não estão curados

Oxitetraciclina pó ou formalina 3-5% - tratamento e profilaxia

Uso parenteral de oxitetraciclina (10-20 mg Kg); Penicilina G

Procaína (22.000 UI/Kg 2 vezes ao dia/3dias); Ceftiofur sódico (2

mg/kg/dia/3dias)

DERMATITE DIGITAL

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DEFINIÇÃO: Perda irregular do tecido córneo do talão

e da sola.

EROSÃO DO TALÃO

Fonte: Guia Bayer de Podologia Bovina

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INCIDÊNCIA E FATORES PREDISPONENTE:

Alta em locais com muita lama, umidade, má higiene

(acúmulo de dejetos), laminite crônica-casco de má

qualidade

EROSÃO DO TALÃO

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SINAIS CLÍNICOS:

Depressões escuras

Há perda do tecido córneo do talão e muitas vezes

ele se descola do cório permitindo a entrada de

sujidades (Abscesso de sola)

A presença de claudicação vai depender da

extensão da lesão - envolvimento do cório

EROSÃO DO TALÃO

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EROSÃO DO TALÃO

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TRATAMENTO:

Retirada das depressões e sulcos – talão e casquemento regular

Descolamento do tecido córneo - sua retirada - colocar

bandagem com antimicrobiano tópico - tamanco

Piquetes secos e macios, minimizando o estresse traumático

Cloridrato de Oxitetraciclina pó e bandagem

Pedilúvio semanal com formalina 3% ou sulfato de cobre 10%

EROSÃO DO TALÃO

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PODRIDÃO DOS CASCOS

SINONÍMIA: Footrot e Flegmão interdigital

DEFINIÇÃO:

Infecção da região interdigital e tecidos moles profundos.

Apresenta caráter agudo - doloroso com claudicação intensa

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INCIDÊNCIA:

Cosmopolita - esporádica ou em surtos

Forma de surto - época de chuvas - maior acúmulo de lama -

contaminação ambiental

FATORES PREDISPONENTES:

Traumatismo - farpas, esterco seco, palha da cama e pedras

Maceração da pele causada pela umidade, fezes e urina

PODRIDÃO DOS CASCOS

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Fonte: Guia Bayer de Podologia Bovina

PODRIDÃO DOS CASCOS

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PATOGENIA:

Maceração ou traumatismo

Lesão local: Dichelobacter nodosus (Bacteroides

nodosus)

Fusobacterium necrophorum (habitante normal

do trato digestivo)

PODRIDÃO DOS CASCOS

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SINAIS CLÍNICOS:

Aguda com claudicação severa, febre, diminuição da

produção leiteira e perda de peso

Inflamação do espaço interdigital com edema e separação das

unhas

O edema se estende a ambos os lados da quartela e boleto

Lesão interdigital - Necrose ou fenda longitudinal com

secreção purulenta - odor desagradável

Não tratados - atrite, tenossinovite, bursite do sesamóide ou

abscesso de talão

PODRIDÃO DOS CASCOS

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TRATAMENTO: Limpeza local com curetagem do tecido necrosado ou fístula –

bandagens com antibióticos tópicos e anti-septicos

Antibioticoterapia sistêmica: oxitetraciclina, pencilina G

procaína, ceftiofur, tilosina, sulfadimetoxina, sulfadoxina ou

sulfadiazina + trimetroprim

Os anti-inflamatórios não esteróides também podem ser

utilizados (2 a 3 dias)

Melhora em poucos dias

PODRIDÃO DOS CASCOS

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FOOTROT - OVINO

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SINONÍMIA: Gabarro, tiloma ou fibroma interdigital

DEFINIÇÃO: Reação proliferativa da pele do espaço

interdigital com crescimento de pequena tumoração; causa mais

comum é a irritação crônica.

INCIDÊNCIA:

Maior freqüência em bovinos mestiços criados em pastagens

íngremes e secas

Membros posteriores

HIPERPLASIA INTERDIGITAL

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HIPERPLASIA INTERDIGITAL

Fonte: Atlas Casco em Bovinos – DIAS e MARQUES JR

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FATORES PREDISPONENTES:

Hereditária - quando ocorre de forma bilateral

- Cascos com unhas abertas

- Excesso de gordura interdigital (raça Gir e

Indubrasil e seus mestiços)

Fonte: Guia Bayer de Podologia Bovina

HIPERPLASIA INTERDIGITAL

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FATORES PREDISPONENTES:

Adquiridos :

- pastagens íngremes

- capim seco

- esterco seco

- fezes e urina

HIPERPLASIA INTERDIGITAL

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SINAIS CLÍNICOS:

Fase inicial - hiperplasia é pequena - não há claudicação

Hiperplasia - presença de claudicação – dependendo das

complicações

-Necrose da tumoração

-Miíases

-Deformação ungular – dor- adota atitude alterada na

marcha, não havendo desgaste correto do casco

HIPERPLASIA INTERDIGITAL

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TRATAMENTO:

Correção do defeito ungular (casqueamento)

Retirada tumoração

Antimicrobiano tópico com sulfato de cobre e bandagem

(renovada a cada 2-3 dias)

Não ao uso de ferro quente para cauterização da ferida pois

aumenta a recidiva e úlceras e erosões na coroa do casco - difícil

cicatrização

HIPERPLASIA INTERDIGITAL

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LAMINITE

SINONÍMIA: Pododermatite asséptica

difusa, degeneração laminar aguda, coriose

PATOGENIA:

Processos inflamatórios graves (mastite aguda, metrite,...) – endotoxinas: vasoconstrição periférica.

Acidose ruminal: endotoxinas absorvidas pela parede ruminal: vasoconstrição periférica

Causa amaciamento do casco e predisposição a lesões

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LAMINITE

...em resumo...

Excessivo fornecimento de carboidratos Fermentação ruminal excessiva

pH ruminal abaixo de 5,5 Proliferação de lactobacilos

e Streptococcus bovis

Acidose láctica ruminal Bacteriólise de bactérias gram-negativas

com produção de endotoxinas

Liberação de mediadores inflamatórios Vasoconstrição, anastomoses (shunts)

arteriovenosas, microtrombos e alteração da

permeabilidade capilar

Redução da perfusão capilar nas

lâminas dérmicas Isquemia e hipóxia nas células queratógenas

Inibição da síntese normal do casco Degeneração laminar

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LAMINITE

Laminite subclínica: associação com úlcera,

abscesso de sola, doença da linha branca e

hematoma de sola

Laminite crônica: ou “casco achinelado” -

resultado de episódios prolongados de uma

laminite subclínica

Laminite Aguda: Provoca dores - ingestão

acidental de quantidade excessiva de grãos ou

concentrado

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LAMINITE

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FATORES PREDISPONENTES:

Doenças sistêmicas (metrite - endotoxemia)

Alimentação inadequada (rica em carboidratos e pobre

em fibra)

Predisposição racial (raça holandês)

Traumatismos, pisos ásperos, falta de conforto,

defeitos de aprumo e falta de exercício

LAMINITE

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SINAIS CLÍNICOS:

Forma aguda - não é muito freqüente

Alterna o membro de apoio ("sapateia") e reluta em

andar

Pode não se levantar devido à dor - marcha torna-se

dolorosa e lenta

A pulsação da artéria digital se torna palpável

LAMINITE

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A coroa do casco - avermelhada e edemaciada

As unhas - quentes e sensíveis à palpação manual ou

com pinça

Alteração do crescimento normal do casco -

amolecimento da sola e deformidades.

LAMINITE

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Forma crônica - mais freqüente

A sola se torna macia e amarelada

Presença de anéis de crescimento paralelos à coroa

Sola tende a estar plana, aumentando a possibilidade

de abrasão

Casco apresenta supercrescimento (achinelamento)

LAMINITE

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Fonte: Guia Bayer de Podologia Bovina

LAMINITE

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TRATAMENTO:

Casos agudos:

Antiinflamatórios não esteróides:

- Flunixin meglumine 1,1 a 2,2 mg/kg – 24h

- Ácido acetilsalicílico 15-100 mg/Kg oral 2 vezes/dia

- Fenilbutazona 4,4 mg/kg, - 48h

Corrigir a causa da endotoxemia

Casos crônicos: Casqueamento - evitando sobrecarga

sobre o talão, cama macia para o animal se deitar e ração

balanceada

LAMINITE

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HEMATOMA DE SOLA

Derrame sanguíneo no córium

Sola plana, macia e fina

Umidade e cascalho

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HEMATOMA DE SOLA

Fonte: Atlas Casco em Bovinos – DIAS e MARQUES JR

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HEMATOMA DE SOLA

SINAIS CLÍNICOS:

Geralmente não há claudicação

Mais lento ao se locomover

Não perfurar

Tratamento

Tirar do piso duro – colocar em “piquete macio”

Pedilúvio - Formol 5% - Enrijece o casco

Casos graves – Taco de madeira

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ÚLCERA DE SOLA

SINONÍMIA:

– Pododermatite séptica circunscrita

– Broca

DEFINIÇÃO:

– Perda circunscrita do tecido córneo

da sola com exposição do córium.

Unhas posteriores laterais e unhas

anteriores mediais

Fonte: Guia Bayer de Podologia Bovina

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ÚLCERA DE SOLA

INCIDÊNCIA:

– Alta em bovinos leiteiros confinados - 4 meses após o parto

– Correlacionado com laminite sub-clínica

– Semi-estabulados com período de estabulação em estação superior que 8 a 10 horas

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ÚLCERA DE SOLA

FATORES PREDISPONENTES:

– Casco achinelado ou hiper crescimento do casco

– Falta de casqueamento

– Animais muito pesados

– Tecido córneo de má qualidade (umidade,

dejetos e laminite)

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ÚLCERA DE SOLA

FATORES PREDISPONENTES:

– Erros de manejo e estabulações - muito tempo em

estação

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ÚLCERA DE SOLA

FATOR DETERMINANTE:

– Isquemia localizada, devido ao aumento de pressão da

terceira falange sobre o córium.

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ÚLCERA DE SOLA

Fonte: Guia Bayer de Podologia Bovina

Fonte: Atlas Casco em Bovinos – DIAS e MARQUES JR

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SINAIS CLÍNICOS:

Perda de tecido córneo, com aspecto arredondado

O cório pode granular sobrepassando o tecido córneo da sola -

impedindo a cicatrização

A presença de dor varia com a extensão da lesão -claudicação leve

a severa

Supercrescimento dos cascos

ÚLCERA DE SOLA

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TRATAMENTO:

Retirada do tecido de granulação e necrosado

Antimicrobiano tópico, sulfato de cobre e bandagem

Taco de madeira na unha saudável (deixar por 2-4

semanas

Nos casos mais graves deve-se utilizar antibiótico

parenteral.

ÚLCERA DE SOLA

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DOENÇA DA LINHA BRANCA

Definicão: Separação e penetração de dejetos entre a sola e a

parede (linha branca), causando geralmente abscedação.

Fonte: Guia Bayer de Podologia Bovina

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INCIDÊNCIA: Alta em bovinos confinados com

higiene deficiente e animais que ficam em baixadas úmidas

FATORES PREDISPONENTES: Todos os fatores

que levem a má qualidade do casco. Os mais comuns são:

- estábulos sujos e úmidos

- supercrescimento dos cascos

- laminite

- cimento muito áspero

- pastagens úmidas

DOENÇA DA LINHA BRANCA

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SINAIS CLÍNICOS:

Unhas mais atingidas são as posteriores laterais

A separação da parede, da sola pode ser visualizada

Partes necróticas ou sujidades (pontos pretos)

Pode ser observado a presença de abscesso

DOENÇA DA LINHA BRANCA

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A infecção pode atingir a coroa provocando uma

fístula da linha branca até a coroa

A presença de claudicação - estruturas atingidas e das

complicações

Podem apresentar a lesão na região da pinça do casco

(rotação da terceira falange – laminite)

DOENÇA DA LINHA BRANCA

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DOENÇA DA LINHA BRANCA

Fonte: Guia Bayer de Podologia Bovina

Fonte: Atlas Casco em Bovinos – DIAS e MARQUES JR

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TRATAMENTO:

Retirada do tecido necrosado e drenagem do abscesso

Na presença de fístula, ela tem de ser explorada, com

abertura da parede - linha branca até a coroa

Bandagem - antimicrobiano tópico e ou sulfato de

cobre

Nos casos mais graves - antimicrobiano parenteral e

tamanco de madeira

DOENÇA DA LINHA BRANCA

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SINONÍMIA: Pododermatite séptica

DEFINIÇÃO:

Inflamação séptica difusa ou localizada no cório

INCIDÊNCIA:

Animais confinados e criados em baixadas úmidas.

Vacas da raça holandês são mais susceptíveis

ABSCESSO DE SOLA

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ABSCESSO DE SOLA

Fonte: Atlas Casco em Bovinos – DIAS e MARQUES JR

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FATORES PREDISPONENTES:

Umidade e a laminite - sola plana e macia -

traumatismo - cascalho, vidro, pregos

Cimento muito áspero ou novo - abrasão exagerada

do casco

Doença da linha branca, erosão de talão e hematoma

de sola podem evoluir para o quadro

ABSCESSO DE SOLA

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Fonte: Guia Bayer de Podologia Bovina

Vidro

Prego

ABSCESSO DE SOLA

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SINAIS CLÍNICOS:

Muita dor - não se alimente - rápido emagrecimento

Sola apresenta um ponto de penetração - necrose

Dois tipos de Abscesso de sola:

-Superficial - prognóstico favorável

-Profunda - prognóstico reservado

ABSCESSO DE SOLA

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TRATAMENTO:

Drenagem, retirada de tecido necrosado e do tecido córneo

descolado do casco

Abscesso de sola com lesões superficiais - antibacteriano tópico

com sulfato de cobre e bandagem - substituindo-a a cada 5 a 7 dias -

cerca de 3 semanas

Abscesso de sola com lesões profundas – Antibiótico tópico, após

recuperação do córium aplica-se sulfato de cobre. O curativo e

bandagem a cada 5 dias – durante 60 dias. Antibiótico parenteral.

ABSCESSO DE SOLA

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www.ufpel.edu.br/nupeec

“A melhor forma de prever o futuro é criá-lo.” Peter Drucker