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volume 10, número 3, junho/julho 2011 Dental Press International revista CLÍNICA de Dental Press

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Revista Clínica de Ortodontia Dental Press

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Revista Clínica de Ortodontia D

ental PressVolum

e 10 - Núm

ero 3 - Junho/Julho 2011

volume 10, número 3, junho/julho 2011

Dental Press International

revista CLÍNICA de

Dental Press

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ISSN 1676-6849Rev Clín Ortod Dental Press. 2011 jun/jul;10(3):1-136

Dental Press

volume 10, número 3, junho/julho 2011

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52 Proposta de um modelo de consentimento informado para a clínica ortodônticaProposal of an informed consent model for the orthodontic practiceFabiane Piva, Carla Dal Magro, Luciane Q. Closs, Maria Perpétua Mota Freitas, Eduardo Nakamura

60 Distalização de molares com barra transpalatina ancorada em mini-implantes ortodônticos: caso clínicoMolars distalization with transpalatal arch anchored in orthodontic mini-implants: clinical caseAdriano Dobranszki

66 Abordagem para o retratamento da Classe II com distalização intrabucalAn approach to Class II malocclusion retreatment with intraoral distalizationGuilherme Thiesen

76 Expansão maxilar rápida X Expansão maxilar lenta: considerações clínicasRapid maxillary expansion X Slow maxillary expansion: clinical considerationsGerson Luiz Ulema Ribeiro, Juliana da Silva Pereira, Arno Locks, Carla D’Agostini Derech, Roberto Rocha, Orlando M. Tanaka

81 Tratamento ortodôntico de oclusões mutiladasOrthodontic treatment of mutilated dentitionCarlos Martins Coelho Filho, Fábio Oliveira Coelho, Bruno D’Aurea Furquim

90 Tratamento não cirúrgico da má oclusão de Classe III e mordida aberta esquelética em adultosNonsurgical treatment of skeletal Class III open bite malocclusion in adultsMilton Meri Benitez Farret, Marcel Marchiori Farret, Alessandro Marchiori Farret

100 Estudo cefalométrico computadorizado da projeção maxilar e seus efeitos sobre os tecidos moles sobrejacentes após a cirurgia ortognáticaComputerized cephalometric study of the maxillary projection and its effects on the overlying soft tissues after orthognathic surgeryJulierme Ferreira Rocha, Eduardo Dias Ribeiro, Renato Yassutaka Faria Yaedú, Eduardo Sant’Ana, Eduardo Sanches Gonçales

106 Ortodontia Lingual: evolução da técnica e os braquetes autoligadosLingual orthodontics: Evolution of technique and self-ligating bracketsSilvana Allegrini Kairalla, Vittorio Cacciafesta, Liliana Ávila Maltagliati, Luiz Renato Paranhos

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Dental Press

volume 10, número 3, junho/julho 2011

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114 Avaliação de caninos superiores impactados por meio de tomografia computadorizada de feixe cônicoEvaluation of impacted maxillary canines using Cone Beam Computed TomographyFlávio Ricardo Manzi, Juliana Pelinsari Lana, Luciana Cardoso Fonseca, Simone Pereira das Posses, Márcia Gabriella Lino de Barros

121 Submersão múltipla na dentição decídua: relato de casoMultiple submersion in the primary dentition: case reportLiana Cristina Melo Carneiro Costa, Ítalo Márcio de Oliveira Consoli, Vilmar Camargos de Freitas, Aléida dos Santos Plasschaert e Freitas

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Editorial ������������������������������������������������ 5

Pergunte a um Expert ��������������������������� 7

Eventos ����������������������������������������������� 22

Acontecimentos ���������������������������������� 26

Arquitetura ����������������������������������������� 30

Dica Clínica ����������������������������������������� 33

Domínio Conexo �������������������������������� 43

Abstracts ������������������������������������������� 127

Controvérsias ������������������������������������ 130

Instruções aos autores ���������������������� 134

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Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)

Revista Clínica de Ortodontia Dental Press. – v. 1, n. 1 (fev./mar. 2002). – Maringá : Dental Press International, 2002-.

Bimestral. ISSN 1676-6849.

1. Ortodontia – Periódicos. I. Dental Press International.

CDD 21.ed. 617.643005

EDITOR Omar Gabriel da Silva Filho HRAC-USP

EDITOR INTERINO Weber José da Silva Ursi FOSJC/UNESP-SP EDITORES ASSISTENTES José Valladares Neto UFG-GO Rosely Suguino CESUMAR-PR Danilo Furquim Siqueira UNICID-SP

PUBLISHER Laurindo Furquim UEM-PR

COORDENADOR DOS ABSTRACTS Maurício de Almeida Cardoso USC-SP

CONSELHO EDITORIAL CIENTÍFICO Adilson Luiz Ramos UEM-PR Hélio Hissashi Terada UEM-PR CONSULTORES CIENTÍFICOS

Ortodontia Ademir Roberto Brunetto UFPR-PR Arno Locks UFSC-SC Ary dos Santos-Pinto UNESP-SP Björn U. Zachrisson Universidade de Oslo / Noruega Carlo Marassi CPO SLMANDIC-SP Célia Regina Maio Pinzan Vercelino Uniceuma-SP Cristiane Canavarro UERJ-RJ Cristina Feijó Ortolani UNIP-SP Daltro Enéas Ritter UFSC-SC Daniela Gamba Garib HRAC-USP-SP David Normando UFPA/ABO-PA Eduardo Dainesi USC-SP Fausto Silva Bramante Clínica particular-SP Francisco Ajalmar Maia UFRN-RN Gilberto Vilanova Queiroz ABENO-SP

DIrETOrA: Teresa Rodrigues D'Aurea Furquim - DIrETOr EDITOrIAL: Bruno D’Aurea Furquim - DIrETOr DE MArKETING: Fernando Marson - ANALISTA DA INFOrMAÇÃO: Carlos Alexandre Venancio - PrODuTOr EDITOrIAL: Júnior Bianco - PrODuÇÃO GráFICA E ELETrôNICA: Gildásio Oliveira Reis Júnior - Tatiane Comochena - TrATAMENTO DE IMAGENS: Andrés Se-bastián Pereira de Jesus - SubMISSÃO DE ArTIGOS: Roberta Baltazar de Oliveira - rEvISÃO/COPyDESK: Ronis Furquim Siqueira - JOrNALISMO: Beatriz Lemes Soares - bANCO DE DADOS: Adriana Azevedo Vasconcelos - WEbMASTEr: Edmar Baladeli - Fernando Truculo Evangelista - CurSOS E EvENTOS: Ana Claudia da Silva - Rachel Furquim Scattolin - COMErCIAL: Roseneide Martins Garcia - bIbLIOTECA/NOrMALIZAÇÃO: Simone Lima Lopes Rafael - EXPEDIÇÃO: Diego Moraes - FINANCEIrO: Roseli Martins - SECrETArIA: Rosane A. Albino.

A Revista Clínica de Ortodontia Dental Press (ISSN 1676-6849) é uma publicação bimestral

(seis edições por ano), da Dental Press Ensino e Pesquisa Ltda. — Av. Euclides da Cunha,

1.718 - Zona 5 - CEP 87.015-180 - Maringá - Paraná - Brasil. Todas as matérias publicadas são

de exclusiva responsabilidade de seus autores. As opiniões nelas manifestadas não corres-

pondem, necessariamente, às opiniões da Revista.

Os serviços de propaganda são de responsabilidade dos anunciantes.

Assinaturas: [email protected]

ou pelo fone/fax: (44) 3031-9818.

Guilherme de Araújo Almeida UFU-MG Henrique Mascarenhas Villela ABO-BA Jeffrey P. Okeson Universidade de Kentucky / EUA Jesús Fernández Sánchez Universidade de Madrid / Espanha José Fernando C. Henriques FOB-USP-SP José Nelson Mucha UFF-RJ José Rino Neto FOUSP-SP Júlia Harfin Universidade de Maimonides / Argentina Julio de Araújo Gurgel FOB-USP-SP Julio Pedra e Cal-Neto UFF-RJ Jurandir Antonio Barbosa ACDC-SP Larry White AAO Dallas / EUA Leopoldino Capelozza Filho HRAC-USP-SP Lorenzo Franchi Universidade de Florença / Itália Luciano da Silva Carvalho APCD-SP Marcelo de Castellucci e Barbosa UFBA-BA Marcio Costa Sobral UFBA-BA Marcio Rodrigues de Almeida UNOPAR-PR Marden Bastos EAP-ABO-MG Matheus Melo Pithon UESB-BA Ravindra Nanda Universidade de Connecticut / EUA Ricardo Nakama Clínica particular-PR Roberto Hideo Shimizu UTP-PR Roberto Justus Univ. Tecnológica do México / México Sebastião Interlandi USP-SP Tiziano Baccetti Universidade de Florença / Itália Vincent G. Kokich Universidade de Washington / EUA Cirurgia Ortognática Eduardo Sant’Ana FOB-USP-SP

Oclusão Paulo Cesar Rodrigues Conti FOB-USP-SP

Patologia Alberto Consolaro FOB-USP-SP

Dentística Renata Pascotto UEM-PR

Indexada nas Bases de Dados:

desde 2003BBO

desde 2003 desde 2008

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editorial

SUCESSO EM ORTODONTIA

A Ortodontia como negócio é caracterizada por apresen-tar-se, aos olhos do público leigo em geral, como sendo de pouca diferenciação de serviço, uma vez que, no imaginário popular, colocar o aparelho ortodôntico é sinônimo de estar sendo submetido ao tratamento ortodôntico. Em função da falta de informação ou mesmo por ignorância dos consumi-dores, todos os profissionais que “colocam aparelho” estão na mesma cesta, ou balcão de supermercado, prontos para serem “consumidos”. Para agravar ainda mais esse quadro, o número explosivo de cirurgiões-dentistas no Brasil — e, por conseguinte, de “colocadores de aparelho”, habilitados ou não — gera uma alta competitividade, pressionando para baixo os valores cobrados pelos tratamentos. Além disso, gera desvios de ética que deixariam envergonhados os fun-dadores de nossa especialidade, com anúncios de péssimo gosto e “presenteamento” com aparelhos e documentações ortodônticas. Some-se a isso os altos custos de formação do profissional, da montagem do consultório, dos equipamen-tos e materiais de consumo, gastos com educação continua-da etc., e o resultado não é um quadro muito animador.

Mesmo assim, muitos profissionais se destacam em suas comunidades e são bem-sucedidos, nas diversas interpre-tações que essa expressão permite, seja no aspecto finan-ceiro ou pessoal. Como se poderia explicar esse fato, por que alguns “se dão bem” enquanto outros “patinam” e não atingem o lugar ao sol que mereceriam? Mesmo quando dois profissionais têm perfis familiares semelhantes, estu-dam nas mesmas escolas e têm a mesma formação, alguns estão fadados a um papel secundário, enquanto outros se destacam. Seria isso decorrente de traços de personalida-de? Em um trabalho muito interessante1, foi investigado se, entre os ortodontistas mais bem-sucedidos financeiramente, existe alguma correlação entre o perfil dominante de perso-

nalidade e o sucesso em suas carreiras. Foram enviados 300 questionários, dos quais 42% foram respondidos. Os resul-tados revelaram que não existe uma forte correlação entre o grau de sofisticação financeira e os perfis de personalida-de. Entretanto, mais que 2/3 desse grupo, de ortodontistas bem-sucedidos financeiramente, apresentaram perfis de personalidade do tipo Colérico (poderoso) ou Melancólico (perfeccionista). Pode-se especular que a maioria de nós se encaixaria nessa segunda categoria. Além disso, a pesquisa revelou alguns fatos em comum nesses ortodontistas bem--sucedidos: a) somente aumentam suas clínicas se houver aumento da rentabilidade líquida, b) mantêm controle rígido sobre os custos fixos e variáveis, c) valorizam o treinamento e educação continuada de seus funcionários, e d) acreditam e investem em marketing.

Fica patente que não nascemos predestinados ao suces-so, mas que nossos resultados vêm da determinação que co-locamos em nosso trabalho. Se por um lado é difícil — senão impossível — alterar nosso perfil de personalidade, por ou-tro, qualquer que seja ele, necessitamos de muita dedicação e transpiração para atingir nossos objetivos. A manutenção de um espírito empreendedor e com metas palpáveis nos mantém na rota do sucesso que almejamos, seja ele qual for. Não desanimar nunca, apesar de todas as dificuldades, pois, como disse Fernando Sabino: “No fim tudo dá certo, e se não deu certo é porque ainda não chegou ao fim.”

Weber UrsiEditor interino

1. Coats MJ, Straja SR, Wiser G, Heckman H, Saavedra W, Tuncay OC. Defining characteristics of financially successful orthodontists. Am J Orthod Dentofacial Orthop. 2000 Jul;118(1):18-23.

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pergunte a um expert

A era digital 3D na Ortodontia e Ortopedia Facial (parte 2)

Complementando a Parte 1 desse artigo47, outras aplica-ções da era digital e tecnologia 3D serão abordadas. Tendo em vista a versatilidade e diversidade de uso desses recursos de imagem no diagnóstico e planejamento facial e dentário, essas indicações serão divididas em tópicos.

SIMUlAçõES DE TRATAMENTO (VTO)

Dentre os avanços tecnológicos e processamentos dis-poníveis com esse protocolo, reforçamos a possibilidade de, em cima das telerradiografias laterais e sobreposição das fotografias de perfil, simular nossos tratamentos e obter a visualização dos objetivos de tratamento (VTOs), sejam eles de tratamento ortodôntico e ortopédico-facial sobre o cres-cimento; ou, nos casos de pacientes que já finalizaram suas respectivas fases de crescimento, da visualização de imagens predictivas dos objetivos que temos de tratamento com as intervenções ortocirúrgicas ortognáticas, permitindo com-partilhar com os pacientes nosso objetivo de tratamento.

Rolf M. Faltin

Avaliamos como muito interessante — do ponto de vista de diagnóstico e, principalmente, de planejamento de nos-sos casos — podermos, antes mesmo da apresentação para os pacientes, analisar as variáveis predictivas em imagens, as possibilidades, as simulações para cada conduta clínica e intervenções cirúrgicas associadas que permitirão os melho-res resultados do ponto de vista de harmonia da face, assim como de relação dentária, para cada paciente.

Como exemplo, observamos em caso clínico ilustrativo a simulação de planejamento ortodôntico de uma pacien-te que teria como possibilidades terapêuticas no caso de uma Classe II mandibular (hipótese de tratamento): prepa-ro ortodôntico e cirurgia ortognática de avanço mandibu-lar ou compensação dentária através da extração de dois pré-molares superiores. Isso pode ser simulado e visuali-zado conforme as Figuras 1 e 2, permitindo, antes mes-mo da apresentação para o paciente, que visualizemos as modificações em termos de perfil, tecido mole e propor-ções da face, auxiliando na definição e compartilhamento de um planejamento comum ideal para nossos pacientes.

Figura 1 Imagem com sobreposição de traçado cefalométrico computadorizado e fotografia fa-cial de perfil, para simulações e visualização de objetivos de tratamento (VTO). A) Situação ini-cial. b) Fotografia e traçado predictivo de prepa-ro ortodôntico pré-cirúrgico (VTO ortodôntico). C) Fotografia e traçado predictivo de preparo e cirurgia ortognática de avanço mandibular (VTO ortocirúrgico). D) Fotografia e traçado predicti-vo de tratamento ortodôntico com extração de pré-molares superiores/compensação dentária (VTO ortodôntico).

A B

C D

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pergunte a um expert A era digital 3D na Ortodontia e Ortopedia Facial (parte 2)

Rev Clín Ortod Dental Press. 2011 jun-jul;10(3):7-1918

RefeRências

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CONSIDERAçõES FINAIS

A riqueza e a realidade da tridimensionalidade, alcançada através dos avanços tecnológicos de aquisição e processamen-to de dados volumétricos, permite com muita clareza afirmar que vivemos uma nova era no diagnóstico e planejamento.

Temos disponível maior quantidade e qualidade de

informações porque o “todo” (a face completa em 3D) é presente. Ao termos o “todo”, pouco nos falta: ao termos o “todo”, isto é, ao termos mais que o de costume, em termos de imagens e informações, falta-nos mais tempo, mais estu-do, novas pesquisas e sabedoria para compreender, interpre-tar e conhecer o “novo”. O “todo” é uma realidade, aquilo que nos falta passa a ser uma nova missão: explorar a era 3D.

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Faltin RM

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rolf M. Faltin

• GraduadoemOdontologiapelaUniversidadePaulista(UNIP).

• MestreemBiologiaCelulareTecidualpelaUniversidadedeSãoPaulo(ICB/USP).

• DoutoremOrtodontia-OrtopediaFacialpelaUniversidadedeUlm,Alemanha.

• ProfessorConvidadodoCursodeGraduaçãoePós-GraduaçãoemOrtodontia-OrtopediaFacial,DepartamentodeOdontologia,UNIP.

• ProfessorConvidadodoDepartamentodeOrtodontiadaUniversidadedeUlm,Alemanha.

• PesquisadorAssociadodoLaboratóriodeBiologiaOral(LBO),daUniversidadedeSãoPaulo(USP).

Rolf M. faltinRua Frei Caneca, 1212 - 5º Andar – 01.307-907 – São Paulo / SPE-mail: [email protected]

endeReço paRa coRRespondência

32. Schutyser F, Swennen G, Suetens P. Robust visualization of the dental occlusion by a double scan procedure: Lecture notes in computer science. Med Imag Comput Comput Assist Interven. 2005;3749:368-74.

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34. Swennen GRJ, Mommaerts MY, Abeloos J, De Clercq C, Lamoral P, Neyt N, et al. The use of a wax bite wafer and a double CT scan procedure to obtain a 3D augmented virtual skull model. J Craniofac Surg. 2007;18(3):533-9.

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Rev Clín Ortod Dental Press. 2011 jun-jul;10(3):2222

gRUpO DE ESTUDOS lEOpOlDINO CApElOzzA BH-MgDAtA: 28 de outubro de 2011LoCAL: Ouro Minas Palace Hotel - Belo Horizonte / MGInFormAçõEs: (31) 3458-1118 - [email protected]

eventos

ENCONTRO NACIONAl gRUpO STRAIgHT wIREDAtA: 29 e 30 de julho de 2011 LoCAL: Associação dos Cirurgiões-Dentistas de CampinasInFormAçõEs: www.gruposw.com.br

lANçAMENTO DO lIVRO SISTEMAS ERTTyDAtA: 22, 23 e 24 de setembro de 2011LoCAL: São Paulo / SPInFormAçõEs: (44) 3031-9818 - www.dentalpress.com.br

CONgRESSO INTERNACIONAl DE ORTODONTIA, IMplANTODONTIA E CIRURgIA ORTOgNáTICADAtA: 4 e 5 de novembro de 2011LoCAL: Vale do Paraíba / SPInFormAçõEs: (11) 4368-5678

10 | 11 | 12 | NOV | 2011 | CENTRO DE CONGRESSOS DE LISBOA | PORTUGAL

GOLD SPONSORS PATROCINADORES OFICIAIS

JORGE FABER | BR ORTODONTIA

CONFERENCISTA CONVIDADO

xx CONgRESSO OMD (ORDEM DOS MéDICOS DENTISTAS)DAtA: 10, 11 e 12 de novembro de 2011LoCAL: Centro de Congressos de Lisboa - PortugalInFormAçõEs: www.omd.pt/congresso

15º ENCONTRO AOA - “DE VOlTA pARA O SEU FUTURO”DAtA: 26 e 27 de agosto de 2011LoCAL: Hotel Fazenda Salto Grande - Araraquara / SPInFormAçõEs: (16) 3397-4924 - [email protected]

2º CONgRESSO INTERNACIONAl MBTDAtA: 25, 26 e 27 de agosto de 2011LoCAL: Abzil - São José do Rio Preto /SPInFormAçõEs: (18) 3222-4285 - [email protected]

Albino TriacaAlemanha

Eustáquio AraújoEstados Unidos

Giuseppe ScuzzoItália

James McNamaraEstados Unidos

Marco RosaItália

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Rev Clín Ortod Dental Press. 2011 jun-jul;10(3):2626

aConteCimentos

7º Encontro Abzil/3M de Ortodontia Individualizada

Raphaela Medeiros, Luana Pontes e Ana Cami-la Melo.

Dr. Leopoldino Capelozza e Rosa C. S. do Nas-cimento.

Organizadores e professores do evento.

Diana Ap. Athayde Fernandes e Dr. Leopoldino Capelozza.

Eduardo Solano e Jesus Maués P. Junior.Eliane Oishi e Keliane B. Pereira.

Diego Sinimbu e Robson Costa. Dr. Leopoldino Capelozza autografando livro para Carolina Lima.

Glivia e Virna Silveira.

Foi realizado em Belém (PA), entre os dias 26 e 28 de maio, o 7º Encontro de Ortodontia Individualizada, com a presença dos palestrantes Leopoldino Capelozza Filho, Laurindo Furquim, Jesus M. Pinheiro Jr., Silvia Augusta Braga Reis, Sérgio Luiz de Azevedo Silva, José Valladares Neto e David Normando. O Prof. Capelozza apresentou o livro “Metas Terapêuticas Indivi-dualizadas”, sua segunda publicação pela editora Dental Press.

UFRj nomeia nova professora Titular

Dr. José Nelson Mucha, Dra. Telma Araújo, Dra. Margareth M. G. de Sou-za, Dra. Celuta Sales Alviano, Dr. Guilherme Janson e Dra. Ana Maria Bolognese.

Foi realizado no dia 01 de junho, na Faculdade de Odontologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro, o concurso para o cargo de Professor Titular da Disciplina de Ortodontia. A Dra. Margareth Maria Gomes de Souza, Professora Associada da disciplina, foi avaliada pela banca examinadora constituída pelos Professores Dr. Guilherme Janson (USP-Bauru), Dra. Telma Martins de Araújo (UFBa), Dr. José Nelson Mucha (UFF), Dra. Celuta Sales Alviano (UFRJ) e Dra. Ana Maria Bolognese (UFRJ). Após apre-ciados o mérito e o conhecimento da candidata, a banca conferiu-lhe aprovação.

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Rev Clín Ortod Dental Press. 2011 jun-jul;10(3):30-130

Maria Augusta Paes de mello*

arquitetura

Quando o barulho é danoso

No nosso dia a dia estamos sujeitos a diversos estímulos sonoros e seus efeitos podem variar de um simples descon-forto a perdas auditivas. Nada melhor do que um espaço de trabalho eficiente e agradável, que promova o bem-estar tanto para aqueles que serão atendidos como para aqueles que ali trabalham. Esses são pontos que atuam positivamen-te na mente das pessoas que por ali circulam.

O controle acústico é muito importante no ambiente do consultório odontológico, no qual existem dois tipos de ruídos: aqueles gerados dentro do consultório (canetas de alta rotação, compressores, sugadores e condicionado-res de ar); e os gerados por fontes externas (ruas com trân-sito, construção civil, entre outras), sendo essas as de mais difícil controle. O ruído emitido pelo motor do dentista, além de irritante ao ouvido, causa intimidação em algumas pessoas, já que para alguns ir ao dentista tem uma conota-ção psicológica negativa.

Segundo o MANUAL DE BIOSSEGURANÇA NO ATEN-DIMENTO ODONTOLÓGICO3, pesquisas realizadas com cirurgiões-dentistas que trabalham com canetas de alta ro-tação demonstram perda moderada de audição. A agres-são é considerada gradual, progressiva e indolor, não sen-do percebida nos estágios iniciais do distúrbio. Segundo Barros2, para trabalhos que exigem concentração mental e precisão de movimentos, recomenda-se que um nível mé-dio de ruído não ultrapasse 65dB. Com o aumento do tem-po de exposição, estudos indicam o ruído como sendo um fator muitas vezes gerador de estresse.

Conforme Naressi1, os níveis ideais de ruídos situam-se entre 60 e 70dB; entre 70 e 90dB, a sensação de desconforto aumenta; entre 90 e 140dB, existe um alto risco para a acui-dade auditiva; aos 140dB situa-se o limite da dor, podendo ocorrer um sério risco de dano irreversível. Com isso, mostra--se necessário o bom desempenho acústico do ambiente, o qual é determinado no projeto da edificação.

Para Rosa4, a questão de uma boa acústica está associada às formas arquitetônicas, à forma como as superfícies atuam

na reflexão ou absorção sonora, à distribuição de maneira uniforme do som, através de uma boa difusão, e a um ade-quado isolamento — tendo todo esse conjunto de variáveis, o conforto acústico como objetivo final.

Absorção sonora é uma característica que alguns mate-riais têm que faz com que eles convertam parte do som inci-dente sobre eles em calor, enquanto a outra parte é refletida de volta ao ambiente. Para que ocorra absorção, o som deve penetrar no material. Dessa forma, os materiais porosos, ma-cios e fibrosos (lãs minerais, tecidos, fibras naturais) possuem melhor desempenho acústico quando comparados aos ma-teriais duros e polidos, sendo os primeiros mais indicados para que haja uma melhor absorção.

Para os forros, existem alguns modelos, chamados acústi-cos, que possuem alto desempenho de absorção sonora. Po-dem ser sistemas compostos de chapas especiais de gesso, com fibra de vidro na parte interna, e fibrosos, perfurados ou ranhurados, rígidos ou semirrígidos, ou de estrutura micro-celular. O teto é considerado a principal área de reflexão dos sons gerados dentro de um ambiente.

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Mello MAP

Rev Clín Ortod Dental Press. 2011 jun-jul;10(3):30-1 31

*GraduadaemArquiteturacomespecializaçãoemArquiteturade Interiores–ProjetodeAmbiente

eQualidadedeVidapelaUNIFIL-Londrina/PR.Desenvolveprojetosparaclínicaseconsultórios.

Maria augusta paes de MelloE-mail: [email protected]

endeReço paRa coRRespondência

Ainda para Rosa4, o projeto acústico deve permitir a dis-tribuição dos sons nos recintos e contribuir na adequação do tempo de reverberação, devendo ser analisado o comporta-mento dos materiais de construção quanto à absorção sonora. Esses, por sua vez, devem também contribuir para minimizar o ruído entre ambientes e do ambiente com o meio externo. Dessa forma, o desempenho dos materiais existentes e usa-dos nas construções é de extrema importância, relacionando suas características acústicas, sua forma de aplicação e dispo-nibilidade para o consumo, pois eles poderão alterar os níveis sonoros e a distribuição do som nos ambientes. Alguns mate-riais acústicos podem isolar o som, sendo essa a capacidade de formar uma barreira, impedindo que a onda sonora (ou ruído) passe de um recinto a outro. Nesses casos se deseja impedir que o ruído alcance o homem. Normalmente são uti-lizados materiais densos (pesados), que auxiliam na redução de parcela da energia sonora que passa para o outro ambien-te — como concreto, vidro, chumbo, entre outros.

Para o controle do ruído, devem-se localizar todas as fontes geradoras, internas e externas, avaliando com pre-cisão os sons gerados por cada uma das fontes, utilizando métodos e técnicas na redução e controle sonoro. Segundo Rosa4, algumas atitudes podem ser tomadas para a diminui-ção de ruídos no consultório odontológico, como: eliminar campainhas, substituindo-as por sistemas de intercomu-nicação de sinais ópticos; abafar parcialmente as campai-nhas dos telefones; usar no piso materiais apropriados para

isolamento de impacto; recobrir com borracha os pés das cadeiras; etc.

Conforme o MANUAL DE BIOSSEGURANÇA NO ATEN-DIMENTO ODONTOLÓGICO3, a instalação do compressor deve ser feita preferencialmente fora do consultório, em lo-cal próprio para tal fim, havendo ventilação (indicada pelo fa-bricante) e tratamento acústico na parte interna. O aparelho de ar condicionado é uma fonte que eleva muito o ruído de fundo, interferindo na comunicação. Dessa forma, quando for adquiri-lo, preste atenção em sua potência sonora e na sua localização dentro do ambiente. O consultório odontológico deve ficar mais afastado da rua, diminuindo a interferência ex-terna, prevendo um tratamento acústico específico, para que esse tenha um ruído de fundo adequado. Aberturas devem existir, pois melhoram o aspecto psicológico, porém se mos-tram agravantes no isolamento. Isso deve ser corrigido com materiais específicos, quando houver necessidade, usando, por exemplo, esquadrias com desempenho acústico. Quando o isolamento é feito por paredes compostas, é importante que os materiais — tanto das paredes, quanto das portas ou jane-las — tenham desempenho semelhante. Os equipamentos de alta rotação devem se mantidos em ótimas condições de uso, minimizando os perigos dos ruídos das turbinas.

Dessa forma, conclui-se que medidas devem ser tomadas pelo profissional tanto durante a execução de suas ativida-des, como durante a elaboração do projeto, para minimizar os ruídos existentes no consultório odontológico.

RefeRências

1. Naressi WG. Ergonomia em Odontologia: o consultório. 3ª ed. São Paulo: Gnatus; 2001.

2. Barros OB. Ergonomia 1: a eficiência ou rendimento e a filosofia correta de trabalho em odontologia. São Paulo: Pancast; 1991.

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4. Rosa AAC. Avaliação do conforto acústico de consultórios odontológicos [tese]. Campinas: Universidade de Campinas; 2003.

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Rev Clín Ortod Dental Press. 2011 jun-jul;10(3):33-40 33

* EspecialistaemOrtodontiaeMestreemOrtodontiapelaSãoLeopoldoMandic.Dou-torandoemCiênciasnaFMUSP.ProfessordoCursodeEspecializaçãoemOrtodontiadaFUNORTE–Anápolis/GO.

** EspecialistaemOrtodontia,MestreemOrtodontia,MestreemRadiologiaeDouto-randoemOrtodontiapelaSãoLeopoldoMandic.ProfessordoCursodeOrtodontiadaUNIFEB-SP.CoordenadordoCursodeOrtodontiaFUNORTE–Anápolis/GO.

*** EspecialistaemOrtodontiapelaUNICID.EspecialistaemDorOrofacial,MestreemDorOrofacialpelaUniversityofKentucky.DoutoremCiênciaspelaFMUSP.ProfessordoCursodeOrtodontiadaFO-UFG.ProfessordoCursodeEspecializaçãoemOrto-dontiadaFUNORTE–Anápolis/GO.

Modified transpalatal bar

Palavras-chave: Expansão maxilar. Controle vertical. Giro molar. Barra transpala-tina modificada.

Keywords: Maxillary expansion. Vertical control. Molar rotation. Modified transpalatal arch.

Um tratamento ortodôntico ob-jetivo se desenvolve atrelado a metas de controle dos molares su-periores. Muitos são os aparelhos que objetivam sua manipulação e, dentre eles, se destaca a Barra Transpalatina (BTP), desenvol-vida por Goshgarian. A partir da sua criação, foram inúmeras as

Resumo Abstract

An objective orthodontic treat-ment has clear goals to the upper first molars. Many appliances are used to control it, among them the transpalatal arch (TPA) de-veloped by Goshgarian draws at-tention. Since its creation many changes in the TPA were pre-sented. The need for expansion

modificações sofridas. A neces-sidade de expansão transversal, associada ao controle tridimen-sional dos molares superiores, foi o ponto de partida para o desen-volvimento desta Barra Transpa-latina Modificada (BTM), um aparelho versátil de simples con-fecção e ativação.

and three-dimensional molar control inspired the development of a modified TPA, a versatile appliance of easy confection and simple activation.

Fernando Stefanato Buranello*

Rui David Paro CamBaúva**

Cláudio de Góis nery***

Barra transpalatina modificada

diCa ClÍniCa

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diCa ClÍniCa Barra transpalatina modificada

Rev Clín Ortod Dental Press. 2011 jun-jul;10(3):33-4040

RefeRências

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fernando stefanato BuranelloPraça Presidente Kennedy 90, – 09.041-040 – Santo André/SP E-mail: [email protected]

endeReço paRa coRRespondência

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CONSIDERAçõES FINAIS

A BTM é um aparelho de expansão maxilar e controle molar de baixo custo, simples confecção e instalação, sendo mais uma opção para o tratamento das deficiências transver-sais associadas a componentes verticais.

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Módulo 1: Finalização ortodôntica: estética e oclusão

Ministradores: Ana Carla Nahás, Flávio Vellini Ferreira, Weber Ursi e Flavio Cotrim-Ferreira

Módulo 2: Tratamento ortodôntico de más-oclusões assimétricas

Ministradores: Arno Locks, Marcos Janson, Maurício Sakima e Guilherme Janson

Módulo 3: O estado da arte na Ortodontia – fi losofi a de tratamento ortodôntico MBT – uma Ortodontia ao alcance de todos

Ministradores: Ricardo Moresca, Reginaldo Zanelato Trevisi, Cristina Domingues e Hugo Trevisi

Módulo 4: Disgenesias: visão contemporânea do diagnóstico; bases biológicas para compreensão, orientação e tratamento

Ministradores: Alberto Consolaro, Daniela Garib, Maurício Cardoso e Leopoldino Capelozza Filho

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Rev Clín Ortod Dental Press. 2011 jun-jul;10(3):43-50 43

* MestreeEspecialistaemOrtodontia-FOB-USP.Professordocursodeespecializa-çãoemOrtodontia - IBPG-DF.ResponsávelpelaEspecialidadedeOrtodontianaQualisOdontologia-DF.

** ProfessorTitulareChefedoDepartamentodeDentística,EndodontiaeMateriaisDentáriosdaFOB/USP.

*** MestreemDentísticapelaFOB/USP.DoutorandodoCursodePós-GraduaçãoemDentísticadaFOB/USP.

**** ProfessorDoutordoDepartamentodeDentística,EndodontiaeMateriaisDentá-riosdaFOB/USP.

Treatment of congenitally missing lateral incisors: Orthodontics is enough?

A ausência congênita de um ou mais dentes constitui uma anomalia de desenvolvimento nos humanos, com influência de fatores filogenéticos, sendo frequente nos incisivos laterais superiores, não obstante a age-nesia dos terceiros molares apre-sentar a mais alta prevalência. Entretanto, do ponto de vista clínico, a ocorrência da falta de elementos dentários na região anterior implica em alteração morfofuncional, com compro-metimento estético e, conse-quentemente, da harmonia do sorriso. A literatura odontoló-gica tem evidenciado algumas opções de tratamento, desta-cando a contribuição da movi-mentação ortodôntica para o

Palavras-chave: Agenesia. Ortodontia. Estética.

ResumoAbstract

Keywords: Dental agenesis. Orthodontic. Esthetic restorative treatment.

The congenital absence of one or more teeth is a developmental anomaly in humans, influenced by phylogenetic factors, being frequent in upper lateral inci-sors, despite the agenesis of third molars have the highest preva-lence. However, from a clinical standpoint, the occurrence of missing teeth in the anterior re-gion involves morphological and functional changes, compromis-ing aesthetic and therefore the harmony of the smile. The den-tal literature has presented few treatment options, highlighting the contribution of orthodontic movement for relocating space and restorative aesthetic ad-equation. In most cases the re-construction or realignment of

redimensionamento do espaço e adequação restauradora estética. Na grande maioria dos casos, a recomposição ou realinhamen-to dos dentes anteriores merece uma abordagem interdisciplinar, com associação de procedimen-to cirúrgico-restaurador. Para referenciar tal situação clínica, o presente trabalho tem por obje-tivo apresentar o tratamento de agenesia bilateral de incisivos laterais superiores, adotando-se uma abordagem ortodôntica ini-cial para promover fechamento de espaço na área edêntula, com concomitante abordagem perio-dontal e finalização do contexto estético e cosmético, por meio da reanatomização dos caninos e incisivos centrais.

the anterior teeth deserves an interdisciplinary approach, with a combination of surgical-restor-ative procedures. To refer to this clinical situation, this paper aims to present the treatment of bilat-eral agenesis of lateral incisors, adopting an approach to promote early orthodontic space closure in the edentulous area, with con-comitant periodontal approach and completion of cosmetic and aesthetic context through the reanatomization of canines and central incisors.

Eduardo Jacomino FranCo*

Eduardo Batista FranCo**

Juan Rommel medina-valdivia***

Sérgio Kiyoshi ishikiriama****

Tratamento da agenesia de incisivos laterais superiores:

só Ortodontia basta?

domÍnio Conexo

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Tratamento da agenesia de incisivos laterais superiores: só Ortodontia basta?

Rev Clín Ortod Dental Press. 2011 jun-jul;10(3):43-5050

domÍnio Conexo

CONSIDERAçõES FINAIS

As opções de tratamento de agenesias de incisivos laterais superiores inferem em abordagens distintas, evi-denciando que a movimentação ortodôntica dos caninos, per se, não permite a finalização adequada em termos de resultados estéticos. A reanatomização dos caninos, pós-movimentação, constitui em estratégia conservado-ra e com resultados altamente favoráveis, não obstante a necessidade de se considerar que a melhor opção, para situações de agenesias dentárias, deve compreender a

análise do conjunto das características bucofaciais (morfo-logia e tamanho dentário, características gengivais, altura do sorriso, espessura de lábio e perfil facial). Evidencia-se, portanto, que a abordagem interdisciplinar deve ser con-signada, principalmente durante o planejamento da pro-posta terapêutica, no sentido de viabilizar uma sequência clínica criteriosa, onde a congruência das especialidades deve culminar com resultados estéticos e funcionais que atendam à expectativa do paciente.

RefeRências

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Restor Dent. 2005;17(1 Pt 1):5-10.9. Kinzer GA, Kokich VG. Managing congenitally missing lateral incisors. Part II.

J Esthet Restor Dent. 2005;17(2 Pt 2):76-84.10. Kinzer GA, Kokich VG. Managing congenitally missing lateral incisors. Part III.

J Esthet Restor Dent. 2005;17(4 Pt 3):202-10.11. Kokich VG. Maxillary lateral incisor implants: planning with the aid of

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eduardo Jacomino francoAv. Araucárias, Lt. 1835 - 71.936-250 - Brasília / DFE-mail: [email protected]

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Rev Clín Ortod Dental Press. 2011 jun-jul;10(3):52-652

* EspecialistaemOdontopediatriapelaPUC/RS.MestreemOdontopediatriapelaUniversidadeLuteranadoBrasil/Canoas-RS.EspecialistaemOrtodontiapelaUni-versidadeLuteranadoBrasil/Canoas-RS.ProfessoraAdjuntadasClínicasInfantiseBasesemOrtodontiadaUniversidadeLuteranadoBrasil/CachoeiradoSul-RS.

** EspecialistaemOrtodontiapelaUniversidadeLuteranadoBrasil/Canoas-RS. *** Doutora emOrtodontia pela UNESP-Araraquara. Professora Adjunta e Coorde-

nadoradaáreadeOrtodontiadoProgramadePós-GraduaçãodaUniversidadeLuteranadoBrasil/Canoas-RS.

**** DoutoraemOdontologiapelaPUC/RS.ProfessoraAdjuntadasClínicas Infantis,BasesemOrtodontiaeEspecializaçãoemOrtodontiadaUniversidadeLuteranadoBrasil/Canoas-RS.

***** MestrandoemOrtodontiapelaUniversidadeLuteranadoBrasil/Canoas-RS.Pro-fessordaUniversidadeLuteranadoBrasil/Canoas-RS

Proposal of an informed consent model for the orthodontic practice

A boa relação paciente-pro-fissional na Ortodontia é de extrema importância e deve ser preservada, pois a comple-xidade dos casos e a duração dos tratamentos podem abalar essa relação, causando desgas-te e desconforto para ambas as partes. Com o aumento dos processos civis contra cirurgi-ões-dentistas, em particular os especialistas em Ortodontia,

Palavras-chave: Ortodontia. Responsabilidade civil. Consentimento esclarecido.

Resumo Abstract

Keywords: Orthodontics. Civil liability. Informed consent.

A good patient-professional re-lationship in orthodontics is ex-tremely important and must be preserved, since the complex-ity of the cases and duration of treatments may affect this rela-tionship, causing wear and dis-comfort for both parts. With the increase in civil lawsuits against dentists, particularly specialists in orthodontics, it urges the need of a standardized informed consent

surge a necessidade da padro-nização de um consentimento informado voltado aos pacien-tes. Com essa proposta, o pre-sente artigo sugere um modelo de termo de consentimento, explicando todos os riscos, responsabilidades e limitações do tratamento ortodôntico de forma a amparar (legalmente) o especialista nas suas aborda-gens terapêuticas.

directed to patients. With this proposal, this article suggests a model of informed consent term explaining all the risks, respon-sibilities and limitations of orth-odontic treatment in order to pro-tect (legally) the specialist in their therapeutic approaches.

Fabiane Piva*

Carla dal magro**

Luciane Q. Closs***

Maria Perpétua Mota Freitas****

Eduardo nakamura*****

proposta de um modelo de consentimento informado

para a clínica ortodôntica

artigo inédito

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Caso ClÍniCo Proposta de um modelo de consentimento informado para a clínica ortodôntica

Rev Clín Ortod Dental Press. 2011 jun-jul;10(3):52-656

Nesse mesmo sentido, no Art. 186 do novo Código Ci-vil4 consta que “Aquele que por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direitos e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito”. No Art. 951 refere que “Os médicos, cirurgiões, farmacêuti-cos, parteiras e dentistas são obrigados a satisfazer o dano, sempre que da imprudência, negligência, ou imperícia em atos profissionais, resultar morte, inabilitação de servir ou fe-rimento”4. Em relação ao caráter patrimonial do profissional, o Código Civil, Art. 942 afirma que “Os bens do responsável pela ofensa ou violação dos direitos de outrem ficam sujeitos à reparação do dano causado, e, se tiver mais de um autor a ofensa, todos responderão solidariamente pela reparação”4.

Frente a esses direitos do consumidor, Minervino e Sou-za8 relatam que os profissionais da área da saúde convivem com uma constante pressão e vigília da sociedade. Ao mes-mo tempo em que devem se preocupar em proteger o pa-ciente do erro nos procedimentos odontológicos, devem atentar também para o lado humano, pois uma condena-ção por má prática pode deteriorar a sua imagem perante a sociedade e, algumas vezes, condenar vários anos de dedi-cação exclusiva à profissão.

Koubik e Feres6 avaliaram os aspectos éticos e legais do ortodontista e destacaram as principais causas de litígios, sendo elas: reabsorções radiculares, problemas periodontais, caninos retidos ou impactados, articulação temporomandi-bular, doenças infecciosas no consultório odontológico, tra-tamento ortodôntico e aparência facial, utilização de braque-tes cerâmicos e cuidados na fase pré-conclusão.

Em 1998, Rosa12 avaliou o número de processos judiciais re-gistrados nos Conselhos Regionais de Odontologia (CROs) do país, nas décadas de 70 e 80, e no período de 1990-1997. Dos 27 CROs questionados, 19 responderam aos questionamentos.

Os resultados obtidos demonstraram que nas décadas de 70 e 80 não houve processos contra ortodontistas registrados nos diferentes conselhos avaliados. No entanto, na década de 90 houve um aumento considerável, especialmente nos conse-lhos das regiões Sudeste e Sul do país. Dados mais recentes não estão disponíveis, mas, em consulta atual aos conselhos regionais de Odontologia, novas informações a respeito do tema estão sendo providenciadas para divulgação.

Outros fatores que também geram ações contra ortodon-tistas incluem: falta de registros com informações consisten-tes e sistemáticas, erros de diagnóstico, erro na condução do tratamento, falta de cuidados durante e após o tratamento, e problemas de relacionamento entre profissional e paciente7.

Assim, a Ortodontia deve ser definida como uma obri-gação de meio, onde o profissional tem o dever de utilizar todos os meios possíveis para atingir as expectativas do pa-ciente, sem ter a obrigação de atingir o resultado idealizado7.

CONSIDERAçõES FINAIS

A padronização de um termo de consentimento infor-mado direcionado aos pacientes ortodônticos é de extrema importância tanto para o paciente quanto para o especialis-ta, uma vez que informa melhor os pacientes sobre os riscos e limitações do tratamento, ao mesmo tempo em que am-para o ortodontista contra possíveis processos civis.

Sabe-se que os processos não são previsíveis, mas existem maneiras de tentar minimizá-los ou evitá-los, tais como: fazer um bom diagnóstico e um plano de tratamento individualizado, manter os prontuários em dia e bem documentados, manter um bom relacionamento com os pacientes, priorizando uma comunicação franca e honesta com ele e/ou seu responsável.

RefeRências

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12. Rosa FB. Dentista x paciente ortodôntico: levantamento de problemas jurídicos nas últimas três décadas. J Bras Ortodon Ortop Maxilar. 1998;3(13):60-76.

fabiane pivaRua Líbero Badaró, 641, apto 1001 – 91.340-230 – Porto Alegre / RSE-mail: [email protected]

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Rev Clín Ortod Dental Press. 2011 jun-jul;10(3):60-560

*Especialista emDisfunção Temporomandibular eDorOrofacial,Mestre emOrto-dontiaeOrtopediaFacial,DoutorandoemCiênciasdaSaúde-UnB-Brasília/DF.CoordenadordocursodeEspecializaçãoemOrtodontianaABO-DF.

Molars distalization with transpalatal arch anchored in orthodontic mini-implants: Clinical case

A má oclusão de Classe II den-tária é um problema muito co-mum na clínica ortodôntica di-ária. Vários autores propuseram métodos de tratamento, mas nenhum é adequado para todos os pacientes. O profissional deve informar o paciente a respeito das vantagens e desvantagens de cada método para, juntos, decidirem qual a melhor forma de tratamento. Os aparelhos ex-trabucais necessitam da coope-ração do paciente e, geralmente, têm pouca aceitação, por serem pouco estéticos. Já os intrabu-cais produzem muitos efeitos co-laterais, protruindo a unidade de ancoragem, o que quase sempre resulta em aumento do tempo de tratamento. Os micropara-fusos ortodônticos (MPOs) são intrabucais e não produzem efei-tos colaterais, em compensação, geralmente têm amplitude de movimentação limitada, por in-terferirem no caminho a ser per-corrido pelas raízes dos dentes,

Palavras-chave: Procedimentos de ancoragem ortodôntica. Desenho de aparelho ortodôntico. Movimento dentário. Biomecânica.

Resumo Abstract

Keywords: Orthodontic anchorage procedures. Orthodontic appliance design. Tooth movement. Biomechanics.

The Class II malocclusion is a common problem in the daily orthodontic practice. Many au-thors have proposed treatment methods, but none is adequate for all the patients. The profes-sional must inform the patient about the advantages and disad-vantages of each method and, to-gether, decide the best treatment plan. The extraoral appliances need patient cooperation and of-ten have low acceptance because of the poor esthetics. The intra-oral appliances have collateral effects, protruding the anchorage unit, what often mean increased treatment time. The orthodontic microscrews are intraoral and do not produce collateral effects, al-though have a limited movement amplitude, because the dental roots can be in the way of the desired movement, or need labo-ratorial procedures, with many treatment phases and bulky ap-pliances. This study proposed to present a mechanical suggestion

ou necessitam de procedimento laboratorial, com várias etapas de tratamento e aparelhos vo-lumosos. Este estudo se propôs a apresentar uma sugestão me-cânica para distalização molar superior com MPOs associados à barra transpalatina, e a avaliar o comportamento biomecânico dos primeiros molares, segundos pré-molares e incisivos na arcada superior, comparando os resulta-dos com os de outros métodos tradicionais já demonstrados na literatura. A técnica apresenta-da é efetiva na distalização dos molares superiores, sem efeitos indesejados em outros dentes e tem como maiores vantagens a simplicidade do método, a pos-sibilidade de efetuar a distali-zação simultaneamente com o alinhamento e nivelamento, ser razoavelmente rápida, com um aparelho relativamente pe-queno, discreto, fácil de higie-nizar e que não precisa de coo-peração do paciente.

for the distalization of the up-per first molar with orthodontic microscrews associated to the transpalatal arch and evaluate the biomechanical behavior of the first molars, second premo-lars and incisors of the upper arch, and compare the results with other traditional distaliza-tion methods. The presented technique is effective in the up-per molars distalization, without undesired effects in other teeth and have as major advantages the simplicity of the method, the possibility to distalize, level and align simultaneously, to be relatively fast, with a relatively small appliance, discreet, easy to clean and does not need the cooperation of the patient.

Adriano doBranszki*

Distalização de molares com barra transpalatina

ancorada em mini-implantes ortodônticos: caso clínico

Caso ClÍniCo

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Dobranszki A

Rev Clín Ortod Dental Press. 2011 jun-jul;10(3):60-5 65

RefeRências

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adriano dobranszkiSRTVS, 701 – bloco A, sala 308 – 70.340-907 – Brasília / DFE-mail: [email protected]

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imobilizando a barra transpalatina e; (10) os dentes anteriores podem ser retraídos em massa, sem necessidade de altera-ção na mecânica ou de aparelhos adicionais.

Da mesma forma, torna-se importante: (1) calcular a posi-ção de instalação do mini-implante com margem para distali-zação — para distalizações maiores, a instalação pode ser fei-ta alinhada à distal ao segundo molar; (2) dentro do possível, evitar a instalação do mini-implante muito para distal, próxi-mo ao palato mole, pois há risco de se atingir o nervo palati-no maior e a qualidade óssea diminui, o que pode aumentar a chance de insucesso; (3) como a arcada tem um formato parabólico, no movimento distal do molar há necessidade de expandir a barra transpalatina, inicialmente (para desen-grenar a oclusão) ou à medida que o molar distaliza, caso contrário a mordida poderá cruzar; (4) é recomendado ativar imediatamente ou precocemente o mini-implante; (5) a força de ativação deve ser progressiva, iniciando com aproxima-damente 50cN (50g) por lado; (6) se o paciente desenvolver hábito de pressão intermitente com a língua ou relatar gran-de incômodo provocado pela cabeça do parafuso, pode-se optar por cortá-la, usando o orifício do mini-implante como local de ativação do amarrilho; (7) deve-se verificar a estabi-lidade do parafuso em todas as consultas, a perda de esta-bilidade pode requerer um “aperto” adicional no parafuso

ou mudança do sítio de instalação; e (8) a BTP não deve ser adaptada muito próxima ao palato porque, na distalização, poderá pressionar a mucosa palatina, que é anatomicamente mais baixa no sentido posterior. Se isso acontecer, podem ser feitas duas dobras em “V” para encurtar seu comprimento e afastá-la do palato; (9) a maior queixa dos pacientes é em re-lação ao incômodo gerado pelas pontas dos amarrilhos, que devem ser dobradas e escondidas embaixo da BTP.

É importante ponderar que ainda são necessários mais estudos sobre a eficiência dessa modalidade de distalização, que está sujeita ao insucessos inerentes ao uso de mini-im-plantes, além de mais comparações com os outros métodos tradicionais de distalização.

CONClUSãO

A técnica apresentada é efetiva na distalização dos mola-res superiores, sem efeitos indesejados em outros dentes e tem como maiores vantagens a simplicidade do método, a possibilidade de efetuar a distalização simultaneamente com o alinhamento e nivelamento, ser razoavelmente rápida, com um aparelho relativamente pequeno, discreto, fácil de higie-nizar e que não precisa de cooperação do paciente.

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Rev Clín Ortod Dental Press. 2011 jun-jul;10(3):66-7466

*MestreemOrtodontiaeOrtopediaFacial,PontifíciaUniversidadeCatólicadoRioGrandedoSul,PUCRS.ProfessortitulardaUniversidadedoSuldeSantaCatarinaUNISUL.

An approach to Class II malocclusion retreatment with intraoral distalization

O tratamento da má oclusão de Classe II pode ser realizado por uma infinidade de abordagens terapêuticas. Uma delas con-siste em converter a relação molar de Classe II em Classe I, por meio da movimentação distal dos molares numa etapa inicial, seguida da retração dos pré-molares e posteriormente

Palavras-chave: Má oclusão de Angle Classe II. Ortodontia. Desenho de aparelho Ortodôntico.

ResumoAbstract

Keywords: Malocclusion. Angle Class II. Orthodontics. Orthodontic appliance design.

Nonextraction treatment of Class II malocclusions can be accom-plished by many treatment modal-ities. One is to convert the Class II molar relationship to a Class I by moving maxillary molars dis-tally in the initial stages of treat-ment, followed by the sequential retraction of the premolars, and then the anterior segment. The

do segmento anterior. O obje-tivo deste artigo é apresentar um caso clínico de retratamen-to ortodôntico, demonstrando a distalização intra-arcada de molares superiores para a cor-reção da Classe II, mesmo nos casos onde a utilização da an-coragem esquelética não possa ser empregada.

aim of this article is to present a case report of an orthodontic re-treatment that demonstrates how this can be done, even when the use of skeletal anchorage is not possible to be used.

Guilherme thiesen*

Abordagem para o retratamento da Classe II com

distalização intrabucal

Caso ClÍniCo

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Caso ClÍniCo Abordagem para o retratamento da Classe II com distalização intrabucal

Rev Clín Ortod Dental Press. 2011 jun-jul;10(3):66-7474

RefeRências

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Figura 8 Sobreposição cefalométrica total sobre a linha SN com registro em S, comparando as telerradiografias inicial, final e controle 4 anos pós--tratamento.

DISCUSSãO E CONClUSãO

A distalização intrabucal de molares em paciente com Classe II, conforme descrita no presente artigo, pode ser considerada um eficiente método para o tratamento de casos onde as extra-ções dentárias superiores não podem ser realizadas ou onde a ancoragem esquelética temporária não pode ser empregada. Sendo assim, apesar do grande apelo atual ao uso da ancoragem esquelética, o ortodontista deve possuir conhecimento sobre as várias terapêuticas disponíveis para as diferentes situações clíni-cas, não ficando limitado a apenas uma alternativa mecânica.

A mecanoterapia empregada nesse caso de retratamen-to ortodôntico apresenta indicação ideal quando a etiologia da Classe II é dentoalveolar, bem como em casos unilaterais ou de pequenas magnitudes. E principalmente quando rea-lizada com aparelhos que possibilitem um bom controle de ancoragem, essa abordagem apresenta ótimos resultados.

Conclui-se, assim, que uma análise biomecânica precisa dos sistemas de forças empregados, bem como da escolha e desenho do dispositivo, é primordial para o sucesso no trata-mento ortodôntico desses casos.

Guilherme ThiesenAv. Madre Benvenuta, 1285 – 88.035-001 – Florianópolis / SC E-mail: [email protected]

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Rev Clín Ortod Dental Press. 2011 jun-jul;10(3):76-8076

* Professor da Disciplina de Ortodontia - UFSC. Coordenador do Curso de Mestrado em Ortodontia - UFSC.

** Mestranda em Ortodontia - UFSC. *** Coordenador do Curso de Especialização em Ortodontia - UFSC. **** Professores da Disciplina de Ortodontia - UFSC.***** Professor de Ortodontia da PUCPR.

Rapid maxillary expansion X Slow maxillary expansion: clinical considerations

A recuperação da discrepância transversal da maxila mostra--se indispensável para o trata-mento adequado de diversos tipos de má oclusão. Diferentes aparelhos expansores têm sido descritos na literatura com a finalidade de expandir a ma-xila, sendo que esses podem resultar em expansão maxilar lenta (EML) ou rápida (EMR). O objetivo deste trabalho é dis-

Palavras-chave: Técnica de expansão palatina. Dentição mista. Má oclusão.

ResumoAbstract

Keywords: Palatal expansion technique. Mixed dentition. Malocclusion.

Recovery of transverse maxil-lary discrepancy appears to be essential for the proper treatment of various types of malocclu-sion. Different expander devices have been described in literature with the aim of maxillary ex-pansion, and these can result in slow (SME) or rapid maxillary expansion (RME). The aim of this study is to discuss the clinical considerations of the SME and

cutir as considerações clínicas da EML e da EMR. Os dois pa-cientes avaliados utilizaram ex-pansor fixo como preconizado por Haas, porém, foram subme-tidos a diferentes protocolos de ativação. Apesar das diferenças clínicas apresentadas, tanto a EMR quanto a EML mostra-ram-se eficientes na correção da mordida cruzada posterior na dentição mista.

RME. The two patients evaluat-ed used fixed expander as recom-mended by Haas, but submitted to different activation protocols. Despite the clinical differences presented, both the RME and SME were effective in the cor-rection of posterior crossbite in mixed dentition.

Gerson Luiz Ulema RibeiRo*

Juliana da Silva PeReiRa**

Arno Locks***

Carla D’Agostini DeRech****

Roberto Rocha****

Orlando M. Tanaka*****

Expansão maxilar rápida X Expansão maxilar lenta:

considerações clínicas

caso clínico

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caso clínico Expansão maxilar rápida X Expansão maxilar lenta: considerações clínicas

Rev Clín Ortod Dental Press. 2011 jun-jul;10(3):76-8080

ConCLuSão

Os dois protocolos de expansão apresentados se mos-tram eficientes, em pacientes no período de dentição mis-ta, para a correção da mordida cruzada posterior. Porém, a principal diferença entre eles está no tempo de ativação do parafuso expansor. A expansão rápida (1-4 semanas)

Gerson Luiz Ulema RibeiroRua Max Colin, 1356 – 89.204-041 – Joinville/SCE-mail: [email protected]

EndEREço paRa coRREspondência

REfERências

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Rev Clín Ortod Dental Press. 2011 jun-jul;10(3):81-9 81

* Mestre em Ortodontia pela UNICAMP. Professor aposentado da Universidade Fede-ral do Maranhão.

** Mestre em Ortodontia pela UNIARARAS. *** Mestre em Ortodontia pela Faculdade de Odontologia de Bauru – USP.

Orthodontic treatment of mutilated dentition

O presente artigo relata o tra-tamento ortodôntico de duas pacientes adultas portadoras de más oclusões com ausência múl-tipla de elementos dentários.

Palavras-chave: APM. Ausências dentárias. Dentadura parcial. Oclusão mutilada. Adulto.

Resumo Abstract

Keywords: MPA. Missing teeth. Partial denture. Mutilated dentition. Adult.

This article reports the orthodon-tic treatment of two adult patients presenting mutilated dentition rep-resented by the absence of multiple dental elements. These cases often

Esses casos, em sua maior parte, demandam o concurso de ou-tras especialidades, onde a rea-bilitação protética desempenha um papel essencial.

require the assistance of other spe-cialties, where the prosthetic reha-bilitation plays a key role.

Carlos Martins Coelho Filho*

Fábio Oliveira Coelho**

Bruno D’Aurea Furquim***

Tratamento ortodôntico de oclusões mutiladas

caso clínico

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Coelho Filho CM, Coelho FO, Furquim BD

Rev Clín Ortod Dental Press. 2011 jun-jul;10(3):81-9 89

RefeRências

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Bruno D’aurea furquimAv. 15 de Novembro, 880 Apt. 1202 – 87.013-230 – Maringá / PRE-mail: [email protected]

enDeReço paRa coRResponDência

Figura 11 Radiografias iniciais e finais.

BA

C D

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Rev Clín Ortod Dental Press. 2011 jun-jul;10(3):90-890

*EspecialistaeMestreemOrtodontia-FOP/Unicamp.DoutorandoemOrtodontia-PUCRS.ProfessortitulardaDisciplinadeOrtodontia-UFSM.

**Especialista,MestreeDoutoraemOrtodontia-PUCRS.ProfessordaespecializaçãoemOrtodontia-CEOMPassoFundo,RSeUNIFRASantaMaria,RS.

***EspecialistaeMestreemCTBMF-PUCRS.

Nonsurgical treatment of skeletal Class III open-bite malocclusion in adults

O objetivo deste artigo é dis-cutir fatores relacionados ao diagnóstico e tratamento com-pensatório da má oclusão de Classe III e mordida aberta esquelética em paciente adul-to. Nesse contexto, será apre-sentado o caso clínico de um paciente portador de face lon-ga, mordida aberta anterior de origem esquelética, mordida cruzada posterior e má oclusão de Classe III. O paciente optou pelo tratamento compensató-rio, usando aparelho fixo, men-toneira e aparelhos auxiliares. Houve controle da extrusão dos

Palavras-chave: Má oclusão Classe III. Mordida aberta. Tratamento compensatório. Estabilidade oclusal.

Resumo Abstract

Keywords: Class III malocclusion. Open bite. Compensatory treatment. Occlusal stableness.

The aim of this paper is to discuss factors related to the diagnosis and compensatory treatment of a Class III malocclusion with skel-etal open bite in an adult patient. In this context will be presented the clinical case of a patient with long face, anterior open bite of skeletal origin, posterior crossbite and Class III malocclusion. The patient opted for compensatory treatment using fixed appliances, chin cup and auxiliary applianc-es. There was controlled extru-sion of upper and lower molars and light incisor extrusion. There was a counterclockwise rotation

molares superiores e inferiores e leve extrusão dos incisivos. Houve rotação anti-horária da mandíbula e certa melhora no padrão facial. Ao término do tratamento, foi estabelecida re-lação de molares e de caninos em Classe I e a mordida aber-ta foi corrigida. Objetivando a estabilidade do tratamento, o paciente foi encaminhado para tratamento fonoaudiológico e utilizou duas contenções mo-dificadas superiores. Três anos após o término do tratamento, observou-se a preservação dos resultados obtidos.

of the mandible and some im-provement in facial pattern. At the end of treatment a Class I re-lationship was established for the canine and molar and the open bite was corrected. Aiming at the stability of the treatment, the patient was referred for speech therapy and used two modified upper retainers. Three years af-ter the treatment we observed the preservation of the results.

Milton Meri Benitez Farret*

Marcel Marchiori Farret**

Alessandro Marchiori Farret***

Tratamento não cirúrgico da má oclusão de Classe III

e mordida aberta esquelética em adultos

Caso ClÍniCo

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Farret MMB, Farret MM, Farret AM

Rev Clín Ortod Dental Press. 2011 jun-jul;10(3):90-8 97

Figura 12 Fotografias intrabucais finais três anos pós-tratamento.

CONSIDERAçõES FINAIS

A análise das características morfológicas de pacientes portadores de mordida aberta esquelética revela divergên-cia acentuada entre planos de Frankfurt, mandibular e pala-tino; altura facial anterior aumentada e altura facial posterior normal ou reduzida; selamento labial ausente ou forçado; perfil convexo e excessivo crescimento alveolar vertical na região posterior dos arcos alveolares2,8,9,12,16. Portanto, nes-ses pacientes, o grande desafio para o ortodontista é evitar a extrusão posterior, comum durante os procedimentos de alinhamento e nivelamento, buscando certa intrusão poste-rior para rotação anti-horária mandibular e extrusão anterior

para fechamento da mordida4,11,18. Para o caso apresentado nesse artigo, obteve-se o controle da extrusão dos molares durante o processo de alinhamento e nivelamento e con-siderável extrusão anterior, devida ao uso de elásticos ver-ticais. Obteve-se, ainda, pequena rotação mandibular no sentido anti-horário, promovendo maior volume na região do mento e dos lábios, reduzindo a convexidade do perfil e a altura facial anterior. Com o intuito de se evitar a recidiva, imediatamente após a remoção do aparelho, o paciente foi encaminhado para tratamento fonoaudiológico para a ree-ducação postural da língua. Além disso, foram desenvolvi-das duas contenções modificadas, evitando movimentos de recidiva das extrusões anteriores.

RefeRências

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A B C

D E

Page 48: clinica_v10n3

Caso ClÍniCo Tratamento não cirúrgico da má oclusão de Classe III e mordida aberta esquelética em adultos

Rev Clín Ortod Dental Press. 2011 jun-jul;10(3):90-898

Marcel Marchiori farretRua Floriano Peixoto 1000/112 e 113 – 97.015-370 – Santa Maria/RSE-mail: [email protected]

endeReço paRa coRRespondência

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Vision.indd 1 16/06/11 18:22

Page 50: clinica_v10n3

Rev Clín Ortod Dental Press. 2011 jun-jul;10(3):100-5100

* ProfessorAssistentedocursodeOdontologiadaUniversidadeFederaldeCampi-naGrande.

** DoutoremEstomatologiapelaFaculdadedeOdontologiadeBauru-UniversidadedeSãoPaulo(FOB-USP).

*** ProfessorLivreDocentedaDisciplinadeCirurgiadoDepartamentodeEstomatolo-giadaFaculdadedeOdontologiadeBauru-UniversidadedeSãoPaulo(FOB-USP).

**** ProfessorDoutordaDisciplinadeCirurgiadoDepartamentodeEstomatologiadaFaculdadedeOdontologiadeBauru-UniversidadedeSãoPaulo(FOB-USP).

Computerized cephalometric study of the maxillary projection and its effects on the overlying soft tissues after orthognathic surgery

Palavras-chave: Perfil facial. Maxila/cirurgia. Le Fort I. Alterações tecidos moles.

Keywords: Facial profile. Maxilla/surgery. Le Fort I. Soft tissue changes.

O objetivo do presente estudo consistiu em realizar a análise cefalométrica computadorizada retrospectiva da projeção maxi-lar e de seus efeitos sobre os teci-dos moles da região anterior da maxila de 15 pacientes portado-res de deformidade dentofacial esquelética caracterizada por prognatismo mandibular (Pa-drão III). Seis indivíduos eram do gênero masculino e 9 do gê-nero feminino, com idade média de 26,06 anos (desvio-padrão de 7,34). Esses pacientes foram submetidos à cirurgia ortogná-tica para avanço de maxila, por meio da osteotomia Le Fort I, e recuo de mandíbula, por meio da osteotomia sagital bilateral da mandíbula. As radiografias cefalométricas pré e pós-opera-tórias, com intervalo médio de 30,13 meses (desvio-padrão de 15,76), foram analisadas com base na comparação de medidas lineares e angulares por meio da

Resumo

utilização do programa Dolphin Imaging® 10.0 (Dolphin/3M - EUA) e os dados obtidos foram submetidos à análise estatística pelo teste não paramétrico de Wilcoxon. Ocorreu redução significativa da projeção nasal e aumento não significativo da base nasal e do ângulo nasola-bial. Os valores do SNA con-firmam o avanço da maxila e os valores do SNB o recuo de man-díbula, enquanto que o ANB e o trespasse horizontal tornaram--se positivos. Pode-se concluir que o avanço maxilar produz efeitos na projeção maxilar e nos tecidos moles sobrejacentes. Tais efeitos, na maioria dos ca-sos, mostram uma tendência ao aumento das medidas lineares e angulares envolvidas, porém essa tendência pode variar de acordo com o montante e di-reção do movimento, além de características relacionadas aos indivíduos e aos procedimentos.

Abstract

The aim of this study was to perform a retrospective comput-erized cephalometric analysis of maxillary projection and its ef-fects on the soft tissues of the anterior maxilla in 15 patients with dentofacial deformity char-acterized by skeletal mandibular prognathism (Pattern III). Six patients were male and 9 fe-male, mean age was 26.06 years (standard deviation 7.34). These patients underwent or-thognathic surgery for maxillary advancement via Le Fort I oste-otomy and mandibular setback by means of bilateral sagittal split osteotomy of the mandible. The cephalometric radiographs before and after surgery, with an average interval of 30.13 months (SD 15.76), were ana-lyzed based on the comparison of linear and angular measure-ments by using the software Dol-phin Imaging® 10.0 (Dolphin / 3M - USA) and the data were

subjected to statistical analy-sis by Wilcoxon nonparametric test. There was a significant re-duction of nasal projection and non-significant increase of the nasal base and the nasolabial angle. The SNA values confirm the advancement of the maxilla and the SNB values confirm the mandibular setback, while the ANB and overjet became posi-tive. It can be concluded that the maxillary advancement af-fects the maxillary projection and the overlying soft tissues. Such effects, in most cases, show an upward trend of linear and angular measures involved, but this trend may vary with the amount and direction of move-ment, and characteristics related to individuals and procedures.

Julierme Ferreira roCha*

Eduardo Dias riBeiro*

Renato Yassutaka Faria yaedú**

Eduardo sant’ana***

Eduardo Sanches gonçales****

Estudo cefalométrico computadorizado da projeção maxilar e seus

efeitos sobre os tecidos moles sobrejacentes após a cirurgia ortognática

artigo inédito

Page 51: clinica_v10n3

Rocha JF, Ribeiro ED, Yaedú RYF, Sant’Ana E, Gonçales ES

Rev Clín Ortod Dental Press. 2011 jun-jul;10(3):100-5 105

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eduardo sanches GonçalesAl. Octávio Pinheiro Brisola, 9-75 – 17.012-901 Bauru / SPE-mail: [email protected]

endeReço paRa coRRespondência

detectar as respostas dos tecidos moles associadas com as mudanças das bases ósseas após cirurgia ortognática. Os autores concluíram que a adição de erros pode ter impli-cações clínicas, principalmente na região de lábio inferior. Assim, acredita-se que os sistemas digitais de análise cefa-lométrica e VTO são ferramentas úteis e podem auxiliar os profissionais envolvidos no tratamento dos pacientes com deformidade facial esquelética.

Em face ao apresentado nesse estudo e considerando a amostra estudada, pode-se concluir que o avanço maxi-lar produz efeitos na projeção maxilar e nos tecidos moles sobrejacentes. Tais efeitos, na maioria dos casos, mostram uma tendência a aumento das medidas lineares e angulares envolvidas, porém essa tendência pode variar de acordo com o montante e direção do movimento, além de caracte-rísticas relacionadas aos indivíduos e aos procedimentos.

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Rev Clín Ortod Dental Press. 2011 jun-jul;10(3):106-12106

*AlunadoProgramadePós-GraduaçãoemOdontologia,áreadeconcentraçãoemOrtodontiadaUMESP.

**ProfessordoDepartamentodeOrtodontiadaUniversidadedePavia,Itália.***CoordenadoradoCursodeEspecializaçãoemOrtodontiadaABCD–SP.****ProfessorTitulardoProgramadePós-GraduaçãoemOdontologia,áreadeconcen-

traçãoemOrtodontia,daUMESP.

Lingual orthodontics: Evolution of technique and self-ligating brackets

A Ortodontia Lingual iniciou--se por meio do Dr. Craven Kurz utilizando braquetes da técnica Edgewise colados nas superfícies linguais dos dentes, com a intenção de se obter um tratamento estético e pratica-mente invisível. Como a es-tética é sempre um tema atual e a procura por ela é grande, a Ortodontia Lingual continuou evoluindo. Muitas empresas avançaram em pesquisas e de-

Palavras-chave: Ortodontia Lingual. Braquetes autoligados. Estética.

ResumoAbstract

Keywords: Lingual orthodontics. Self-ligating brackets. Esthetic.

The lingual technique was first started by Dr. Craven Kurz, who used the Edgwise bracket technique (labial) bonded to the lingual surfaces of teeth, in or-der to obtain an aesthetic and practically invisible treatment. As aesthetics has always been a current issue, and an increas-ing demand, lingual orthodontics has been constantly evolving; many companies advanced in re-search and created several types

senvolveram diversos tipos de braquetes para serem utilizados na nova técnica. Este trabalho propõe discorrer sobre a his-tória da Ortodontia Lingual e sua evolução nesses anos, como também sobre a intro-dução dos primeiros braquetes autoligados linguais, o seu de-senvolvimento, surgimento e utilização, uma vez que esta é uma tendência na Ortodontia convencional por vestibular.

of brackets to be used with this new technique. This study aims to present an overall view of the history of lingual orthodontics and its evolution throughout the years, as well as the first treat-ments with lingual brackets, how they developed, and the creation and use of the self-ligating brack-ets, for the lingual technique, considering this is a trend already taking place within conventional labial orthodontics.

Silvana Allegrini kairalla*

Vittorio CaCCiaFesta**

Liliana Ávila maltagliati***

Luiz Renato Paranhos****

Ortodontia lingual: evolução da técnica e os

braquetes autoligados

artigo inédito

Page 53: clinica_v10n3

Caso ClÍniCo Ortodontia Lingual: evolução da técnica e os braquetes autoligados

Rev Clín Ortod Dental Press. 2011 jun-jul;10(3):106-12112

preocuparam em melhorar a biomecânica da técnica e o for-mato dos braquetes3,6, pois, por muito tempo, a Ortodontia Lingual ficou desacreditada, principalmente nos EUA, devido a insucessos e à falta de preparo dos profissionais que nela atu-avam, mas, mesmo assim, em outras partes do mundo como no Japão e Europa, a técnica continuou sendo desenvolvida14.

A Ortodontia Lingual é considerada tecnicamente mais difícil quando comparada com a Ortodontia convencio-nal12,16, porém não há comprovação de que a técnica ves-tibular seja mais efetiva do que a técnica lingual14 e, por vezes, pode possuir vantagens ou ser equivalente à técnica vestibular7,15. Quanto ao desconforto, é inicial e perfeita-mente contornável depois da adaptação do paciente, assim como na técnica por vestibular8.

Desde o início já se pensava em formas de facilitar e sim-plificar a montagem do aparelho na Ortodontia Lingual visto ser uma técnica que demanda habilidade e tempo do profis-sional que a realiza. Surgiram pesquisas e trabalhos, como as máquinas específicas para realizar o trabalho na tentativa de facilitar a montagem dos braquetes sobre o modelo20, e, tam-bém, se desenvolveu a colagem direta na boca do paciente11.

Com relação aos braquetes propriamente ditos, eles evo-luíram13. As empresas se preocuparam com o conforto do pa-ciente e em facilitar o trabalho do profissional, fazendo surgir muitos desenhos de braquetes no mercado ortodôntico.

Alguns braquetes passaram a ter aletas para a fixação do arco de forma a minimizar o atrito das ligaduras elásticas e dos amarrilhos de aço, aderindo, assim, ao sistema de bra-quetes autoligados. Esses permitem um maior deslize do fio e facilitam o contato e a manutenção deste com o braquete por meio da aleta ou clip de fechamento, contribuindo para a eficiência do tratamento ortodôntico lingual18.

CONClUSõES

A técnica ortodôntica lingual é considerada uma técnica estética, que demanda tempo de trabalho e habilidade do profissional que a utiliza. É viável para muitos casos e para pacientes que não se tratariam com a técnica convencional por vestibular ou similar.

Muitos trabalhos de pesquisa precisam ser feitos para me-lhorar a parte clínica e laboratorial, mas muito já se avançou. A ideia de se fazer um braquete que seja confortável e prático, sem ser muito oneroso, ainda persiste, devendo-se continuar os estudos para seu desenvolvimento. As empresas estão pro-curando, cada vez mais, desenvolver braquetes melhores para atender o mercado ortodôntico lingual. Não existem evidên-cias concretas de que a técnica lingual seja menos efetiva do que a técnica convencional por vestibular.

RefeRências

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endeReço paRa coRRespondência

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Rev Clín Ortod Dental Press. 2011 jun-jul;10(3):114-20114

* ProfessorDoutorAdjuntodeRadiologiadaPUC-Minas.CoordenadordoMestra-dodaPUC-Minas–ênfaseemRadiologiaOdontológica.

** MestreemClínicasOdontológicascomênfaseemRadiologiadaFaculdadedeOdontologiadaPUC-Minas.

*** ProfessoraDoutoraemRadiologiadaPUC-Minas.CoordenadoradocursodeEs-pecializaçãoemRadiologiaeImaginologiaOdontológicadaPUC-Minas.

**** Especialista em Radiologia Odontológica e Imaginologia pela Faculdade deOdontologiadaPUC-Minas.

***** EspecialistaemRadiologiaOdontológicapelaUniversidadeCidadedeSãoPaulo.MestreemSaúdePúblicapelaUniversidadedeSãoPaulo.

Evaluation of impacted maxillary canines using Cone Beam Computed Tomography

Sessenta e quatro pacientes (45 mulheres e 19 homens) com um total de setenta e sete caninos superiores impactados (unilate-ral e bilateral) foram analisados por meio de tomografia com-putadorizada de feixe cônico usando imagens obtidas com o tomógrafo i-CAT. Foram ava-liadas as variações de localiza-ção e inclinação desses caninos, bem como a reabsorção de den-tes adjacentes e das corticais ósseas. Quanto à localização, 52 caninos apresentavam a coroa localizada por palatino em re-lação aos dentes adjacentes, 15 por vestibular e 10 com locali-zação transalveolar. Quanto à

Palavras-chave: Dente canino. Dente impactado/complicações. Tomografia compu-tadorizada de feixe cônico.

Resumo Abstract

Keywords: Canine tooth. Impacted tooth/complications. Cone Beam computed to-mography.

Sixty-four patients (45 female and 19 male) with a total of seventy-seven impacted maxil-lary canines (unilateral and bilat-eral) were analyzed using Cone Beam Computed Tomography images obtained with an i-CAT cone beam imaging system. The location and inclination of such canines were evaluated, as well as the resorption of adjacent teeth and cortical bone. Regarding lo-cation, 52 canines had the crown located on the palatal in relation to adjacent teeth, 15 vestibular and 10 with trans-alveolar lo-cation. For the inclination, 63 canines were found to be tipped mesially, 2 distally, 6 in a vertical

inclinação, 63 caninos estavam inclinados para mesial, 2 para distal, 6 em posição vertical e nenhum em posição invertida. Reabsorção radicular foi ob-servada em 10 dentes, sendo 7 reabsorções do incisivo lateral e 3 do incisivo central. Cinquen-ta e seis casos apresentavam reabsorção das corticais ósseas, sendo 37 da cortical palatina, 15 da cortical vestibular e 4 de ambas as corticais. Conclui-se, no estudo realizado, que a im-pacção de caninos superiores é mais comum em mulheres, na posição mesial e palatina, e que as reabsorções acometem mais os incisivos laterais.

position and none in the inverted position. Root resorption was ob-served in 10 teeth, lateral incisor resorption in 7 teeth and central incisor resorption in 3 teeth. Re-sorption of cortical bone was ob-served in 56 cases, with 37 cases showing resorption of the cortical palate, 15 cases of resorption of the cortical vestibular and 4 cases of resorption of both cortices. From this study it is concluded that the maxillary canine impac-tion is more common in women, in the mesial and palatal position and that resorption has a greater affect on the lateral incisors.

Flávio Ricardo manzi*

Juliana Pelinsari lana**

Luciana Cardoso FonseCa***

Simone Pereira das Posses****

Márcia Gabriella Lino de Barros*****

Avaliação de caninos superiores impactados por meio

de tomografia computadorizada de feixe cônico

artigo inédito

Page 56: clinica_v10n3

Caso ClÍniCo Avaliação de caninos superiores impactados por meio de tomografia computadorizada de feixe cônico

Rev Clín Ortod Dental Press. 2011 jun-jul;10(3):114-20120

DISCUSSãO

A impacção de caninos superiores é mais comum em mu-lheres1,2, ocorrendo mais frequentemente, na população eu-ropeia, por palatino do que por vestibular1,4. Já na população asiática, a impacção é mais comum transalveolar e vestibu-lar2,10. A impacção mesioangular é mais relatada em estudos, já os posicionamentos distal, horizontal ou invertido são ra-ros2. Na nossa casuística, as mulheres foram as mais afetadas (70,31%) e o posicionamento para mesial do canino o mais comum (81,8%), estando de acordo com os dados encontra-dos na literatura. A impacção por palatino foi mais frequente (67,5%), coincidindo com os achados na população europeia.

Os incisivos laterais são os dentes mais comumente rea-bsorvidos, ocorrendo em 38% dos casos, segundo Ericson e Kurol4; 66,7%, segundo Walker et al.1; e 27,2%, conforme Liu et al.2 Já as reabsorções dos incisivos centrais ocorrem em 9% dos casos, segundo Ericson e Kurol4; 11,1%, segundo Walker et al.1; e em 23,4%, conforme Liu et al.2 No presente estudo, houve reabsorção em 13% dos casos. Desses, os in-cisivos laterais foram os dentes mais reabsorvidos (9%), se-guidos pelos incisivos centrais (4%), como relata a literatura.

A tomografia computadorizada por feixe cônico tem sido uma opção para avaliação de caninos por possuir uma boa resolução, menor custo e uma menor dose de radiação, quan-do comparada à tomografia computadorizada convencional, sendo o método de escolha para localização desses dentes6.

O tratamento dos caninos superiores impactados re-quer diagnóstico preciso e localização exata do canino impactado e das estruturas ao redor. Um estudo recente, com casos de caninos superiores retidos, mostrou que o plano de tratamento inicialmente proposto com base na documentação ortodôntica convencional foi alterado em 43,7% dos pacientes após o exame com tomografia computadorizada6.

De acordo com alguns autores, a imagem volumétrica 3D providencia informações valiosas de caninos impacta-dos, para melhor entender e tratar os casos cirúrgica e or-todonticamente, podendo mostrar: presença ou ausência do canino, tamanho do folículo, inclinação do longo eixo do dente, posição vestibular ou palatina, quantidade de osso cobrindo o dente, proximidade 3D e reabsorção radi-cular de dentes adjacentes, condição dos dentes adjacen-tes, considerações anatômicas locais, e todos os estágios de desenvolvimento dentário1.

CONClUSãO

No presente estudo, a tomografia computadorizada permitiu a exata avaliação e localização do canino superior impactado, mostrando ser mais comum em mulheres, na posição mesial e palatina e que esses dentes reabsorvem mais comumente os incisivos laterais.

RefeRências

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flávio Ricardo ManziAv. Dom José Gaspar 500, Prédio 45 – 30.535-901 Belo – Horizonte / MGE-mail: [email protected]

endeReço paRa coRRespondência

Page 57: clinica_v10n3

Rev Clín Ortod Dental Press. 2011 jun-jul;10(3):121-5 121

*MestrandaemClínicasOdontológicas-PUCMinas. **MestreemRadiologiapelaSãoLeopoldoMandic-SP.***CirurgiãoBucomaxilofacialUNINCOR-TrêsCorações/MG.****OdontopediatraeMestreemDiagnósticoBucalUNINCOR-TrêsCorações/MG.

Multiple submersion in the primary dentition: case report

Submersão, infraoclusão e im-pacção são termos utilizados para definir quando um dente se encontra aquém do plano oclu-sal, o que pode ser observado em diferentes graus. Na denti-ção decídua, essa anomalia aco-mete com mais frequência os segundos molares e a anquilose dentoalveolar é a etiologia mais aceita. Os dentes submersos impactados são fatores locais desencadeantes de má oclusão e, portanto, torna-se importan-te o diagnóstico precoce a fim

Palavras-chave: Anquilose dentária. Imersão. Dentição decídua.

Resumo Abstract

Keywords: Tooth ankylosis. Immersion. Primary dentition.

Submersion, infra-occlusion and impaction are terms used to de-fine when a tooth is below the occlusal plane, which can be ob-served in different degrees. This anomaly in the primary dentition affects more frequently the sec-ond molars and the dentoalveolar ankylosis is the most acceptable etiology. Impacted submerged teeth are local triggering factors of malocclusion and therefore the early diagnosis is important in order to avoid damage to the nor-mal development of occlusion of

de se evitarem danos no desen-volvimento normal da oclusão. A conduta clínica é definida de acordo com as característi-cas de cada caso e varia de um tratamento mais conservador ao mais radical, como as exo-dontias dos dentes envolvidos. Este trabalho tem como objeti-vo relatar o caso clínico de um paciente com submersão severa dos segundos molares decíduos, sendo que um dos molares em total submersão se encontrava com suspeita de lesão cariosa.

the child. The clinical approach is defined according to the char-acteristics of each case and varies from a more conservative treat-ment to a more radical one, such as extractions of teeth involved. This paper aims to report the case of a patient with severe submer-sion of the primary second molar and one of the molars in a total submersion with suspicion of carious lesions.

Liana Cristina Melo Carneiro Costa*

Ítalo Márcio de Oliveira Consoli**

Vilmar Camargos de Freitas***

Aléida dos Santos Plasschaert e Freitas****

Submersão múltipla na dentição decídua:

relato de caso

Caso ClÍniCo

Page 58: clinica_v10n3

Costa LCMC, Consoli ÍMO, Freitas VC, Freitas ASP

Rev Clín Ortod Dental Press. 2011 jun-jul;10(3):121-5 125

Somente quando a reabsorção não está ocorrendo nor-malmente ou está havendo alterações na oclusão, é que deve-se pensar em outro tipo de tratamento14.

Em relação ao caso descrito, mesmo a infraoclusão sendo severa, optou-se por um tratamento conservador e, portanto, a exodontia dos dentes 55, 65, 85 não foi realizada por causa

da proximidade das raízes dos decíduos submersos com o sucessor; das raízes dos permanentes ainda não estarem em formação e por não haver ancoragem inicial dos primeiros molares permanentes para colocação de um mantenedor ou recuperador de espaço. O tratamento deve ser definido em função das características clínicas e radiográficas de cada caso.

RefeRências

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Liana cristina Melo carneiro costaRua Paraíba, 587 – Centro – 35.500-016 – Divinópolis / MGE-mail: [email protected]

endeReço paRa coRRespondência

Page 59: clinica_v10n3

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Static frictional force and surface roughness of various bracket and wire combinations

Doshi UH, Bhad-Patil WA. Am J Orthod Dentofacial Orthop. 2011 Jan;139(1):74-9

Introdução: durante a mecânica de deslize, a resistência friccional é uma importante força oponente à movimentação ortodôntica, que deve ser controlada para permitir a aplicação de forças leves e con-tínuas. Investigamos a resistência friccional estática entre 3 tipos de braquetes ortodônticos modernos — cerâmico com canaleta de ouro-paládio, cerâmico, e aço —; e 4 tipos de fios (0,019”x0,025”) — aço, níquel-titânio, titânio molibdênio (TMA), e TMA colorido de baixa taxa de fricção. métodos: todos os testes foram conduzidos em estado seco numa máquina de ensaios universais. A topografia superficial das canaletas dos braquetes e dos arcos ortodônticos foi avaliada usando microscopia eletrônica de varredura e quantifica-da usando-se uma máquina de teste de rugosidade (perfilômetro). resultados: nas mensurações da microscopia eletrônica de varre-dura, a superfície mais lisa foi o braquete cerâmico com canaleta de ouro-paládio combinado com o arco de aço. O perfilômetro quan-tificou a rugosidade superficial, a qual também foi menor para a combinação braquete cerâmico com canaleta de ouro-paládio e o arco de aço. O braquete cerâmico com a canaleta de ouro-paládio mostrou os menores valores friccionais em todas as combinações e poderia ser uma alternativa promissora para resolver o problema de fricção. Os valores friccionais dos arcos de TMA colorido foram comparáveis aos dos arcos de aço e poderiam ser boas alternativas durante o fechamento de espaço na mecânica de deslize. Conclu-sões: o braquete cerâmico com canaleta de ouro-paládio e o arco de TMA colorido parecem ser boas alternativas ao aço durante o fechamento de espaços na mecânica de deslize.

Tradução: An Tien Li.

ANTICORpOS ANTIDENTINáRIOS E A REABSORçãO RADICUlAR DURANTE O TRATAMENTO ORTODôNTICO

Anti-dentine antibodies with root resorption during orthodontic treatment

de Paula Ramos S, Ortolan GO, dos Santos LM, Tobouti PL, Hidalgo MM, Consolaro A, Itano EN. Eur J Orthod. 2011 Feb 7. [Epub ahead of print]

O objetivo deste estudo foi analisar os níveis de IgG sorológico e os níveis de IgA salivar secretora (sIgA) no extrato de dentina humana (EDH) antes (T0) e 6 meses (T6) após o tratamento ortodôntico e cor-relacionar os auto anticorpos anti-EDH com a reabsorção radicular. Cinquenta pacientes ortodônticos foram selecionados, 19 homens (15,6±8,5 anos) e 31 mulheres (21,4±11,2 anos), 19 na dentadura mista (10,3±1,9 anos) e 31 na dentadura permanente (24,6±9,9 anos). Cin-quenta indivíduos sem tratamento ortodôntico emparelhados quanto ao sexo e a idade foram selecionados como controles. Radiografias periapicais dos incisivos centrais superiores e amostras de saliva fo-ram obtidas de todos os pacientes em T0 e T6. As amostras de soro foram coletadas dos pacientes com dentadura permanente (n=31). Os níveis de anticorpo foram determinados por meio de análise imuno--enzimático. Em T6, a reabsorção foi classificada como grau 0 (sem reabsorção), grau 1 (reabsorção suave), e grau 2 (reabsorção mode-rada a grave). Diferenças entre os níveis de anticorpo em T0 e T6 e entre os diferentes graus de reabsorção foram determinadas pelos testes t emparelhado e Kruskal-Wallis, respectivamente. O coeficiente de correlação de Spearman foi utilizado para detectar a correlação entre os níveis de sIgA e IgG, e a regressão logística, para determinar a associação entre o grau de reabsorção e as variáveis do estudo. Dife-renças foram consideradas significativas ao nível de 5%. Os níveis IgG anti-EDH diminuíram (p<0,01) nos pacientes com reabsorção radicular grau 2 e não se correlacionaram com os níveis salivares de sIgA ou ou-tras variáveis durante o tratamento. Pacientes que tiveram reabsorção grau 2 em T6 mostraram maiores níveis de sIgA anti-EDH (p<0,01). Os níveis sIgA anti-EDH em T0 e a morfologia radicular foram os princi-pais fatores associados ao grau de reabsorção radicular. Os resultados sugerem que as variações da resposta imune humoral local e sistêmica aos antígenos dentinários podem ocorrer durante o tratamento orto-dôntico. Altos níveis de sIgA salivar antes do tratamento foram asso-ciados às lesões mais avançadas depois de 6 meses de tratamento.

Tradução: An Tien Li.

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Rev Clín Ortod Dental Press. 2011 jun-jul;10(3):130-3130

* ProfessorTitulardaFOB-USPeProfessordePós-GraduaçãonaFORP-USP.

Alberto Consolaro*

Controvérsias

lamarck e as quatro formas de hereditariedade na evolução

humana: implicações na região bucomaxilofacial

Imperava entre nós a ditadura do gene, tudo era mérito ou culpa dele, do DNA que o compõe ou do cromossomo que o aloja. Felizmente, temos a hereditariedade não re-lacionada com o DNA. Isso mesmo, outros fatores podem modificar-se para melhorar nossas estruturas e funções, são os fatores adquiridos ao longo da vida que podem ser trans-mitidos, como os relacionados com o ambiente em que vive-mos ou em que nossas células sobrevivem. Esses fatores são identificados como epigenéticos — a epigenética está cada vez mais valorizada em nossos dias.

A nossa evolução, nossa melhora como espécie, não de-pende única e exclusivamente dos genes que herdamos. Era um tanto difícil acreditar que uma sequência de moléculas chamadas bases nitrogenadas (citosina, guanina, timina, ura-cila) determinasse e interpretasse nossas estruturas, limita-ções e habilidades. Seríamos frutos de um arranjo molecular apenas? Não!

Hoje sabemos que há mais coisas na hereditariedade do que os genes. Na nossa origem existem variações heredi-tárias que achávamos serem aleatórias, mas que não o são. Algumas informações adquiridas podem ser transmitidas e herdadas pelos nossos filhos.

Ainda assim, Darwin estava certo, porém a seleção natural representa uma das formas de evolução: a que se dá por va-riações genéticas aleatórias que promovem a adaptação das espécies. Mas os fatores epigenéticos decorrentes do meio ambiente onde nossas células e organismo vivem — tempe-ratura, alimentação, exercícios, drogas, forças, migrações e muitos outros — podem modificar o que o conjunto de infor-mações genéticas determinou primariamente.

As mudanças evolutivas ainda podem acontecer de duas outras formas além da genética e da epigenética. Uma des-sas formas se dá pela instrução, a qual levaria à transmis-são de informação de um indivíduo para outro por meios

comportamentais — esse seria o terceiro sistema de here-ditariedade humana, inclusive nos animais. A quarta forma seria exclusiva dos seres humanos, porque se baseia em sím-bolos como a linguagem e tem papel fundamental na evolu-ção de nossa espécie.

Em outras palavras, a seleção natural, a evolução da es-pécie, se daria por quatro tipos de hereditariedade: genéti-ca, epigenética, comportamental e simbólica. Compreender a hereditariedade em quatro dimensões permite elaborar uma teoria da evolução bem mais rica e sofisticada, na qual o gene não é o único foco da seleção natural. Essa nova for-ma de compreender a evolução humana foi descrita1 por Eva Jablonka, da Universidade de Tel Aviv, e Marion J. Lamb, da Universidade de Londres. Isso explicaria como as células do fígado se comportam diferentemente, por exemplo, das cé-lulas musculares, que contêm exatamente os mesmos genes.

Quando, em 1990, a cada dia descobria-se uma nova tecnologia para desvendar e decifrar o DNA, os geneticistas acreditavam que estavam próximos de ler o “livro da vida”, a pedra filosofal, ou de encontrar o Santo Graal. Acreditavam que o sequenciamento do genoma iria expor as fraquezas e as forças hereditárias de cada um, para que pudéssemos interferir de acordo com a necessidade e a intuição.

Em 2001, todos acreditavam nisso e o sequenciamento do genoma humano levou jornais repletos de empolgados profe-tas a projetar um mundo novo, admirável e mais saudável. A biologia molecular que abriu essas possibilidades é a mesma que hoje, de forma mais humilde, afirma que as coisas não são tão simples assim: a hereditariedade não depende apenas dos genes. O entusiasmo gerado pela biologia molecular e genética parece o mesmo que foi gerado pela descoberta do microscópio e do telescópio. O gene não é culpado por tudo e nem mesmo responsável único pela mais simples função, ele divide méritos com outros atores moleculares.

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Consolaro A

Rev Clín Ortod Dental Press. 2011 jun-jul;10(3):130-3 133

RefeRências

1. Jablonka E, Lamb MJ. Evolução em quatro dimensões: DNA, comportamento e a história da vida. São Paulo: Companhia das Letras; 2010.

2. Keller EF. O século do gene. Belo Horizonte: Crisálida; 2002.

alberto consolaroE-mail: [email protected]

endeReço paRa coRRespondência

DnA E GEnEs:

Analogias simples para uma compreensão geral

Uma escada tem duas hastes paralelas e mais os degraus. Ima-

gine uma fita plástica imitando uma escada, mas tem que ser uma

fita muito longa. Pegue essa fita e retorça suas extremidades de tal

forma que fique levemente “espiralada”. Os degraus dessa fita são

formados por duas substâncias conhecidas como bases nitrogena-

das, ligadas à haste lateral feita de fosfato e açúcar. Temos quatro

bases nitrogenadas para formar os degraus — citosina, guanina,

timina, uracila —, mas apenas duas formam um degrau. Se chama

ácido desoxirribonucleico porque tem o açúcar desoxirribose como

base molecular. O fosfato, o açúcar e a base formam uma molécula

de nucleotídeo: o DNA é uma sequência linear de nucleotídeos na

forma de escada retorcida. Imagine essas três moléculas como pe-

ças de um jogo de montar formando, juntas, um “L”.

Uma fita de DNA pode ter 2 metros de comprimento, e um con-

junto de 23 dessas fitas está dentro do núcleo das células. O núcleo

é a sala da gerência, a semente da célula — que, por comparação,

seria o caroço do abacate; e o abacate, a célula inteira. Temos 10

trilhões de células e o DNA de todas elas, emendado em fitas, per-

correria alguns quilômetros.

As fitas de DNA podem ser comparadas com as serpentinas de

carnaval ou com tirinhas de Nosso Senhor do Bonfim. Essas 23 fitas

estão dentro do núcleo, mas toda fita de DNA no núcleo tem uma

cópia de segurança, ou “backup”; logo, são 23 pares enrolados

em carretéis em forma de X ou de Y, todos no pequeno espaço do

núcleo. Em vez de madeira ou plástico, são carretéis de proteínas

chamadas de histonas.

Esses carretéis com o DNA organizado são conhecidos como

cromossomos. Logo, temos 23 pares de cromossomos iguais em

todas as células, pois todas vieram de uma única célula resultante

da fusão do espermatozoide com o óvulo. A partir de uma célula

pode-se fazer uma cópia do indivíduo, pois todos os cromossomos

e genes estão contidos no interior do núcleo da célula.

Os cromossomos são iguais, mas as estruturas e o funcionamento

das células são diferentes. As fitas de DNA representam uma central

de informações que ensina a célula a trabalhar e executar funções

como produzir osso, unhas, saliva, etc. Quando as células precisam

fazer isso, leem a receita de como se faz — “escrita” no DNA — e

executam a função. Cada segmento da fita que tem uma informação

completa recebe o nome de gene. Assim, podemos falar que a fita

de DNA tem muitos genes, pois tem vários segmentos com informa-

ções completas. Aliás, cada cromossomo tem mil genes, aproxima-

damente. Tudo que fazemos está registrado como genes no DNA. O

homem tem entre 25.000 e 30.000 genes em cada célula.

As células são diferentes e executam funções diferentes, embo-

ra os genes sejam iguais, porque o DNA pode ser comparado ao

painel de um avião cheio de botões, que seriam os genes. O orga-

nismo liga ou desliga alguns botões, ou genes, em certas células. Se

ligarmos todos os botões, o avião não voa, nem anda, nem sobe e

nem desce. Se ligarmos todos os genes da célula, ela não funciona.

Ligam-se alguns genes, outros desligam-se ao mesmo tempo. Por

isso os 206 tipos de células humanas funcionam ao mesmo tempo,

mas de formas diferentes. Há botões para cada função que devem

ser ligados, e outros desligados. Se o piloto ligar ou desligar um

botão, ou gene, errado, teremos as doenças que representam dis-

túrbios no funcionamento dos tecidos e órgãos, como o câncer e as

doenças autoimunes. O avião pode cair; ou a pessoa, morrer.

O interesse sobre o DNA vem da necessidade, porque, em qua-

se tudo que se lê, se fala em DNA. Nos rótulos de xampus, propa-

ganda de carros, shows, logomarcas, programas de televisão e na

mídia em geral. Até em piadas se fala em DNA e poderemos não

entendê-las, perdendo até alguns sorrisos e gargalhadas típicas da

alegria de viver, se não o compreendermos melhor em nossas vidas.

Figura 3 Representação esquemática das estruturas envolvidas na transmissão genética.

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Rev Clín Ortod Dental Press. 2011 jun-jul;10(3):134-6134

instruções aos autores

— A Revista Clínica de Ortodontia Dental Press, dirigida à classe odontológica, destina-se à publicação de relatos de casos clí-nicos e de técnicas, artigos de interesse aos profissionais da área, comunicações breves e atualidades.

— A Revista Clínica de Ortodontia Dental Press utiliza o Sis-tema de Gestão de Publicação, um sistema on-line de submissão e avaliação de trabalhos. Para submeter novos trabalhos visite o site:

www.dentalpressjournals.com

— Outros tipos de correspondência poderão ser enviados para: Dental Press International Av. Euclides da Cunha 1718, Zona 5 CEP: 87.015-180, Maringá/PR Tel.: (44) 3031-9818 E-mail: [email protected]

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— Os trabalhos apresentados devem ser inéditos e não publica-dos ou submetidos para publicação em outra revista. Os ma-nuscritos serão analisados pelo editor e consultores, e estão sujeitos a revisão editorial.

ORIENTAçõES pARA SUBMISSãO DE MANUSCRITOS— Submeta os artigos através do site: www.dentalpressjournals.com — Organize sua apresentação como descrito a seguir:

1. página de título— deve conter título em português e inglês, resumo e abstract,

palavras-chave e keywords. — não inclua informações relativas aos autores, por exemplo:

nomes completos dos autores, títulos acadêmicos, afiliações institucionais e/ou cargos administrativos. Elas deverão ser incluídas apenas nos campos específicos no site de submis-são de artigos. Assim, essas informações não estarão dispo-níveis para os revisores.

2. Resumo/Abstract — os resumos estruturados, em português e inglês, de 250 pala-

vras ou menos são os preferidos. — os resumos estruturados devem conter as seções: INTRODU-

ÇÃO, com a proposição do estudo; MÉTODOS, descrevendo como o mesmo foi realizado; RESULTADOS, descrevendo os resultados primários; e CONCLUSÕES, relatando o que os au-tores concluíram dos resultados, além das implicações clínicas.

— os resumos devem ser acompanhados de 3 a 5 palavras-chave, ou descritores, também em português e em inglês, as quais devem ser adequadas conforme o MeSH/DeCS.

3. Texto— o texto deve ser organizado nas seguintes seções: Introdu-

ção, Material e Métodos, Resultados, Discussão, Conclusões, Referências, e Legendas das figuras.

— os textos devem ter o número máximo de 4.000 palavras, in-cluindo legendas das figuras, resumo, abstract e referências.

— envie as figuras em arquivos separados (ver logo abaixo). — também insira as legendas das figuras no corpo do texto,

para orientar a montagem final do artigo.

4. Figuras— as imagens digitais devem ser no formato JPG ou TIF, em

CMYK ou tons de cinza, com pelo menos 7 cm de largura e 300 dpis de resolução.

— as imagens devem ser enviadas em arquivos independentes. — se uma figura já foi publicada anteriormente, sua legenda

deve dar todo o crédito à fonte original. — todas as figuras devem ser citadas no texto.

5. gráficos e traçados cefalométricos— devem ser enviados os arquivos contendo as versões origi-

nais dos gráficos e traçados, nos programas que foram utili-zados para sua confecção.

— não é recomendado o envio dos mesmos apenas em formato de imagem bitmap (não editável).

— os desenhos enviados podem ser melhorados ou redesenha-dos pela produção da revista, a critério do Corpo Editorial.

6. Tabelas— as tabelas devem ser autoexplicativas e devem complemen-

tar, e não duplicar o texto. — devem ser numeradas com algarismos arábicos, na ordem

em que são mencionadas no texto. — forneça um breve título para cada uma. — se uma tabela tiver sido publicada anteriormente, inclua

uma nota de rodapé dando crédito à fonte original. — apresente as tabelas como arquivo de texto (Word ou Ex-

cel, por exemplo), e não como elemento gráfico (imagem não editável).

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Rev Clín Ortod Dental Press. 2011 jun-jul;10(3):134-6 135

Instruções aos autores

* Para submeter novos trabalhos acesse o site: www.dentalpressjournals.com

7. Comitês de ética— Os artigos devem, se aplicável, fazer referência a pareceres

de Comitês de Ética.

8. Declarações exigidas Todos os manuscritos devem ser acompanhados das se-

guintes declarações, a serem preenchidas no momento da submissão do artigo:

— Cessão de Direitos Autorais Transferindo todos os direitos autorais do manuscrito para a

Dental Press International, caso o trabalho seja publicado. — Conflito de Interesse Caso exista qualquer tipo de interesse dos autores para com

o objeto de pesquisa do trabalho, esse deve ser explicitado.— Proteção aos Direitos Humanos e de Animais Caso se aplique, informar o cumprimento das recomenda-

ções dos organismos internacionais de proteção e da De-claração de Helsinki, acatando os padrões éticos do comitê responsável por experimentação humana/animal.

— Consentimento Informado Os pacientes têm direito à privacidade que não deve ser

violada sem um consentimento informado.

9. Referências— todos os artigos citados no texto devem constar na lista de

referências. — todas as referências listadas devem ser citadas no texto.— com o objetivo de facilitar a leitura do texto, as referências

serão citadas no texto apenas indicando a sua numeração.— as referências devem ser identificadas no texto por números

arábicos sobrescritos e numeradas na ordem em que são citadas no texto.

— as abreviações dos títulos dos periódicos devem ser norma-lizadas de acordo com as publicações “Index Medicus” e “Index to Dental Literature”.

— a exatidão das referências é de responsabilidade dos auto-res; as mesmas devem conter todos os dados necessários à sua identificação.

— as referências devem ser apresentadas no final do texto obedecendo às Normas Vancouver (http://www.nlm.nih.gov/bsd/uniform_requirements.html).

— utilize os exemplos ao lado

Artigos com até seis autoresSterrett JD, Oliver T, Robinson F, Fortson W, Knaak B, Rus-sell CM. Width/length ratios of normal clinical crowns of the maxillary anterior dentition in man. J Clin Periodontol. 1999 Mar;26(3):153-7.

Artigos com mais de seis autoresDe Munck J, Van Landuyt K, Peumans M, Poitevin A, Lam-brechts P, Braem M, et al. A critical review of the durability of adhesion to tooth tissue: methods and results. J Dent Res. 2005 Feb;84(2):118-32.

Capítulo de livroKina S. Preparos dentários com finalidade protética. In: Kina S, Brugnera A. Invisível: restaurações estéticas cerâmicas. Marin-gá: Dental Press; 2007. cap. 6, p. 223-301.

Capítulo de livro com editorBreedlove GK, Schorfheide AM. Adolescent pregnancy. 2nd ed. Wieczorek RR, editor. White Plains (NY): March of Dimes Education Services; 2001.

Dissertação, tese e trabalho de conclusão de cursoBeltrami LER. Braquetes com sulcos retentivos na base, colados clinicamente e removidos em laboratórios por testes de tração, cisalhamento e torção [dissertação]. Bauru (SP): Universidade de São Paulo; 1990.

Formato eletrônico Câmara CALP. Estética em Ortodontia: Diagramas de Referên-cias Estéticas Dentárias (DRED) e Faciais (DREF). Rev Dental Press Ortod Ortop Facial. 2006 nov-dez;11(6):130-56. [Acesso 12 jun 2008]. Disponível em: www.scielo.br/pdf/dpress/v11n6/a15v11n6.pdf.

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Rev Clín Ortod Dental Press. 2011 jun-jul;10(3):134-6136

Os ensaios clínicos se encontram entre as melhores evi-dências para tomada de decisões clínicas. Considera-se ensaio clínico todo projeto de pesquisa com pacientes que seja pros-pectivo, nos quais exista intervenção clínica ou medicamentosa com objetivo de comparação de causa/efeito entre os grupos estudados e que, potencialmente, possa ter interferência sobre a saúde dos envolvidos.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), os en-saios clínicos controlados aleatórios e os ensaios clínicos de-vem ser notificados e registrados antes de serem iniciados.

O registro desses ensaios tem sido proposto com o intui-to de identificar todos os ensaios clínicos em execução e seus respectivos resultados, uma vez que nem todos são publicados em revistas científicas; preservar a saúde dos indivíduos que aderem ao estudo como pacientes; bem como impulsionar a comunicação e a cooperação de instituições de pesquisa entre si e com as parcelas da sociedade com interesse em um assun-to específico. Adicionalmente, o registro permite reconhecer as lacunas no conhecimento existentes em diferentes áreas, observar tendências no campo dos estudos e identificar os es-pecialistas nos assuntos.

Reconhecendo a importância dessas iniciativas e para que as revistas da América Latina e Caribe sigam recomendações e pa-drões internacionais de qualidade, a BIREME recomendou aos editores de revistas científicas da área da Saúde indexadas na Scientific Library Electronic Online (SciELO) e na LILACS (Litera-tura Latino-americana e do Caribe de Informação em Ciências da Saúde) que tornem públicas estas exigências e seu contexto. Assim como na base MEDLINE, foram incluídos campos especí-ficos na LILACS e SciELO para o número de registro de ensaios clínicos dos artigos publicados nas revistas da área da Saúde.

Ao mesmo tempo, o International Committee of Medical Jour-nal Editors (ICMJE) sugeriu aos editores de revistas científicas que exijam dos autores o número de registro no momento da submis-são de trabalhos. O registro dos ensaios clínicos pode ser feito em um dos Registros de Ensaios Clínicos validados pela OMS e ICMJE, cujos endereços estão disponíveis no site do ICMJE. Para que sejam validados, os Registros de Ensaios Clínicos devem se-guir um conjunto de critérios estabelecidos pela OMS.

portal para divulgação e registro dos ensaios

A OMS, com objetivo de fornecer maior visibilidade aos Regis-tros de Ensaios Clínicos validados, lançou o portal WHO Clinical Trial Search Portal (http://www.who.int/ictrp/network/en/index.html), com interface que permite a busca simultânea em diversas bases. A pesquisa, nesse portal, pode ser feita por palavras, pelo título dos ensaios clínicos ou pelo número de identificação. O re-sultado mostra todos os ensaios existentes, em diferentes fases de execução, com enlaces para a descrição completa no Registro Primário de Ensaios Clínicos correspondente.

A qualidade da informação disponível nesse portal é garan-tida pelos produtores dos Registros de Ensaios Clínicos que

integram a rede recém-criada pela OMS: WHO Network of Collaborating Clinical Trial Registers. Essa rede permitirá o in-tercâmbio entre os produtores dos Registros de Ensaios Clíni-cos para a definição de boas práticas e controles de qualidade. Os sites para que possam ser feitos os registros primários de ensaios clínicos são: www.actr.org.au (Australian Clinical Trials Registry), www.clinicaltrials.gov e http://isrctn.org (International Standard Randomised Controlled Trial Number Register (ISRC-TN). Os registros nacionais estão sendo criados e, na medida do possível, os ensaios clínicos registrados nos mesmos serão direcionados para os recomendados pela OMS.

A OMS propõe um conjunto mínimo de informações que devem ser registradas sobre cada ensaio, como: número único de identificação, data de registro do ensaio, identidades se-cundárias, fontes de financiamento e suporte material, princi-pal patrocinador, outros patrocinadores, contato para dúvidas do público, contato para dúvidas científicas, título público do estudo, título científico, países de recrutamento, problemas de saúde estudados, intervenções, critérios de inclusão e exclu-são, tipo de estudo, data de recrutamento do primeiro volun-tário, tamanho da amostra pretendido, status do recrutamento e medidas de resultados primárias e secundárias.

Atualmente, a Rede de Colaboradores está organizada em três categorias:

- Registros Primários: cumprem com os requisitos mínimos e contribuem para o Portal;

- Registros Parceiros: cumprem com os requisitos mínimos, mas enviam os dados para o Portal, somente através de parceria com um dos Registros Primários;

- Registros Potenciais: em processo de validação pela Se-cretaria do Portal, ainda não contribuem para o Portal.

posicionamento da Revista Clínica de Ortodontia Dental press

A REVISTA CLÍNICA DE ORTODONTIA DENTAL PRESS apoia as políticas para registro de ensaios clínicos da Orga-nização Mundial da Saúde - OMS (http://www.who.int/ictrp/en/) e do International Committee of Medical Journal Editors – ICMJE (http://www.wame.org/wamestmt.htm#trialreg e http://www.icmje.org/clin_trialup.htm), reconhecendo a importância dessas iniciativas para o registro e divulgação internacional de informação sobre estudos clínicos, em acesso aberto. Sendo assim, seguindo as orientações da BIREME/OPAS/OMS para a indexação de periódicos na LILACS e SciELO, somente serão aceitos para publicação os artigos de pesquisas clínicas que tenham recebido um número de identificação em um dos Re-gistros de Ensaios Clínicos, validados pelos critérios estabele-cidos pela OMS e ICMJE, cujos endereços estão disponíveis no site do ICMJE: http://www.icmje.org/faq.pdf. O número de identificação deverá ser registrado ao final do resumo.

Consequentemente, recomendamos aos autores que pro-cedam o registro dos ensaios clínicos antes do início de sua execução.

registro de ensaios ClÍniCos

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Revista Clínica de Ortodontia D

ental PressVolum

e 10 - Núm

ero 3 - Junho/Julho 2011

volume 10, número 3, junho/julho 2011

Dental Press International

revista CLÍNICA de

Dental Press