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MARCOPOLO S/A CNPJ Nº 88.611.835/0001-29 CVM – 00845-1 / NIRE 43300007235 Companhia Aberta DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2017

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MARCOPOLO S/A CNPJ Nº 88.611.835/0001-29

CVM – 00845-1 / NIRE 43300007235

Companhia Aberta

DEMONSTRAÇÕES

FINANCEIRAS

2017

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PricewaterhouseCoopers, Rua Mostardeiro, 800 - 9º andar, Bairro Independência, Porto Alegre-RS, Brasil 90430-000 Telefone: (51) 3378-1700, Fax: (51) 3328-1609, www.pwc.com/br

Relatório do auditor independente sobre as demonstrações financeiras individuais e consolidadas Aos Administradores e Acionistas Marcopolo S.A. Opinião

Examinamos as demonstrações financeiras individuais da Marcopolo S.A. ("Companhia" ou “Controladora”), que compreendem o balanço patrimonial em 31 de dezembro de 2017 e as respectivas demonstrações do resultado, do resultado abrangente, das mutações do patrimônio líquido e dos fluxos de caixa para o exercício findo nessa data, assim como as demonstrações financeiras consolidadas da Marcopolo S.A. e suas controladas ("Consolidado"), que compreendem o balanço patrimonial consolidado em 31 de dezembro de 2017 e as respectivas demonstrações consolidadas do resultado, do resultado abrangente, das mutações do patrimônio líquido e dos fluxos de caixa para o exercício findo nessa data, bem como as correspondentes notas explicativas, incluindo o resumo das principais políticas contábeis. Em nossa opinião, as demonstrações financeiras acima referidas apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da Marcopolo S.A. e da Marcopolo S.A. e suas controladas em 31 de dezembro de 2017, o desempenho de suas operações e os seus respectivos fluxos de caixa, bem como o desempenho consolidado de suas operações e os seus fluxos de caixa consolidados para o exercício findo nessa data, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil e as normas internacionais de relatório financeiro (IFRS) emitidas pelo International Accounting Standards Board (IASB). Base para opinião

Nossa auditoria foi conduzida de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria. Nossas

responsabilidades, em conformidade com tais normas, estão descritas na seção a seguir, intitulada

"Responsabilidades do auditor pela auditoria das demonstrações financeiras individuais e consolidadas".

Somos independentes em relação à Companhia e suas controladas, de acordo com os princípios éticos

relevantes previstos no Código de Ética Profissional do Contador e nas normas profissionais emitidas pelo

Conselho Federal de Contabilidade, e cumprimos com as demais responsabilidades éticas conforme essas

normas. Acreditamos que a evidência de auditoria obtida é suficiente e apropriada para fundamentar

nossa opinião.

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Marcopolo S.A. e controladas

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Principais Assuntos de Auditoria

Principais Assuntos de Auditoria (“PAA”) são aqueles que, em nosso julgamento profissional, foram os mais significativos em nossa auditoria do exercício corrente. Esses assuntos foram tratados no contexto de nossa auditoria das demonstrações financeiras individuais e consolidadas como um todo e na formação de nossa opinião sobre essas demonstrações financeiras individuais e consolidadas e, portanto, não expressamos uma opinião separada sobre esses assuntos.

Porque é um PAA Como o assunto foi conduzido em nossa auditoria

Redução do ágio ao valor recuperável (“impairment”) – Consolidado (Nota 14)

Em 31 de dezembro de 2017, a Companhia apresenta em suas demonstrações financeiras consolidadas, ágio por expectativa de rentabilidade futura, no montante de R$ 202.961 mil, referente a aquisições realizadas em anos anteriores. A Administração elabora anualmente teste para avaliar a necessidade ou não de redução do ágio ao seu valor recuperável (teste de impairment). Para esse teste, considera cada uma das empresas adquiridas, localizadas no Brasil, Austrália, Canadá e Argentina, como uma unidade geradora de caixa (“UGC”) distinta. O referido teste de impairment do ágio foi considerado como um dos principais assuntos em nossa auditoria, devido a relevância do saldo do ágio e por envolver julgamentos críticos por parte da Administração da Companhia em relação às projeções de fluxos de caixa futuros. Variações nas principais premissas utilizadas, como taxa de crescimento e de desconto, entre outras, podem impactar significativamente os fluxos de caixa das UGCs e, consequentemente, os valores recuperáveis das UGCs e do ágio a elas alocados. Em 31 de dezembro de 2017, a Administração da Companhia revisou o valor recuperável das UGCs e, para a UGC Pologren, registrou perda por impairment do ágio de R$ 25.618 mil.

Nossos procedimentos de auditoria incluíram, entre outros, o entendimento e o teste da metodologia utilizada pela Administração para projetar os fluxos de caixa descontados. Com o apoio de nossos especialistas internos em avaliação, discutimos com a Administração a razoabilidade das premissas significativas utilizadas pela Companhia, de acordo com os orçamentos aprovados pelo Conselho de Administração, incluindo as taxas de desconto, de crescimento de vendas e margens no período projetado e na perpetuidade, comparando os cálculos com as informações de mercado disponíveis, com o desempenho efetivo e com os dados históricos. Também, por meio de análises de sensibilidade sobre as principais premissas utilizadas, avaliamos em quais situações as variações individuais ou cumulativas resultariam na necessidade de registro ou complemento de impairment reconhecido pela Companhia. Como resultado dos procedimentos descritos acima, consideramos que os julgamentos e premissas utilizados pela administração para a avaliação do valor recuperável do ágio são razoáveis e as divulgações são consistentes com dados e informações obtidos.

Assuntos

Por que é um PAA?

Como o assunto foi conduzido

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Porque é um PAA Como o assunto foi conduzido em nossa auditoria

Provisões e passivos contingentes – Controladora e Consolidado (Nota 17)

Em 31 de dezembro de 2017, a Companhia tem provisões no montante de R$ 51.722 mil na controladora e R$ 64.770 mil no consolidado, relacionadas a processos judiciais cuja expectativa de perda foi classificada como provável, além de processos com perdas classificadas como possíveis no montante de R$ 344.850 mil, na controladora, e R$404.694 mil no consolidado. Provisões e passivos contingentes possuem incerteza inerente em relação ao seu prazo e ao seu valor de liquidação. Além disso, a determinação da probabilidade de perda dos processos em andamento envolve julgamentos críticos por parte da Administração, reavaliados periodicamente conforme o andamento dos processos, nas diversas instâncias judiciais, e da jurisprudência aplicável.

Em nossa estratégia de auditoria, envolvemos nossa equipe de especialistas nas áreas trabalhista e tributária, conforme apropriado, para leitura e discussão dos principais processos judiciais, incluindo a classificação do prognóstico de perda atribuída por consultores jurídicos internos e externos à Companhia, assim como obtivemos um entendimento dos controles internos mantidos na área. Também avaliamos a competência técnica dos consultores jurídicos internos e externos da Companhia, efetuamos testes de recálculo do valor de exposição dos principais processos judiciais e administrativos cuja perda foi classificada como provável, teste de atualização financeira desses processos, conforme legislação aplicável, bem como obtivemos confirmação dos processos com os advogados que patrocinam as causas para obtenção de dados relacionados a avaliação do prognóstico, completude das informações e adequação do valor da provisão constituída ou do valor divulgado. Adicionalmente, efetuamos leitura das informações divulgadas em notas explicativas. Consideramos que os critérios e premissas adotados pela Administração para a determinação da provisão para processos judiciais e contingências, bem como as divulgações efetuadas sobre passivos contingentes, são consistentes, com as informações dos consultores jurídicos internos e externos.

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Porque é um PAA Como o assunto foi conduzido em nossa auditoria

Provisão para créditos de liquidação duvidosa – Controladora e Consolidado (Nota 8)

A Companhia tem saldo de contas a receber de clientes sujeito principalmente a risco de crédito. A determinação da provisão para crédito de liquidação duvidosa considera a existência de evidência objetiva de perda no valor recuperável do crédito e a utilização de premissas e fatores, incluindo, entre outras, condições macroeconômicas, garantias, níveis de inadimplência e políticas de renegociação. Por se tratar de uma estimativa contábil elaborada pela Administração e sujeita ao exercício de julgamentos críticos, como descrito anteriormente, consideramos o tema como área de foco de nossos trabalhos de auditoria.

Nossos procedimentos de auditoria incluíram, entre outros, o entendimento dos controles internos relevantes relacionados à análise de crédito, bem como testes dos controles sobre o ambiente de tecnologia da informação que suportam a estrutura de controles da Companhia.

Adicionalmente, obtivemos o entendimento e revisamos as premissas utilizadas para determinação da provisão para crédito de liquidação duvidosa sobre as contas a receber, considerando os níveis de inadimplência, existência de garantias e eventuais renegociações.

Realizamos uma análise retrospectiva da estimativa registrada no exercício anterior, comparando-a com os resultados reais incorridos no exercício corrente e testamos os cálculos matemáticos e modelos que suportam a provisão da Administração, identificando e reportando ajustes considerados não relevantes pela Administração.

Como resultado desses procedimentos, consideramos que os julgamentos e premissas utilizados pela Administração para a determinação da provisão para crédito de liquidação duvidosa estão razoáveis e as divulgações são consistentes com dados e informações obtidos ao longo de nossos trabalhos.

Outros assuntos

Demonstrações do Valor Adicionado As demonstrações individual e consolidada do valor adicionado (DVA) referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2017, elaboradas sob a responsabilidade da Administração da Companhia e apresentadas como informação suplementar para fins de IFRS, foram submetidas a procedimentos de auditoria executados em conjunto com a auditoria das demonstrações financeiras da Companhia.

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Para a formação de nossa opinião, avaliamos se essas demonstrações estão conciliadas com as demonstrações financeiras e registros contábeis, conforme aplicável, e se a sua forma e conteúdo estão de acordo com os critérios definidos no Pronunciamento Técnico CPC 09 - "Demonstração do Valor Adicionado". Em nossa opinião, essas demonstrações do valor adicionado foram adequadamente elaboradas, em todos os aspectos relevantes, segundo os critérios definidos nesse Pronunciamento Técnico e são consistentes em relação às demonstrações financeiras individuais e consolidadas tomadas em conjunto. Auditoria dos valores correspondentes ao exercício anterior O exame das demonstrações financeiras individuais e consolidadas do exercício findo em 31 de dezembro de 2016 foi conduzido sob a responsabilidade de outros auditores independentes que emitiram relatório de auditoria, com data de 21 de fevereiro de 2017, sem ressalvas. Outras informações que acompanham as demonstrações financeiras individuais e consolidadas e o relatório do auditor

A Administração da Companhia é responsável por essas outras informações que compreendem o Relatório da Administração. Nossa opinião sobre as demonstrações financeiras individuais e consolidadas não abrange o Relatório da Administração e não expressamos qualquer forma de conclusão de auditoria sobre esse relatório. Em conexão com a auditoria das demonstrações financeiras individuais e consolidadas, nossa responsabilidade é a de ler o Relatório da Administração e, ao fazê-lo, considerar se esse relatório está, de forma relevante, inconsistente com as demonstrações financeiras ou com nosso conhecimento obtido na auditoria ou, de outra forma, aparenta estar distorcido de forma relevante. Se, com base no trabalho realizado, concluirmos que há distorção relevante no Relatório da Administração, somos requeridos a comunicar esse fato. Não temos nada a relatar a este respeito. Responsabilidades da Administração e da governança pelas demonstrações financeiras individuais e consolidadas

A Administração da Companhia é responsável pela elaboração e adequada apresentação das demonstrações financeiras individuais e consolidadas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil e com as normas internacionais de relatório financeiro (IFRS), emitidas pelo International Accounting Standards Board (IASB), e pelos controles internos que ela determinou como necessários para permitir a elaboração de demonstrações financeiras livres de distorção relevante, independentemente se causada por fraude ou erro. Na elaboração das demonstrações financeiras individuais e consolidadas, a Administração é responsável pela avaliação da capacidade de a Companhia continuar operando, divulgando, quando aplicável, os assuntos relacionados com a sua continuidade operacional e o uso dessa base contábil na elaboração das demonstrações financeiras, a não ser que a Administração pretenda liquidar a Companhia ou cessar suas operações, ou não tenha nenhuma alternativa realista para evitar o encerramento das operações. Os responsáveis pela governança da Companhia e suas controladas são aqueles com responsabilidade pela supervisão do processo de elaboração das demonstrações financeiras.

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Responsabilidades do auditor pela auditoria das demonstrações financeiras individuais e consolidadas

Nossos objetivos são obter segurança razoável de que as demonstrações financeiras individuais e consolidadas, tomadas em conjunto, estão livres de distorção relevante, independentemente se causada por fraude ou erro, e emitir relatório de auditoria contendo nossa opinião. Segurança razoável é um alto nível de segurança, mas não uma garantia de que a auditoria realizada de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria sempre detectam as eventuais distorções relevantes existentes. As distorções podem ser decorrentes de fraude ou erro e são consideradas relevantes quando, individualmente ou em conjunto, possam influenciar, dentro de uma perspectiva razoável, as decisões econômicas dos usuários tomadas com base nas referidas demonstrações financeiras. Como parte de uma auditoria realizada de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria, exercemos julgamento profissional e mantemos ceticismo profissional ao longo da auditoria. Além disso: • Identificamos e avaliamos os riscos de distorção relevante nas demonstrações financeiras individuais e

consolidadas, independentemente se causada por fraude ou erro, planejamos e executamos procedimentos de auditoria em resposta a tais riscos, bem como obtemos evidência de auditoria apropriada e suficiente para fundamentar nossa opinião. O risco de não detecção de distorção relevante resultante de fraude é maior do que o proveniente de erro, já que a fraude pode envolver o ato de burlar os controles internos, conluio, falsificação, omissão ou representações falsas intencionais.

• Obtemos entendimento dos controles internos relevantes para a auditoria para planejarmos

procedimentos de auditoria apropriados às circunstâncias, mas não com o objetivo de expressarmos opinião sobre a eficácia dos controles internos da Companhia e suas controladas.

• Avaliamos a adequação das políticas contábeis utilizadas e a razoabilidade das estimativas contábeis e

respectivas divulgações feitas pela Administração.

• Concluímos sobre a adequação do uso, pela Administração, da base contábil de continuidade operacional e, com base nas evidências de auditoria obtidas, se existe incerteza relevante em relação a eventos ou condições que possam levantar dúvida significativa em relação à capacidade de continuidade operacional da Companhia. Se concluirmos que existe incerteza relevante, devemos chamar atenção em nosso relatório de auditoria para as respectivas divulgações nas demonstrações financeiras individuais e consolidadas ou incluir modificação em nossa opinião, se as divulgações forem inadequadas. Nossas conclusões estão fundamentadas nas evidências de auditoria obtidas até a data de nosso relatório. Todavia, eventos ou condições futuras podem levar a Companhia a não mais se manter em continuidade operacional.

• Avaliamos a apresentação geral, a estrutura e o conteúdo das demonstrações financeiras individuais e

consolidadas, inclusive as divulgações e se essas demonstrações financeiras representam as correspondentes transações e os eventos de maneira compatível com o objetivo de apresentação adequada.

• Obtemos evidência de auditoria apropriada e suficiente referente às informações financeiras das

entidades ou atividades de negócio do grupo para expressar uma opinião sobre as demonstrações financeiras consolidadas. Somos responsáveis pela direção, supervisão e desempenho da auditoria do grupo e, consequentemente, pela opinião de auditoria.

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Comunicamo-nos com os responsáveis pela governança a respeito, entre outros aspectos, do alcance planejado, da época da auditoria e das constatações significativas de auditoria, inclusive as eventuais deficiências significativas nos controles internos que identificamos durante nossos trabalhos. Fornecemos também aos responsáveis pela governança declaração de que cumprimos com as exigências éticas relevantes, incluindo os requisitos aplicáveis de independência, e comunicamos todos os eventuais relacionamentos ou assuntos que poderiam afetar, consideravelmente, nossa independência, incluindo, quando aplicável, as respectivas salvaguardas. Dos assuntos que foram objeto de comunicação com os responsáveis pela governança, determinamos aqueles que foram considerados como mais significativos na auditoria das demonstrações financeiras do exercício corrente e que, dessa maneira, constituem os principais assuntos de auditoria. Descrevemos esses assuntos em nosso relatório de auditoria, a menos que lei ou regulamento tenha proibido divulgação pública do assunto, ou quando, em circunstâncias extremamente raras, determinarmos que o assunto não deve ser comunicado em nosso relatório porque as consequências adversas de tal comunicação podem, dentro de uma perspectiva razoável, superar os benefícios da comunicação para o interesse público. Porto Alegre, 21 de fevereiro de 2018 PricewaterhouseCoopers Maurício Colombari Auditores Independentes Contador CRC 195838/O-3 “S” RS CRC 2SP000160/O-5 “F” RS

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MARCOPOLO S.A. CNPJ nº 88.611.835/0001-29

Companhia Aberta NIRE Nº. 43 3 0000723 5

D E C L A R A Ç Ã O

Os Srs. Francisco Gomes Neto e José Antonio Valiati, Diretores da MARCOPOLO

S.A., sociedade com sede na Avenida Marcopolo, nº 280, Bairro Planalto, nesta

cidade de Caxias do Sul, RS, inscrita no CNPJ sob nº 88.611.835/0001-29, em

atendimento ao disposto nos incisos V e VI, do Artigo 25, da Instrução CVM nº 480,

de 07 de dezembro de 2009, declaram que:

a) Reviram, discutiram e concordam com as Demonstrações Financeiras da

Marcopolo S.A., relativas ao exercício social encerrado em 31 de dezembro

de 2017; e

b) Reviram, discutiram e concordam com as opiniões expressas pela

PRICEWATERHOUSECOOPERS – Auditores Independentes, no Relatório

dos Auditores Independentes relativo as Demonstrações Financeiras do

exercício social findo em 31 de dezembro de 2017.

Caxias do Sul, RS, 21 de fevereiro de 2018

_______________________________ Francisco Gomes Neto Diretor _______________________________ José Antonio Valiati Diretor e Diretor de Relações com Investidores

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MARCOPOLO S.A. C.N.P.J. nº 88.611.835/0001-29

NIRE nº 43 3 0000723 5 Companhia Aberta

Parecer do Comitê de Auditoria e Riscos

O Comitê de Auditoria e Riscos (Comitê) da Marcopolo S.A. manifesta que, ao longo do ano de 2017, efetuou seis reuniões periódicas para análise de assuntos de sua competência. Nessas oportunidades, foram focados diversos temas, destacando-se: o acompanhamento do processo de auditoria independente, e das atividades de auditoria interna, a avaliação dos sistemas empregados para controles internos e gestão de riscos, a verificação quanto ao cumprimento de aspectos legais e regulamentares atinentes à elaboração das demonstrações financeiras e a avaliação de temas fiscais relevantes encaminhados, bem como de eventuais denúncias de fraude. Mais precisamente, foram desenvolvidas as seguintes atividades pelo Comitê nesse exercício: - Monitoramento da atuação da auditoria independente, análise de seus

relatórios e dos pontos de recomendação emitidos; - Análise do cronograma anual de atividades, sua execução e dos relatórios

preparados pela auditoria interna, por trabalhos realizados nas unidades no Brasil e no exterior;

- Gerenciamento das atividades destinadas à gestão de riscos na Empresa; - Apreciação e discussão de temas relevantes levantados nos relatórios de

auditoria independente e interna, com manifestação, quando pertinente, ao Conselho de Administração;

- Apreciação das Informações Trimestrais (ITRs) e das Demonstrações Financeiras Anuais da Empresa, em conjunto com a auditoria independente;

- Acompanhamento e monitoramento das atividades de Compliance na Empresa, e;

- Discussão de temas relacionados a contingências passivas e ativas, e no tocante à adequação das políticas internas, em especial quanto aos seguros, segurança da informação, e aos riscos de crédito.

Conclusão: Considerando os sistemas de controles internos existentes, a abrangência, a profundidade e a qualidade dos trabalhos realizados pelas auditorias, independente e interna, bem como o teor sem ressalvas do parecer dos auditores independentes, o Comitê manifesta que está de acordo com as demonstrações financeiras relativas ao exercício findo em 31 de dezembro de 2017, entendendo que as mesmas podem ser apreciadas pelo Conselho de Administração, na forma apresentada.

Caxias do Sul, 21 de fevereiro de 2018. Luiza Ribeiro do Rosário Coordenadora

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“PARECER DO CONSELHO FISCAL”

“O Conselho Fiscal da Marcopolo S.A., em cumprimento às disposições legais e

estatutárias, de acordo com o disposto no artigo 163, da Lei 6404/76 e suas posteriores

alterações, examinou o relatório da administração e as demonstrações financeiras

referentes ao exercício social encerrado em 31 de dezembro de 2017. Com base nos

exames efetuados, considerando ainda, o relatório, sem ressalvas, dos auditores

independentes, PwC - PricewaterhouseCoopers, datado de 21.02.2018, bem como as

informações e esclarecimentos recebidos no decorrer do exercício, opinam, por

unanimidade, que os referidos documentos estão em condições de serem apreciados

pela Assembleia Geral Ordinária de Acionistas”.

Caxias do Sul, 21 de fevereiro de 2018.

Francisco Sérgio Quintana da Rosa Egon Handel William Cordeiro

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INFORMAÇÕES CONSOLIDADAS Caxias do Sul, 21 de fevereiro de 2018

RESULTADOS DO EXERCÍCIO DE 2017 - Relatório da Administração

Senhores(as) Acionistas:

A Administração da Marcopolo S.A. (“Marcopolo” ou “Companhia”) submete à

apreciação de V.Sas. o Relatório da Administração e as Demonstrações Financeiras

relativas ao exercício findo em 31 de dezembro de 2017, acompanhadas do relatório

dos auditores independentes.

As demonstrações financeiras são apresentadas de acordo com as práticas

contábeis adotadas no Brasil e com o IFRS – International Financial Reporting Standards,

estabelecido pelo IASB - International Accounting Standards Board.

1. CONTEXTO OPERACIONAL

A Marcopolo é uma sociedade anônima de capital aberto, sediada em Caxias do

Sul, Rio Grande do Sul, fundada em 06 de agosto de 1949, e tem como principal objeto

a fabricação de ônibus, carrocerias para ônibus e componentes.

A linha de produtos abrange uma ampla variedade de modelos, composta pelos

grupos de ônibus rodoviários, urbanos e micros, além da família Volare (ônibus

completo, com chassi e carroceria).

A fabricação de ônibus é realizada em dezesseis unidades fabris, sendo cinco

localizadas no Brasil (três unidades em Caxias do Sul – RS, uma em Duque de Caxias – RJ

e uma em São Mateus – ES), e onze no exterior, sendo uma na África do Sul, três na

Austrália, uma na China, uma no México, duas na Argentina, uma na Colômbia e duas

na Índia.

A Marcopolo detém ainda 40,0% de participação na empresa Spheros

(climatização e ar-condicionado), 30,0% na WSul (espumas para assentos), 65,0% na

Apolo (soluções em plásticos) 20% na encarroçadora egípcia GP Polo e 10,5% na

empresa canadense New Flyer Industries.

A Marcopolo também detém o controle integral do Banco Moneo S.A.,

constituído para dar suporte ao financiamento dos produtos da Companhia.

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INFORMAÇÕES CONSOLIDADAS Caxias do Sul, 21 de fevereiro de 2018

2. INDICADORES DE DESEMPENHO

Na tabela abaixo, estão listados alguns indicadores de relevância para a gestão e

análise do desempenho da Companhia em 2017.

Para fins de comparação com o ano anterior é importante considerar que os

resultados de 2016 foram positivamente afetados por efeito não recorrente relativo à

alienação parcial de ações detidas pela Marcopolo na New Flyer Industries, realizada no

3T16.

DADOS CONSOLIDADOS

(R$ em milhões e variação em percentual, exceto quando indicado de outra forma) Desempenho Operacional 2017 2016 Var. %

Receita operacional líquida 2.876,0 2.574,1 11,7

Receitas no Brasil 1.086,5 788,3 37,8

Receita de exportação do Brasil 999,5 950,0 5,2

Receita no exterior 790,0 835,8 (5,5)

Lucro Bruto 403,6 325,8 23,9

EBITDA (1) 119,7 353,6 (66,1)

Lucro Líquido 82,1 222,5 (63,1)

Lucro por ação em R$ 0,078 0,244 (68,0)

Retorno sobre o Capital Investido – ROIC (2) 3,2% 11,9% (8,7)pp

Retorno sobre o Patrimônio Líquido – ROE (3) 4,5% 12,2% (7,7)pp

Investimentos 54,3 73,5 (26,1)

Patrimônio Líquido 1.898,8 1.836,4 3,4

Posição Financeira: Segmento Industrial

Caixa, Equivalente a Caixa e Aplicações Financeiras(4)

1.148,6 1.414,0 (18,8)

Passivo Financeiro de Curto Prazo 649,9 651,5 (0,3)

Passivo Financeiro de Longo Prazo 795,5 994,9 (20,0)

Passivo Financeiro Líquido 296,8 232,4 27,7

Posição Financeira: Segmentos Industrial e Financeiro

Caixa, Equivalentes a Caixa e Aplicações Financeiras 1.160,7 1.458,9 (20,4)

Passivo Financeiro de Curto Prazo 833,9 925,6 (9,9)

Passivo Financeiro de Longo Prazo 1.109,6 1.374,2 (19,3)

Passivo Financeiro Líquido 782,8 840,8 (6,9)

Margens

Margem Bruta 14,0% 12,7% 1,3pp

Margem EBITDA 4,2% 13,7% (9,5)pp

Margem Líquida 2,9% 8,6% (5,7)pp

Notas: (1) EBITDA = Lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortizações; (2) ROIC (Return on Invested

Capital) = EBIT/(estoques + clientes + imobilizado + intangível - fornecedores); (3) ROE (Return on Equity) = Lucro

Líquido/Patrimônio Líquido Inicial; (4) O montante inclui também a conta “ativos financeiros mensurados ao valor justo

através do resultado”; pp = pontos percentuais.

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INFORMAÇÕES CONSOLIDADAS Caxias do Sul, 21 de fevereiro de 2018

3. DESEMPENHO DO SETOR DE ÔNIBUS NO BRASIL

A produção brasileira de ônibus alcançou 14.693 unidades em 2017, volume 2,2%

superior às 14.372 unidades produzidas em 2016. Pelo fato de ser um veículo vendido

completo, o modelo Volare não é computado na produção brasileira de carrocerias. Se

considerada a produção desse tipo de veículo, a produção nacional seria de 16.474

unidades no ano, com incremento de 5,5% em relação às 15.613 unidades produzidas

em 2016.

A demanda no mercado interno atingiu 9.804 unidades, recuo de 0,7% em relação

ao ano de 2016, enquanto que a produção destinada ao mercado externo foi de 4.889

unidades, 8,6% superior em relação às exportações do ano anterior.

O gráfico a seguir mostra a evolução dos últimos dez anos da produção brasileira

de carrocerias de ônibus:

PRODUÇÃO BRASILEIRA DE ÔNIBUS – TOTAL (em unidades)

PRODUTOS (1) 2013 2014 2015 2016 2017

Rodoviários 10.216 7.977 5.679 4.185 4.768

Urbanos 17.938 16.836 9.593 7.929 7.152

Micros 4.955 3.616 2.239 2.258 2.773

TOTAL 33.109 28.429 17.511 14.372 14.693

Fontes: FABUS (Associação Nacional dos Fabricantes de Ônibus) e SIMEFRE (Sindicato Interestadual da Indústria de Materiais e Equipamentos Ferroviários e Rodoviários).

Notas: (1) Inclui as unidades exportadas em KD (desmontadas).

PRODUÇÃO BRASILEIRA DE ÔNIBUS – MERCADO INTERNO (em unidades)

PRODUTOS (1) 2013 2014 2015 2016 2017

Rodoviários 7.666 5.644 3.382 1.654 2.116

Urbanos 17.011 15.861 8.291 6.796 6.199

Micros 4.150 3.123 1.679 1.419 1.489

TOTAL 28.827 24.628 13.352 9.869 9.804

Nota: (1) Vide notas do quadro – Produção Brasileira de Ônibus – Total.

Mercado externo

Mercado interno

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PRODUÇÃO BRASILEIRA DE ÔNIBUS – MERCADO EXTERNO (em unidades)

PRODUTOS (1) 2013 2014 2015 2016 2017

Rodoviários 2.550 2.333 2.297 2.531 2.652

Urbanos 927 975 1.302 1.133 953

Micros 805 493 560 839 1.284

TOTAL 4.282 3.801 4.159 4.503 4.889

Nota: (1) Vide notas do quadro – Produção Brasileira de Ônibus – TOTAL.

4. DESEMPENHO DA MARCOPOLO

Os resultados obtidos pela Marcopolo ao longo de 2017 evidenciaram a

recuperação gradual da demanda brasileira por ônibus e reforçaram a posição de

liderança da Companhia neste mercado. Enquanto a produção nacional cresceu 2,2%

em 2017, interrompendo um ciclo de três anos de retração, a Marcopolo apresentou

aumento de 17,3% em unidades produzidas, marcando o início do tão esperado

processo de retomada.

Os principais destaques do ano que sustentam essa visão positiva foram a volta

dos volumes no segmento de ônibus rodoviários no mercado doméstico, apresentando

expressivo aumento de 93,7% na receita líquida em relação a 2016; o desempenho dos

segmentos de micros e Volares, que cresceram em receita 155,5% e 27,0%,

respectivamente; e, finalmente, o incremento da participação de mercado total da

Companhia, que encerrou 2017 com 48,1% contra 41,3% em 2016.

Em paralelo à recuperação do mercado doméstico, a Companhia continuou

trabalhando fortemente no aumento da eficiência, na redução de custos e na otimização

das unidades fabris, em busca de maior competividade. Os frutos dos esforços

empreendidos na revitalização do Sistema Marcopolo de Produção Solidária, pela

aplicação dos conceitos LEAN, foram percebidos nos indicadores de segurança,

qualidade e eficiência. A adoção da metodologia LEAN também foi essencial no evento

do incêndio que atingiu a fábrica de Plásticos (unidade de Ana Rech), viabilizando uma

retomada mais rápida da produção do que o inicialmente previsto, com menor custo e

maior eficiência. Adicionalmente, contribuíram para o resultado as ações de adequação

da estrutura organizacional e redução dos custos fixos realizados ao longo do ano.

Analisando o desempenho da Companhia por segmento, destacamos a

performance dos rodoviários, que apresentaram aumento em unidades físicas

produzidas no mercado interno de 77,7% em relação a 2016, interrompendo a

sequência de quedas iniciada em 2014. Os principais drivers de crescimento neste setor

foram (i) a perspectiva mais positiva em relação à atividade econômica no país,

agregando maior segurança e previsibilidade às decisões de investimento, (ii) a redução

das taxas de juros ao longo de 2017, (iii) os primeiros sinais de melhora no mercado de

trabalho, afetando principalmente o mercado de fretamento, (iv) a longa duração da

crise, com consequente envelhecimento da frota, (v) efeitos da adequação à

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INFORMAÇÕES CONSOLIDADAS Caxias do Sul, 21 de fevereiro de 2018

regulamentação da idade média para linhas interestaduais e internacionais e (vi) da

obrigatoriedade de instalação de elevadores, adiada para julho de 2018.

No mercado de ônibus urbanos, mesmo com um recuo na produção anual, o viés

também foi positivo a partir do segundo semestre, oriundo especialmente de uma

indicação de oportunidades em exportações a partir do Brasil e retomada na demanda

local, ainda modesta, vinculada ao processo de crescimento econômico, normalização e

aumento de tarifas em todo país e avanço do processo licitatório na cidade de São Paulo,

que deverá ocorrer ao longo deste ano. Em maio de 2017, a Marcopolo realizou o

lançamento do novo modelo de urbano, denominado Torino S, produto que agrega

maior eficiência operacional, manutenção simplificada, mais rápida e com menores

custos, mantendo os atributos de qualidade, conforto e segurança do modelo Torino.

Ainda, o programa federal denominado Refrota, que no início de 2017 experimentou

entraves burocráticos, ajudou a fomentar pedidos para este segmento e demonstra

estar acessível para o cliente.

O negócio Volare também se beneficiou do início do processo de retomada

econômica, com o aumento da confiança de pequenos frotistas. Assim, o segmento

encerrou o ano crescendo 43,5% em unidades físicas produzidas, com uma receita

27,0% superior ao mesmo período do ano anterior. Os micros também tiveram um ano

bastante positivo, crescendo em unidades físicas 104,6%. A Marcopolo consolidou sua

liderança após a aquisição da participação remanescente na Neobus, líder do segmento.

O setor, que foi um dos primeiros a sofrer com a crise econômica brasileira, mostrou

recuperação importante, inclusive para vendas no varejo, para micro e pequenas

empresas, e prefeituras.

Nas unidades externas, a Polomex, localizada em Monterrey, México, foi o grande

destaque positivo nas operações internacionais. Seu desempenho foi marcado por um

crescimento de 213,0% no lucro líquido, resultado do trabalho de diversificação de

clientes a partir do início da possibilidade de encarroçar com outras marcas de chassis e

de um mix de produtos mais nobres, especialmente rodoviários. Em abril de 2017, a

Marcopolo comunicou a aquisição da participação remanescente na empresa

australiana Volgren, sediada em Melbourne, passando a deter 100% de seu capital.

Destacamos ainda que a operação da TMML (Índia) apresentou resultados positivos,

com performance equilibrada ao longo do ano, sofrendo menos com a sazonalidade do

mercado indiano. A unidade apresentou lucro líquido de R$ 4,3 milhões, 51,6% maior

do que o mesmo período do ano passado.

Nas exportações, o crescimento ocorreu em linha com o previsto no início de

2017, com volumes crescendo 5,1% e receita evoluindo 5,2% na comparação anual. O

projeto de integração da área Comercial – Mercado Externo com a área de Negócios

Internacionais, com a abertura de novos escritórios em Kuala Lumpur e Dubai, passou a

dar seus primeiros resultados, com negócios importantes sendo prospectados no

continente africano.

Por fim, destacamos a rápida retomada na unidade de Ana Rech, após o incêndio

que atingiu a fábrica de plásticos no dia 03 de setembro de 2017 e afetou a produção

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INFORMAÇÕES CONSOLIDADAS Caxias do Sul, 21 de fevereiro de 2018

nos meses de setembro e outubro. A Companhia concentrou seus esforços na

recuperação dos volumes e o site de Ana Rech normalizou sua produção, voltando a

fabricar o mesmo número de ônibus por dia anterior ao incêndio, em apenas cinco

semanas, tendo trabalhado seis sábados durante o 4T17 para compensar os dias

paralisados pelo incêndio.

4.1 Unidades Registradas na Receita Líquida

Em 2017, foram registradas na receita líquida 10.591 unidades, sendo 5.587

unidades registradas no Brasil (52,8% do total), 2.975 unidades exportadas a partir do

Brasil (28,0% do total) e 2.029 unidades produzidas no exterior (19,2% do total),

conforme apresentado na tabela a seguir:

OPERAÇÕES (em unidades) 2017 2016 Var. %

BRASIL

- Mercado Interno 5.587 4.425 26,3

- Mercado Externo 3.311 2.929 13,0

SUBTOTAL 8.898 7.354 21,0

Eliminações KD’s exportados (1) 336 176 90,9

TOTAL NO BRASIL 8.562 7.178 19,3

EXTERIOR

- África do Sul 354 362 (2,2)

- Austrália 403 471 (14,4)

- México 1.272 1.201 5,9

TOTAL NO EXTERIOR 2.029 2.034 (0,3)

TOTAL GERAL 10.591 9.212 15,0

Notas: (1) KD (Knock Down) = Carrocerias parcial ou totalmente desmontadas.

4.2 Produção

Em 2017, a produção consolidada da Marcopolo totalizou 10.662 unidades, 21,0%

superior às 8.810 fabricadas no exercício de 2016. Desse total, 81,0% foram produzidas

no Brasil e as demais 19,0% no exterior. Os dados sobre a produção mundial da

Marcopolo são apresentados nos quadros que seguem:

MARCOPOLO – PRODUÇÃO MUNDIAL CONSOLIDADA

OPERAÇÕES (em unidades) 2017 2016 Var. %

BRASIL (1)

- Mercado Interno 5.581 4.070 37,1

- Mercado Externo 3.271 3.111 5,1

SUBTOTAL 8.852 7.181 23,3

Eliminações KD’s exportados (2) 219 341 (35,8)

TOTAL NO BRASIL 8.633 6.840 26,2

EXTERIOR

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- África do Sul 354 298 18,8

- Austrália 403 471 (14,4)

- México 1.272 1.201 5,9

TOTAL NO EXTERIOR 2.029 1.970 3,0

TOTAL GERAL 10.662 8.810 21,0

Notas; (1) Inclui a produção do modelo Volare, bem como a produção da Marcopolo Rio; (2) KD (Knock Down) =

Carrocerias parcial ou totalmente desmontadas.

MARCOPOLO – PRODUÇÃO MUNDIAL CONSOLIDADA POR MODELO

PRODUTOS/MERCADOS (em unidades)

2017 2016

MI ME (1) TOTAL MI ME (2) TOTAL

Rodoviários 1.558 1.827 3.385 877 1.925 2.802

Urbanos 1.713 2.148 3.861 1.963 2.005 3.968

Micros 891 744 1.635 415 384 799

SUBTOTAL 4.162 4.719 8.881 3.255 4.314 7.569

Volares (3) 1.419 362 1.781 815 426 1.241

PRODUÇÃO TOTAL 5.581 5.081 10.662 4.070 4.740 8.810

Notas:; (1) MI = Mercado Interno; ME = Mercado Externo; (2) Na produção total do ME estão incluídas as unidades

exportadas em KD (carrocerias parcial ou totalmente desmontadas) que somaram, em 2017, 219 unidades,

contra 341 unidades em 2016; (3) A produção de Volares não faz parte dos dados do SIMEFRE e da FABUS, ou da

produção do setor.

MARCOPOLO – PRODUÇÃO NO BRASIL

PRODUTOS/MERCADOS (1) (em unidades)

2017 2016

MI ME TOTAL MI ME TOTAL

Rodoviários 1.558 1.711 3.269 877 1.880 2.757

Urbanos 1.713 464 2.177 1.963 423 2.386

Micros 891 734 1.625 415 382 797

SUBTOTAL 4.162 2.909 7.071 3.255 2.685 5.940

Volares (2) 1.419 362 1.781 815 426 1.241

PRODUÇÃO TOTAL 5.581 3.271 8.852 4.070 3.111 7.181

Notas: (1) As unidades relativas à Neobus estão computadas na tabela acima somente a partir de agosto de 2016; (2) A produção de Volares não faz parte dos dados do SIMEFRE e da FABUS, ou da produção do setor.

4.3 Participação de Mercado

A Marcopolo recuperou participação de mercado em todos os segmentos,

mantendo sua posição de liderança no mercado brasileiro. A Companhia encerrou o ano

com uma participação de 48,1%. A despeito da produção brasileira de ônibus ter

crescido somente 2,2% em 2017, o market share geral da Companhia aumentou 6,8

pontos percentuais em relação a 2016.

A tabela abaixo destaca a participação de mercado da Marcopolo na produção brasileira por linha de produto:

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PARTICIPAÇÃO NA PRODUÇÃO BRASILEIRA (%)

PRODUTOS (1) 2013 2014 2015 2016 2017

Rodoviários 56,0 57,0 55,0 65,9 68,6

Urbanos 34,7 34,0 35,1 30,1 30,4

Micros 24,9 27,4 28,3 35,3 58,6

TOTAL 39,8 39,6 40,7 41,3 48,1

Fonte: FABUS e SIMEFRE

Nota: (1) O Volare não está computado para efeito de participação no mercado.

5. RECEITA LÍQUIDA CONSOLIDADA

A receita líquida consolidada alcançou R$ 2.876,0 milhões em 2017, 11,7%

superior aos R$ 2.574,1 milhões do exercício de 2016. O resultado é reflexo

principalmente da receita do mercado interno que foi 37,8% maior em relação a 2016.

Nesta rubrica, destaca-se a receita dos rodoviários para o mercado interno, que teve

aumento de 93,7% comparativamente ao ano anterior.

As vendas para o mercado interno geraram receitas de R$ 1.086,5 milhões ou

37,8% da receita líquida total (30,6% em 2016). As exportações, somadas aos negócios

no exterior, atingiram a receita de R$ 1.789,5 milhões ou 62,2% do total (69,4% em

2016).

As receitas por produto e mercado de destino são apresentadas na tabela abaixo:

RECEITA LÍQUIDA TOTAL CONSOLIDADA POR PRODUTOS E MERCADOS (R$ milhões)

PRODUTOS/MERCADOS (1) 2017 2016

MI ME TOTAL MI ME TOTAL

Rodoviários 461,1 934,0 1.395,1

238,0 938,1 1.176,1

Urbanos 211,8 527,0 738,8 232,2 588,1 820,3

Micros 86,5 132,7 219,2 46,8 39,0 85,8

Subtotal carrocerias 759,4 1.593,7 2.353,

1 517,0

1.565,2

2.082,2

Volares (2) 256,5 65,3 321,8 178,1 75,3 253,4

Chassi 2,2 47,1 49,3 9,5 58,2 67,7

Bco. Moneo, Peças, Outros

68,4 83,4 151,8 83,7 87,1 170,8

TOTAL GERAL 1.086,5 1.789,5 2.876,0

788,3 1.785,8

2.574,1 Notas: (1) MI = Mercado Interno; ME = Mercado Externo; (2) A receita dos Volares inclui os chassis.

Do total da receita líquida consolidada de 2017, 81,8% originou-se das vendas de

carrocerias, 11,2% da comercialização de Volares e 7,0% das receitas de peças, do Banco

Moneo e de chassis.

Os gráficos abaixo mostram mais detalhadamente a origem da receita

consolidada (em %):

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INFORMAÇÕES CONSOLIDADAS Caxias do Sul, 21 de fevereiro de 2018

2017 2016

6. RESULTADO BRUTO E MARGENS

Em 2017, o lucro bruto totalizou R$ 403,6 milhões, representando 14,0% da

receita líquida. A melhora de 1,3 ponto percentual em relação a 2016 é fruto do maior

faturamento de rodoviários, pela exportação de produtos com maior valor agregado e

pela melhor eficiência em todas as unidades fabris, oriunda dos esforços da Companhia

em revitalizar seu sistema de produção utilizando os princípios LEAN. No ano, o

resultado bruto foi afetado por efeito não recorrente relativo a rescisões decorrentes

de reestruturação interna da Companhia, no montante de R$ 9,2 milhões realizados no

1T17.

7. DESPESAS COM VENDAS

As despesas com vendas somaram R$ 168,7 milhões em 2017, ou 5,9% da

receita líquida, contra R$ 140,9 milhões, ou 5,5% da receita, em 2016. O aumento do

valor absoluto é explicado principalmente pela consolidação da Neobus, pelo maior

volume de despesas com comissões em função do maior volume de vendas no mercado

interno e pela constituição de provisão adicional para créditos de liquidação duvidosa.

Em 2017, as despesas com vendas também foram impactadas por efeito não

recorrente relacionado a rescisões realizadas no 1T17 por conta da reestruturação

interna da Companhia, no montante de R$ 1,5 milhão.

8. DESPESAS GERAIS E ADMINISTRATIVAS

As despesas gerais e administrativas totalizaram R$ 167,1 milhões em 2017 e

R$ 165,3 milhões em 2016, representando 5,8% e 6,4% da receita líquida,

respectivamente. A redução do valor relativo à receita é decorrente de ações realizadas

pela Companhia visando à redução de despesas e custos indiretos. As despesas gerais e

administrativas foram impactadas no ano por provisões não recorrentes ligadas à

reestruturação interna da Companhia, no valor de R$ 3,2 milhões, realizadas no 1T17.

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9. OUTRAS RECEITAS/DESPESAS OPERACIONAIS

Em 2017, foram contabilizados R$ 80,4 milhões como “Outras Despesas

Operacionais”.

Este montante é composto por valores não recorrentes no total de R$ 48,3

milhões, sendo relativos a R$ 14,1 milhões ligados à reestruturação interna da

Companhia realizada no 1T17; R$ 17,7 milhões referente ao impacto dos custos fixos e

extraordinários decorrentes do incêndio que atingiu a fábrica de Plásticos; e, R$ 16,5

milhões relativos a desvio de recursos financeiros identificados pela Marcopolo China.

O valor remanescente, de R$ 32,1 milhões, é composto por R$ 16,5 milhões

relativos a provisões para indenizações de reclamatórias trabalhistas; R$ 3,5 milhões de

provisão para perdas com estoques obsoletos; R$ 3,2 milhões relativos a despesas com

provisões tributárias; R$ 1,0 milhão para indenização relacionada à distrato de contrato

com representante comercial; R$ 0,8 milhão relativo a serviços de consultoria, e; R$ 7,1

milhões nas demais outras despesas.

10. RESULTADO DA EQUIVALÊNCIA PATRIMONIAL

O resultado da equivalência patrimonial em 2017 foi positivo em R$ 86,9 milhões,

contra R$ 94,0 milhões também positivos em 2016. A principal contribuição foi oriunda

da New Flyer Industries, no valor de R$ 53,7 milhões.

O resultado da equivalência patrimonial é apresentado detalhadamente na Nota

Explicativa nº 12 às Demonstrações Financeiras.

11. RESULTADO FINANCEIRO LÍQUIDO

O resultado financeiro líquido de 2017 foi positivo em R$ 18,7 milhões, contra um

resultado também positivo de R$ 66,3 milhões em 2016. O menor resultado financeiro

em relação ao ano anterior é decorrente da menor variação cambial e do menor

rendimento das aplicações financeiras pela redução da taxa de juros.

A abertura do resultado financeiro é apresentada detalhadamente na Nota

Explicativa nº 29 às Demonstrações Financeiras.

12. EBITDA

O EBITDA alcançou R$ 119,7 milhões em 2017, com margem de 4,2%, contra

R$ 353,6 milhões e margem de 13,7% em 2016. Para fins de comparação com o ano

anterior é importante considerar que os resultados de 2016 foram positivamente

afetados em R$ R$ 268,1 milhões, por efeito relativo à alienação parcial de ações detidas

pela Marcopolo na New Flyer Industries.

No ano, o EBITDA foi afetado por eventos não recorrentes relativos à

reestruturação interna da Companhia realizada no 1T17, que totalizaram R$ 28,0

milhões e foram contabilizadas conforme abaixo:

- Resultado Bruto e Margens: R$ 9,2 milhões;

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- Despesas com Vendas: R$ 1,5 milhão;

- Despesas Gerais e Administrativas: R$ 3,2 milhões;

- Outras Despesas/Receitas Operacionais Líquidas: R$ 14,1 milhões.

Ainda em 2017, o EBITDA também foi negativamente impactado por outras

despesas não recorrentes, sendo R$ 17,7 milhões relacionados ao incêndio da Plásticos

e R$ 16,5 milhões ao desvio ocorrido na Marcopolo China. Assim, o EBITDA ajustado

relativo a 2017, eliminados os efeitos não recorrentes mencionados, seria de R$ 181,9

milhões, com margem de 6,3% no período.

A tabela abaixo destaca as contas que compõem o EBITDA:

(R$ milhões) 2017 2016

Resultado antes de IR e CS 92,9 370,2

Receitas Financeiras (292,0) (577,5)

Despesas Financeiras 273,3 511,2

Depreciações / Amortizações 45,4 49,7

EBITDA 119,7 353,6

13. LUCRO LÍQUIDO O lucro líquido de 2017 atingiu R$ 82,1 milhões, com margem líquida de 2,9%. O

resultado foi afetado pelas “Outras Despesas Operacionais”, conforme já detalhado

anteriormente.

14. ENDIVIDAMENTO FINANCEIRO

O endividamento financeiro líquido totalizava R$ 782,8 milhões em 31.12.2017

(R$ 840,8 milhões em 31.12.2016). Desse total, R$ 486,0 milhões eram provenientes do

segmento financeiro, enquanto que o segmento industrial apresentou passivo líquido

de R$ 296,8 milhões.

Cabe ressaltar que o endividamento do segmento financeiro provém da

consolidação das atividades do Banco Moneo e deve ser analisado separadamente, uma

vez que possui características distintas daquele proveniente das atividades industriais

da Companhia. O passivo financeiro do Banco Moneo tem como contrapartida a conta

de “Clientes” no Ativo do Banco. O risco de crédito está devidamente provisionado. Por

se tratar de repasses do FINAME, cada desembolso oriundo do BNDES tem exata

contrapartida na conta de recebíveis de clientes do Banco Moneo, tanto em prazo como

em taxa fixa. Vide Nota Explicativa 31 às Demonstrações Financeiras.

Em 31 de dezembro, o endividamento financeiro líquido do segmento industrial

representava 2,3x o EBITDA dos últimos 12 meses ou 1,5x o EBITDA ajustado, eliminados

os efeitos não recorrentes do ano.

15. GERAÇÃO DE CAIXA

Em 2017, as atividades operacionais geraram recursos de R$ 294,9 milhões. As

atividades de investimento demandaram R$ 47,0 milhões, enquanto que as atividades

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de financiamento consumiram R$ 504,3 milhões, sendo R$ 487,9 milhões líquidos de

captações e pagamentos de empréstimos e financiamentos, R$ 17,1 milhões foram

consumidos no pagamento de dividendos e juros sobre o capital próprio, e R$ 0,7 milhão

referente à venda de ações em tesouraria. Como resultado, o saldo inicial de caixa de

R$ 1.458,9 milhões, considerando as aplicações financeiras não disponíveis e

diminuindo-se R$ 41,8 milhões equivalente a diferença entre a variação cambial e a

variação das contas relativas às aplicações financeiras não disponíveis, reduziu para R$

1.160,7 milhões ao final do ano.

A demonstração dos fluxos de caixa dos segmentos industrial e financeiro é

apresentada detalhadamente na Nota Explicativa 32 às Demonstrações Financeiras.

16. DESEMPENHO DAS CONTROLADAS E COLIGADAS

16.1 Controladas no exterior

Em 2017, as unidades controladas no exterior produziram 2.029 unidades. Esse

volume representou 19,0% da produção consolidada da Marcopolo. Reforçamos que a

Companhia mantém-se engajada em ampliar a aplicação do Lean para todas as suas

operações internacionais.

Abaixo estão descritos os principais destaques das controladas no exterior:

MARCOPOLO SOUTH AFRICA (MASA) – Em 2017, a MASA, localizada em Johanesburgo,

produziu 354 unidades, com crescimento de 18,8% em relação à produção de 2016 (298

unidades). No ano, a unidade iniciou a comercialização do modelo Volare, importado do

Brasil, ao mesmo tempo em que sofreu com cancelamentos de licitações importantes e

problemas de eficiência operacional, corrigidos ao longo de 2017.

POLOMEX – Localizada em Monterrey, México, a Polomex produziu 1.272 unidades em

2017 (1.201 unidades em 2016). Seu desempenho foi marcado pelo trabalho de

diversificação de clientes a partir do início da possibilidade de encarroçar com outras

marcas de chassis e de um mix de produtos mais nobres, especialmente rodoviários. A

expectativa para 2018 é de crescimento de volumes de produtos com perfil mais leve,

especialmente micros.

VOLGREN – Sediada em Melbourne, Austrália, a Volgren produziu 403 unidades em

2017 (471 unidades em 2016). Licitações municipais relevantes, planejadas para ocorrer

em 2017, foram suspensas e transferidas para 2018. A expectativa é que tais operações

se concretizem em 2018, com crescimento importante de volumes, receita e

rentabilidade.

MARCOPOLO CHINA (MAC) – A MAC conta com uma área de sourcing, produção de

peças, componentes e carrocerias de ônibus desmontadas, bem como de produção de

ônibus em PKD para a exportação. O resultado da MAC foi negativamente impactado

por provisão relativa a desvio de recursos financeiros, conforme reportado no 3T17. A

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estratégica da controlada segue sendo constituir-se como base para relacionamento

com clientes na Ásia e Oceania. Para 2018, a expectativa é de ampliar vendas, reduzir

custos e melhorar a eficiência operacional.

16.2 Coligadas no exterior

GB POLO – No dia 20 de junho de 2017, a Marcopolo comunicou a redução de sua

participação no capital social da GB POLO de 49% para 20%. Desde o início da operação,

a Marcopolo buscou, sem sucesso, alternativas para potencializar o desempenho da

unidade, afetada principalmente por fatores cambiais, políticos e de mercado.

METALPAR/METALSUR – As operações argentinas da Metalpar e da Metalsur

apresentaram um bom desempenho em 2017, beneficiando-se das boas perspectivas

econômicas para o país. Para 2018, o segmento de urbanos, atendido pela Metalpar,

deve continuar apresentando boa performance alicerçada na renovação de frota

anunciada pela capital Buenos Aires. A Metalsur, por sua vez, deve apresentar em 2018

um mix mais leve do que aquele executado em 2017.

NEW FLYER INDUSTRIES – A New Flyer Industries, empresa na qual a Marcopolo possui

participação acionária de 10,5%, é a principal fabricante de ônibus urbanos e rodoviários

nos Estados Unidos e Canadá. Sediada em Winnipeg, Canadá, a companhia é líder em

tecnologia e oferece a mais ampla linha de produtos, incluindo veículos movidos a diesel

limpo, gás natural, híbrido diesel-eletricidade e elétrico. Em 2016 e 2017, os resultados

da New Flyer Industries foram beneficiados pela consolidação da Motor Coach

Industries International – MCI. Em 12 de outubro de 2017, a empresa anunciou a

inauguração de seu novo centro de pesquisas, dedicado à tecnologia avançada para

ônibus. Para 2018, a expectativa segue positiva, com a New Flyer Industries tendo

anunciado a aquisição da empresa ARBOC Specialty Vehicles, voltada ao segmento de

veículos para fretamento.

SUPERPOLO – Localizada na Colômbia, a Superpolo experimentou um ano de

estabilidade em 2017. A empresa passou a adotar a metodologia Lean, com a mesma

base de indicadores da Marcopolo. Para 2018, a expectativa é de manutenção de

volumes e desempenho.

TATA MARCOPOLO MOTORS (TMML) – 2017 foi para a TMML um ano de boa

performance, com resultados estáveis, sofrendo menos com a sazonalidade do mercado

indiano. A unidade deverá continuar crescendo a partir da introdução de novos

produtos de maior valor agregado.

16.3 Banco Moneo

As atividades do Banco Moneo S.A. se iniciaram em julho de 2005 com a finalidade

de financiar os produtos da Marcopolo. O banco está autorizado a atuar nas carteiras de

arrendamento mercantil e crédito, financiamento e investimento. Em 2017, o lucro

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societário do banco foi de R$ 2,8 milhões. As operações de crédito e avais totalizavam,

em 31.12.2017, R$ 720,9 milhões, contra R$ 845,5 milhões em 31.12.2016. O Banco

manteve a política de priorizar a qualidade da sua carteira de crédito, por meio de um

rigoroso sistema de avaliação e aprovação de crédito.

17. GOVERNANÇA CORPORATIVA

A Marcopolo procura adotar as melhores práticas de Governança Corporativa,

seguindo os princípios da transparência, equidade, prestação de contas (accountability)

e responsabilidade corporativa e suas ações estão listadas no Nível 2 de Governança

Corporativa da B3 desde 2002. A Companhia está vinculada à arbitragem na Câmara de

Arbitragem do Mercado, conforme Cláusula Compromissória constante em seu Estatuto

Social.

A gestão da Marcopolo é formalizada com base na distinção entre as funções e

responsabilidades do Conselho de Administração, do Comitê Executivo e da Diretoria. O

Conselho de Administração é constituído por sete membros, dos quais quatro são

externos e independentes, sendo um eleito pelos acionistas minoritários, um pelos

acionistas detentores de ações preferenciais e outros dois pelos acionistas

controladores. O Presidente do Conselho de Administração não participa da Diretoria.

O Conselho de Administração conta, em caráter permanente, com um comitê técnico

consultivo, estatutário, denominado Comitê Executivo, que auxilia, opina e apoia na

condução dos negócios. As competências de cada um desses órgãos estão definidas no

Estatuto Social da Companhia. Além disso, para auxiliar, opinar e apoiar na condução

dos negócios, o Conselho de Administração conta ainda com os seguintes Comitês:

(i) Auditoria e Riscos; (ii) Recursos Humanos e Ética; e (iii) Estratégia e Inovação. As

funções de cada um desses Comitês de apoio podem ser encontradas no site da

Companhia: http://ri.marcopolo.com.br, no menu Governança Corporativa/ Regimento

Interno dos Comitês.

A Companhia conta também com um Conselho Fiscal, composto de três

membros, um indicado pelos acionistas minoritários, um pelos acionistas detentores de

ações preferenciais e um pelos acionistas controladores. As competências de cada órgão

estão definidas no Estatuto Social da Companhia.

A Companhia dispensa tratamento justo e igualitário a todos os minoritários,

sejam do capital ou das demais partes interessadas (stakeholders). Na divulgação de

informações, utiliza elevados padrões de transparência, buscando estabelecer um clima

de confiança, tanto internamente, quanto nas relações da empresa com terceiros. Para

atender dispositivos legais e aprimorar as informações prestadas ao mercado em geral

e aos acionistas estrangeiros em particular, as Demonstrações Financeiras são

divulgadas conforme padrões estabelecidos pelo IFRS - International Financial Reporting

Standard. Em 2017, a Companhia realizou reuniões com a Associação dos Analistas e

Profissionais de Investimentos do Mercado de Capitais (APIMEC) em São Paulo e Porto

Alegre, bem como non-deal roadshows no Brasil. O relacionamento da Marcopolo com

seus acionistas e potenciais investidores é feito pela área de Relações com Investidores.

Em 2017, foram recebidos analistas do país e do exterior e realizados inúmeros contatos

telefônicos. O website da área de Relações com Investidores da Marcopolo

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(http://ri.marcopolo.com.br) possui conteúdo atualizado para atender ao público

investidor.

18. PRÁTICAS DE COMPLIANCE

A Marcopolo, em complemento às boas práticas de governança e gestão de riscos,

implementou em 2014 a área de Compliance, cuja estrutura contempla um Comitê

Consultivo formado pelos diretores estatutários, pelo presidente do Conselho de

Administração, pelo Compliance Officer, por analista de compliance e agentes internos.

A Companhia revisou seu Código de Conduta para incluir as disposições de integridade,

treinou todos os colaboradores e representantes, intensificou os canais internos e

externos para comunicação e denúncias, criou uma política de integridade, passou a

incluir cláusulas de compliance em todos os contratos firmados pela Companhia, realiza

due dilligence de integridade em parceiros e terceiros, dentre outras práticas. Além

disso, a equipe de compliance tem participado de eventos externos de treinamento e

benchmarking.

19. AUDITORES INDEPENDENTES

19.1 Troca de Auditores Independentes

Em 2017, a Companhia realizou o rodízio de seus auditores, contratando a

PricewaterhouseCoopers Auditores Independentes , com sede em Porto Alegre, RS, Rua

Mostardeiro, 800, 9º andar, em substituição à KPMG Auditores Independentes.

19.2 Instrução CVM 381/03

Em atendimento à Instrução CVM 381/03, incisos I a IV do artigo 2º, a Marcopolo

declara possuir outros contratos com seus Auditores Independentes que não

relacionados com a auditoria das Demonstrações Financeiras da Companhia. Durante o

exercício de 2017, a PricewaterhouseCoopers Auditores Independentes foi contratada

em Maio de 2017 para serviços de assessoria e compliance e os honorários foram

equivalentes a R$ 904,6 mil. A responsabilidade pelas definições inerentes aos

procedimentos executados e sua aplicação são prerrogativas da Administração, assim,

é entendimento tanto da Companhia quanto de seus auditores externos que tais

serviços não afetam a independência profissional.

20. MERCADO DE CAPITAIS

20.1 Capital Social

O capital social da Companhia é de R$ 1.264.622.468 dividido em 925.196.009

ações, sendo 341.625.744 ações ordinárias (36,9%) e 583.570.265 ações preferenciais

(63,1%), todas nominativas, escriturais e sem valor nominal.

20.2 Desempenho das Ações da Marcopolo na B3

Em 2017, foram realizadas 1.250,5 mil transações com ações da Marcopolo e

negociadas 1.146,2 milhões de ações. As negociações com ações de emissão da

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Marcopolo movimentaram R$ 3,4 bilhões no ano. A participação de investidores

estrangeiros no capital social da Marcopolo totalizava, em 31.12.2017, 56,3% das ações

preferenciais e 36,7% do capital social total.

A tabela a seguir demonstra a evolução dos principais indicadores relacionados

ao mercado de capitais:

INDICADORES 2017 2016

Número de transações (milhares) 1.250,5 1.265,0

Ações Negociadas (milhões) 1.146,2 898,8

Valor transacionado (R$ milhões) 3.360,4 2.338,3

Valor de mercado (R$ milhões) (1)(2) 3.691,5 2.535,0

Valor patrimonial por ação (R$) 2,05 1,98

Cotação POMO4 (Último dia útil) 3,99 2,74

Juros sobre o Capital Próprio e dividendos por ação (R$/ação) 0,0395 0,131

Notas: (1) Cotação da última transação do período da ação Preferencial Escritural (PE), multiplicado pelo total das ações (OE+PE), no mesmo período. (2) Desse total, 4.699.801 ações preferenciais encontravam-se em tesouraria em 31.12.2017.

21. DIVIDENDOS/JUROS SOBRE O CAPITAL PRÓPRIO

Em 21 de dezembro de 2017, o Conselho de Administração aprovou a distribuição

de juros sobre o capital no valor bruto de R$ 17,1 milhões, equivalente à razão de R$

0,0185 para cada ação.

Já em reunião realizada em 21 de fevereiro de 2018, o Conselho de Administração

aprovou a distribuição de dividendos relativos ao exercício de 2017, sendo R$ 0,1 milhão

à titulo de dividendo obrigatório, e R$ 19,2 milhões à titulo de dividendos

complementares, totalizando o montante de R$ 19,3 milhões.

O valor total proposto para pagamento de juros a título de remuneração do

capital próprio e de dividendos referentes ao exercício de 2017 totaliza R$ 36,4 milhões,

sendo R$ 17,1 milhões a título de juros sobre o capital próprio e R$ 19,3 milhões a título

de dividendos. O valor total distribuído equivale a 50,4% do lucro líquido ajustado da

Companhia em 2017 e representa um yield (dividendo por ação / cotação da ação ao

final do exercício) de 1,0%.

22. INVESTIMENTOS/IMOBILIZAÇÕES

Em 2017, a Marcopolo investiu R$ 54,3 milhões, dos quais R$ 31,1 milhões foram

despendidos na controladora e aplicados da seguinte forma: R$ 24,6 milhões em

máquinas e equipamentos, R$ 3,2 milhões em equipamentos de informática e softwares

e R$ 3,3 milhões em outras imobilizações. Nas controladas, foram investidos R$ 8,7

milhões na Neobus, R$ 7,0 milhões na Volare Espírito Santo, R$ 2,7 milhões na Polomex,

R$ 2,5 milhões na Volgren, R$ 0,9 milhão na Marcopolo Rio e R$ 1,4 milhão nas demais

unidades.

23. RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL

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Com a busca constante das melhores práticas, a Marcopolo visa o

desenvolvimento econômico, melhorando simultaneamente a qualidade de vida de seus

empregados e de suas famílias, e da sociedade como um todo. O Sistema Marcopolo de

Produção Solidária (SIMPS) promove o desenvolvimento industrial para o crescimento,

liderança de mercado, produtividade, qualidade, melhoria do ambiente de trabalho e

rentabilidade dos produtos e serviços. O sistema proporciona condições para melhorar

continuamente a qualidade dos produtos, processos e serviços, controlando os perigos

para o meio ambiente e para a saúde e segurança dos colaboradores, eliminando os

desperdícios onde quer que eles estejam ocorrendo, mantendo uma cadeia totalmente

integrada. A Marcopolo permanece certificada nas normas internacionais de gestão ISO

14001 - Meio Ambiente, ISO 9001 – Qualidade e OHSAS 18001 – Saúde e Segurança.

23.1 Responsabilidade Social

A Marcopolo e seus colaboradores através da Fundação Marcopolo desenvolvem

projetos de responsabilidade social. Os projetos têm como foco crianças e adolescentes

da comunidade onde estamos presentes. Destaca-se o Projeto Escolas, que tem por

objetivo contribuir para o desenvolvimento de toda a comunidade escolar. O projeto

oportuniza atividades diversificadas em turno complementar ao da escola, tais como

musicalização, coro, orquestra, esporte e oficina de reciclagem. A Fundação Marcopolo

também realiza contribuições mensais para instituições da comunidade na área de

saúde e educação.

Ainda focado na educação, todos os filhos dos colaboradores recebem através do

projeto Todos na Escola, também coordenado pela Fundação Marcopolo, kits de

cadernos. Buscando uma economia familiar e o apoio aos pais na educação de seus

filhos. O programa atende crianças e adolescentes de cinco a 18 anos de idade, que

estejam cursando ensino fundamental ou médio. Em 2017 foram entregues cerca de 18

mil cadernos personalizados.

A Fundação Marcopolo estimula e facilita, através do Projeto Destine Você

Também, a destinação de 6,0% do Imposto de Renda Devido Pessoa Física de seus

colaboradores para o Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente das

cidades de Caxias do Sul (RS) e Duque de Caxias (RJ), gerando benefícios em ações de

profissionalização para adolescentes e centro de fortalecimento de vínculos para

crianças, atendendo cerca de 1.500 jovens em situação de risco social e pessoal.

23.2 Satisfação dos Colaboradores

A satisfação dos colaboradores da Marcopolo é medida por meio da Pesquisa

Interna de Clima Organizacional, que ocorre a cada dois anos, sendo a última realizada

em 2016. Durante o ano de 2017 foi implementado o Plano de Ação que havia sido

estruturado por representantes das várias áreas. A próxima pesquisa deverá acontecer

no terceiro trimestre de 2018, com participação de todas as empresas associadas da

Marcopolo. A empresa disponibiliza canais de ouvidoria internos e externos para que os

colaboradores possam enviar comentários, críticas, ideias e sugestões sobre os diversos

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assuntos que envolvem o seu trabalho ou relacionados com as diretrizes do Código de

Conduta e com as normas de Compliance, com segregação específica para denúncias.

As manifestações recebidas são tratadas e respondidas de acordo com política

específica. No ano que se encerrou, foi feita uma revisão dos canais de ouvidoria, com

ampla divulgação aos colaboradores de todas as unidades, representantes e

fornecedores.

23.3 Educação e Treinamento

A Marcopolo incentiva a permanente qualificação de seus colaboradores. Para

isto são oferecidos treinamentos com foco no desenvolvimento de competências para

todos os níveis profissionais, resultando numa média anual de 25 horas de treinamento

por colaborador.

Os gestores participaram de ações relacionadas com a evolução da filosofia LEAN,

com foco na comunicação entre as equipes e na resolução de problemas. Como forma

de manter e desenvolver os conceitos de qualidade de produto e processo foram

realizadas 210 mil horas de treinamentos técnicos para os colaboradores de todas as

áreas, incluindo os novos contratados.

A Marcopolo também realiza treinamentos para clientes, tanto no Centro de

Treinamento quanto em oficinas e representações próximas das empresas. No ano de

2017 foram contemplados 1.019 participantes do mercado interno e 563 participantes

do mercado externo.

Já a Escola de Formação Profissional Marcopolo (EFPM) manteve seus cursos de

aprendizagem industrial para jovens, realizados em parceria com o SENAI, com a

Universidade de Caxias do Sul e com a Fundação de Assistência Social (FAS). A EFPM tem

como um de seus principais objetivos a preparação de profissionais para a inserção no

mercado de trabalho, mediante o primeiro emprego remunerado e acesso ao plano de

carreira da Companhia. Em 2017, 115 jovens concluíram a sua formação e outros 25

ingressaram no programa. Os trabalhos de conclusão de curso tiveram como referência

os princípios da Filosofia Lean e os 7 Desperdícios, focando em melhorias nos processos

produtivos da empresa.

Desde 1981, a Marcopolo mantém um Programa de Incentivo à Educação, com a

concessão de bolsas de estudo para os níveis de ensino médio, técnico, graduação e pós-

graduação para colaboradores aprovados em processo de seleção. A empresa

proporciona também o desenvolvimento de competências para a comunicação nos

idiomas inglês e espanhol aos colaboradores que tenham necessidade desta qualificação

em seu cargo.

23.4 Qualidade de Vida

Os programas de qualidade de vida destinados aos colaboradores e suas famílias

são coordenados pela Fundação Marcopolo, incluindo atividades de educação, lazer,

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cultura e esportes. As unidades em Caxias do Sul e Duque de Caxias contam com

estrutura própria, como locais para eventos, quadras e quiosques.

23.5 Meio Ambiente

O compromisso da Marcopolo é proteger o meio ambiente de forma sustentável

e equilibrada, estabelecendo regras para minimizar os impactos das atividades em

conformidade com a legislação aplicável. Em 2017, obteve a renovação de todas as

Licenças de Operação junto ao órgão ambiental e realizou a migração da certificação ISO

14001 para a nova versão publicada em 2015, a NBR ISO 14001:2015. A auditoria de

certificação ocorreu em janeiro de 2018.

23.6 Remuneração

A remuneração dos colaboradores é composta de uma parte fixa, vinculada às

competências e habilidades, e uma parte variável, resultante do atingimento das metas

do Programa de Participação nos Resultados. Periodicamente, são realizadas pesquisas

salariais que permitem avaliar se os valores pagos aos colaboradores estão dentro dos

padrões regionais, permitindo que a empresa mantenha a competitividade no mercado

de trabalho.

23.7 Plano de Outorga de Opção de Compra de Ações

O Regulamento do Plano de Outorga de Opção de Compra ou Subscrição de Ações

foi aprovado pelos acionistas na Assembleia Geral Extraordinária, realizada no dia 22 de

dezembro de 2005, alterado pela AGO/E de 23 de março de 2006 e pelo Conselho de

Administração nas reuniões realizadas nos anos de 2006, 2007, 2011, 2012 e 2013. O

plano, cujos participantes são os executivos da Companhia e de suas controladas (exceto

os diretores controladores), tem como principais objetivos: (i) alinhar os interesses dos

participantes aos dos acionistas; (ii) comprometer os participantes com os resultados de

curto, médio e longo prazos da empresa;(iii) incentivar e estimular o sentimento de

propriedade; e (iv) atrair e reter talentos. O Plano é monitorado pelo Comitê de RH e

Ética e aprovado pelo Conselho de Administração.

A empresa também possui um Plano de Incentivo de Longo Prazo com Ações

Restritas por Performance, proposto pelo Conselho de Administração em 12 de

fevereiro de 2015 e aprovado pela Assembleia Geral em 26 de março de 2015. O plano

tem por objetivo compor o pacote de remuneração dos principais executivos da

companhia, comprometer os participantes com os resultados de longo prazo, a

competitividade com o mercado, atrair e reter os melhores profissionais e alinhar os

interesses dos executivos e acionistas.

24. REMUNERAÇÃO DOS ADMINISTRADORES

O montante global anual da remuneração fixa é estabelecido pela Assembleia

Geral e distribuído entre os administradores pelo Conselho de Administração. A maior

remuneração anual individual do Conselho de Administração/Comitê Executivo somou

R$ 1.963,2 mil em 2017, a remuneração média foi de R$ 790,0 mil e a menor foi de R$

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INFORMAÇÕES CONSOLIDADAS Caxias do Sul, 21 de fevereiro de 2018

446,0 mil. Na diretoria estatutária, a maior remuneração individual foi de R$ 4.034,1

mil em 2017, a média foi de R$ 3.044,2 mil e a menor foi de R$ 2.339,9 mil. No Conselho

Fiscal, a maior remuneração individual foi de R$ 235,8 mil em 2017, a média foi de R$

203,0 mil e a menor foi de R$ 186,6 mil.

25. QUADRO DE PESSOAL

Nº COLABORADORES 2017 2016 2015 2014 2013

Controladora 6.255 6.125 6.236 7.883 8.158

Controladas no Brasil 2.057 2.135 1.369 2.776 2.554

Controladas no Exterior 1.645 1.921 1.666 1.889 2.105

Coligadas 2.403 2.632 3.200 4.270 5.699

TOTAL (1) 12.360 12.813 12.471 16.818 18.516

TOTAL GERAL (2) 15.059 15.749 16.125 21.435 21.002

Notas: (1) Inclui colaboradores das controladas/coligadas na proporção da participação societária; (2) Referente à

participação total nas controladas/coligadas.

26. PERSPECTIVAS PARA 2018

O ano de 2017 interrompeu uma sequência de três anos consecutivos de queda

na produção brasileira de ônibus. 2018 começa com expectativas ainda mais positivas

para a economia nacional, com crescimento projetado de 2,7% para o ano, taxa básica

de juros em seu menor patamar histórico e recuperação da confiança por parte de

clientes e investidores em geral. Para a Marcopolo, esta visão é corroborada por uma

carteira de pedidos mais robusta na comparação com o mesmo período do ano anterior,

com volume de negócios em andamento superior ao verificado nos últimos anos, e boas

perspectivas para licitações, especialmente no âmbito do programa Caminho da Escola,

e exportações.

A demanda do mercado interno deve permanecer em sua trajetória de

recuperação, com volumes crescentes frente a 2017, tendo como destaque os modelos

rodoviários para o setor de fretamento e interestaduais. A norma voltada à renovação

da frota de ônibus rodoviários interestaduais e internacionais mantém-se em vigor,

tendo em 2018, como idade média obrigatória, os 6 anos (5 anos em 2019). Em relação

à acessibilidade, entra em vigor em 1º de julho de 2018, regra que obriga a instalação

de elevadores em todos os ônibus rodoviários. Tal norma poderá afetar positivamente

o mercado de ônibus rodoviários no primeiro semestre de 2018.

Quanto aos ônibus urbanos, a resolução parcial da questão dos reajustes das

tarifas municipais, com grandes capitais, inclusive São Paulo, autorizando aumentos

próximos a inflação pode indicar a retomada também desse segmento. O Refrota, linha

de crédito voltado ao financiamento de urbanos, após um início moroso, passou a

constituir-se como alternativa para clientes do segmento e vem fomentando vendas.

As exportações mantêm seu viés positivo, em curso desde 2016, indicando

aumento de vendas, especialmente no segmento de ônibus urbanos para mercados já

tradicionais da Companhia. O destaque positivo fica por conta de negócios direcionados

ao continente africano, com lotes grandes sendo confirmados já no princípio de 2018.

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21

INFORMAÇÕES CONSOLIDADAS Caxias do Sul, 21 de fevereiro de 2018

Com o início do processo de recuperação do mercado doméstico de urbanos e o bom

momento das exportações desses modelos, a unidade da Marcopolo Rio mantém uma

carteira bastante saudável, principalmente na comparação com os últimos quatro anos.

As perspectivas também são positivas em relação às operações internacionais. A Volgren

deverá apresentar um bom desempenho em função da transferência de licitações, que

não ocorreram em 2017, para 2018. Para a Polomex é esperado um aumento de

volumes unitários de modelos mais leves em detrimento dos rodoviários, com ganho de

participação de mercado.

Em relação ao mercado de micros e Volares, a Marcopolo concluiu em janeiro de

2018 a transferência da produção de Volares da planta da Planalto para a Neobus. A

produção de micros da Marcopolo permanece sendo realizada na unidade Planalto por

conta do bom volume de vendas ligadas ao programa Caminho da Escola e a unidade

deve permanecer ativa até o final de 2018. A Marcopolo, direta ou indiretamente,

através de parceiras, venceu licitações para produção e venda de 4.400 unidades no

programa Caminho da Escola. Salientamos que a efetiva venda das unidades licitadas

depende de confirmação dos pedidos por parte da autoridade pública.

Destacamos que a linha de financiamento FINAME continua em vigor, tendo

alterado seu indexador da TJLP para a TLP. Na prática, em 2018, TJLP e TLP devem

manter-se no mesmo patamar, permitindo que micro, pequenas e médias empresas

financiem até 100% do bem com o custo da TLP mais 2,1% a.a. mais o spread do banco

repassador. Grandes empresas podem financiar até 80% do bem, sendo que, desse

total, 60% via TLP mais 2,1% a.a. e 20,0% atrelado à taxa SELIC mais 2,36% a.a., acrescido

do spread do banco repassador. Nesse contexto, a manutenção da taxa SELIC em nível

historicamente baixo, poderá incentivar ainda mais a demanda interna.

Em 2018, a Companhia seguirá empreendendo esforços para retomar seus níveis

históricos de desempenho, acreditando que os volumes crescentes somados às

iniciativas e melhorias implementadas a partir de 2014, especialmente àquelas

relacionados ao aumento da eficiência operacional, qualidade, fortalecimento da

atuação nos mercados tanto do exterior como doméstico, busca de sinergias e

otimização de suas unidades fabris permitirão o atingimento de novos níveis de

excelência. Continuaremos atentos a novas oportunidades em busca do aperfeiçoando

permanente.

27. AGRADECIMENTOS

A Marcopolo sente-se honrada e agradece aos clientes, fornecedores,

representantes, acionistas, instituições financeiras, órgãos governamentais,

comunidade e, em especial, aos colaboradores pelo esforço, dedicação e

comprometimento dispensados.

A Marcopolo presta homenagem póstuma a seu Presidente Emérito, Sr. Paulo

Pedro Bellini, falecido no dia 15 de junho de 2017, aos 90 anos. Além de sua excepcional

visão empreendedora que transformou a Marcopolo em uma companhia transnacional,

o Sr. Paulo se destacou pela quebra permanente de paradigmas, por uma forte

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INFORMAÇÕES CONSOLIDADAS Caxias do Sul, 21 de fevereiro de 2018

determinação pela qualidade dos produtos e pela valorização do ser humano. Ele

percebeu rapidamente que produzir ônibus demandava mão de obra intensiva,

altamente qualificada e que as pessoas eram a alma do negócio. Por isso, dedicou-se à

criação de um ambiente de confiança para garantir a permanente motivação das

equipes, o que se tornou um dos principais diferenciais competitivos da Marcopolo,

gerando o lema “O mais importante são as pessoas.”.

Caxias do Sul, 21 de fevereiro de 2018.

A Administração.

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Marcopolo S.A. Demonstrações financeiras em

31 de dezembro de 2017 e 2016

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Marcopolo S.A.

Balanços patrimoniais em 31 de dezembro de 2017 e 2016 Em milhares de reais

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.

Controladora Consolidado Controladora Consolidado

Ativo Nota 2017 2016 2017 2016 Passivo e patrimônio líquido Nota 2017 2016 2017 2016

Circulante Circulante

Caixa e equivalentes de caixa 7 739.529 916.995 958.759 1.209.459 Fornecedores 212.993 173.278 366.399 251.454 Ativos financeiros mensurados ao valor Empréstimos e financiamentos 16 445.258 397.447 831.071 925.062

justo através do resultado 7 187.289 222.997 187.373 224.151 Instrumentos financeiros derivativos 5 986 432 2.811 492

Instrumentos financeiros derivativos 5 e 7 229 4.908 445 6.498 Salários e férias a pagar 69.769 96.152 103.304 127.534

Contas a receber de clientes 8 376.965 430.715 821.310 900.816 Impostos e contribuições a recolher 43.685 22.099 88.159 105.275

Estoques 9 238.867 212.116 521.364 472.057 Adiantamentos de clientes 28.821 20.546 74.600 44.365

Impostos e contribuições a recuperar 10 113.597 86.262 228.274 164.033 Representantes comissionados 21.243 28.181 25.757 33.249 Outras contas a receber 44.183 18.270 105.376 79.724 Participação dos administradores 5.027 7.915 5.027 7.915

Provisão garantias 18.153 19.375 24.268 21.512

1.700.659 1.892.263 2.822.901 3.056.738 Outras contas a pagar 45.229 45.239 97.870 144.866

891.164 810.664 1.619.266 1.661.724

Não circulante

Ativos financeiros mensurados ao valor Não circulante

justo através do resultado 7 14.616 24.966 14.118 18.817 Empréstimos e financiamentos 16 569.100 734.178 1.109.595 1.374.172 Contas a receber de clientes 8 - - 428.773 481.643 Provisão para perda em investimento 11 12.510 - 7.636 -

Impostos e contribuições a recuperar 10 735 444 1.669 19.895 Provisão para contingências 17 51.722 30.294 64.770 35.345

Imposto de renda e contribuição social diferidos 19 49.183 51.577 92.185 69.779 Outras contas a pagar - - 2.373 28.511

Depósitos judiciais 17 18.365 8.764 34.151 19.585

Outras contas a receber 84 - 1.548 839 633.332 764.472 1.184.374 1.438.028

82.983 85.751 572.444 610.558 Total do passivo 1.524.496 1.575.136 2.803.640 3.099.752

Investimentos 11 1.439.932 1.219.929 377.003 309.074 Propriedade para investimento 12 - - 50.708 48.941 Patrimônio líquido atribuível aos controladores 20

Imobilizado 13 196.317 209.571 688.355 708.269 Capital social 1.264.622 1.264.622 1.264.622 1.264.622

Intangível 14 3.374 4.031 220.841 234.689 Reservas de capital 6.487 6.982 6.487 6.982

Reservas de lucros 557.985 502.955 557.985 502.955

1.639.623 1.433.531 1.336.907 1.300.973 Ajustes de avaliação patrimonial 91.472 84.807 91.472 84.807

Ações em tesouraria (21.797 ) (22.957 ) (21.797 ) (22.957 )

1.722.606 1.519.282 1.909.351 1.911.531

1.898.769 1.836.409 1.898.769 1.836.409

Participação dos não controladores - - 29.843 32.108

1.898.769 1.836.409 1.928.612 1.868.517

Total do ativo 3.423.265 3.411.545 4.732.252 4.968.269 Total do passivo e patrimônio líquido 3.423.265 3.411.545 4.732.252 4.968.269

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Marcopolo S.A.

Demonstrações de resultados Exercícios findos em 31 de dezembro de 2017 e 2016 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.

Controladora Consolidado

Nota 2017 2016 2017 2016

Operações

Receita líquida de vendas e serviços 25 1.670.994 1.582.183 2.875.993 2.574.093

Custo dos produtos vendidos e dos serviços prestados 26 (1.407.393 ) (1.380.882 ) (2.472.347 ) (2.248.335 )

Lucro bruto 263.601 201.301 403.646 325.758

Despesas com vendas 26 (106.440 ) (87.214 ) (168.734 ) (140.920 )

Despesas administrativas 26 (89.547 ) (94.894 ) (167.119 ) (165.262 ) Outras receitas (despesas) operacionais, líquidas 27 (65.262 ) (65.417 ) (80.397 ) 190.356

Resultado de equivalência patrimonial 11 61.305 237.669 86.857 94.011

Lucro operacional 63.657 191.445 74.253 303.943

Receitas financeiras 28 233.040 527.882 292.019 577.534

Despesas financeiras 28 (213.568 ) (447.378 ) (273.299 ) (511.240 )

Resultado financeiro 19.472 80.504 18.720 66.294

Lucro antes do imposto de renda e de contribuição social 83.129 271.949 92.973 370.237

Imposto de renda e contribuição social 19 Corrente (8.565 ) (61.743 ) (33.267 ) (142.369 )

Diferido (2.394 ) 9.182 22.406 (5.322 )

Lucro líquido do exercício 72.170 219.388 82.112 222.546

Atribuível a: Acionistas controladores 72.170 219.388 72.170 219.388

Participação dos não controladores - - 9.942 3.158

72.170 219.388 82.112 222.546

Lucro líquido por ação atribuível aos acionistas controladores durante

o exercício (expresso em R$ por ação)

Básico 29 0,0784 0,2445 0,0784 0,2445

Diluído 29 0,0780 0,2432 0,0780 0,2432

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Marcopolo S.A.

Demonstrações de resultados abrangentes Exercícios findos em 31 de dezembro de 2017 e 2016 Em milhares de reais

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.

Controladora Consolidado

2017 2016 2017 2016

Lucro líquido do exercício 72.170 219.388 82.112 222.546

Participação de resultado abrangente de controlada (5.036 ) - (5.036 ) - Diferenças cambiais de conversão de operações no exterior 11.701 (171.075 ) (506 ) (176.223 )

Resultado abrangente total 78.835 48.313 76.570 46.323

Resultado abrangente atribuível aos:

Acionistas controladores 78.835 48.313 78.835 48.313 Participação dos não controladores - - (2.265 ) (1.990 )

Resultado abrangente total 78.835 48.313 76.570 46.323

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Marcopolo S.A.

Demonstrações de mutações do patrimônio líquido Exercícios findos em 31 de dezembro de 2017 e 2016 Em milhares de reais

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.

Atribuível aos acionistas controladores

Reservas de capital Reservas de lucros

Capital

social

Ganho(perda)

com alienação

de ações

próprias

Reservas

de transações

de capital

Reserva

legal

Para

futuro

aumento

de capital

Para

pagamento de

dividendos

intermediários

Para

compra de

ações

próprias

Ajustes de

avaliação

patrimonial

Ações em

tesouraria Lucros

acumulados

Total do

patrimônio

líquido

Participação

dos não

controladores

Total do

patrimônio

líquido

Em 31 de dezembro de 2015 1.200.000 (2.321 ) - 38.361 202.650 80.494 80.494 255.882 (27.475 ) - 1.828.085 34.098 1.862.183

Resultado abrangente do exercício

Lucro líquido do exercício - - - - - - - - - 219.388 219.388 3.158 222.546

Variação cambial de investimentos no exterior - - - - - - - (171.075 ) - - (171.075 ) (5.148 ) (176.223 )

Total do resultado abrangente - - - - - - - (171.075 ) - 219.388 48.313 (1.990 ) 46.323

Contribuições dos acionistas e distribuições aos acionistas

Emissão de ações 43.707 - - - - - - - - - 43.707 - 43.707

Emissões de ações relativas a combinação de negócio 20.915 - 12.019 - - - - - - - 32.934 - 32.934

Alienação de ações em tesouraria - (2.716 ) - - - - - - 4.518 - 1.802 - 1.802 Destinações

Reserva legal - - - 10.969 - - - - - (10.969 ) - - -

Dividendo mínimo obrigatório - - - - - - - - - (52.105 ) (52.105 ) - (52.105 )

Dividendo adicional proposto e pago - - - - - - - - - (66.327 ) (66.327 ) - (66.327 )

Transferência entre reservas - - - - 62.991 13.498 13.498 - - (89.987 ) - - -

Total das contribuições dos acionistas e distribuições aos

acionistas 64.622

(2.716 ) 12.019 10.969 62.991 13.498

13.498 - 4.518 (219.388 ) (39.989 ) - (39.989 )

Em 31 de dezembro de 2016 1.264.622 (5.037 ) 12.019 49.330 265.641 93.992 93.992 84.807 (22.957 ) - 1.836.409 32.108 1.868.517

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Marcopolo S.A.

Demonstrações de mutações do patrimônio líquido Exercícios findos em 31 de dezembro de 2017 e 2016 Em milhares de reais

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.

Atribuível aos acionistas controladores

Reservas de capital Reservas de lucros

Capital

social

Ganho(perda)

com alienação

de ações

próprias

Reservas

de transações

de capital

Reserva

legal

Para

futuro

aumento

de capital

Para

pagamento de

dividendos

intermediários

Para

compra de

ações

próprias

Ajustes de

avaliação

patrimonial

Ações em

tesouraria Lucros

acumulados

Total do

patrimônio

líquido

Participação

dos não

controladores

Total do

patrimônio

líquido

Em 31 de dezembro de 2016 1.264.622 (5.037 ) 12.019 49.330 265.641 93.992 93.992 84.807 (22.957 ) - 1.836.409 32.108 1.868.517

Resultado abrangente do exercício Lucro líquido do exercício - - - - - - - - - 72.170 72.170 9.942 82.112

Participação de resultado abrangente de controlada - - - - - - - (5.036 ) - - (5.036 ) - (5.036 )

Variação cambial de investimentos no exterior - - - - - - - 11.701 - - 11.701 (12.207 ) (506 )

Total do resultado abrangente - - - - - - - 6.665 - 72.170 78.835 (2.265 ) 76.570

Contribuições dos acionistas e distribuições aos acionistas

Alienação de ações em tesouraria - (495 ) - - - - - - 1.160 - 665 - 665

Destinações

Reserva legal - - - 3.609 - - - - - (3.609 ) - - -

Dividendo mínimo obrigatório - - - - - - - - - (17.140 ) (17.140 ) - (17.140 ) Transferência entre reservas - - - - 35.995 7.713 7.713 - - (51.421 ) - - -

Total das contribuições dos acionistas e distribuições aos

acionistas -

(495 ) - 3.609 35.995 7.713

7.713 - 1.160 (72.170 ) (16.475 ) - (16.475 )

Em 31 de dezembro de 2017 1.264.622 (5.532 ) 12.019 52.939 301.636 101.705 101.705 91.472 (21.797 ) - 1.898.769 29.843 1.928.612

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Marcopolo S.A.

Demonstrações dos fluxos de caixa - método indireto Exercícios findos em 31 de dezembro de 2017 e 2016 Em milhares de reais

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.

Controladora Consolidado

Nota 2017 2016 2017 2016

Fluxos de caixa das atividades operacionais Lucro líquido do exercício 72.170 219.388 82.112 222.546

Ajustes para conciliar o resultado às disponibilidades geradas pelas atividades operacionais: Depreciações e amortizações 13 e 14 19.307 21.752 45.432 49.691 Ganho (perda) na venda de ativos de investimentos, imobilizados e intangíveis 14.867 6.812 33.359

(198.659 )

Baixa de imobilizado por sinistro 13 24.485 - 24.485 - Equivalência patrimonial 11 (61.305 ) (237.669 ) (86.857 ) (94.011 ) Provisão para créditos de liquidação duvidosa 8 10.040 (3.142 ) 32.127 22.629 Imposto de renda e contribuição social correntes e diferidos 10.959 52.561 10.860 147.691 Juros e variações apropriados 72.191 (116.630 ) 120.100 (40.194 ) Participações dos não controladores - - 9.942 3.158 Variações nos ativos e passivos Redução em contas a receber de clientes 43.710 123.659 108.090 252.309 Redução (aumento) em títulos e valores mobiliários 51.291 47.460 49.849 (13.859 ) Redução (aumento) nos estoques (26.751 ) 14.416 (40.364 ) 1.399 Aumento em outras contas a receber (73.340 ) (12.843 ) (109.024 ) (13.551 ) Aumento (redução) em fornecedores 39.715 9.941 109.725 (29.480 ) Aumento (redução) em outras contas a pagar 23.964 23.661 (61.635 ) 3.687

Caixa gerado pelas atividades operacionais 221.303 149.366 328.201 313.356

Impostos sobre o lucro pagos (8.565 ) (61.743 ) (33.267 ) (142.369 )

Caixa líquido proveniente das atividades operacionais 212.738 87.623 294.934 170.987

Fluxos de caixa das atividades de investimentos Investimentos (204.585 ) (91.969 ) (10.369 ) 4.127 Dividendos de controladas, controladas em conjunto e coligadas 50.751 351.170 16.366 19.559 Adições de imobilizado 13 (30.418 ) (8.383 ) (52.465 ) (72.274 ) Adições de intangível 14 (691 ) (315 ) (1.827 ) (1.270 ) Recebimento na venda de investimentos, imobilizado e intangível 672 25 1.291 405.950

Caixa líquido proveniente das (utilizados nas) atividades de investimentos (184.271 ) 250.528 (47.004 ) 356.092

Fluxos de caixa das atividades de financiamentos Ações em tesouraria 665 1.802 665 1.802 Emissões de ações - 43.707 - 43.707 Empréstimos tomados de terceiros 257.245 276.991 567.914 641.263 Pagamento de empréstimos - principal (378.404 ) (471.435 ) (937.213 ) (878.397 ) Pagamento de empréstimos - juros (68.299 ) (77.032 ) (118.600 ) (121.464 ) Pagamento dos juros sobre capital próprio e dividendos (17.140 ) (118.432 ) (17.140 ) (118.432 )

Caixa líquido utilizado nas atividades de financiamento (205.933 ) (344.399 ) (504.374 ) (431.521 )

Efeito da variação cambial sobre caixa e equivalentes de caixa - - 5.744 (17.261 )

(Redução) aumento líquido de caixa e equivalentes de caixa (177.466 ) (6.248 ) (250.700 ) 78.297

Caixa e equivalentes de caixa no início do exercício 916.995 923.243 1.209.459 1.131.162

Caixa e equivalentes de caixa no fim do exercício 739.529 916.995 958.759 1.209.459

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Marcopolo S.A.

Demonstrações do valor adicionado Exercícios findos em 31 de dezembro de 2017 e 2016 Em milhares de reais

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.

Controladora Consolidado (* )

2017 2016 2017 2016

Demonstrações do valor adicionado Receitas 1.857.250 1.737.559 3.136.424 3.000.735 Vendas de mercadorias, produtos e serviços 1.864.800 1.731.039 3.161.015 2.760.232 Outras receitas 2.490 3.378 7.536 263.132 Provisões para créditos de liquidação duvidosa (10.040 ) 3.142 (32.127 ) (22.629 )

Insumos adquiridos de terceiros (inclui ICMS e IPI) (1.388.878 ) (1.359.232 ) (2.337.625 ) (2.094.842 ) Custos dos produtos e serviços prestados (1.161.842 ) (1.147.429 ) (1.984.193 ) (1.809.401 ) Materiais, energia, serviços de terceiros e outros (159.284 ) (143.008 ) (264.306 ) (212.665 ) Perda de valores ativos (67.752 ) (68.795 ) (89.126 ) (72.776 )

Valor adicionado bruto 468.372 378.327 798.799 905.893 Depreciações e amortizações (19.307 ) (21.752 ) (45.432 ) (49.691 )

Valor adicionado líquido produzido pela entidade 449.065 356.575 753.367 856.202 Valor adicionado recebido em transferência 294.345 765.551 378.876 671.545 Resultado de equivalência patrimonial 61.305 237.669 86.857 94.011 Receitas financeiras 233.040 527.882 292.019 577.534

Valor adicionado total a distribuir 743.410 1.122.126 1.132.243 1.527.747

Distribuição do valor adicionado 743.410 1.122.126 1.132.243 1.527.747

Pessoal 455.090 447.911 740.716 668.766

Remuneração direta 349.706 352.886 590.446 544.375 Benefícios 68.805 67.516 102.131 93.286 FGTS 36.579 27.509 48.139 31.105 Impostos, taxas e contribuições (1.422 ) 4.115 12.163 103.406

Federais 19.962 49.387 24.032 144.739 Estaduais (22.557 ) (46.340 ) (14.584 ) (43.231 ) Municipais 1.173 1.068 2.715 1.898 Remuneração de capitais de terceiros 217.572 450.712 297.252 533.029

Despesas financeiras 213.568 447.378 273.299 511.240 Aluguéis 4.004 3.334 23.953 21.789 Lucros do exercício, juros sobre capital próprio e dividendos 72.170 219.388 82.112 222.546

Juros sobre o capital próprio e dividendo 17.140 118.432 17.140 118.432 Lucros retidos do exercício 55.030 100.956 64.972 104.114 (*) A demonstração do valor adicionado consolidada não forma parte das demonstrações financeiras consolidadas conforme IFRS.

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Marcopolo S.A.

Demonstrações financeiras em

31 de dezembro de 2017 e 2016

1 Contexto operacional

A Marcopolo S.A. ("Marcopolo") é uma sociedade anônima de capital aberto, com sede em

Caxias do Sul, Estado do Rio Grande do Sul. As demonstrações financeiras individuais e consolidadas

da Companhia relativas ao exercício findo em 31 de dezembro de 2017 abrangem a Marcopolo e suas

controladas, controladas em conjunto e investimentos em coligadas (denominadas “Companhia”).

A Marcopolo tem por objeto a fabricação e comércio de ônibus, veículos automotores, carrocerias,

peças, máquinas agrícolas e industriais, importação e exportação, podendo ainda participar de

outras sociedades.

As ações da Marcopolo, sob a sigla “POMO3” e “POMO4” são negociadas na bolsa de valores de São

Paulo - BM&FBOVESPA.

2 Resumo das principais políticas contábeis

As principais políticas contábeis aplicadas na preparação destas demonstrações financeiras estão

definidas a seguir. Essas políticas contábeis têm sido aplicadas de maneira consistente a todos os

exercícios apresentados nestas demonstrações financeiras individuais e consolidadas.

2.1 Base de preparação

(a) Declaração de conformidade

As demonstrações financeiras individuais e consolidadas da Companhia foram elaboradas e apresentadas de acordo com as Normas Internacionais de Relatório Financeiro (IFRS) emitidas pelo International Accounting Standards Board (IASB) e também de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil (BR GAAP), considerando pronunciamentos, orientações e interpretações emitidas pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC), aprovadas pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e pelas disposições contidas na Lei de Sociedades por Ações. A Administração da Companhia afirma que todas as informações relevantes próprias das

demonstrações financeiras, e somente elas, estão sendo evidenciadas, e que correspondem às utilizadas

por ela na sua gestão.

A emissão das demonstrações financeiras individuais e consolidadas foi autorizada pelo Conselho de

Administração em 21 de fevereiro de 2018.

(b) Base de mensuração

As demonstrações financeiras individuais e consolidadas foram preparadas com base no custo

histórico, com exceção dos seguintes itens materiais reconhecidos nos balanços patrimoniais:

os instrumentos financeiros derivativos são mensurados pelo valor justo;

os instrumentos financeiros não derivativos designados pelo valor justo por meio do resultado são

mensurados pelo valor justo;

os ativos financeiros disponíveis para venda são mensurados pelo valor justo;

os passivos para transações de pagamento baseado em ações liquidadas em dinheiro são mensurados

pelo valor justo;

o ativo e ou passivo líquido de benefício é reconhecido como o valor justo dos ativos do plano,

deduzido do valor presente da obrigação do benefício definido.

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Demonstrações financeiras em

31 de dezembro de 2017 e 2016

(c) Uso de estimativas e julgamentos

Na preparação destas demonstrações financeiras individuais e consolidadas, a Administração utilizou

julgamentos, estimativas e premissas que afetam a aplicação de políticas contábeis da Companhia e os

valores reportados de ativos, passivos, receitas e despesas. Os resultados reais podem divergir dessas

estimativas.

Estimativas e premissas são revisadas de forma contínua. Revisões das estimativas são reconhecidas

prospectivamente.

As informações sobre julgamentos realizados na aplicação das políticas contábeis e incertezas sobre

premissas e estimativas que possuam um risco significativo de resultar em um ajuste material dentro

do próximo exercício financeiro estão incluídas nas seguintes notas explicativas:

Nota explicativa 2.2 (a, ii) – Controladas; Nota explicativa 2.2 (a, iv) – Investimentos em empresas com negócios em conjunto (Joint venture

– Joint operation); Nota explicativa 8 – Provisão para créditos de liquidação duvidosa; Nota explicativa 14 (c) – Teste de ágio para verificação de impairment; Nota explicativa 17 – Provisões para riscos cíveis, trabalhistas e tributários; Nota explicativa 19 – Impostos diferidos.

(d) Demonstração do valor adicionado

A Companhia elaborou demonstrações do valor adicionado (DVA) individuais e consolidadas nos

termos do pronunciamento técnico CPC – 09 – Demonstração do Valor Adicionado, as quais são

apresentadas como parte integrante das demonstrações financeiras conforme BR GAAP aplicável às

companhias abertas, enquanto para IFRS representam informação suplementar.

2.2 Base de consolidação

(a) Demonstrações financeiras consolidadas

As seguintes políticas contábeis são aplicadas na elaboração das demonstrações financeiras

consolidadas.

(i) Participação de acionistas não controladores

A Companhia elegeu mensurar qualquer participação de não controladores na adquirida pela

participação proporcional nos ativos líquidos identificáveis na data de aquisição.

Mudanças na participação da Companhia em uma subsidiária que não resultem em perda de controle

são contabilizadas como transações de patrimônio líquido.

(ii) Controladas

Controladas são todas as entidades (incluindo as entidades de propósito específico) nas quais a

Companhia tem o poder de determinar as políticas financeiras e operacionais, geralmente

acompanhada de uma participação de mais do que metade dos direitos a voto (capital votante). A

existência e o efeito de possíveis direitos a voto atualmente exercíveis ou conversíveis são

considerados quando se avalia se a Companhia controla outra entidade. As controladas são totalmente

consolidadas a partir da data em que o controle é transferido para a Companhia. A consolidação é

interrompida a partir da data em que o controle termina.

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31 de dezembro de 2017 e 2016

A Companhia usa o método de contabilização da aquisição para contabilizar as combinações de

negócios. A contraprestação transferida para a aquisição de uma controlada é o valor justo dos ativos

transferidos, passivos incorridos e instrumentos patrimoniais emitidos pela Companhia.

A contraprestação transferida inclui o valor justo de algum ativo ou passivo resultante de um contrato

de contraprestação contingente quando aplicável. Custos relacionados com aquisição são

contabilizados no resultado do exercício conforme incorridos. Os ativos identificáveis adquiridos e os

passivos e passivos contingentes assumidos em uma combinação de negócios são mensurados

inicialmente pelos valores justos na data da aquisição. A mensuração da participação não controladora

a ser reconhecida é determinada em cada aquisição realizada.

O excesso da contraprestação transferida e do valor justo na data da aquisição de qualquer participação

patrimonial anterior na adquirida em relação ao valor justo da participação da Companhia de ativos

líquidos identificáveis adquiridos é registrada como ágio (goodwill). Nas aquisições em que a

Companhia atribui valor justo aos não controladores, a determinação do ágio inclui também o valor de

qualquer participação não controladora na adquirida, e o ágio é determinado considerando a

participação da Companhia e dos não controladores. Quando a contraprestação transferida for menor

que o valor justo dos ativos líquidos da controlada adquirida, a diferença é reconhecida diretamente na

demonstração do resultado do exercício (Nota 2.11).

(iii) Transações eliminadas na consolidação

Saldos e transações entre empresas da Companhia, e quaisquer receitas ou despesas não realizadas

derivadas de transações entre empresas da Companhia, são eliminados. Ganhos não realizados

oriundos de transações com investidas registradas por equivalência patrimonial são eliminados contra

o investimento na proporção da participação da Companhia na investida. Perdas não realizadas são

eliminadas da mesma maneira como são eliminados os ganhos não realizados, mas somente na

extensão em que não haja evidência de perda por redução ao valor recuperável.

(iv) Investimentos em empresas com negócios em conjunto (joint venture – joint operation)

Negócios em conjunto podem ser classificados como uma operação em conjunto (joint operation) ou

um empreendimento controlado em conjunto (joint venture).

Operação em conjunto (joint operation) é um negócio em conjunto segundo o qual as partes

integrantes que detêm o controle conjunto do negócio têm direitos sobre os ativos e têm obrigações

pelos passivos relacionados ao negócio e contabiliza o investimento pelo método de equivalência

patrimonial.

Empreendimento controlado em conjunto (joint venture) é um negócio em conjunto que ocorre quando

um operador possui direitos sobre os ativos líquidos dos contratos e contabiliza o investimento pelo

método de equivalência patrimonial.

(v) Perda de controle

Quando da perda de controle, a Companhia deixa de reconhecer os ativos e passivos da controlada,

qualquer participação de não controladores e outros componentes registrados no patrimônio líquido

referente a essa controlada. Qualquer ganho ou perda originado pela perda de controle é reconhecido

no resultado. Se a Companhia retém qualquer participação na antiga controlada, essa participação é

mensurada pelo seu valor justo na data em que há a perda de controle. Subsequentemente, essa

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Demonstrações financeiras em

31 de dezembro de 2017 e 2016

participação é contabilizada através da utilização da equivalência patrimonial em associadas ou pelo

custo ou valor justo em um ativo disponível para venda, dependendo do nível de influência retido.

(vi) Coligadas

As coligadas são aquelas entidades nas quais o Grupo, direta ou indiretamente, tenha influência

significativa, mas não controle ou controle conjunto, sobre as políticas financeiras e operacionais.

Os investimentos em coligadas são contabilizados pelo método de equivalência patrimonial e são,

inicialmente, reconhecidos pelo seu valor de custo. O investimento da Companhia em coligadas inclui

o ágio identificado na aquisição, líquido de qualquer perda por impairment acumulada. Ver Nota 2.11

sobre impairment de ativos não financeiros, incluindo ágio.

A participação da Companhia nos lucros ou prejuízos de suas coligadas pós-aquisição é reconhecida

na demonstração do resultado e sua participação na movimentação em reservas pós-aquisição é

reconhecida nas reservas. As movimentações cumulativas pós-aquisição são ajustadas contra o valor

contábil do investimento. Quando a participação da Companhia nas perdas de uma coligada for igual

ou superior a sua participação na coligada, incluindo quaisquer outros recebíveis, a Companhia não

reconhece perdas adicionais, a menos que tenha incorrido em obrigações ou efetuado pagamentos em

nome da coligada.

Os ganhos não realizados das operações entre a Companhia e suas coligadas são eliminados na

proporção da participação da Companhia nas coligadas. As perdas não realizadas também são

eliminadas, a menos que a operação forneça evidências de uma perda (impairment) do ativo

transferido. As políticas contábeis das coligadas foram alteradas, quando necessário, para assegurar

consistência com as políticas adotadas pela Companhia.

Se a participação acionária na coligada for reduzida, mas for retida influência significativa, somente

uma parte proporcional dos valores anteriormente reconhecidos em outros resultados abrangentes será

reclassificada no resultado, quando apropriado.

Os ganhos e as perdas de diluição, ocorridos em participações em coligadas, são reconhecidos na

demonstração do resultado.

2.3 Apresentação de informação por segmentos

As informações por segmentos operacionais (industrial e financeiro) são apresentadas de modo

consistente com o relatório interno fornecido para o principal tomador de decisões operacionais. O

principal tomador de decisões operacionais, responsável pela alocação de recursos e pela avaliação de

desempenho dos segmentos operacionais, é o Conselho de Administração, responsável inclusive pela

tomada das decisões estratégicas da Companhia.

2.4 Moeda funcional e moeda de apresentação

As demonstrações financeiras consolidadas estão apresentadas em Reais (R$), que é a moeda

funcional da Marcopolo e, também, a moeda de apresentação da Companhia. Todos os saldos foram

arredondados para o milhar mais próximo, exceto quando indicado de outra forma.

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31 de dezembro de 2017 e 2016

Os itens incluídos nas demonstrações financeiras de cada uma das empresas da Companhia são

mensurados usando a moeda do principal ambiente econômico, no qual a empresa atua ("a moeda

funcional").

A moeda funcional de cada entidade está relacionada abaixo: Denominação Moeda funcional País

Apolo Soluções em Plásticos Ltda. Apolo Reais Brasil

Banco Moneo S.A. Banco Moneo Reais Brasil

Ciferal Indústria de Ônibus Ltda. Ciferal Reais Brasil

Ilmot International Corporation. Ilmot Dólar Americano Uruguai

Marcopolo Auto Components Co. MAC Renminbi China

Marcopolo Austrália Holdings Pty Ltd. MP Austrália Dólar Australiano Austrália

Pologren Austrália Pty Ltd. Pologren Dólar Australiano Austrália

Volgren Austrália Pty Ltd. Volgren Dólar Australiano Austrália

Marcopolo Canadá Holdings Corp. MP Canadá Dólar Canadense Canadá

Marcopolo International Corp. MIC Dólar Americano Ilhas Virgens

Marcopolo (Changzhou) Bus Manufacturing Co;Ltd. MBC Renminbi China

Marcopolo South África Pty Ltd. Masa Rande África do Sul

Marcopolo Trading S.A. Trading Reais Brasil

Moneo Investimentos S.A. Moneo Reais Brasil

Neobus Chile SPA. Neobus Chile Peso Chileno Chile

NewRoad México S.A. de C.V. NewRoad Peso Mexicano México

Rotas do Sul Logística Ltda. Rotas do Sul Reais Brasil

San Marino Bus de México S.A. de C.V. San Marino México Peso Mexicano México

San Marino Ônibus Ltda. San Marino Reais Brasil

Syncroparts Comércio e Distribuição de Peças Ltda. Syncroparts Reais Brasil

Polomex S.A. de C.V. Polomex Dólar Americano México

Volare Veículos Ltda. Volare Veículos Reais Brasil

Volare Comércio e Distribuição de Veículos e Peças Ltda. Volare Comércio Reais Brasil

Volare Del Peru S.A.C. Volare Peru Novo Sol Peru

Controladas em conjunto Denominação Moeda funcional País

Kamaz Marco LLC. Kamaz Rublo Rússia

Loma Hermosa S.A. Loma Peso Argentino Argentina

Metalpar S.A. Metalpar Peso Argentino Argentina

Metalsur Carrocerias S.R.L. Metalsur Peso Argentino Argentina

Marcopolo Argentina S.A. Marsa Peso Argentino Argentina

Superpolo S.A. Superpolo Peso Colombiano Colômbia

Tata Marcopolo Motors Limited. TMML Rúpia Índia

Coligadas Denominação Moeda funcional País

GB Polo Bus Manufacturing S.A.E. GB Polo Libra Egípcia Egito

Mercobus S.A.C. Mercobus Novo Sol Peru

New Flyer Industries Inc. New Flyer Dólar Canadense Canadá

Setbus Soluções Automotivas Ltda. Setbus Reais Brasil

Spheros Climatização do Brasil S.A. Spheros Reais Brasil

Spheros México S.A. de C.V. Spheros México Peso Mexicano México

Spheros Thermosystems Colômbia Ltda. Spheros Colômbia Peso Colombiano Colômbia

WSul Espumas Indústria e Comércio Ltda. WSul Reais Brasil

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Demonstrações financeiras em

31 de dezembro de 2017 e 2016

2.5 Moeda estrangeira

(a) Transações em moeda estrangeira

Transações em moeda estrangeira são convertidas para as respectivas moedas funcionais das entidades

da Companhia pelas taxas de câmbio nas datas das transações.

Ativos e passivos monetários denominados e apurados em moedas estrangeiras na data do balanço são

reconvertidos para a moeda funcional à taxa de câmbio naquela data. Ativos e passivos não monetários

que são mensurados pelo valor justo em moeda estrangeira são reconvertidos para a moeda funcional à

taxa de câmbio na data em que o valor justo foi determinado. Itens não monetários que são mensurados

com base no custo histórico em moeda estrangeira são convertidos pela taxa de câmbio na data da

transação. As diferenças de moedas estrangeiras resultantes da conversão são geralmente reconhecidas

no resultado.

No entanto, as diferenças cambiais resultantes da reconversão dos itens listados abaixo são reconhecidas

em outros resultados abrangentes:

instrumentos financeiros disponíveis para venda (exceto no caso de redução ao valor recuperável no

qual as diferenças cambiais reconhecidas em outros resultados abrangentes são transferidas para o

resultado);

passivo financeiro designado como hedge do investimento líquido em uma operação no exterior, na

extensão em que o hedge é efetivo; e

um hedge de fluxos de caixa qualificado e efetivo.

(b) Operações no exterior

Os ativos e passivos de operações no exterior, incluindo ágio e ajustes de valor justo resultantes da

aquisição, são convertidos para o Real às taxas de câmbio apuradas na data do balanço. As receitas e

despesas de operações no exterior são convertidas para o Real às taxas de câmbio apuradas nas datas das

transações.

As diferenças de moedas estrangeiras geradas na conversão para moeda de apresentação são

reconhecidas em outros resultados abrangentes e acumuladas em ajustes de avaliação patrimonial no

patrimônio líquido. Se a controlada não for uma controlada integral, a parcela correspondente da

diferença de conversão é atribuída aos acionistas não controladores.

Quando uma operação no exterior (controlada, coligada ou entidade controlada em conjunto) é alienada,

o valor acumulado em conta de ajuste de avaliação patrimonial é reclassificado para o resultado como

parte do resultado na alienação. Quando a alienação é de apenas uma parte do investimento de uma

controlada que inclua uma operação no exterior, de forma que o controle seja mantido, a parcela

correspondente de tal valor acumulado é reatribuída à participação dos acionistas não controladores. Em

quaisquer outras alienações parciais de operação no exterior, a parcela correspondente à alienação é

reclassificada para o resultado.

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2.6 Instrumentos financeiros

A Companhia classifica ativos financeiros não derivativos nas seguintes categorias: ativos financeiros

mensurados pelo valor justo por meio do resultado, ativos financeiros mantidos até o vencimento,

empréstimos e recebíveis e ativos financeiros disponíveis para venda.

A Companhia classifica passivos financeiros não derivativos nas seguintes categorias: passivos

financeiros mensurados pelo valor justo por meio do resultado e outros passivos financeiros.

2.6.1 Ativos e passivos financeiros não derivativos – reconhecimento e desreconhecimento

A Companhia reconhece os empréstimos e recebíveis e instrumentos de dívida inicialmente na data em

que foram originados. Todos os outros ativos e passivos financeiros são reconhecidos na data da

negociação quando a entidade se tornar parte das disposições contratuais do instrumento.

A Companhia desreconhece um ativo financeiro quando os direitos contratuais aos fluxos de caixa do

ativo expiram, ou quando a Companhia transfere os direitos ao recebimento dos fluxos de caixa

contratuais sobre um ativo financeiro em uma transação na qual substancialmente todos os riscos e

benefícios da titularidade do ativo financeiro são transferidos. Qualquer participação que seja criada ou

retida pela Companhia em tais ativos financeiros transferidos, é reconhecida como um ativo ou passivo

separado.

A Companhia desreconhece um passivo financeiro quando sua obrigação contratual é retirada, cancelada

ou expirada.

Os ativos ou passivos financeiros são compensados e o valor líquido apresentado no balanço patrimonial

quando, e somente quando, a Companhia tenha atualmente um direito legalmente executável de

compensar os valores e tenha a intenção de liquidá-los em uma base líquida ou de realizar o ativo e

liquidar o passivo simultaneamente.

2.6.2 Ativos financeiros não derivativos – mensuração

(a) Ativos financeiros mensurados pelo valor justo por meio do resultado

Um ativo financeiro é classificado como mensurado pelo valor justo por meio do resultado caso seja

classificado como mantido para negociação ou designado como tal no momento do reconhecimento

inicial. Os custos da transação são reconhecidos no resultado conforme incorridos. São mensurados

pelo valor justo e mudanças no valor justo, incluindo ganhos com juros e dividendos, são reconhecidos

no resultado do exercício.

(b) Ativos financeiros mantidos até o vencimento

Esses ativos são reconhecidos inicialmente pelo valor acrescido de quaisquer custos de transação

diretamente atribuíveis. Após seu reconhecimento inicial, os ativos financeiros mantidos até o

vencimento são mensurados pelo custo amortizado utilizando o método dos juros efetivos.

(c) Empréstimos e recebíveis

Esses ativos são mensurados inicialmente pelo valor justo acrescido de quaisquer custos de transação

atribuíveis. Após o reconhecimento inicial, os empréstimos e recebíveis são medidos pelo custo

amortizado utilizando o método dos juros efetivos.

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(d) Caixa e equivalentes de caixa

Caixa e equivalentes de caixa incluem o caixa, os depósitos bancários, outros investimentos de curto

prazo de alta liquidez, com vencimentos originais de três meses ou menos a partir da data da

contraprestação, os quais estão sujeitos a um risco insignificante de alteração no valor justo, e são

utilizados pela Companhia na gestão das obrigações de curto prazo.

(e) Ativos financeiros disponíveis para venda

Esses ativos são mensurados inicialmente pelo seu valor justo acrescido de quaisquer custos de

transação diretamente atribuíveis. Após o reconhecimento inicial, eles são mensurados pelo valor justo

e as mudanças no valor justo desses ativos, que não sejam perdas por redução ao valor recuperável e

diferenças de moedas estrangeiras sobre instrumentos de dívida, são reconhecidas em outros

resultados abrangentes e acumuladas dentro do patrimônio líquido como ajustes de avaliação

patrimonial. Quando esses ativos são desreconhecidos, os ganhos e perdas acumulados mantidos como

ajustes de avaliação patrimonial são reclassificados para o resultado.

2.6.3 Passivos financeiros não derivativos - mensuração

Um passivo financeiro é classificado como mensurado pelo valor justo por meio do resultado caso seja

classificado como mantido para negociação ou designado como tal no momento do reconhecimento

inicial. Os custos da transação são reconhecidos no resultado conforme incorridos. Passivos

financeiros mensurados pelo valor justo por meio do resultado são mensurados pelo valor justo e

mudanças no valor justo desses passivos, incluindo ganhos com juros e dividendos, são reconhecidos

no resultado do exercício.

Outros passivos financeiros não derivativos são mensurados inicialmente pelo valor justo deduzidos de

quaisquer custos de transação atribuíveis. Após o reconhecimento inicial, esses passivos financeiros

são mensurados pelo custo amortizado utilizando o método dos juros efetivos.

2.6.4 Recompra e reemissão de ações – Ações em Tesouraria

Quando ações reconhecidas como patrimônio líquido são recompradas, o valor da contraprestação

paga, o qual inclui quaisquer custos diretamente atribuíveis é reconhecido como uma dedução do

patrimônio líquido. As ações recompradas são classificadas como ações em tesouraria e apresentadas

como dedução do patrimônio líquido. Quando as ações em tesouraria são vendidas ou reemitidas

subsequentemente, o valor recebido é reconhecido como um aumento no patrimônio líquido, e o ganho

ou perda resultantes da transação é apresentado como reserva de capital.

2.6.5 Redução ao valor recuperável impairment

(a) Ativos financeiros não derivativos (incluindo recebíveis)

Ativos financeiros não classificados como ativos financeiros ao valor justo por meio do resultado,

incluindo investimentos contabilizados pelo método da equivalência patrimonial, são avaliados em

cada data de balanço para determinar se há evidência objetiva de perda por redução ao valor

recuperável.

Evidência objetiva de que ativos financeiros tiveram perda de valor inclui:

inadimplência ou atrasos do devedor;

reestruturação de um valor devido a Companhia em condições que não seriam aceitas em condições

normais;

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indicativos de que o devedor ou emissor irá entrar em falência/recuperação judicial;

mudanças negativas na situação de pagamentos dos devedores ou emissores;

o desaparecimento de um mercado ativo para o instrumento devido a dificuldades financeiras; ou

dados observáveis indicando que houve um declínio na mensuração dos fluxos de caixa esperados

de um grupo de ativos financeiros.

(b) Ativos financeiros mensurados pelo custo amortizado

A Companhia considera evidência de perda de valor de ativos mensurados pelo custo amortizado tanto

em nível individual como em nível coletivo. Todos os ativos individualmente significativos são

avaliados quanto à perda por redução ao valor recuperável. Aqueles que não tenham sofrido perda de

valor individualmente são então avaliados coletivamente quanto a qualquer perda de valor que possa

ter ocorrido, mas não tenha sido ainda identificada. Ativos que não são individualmente significativos

são avaliados coletivamente quanto à perda de valor com base no agrupamento de ativos com

características de risco similares.

Ao avaliar a perda por redução ao valor recuperável de forma coletiva, a Companhia utiliza tendências

históricas do prazo de recuperação e dos valores de perda incorridos, ajustados para refletir o

julgamento da Administração sobre se as condições econômicas e de crédito atuais são tais que as

perdas reais provavelmente serão maiores ou menores que as sugeridas pelas tendências históricas.

Uma perda por redução ao valor recuperável é calculada como a diferença entre o valor contábil e o

valor presente dos fluxos de caixa futuros estimados, descontados à taxa de juros efetiva original do

ativo. As perdas são reconhecidas no resultado e refletidas em uma conta de provisão. Quando a

Companhia considera que não há expectativas razoáveis de recuperação, os valores são baixados.

Quando um evento subsequente indica uma redução da perda de valor, a redução pela perda de valor é

revertida através do resultado.

(c) Ativos classificados como disponíveis para venda

Perdas por redução ao valor recuperável de ativos financeiros disponíveis para venda são reconhecidas

pela reclassificação da perda acumulada reconhecida em ajustes de avaliação patrimonial no

patrimônio líquido para o resultado. A perda reclassificada é a diferença entre o custo de aquisição,

líquido de qualquer reembolso e amortização do principal, e o valor justo atual, diminuído de qualquer

redução por perda de valor recuperável previamente reconhecida no resultado. Caso o valor justo de

um título de dívida, para o qual tenha sido reconhecida uma perda no valor recuperável, apresente

aumento e, esse aumento possa ser objetivamente relacionado a um evento ocorrido após a perda por

redução no valor recuperável ter sido reconhecida, então a perda é revertida e o valor da reversão é

reconhecido no resultado Perdas por redução ao valor recuperável reconhecidas no resultado para

instrumentos patrimoniais classificados como ativos financeiros disponíveis para venda não são

revertidas.

(d) Investidas contabilizadas pelo método de equivalência patrimonial

Uma perda por redução do valor recuperável referente a uma investida avaliada pelo método de

equivalência patrimonial é mensurada pela comparação do valor recuperável do investimento com o

seu valor contábil. Uma perda por redução ao valor recuperável é reconhecida no resultado e é

revertida se houve uma mudança favorável nas estimativas usadas para determinar o valor recuperável.

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(e) Ativos não financeiros

Os valores contábeis dos ativos não financeiros da Companhia, que não os estoques e imposto de

renda e contribuição social diferidos ativos, são revistos a cada data de apresentação das

demonstrações financeiras para apurar se há indicação de perda no valor recuperável. Caso ocorra tal

indicação, então o valor recuperável do ativo é estimado. No caso de ágio e ativos intangíveis com

vida útil indefinida, o valor recuperável é testado anualmente.

Perdas por redução no valor recuperável são reconhecidas no resultado. Perdas reconhecidas referentes

as Unidades Geradoras de Caixa (UGC) são inicialmente alocadas para redução de qualquer ágio

alocado a esta UGC (ou grupo de UGC), e então para redução do valor contábil dos outros ativos da

UGC (ou grupo de UGC) de forma pro rata.

Uma perda por redução ao valor recuperável relacionada a ágio não é revertida. Quanto aos outros

ativos, as perdas de valor recuperável são revertidas somente na extensão em que o valor contábil do

ativo não exceda o valor contábil que teria sido apurado, líquido de depreciação ou amortização, caso

a perda de valor não tivesse sido reconhecida.

2.7 Derivativos mensurados ao valor justo por meio do resultado

Os instrumentos derivativos contratados não se qualificam para a contabilização de hedge. As

variações no valor justo de qualquer um desses instrumentos derivativos são reconhecidas

imediatamente na demonstração do resultado em "receitas (despesas) financeiras".

2.8 Contas a receber de clientes As contas a receber de clientes correspondem aos valores a receber de clientes pela venda de

mercadorias ou prestação de serviços no curso normal das atividades da Companhia. Se o prazo de

recebimento é equivalente a um ano ou menos (ou outro que atenda o ciclo normal de operações da

Companhia), as contas a receber são classificadas no ativo circulante. Caso contrário, estão

apresentadas no ativo não circulante.

As contas a receber de clientes são, inicialmente, reconhecidas pelo valor justo e, subsequentemente,

mensuradas pelo custo amortizado com o uso do método da taxa de juros efetiva menos a provisão

para impairment.

2.9 Estoques

Os estoques são mensurados pelo menor valor entre o custo e o valor realizável líquido. O custo dos

estoques é baseado no princípio do custo médio e inclui gastos incorridos na aquisição de estoques,

custos de produção e transformação e outros custos incorridos em trazê-los às suas localizações e

condições existentes. No caso dos estoques manufaturados e produtos em elaboração, o custo inclui uma

parcela dos custos gerais de fabricação baseado na capacidade operacional normal.

O valor realizável líquido é o preço estimado de venda no curso normal dos negócios, deduzido dos

custos estimados de conclusão e despesas de vendas.

2.10 Imobilizado

Reconhecimento e mensuração

Itens do imobilizado são mensurados pelo custo histórico de aquisição ou construção, deduzido de

depreciação acumulada e perdas de redução ao valor recuperável (impairment) acumuladas.

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O custo inclui gastos que são diretamente atribuíveis à aquisição de um ativo. O custo de ativos

construídos pela própria Companhia inclui:

O custo de materiais e mão de obra direta;

Quaisquer outros custos para colocar o ativo no local e condição necessários para que esses

sejam capazes de operar da forma pretendida pela Administração;

Os custos de desmontagem e de restauração do local onde estes ativos estão localizados; e

Custos de empréstimos sobre ativos qualificáveis.

Quando partes de um item do imobilizado têm diferentes vidas úteis, elas são registradas como itens

separados (componentes principais) de imobilizado.

Quaisquer ganhos e perdas na alienação de um item do imobilizado são reconhecidos no resultado.

Custos subsequentes

Gastos subsequentes são capitalizados na medida em que seja provável que benefícios futuros

associados com os gastos serão auferidos pela Companhia. Gastos de manutenção e reparos recorrentes

são registrados no resultado.

Depreciação

Itens do ativo imobilizado são depreciados pelo método linear no resultado do exercício baseado na vida

útil econômica estimada de cada componente. Ativos arrendados são depreciados pelo menor período

entre a vida útil estimada do bem e o prazo do contrato, a não ser que seja razoavelmente certo que a

Companhia obterá a propriedade do bem ao final do prazo do arrendamento. Terrenos não são

depreciados.

Itens do ativo imobilizado são depreciados a partir da data em que são instalados e estão disponíveis

para uso, ou em caso de ativos construídos internamente, do dia em que a construção é finalizada e o

ativo está disponível para utilização.

As vidas úteis estimadas para o exercício corrente e comparativo são as seguintes:

Anos

Edificações 40-60 Máquinas 10-15 Veículos 5 Móveis, utensílios e equipamentos 5-12

Os métodos de depreciação, as vidas úteis e os valores residuais são revistos a cada data de balanço e

ajustados caso seja apropriado.

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Reclassificação para propriedade para investimento

Quando o uso da propriedade muda de ocupada pelo proprietário para propriedade para investimento, a

propriedade é remensurada ao seu valor justo e reclassificada como propriedade para investimento.

Qualquer ganho resultante dessa remensuração é reconhecido no resultado na medida em que o ganho

reverta uma perda anterior por redução ao valor recuperável na propriedade específica, sendo que

qualquer ganho remanescente é reconhecido como outros resultados abrangentes e apresentado na conta

de ajustes de avaliação patrimonial. Qualquer perda é reconhecida imediatamente no resultado.

2.11 Ativos intangíveis e ágio

(a) Ágio

O ágio (goodwill) é representado pela diferença positiva entre o valor pago ou a pagar e o montante

líquido do valor justo dos ativos e passivos da entidade adquirida. O ágio de aquisições de controladas

é registrado como "ativo intangível". Se a adquirente apurar deságio, deverá registrar o montante como

ganho no resultado do período, na data da aquisição. O ágio é testado anualmente para verificar

prováveis perdas (impairment) e contabilizado pelo seu valor de custo menos as perdas acumuladas

por impairment, que não são revertidas. Os ganhos e as perdas da alienação de uma entidade incluem o

valor contábil do ágio relacionado com a entidade vendida.

O ágio é alocado às UGCs para fins de teste de impairment. A alocação é feita para as UGCs ou para

os grupos de UGCs que devem se beneficiar da combinação de negócios da qual o ágio se originou,

devidamente segregada, de acordo com o segmento operacional.

(b) Marcas registradas e licenças

As marcas registradas e as licenças adquiridas separadamente são demonstradas pelo custo histórico.

As marcas registradas e as licenças adquiridas em uma combinação de negócios são reconhecidas pelo

valor justo na data da aquisição, uma vez que têm vida útil definida e são contabilizadas pelo seu valor

de custo menos a amortização acumulada. A amortização é calculada pelo método linear para alocar o

custo das marcas registradas e das licenças durante sua vida útil estimada de 10 a 20 anos.

(c) Softwares

As licenças de software adquiridas são capitalizadas com base nos custos incorridos para adquirir os

softwares e fazer com que eles estejam prontos para ser utilizados. Esses custos são amortizados

durante sua vida útil estimável de até 5 anos.

Os custos associados à manutenção de softwares são reconhecidos como despesa, conforme

incorridos. Os custos de desenvolvimento que são diretamente atribuíveis ao projeto e aos testes de

produtos de software identificáveis e exclusivos, controlados pela Companhia, são reconhecidos como

ativos intangíveis quando os seguintes critérios são atendidos:

. é tecnicamente viável concluir o software para que ele esteja disponível para uso;

. a administração pretende concluir o software e usá-lo ou vendê-lo;

. o software pode ser vendido ou usado;

. o software gerará benefícios econômicos futuros prováveis, que podem ser demonstrados;

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. estão disponíveis recursos técnicos, financeiros e outros recursos adequados para concluir o

desenvolvimento e para usar ou vender o software; e

. o gasto atribuível ao software durante seu desenvolvimento pode ser mensurado com segurança.

Os custos diretamente atribuíveis, que são capitalizados como parte do produto de software, incluem

os custos com empregados alocados no desenvolvimento de softwares e uma parcela adequada das

despesas diretas relevantes. Os custos também incluem os custos de financiamento relacionados com a

aquisição do software.

Outros gastos de desenvolvimento que não atendam a esses critérios são reconhecidos como despesa,

conforme incorridos. Os custos de desenvolvimento previamente reconhecidos como despesa não são

reconhecidos como ativo em período subsequente.

Os custos de desenvolvimento de softwares reconhecidos como ativos são amortizados durante sua

vida útil estimada, não superior a 5 anos.

(d) Pesquisa e desenvolvimento

Gastos em atividades de pesquisa são reconhecidos no resultado conforme incorridos.

Os gastos de desenvolvimento são capitalizados somente se os custos de desenvolvimento puderem ser

mensurados de maneira confiável, se o produto ou processo forem técnica e comercialmente viáveis, se

os benefícios econômicos futuros forem prováveis, e se a Companhia tiver a intenção e os recursos

suficientes para concluir o desenvolvimento e usar ou vender o ativo. Os gastos capitalizados incluem o

custo de materiais, mão de obra direta, custos de fabricação que são diretamente atribuíveis à preparação

do ativo para seu uso proposto, e custos de empréstimo. Outros gastos de desenvolvimento são

reconhecidos no resultado conforme incorridos.

Após o reconhecimento inicial, os gastos de desenvolvimento capitalizados são mensurados pelo

custo, deduzido da amortização acumulada e perdas por redução ao valor recuperável.

(e) Outros ativos intangíveis

Outros ativos intangíveis que são adquiridos pela Companhia e que têm vidas úteis finitas são

mensurados pelo custo, deduzido da amortização acumulada e quaisquer perdas por redução ao valor

recuperável acumulado.

(f) Gastos subsequentes

Os gastos subsequentes são capitalizados somente quando eles aumentam os benefícios econômicos

futuros incorporados no ativo específico aos quais se relacionam. Todos os outros gastos, incluindo

gastos com ágio gerado internamente e marcas, são reconhecidos no resultado conforme incorridos.

(g) Amortização

Exceto pelo ágio, a amortização é reconhecida no resultado pelo método linear considerando as vidas

úteis estimadas de ativos intangíveis, a partir da data em que estes estão disponíveis para uso.

2.12 Propriedade para investimento A propriedade para investimento é mensurada pelo custo.

Ganhos e perdas na alienação de uma propriedade para investimento (calculado pela diferença entre o

valor líquido recebido na venda e o valor contábil do item) são reconhecidos no resultado.

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Quando uma propriedade para investimento anteriormente reconhecida como ativo imobilizado é

vendida, qualquer montante reconhecido em ajuste de avaliação patrimonial é transferido para lucros

acumulados.

2.13 Contas a pagar aos fornecedores As contas a pagar aos fornecedores são obrigações a pagar por bens ou serviços que foram adquiridos

de fornecedores no curso normal dos negócios, sendo classificadas como passivos circulantes se o

pagamento for devido no período de até um ano (ou no ciclo operacional normal dos negócios, ainda

que mais longo). Caso contrário, as contas a pagar são apresentadas como passivo não circulante.

Elas são, inicialmente, reconhecidas pelo valor justo e, subsequentemente, mensuradas pelo custo

amortizado com o uso do método de taxa de juros efetiva. Na prática, são normalmente reconhecidas

ao valor da fatura correspondente.

2.14 Empréstimos e financiamentos Os empréstimos e financiamentos são reconhecidos, inicialmente, pelo valor justo, líquido dos custos

da transação incorridos e são, subsequentemente, demonstrados pelo custo amortizado. Qualquer

diferença entre os valores captados (líquidos dos custos da transação) e o valor de resgate é

reconhecida na demonstração do resultado durante o período em que os empréstimos e financiamentos

estejam em andamento, utilizando o método da taxa de juros efetiva.

Os empréstimos e financiamentos são classificados como passivo circulante, a menos que a

Companhia tenha um direito incondicional de diferir a liquidação do passivo por, pelo menos, 12

meses após a data do balanço.

2.15 Determinação do ajuste a valor presente

Os itens sujeitos ao desconto a valor presente são:

Contas a receber de clientes compostos pela venda a prazo para clientes da Companhia com baixo

risco de crédito. A taxa de desconto utilizada pela Administração para o desconto a valor presente

para esses itens é de 100% da CDI mensal para clientes mercado interno e a taxa a mercado dos

adiantamentos de contrato de câmbio para os clientes mercado externo. A taxa de juros imputada

em uma transação de venda é determinada no momento do registro inicial da transação e não é

ajustada posteriormente; e

Contas a pagar a fornecedores compostos por compra a prazo de fornecedores da Companhia. A

Companhia realizou cálculo do valor presente utilizando as mesmas premissas utilizadas para contas

a receber.

2.16 Provisões Uma provisão é reconhecida, em função de um evento passado, se a Companhia tem uma obrigação

legal ou construtiva que possa ser estimada de maneira confiável, e é provável que um recurso

econômico seja exigido para liquidar a obrigação. As provisões são apuradas através do desconto dos

fluxos de caixa futuros esperados a uma taxa antes de impostos que reflete as avaliações atuais de

mercado quanto ao valor do dinheiro no tempo e riscos específicos para o passivo. Os custos financeiros

incorridos são registrados no resultado.

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2.17 Provisão para garantias Uma provisão para garantias é reconhecida quando os produtos ou serviços são vendidos. A provisão é

baseada em dados históricos de garantia e uma ponderação de todos os resultados possíveis em relação

as probabilidades associadas.

2.18 Imposto de renda e contribuição social

O imposto de renda e a contribuição social do exercício corrente e diferido são calculados com base nas

alíquotas de 15%, acrescidas do adicional de 10% sobre o lucro tributável excedente de R$ 240 para

imposto de renda e 9% sobre o lucro tributável para contribuição social sobre o lucro líquido no

exercício, e consideram a compensação de prejuízos fiscais e base negativa de contribuição social,

limitada a 30% do lucro tributável.

A despesa com imposto de renda e contribuição social compreende os impostos de renda correntes e

diferidos. O imposto corrente e o imposto diferido são reconhecidos no resultado a menos que estejam

relacionados a combinação de negócios, ou itens diretamente reconhecidos no patrimônio líquido ou

em outros resultados abrangentes.

(a) Despesas de imposto de renda e contribuição social - corrente

A despesa de imposto corrente é o imposto a pagar ou a receber estimado sobre o lucro ou prejuízo

tributável do exercício e qualquer ajuste aos impostos a pagar com relação aos exercícios anteriores. O

montante dos impostos correntes a pagar ou a receber é reconhecido no balanço patrimonial como

ativo ou passivo fiscal pela melhor estimativa do valor esperado dos impostos a serem pagos ou

recebidos que reflete as incertezas relacionadas a sua apuração, se houver. Ele é mensurado com base

nas taxas de impostos decretadas na data do balanço.

Os ativos e passivos fiscais correntes são compensados somente se certos critérios forem atendidos.

(b) Despesas de imposto de renda e contribuição social - diferido

Ativos e passivos fiscais diferidos são reconhecidos com relação às diferenças temporárias entre os

valores contábeis de ativos e passivos para fins de demonstrações financeiras e os usados para fins de

tributação. As mudanças dos ativos e passivos fiscais diferidos no exercício são reconhecidas como

despesa de imposto de renda e contribuição social diferida. O imposto diferido não é reconhecido para:

diferenças temporárias sobre o reconhecimento inicial de ativos e passivos em uma transação que

não seja uma combinação de negócios e que não afete nem o lucro ou prejuízo tributável nem o

resultado contábil;

diferenças temporárias relacionadas a investimentos em controladas, coligadas e empreendimentos

sob controle conjunto, na extensão que a Companhia seja capaz de controlar o momento da reversão

da diferença temporária e seja provável que a diferença temporária não será revertida em futuro

previsível; e

diferenças temporárias tributáveis decorrentes do reconhecimento inicial de ágio.

Um ativo fiscal diferido é reconhecido em relação aos prejuízos fiscais e diferenças temporárias

dedutíveis não utilizados, na extensão em que seja provável que lucros tributáveis futuros estarão

disponíveis, contra os quais serão utilizados. Ativos fiscais diferidos são revisados a cada data de

balanço e são reduzidos na extensão em que sua realização não seja mais provável.

Ativos e passivos fiscais diferidos são mensurados com base nas alíquotas que se espera aplicar às

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diferenças temporárias quando elas forem revertidas, baseando-se nas alíquotas que foram decretadas

até a data do balanço.

A mensuração dos ativos e passivos fiscais diferidos reflete as consequências tributárias decorrentes da

maneira sob a qual a Companhia espera recuperar ou liquidar seus ativos e passivos.

Ativos e passivos fiscais diferidos são compensados somente se certos critérios forem atendidos.

2.19 Benefícios de pensão e pós-emprego A Companhia reconhece sua obrigação com planos de benefícios a empregados e os custos relacionados, líquidos dos ativos do plano, adotando as seguintes práticas:

(i) O custo de pensão e de outros benefícios pós-emprego adquiridos pelos empregados é determinado atuarialmente usando o método da unidade de crédito projetada e a melhor estimativa da Administração da performance esperada dos investimentos do plano para fundos, crescimento salarial, idade de aposentadoria dos empregados e custos esperados com tratamento de saúde. A taxa de desconto usada para determinar a obrigação de benefícios futuros é uma estimativa da taxa de juros corrente na data do balanço;

(ii) Os ativos do plano de pensão são avaliados a valor de mercado;

(iii) Os custos do serviço passado decorrente de correções do plano são amortizados linearmente

pelo período médio remanescente de serviço dos empregados ativos na data da correção;

(iv) Os ganhos e perdas atuariais são reconhecidos imediatamente no resultado abrangente do exercício;

(v) Reduções do plano resultam de alterações significativas do tempo de serviço esperado dos empregados ativos. É reconhecida uma perda líquida com redução quando o evento é provável e pode ser estimado, enquanto que o ganho líquido com redução é diferido até a sua realização.

Na contabilização dos benefícios de pensão e pós-emprego, são usadas várias estatísticas e outros fatores, na tentativa de antecipar futuros eventos, no cálculo da despesa e da obrigação relacionada com os planos. Esses fatores incluem premissas de taxa de desconto, retorno esperado dos ativos do plano, aumentos futuros do custo com tratamento de saúde e taxa de aumentos futuros de remuneração. Adicionalmente, consultores atuariais também usam fatores subjetivos, como taxas de desligamento, rotatividade e mortalidade para estimar estes fatores. As premissas atuariais usadas pela Companhia podem ser materialmente diferentes dos resultados reais devido a mudanças nas condições econômicas e de mercado, eventos regulatórios, decisões judiciais, taxas de desligamento maiores ou menores ou períodos de vida mais curtos ou longos dos participantes.

2.20 Capital social

Ações ordinárias

São classificadas como patrimônio líquido. Custos adicionais diretamente atribuíveis à emissão de

ações e opções são reconhecidos como dedução do patrimônio líquido, líquido de quaisquer efeitos

tributários.

Ações preferenciais

São classificadas no patrimônio líquido caso não sejam resgatáveis, ou resgatáveis somente por opção

da Companhia, e quaisquer dividendos sejam discricionários. Dividendos discricionários são

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reconhecidos como distribuições no patrimônio líquido na data da sua aprovação pelos acionistas da

Companhia.

A distribuição de dividendos mínimos obrigatórios e juros sobre capital próprio para os acionistas da

Marcopolo é reconhecida como um passivo nas demonstrações financeiras da Companhia ao final do

exercício, com base no estatuto social da Marcopolo. Qualquer valor acima do mínimo obrigatório

somente é provisionado na data em que são aprovados pelos acionistas, em Assembleia Geral

Ordinária.

2.21 Reconhecimento da receita

A receita compreende o valor justo da contraprestação recebida ou a receber pela comercialização de

produtos e serviços no curso normal das atividades da Companhia. A receita operacional é reconhecida

quando (i) os riscos e benefícios mais significativos inerentes a propriedade dos bens forem

transferidos para o comprador, (ii) for provável que benefícios econômicos financeiros fluirão para a

Companhia, (iii) os custos associados e a possível devolução de mercadorias puderem ser estimados

de maneira confiável, (iv) não haja envolvimento contínuo com os bens vendidos, e (v) o valor da

receita possa ser mensurado de maneira confiável. A receita é medida líquida de devoluções,

descontos comerciais e bonificações, bem como após a eliminação das vendas entre as empresas.

(a) Venda de ônibus

O reconhecimento da receita não ocorre até que: (i) os carros tenham sido entregues para o cliente; (ii)

os riscos de obsolescência e perda tenham sido transferidos para o cliente; (iii) o cliente tenha aceitado

os carros de acordo com o contrato de venda; e (iv) as disposições de aceitação tenham sido acordadas,

ou a Companhia tenha evidências objetivas de que todos os critérios para aceitação foram atendidos.

As vendas são registradas com base no preço especificado nos contratos de venda, e são descontadas

ao valor presente.

2.22 Receitas financeiras e despesas financeiras

As receitas e despesas financeiras da Companhia compreendem:

receita e despesa de juros;

ganhos/perdas líquidos na alienação de ativos financeiros disponíveis para venda;

ganhos/perdas líquidos de ativos financeiros mensurados pelo valor justo por meio do resultado;

ganhos/perdas líquidos de variação cambial sobre ativos e passivos financeiros;

perdas de valor justo em contraprestação contingente classificada como passivo financeiro;

perdas por redução ao valor recuperável em ativos financeiros (que não contas a receber);

ganhos/perdas líquidos nos instrumentos de hedge que são reconhecidos no resultado; e

reclassificações de ganhos líquidos previamente reconhecidos em outros resultados abrangentes.

A receita e a despesa de juros são reconhecidas no resultado pelo método dos juros efetivos.

A Companhia classifica os juros sobre capital próprio recebidos como fluxos de caixa das atividades

de investimento.

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2.23 Normas, alterações e interpretações de normas

(a) Normas, alterações e interpretações de normas existentes que ainda não estão em vigor:

Uma série de novas normas, alterações de normas e interpretações serão efetivas para exercícios

iniciados após 1º de janeiro de 2018 e não foram adotadas na preparação destas demonstrações

financeiras. A Companhia não planeja adotar estas normas de forma antecipada.

IFRS 9 - Financial Instruments (CPC 48 - Instrumentos Financeiros)

A IFRS 9, publicada em julho de 2014, substitui as orientações existentes na IAS 39 Financial

Instruments: Recognition and Measurement (Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e

Mensuração). A IFRS 9 inclui orientação revista sobre a classificação e mensuração de instrumentos

financeiros, um novo modelo de perda esperada de crédito para o cálculo da redução ao valor

recuperável de ativos financeiros e novos requisitos sobre a contabilização de hedge. A norma mantém

as orientações existentes sobre o reconhecimento e desreconhecimento de instrumentos financeiros da

IAS 39. A IFRS 9 é efetiva para exercícios iniciados em ou após 1º de janeiro de 2018. O impacto efetivo

da adoção da IFRS 9 nas demonstrações financeiras individuais e consolidadas da Companhia em 2018

não pode ser estimado com confiança, pois dependerá dos instrumentos financeiros existentes e das

condições econômicas em 2018, bem como de decisões e julgamentos contábeis que a Companhia fará

no futuro. No entanto, a Administração realizou uma avaliação preliminar do potencial impacto da

adoção da IFRS 9 com base em sua posição em 31 de dezembro de 2017 e concluiu que não haverá

impactos significativos. A Administração também avaliou o novo modelo de impairment para ativos

financeiros e chegou à mesma conclusão de que não haverá impactos significativos, uma vez que a

Companhia já vem trabalhando com um modelo híbrido de perdas esperadas e incorridas.

IFRS 15 - Revenue from Contracts with Customers (CPC 47 - Receita de Contratos com Clientes) A IFRS 15 exige uma entidade a reconhecer o montante da receita refletindo a contraprestação que ela

espera receber em troca do controle desses bens ou serviços. A nova norma vai substituir a maior parte

da orientação detalhada sobre o reconhecimento de receita que existe atualmente nas IFRS quando for

adotada. A nova norma é aplicável a partir de ou após 1º de janeiro de 2018. A norma poderá ser

adotada de forma retrospectiva, utilizando uma abordagem de efeitos cumulativos. A Administração

da Companhia analisou as suas operações com base no modelo de cinco etapas definido por esta nova

norma, quais sejam: identificação do contrato com o cliente, identificação das obrigações de

desempenho, determinação do preço da transação, alocação do preço da transação e reconhecimento

da receita. Com base nesta análise, a Administração concluiu que não haverá impactos significativos

para as demonstrações financeiras individuais e consolidadas da Companhia.

IFRS 16 - Leases (Operações de Arrendamento Mercantil)

Essa norma substitui a norma anterior de arrendamento mercantil, IAS 17/CPC 06 (R1) - Operações de

Arrendamento Mercantil, e interpretações relacionadas, e estabelece os princípios para o

reconhecimento, mensuração, apresentação e divulgação de arrendamentos para ambas as partes de um

contrato, ou seja, os clientes (arrendatários) e os fornecedores (arrendadores). Os arrendatários são

requeridos a reconhecer um passivo de arrendamento refletindo futuros pagamentos do arrendamento e

um "direito de uso de um ativo" para praticamente todos os contratos de arrendamento, com exceção

de certos arrendamentos de curto prazo e contratos de ativos de baixo valor. Para os arrendadores, o

tratamento contábil permanece praticamente o mesmo, com a classificação dos arrendamentos como

arrendamentos operacionais ou arrendamentos financeiros, e a contabilização desses dois tipos de

contratos de arrendamento de forma diferente. A nova norma é aplicável a partir de 1º de janeiro de

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2019. A Companhia está avaliando os efeitos da norma nas demonstrações financeiras e suas

divulgações.

Adicionalmente, não se espera que as seguintes novas normas ou modificações possam ter um impacto

significativo nas demonstrações financeiras consolidadas da Companhia.

Accounting for Aquisitions of Interests in Joint Operations (Contabilização de Aquisições de

participações em Operações em conjunto) (alteração do IFRS 11)

Acceptable Methods of Depreciation and Amortization (Métodos Aceitáveis de Depreciação e

Amortização) (alterações do CPC 27 / IAS 16 e CPC 04 / IAS 38)

Sale or Contribution of Assets Between an Investor and its Associate or Joint Venture

(Transferência ou Contribuição de Ativos entre um Investidor e sua Coligada ou

Empreendimento Controlado em Conjunto) (alterações do CPC 36 / IFRS 10 e CPC 18 / IAS

28)

Disclosure Initiative (Iniciativa de Divulgação) (Alteração do CPC 26 / IAS 1).

O Comitê de Pronunciamentos Contábeis ainda não emitiu pronunciamento contábil ou alteração nos

pronunciamentos vigentes correspondentes a todas as novas IFRS. Portanto, a adoção antecipada

dessas IFRS não é permitida para entidades que divulgam as suas demonstrações financeiras de acordo

com as práticas contábeis adotadas no Brasil.

3 Estimativas e julgamentos contábeis críticos

As estimativas e os julgamentos contábeis são continuamente avaliados e baseiam-se na experiência

histórica e em outros fatores, incluindo expectativas de eventos futuros, consideradas razoáveis

para as circunstâncias.

Com base em premissas, a Companhia faz estimativas com relação ao futuro. Por definição, as

estimativas contábeis resultantes raramente serão iguais aos respectivos resultados reais. As

estimativas e premissas que apresentam um risco significativo, com probabilidade de causar um ajuste

relevante nos valores contábeis de ativos e passivos para o próximo exercício social, estão

contempladas na nota explicativa 2.1 (c).

4 Gestão de risco financeiro

4.1 Fatores de risco

(a) Risco de mercado

(i) Risco cambial

Os resultados da Companhia estão suscetíveis a variações, pois os seus ativos e passivos estão

atrelados à volatilidade da taxa de câmbio, principalmente do dólar norte-americano.

Como estratégia para prevenção a redução dos efeitos da flutuação da taxa de câmbio, a

Administração tem adotado a política de manter hedge natural com a manutenção de ativos vinculados

suscetíveis também à variação cambial.

Em 31 de dezembro de 2017 e 2016, a Companhia possuía ativos, passivos e forwards denominados

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31 de dezembro de 2017 e 2016

em moeda estrangeira nos montantes descritos a seguir (em milhares de reais):

Consolidado

2017

Contas a

receber de clientes Fornecedores Empréstimos Forwards

Moedas

Dólares americanos 339.614 41.172 332.336 334.117

Dólares australianos 33.936 32.372 90.527 26.146

Pesos chilenos - - 3.993 -

Randes sul-africanos 14.143 3.528 808 808

Renminbis chinês 8.706 10.423 20.262 -

396.399 87.495 447.926 361.071

Consolidado

2016

Contas a

receber de clientes Fornecedores Empréstimos Forwards

Moedas

Dólares americanos 316.507 15.458 322.577 196.797

Dólares australianos 43.023 26.677 74.243 30.480

Randes sul-africanos 20.466 49 842 5.138

Renminbis chinês 18.787 - 15.756 -

398.783 42.184 413.418 232.415

(ii) Risco de taxa de juros Os resultados da Companhia são suscetíveis a perdas por conta de flutuações nas taxas de juros que aumentem as despesas financeiras relativas a empréstimos e financiamentos captados no mercado, ou diminuam as receitas financeiras relativas às aplicações financeiras. A Companhia monitora continuamente as taxas de juros de mercado com o objetivo de avaliar a eventual necessidade de contratação de novas operações para proteger-se contra o risco de volatilidade dessas taxas.

(iii) Risco de preço de vendas e compras Considerando-se que as exportações são equivalentes a 33,4% das receitas previstas para 2018, a eventual volatilidade da taxa de câmbio representa, na verdade, um risco de preço que poderá alterar os resultados planejados pela Administração. De outro lado, as compras de matérias-primas consideradas commodities representam aproximadamente 27% do total das compras e desta forma sujeita a Companhia aos efeitos das oscilações nos preços de mercado destes itens. Para mitigar esses riscos, a Companhia monitora permanentemente a evolução de preços.

(b) Risco de crédito O risco de crédito é administrado corporativamente. O risco de crédito decorre de caixa e equivalentes de caixa, instrumentos financeiros derivativos, depósitos em bancos e instituições financeiras, bem como de exposições de crédito a clientes, incluindo contas a receber em aberto e operações compromissadas.

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Se não houver uma classificação independente, a área de análise de crédito avalia a qualidade do crédito do cliente, levando em consideração sua posição financeira, experiência passada e outros fatores. Os limites de riscos individuais são determinados com base em classificações internas ou externas de acordo com os limites determinados pelo Conselho de Administração. A utilização de limites de crédito é monitorada regularmente. A Companhia possui ainda, a provisão para créditos de liquidação duvidosa no montante de R$ 39.470 (controladora) e R$ 120.180 (consolidado) em 31 de dezembro de 2017 (R$ 29.430 e R$ 87.893 em 31 de dezembro de 2016) representativos de 9,5% e 8,8,%, respectivamente, do saldo de contas a receber da controladora e do consolidado em aberto (6,4% e 6,0% em 31 de dezembro de 2016), a qual foi constituída para fazer face ao risco de crédito.

(c) Risco de liquidez É o risco de a Companhia não dispor de recursos líquidos suficientes para honrar seus compromissos financeiros, em decorrência de descasamento de prazo ou de volume entre os recebimentos e pagamentos previstos. Para administrar a liquidez do caixa em moeda nacional e estrangeira, são estabelecidas premissas de desembolsos e recebimentos futuros, sendo monitoradas diariamente pela área de Tesouraria.

Consolidado

2017

Fluxo de caixa contratual

Valor contábil

Total

Entre um

e dois anos

Entre dois

e cinco anos

Acima de

cinco anos

Passivos financeiros não derivativos

Empréstimos e financiamentos 1.940.666 2.175.244 894.605 1.082.033 198.606

Fornecedores 366.399 366.399 366.399 - -

Passivos financeiros derivativos

Instrumentos financeiros derivativos 2.811 2.811 2.811 - -

Consolidado

2016

Fluxo de caixa contratual

Valor contábil

Total

Entre um

e dois anos

Entre dois

e cinco anos

Acima de

cinco anos

Passivos financeiros não derivativos

Empréstimos e financiamentos 2.299.234 2.616.781 978.687 1.395.853 242.241

Fornecedores 251.454 251.454 251.454 - -

Passivos financeiros derivativos

Instrumentos financeiros derivativos 492 492 492 - -

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(d) Análise de sensibilidade adicional requerida pela CVM

Apresentamos, a seguir, quadro demonstrativo de análise de sensibilidade dos instrumentos financeiros,

que descreve os riscos que podem gerar variações materiais para a Companhia, com cenário mais

provável (cenário I) segundo avaliação efetuada pela Administração, considerando um horizonte de 12

meses, quando deverão ser divulgadas as próximas demonstrações financeiras. Adicionalmente, dois

outros cenários são demonstrados que, caso ocorram, possam gerar resultados adversos para a

Companhia, sendo o cenário II uma possível deterioração de 25% e o cenário III uma deterioração de

50%, nos termos determinados pela CVM, por meio da Instrução no 475/08.

Cenário

provável

Premissas Efeitos das contas sobre o resultado (Cenário I ) (Cenário II ) (Cenário III )

CDI - % 6,50 8,13 9,75

TJLP - % 7,00 8,75 10,50

Taxa cambial - US$ 3,30 4,13 4,95

Taxa cambial - Euro 3,90 4,88 5,85

LIBOR - % 1,75 2,19 2,63

Custo do ACC deságio - % 4,04 5,05 6,06

Aplicações financeiras 57.685 72.095 86.501

Relações interfinanceiras 81.752 92.709 103.665

Empréstimos e financiamentos (111.976 ) (196.153 ) (280.967 )

Forwards 2.481 (58.031 ) (109.583 )

Contas a receber subtraído do contas a pagar (691 ) 76.362 153.416

Ganho/(Perda) 29.251 (13.018 ) (46.968 )

4.2 Gestão de capital

O objetivo da Companhia ao gerenciar capital é de resguardar a habilidade de sua continuidade

operacional, para garantir retorno aos acionistas, mantendo uma estrutura otimizada de capital para

reduzir custos de capital.

Visando a sustentabilidade e perpetuação das atividades, além dos aspectos sociais e ambientais, a

Companhia enfatiza os resultados econômico-financeiros, que resultam em agregação de valor ao

negócio e retorno aos acionistas. Para acompanhamento do desempenho foi adotada, a partir de 2001, a

metodologia denominada Gestão de Valor Agregado (GVA), a qual direciona o foco das ações

operacionais em que resultem em superior desempenho financeiro. Esse programa treinou o pessoal no

desenvolvimento e uso de instrumentos de aferição e controle do atingimento das metas, facilitando a

simulação e análise da eficiência na gestão do capital de giro e dos efeitos de novos investimentos na

rentabilidade da Companhia. Concomitantemente, a Marcopolo adotou os conceitos do BSC (Balanced

Score Card) que traduz a estratégia de cada unidade em objetivos, direcionadores, metas e planos de

ação, os quais são monitorados e gerenciados com frequência. As ferramentas relacionadas aos objetivos

são: WACC (Weighted Average Cost Of Capital), Dívida líquida/EBITDA (Earnings Before Interest,

Taxes, Depreciation and Amortization) e Relação Dívida/Patrimônio Líquido. Nos últimos anos, esses

indicadores chave foram:

WACC - entre 8% e 12% a.a.

Dívida Líquida/EBITDA - entre 1,50x e 2,50x

Relação Dívida/Patrimônio Líquido - entre 25% e 80%

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31 de dezembro de 2017 e 2016

Os índices de alavancagem financeira em 31 de dezembro de 2017 e 2016 podem ser assim sumariados

(Nota 31):

Consolidado Segmento Industrial Segmento Financeiro

2017 2016 2017 2016 2017 2016

Total dos empréstimos 1.940.666 2.299.234 1.442.663 1.645.904 498.003 653.330

Instrumentos financeiros derivativos 2.811 492 2.811 492 - -

Menos: caixa e equivalentes de caixa (958.759 ) (1.209.459 ) (946.698 ) (1.164.763 ) (12.061 ) (44.909 )

Menos: aplicações financeiras (187.373 ) (224.151 ) (187.373 ) (224.151 ) - -

Menos: instrumentos financeiros derivativos (445 ) (6.498 ) (445 ) (6.498 ) - -

Dívida líquida (A) 796.900 859.618 310.958 250.984 485.942 608.421

Total do patrimônio líquido (B) 1.928.612 1.868.517 1.694.943 1.636.984 233.669 231.533

Índice de alavancagem financeira - % (A/B) 41 46 18 15 208 263

4.3 Estimativa do valor justo

Pressupõe-se que os saldos das contas a receber de clientes e contas a pagar aos fornecedores pelo valor

contábil, menos a perda (impairment), esteja próxima de seus valores justos. O valor justo dos passivos

financeiros, para fins de divulgação, é estimado mediante o desconto dos fluxos de caixa contratuais

futuros pela taxa de juros vigente no mercado, que está disponível para a Companhia para instrumentos

financeiros similares.

A Companhia aplica o CPC 40/IFRS 7 para instrumentos financeiros mensurados no balanço

patrimonial pelo valor justo, o que requer divulgação das mensurações do valor justo pelo nível da

seguinte hierarquia de mensuração pelo valor justo:

. Preços cotados (não ajustados) em mercados ativos para ativos e passivos idênticos (nível 1);

. Informações, além dos preços cotados, incluídas no nível 1 que são adotadas pelo mercado para o

ativo ou passivo, seja diretamente (ou seja, como preços) ou indiretamente (ou seja, derivados dos

preços) (nível 2); e

. Inserções para os ativos ou passivos que não são baseadas nos dados adotados pelo mercado (ou seja,

inserções não observáveis) (nível 3).

A tabela abaixo apresenta os ativos e passivos da Companhia mensurados pelo valor justo em 31 de

dezembro de 2017 e 2016, os quais foram integralmente classificados no nível 2:

Consolidado

2017 2016

Ativos

Ativos financeiros ao valor justo por meio do resultado

- Derivativos para negociação 445 6.498

Ativos disponíveis para venda

- Certificados de depósitos bancários 187.373 224.151

187.818 230.649

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31 de dezembro de 2017 e 2016

Ativos disponíveis para venda

- Partes relacionadas 14.118 18.817

Passivos

Passivo financeiro ao valor justo por meio do resultado

- Derivativos para negociação 2.811 492

2.811 492

4.4 Outros fatores de risco

A Companhia, por iniciativa do Conselho de Administração, poderá efetuar procedimentos de

avaliação interna sempre que fatores externos ou internos indiquem a possibilidade de que distorções

nas demonstrações financeiras, perdas financeiras ou danos à sua imagem tenham ocorrido. Tais

procedimentos são realizados de forma independente, com ou sem apoio de especialistas externos, e

seus resultados são reportados ao Conselho de Administração.

5 Instrumentos financeiros por categoria

(a) Ativos financeiros mensurados ao valor justo através do resultado

(i) Aplicações financeiras - As aplicações financeiras são classificadas como destinadas à

negociação. O valor de mercado está refletido nos valores registrados nos balanços patrimoniais;

e

(ii) Derivativos - Os instrumentos derivativos contratados pela Companhia têm o propósito de

proteger suas operações de pedidos em carteira e exposição contra os riscos de flutuação nas

taxas de câmbio e de juros, e não são utilizados para fins especulativos.

(b) Empréstimos e recebíveis

(i) Caixa e equivalente de caixa - Os saldos em contas correntes mantidos em bancos têm seus

valores de mercado similares aos saldos contábeis, considerando as suas características e

vencimentos;

(ii) Contas a receber de clientes - Valores a receber de clientes pela venda de mercadorias e

prestação de serviços; e

(iii) Partes relacionadas – Representada por empréstimos de mútuo.

(c) Disponível para venda

Aplicações financeiras – Representada por aplicações em Certificados de Depósitos

Bancários.

(d) Passivos financeiros mensurados ao valor justo por meio do resultado

Derivativos - Os instrumentos derivativos contratados pela Companhia têm o propósito de

proteger suas operações de pedidos em carteira e exposição contra os riscos de flutuação nas

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Demonstrações financeiras em

31 de dezembro de 2017 e 2016

taxas de câmbio e de juros, e não são utilizados para fins especulativos.

(e) Outros passivos financeiros

(i) Empréstimos e financiamentos - Os empréstimos e financiamentos são registrados com base

nos juros contratuais de cada operação. A diferença entre o valor contábil e o valor de

mercado, apurada pelo método do fluxo de caixa descontado, pode ser assim sumariada:

Consolidado Consolidado

2017 2016

Natureza do ativo

Valor

patrimonial

Valor de

mercado

Valor

patrimonial

Valor de

mercado

Empréstimos e financiamentos 1.940.666 1.927.858 2.299.234 2.273.390

(ii) Fornecedores – Representado por valores a pagar por compra de mercadorias e serviços.

(f) Instrumentos financeiros derivativos

O quadro a seguir apresenta uma estimativa do valor de mercado de nossa posição com os contratos de

NDFs e Forward. Os ganhos e perdas não realizados nas operações com derivativos são registrados (se

perda) na rubrica de instrumentos financeiros derivativos ou (se ganho) em instrumentos financeiros

derivativos e a contrapartida no resultado na rubrica de receitas ou despesas financeiras - variação

cambial, respectivamente.

Ativos

Valor

nocional

Valor justo Valores

a receber

Empresa Contraparte Posição Inicial Final 2017 2017 2016 2017 2016

Marcopolo USD mil BRADESCO Venda 26.10.17 16.02.18 5.000 45 773 45 773 SANTANDER Venda 26.12.17 24.04.18 10.030 132 3.059 132 3.059 FIBRA Venda 11.12.17 17.04.18 5.306 52 1.076 52 1.076

229 4.908 229 4.908

Masa USD mil STD Compra - 54 - 54 ABSA Compra - 45 - 45

- 99 - 99

MP Austrália USD mil WESTERN UNION Compra 16.10.17 06.12.18 3.800 69 472 69 472 CITIBANK Compra - 17 - 17 CNY mil CITIBANK Compra 16.10.17 29.03.18 10.447 95 266 95 266 CHF mil CITIBANK Compra - 18 - 18 SGD mil

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Demonstrações financeiras em

31 de dezembro de 2017 e 2016

CITIBANK Compra 16.10.17 11.10.18 1.240 24 4 24 4

188 777 188 777

San Marino USD mil SANTANDER Venda 07.12.17 16.02.18 1.465 9 - 9 -

9 - 9 -

Ciferal USD mil BRADESCO Venda 03.11.17 15.03.18 1.800 19 - 19 -

19 - 19 -

Polomex USD mil MONEX Compra - 714 - 714

- 714 - 714

445 6.498 445 6.498

Passivos

Valor

nocional

Valor justo Valores a pagar

Empresa Contraparte Posição Inicial Final 2017 2017 2016 2017 2016

Marcopolo USD mil BRADESCO Venda 23.10.17 20.02.18 5.500 (199 ) (182 ) (199 ) (182 ) SANTANDER Venda 25.10.17 26.04.18 19.035 (579 ) (250 ) (579 ) (250 ) FIBRA Venda 27.10.17 29.03.18 10.175 (203 ) - (203 ) - SAFRA Venda 07.12.17 22.03.18 1.425 (5 ) - (5 ) -

(986 ) (432 ) (986 ) (432 )

Ciferal USD mil BRADESCO Venda 27.10.17 17.05.18 24.600 (553 ) (1 ) (553 ) (1 )

(553 ) (1 ) (553 ) (1 )

San Marino USD mil SANTANDER Venda 28.11.17 20.02.18 4.605 (110 ) - (110 ) -

(110 ) - (110 ) -

MP Austrália USD mil WESTERN UNION Compra 16.10.17 16.10.18 296 (34 ) (10 ) (34 ) (10 ) SGD mil CITIBANK Compra 28.10.17 16.01.18 316 (1 ) (1 ) (1 ) (1 ) CHF mil CITIBANK Compra 16.10.17 06.12.18 1.013 (85 ) (11 ) (85 ) (11 )

(120 ) (22 ) (120 ) (22 )

Masa USD mil STD Compra 22.11.17 31.05.18 2.755 (864 ) - (864 ) - ABSA Compra 22.11.17 31.05.18 518 (178 ) - (178 ) -

(1.042 ) - (1.042 ) -

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Demonstrações financeiras em

31 de dezembro de 2017 e 2016

Polomex USD mil MONEX Compra 10.500 - (37 ) - (37 )

- (37 ) - (37 )

(2.811 ) (492 ) (2.811 ) (492 )

A Marcopolo auferiu ganhos e perdas com derivativos nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2017 e de 2016 conforme abaixo: Ganhos/perdas realizados

Juros sobre derivativos Variação Cambial sobre derivativos

2017 2016 2017 2016

Marcopolo 13.117 10.753 603 12.218 Ciferal - - (810 ) - Volare ES - (270 ) 10 (300 ) San Marino (49 ) - (4.202 ) - Masa - - - (299 ) Polomex - - 5.547 -

6 Demonstrações financeiras consolidadas

As demonstrações financeiras consolidadas incluem as demonstrações da Marcopolo S.A. e suas

controladas, a seguir relacionadas:

(a) Controladas

Percentual de participação

2017 2016

Direta Indireta

Não

controladores Direta Indireta

Não

controladores

Apolo 65,00 - 35,00 65,00 - 35,00 Banco Moneo - 100,00 - - 100,00 - Ciferal 99,99 0,01 - 99,99 0,01 - Ilmot 100,00 - - 100,00 - - MAC 100,00 - - 100,00 - - MBC 100,00 - - - - - MIC 100,00 - - 100,00 - - Masa 100,00 - - 100,00 - - Trading 99,99 - 0,01 99,99 - 0,01 Moneo 100,00 - - 100,00 - - MP Austrália 100,00 - - 100,00 - - MP Canadá 100,00 - - 100,00 - - Pologren (1) - 100,00 - - 75,00 25,00 Volgren (1) - 100,00 - - 75,00 25,00 Polomex 3,61 70,39 26,00 3,61 70,39 26,00 San Marino 100,00 - - 100,00 - - Rotas do Sul (2) - 100,00 - - 100,00 - San Marino México (2) - 100,00 - - 100,00 - NewRoad (2) - 100,00 - - 100,00 - Neobus Chile (2) - 100,00 - - 100,00 - Syncroparts 99,99 0,01 - 99,99 0,01 -

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Demonstrações financeiras em

31 de dezembro de 2017 e 2016

Volare Veículos 99,90 0,10 - 99,90 0,10 - Volare Comércio 99,90 0,10 - 99,90 0,10 - Volare Peru 99,90 0,10 - 99,90 0,10 -

(1) Consolida na MP Austrália.

(2) Consolida na San Marino.

Na elaboração das demonstrações financeiras consolidadas, merecem destaque as seguintes práticas:

(a) Eliminação dos saldos das contas de ativos e passivos entre as empresas consolidadas;

(b) Eliminação das participações no capital, reservas e lucros acumulados das empresas controladas;

(c) Eliminação dos saldos de receitas e despesas, bem como de lucros não realizados, decorrentes de negócios entre as empresas. Perdas não realizadas são eliminadas da mesma maneira, mas apenas quando não há evidências de dificuldades na recuperação dos ativos relacionados;

(d) Eliminação dos encargos de tributos sobre a parcela de lucro não realizado e apresentados como tributos diferidos no balanço patrimonial consolidado; e

(e) Destaque do valor da participação dos acionistas não controladores nas demonstrações financeiras consolidadas.

(b) Empreendimentos controlados em conjunto (não consolidadas)

Percentual de participação

2017 2016

Direta Indireta Direta Indireta

GB Polo - - 49,00 -

Kamaz 50,00 - 50,00 -

Loma 50,00 - 50,00 -

Metalpar (1) 1,00 49,00 1,00 49,00

Metalsur (1) - 25,50 - 25,50

Marsa (1) - - - 50,00

Superpolo 20,61 29,39 20,61 29,39

TMML 49,00 - 49,00 -

(1) Consolida no empreendimento controlado em conjunto (não consolidada) na Loma;

O montante dos principais saldos das demonstrações financeiras dessas sociedades encontra-se

demonstrado como segue:

Ativo Passivo Receita líquida Lucro (prejuízo )

2017 2016 2017 2016 2017 2016 2017 2016

Kamaz 1.249 5.473 1.709 10.577 73 2.315 (732 ) 570

Loma 256.199 227.120 193.291 159.214 471.143 371.993 16.800 15.588

Superpolo 228.628 216.494 140.986 137.731 172.209 249.748 18.016 14.794

TMML 197.134 188.822 143.614 147.791 268.086 244.842 8.729 4.547

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Demonstrações financeiras em

31 de dezembro de 2017 e 2016

(c) Coligadas (não consolidadas)

Percentual de participação

2017 2016

Direta Indireta Direta Indireta

GB Polo 20,00 - - -

Mercobus 40,00 - 40,00 -

New Flyer - 10,47 - 10,81

Setbus 25,10 21,96 25,10 21,96

Spheros 40,00 - 40,00 -

Spheros Colômbia (1) - 40,00 - 40,00

Spheros México (1) - 40,00 - 40,00

WSul 30,00 - 30,00 - (1) Consolida na coligada (não consolidada) Spheros.

O montante dos principais saldos das demonstrações financeiras dessas sociedades encontra-se

demonstrado como segue:

Ativo Passivo Receita líquida Lucro (prejuízo)

2017 2016 2017 2016 2017 2016 2017 2016

GBPolo 20.044 54.299 28.576 73.919 28.793 45.446 (4.529 ) (27.186 )

Mercobus 3.914 6.989 621 1.786 8.447 11.330 2.485 4.680

Setbus 13.605 11.349 26.454 24.978 17.150 2.460 781 (2.430 )

Spheros 125.776 82.207 48.651 31.274 166.813 159.558 25.648 18.503

WSul 11.170 12.475 1.253 1.852 24.661 23.750 3.293 4.360

A seguir apresentamos a natureza das participações:

Apolo Soluções em Plásticos Ltda. – com participação de 65% no capital está localizada em Caxias do Sul, Estado

do Rio Grande do Sul, Brasil e tem por objeto a injeção de peças plásticas, desenvolvimento, fabricação e comércio

de produtos e materiais plásticos.

Moneo Investimentos S. A. – Controlada integral, localizada em Caxias do Sul, Estado do Rio Grande do Sul,

Brasil. A Moneo tem por objeto a participação em outras sociedades, exclusivamente, naquelas que se

caracterizem por ser instituições financeiras ou outras instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do

Brasil e tem a seguinte controlada integral:

Banco Moneo S. A. – localizada em Caxias do Sul, Estado do Rio Grande do Sul, Brasil, tem por objeto

a atividade bancária em geral, em todas as modalidades para as quais for autorizada pelo Banco Central

e atua no mercado do Brasil.

Ciferal Indústria de Ônibus Ltda. – Controlada integral, localizada em Duque de Caxias, Estado do Rio de Janeiro,

Brasil, tem por objeto fabricar carrocerias para ônibus e micro-ônibus, suas peças, partes, componentes e

acessórios, de sua própria fabricação.

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31 de dezembro de 2017 e 2016

San Marino Ônibus Ltda. – Controlada integral, localizada em Caxias do Sul, Estado do Rio Grande do Sul, Brasil.

A San Marino tem por objeto fabricar carrocerias para ônibus e micro-ônibus, suas peças, partes, componentes e

acessórios, de sua própria fabricação e participação em outras sociedades, tendo as seguintes controladas:

San Marino Bus de México S. A. de C.V. – Controlada integral, localizada em Toluca, Estado do México,

México, tem por objeto fabricar carrocerias para ônibus.

Rotas do Sul Logística Ltda. – Controlada integral, localizada em Caxias do Sul, Estado do Rio Grande

do Sul, Brasil, tem por objeto serviços de transporte.

NewRoad México S.A. de C.V. – Controlada integral, localizada no México, tem por objeto acoplamento

de carrocerias e comercialização de peças.

Neobus Chile SPA. – Controlada integral, localizada no Chile, tem por objeto a comercialização de

produtos e peças.

Ilmot International Corporation. – Controlada integral, localizada no Uruguai. A Ilmot tem por objeto a

participação em outras sociedades e tem as seguintes controladas/coligadas:

Polomex S. A. de C. V. – localizada em Monterrey, Nuevo León, México, com participação de 70,39%

no capital. A Polomex tem por objeto fabricar carrocerias para ônibus.

Superpolo S.A.S. – localizada na Colômbia, com participação de 29,39% no capital. A Superpolo tem

por objeto fabricar carrocerias para ônibus.

Marcopolo Auto Componentes Co. – Controlada integral, localizada em ChangZhou City, China, tem por objeto

buscar o desenvolvimento e a promoção de vendas de componentes para ônibus.

Marcopolo Austrália Holdings Pty Ltd. – Controlada integral, localizada em Melbourne, Austrália. A MP Austrália

tem por objeto a participação em outras sociedades e tem a seguinte controlada:

Pologren Austrália Holdings Pty Ltd. – Controlada, localizada em Melbourne, Austrália. A Pologren tem

por objeto a participação em outras sociedades e tem a seguinte controlada:

Volgren Austrália Pty Limited. – localizada em Melbourne, Austrália, com participação de 75% no

capital. A Volgren tem por objeto fabricar carrocerias para ônibus.

Marcopolo (Changzhou) Bus Manufacturing Co;Ltd. – Controlada integral, localizada em ChangZhou City, China,

tem por objeto o desenvolvimento e fabricação de carrocerias e componentes para ônibus.

Marcopolo Canadá Holdings Corp. – Controlada integral, localizada no Canadá. A MP Canadá tem por objeto a

participação em outras sociedades e tem a seguinte coligada:

New Flyer Industries Inc. – localizada no Canadá, com participação de 10,47% no capital. A New Flyer

tem por objeto a fabricação de ônibus.

Marcopolo International Corp. – Controlada integral, localizada nas Ilhas Virgens Britânicas. Atualmente as

atividades desta controlada estão paralisadas.

Marcopolo South África Pty Ltd. – Controlada integral, localizada em Johannesburg, África do Sul, tem por objeto

fabricar carrocerias para ônibus.

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Demonstrações financeiras em

31 de dezembro de 2017 e 2016

Marcopolo Trading S. A. – Controlada integral, localizada em Caxias do Sul, Estado do Rio Grande do Sul, Brasil.

Tem por objeto a prestação de serviços técnicos relacionados com o comércio exterior.

Superpolo S.A.S. – localizada na Colômbia, com participação de 20,61% no capital. A Superpolo tem por objeto

fabricar carrocerias para ônibus.

Syncroparts Com e Distr. de Peças Ltda. – Controlada integral, localizada em Caxias do Sul, Estado do Rio Grande

do Sul, Brasil. Tem por objeto o comércio e distribuição de peças para veículos automotores, e participações em

outras sociedades.

Volare Veículos Ltda. – Controlada integral, localizada em São Matheus, Estado do Espírito Santo, Brasil, tem

por objeto fabricar carrocerias para ônibus e micro-ônibus, suas peças, partes, componentes e acessórios, de sua

própria fabricação.

Volare Comércio e Distribuição de Veículos e Peças Ltda. – Controlada integral, localizada em São Paulo, Estado

de São Paulo, Brasil, e tem por objeto o comércio por atacado de peças e acessórios para veículos automotores.

Volare Del Perú S.A.C. – Controlada integral, localizada no Peru, e tem por objeto o comércio de veículos bem

como peças e acessórios.

GB Polo Bus Manufacturing S. A. E. – Coligada, com participação de 20% no capital, localizada em Suez, Egito,

tem por objeto fabricar carrocerias para ônibus.

Kamaz Marco LLC. – Coligada, com participação de 50% localizada em Moscow, Federação da Rússia, tem por

objeto fabricar carrocerias para ônibus.

Loma Hermosa S. A. – Coligada, com participação de 50% no capital, localizada na Província de Buenos Aires,

Argentina. A Loma tem por objeto a participação em outras sociedades e tem as seguintes controladas/coligadas:

Metalpar S.A. – Controlada, com participação de 98% no capital, localizada na Província de Buenos

Aires, Argentina. A Metalpar tem por objeto fabricar carrocerias para ônibus.

Metalsur Carrocerias S.R.L. – Controlada, com participação de 51% no capital, localizada na Província

de Santa Fé, Argentina. A Metalsur tem por objeto fabricar carrocerias para ônibus.

Tata Marcopolo Motors Limited. – Coligada, com participação de 49% no capital, localizada em Dharwad, Índia,

tem por objeto fabricar carrocerias para ônibus.

Mercobus S.A.C. – Coligada, com participação de 40% no capital, localizada no Peru, tem por objeto a

representação comercial de carrocerias para ônibus.

Setbus Soluções Automotivas Ltda. – Coligada, com participação direta de 25,10% e participação indireta de

21,96% no capital, localizada em Caxias do Sul, Estado do Rio Grande do Sul, Brasil. A Setbus tem por objeto

soluções automotivas.

Spheros Climatização do Brasil S. A. – Coligada, com participação de 40% no capital, localizada em Caxias do

Sul, Estado do Rio Grande do Sul, Brasil. A Spheros tem por objeto a montagem, comercialização, importação e

exportação de equipamentos de refrigeração e climatização e participação em outras sociedades, tendo as

seguintes controladas:

Spheros México S. A. de C. V. – Controlada integral, localizada no México e tem por objeto a montagem,

comercialização, importação e exportação de equipamentos de refrigeração e climatização.

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Demonstrações financeiras em

31 de dezembro de 2017 e 2016

Spheros Thermosystems Colômbia Ltda. – Controlada integral, localizada na Colômbia e tem por objeto

a montagem, comercialização, importação e exportação de equipamentos de refrigeração e climatização.

WSul Espumas Indústria e Comércio Ltda. – Coligada, com participação de 30% no capital, localizada em Caxias

do Sul, Estado do Rio Grande do Sul, Brasil. A WSul tem por objeto a fabricação e comercialização de espuma

de poliuretano moldados e seus derivados.

7 Caixa e equivalentes de caixa e ativos financeiros e derivativos

7.1 Caixa e equivalentes de caixa

Controladora Consolidado

2017 2016 2017 2016

Caixa e depósitos bancários

No Brasil 26.138 24.954 49.157 30.821

No exterior 190 138 99.805 118.441

Títulos e valores mobiliários de liquidez imediata

No Brasil (*) 713.201 891.903 809.797 1.022.078

No exterior - - - 38.119

Total do caixa e equivalente de caixa 739.529 916.995 958.759 1.209.459

(*) Corresponde, substancialmente, a aplicações em Certificados de Depósitos Bancários (CDB),

remuneradas a taxas que variam entre 98% e 102% do CDI, resultando uma média ponderada

de aproximadamente 100,1% do CDI em 31 de dezembro de 2017.

7.2 Ativos financeiros mensurados ao valor justo através do resultado, disponíveis para venda e

instrumentos financeiros derivativos

Controladora Consolidado

2017 2016 2017 2016

Circulante

Mantidos para negociação

Derivativos – mercado a termo (Non Deliverable

Forwards) 229 4.908 445 6.498

Disponíveis para venda

Certificados de depósitos bancários (*) 187.289 222.997 187.373 224.151

187.518 227.905 187.818 230.649

Não circulante

Disponíveis para venda

Partes relacionadas 14.616 24.966 14.118 18.817

14.616 24.966 14.118 18.817

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Marcopolo S.A.

Demonstrações financeiras em

31 de dezembro de 2017 e 2016

(*) Corresponde, substancialmente, a aplicações em Certificados de Depósitos Bancários (CDB),

remuneradas a taxas que variam entre 100% e 100,25% do CDI, resultando uma média ponderada

de aproximadamente 100,05% do CDI em 31 de dezembro de 2017.

Os instrumentos financeiros derivativos são apresentados como ativo ou passivo circulante. A

Companhia não possui instrumentos financeiros que tenham sido registrados segundo o método de

hedge accounting de acordo com IAS 39.

8 Contas a receber de clientes

Controladora Consolidado

2017 2016 2017 2016

Circulante

No mercado nacional 151.266 178.047 253.066 250.288

No mercado externo 227.575 226.943 390.600 408.433

Partes relacionadas 39.611 58.206 - -

Relações interfinanceiras - - 267.862 315.934

Ajuste a valor presente (2.017 ) (3.051 ) (2.727 ) (4.599 )

Provisão para créditos de liquidação duvidosa (39.470 ) (29.430 ) (87.491 ) (69.240 )

376.965 430.715 821.310 900.816

Não circulante

No mercado externo - - 15.673 -

Relações interfinanceiras - - 445.789 500.296

Provisão para créditos de liquidação duvidosa - - (32.689 ) (18.653 )

- - 428.773 481.643

376.965 430.715 1.250.083 1.382.459

As relações interfinanceiras referem-se a operações de crédito por financiamentos de ônibus pelo

Banco Moneo, através de repasses do programa FINAME do BNDES.

A composição de contas a receber de clientes por vencimento é a seguinte:

Controladora Consolidado

2017 2016 2017 2016

Valores a vencer 310.603 310.137 1.155.439 1.242.492

Vencidos:

Até 30 dias 30.214 31.841 53.185 47.912

Entre 31 e 60 dias 5.663 5.461 14.304 12.075

Entre 61 e 90 dias 2.348 3.433 15.350 7.560

Entre 91 e 180 dias 5.639 13.123 27.662 40.169

Acima de 181 dias 63.985 99.201 107.050 124.743

Ajuste a valor presente (2.017 ) (3.051 ) (2.727 ) (4.599 )

Provisão para créditos de liquidação duvidosa (39.470 ) (29.430 ) (120.180 ) (87.893 )

376.965 430.715 1.250.083 1.382.459

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Demonstrações financeiras em

31 de dezembro de 2017 e 2016

A movimentação da provisão para créditos de liquidação duvidosa está demonstrada abaixo:

Controladora Consolidado

Saldo em 1o de janeiro de 2016 (32.572 ) (77.588 )

Provisão registrada no exercício (2.056 ) (28.298 )

Reversão de provisão contra contas a receber (write-off) 6.063 16.951

Variação cambial (865 ) 1.042

Saldo em 31 de dezembro de 2016 (29.430 ) (87.893 )

Provisão registrada no exercício (10.040 ) (38.135 )

Reversão de provisão contra contas a receber (write-off) - (140 )

Variação cambial - 5.988

Saldo em 31 de dezembro de 2017 (39.470 ) (120.180 )

Contas a receber são denominadas nas seguintes moedas:

Controladora Consolidado

2017 2016 2017 2016

Reais 149.390 203.772 853.684 983.676

Dólar Americano 227.575 226.943 339.614 316.507

Dólar Australiano - - 33.936 43.023

Rande - - 14.143 20.466

Renminbi - - 8.706 18.787

376.965 430.715 1.250.083 1.382.459

9 Estoques

Controladora Consolidado

2017 2016 2017 2016

Produtos acabados 73.467 65.475 114.125 104.192

Produtos em elaboração 43.802 40.817 114.639 116.790

Matérias-primas e auxiliares 118.856 101.316 282.213 222.404

Adiantamentos a fornecedores e outros 4.990 7.821 18.421 35.647

Provisão para perdas nos estoques (2.248 ) (3.313 ) (8.034 ) (6.976 )

238.867 212.116 521.364 472.057

A movimentação da provisão para perdas nos estoques está demonstrada abaixo: Controladora Consolidado

Saldo em 1o de janeiro de 2016 (857 ) (7.328 ) Reversão de provisão 741 7.247 Provisão registrada no exercício (3.197 ) (8.339 ) Variação cambial - 1.444 Saldo em 31 de dezembro de 2016 (3.313 ) (6.976 )

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Demonstrações financeiras em

31 de dezembro de 2017 e 2016

Reversão de provisão 4.171 7.578 Provisão registrada no exercício (3.106 ) (8.409 ) Variação cambial - (227 ) Saldo em 31 de dezembro de 2017 (2.248 ) (8.034 )

10 Impostos e contribuições a recuperar Controladora Consolidado

2017 2016 2017 2016

Circulante Imposto de Renda - Pessoa Jurídica (IRPJ) 44.717 25.087 62.535 40.271 Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL) 1.753 6.835 3.558 9.889 Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) 14.528 12.819 14.993 13.152 Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) 30.983 25.073

51.403

36.904

Programa de Integração Social (PIS) 1.265 1.335 9.353 4.409 Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (COFINS) 5.185 3.419

42.135

19.863

Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) 362 7.780 986 8.431 Reintegra 14.804 3.849 17.107 4.807 Imposto sobre Valor Agregado (IVA) - - 26.190 26.234 Outros - 65 14 73 113.597 86.262 228.274 164.033

Não circulante Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) 735 444

1.661

5.584

Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (COFINS) - -

-

11.231

Programa de Integração Social (PIS) - - - 2.878 Imposto sobre Valor Agregado (IVA) - - 8 202

735 444 1.669 19.895 114.332 86.706 229.943 183.928

11 Investimentos Controladora Consolidado

2017 2016 2017 2016

Controladas 1.298.290 1.108.839 - - Controladas em conjunto 106.500 88.874 101.807 81.571 Coligadas 35.142 22.216 275.045 227.383 Outros investimentos - - 151 120

1.439.932 1.219.929 377.003 309.074

(a) Investimento em controladas, empreendimentos controlados em conjunto e coligadas

Os investimentos em controladas, empreendimentos controlados em conjunto e coligadas estão

demonstrados a seguir:

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Demonstrações financeiras em

31 de dezembro de 2017 e 2016

Controladas:

Controladas

Total

MP MP San Volare Volare Volare Apolo Ciferal llmot Mac MBC Austrália Masa MIC Moneo Canadá Polomex Marino Syncro Trading Veículos Comércio Peru 2017 2016

(1 ) (1 ) (1 ) (1 ) (1 ) (1 ) (1 ) (1 ) (2 ) (1 ) Dados dos Investimentos Capital social 3.750 20.000 50.934 14.099 1.890 58.134 8.356 4.630 100.000 169.739 29.151 233.505 4.000 3.000 186.127 11.000 708 Patrimônio líquido ajustado 3.849 151.070 102.532 (4.874 ) 1.890 58.344 59.067 1.339 234.607 290.186 109.584 228.434 5.362 6.980 147.162 4.543 477 Ações ou quotas possuídas 3.250.000 499.953 50.000 1 1 100 100.000 1.400.000 100.000 4.925.530 3.011.659 7.478.482 1 3.450.103 19.980 999 999 % de participação 65,00 99,99 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 3,61 100,00 99,99 99,99 99,90 99,90 99,90 Lucro líquido (prejuízo) do exercício (45 ) 3.406 32.075 (13.734 ) - 5.258 (138 ) (201 ) 2.847 56.850 38.310 (39.363 ) 291 411 (11.609 ) (240 ) (830 ) Movimentação dos investimentos Saldos iniciais: Pelo valor patrimonial 2.466 147.657 106.175 5.575 - 53.235 52.267 1.526 232.436 246.889 4.273 116.074 5.070 6.666 122.485 4.778 1.267 1.108.839 1.197.584 Adiantamento para aumento de capital - - - - - - - - - - - 152.505 - - 36.127 - - 188.632 90.000

Integralização de capital 65 - - 3.629 1.890 - - - - - - - - - - - - 5.584 73.734 Aquisição conforme combinação de negócio - - - - - - - - - - - - - -

- - -

- 32.934

Dividendos recebidos - - (37.275 ) - - - - - (676 ) - (1.759 ) - - (98 ) - - - (39.808 ) (347.888 ) Resultado de equivalência patrimonial (29 ) 3.406 32.075 (13.734 ) - 5.258 (138 ) (201 ) 2.847 56.850 1.383 (39.363 ) 291 411 (11.597 ) (240 ) (829 ) 36.390 243.635 Ajustes acumulados de conversão - - 1.557 (344 ) - 4.887 6.938 14 - 758 59 (782 ) - - - - 39 13.126 (142.743 ) Impairment - - - - - - - - - - - - - - - - - - (6.027 )

Resultado abrangente de controlada - - - - - (5.036 ) - - - - - - - -

- - -

(5.036 ) -

Transferência de controlada em conjunto para controlada - - - - - - - - - - - - - -

- - -

- 46.738

Variação cambial sobre redução de capital - - - - - - - - - - - - - - - - - - (7.363 ) Redução de capital - - - - - - - - - (14.311 ) - - - - - - - (14.311 ) (71.765 )

Saldos finais: 2.502 151.063 102.532 (4.874 ) 1.890 58.344 59.067 1.339 234.607 290.186 3.956 228.434 5.361 6.979 147.015 4.538 477 1.293.416 1.108.839 Provisão para perda de investimento - - - 4.874 - - - - - - - - - - - - - 4.874 -

Pelo valor patrimonial 2.502 151.063 102.532 - 1.890 58.344 59.067 1.339 234.607 290.186 3.956 228.434 5.361 6.979 147.015 4.538 477 1.298.290 1.108.839

(1) Empreendimentos no exterior. (2) Estes saldos contemplam investimentos e ágio.

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Demonstrações financeiras em

31 de dezembro de 2017 e 2016

Empreendimentos controlados em conjunto:

Empreendimentos controlados em conjunto

Total

GBPolo Kamaz Loma Metalpar Superpolo TMML 2017 2016

(1 ) (1 ) (1),(2 ) (1 ) (1 ) (1 )

Dados dos investimentos

Capital social 7.465 8.840 17.261 9.841 14.314 88.032

Patrimônio líquido ajustado (8.533 ) (460 ) 62.908 30.700 87.642 53.520

Ações ou quotas possuídas 4.803.922 1 15.949.948 473.995 265.763 24.500

% de participação 49,00 50,00 50,00 1,00 20,61 49,00

Lucro líquido (prejuízo) do exercício (4.529 ) (732 ) 16.800 5.400 18.016 8.729

Movimentação dos investimentos

Saldos iniciais:

Pelo valor patrimonial (9.614 ) (2.552 ) 64.404 298 16.233 20.105 88.874 172.395

Integralização de capital 7.676 2.693 - - - - 10.369 -

Dividendos recebidos - - (5.770 ) - (2.291 ) - (8.061 ) (1.445 )

Resultado de equivalência patrimonial (3.600 ) (366 ) 8.400 54 3.713 4.277 12.478 (15.823 )

Ajustes acumulados de conversão 1.357 (5 ) (5.129 ) (45 ) 408 1.843 (1.571 ) (19.515 )

Transferência de controlada em

conjunto para coligada/controlada 4.181 - - - - - 4.181 (46.738 )

Saldos finais: - (230 ) 61.905 307 18.063 26.225 106.270 88.874

Provisão para perda de investimento - 230 - - - - 230 -

Pelo valor patrimonial - - 61.905 307 18.063 26.225 106.500 88.874

Ágio sobre investimento - - (30.451 ) - - - (30.451 ) (30.451 )

Participação indireta - Superpolo - - - - 25.758 - 25.758 23.148

Pelo valor patrimonial consolidado - - 31.454 307 43.821 26.225 101.807 81.571

(1) Empreendimentos no exterior. (2) Estes saldos contemplam investimentos e ágio.

Coligadas: Coligadas

Total

GBPolo Mercobus Spheros Setbus WSul

New

Flyer

2017 2016

(1 ) (1 ) (1 )

Dados dos investimentos

Capital social 7.465 237 15.000 1.000 6.100 2.200.612

Patrimônio líquido ajustado (8.533 ) 3.293 77.125 (12.849 ) 9.917 2.291.337

Ações ou quotas possuídas 4.803.922 232 244.898 25.100 1.830.000 6.587.834

% de participação 49,00 40,00 40,00 25,10 30,00 10,47

Lucro líquido (prejuízo) do exercício (4.529 ) 2.485 25.648 781 3.293 510.735

Movimentação dos investimentos

Saldos iniciais:

Pelo valor patrimonial - 2.077 20.373 (3.421 ) 3.187 - 22.216 15.650

Dividendos recebidos - (1.682 ) - - (1.200 ) - (2.882 ) (1.837 )

Resultado de equivalência patrimonial - 994 10.259 196 988 - 12.437 9.857

Ajustes acumulados de conversão - (72 ) 218 - - - 146 (1.454 )

Transferência de controlada em

conjunto para coligada/controlada (4.181 ) - - - - - (4.181 ) -

Saldos finais: (4.181 ) 1.317 30.850 (3.225 ) 2.975 - 27.736 22.216

Provisão para perda de investimento 4.181 - - 3.225 - - 7.406 -

Pelo valor patrimonial - 1.317 30.850 - 2.975 - 35.142 22.216

Participação indireta - New Flyer - - - - - 239.903 239.903 205.167

Pelo valor patrimonial - 1.317 30.850 - 2.975 239.903 275.045 227.383

(1) Empreendimento no exterior.

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31 de dezembro de 2017 e 2016

12 Propriedade para investimento

É constituída de um terreno de 140.000m² e área construída de 20.378,87m², localizado em Três Rios,

no Rio de Janeiro e está mensurado pelo seu valor contábil no valor de R$ 50.708. A propriedade para

investimento não está sendo utilizada nas atividades operacionais da empresa e é mantida para auferir

aluguel ou para valorização do capital. No decorrer do exercício 2017 não houve renda proveniente do

imóvel, apenas gastos com vigilância, seguro e energia. O valor justo deste imóvel é de R$ 64.459

líquido de despesas de comercialização, determinado por um avaliador especializado. Consolidado

2017 2016

Saldo em 1º de janeiro 48.941 - Reclassificação de imobilizado 1.767 48.941 Saldo em 31 de dezembro 50.708 48.941

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Demonstrações financeiras em

31 de dezembro de 2017 e 2016

13 Imobilizado

(a) Síntese da movimentação do imobilizado da controladora

Terrenos

Prédios e

construções

Máquinas e

equipamentos

Móveis e

utensílios

Equipamentos

de computação Veículos

Outras

imobilizações

Imobilizações

em andamento

Total

Saldos em 1o de janeiro de 2016 18.071 108.360 75.976 3.809 5.906 3.004 175 6.591 221.892

Adições 4 408 4.093 198 888 69 - 2.723 8.383

Baixas - (5 ) (613 ) (17 ) (22 ) (15 ) - (138 ) (810 )

Transferências (1 ) 3.527 (657 ) - - - - (2.869 ) -

Depreciações - (3.811 ) (12.808 ) (559 ) (2.133 ) (583 ) - - (19.894 )

Saldos em 31 de dezembro de 2016 18.074 108.479 65.991 3.431 4.639 2.475 175 6.307 209.571

Custo do imobilizado 18.074 185.764 203.412 9.222 19.934 7.042 175 6.307 449.930

Depreciação acumulada - (77.285 ) (137.421 ) (5.791 ) (15.295 ) (4.567 ) - - (240.359 )

Valor residual 18.074 108.479 65.991 3.431 4.639 2.475 175 6.307 209.571

Saldos em 31 de dezembro de 2016 18.074 108.479 65.991 3.431 4.639 2.475 175 6.307 209.571

Adições - 1.898 24.584 344 2.491 147 - 954 30.418

Baixas - (17.352 ) (7.314 ) (390 ) (58 ) (596 ) - (3 ) (25.713 )

Transferências - 908 1.185 - - - - (2.093 ) -

Depreciações - (3.648 ) (11.167 ) (692 ) (2.044 ) (408 ) - - (17.959 )

Saldos em 31 de dezembro de 2017 18.074 90.285 73.279 2.693 5.028 1.618 175 5.165 196.317

Custo do imobilizado 18.074 164.794 206.864 8.802 21.109 5.879 175 5.165 430.862

Depreciação acumulada - (74.509 ) (133.585 ) (6.109 ) (16.081 ) (4.261 ) - - (234.545 )

Valor residual 18.074 90.285 73.279 2.693 5.028 1.618 175 5.165 196.317

Taxas anuais de depreciação - % 2,0 10,9 11,0 16,6 19,2

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Marcopolo S.A.

Demonstrações financeiras em

31 de dezembro de 2017 e 2016

(b) Síntese da movimentação do imobilizado consolidado

Terrenos

Prédios e

construções

Máquinas e

equipamentos

Móveis e

utensílios

Equipamentos

de computação Veículos

Outras

imobilizações

Imobilizações

em andamento

Total

Saldos em 1o de janeiro de 2016 22.927 298.870 182.428 9.075 7.640 6.972 3.490 29.938 561.340

Efeito cambial (70 ) (386 ) (5.268 ) (196 ) - (524 ) (632 ) - (7.076 )

Adições 154 17.654 45.425 593 1.081 1.056 541 5.770 72.274

Aquisição de investimento 40.997 59.627 41.987 1.650 - 3.946 785 3.373 152.365

Baixas - - (2.443 ) (50 ) (42 ) (431 ) (337 ) (613 ) (3.916 )

Transferências 21.532 12.796 7.548 (185 ) (113 ) (9 ) 218 (17.374 ) 24.413

Reclassificado para propriedade para

investimento (22.892 ) (23.958 ) (2.091

)

-

-

-

-

-

(48.941 )

Depreciações - (5.892 ) (29.638 ) (1.390 ) (2.510 ) (1.779 ) (981 ) - (42.190 )

Saldos em 31 de dezembro de 2016 62.648 358.711 237.948 9.497 6.056 9.231 3.084 21.094 708.269

Custo do imobilizado 62.648 466.477 533.695 22.814 23.280 20.618 16.241 21.094 1.166.867

Depreciação acumulada - (107.766 ) (295.747 ) (13.317 ) (17.224 ) (11.387 ) (13.157 ) - (458.598 )

Valor residual 62.648 358.711 237.948 9.497 6.056 9.231 3.084 21.094 708.269

Saldos em 31 de dezembro de 2016 62.648 358.711 237.948 9.497 6.056 9.231 3.084 21.094 708.269

Efeito cambial 139 937 1.647 159 - 120 69 - 3.071

Adições 4.068 3.963 35.195 720 2.542 1.304 637 4.036 52.465

Baixas - (17.389 ) (9.706 ) (509 ) (62 ) (3.920 ) (164 ) - (31.750 )

Transferências (6.348 ) 11.173 4.342 (133 ) - (132 ) 20 (8.922 ) -

Reclassificado para propriedade para

investimento - - (1.767

)

-

-

-

-

-

(1.767 )

Depreciações - (9.684 ) (25.862 ) (1.440 ) (2.371 ) (1.772 ) (804 ) - (41.933 )

Saldos em 31 de dezembro de 2017 60.507 347.711 241.797 8.294 6.165 4.831 2.842 16.208 688.355

Custo do imobilizado 60.507 457.539 554.733 23.059 24.480 15.009 17.313 16.208 1.168.848

Depreciação acumulada - (109.828 ) (312.936 ) (14.765 ) (18.315 ) (10.178 ) (14.471 ) - (480.493 )

Valor residual 60.507 347.711 241.797 8.294 6.165 4.831 2.842 16.208 688.355

Taxas anuais de depreciação - % 2,0 10,9 11,0 16,6 19,2 13,0

Terrenos e edificações compreendem, principalmente, fábricas e escritórios.

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(c) Garantia

Em 31 de dezembro de 2017, propriedades com valor contábil residual de R$ 44.464 (R$45.829 em 31

de dezembro de 2016) estão sujeitas a uma fiança registrada para garantir empréstimos bancários e

contingências.

(d) Pavilhão plásticos

Em 03 de setembro de 2017, ocorreu um incêndio na fábrica de plásticos (unidade de Ana Rech). O

valor residual dos ativos baixados foi de R$ 24.485, montante coberto por seguro.

14 Intangível

(a) Síntese da movimentação do intangível da controladora

Marcas

registradas

Softwares e licenças Total

Saldos em 1o de janeiro de 2016 5.538 36 5.574 Adições 315 - 315

Baixas - - - Transferências - - -

Amortizações (1.847 ) (11 ) (1.858 )

Saldos em 31 de dezembro de 2016 4.006 25 4.031

Custo do intangível 50.489 338 50.827 Amortização acumulada (46.483 ) (313 ) (46.796 )

Valor residual 4.006 25 4.031

Saldos em 31 de dezembro de 2016 4.006 25 4.031 Adições 678 13 691

Baixas - - - Transferências - - -

Amortizações (1.341 ) (7 ) (1.348 )

Saldos em 31 de dezembro de 2017 3.343 31 3.374

Custo do intangível 50.896 351 51.247 Amortização acumulada (47.553 ) (320 ) (47.873 )

Valor residual 3.343 31 3.374

Taxas anuais de amortização - % 11,1 8,7

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(b) Síntese da movimentação do ágio e intangível do consolidado

Marcas

registradas Carteira Outros

Softwares e licenças de clientes Intangíveis Ágios Total

Saldos em 1o de janeiro de 2016 9.869 36 3.073 11.033 286.586 310.597 Efeito cambial (586 ) - (196 ) (1.919 ) (34.712 ) (37.413 ) Adições 934 - 336 - 30.739 32.009 Aquisição de investimentos 1.760 945 - 1.363 - 4.068 Baixas (11 ) - - (336 ) (66.724 ) (67.071 ) Transferências - - 8.775 (8.775 ) - - Amortizações (3.127 ) (11 ) (4.240 ) (123 ) - (7.501 )

Saldos em 31 de dezembro de 2016 8.839 970 7.748 1.243 215.889 234.689

Custo do intangível 66.832 1.283 26.881 3.315 215.889 314.200 Amortização acumulada (57.993 ) (313 ) (19.133 ) (2.072 ) - (79.511 )

Valor residual 8.839 970 7.748 1.243 215.889 234.689

Saldos em 31 de dezembro de 2016 8.839 970 7.748 1.243 215.889 234.689 Efeito cambial 38 - 721 - 12.690 13.449 Adições 1.290 33 118 379 - 1.820 Aquisição de investimentos - - - - - Baixas - - - - (25.618 ) (25.618 ) Transferências 309 - - (309 ) - - Amortizações (2.910 ) (7 ) (443 ) (139 ) - (3.499 )

Saldos em 31 de dezembro de 2017 7.566 996 8.144 1.174 202.961 220.841

Custo do intangível 68.141 1.316 29.556 1.939 202.961 303.913 Amortização acumulada (60.575 ) (320 ) (21.412 ) (765 ) - (83.072 )

Valor residual 7.566 996 8.144 1.174 202.961 220.841

Taxas anuais de amortização - % 13,6 8,7 25,0 20,0

Composição do ágio: Ágios

Loma San Marino New Flyer Pologren Total

Saldos em 31 de dezembro de 2016 30.451 30.739 45.504 109.195 215.889 Efeito cambial - - 3.912 8.778 12.690

impairment - - - (25.618 ) (25.618 )

Saldos em 31 de dezembro de 2017 30.451 30.739 49.416 92.355 202.961

(c) Teste de ágio para verificação de impairment

(i) Ágio do empreendimento controlado em conjunto – Loma Composto pelo ágio gerado na aquisição do investimento na Loma no montante de R$ 30.451. As projeções para estabelecer o valor recuperável foram elaboradas de acordo com o valor em uso, considerando a projeção no período de cinco anos e na perpetuidade. As principais premissas utilizadas em 31 de dezembro de 2017 foram as seguintes: (i) margem bruta de 23,36%, (ii) taxa de crescimento de 16,97 % a.a. e (iii) taxa de desconto calculada depois dos impostos de 16,89% a.a. (antes dos impostos de 25,26% a.a.), e consideraram a experiência passada da administração, assim como as expectativas de crescimento do segmento de atuação da Companhia. O valor recuperável foi comparado com o saldo contábil dos ativos que compõem a UGC e, como resultado desta análise e aplicação das premissas descritas sobre os fluxos de caixa descontados para determinar a necessidade de redução ao valor recuperável do ágio, a Administração não identificou a necessidade de reconhecimento de impairment para esta Unidade Geradora de Caixa. A Companhia projetou os seguintes cenários de sensibilidade: (i) margem bruta 1% inferior e superior, (ii) taxa de crescimento

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1% inferior e superior, e (iii) taxa de desconto 1% inferior e superior. Os cenários alternativos não resultariam em necessidade de impairment.

(ii) Ágio da controlada direta – San Marino Composto pelo ágio gerado na aquisição do investimento na San Marino no montante de R$ 30.739. As projeções para estabelecer o valor recuperável foram elaboradas de acordo com o valor justo (nível 3), pois contempla sinergias operacionais com ativos da controladora Marcopolo que foram consideradas na época de aquisição, e foram efetuadas por um período de cinco anos e na perpetuidade. As principais premissas utilizadas em 31 de dezembro de 2017 foram as seguintes: (i) margem bruta de 18,79%, (ii) taxa de crescimento de 27,37 % a.a., e (iii) taxa de desconto calculada depois dos impostos de 9,28% a.a. (antes dos impostos de 12,71% a.a.), e consideraram a experiência passada da administração, assim como as expectativas de crescimento do segmento de atuação da Companhia. O valor recuperável foi comparado com o saldo contábil dos ativos que compõe a UGC e, como resultado desta análise e aplicação das premissas descritas sobre os fluxos de caixa descontados para determinar a necessidade de redução ao valor recuperável do ágio, a Administração não identificou a necessidade de reconhecimento de impairment para esta Unidade Geradora de Caixa. A Companhia projetou os seguintes cenários de sensibilidade: (i) margem bruta 1% inferior e superior, (ii) taxa de crescimento 1% inferior e superior, e (iii) taxa de desconto 1% inferior e superior. Os cenários alternativos não resultariam em necessidade de impairment.

(iii) Ágio da controlada indireta – Pologren Composto pelo ágio gerado na aquisição do investimento na Volgren no montante de R$ 92.355. As projeções para estabelecer o valor recuperável foram elaboradas de acordo com o valor em uso, considerando a projeção no período de 5 anos e na perpetuidade. As principais premissas utilizadas em 31 de dezembro de 2017 foram as seguintes: (i) margem bruta de 17,06%, (ii) taxa de crescimento de 7,23% a.a., e (iii) taxa de desconto de 10,45% a.a. (antes dos impostos de 14,16% a.a.) , e consideraram a experiência passada da administração, assim como as expectativas de crescimento do segmento de atuação da Companhia. O valor recuperável foi comparado com contábil dos ativos que compõe a UGC e, como resultado desta análise e aplicação das premissas descritas sobre os fluxos de caixa descontados para determinar a necessidade de redução ao valor recuperável do ágio, a Administração identificou a necessidade de reconhecimento de impairment no montante de R$ 25.618 em 31 de dezembro de 2017, reconhecido na rubrica “outras despesas operacionais” (Nota 27). O impairment leva em consideração a geração de caixa da UGC abaixo das projeções elaboradas pela Administração, bem como um desempenho de sua receita líquida realizada no decorrer do exercício findo em 31 de dezembro de 2017 inferior ao orçamento elaborado no ano anterior (31 de dezembro de 2016). Este fator resultou na necessidade de revisão das receitas projetadas para o período incluído no fluxo preparado para a avaliação da necessidade de impairment sobre o ágio desta UGC e contribuiu significativamente para o resultado desta avaliação. A Companhia projetou os seguintes cenários de sensibilidade das premissas adotadas: (i) se a margem bruta projetada fosse 1% inferior, a Companhia teria reconhecido impairment de R$ 61.689, (ii) se a taxa de crescimento fosse 1% inferior, a Companhia teria reconhecido impairment de R$ 68.738, e (iii) se a taxa de desconto fosse 1% superior, a Companhia teria reconhecido impairment de R$ 47.874. Os cenários projetados com margem bruta e taxa de crescimento 1% superior, e taxa de desconto 1% inferior não resultariam na necessidade de reconhecimento de impairment.

(iv) Ágio da coligada indireta – New Flyer Composto pelo ágio gerado na aquisição do investimento na New Flyer no montante de R$ 49.416. A New Flyer é uma companhia de capital aberto, tendo suas ações (sob a sigla NFI) negociadas na bolsa de valores do Canadá. O valor recuperável foi calculado pelo valor justo (nível 1), considerando a cotação das ações da coligada indireta em 31 de dezembro de 2017 (57,81 dólares canadenses), comparado com o valor contábil (na época de aquisição 10,50 dólares canadenses). O valor recuperável foi comparado com contábil dos ativos que compõe a UGC e, como resultado desta análise, a Administração não identificou a necessidade de reconhecimento de impairment para esta Unidade Geradora de Caixa.

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15 Partes relacionadas

(a) Saldos e transações com partes relacionadas

Os principais saldos de ativos e passivos com partes relacionadas em 31 de dezembro de 2017, bem como as transações que influenciaram o resultado do exercício encontram-se detalhadas no quadro a seguir:

Partes Relacionadas

Saldos

ativos por

mútuo e

conta-

corrente

Saldos

passivos

por mútuo

e conta-

corrente

Contas a

receber

por vendas

Contas a

pagar por

compras

Vendas de

produtos/

serviços

Compras

de

produtos/

serviços

Receitas

financeiras

Despesas

financeiras

Apolo - - - 263 - - - - Ciferal - 16 9.928 193 32.487 1.497 1 1 GB Polo 11.860 - 11.965 - 3 - 1.333 - Kamaz 496 - - - - - - - Ilmot 498 - - - - - 28 - Loma - - 16.425 - 76.362 - - - Mac - - 3.081 79 1.775 6.503 - - Masa - - 6.995 63 25.631 - - - Moneo - 2 - - - - 1 1 Polomex - - 6.032 - 67.430 - - - San Marino - - 1.024 - 2.920 3.781 - - Setbus 1.762 - - 26 - 3.921 178 - Spheros - - - 8.791 - 95.333 - - Superpolo - - 3.087 - 11.913 - - - TMML - - 4.393 - 6.806 - - - Volare Veículos - - 7.355 11 11.611 1.724 50 - Volare Comércio - - 4.474 113 16.580 - 1 Volare Peru - - - - - - - - WSul - - - 4.652 - 28.163 - -

Saldo em 2017 14.616 18 74.759 14.191 253.518 140.922 1.591 3

Saldo em 2016 24.966 20 81.186 5.682 231.023 48.636 5.998 1

Os saldos de mútuos e contas correntes de empresas sediadas no Brasil estão sujeitos a encargos

financeiros equivalentes à variação do CDI, e com empresas no exterior estão sujeitos a juros

calculados pela taxa LIBOR semestral acrescidos de 3% a.a..

(b) Remuneração do pessoal-chave da administração

O pessoal-chave da administração inclui os conselheiros, diretores e os membros do Comitê

Executivo. A remuneração paga ou a pagar está demonstrada a seguir:

2017

Fixa Variável

Plano de

aposen-

tadoria

Pagamento

com base

em ações Total

Conselho de Administração e diretores estatutários 7.987 5.331 90 127 13.535

Diretores não estatutários 10.281 2.292 152 225 12.950

18.268 7.623 242 352 26.485

No exercício findo em 31 de dezembro de 2017 foram exercidas as opções de compra de 55.555 ações

preferenciais escriturais pelos administradores e empregados da Marcopolo ao preço de R$ 2,70 por

ação com um desconto de R$ 0,17 por ação, utilizando-se das ações em tesouraria, de acordo com o

previsto no plano de opções de compra de ações da Marcopolo. Também foi exercida a transferência

de 129.129 ações ao valor de R$ 2,65 conforme Plano de Incentivo de Longo Prazo com Ações

Restritas.

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2016

Fixa Variável

Plano de

aposen-

tadoria

Pagamento

com base

em ações Total

Conselho de Administração e diretores estatutários 8.457 8.079 102 82 16.720

Diretores não estatutários 7.516 7.264 237 47 15.064

15.973 15.343 339 129 31.784

No exercício findo em 31 de dezembro de 2016 foram exercidas as opções de compra de 682.989

ações preferenciais escriturais pelos administradores e empregados da Marcopolo ao preço de R$ 1,85

por ação com um desconto de R$ 0,19 por ação, utilizando-se das ações em tesouraria, de acordo com

o previsto no plano de opções de compra de ações da Marcopolo.

16 Empréstimos e financiamentos Taxa média Controladora Consolidado

ponderada Ano de

% a.a. Vencimento 2017 2016 2017 2016

Moeda nacional FINAME 5,88 2018 a 2025 11.763 11.157 28.442 31.396 Empréstimos bancários 9,61 2018 a 2021 618 - 19.747 56.341 Depósitos interfinanceiros 6,91 2021 - - 499 50.485 FINEP 5,07 2020 a 2025 238.653 203.881 303.009 275.826 FDE – Fundos de desenvolvimento 3,00 2025 - - 132.073 143.489 Fundepar - ES - 2026 - - 30.000 30.000 Exim 6,03 2017 - - - 31.887 Pré-embarque especial (*) 12,16 2018 177.198 276.509 177.198 276.509 Notas de créditos exportação - Compulsório 8,72 2018 a 2019 304.268 387.038 304.268

387.038

Moeda estrangeira Adiantamentos de contratos de câmbio 3,96 2018 - - 48.011 59.333 Pré-pagamento de exportação em dólares norte-americanos 4,05 2018 a 2022 228.362 228.558 230.847 228.558 Notas de créditos exportação - USD 3,90 2018 a 2022 53.478 24.462 53.478 34.686 Financiamento em randes 9,03 2019 a 2022 - - 808 842 Financiamento em renminbi 6,55 2018 - - 20.262 15.756 Financiamento em dólares australianos 3,54 2018 - - 90.527 74.243 Financiamento em pesos chilenos 14,03 - - - 3.993 - Partes relacionadas CDI - 18 20 - -

Subtotal de moeda nacional e estrangeira 1.014.358 1.131.625 1.443.162 1.696.389

Captações no mercado aberto Moeda nacional BNDES – Operações Pré-fixadas 4,95 2024 - - 240.876 429.156 BNDES – Operações Pós-fixadas TJLP + 1,79 2021 a 2023 - - 227.752 143.389 BNDES – Operações Pós-fixadas SELIC + 1,89 2021 a 2022 - - 28.876 30.300

Subtotal de captações no mercado aberto - - 497.504 602.845

Subtotal de empréstimos e financiamentos 1.014.358 1.131.625 1.940.666 2.299.234

Instrumentos financeiros derivativos 986 432 2.811 492 Total de empréstimos e financiamentos 1.015.344 1.132.057 1.943.477 2.299.726

Passivo circulante 446.244 397.879 833.882 925.554

Passivo não circulante 569.100 734.178 1.109.595 1.374.172

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(*) Corresponde a uma linha de crédito do BNDES destinada a produção direcionada a exportação, devendo o embarque dos mesmos ocorrer até a data limite de 3 anos. As parcelas a longo prazo têm o seguinte cronograma de pagamento: Controladora Consolidado

2017 2016 2017 2016

De 13 a 24 meses 417.325 396.711 609.573 602.298 De 25 a 36 meses 47.119 235.924 174.679 384.050 De 37 a 48 meses 24.001 37.715 107.160 134.223 De 49 a 60 meses 23.587 14.918 68.487 66.913 Após 60 meses 57.068 48.910 149.696 186.688

569.100 734.178 1.109.595 1.374.172

(a) Empréstimos e financiamentos Os financiamentos FINAME estão garantidos por alienação fiduciária dos bens financiados no valor de R$ 44.464 em 31 de dezembro de 2017 (R$ 45.829 em 31 de dezembro de 2016).

A Companhia detém empréstimo bancário garantido no montante de R$ 37.795 em 31 de dezembro de

2017 (R$ 190.290 em 31 de dezembro de 2016). De acordo com os termos do contrato, esse

empréstimo será pago em parcelas no próximo ano. Contudo, os contratos possuem cláusulas

restritivas “Covenants”, que incluem, entre outras, antecipação parcial ou total do vencimento quando

determinados índices financeiros não forem atingidos. Os mesmos foram atendidos.

(b) Captações no mercado aberto As captações de mercado aberto referem-se a captações efetuadas pelo Banco Moneo, junto ao BNDES, para financiamento de operações de FINAME.

O valor de face e valor justo das captações no mercado aberto são:

Valor de face (futuro ) Valor justo (presente )

2017 2016 2017 2016

De 1 a 12 meses 207.188 246.832 183.442 223.587

De 13 a 24 meses 160.003 178.698 144.253 162.211

De 25 a 36 meses 104.304 124.831 96.151 115.448

Após 36 meses 77.463 106.522 73.658 101.599

548.958 656.883 497.504 602.845

O valor de face dos empréstimos do passivo circulante se aproxima do seu valor justo.

(c) Conciliação da dívida Consolidado

Empréstimos

bancários Derivativos Captações

Mercado Aberto Total

Dívida em 31 de dezembro de 2016 1.645.904 492 653.330 2.299.726 Movimentações que afetaram o fluxo de caixa (295.430 ) 2.319 (192.469 ) (485.580 ) Movimentações que não afetaram o fluxo de caixa Juros apropriados e variações cambiais 92.189 - 37.142 129.331

Dívida em 31 de dezembro de 2017 1.442.663 2.811 498.003 1.943.477

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17 Provisão para contingências

(a) Contingências passivas

A Companhia é parte envolvida em processos trabalhistas, cíveis, tributários e outros em andamento e

está discutindo essas questões tanto na esfera administrativa quanto na judicial. Quando aplicáveis, as

demandas são amparadas por depósitos judiciais. As provisões para as eventuais perdas decorrentes

desses processos são estimadas e atualizadas pela administração, amparada pela opinião de seus

consultores legais externos e internos.

As contingências que, na opinião dos assessores jurídicos da Companhia, são consideradas como perdas

possíveis ou prováveis em 31 de dezembro de 2017 e 31 de dezembro de 2016 estão apresentadas a

seguir. As contingências consideradas de perdas prováveis estão provisionadas.

Controladora

2017 2016

Natureza Provável Possível Provável Possível

Cível 964 20.978 964 18.881 Trabalhista 28.949 47.791 14.357 28.452

Tributário 21.809 276.081 14.973 211.156

51.722 344.850 30.294 258.489

Consolidado

2017 2016

Natureza Provável Possível Provável Possível

Cível 4.883 21.420 2.007 19.323

Trabalhista 37.026 51.240 18.084 29.011

Tributário 22.861 332.034 15.254 259.377

64.770 404.694 35.345 307.711

Controladora Consolidado

Depósitos judiciais 2017 2016 2017 2016

Cível 1.102 980 4.762 3.753 Trabalhista 14.948 5.652 18.318 7.665

Tributário 2.315 2.132 11.071 8.167

18.365 8.764 34.151 19.585

(i) Cíveis e trabalhistas

A Companhia é parte em ações judiciais de natureza cível e trabalhista, dentre as quais constam ações

de indenização por acidentes de trabalho e por doenças ocupacionais. Nenhuma dessas ações se refere

a valores individualmente significativos.

(ii) Tributárias

A Companhia e controladas são parte em ações judiciais de natureza tributária. A seguir, descrevemos

a natureza das principais causas:

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. Provisionadas

Controladora Consolidado

2017 2016 2017 2016

Reintegra – apropriação de crédito (i) 592 545 592 545 Regime Fiscal Especial – crédito tributário (ii) 12.757 11.435 12.757 11.435

IRPJ 2010, 2011 e 2012 (iii) 5.350 - 5.350 -

Outras contingências 3.110 2.993 4.162 3.274

21.809 14.973 22.861 15.254

(i) Contingência relativa a crédito de Reintegra – contingência decorrente de divergência de procedimento no

pleito do crédito de Reintegra referente ao 1º e 2º Trimestre de 2012.

(ii) Contingência concernente à discussão dos procedimentos adotados para a fruição de benefícios fiscais

utilizados na comercialização dos produtos.

(iii) Contingência atinente à discussão dos procedimentos adotados para compensação do imposto de renda pago

no exterior.

. Não provisionadas

Controladora Consolidado

2017 2016 2017 2016

PIS, COFINS e FINSOCIAL – compensações 7.317 6.962 7.317 6.962 COFINS – pedido de restituição (i) 21.475 20.060 21.475 20.060

PIS, COFINS – crédito 8.490 7.898 8.490 7.898 PIS – compensações (ii) 14.264 13.074 14.264 13.074

IPI – crédito 1.776 1.709 1.776 1.709

IRPJ - lucro inflacionário realizado a menor 2.881 2.763 2.881 2.763 IRPJ e CSLL – Saldo Negativo (iii) 16.970 15.877 16.970 15.877

IRPJ e CSLL – lucros no exterior (iv) 28.845 26.885 28.845 26.885

IRPJ e CSLL – IR pago no exterior 1.015 3.303 1.015 3.303 IRPJ e CSLL – lucros do exterior (v) 90.230 36.169 90.230 36.169

DCP – Atualização monetária (vi) 26.669 24.422 26.669 24.422

Reintegra – Compensação (vii) 15.269 14.143 15.269 14.143 ICMS - saídas com alíquota reduzida para não contribuintes (viii) - - 35.237 34.162

ICMS – documentos fiscais inidôneos (ix) 15.527 14.531 15.527 14.531

ISS - serviços tomados de terceiros 5.852 5.389 5.852 5.389 INSS – serviços tomados de pessoas jurídicas 4.504 6.422 4.504 6.422

Outras contingências de menor valor 14.997 11.549 35.713 25.608

276.081 211.156 332.034 259.377

(i) Contingências cujas perspectivas de perda são consideradas possíveis, relativas a procedimentos

questionados pela fiscalização, quanto a pedidos de restituição de COFINS. O processo administrativo

encontra-se em andamento na Delegacia da Receita Federal do Brasil de Julgamento.

(ii) Contingência cuja perspectiva de perda é considerada possível, relativa a valores inscritos em

dívida ativa, provenientes de compensações não homologadas derivadas de créditos obtidos em processo

judicial. O processo encontra-se em andamento na primeira instância da Justiça Federal de Caxias do

Sul.

(iii) Contingência cuja perspectiva de perda é considerada possível, relativa a procedimentos

questionados pela fiscalização, quanto a pedidos de restituição de saldo negativo de IRPJ e CSLL. O

processo encontra-se em andamento perante o Conselho Administrativo de Recursos Fiscais.

(iv) Contingência cuja perspectiva de perda é considerada possível, relativa a discussão sobre a

consolidação no Exterior de resultados de controladas indiretas, antes do oferecimento dos lucros à

tributação no Brasil. O processo encontra-se em andamento perante a Delegacia da Receita Federal de

Julgamento.

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(v) Contingência cuja perspectiva de perda é considerada possível, relativa a discussão sobre a glosa de

compensações realizadas com impostos do exterior. O processo encontra-se em andamento perante a

Delegacia Regional de Julgamento – DRJ.

(vi) Contingência cuja perspectiva de perda é considerada possível, relativa a discussão sobre créditos

DCP, referente a glosa da atualização monetária e multa isolada aplicada em decorrência das declarações

não homologadas. O processo encontra-se em andamento perante a Delegacia Regional de Julgamento

– DRJ.

(vii) Contingência cuja perspectiva de perda é considerada possível, relativa a discussão sobre crédito

de Reintegra, em razão de divergência de procedimento no pleito do crédito. O processo encontra-se em

andamento perante a Delegacia Regional de Julgamento – DRJ.

(viii) Contingência cuja perspectiva de perda é considerada possível, da controlada, relativa a

discussões sobre ICMS - saídas com alíquota reduzida para não contribuintes estabelecidos fora do

Estado. O processo encontra-se em andamento perante o Conselho de Contribuintes do Estado do Rio

de Janeiro.

(ix) Contingência cuja perspectiva de perda é considerada possível, relativa a discussões sobre

ICMS, por suposta emissão de documentos fiscais com erro na aplicação da alíquota, em operações de

venda a não contribuintes estabelecidos fora do Estado. O processo encontra-se em andamento perante

o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo.

(b) Contingências ativas

O demonstrativo contendo informações sobre contingências ativas, conforme opinião de seus assessores

jurídicos está abaixo detalhado com a possibilidade de ganho:

Consolidado

2017 2016

Natureza Provável Possível Provável Possível

Contingente Tributário 14.376 13.546 13.283 12.515

Previdenciário - 2.958 - 2.733

14.376 16.504 13.283 15.248

(i) Contingências tributárias

A Companhia é autora em diversas ações judiciais, no âmbito estadual e federal, nas quais são discutidas

as seguintes matérias:

• Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI.

• Programa de Integração Social - PIS e Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social –

COFINS.

• Imposto de Renda Pessoa Jurídica - IRPJ e Contribuição Social sobre o Lucro Líquido – CSLL.

• Imposto sobre Operações Financeiras - IOF e Imposto de Renda Retido na Fonte – IRRF.

• Empréstimo Compulsório Eletrobrás.

• ICMS sobre materiais de uso e consumo.

(ii) Contingências previdenciárias • Contribuição Social Previdenciária – INSS.

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18 Plano de pensão e de benefícios pós-emprego a empregados

A Marcopolo é patrocinadora principal da Marcoprev Sociedade de Previdência Privada, sociedade

civil, sem fins lucrativos, constituída em dezembro de 1995, cujo principal objetivo é conceder

benefícios complementares aos da Previdência Social a todos os empregados das patrocinadoras:

Marcopolo (principal), Syncroparts, Trading, Banco Moneo e Fundação Marcopolo. No exercício

de 2017 foi despendido em contribuições, em nível consolidado, o montante de R$ 5.111 (R$ 6.975

em 2016). O regime atuarial de determinação do custo e contribuições do plano é pelo método de

capitalização. É um plano misto, de "benefícios definidos" onde as contribuições são de

responsabilidade exclusiva da patrocinadora, e de "contribuição definida" onde as contribuições são da

patrocinadora e do participante, de forma opcional.

Na data-base de 31 de dezembro de 2017 e de 2016, os valores relacionados aos benefícios pós-

emprego, foram apurados em avaliação atuarial anual, conduzida por atuários independentes, e estão

reconhecidos nas demonstrações financeiras conforme abaixo apresentado.

Os valores reconhecidos no balanço patrimonial são os seguintes:

Controladora Consolidado

2017 2016 2017 2016

Valor presente das obrigações atuariais (249.931 ) (244.008 ) (252.744 ) (246.707 ) Valor justo dos ativos do plano 283.394 256.669 286.575 259.524 Superávit não sujeito a reembolso ou redução nas contribuições futuras (33.463 ) (12.661 ) (33.831 ) (12.817 )

Passivo a ser reconhecido - - - -

De acordo com as prerrogativas constantes nos regulamentos do plano de aposentadoria e na parcela

contabilizada do plano de aposentadoria suplementar não se verifica a possibilidade de reembolso,

aumento de benefício ou de redução nas contribuições futuras. Consequentemente o ativo decorrente

do superávit dos planos não foi contabilizado em 31 de dezembro de 2017.

A movimentação na obrigação de benefício definido durante o exercício é demonstrada a seguir:

Controladora Consolidado

2017 2016 2017 2016

Em 1o de janeiro - - - - Contribuições dos participantes do plano 7.801 9.713 7.880 9.825 Perdas (ganhos) atuariais (7.801 ) (9.713 ) (7.880 ) (9.825 ) (Despesa) Receita anual líquida reconhecida - - - -

Em 31 de dezembro - - - -

A movimentação do valor justo dos ativos do plano de benefícios nos exercícios apresentados é a

seguinte:

Controladora Consolidado

2017 2016 2017 2016

Em 1o de janeiro 256.669 219.711 259.524 222.042 Contribuição dos patrocinadores 7.801 9.713 7.880 9.825 Contribuição dos empregados 175 260 175 261 Benefícios pagos (13.115 ) (11.900 ) (13.224 ) (11.984 ) Retorno esperado dos ativos do plano 31.864 38.885 32.220 39.380

Em 31 de dezembro 283.394 256.669 286.575 259.524

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A movimentação da obrigação atuarial nos exercícios apresentados é a seguinte:

Controladora Consolidado

2017 2016 2017 2016

Em 1o de janeiro 244.008 196.773 246.707 198.861

(Ganhos) perdas atuariais 212 32.227 208 32.574

Custo dos serviços correntes (7.033 ) 2.472 (7.093 ) 2.559

Custo financeiro 25.684 24.176 25.971 24.436

Contribuições dos empregados 175 260 175 261

Benefícios pagos (13.115 ) (11.900 ) (13.224 ) (11.984 )

Em 31 de dezembro 249.931 244.008 252.744 246.707

Os valores reconhecidos na demonstração do resultado são:

Controladora Consolidado

2017 2016 2017 2016

Custo dos serviços correntes (7.033 ) 2.472 (6.949 ) 2.559

Custo financeiro (269 ) (426 ) (271 ) (431 )

Total incluído nos custos de pessoal (7.302 ) 2.046 (7.220 ) 2.128

As principais premissas atuariais na data do balanço são:

. Hipóteses econômicas Percentual a.a.

Controladora Consolidado

2017 2016 2017 2016

Taxa de desconto (*) 9,93 10,86 9,93 10,86

Taxa de rendimento esperada sobre os ativos do plano 9,93 10,86 9,93 10,86

Aumentos salariais futuros 6,75 7,37 6,75 7,37

Inflação 4,25 4,85 4,25 4,85

(*) A taxa de desconto é composta de: inflação 4,25% a.a. mais juros 5,45%a.a para o ano de 2017 (inflação de 4,85%a.a. mais juros de

5,73% a.a. para o ano de 2016).

. Hipóteses demográficas

Controladora Consolidado

2017 2016 2017 2016

Tábua de mortalidade AT 2000 (*) AT 2000 (*) AT 2000 (*) AT 2000 (*) Tábua de mortalidade e inválidos RRB 1983 RRB 1983 RRB 1983 RRB 1983 Tábua de entrada em invalidez RRB 1944 RRB 1944 RRB 1944 RRB 1944

(*) Tábua segregada por sexo, constituída com base na AT-2000 Basic suavizada em 10%.

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. Hipóteses atuariais e análises de sensibilidades

O quadro abaixo, de análise de sensibilidade das obrigações dos planos de benefício, demonstra o

impacto na exposição atuarial (9,93% a.a.) pela alteração da premissa na taxa de desconto em 1 p.p.:

(i) Valor presente da obrigação em 31 de dezembro de 2017.

- Total 249.931

(ii) Hipóteses atuariais significativas em 31 de dezembro de 2017.

Análise de Sensibilidade Efeito no VPO

Taxa de desconto 10,93% 1% de aumento (27.678 ) Taxa de desconto 8,93% 1% de redução 34.272

(iii) Métodos e hipóteses utilizadas nas análises de sensibilidade. Os resultados apresentados foram preparados modificando apenas as hipóteses reais mencionadas em cada linha.

19 Imposto de renda e contribuição social

(a) Imposto de renda e contribuição social diferidos A base para constituição dos impostos é a seguinte: Controladora Consolidado

2017 2016 2017 2016

Ativo (passivo) Provisão para assistência técnica 17.161 19.375 19.150 21.512 Provisão para comissões 21.298 28.414 23.047 30.163 Provisão para créditos de liquidação duvidosa 14.414 5.999 61.313 47.752 Provisão para participação nos resultados 25.403 40.687 25.403 40.687 Provisão para contingências 51.722 30.293 86.278 52.846 Provisão para perdas nos estoques 2.249 3.313 7.125 6.256 Provisão para serviços de terceiros 11.300 10.190 11.300 10.190

Provisão para rescisões contratuais 15.366 28.823 15.366 28.823 Estoques não realizados 4.639 9.392 4.679 9.392

Ajuste a valor presente 1.264 1.654 2.804 1.654 Prejuízo fiscal e base negativa de contribuição social

(Mais valia de combinação de negócio) - - - (24.413 ) (Depreciação fiscal) (28.983 ) (32.067 ) (28.983 ) (32.067 ) (Apropriação ganhos/perdas com derivativos) 758 (4.476 ) 758 (4.476 ) Programa Especial de Regularização Tributária - PERT - - 44.024 - Outras provisões 8.065 10.100 (1.132 ) 16.913

Base de cálculo 144.656 151.697 271.132 205.232 Alíquota nominal - % 34 34 34 34

Imposto de renda e contribuição social diferidos 49.183 51.577 92.185 69.779

(b) Estimativa das parcelas de realização do ativo fiscal diferido A recuperação dos créditos fiscais está baseada em projeções de resultados tributáveis, bem como na

realização das diferenças temporárias para os seguintes exercícios:

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Controladora Consolidado

2017 2016 2017 2016

De 13 meses em diante 49.183 51.577 92.185 69.779

49.183 51.577 92.185 69.779

(c) Conciliação da despesa de imposto de renda e contribuição social correntes

Controladora Consolidado

2017 2016 2017 2016

Conciliação

Lucro antes do imposto de renda e contribuição social 83.129 271.949 92.973 370.237

Alíquota nominal - % 34 34 34 34

28.264 92.463 31.611 125.881

Adições e exclusões permanentes

Equivalência patrimonial (14.573 ) (2.032 ) - -

Juros sobre capital próprio (5.790 ) (40.267 ) (5.790 ) (40.267 )

Reintegra 4.296 - 4.296 -

Participação dos administradores (1.770 ) (2.691 ) (1.770 ) (2.691 )

Preço de transferência - 1.797 - 1.797

IR/CS sobre resultados no Exterior - - - 981

Prejuízo fiscal de empresas controladas - - 9.013 55.307

Efeito da adesão ao PERT (i) - - (22.818 ) -

Outras adições (exclusões) 532 3.291 (3.681 ) 6.683

10.959 52.561 10.861 147.691

Imposto de renda e contribuição social

Corrente (8.565 ) (61.743 ) (33.267 ) (142.369 )

Diferido (2.394 ) 9.182 22.406 (5.322 )

(10.959 ) (52.561 ) (10.861 ) (147.691 )

Alíquota efetiva - % 13 19 13 40

(i) Os efeitos retratados nesta linha decorrem da contabilização do imposto de renda diferido

sobre prejuízos fiscais acumulados que foram utilizados para a quitação de débito

tributário observando o preceito do Programa Especial de Regularização Tributária

(PERT), instituído pela medida provisória nº 783/2017 e regulamentado pela IN 1.748 e

pela portaria PGFN nº 970/2017.

20 Patrimônio líquido

(a) Capital social

O capital social autorizado da controladora é de 2.100.000.000 ações, sendo 700.000.000 ações

ordinárias e 1.400.000.000 ações preferenciais, nominativas e sem valor nominal.

Em 31 de dezembro de 2017, o capital social, subscrito e integralizado, está representado por

925.196.009 (925.196.009 em 31 de dezembro de 2016) ações nominativas, sendo 341.625.744

ordinárias e 586.570.265 preferenciais, sem valor nominal.

Do total do capital subscrito, 328.387.006 (340.542.666 em 31 de dezembro de 2016) ações

preferenciais nominativas pertencem a acionistas do exterior.

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(b) Reservas

(i) Reserva legal

É constituída à razão de 5% do lucro líquido apurado em cada exercício social nos termos do artigo

193 da Lei no 6.404/76, até o limite de 20% do capital social.

(ii) Reservas estatutárias

A Marcopolo destina 25% (vinte e cinco por cento), no mínimo, do lucro remanescente, para o

pagamento de dividendo a todas as ações da Marcopolo, a título de dividendo mínimo obrigatório. O

saldo remanescente do lucro líquido será destinado, em sua totalidade, à formação das seguintes

reservas: . Reserva para futuro aumento de capital para ser utilizada em futuros aumentos de capital, a ser

formada por 70% do saldo remanescente do lucro líquido de cada exercício, não podendo exceder a

60% do capital social. . Reserva para pagamento de dividendos intermediários para ser utilizada para pagamento de

dividendos intermediários previstos no parágrafo 1o do artigo 33 do Estatuto Social, a ser formada

por 15% do saldo remanescente do lucro líquido de cada exercício, não podendo exceder a 10% do

capital social.

. Reserva para compra das próprias ações a ser utilizada para aquisição de ações de emissão da

Marcopolo, para cancelamento, permanência em tesouraria e/ou respectiva alienação, a ser formada

por 15% do saldo remanescente do lucro líquido de cada exercício, não podendo exceder a 10% do

capital social.

(c) Ações em tesouraria

Corresponde ao entesouramento de 4.699.801 ações preferenciais nominativas, adquiridas ao custo

médio de R$ 4,6379 (em reais um) por ação. No exercício foram alienadas 250.100 ações preferenciais

nominativas, a um preço médio ponderado de R$ 2,6589 por ação, gerando um resultado líquido

negativo de R$ 495. O valor das ações em tesouraria em 31 de dezembro de 2017 corresponde a

R$ 21.797. As ações serão utilizadas para, nos termos do parágrafo 3o do artigo 168 da Lei das S.A. e

da Instrução CVM no 390/03, outorgar opção de compra de ações a administradores e empregados da

Marcopolo, de acordo com o Plano de Opções de compra de ações aprovado em Assembleia Geral

Extraordinária realizada em 22 de dezembro de 2005.

21 Juros sobre o capital próprio - Lei no 9.249/95 e dividendos

De acordo com a faculdade prevista na Lei no 9.249/95, a Marcopolo calculou juros sobre o capital

próprio com base na Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP) vigente no exercício, no montante de

R$ 17.028 (R$ 118.432 em 2016) sendo pagos a partir de 30 de março de 2018, na razão de R$ 0,0185

para cada ação, tanto para as ações ordinárias escriturais, como para as ações preferenciais escriturais,

os quais foram contabilizados como despesas financeiras, conforme requerido pela legislação fiscal.

Para efeito destas demonstrações financeiras, esses juros foram eliminados das despesas financeiras do

exercício e estão sendo apresentados na conta de lucros acumulados em contrapartida do caixa. O imposto de renda e a contribuição social do exercício foram reduzidos em R$ 5.790 (R$ 40.267

em 2016), aproximadamente, em decorrência da dedução desses impostos pelos juros sobre o capital

próprio creditados aos acionistas.

Demonstrativo do cálculo do dividendo mínimo obrigatório:

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2017 2016

Lucro líquido do exercício (Controladora) 72.170 219.388 Reserva legal (5%) (3.609 ) (10.969 )

Base de cálculo para dividendos 68.561 208.419 Valor dos dividendos mínimos obrigatórios (25%) 17.140 52.105 Dividendos propostos adicionais ao mínimo obrigatório - 66.327

Total de dividendos propostos pela Administração 17.140 118.432

Dividendos intermediários pagos - 52.105 Dividendos propostos e pagos adicionais ao mínimo obrigatório - 66.327 Juros sobre o capital próprio imputados aos dividendos Valor bruto 17.028 118.432 Imposto de renda na fonte (15%) (2.554 ) (17.765 ) Imposto de renda na fonte retenção suspensa 535 3.672

Valor líquido dos juros creditados 15.009 104.339 Valor líquido dos juros, dividendos creditados e propostos 15.009 104.339

O valor dos referidos juros foi imputado ao dividendo mínimo obrigatório declarado antecipadamente,

por conta do corrente exercício em conformidade com o item V da Deliberação CVM no 207/96.

22 Cobertura de seguros

Em 31 de dezembro de 2017, a Companhia possuía cobertura de seguros contra incêndio e riscos

diversos para os bens do ativo imobilizado e para os estoques, por valores considerados suficientes

para cobrir eventuais perdas.

As principais coberturas de seguro são: Consolidado

Natureza do ativo Valor patrimonial 2017 2016

Estoques, prédios e conteúdos Incêndio e riscos diversos 772.746 878.630 Veículos Colisão e responsabilidade civil 35.448 36.033

808.194 914.663

23 Avais, fianças e garantias

A Companhia tinha contratado, em 31 de dezembro de 2017, avais e/ou fianças no montante de

R$ 10.493 (R$ 15.965 em 31 de dezembro de 2016), concedidos a bancos em operações de

financiamento a clientes, que têm como contrapartida a garantia dos respectivos bens financiados, bem

como o valor contábil residual de bens financiados no montante de R$ 44.464 (R$ 45.829 em 31 de

dezembro de 2016) dados em garantias de empréstimos bancários e contingências.

24 Participação de empregados nos lucros e resultados

No exercício social de 2017, em conformidade com o disposto na Lei no 10.101 de 19 de dezembro

de 2000, a Administração optou pelo pagamento semestral, tendo pago em julho de 2017 uma parcela,

e o saldo será pago em fevereiro de 2018.

A participação de empregados foi calculada conforme estabelecido em Instrumento de Acordo do

Programa de Metas-Eficácia Marcopolo (EFIMAR).

Os valores estão classificados no resultado do exercício como segue:

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Controladora Consolidado

2017 2016 2017 2016

Custo dos produtos e serviços vendidos 15.488 25.825 17.243 26.922

Despesas com vendas 2.808 8.406 2.871 8.474

Despesas de administração 2.378 5.603 3.264 5.815

20.674 39.834 23.378 41.211

25 Receita

A conciliação das vendas brutas para a receita líquida é como segue:

Controladora Consolidado

2017 2016 2017 2016

Vendas brutas de produtos e serviços 1.897.123 1.805.986 3.199.231 2.874.909

Impostos sobre vendas e devoluções (226.129 ) (223.803 ) (323.238 ) (300.816 )

Receita líquida 1.670.994 1.582.183 2.875.993 2.574.093

26 Despesas por natureza

Controladora Consolidado

2017 2016 2017 2016

Matérias-primas e materiais de consumo 930.890 927.852 1.700.980 1.547.881

Serviços de terceiros e outros 129.854 143.008 265.615 212.665

Remuneração direta 379.852 357.631 650.970 573.384

Remuneração dos administradores 13.118 16.089 13.118 16.089

Participação dos empregados nos lucros e resultados 20.674 39.834 23.378 41.211

Encargos de depreciações e amortizações 19.307 21.752 45.432 49.691

Despesas com previdência privada 4.867 6.848 5.111 6.975

Outras despesas 104.818 49.976 103.596 106.621

Total de custos e despesas de vendas, distribuições e despesas

administrativas. 1.603.380

1.562.990

2.808.200

2.554.517

27 Outras receitas (despesas) operacionais

Controladora Consolidado

2017 2016 2017 2016

Restruturação interna (11.557 ) - (14.136 ) -

Custos fixos decorrente do incêndio (17.742 ) - (17.742 ) -

Provisão para desvio de recursos na Marcopolo China (16.436 ) - (16.436 ) -

Alienação de ações da New Flyer - - - 268.133

IOF – Impostos sobre operações financeiras (694 ) (1.771 ) (866 ) (1.329 )

Indenizações trabalhistas (14.561 ) (21.629 ) (16.512 ) (21.629 )

Restruturação da rede de vendas - (25.908 ) - (32.705 )

Outras despesas (4.272 ) (16.109 ) (14.705 ) (22.114 )

Total de outras receitas (despesas) operacionais (65.262 ) (65.417 ) (80.397 ) 190.356

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28 Resultado financeiro

Controladora Consolidado

2017 2016 2017 2016

Receitas financeiras

Juros e variações monetárias recebidos 1.671 11.904 5.658 9.994

Juros sobre derivativos 13.420 12.500 14.317 12.500

Rendas de aplicações financeiras 92.479 115.952 102.833 129.421

Variação cambial 87.346 327.359 112.792 358.541

Variação cambial sobre derivativos 16.715 39.968 26.098 40.578

Ajuste a valor presente de contas a receber de clientes 21.409 20.199 30.321 26.500

233.040 527.882 292.019 577.534

Despesas financeiras

Juros sobre empréstimos e financiamentos (81.025 ) (77.760 ) (99.034 ) (94.967 )

Juros sobre derivativos (303 ) (1.747 ) (1.249 ) (2.017 )

Variação cambial (91.331 ) (305.077 ) (112.469 ) (342.415 )

Variação cambial sobre derivativos (16.112 ) (27.750 ) (24.950 ) (28.959 )

Despesas bancárias (8.518 ) (13.085 ) (13.490 ) (16.224 )

Ajuste a valor presente de fornecedores (16.279 ) (21.959 ) (22.107 ) (26.658 )

(213.568 ) (447.378 ) (273.299 ) (511.240 )

Resultado financeiro, líquido 19.472 80.504 18.720 66.294

29 Lucro por ação

(a) Básico

O lucro básico por ação é calculado mediante a divisão do lucro atribuível aos acionistas da

Companhia, pela quantidade média ponderada de ações emitidas durante o exercício, excluindo as

ações compradas pela Companhia e mantidas como ações em tesouraria.

2017 2016

Lucro atribuível aos acionistas 72.170 219.388

Quantidade média ponderada de ações emitidas (milhares) 920.496 897.143

Lucro por ação 0,0784 0,2445

(b) Diluído

O lucro diluído por ação é calculado mediante o ajuste da quantidade média ponderada de ações

ordinárias e preferenciais em circulação, para presumir a conversão de todas as ações ordinárias

potenciais diluídas. A Companhia considera como efeito de diluição de ações ordinárias e

preferenciais, o exercício das opções de compra de ações pelos empregados e administradores. A

quantidade de ações calculadas conforme descrito anteriormente é comparado com a quantidade de

ações emitidas, pressupondo-se o exercício das opções de compra das ações.

2017 2016

Lucro atribuível aos acionistas 72.170 219.388

Quantidade média ponderada de ações emitidas (milhares) 920.496 897.143

Ajustes de:

Exercício das opções de compra de ações 4.700 4.950

Lucro por ação 0,0780 0,2432

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30 Balanços patrimoniais e demonstrações do resultado por segmento

O segmento industrial produz carrocerias para ônibus e peças de reposição. O segmento financeiro é

responsável pelas operações de financiamento através do Banco Moneo.

Balanços patrimoniais

Consolidado Industrial Financeiro

2017 2016 2017 2016 2017 2016

Ativo

Circulante

Caixa e equivalentes de caixa 958.759 1.209.459 946.698 1.164.550 12.061 44.909

Ativos financeiros mensurados ao

valor justo através do resultado 187.373 224.151 187.373 224.151 - -

Instrumentos financeiros derivativos 445 6.498 445 6.498 - -

Contas a receber de clientes 821.310 900.816 558.154 587.635 263.156 313.181

Estoques 521.364 472.057 521.364 472.057 - -

Outras contas a receber 333.650 243.757 291.596 195.542 42.054 48.215

2.822.901 3.056.738 2.505.630 2.650.433 317.271 406.305

Não circulante

Ativos financeiros mensurados ao

valor justo através do resultado 14.118 18.817 14.118 18.817 - -

Contas a receber de clientes 428.773 481.643 15.673 - 413.100 481.643

Outras contas a receber 129.553 110.098 118.560 101.874 10.993 8.224

Investimentos 377.003 309.074 377.003 309.074 - -

Propriedades para investimentos 50.708 48.941 50.708 48.941 - -

Imobilizado 688.355 708.269 688.105 707.914 250 355

Ágio e intangível 220.841 234.689 220.417 234.331 424 358

1.909.351 1.911.531 1.484.584 1.420.951 424.767 490.580

Total do ativo 4.732.252 4.968.269 3.990.214 4.071.384 742.038 896.885

Passivo

Circulante

Fornecedores 366.399 251.454 366.399 251.454 - -

Empréstimos e financiamentos 831.071 925.062 647.130 650.990 183.941 274.072

Instrumentos financeiros derivativos 2.811 492 2.811 492 - -

Outras contas a pagar 418.985 484.716 408.619 472.694 10.366 12.022

1.619.266 1.661.724 1.424.959 1.375.630 194.307 286.094

Não circulante

Empréstimos e financiamentos 1.109.595 1.374.172 795.533 994.914 314.062 379.258

Outras contas a pagar 74.779 63.856 74.779 63.856 - -

1.184.374 1.438.028 870.312 1.058.770 314.062 379.258

Participação dos acionistas não

controladores 29.843 32.108 29.843 32.108 - -

Patrimônio líquido atribuível aos

controladores 1.898.769 1.836.409 1.665.100 1.604.876 233.669 231.533

Total do passivo 4.732.252 4.968.269 3.990.214 4.071.384 742.038 896.885

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Demonstrações de resultado

Consolidado Industrial Financeiro

2017 2016 2017 2016 2017 2016

Operações

Receita líquida de vendas e serviços 2.875.993 2.574.093 2.840.440 2.521.950 35.553 52.143

Custo dos produtos vendidos e dos

serviços prestados (2.472.347 ) (2.248.335 ) (2.472.347 ) (2.248.335 ) - -

Lucro bruto 403.646 325.758 368.093 273.615 35.553 52.143 (Despesas) receitas operacionais Despesas com vendas (168.734 ) (140.920 ) (154.905 ) (120.135 ) (13.829 ) (20.785 )

Despesas administrativas (167.119 ) (165.262 ) (151.033 ) (149.064 ) (16.086 ) (16.198 )

Outras receitas (despesas) operacionais

líquidas (80.397 ) 190.356 (80.014 ) 192.117 (383 ) (1.761 )

Resultado de equivalência patrimonial 86.857 94.011 86.857 94.011 - - Lucro operacional 74.253 303.943 68.998 290.544 5.255 13.399 Resultado financeiro Receitas financeiras 292.019 577.534 292.019 577.534 - - Despesas financeiras (273.299 ) (511.240 ) (273.299 ) (511.240 ) - - Lucro antes do imposto de renda e da

Contribuição social 92.973 370.237 87.718 356.838 5.255 13.399 Imposto de renda e contribuição social (10.861 ) (147.691 ) (8.407 ) (141.611 ) (2.454 ) (6.080 )

Lucro líquido do exercício 82.112 222.546 79.311 215.227 2.801 7.319

31 Demonstrações dos fluxos de caixa por segmento de negócio - método indireto

Consolidado Segmento Industrial Segmento Financeiro

2017 2016 2017 2016 2017 2016

Fluxos de caixa das atividades operacionais

Lucro líquido do exercício 82.112 222.546 79.311 215.227 2.801 7.319

Ajustes para conciliar o resultado às

disponibilidades geradas pelas atividades

operacionais:

Depreciações e amortizações 45.432 49.691 45.166 49.431 266 260

Ganho (perda) na venda de ativos de

investimentos, imobilizados e intangíveis 33.359 (198.659 ) 33.350 (198.662 ) 9 3

Baixa de imobilizado por sinistro 24.485 - 24.485 - - -

Equivalência patrimonial (86.857 ) (94.011 ) (86.857 ) (94.011 ) - -

Provisão para créditos de liquidação

duvidosa 32.127 22.629 16.138 4.723 15.989 17.906

Imposto de renda e contribuição social

corrente e diferido 10.860 147.691 8.406 141.611 2.454 6.080

Juros e variações apropriados 120.100 (40.194 ) 82.958 (78.108 ) 37.142 37.914

Participações dos não controladores 9.942 3.158 9.942 3.158 - -

Variações nos ativos e passivos

Redução em contas a receber de

clientes 108.090 252.309 5.511 172.666 102.579 79.643

Redução (aumento) em títulos e valores

mobiliários 49.849 (13.859 ) 49.849 (13.859 ) - -

Redução (aumento) nos estoques (40.364 ) 1.399 (40.364 ) 1.399 - -

(Aumento) redução em outras contas a receber (109.024 ) (13.551 ) (112.416 ) (4.752 ) 3.392 (8.799 )

Aumento (redução) em fornecedores 109.725 (29.480 ) 109.725 (29.480 ) - -

Aumento (redução) em contas a pagar e

provisões (61.635 ) 3.687 (62.749 ) (6.905 ) 1.114 10.592

Caixa gerado nas atividades operacionais 328.201 313.356 162.455 162.438 165.746 150.918

Impostos sobre o lucro pagos (33.267 ) (142.369 ) (28.043 ) (122.860 ) (5.224 ) (19.509 )

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Consolidado Segmento Industrial Segmento Financeiro

2017 2016 2017 2016 2017 2016

Caixa líquido proveniente das atividades

operacionais 294.934 170.987 134.412 39.578 160.522 131.409

Fluxos de caixa das atividades de

investimentos

Investimentos (10.369 ) 4.127 (10.369 ) 4.127 - -

Dividendos de controladas , controladas em

conjunto e coligadas 16.366 19.559 16.366 19.559 - -

Adições de imobilizado (52.465 ) (72.274 ) (52.435 ) (72.187 ) (30 ) (87 )

Adições de intangível (1.827 ) (1.270 ) (1.621 ) (1.215 ) (206 ) (55 )

Recebimento na venda de investimentos,

imobilizado e intangível 1.291 405.950 1.291 405.950 - -

Caixa líquido obtido das atividades de

investimentos (47.004) 356.092 (46.768) 356.234 (236 ) (142 )

Fluxos de caixa das atividades de

financiamentos

Ações em tesouraria 665 1.802 665 1.802 - -

Emissão de ações - 43.707 - 43.707 - -

Empréstimos tomados de terceiros 567.914 641.263 425.699 425.650 142.215 215.613

Pagamento de empréstimos - principal (937.213 ) (878.397 ) (638.035 ) (592.531 ) (299.178 ) (285.866 )

Pagamento de empréstimos - juros (118.600 ) (121.464 ) (83.094 ) (87.934 ) (35.506 ) (33.530 )

Pagamento dos juros sobre o capital próprio e

dividendos (17.140 ) (118.432 ) (16.475 ) (116.693 ) (665 ) (1.739 )

Caixa líquido aplicado das atividades de

financiamento (504.374 ) (431.521 ) (311.240 ) (325.999 ) (193.134 ) (105.522 )

Efeito da variação cambial sobre caixa e

equivalentes de caixa 5.744 (17.261 ) 5.744 (17.261 ) - -

Aumento (redução) líquido de caixa e

equivalentes de caixa (250.700 ) 78.297 (217.852 ) 52.552 (32.848 ) 25.745

Caixa e equivalentes de caixa no

início do exercício 1.209.459 1.131.162 1.164.550 1.111.998 44.909 19.164

Caixa e equivalentes de caixa no

fim do exercício 958.759 1.209.459 946.698 1.164.550 12.061 44.909

32 Informação adicional

O segmento de negócio industrial opera em regiões geográficas especificadas abaixo. O segmento de

negócio financeiro opera exclusivamente no Brasil.

(a) Receita líquida por região geográfica

Consolidado

2017 2016

Brasil 2.086.033 1.738.293 África 87.967 92.889 Austrália 325.078 367.251 China 65.909 63.432 Peru 1.029 4.783 México 309.977 307.445

2.875.993 2.574.093

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(b) Ativo imobilizado, ágio e intangível por região geográfica

Consolidado

2017 2016

Brasil 713.282 735.523 África 13.920 12.203 Austrália 112.321 128.340 Canadá 49.416 45.504 China 3.675 4.111 México 16.523 17.174 Uruguai 59 58 Peru - 45

909.196 942.958

33 Evento Subsequente

De acordo com a Ata de Reunião do Conselho de Administração realizada no dia 21 de fevereiro de

2018, foi aprovado o pagamento de dividendos por conta do exercício de 2017, no valor de R$ 19.330

a serem pagos a razão de R$ 0,021 por ação a partir de 29 de março de 2018. Os dividendos serão

descontados das reservas de lucros destinadas no exercício de 2017.

* * *

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MARCOPOLO S.A. – CNPJ nº88.611.835/0001-29 – Companhia Aberta CVM:00845-1

NIRE:43300007235

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

PAULO CEZAR DA SILVA NUNES OSCAR DE PAULA BERNARDES NETO

Presidente Vice-Presidente

LUCIANO MOISÉS BADO CARLOS ALBERTO CASIRAGHI

Conselheiro Conselheiro

FLAVIO CESAR MAIA LUZ LUIZA DAMASIO RIBEIRO DO ROSARIO

Conselheiro Conselheira

HENRIQUE BREDDA CARLOS ZIGNANI

Conselheiro Secretário

COMITÊ EXECUTIVO/DIRETORIA

MAURO GILBERTO BELLINI FRANCISCO GOMES NETO

Membro Efetivo - Coordenador Diretor Geral

JOSÉ ANTONIO VALIATI LUCIANO MOISÉS BADO

Diretor de Controladoria e Finanças e de Relações Membro Indicado

com Investidores

CARLOS ALBERTO CASIRAGHI RUBEN ANTÔNIO BISI

Membro Convidado Membro Convidado

LEANDRO ANTONIO BASSO

Contador CRC-RS 59.513/O-4