Cobertura Vegetal Para Recuperação de Áreas Degradadas - NAVA - 03 Rev0

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Técnicas de recuperação de áreas degradas por meio de vegetação.

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  • VALEC

    NORMA GERAL AMBIENTAL

    Ttulo: COBERTURA VEGETAL PARA RECUPERAO DE REAS DEGRADADAS

    Identificador:

    NGL-5.03.01-16.003

    Proponente:

    SUAMB

    Tipo de Atividade:

    Meio Ambiente

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    Processo:

    Sumrio 1. MOTIVAO .................................................................................................................. 2

    2. OBJETIVOS ................................................................................................................... 3

    2.1. Objetivo Geral ............................................................................................................. 3

    2.2. Objetivos Especficos .................................................................................................. 4

    3. ASPECTOS LEGAIS ...................................................................................................... 4

    4. PROCEDIMENTOS METODOLGICOS........................................................................ 6

    4.1. Terminologia ............................................................................................................... 6

    4.2. Orientao ................................................................................................................... 9

    4.3. Metas ........................................................................................................................ 11

    4.4. Indicadores ................................................................................................................ 11

    5. MTODOS E RECURSOS ........................................................................................... 13

    5.1. Atividades Iniciais ...................................................................................................... 13

    5.2. Detalhamento do Projeto ........................................................................................... 13

    5.3. Condies Especficas de Projeto ............................................................................. 24

    5.3.1. Remoo e Armazenamento Prvio da Camada Superficial de Solo .................. 24

    5.3.2. Plantio em Taludes de Cortes e Aterros .............................................................. 25

    5.3.3. Recomposio Vegetal em Superfcies Degradadas .......................................... 26

    5.3.4. Execuo dos Servios de Extrao de Materiais de Construo ou .................. 29

    Deposio de Materiais (BOTA FORA) ......................................................................... 29

    5.3.5. Monitoramento e Concluso ............................................................................... 30

    5.4. Recursos ................................................................................................................... 30

    6. PERODO DE VALIDADE E CRONOGRAMA DE EXECUO ....................................... 32

    7. RGOS INTERVENIENTES ......................................................................................... 32

    8. CUSTOS, MEDIES E PAGAMENTOS ........................................................................ 33

    9. BIBLIOGRAFIA ................................................................................................................ 35

    10. VIGNCIA...................................................................................................................... 37

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    1. MOTIVAO

    Problemas como o assoreamento dos rios, inundaes e deslizamentos causados

    pela degradao florestal no so recentes. De acordo com a literatura, tem-se

    conhecimento que j em 1200 A.C., na ilha Mediterrnea de Chipre, o uso

    excessivo de carvo vegetal para fundio de metais causou problemas desta

    espcie. Atribui-se que a ilha de Pscoa teve de ser abandonada porque seus

    moradores originais haviam consumido toda a madeira fonte de energia para

    erigir os moais1.

    Certamente, durante o detalhamento do Projeto de Engenharia do empreendimento

    sero identificadas reas que sero usadas provisoriamente seja porque sero

    fornecedoras de materiais de construo (areais; pedreiras; emprstimos e

    ocorrncias de material granular), seja porque serviro para apoio s obras

    (caminhos de servio; usinas de concreto; fbricas de pr-moldados; oficinas;

    acampamentos), ou mesmo que podero servir para despejo de materiais

    inservveis, mas inertes2, (bota foras de materiais de terraplenagem escavados em

    excesso; expurgo de argilas hidromrficas da fundao dos aterros).

    Outro fator relacionado com a execuo das obras a alterao da atual

    infraestrutura viria em funo da movimentao de veculos, mquinas e

    equipamentos, que podero exigir intervenes e readequao das estradas locais,

    para que possibilitem o acesso aos locais das obras, que exigiro a restaurao

    ambiental aps a construo.

    O uso do solo realizado com modificaes, mesmo provisrias, sempre altera as

    condies pr-existentes, por isto, todas estas reas, ao final de seus servios,

    1 Moai um termo utilizado pelos estudiosos para designar as gigantescas esttuas de pedras, encontrados

    pelas encostas da Ilha de Pscoa, no Chile. 2 Materiais inservveis no oriundos da terraplenagem, inclusive os que no so inertes, devem ser tratados de

    acordo com a NORMA AMBIENTAL VALEC NGL-5.03.01-16.025 GERENCIAMENTO DE RESDUOS NA

    CONSTRUO E CONSERVAO.

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    sero consideradas como degradadas e merecedoras de atenes e investimentos

    que, se no puderem restaurar o uso original, tambm no permitam que se tornem

    reas inservveis, focos de doenas, origem de eroses, riscos aos transeuntes e

    assim por diante, fazendo com que as atividades envolvidas na construo e na

    conservao das linhas ferrovirias da VALEC se integrem na tarefa de no permitir

    o surgimento de reas degradadas, honrando o lema que utiliza: VALEC:

    Desenvolvimento Sustentvel Para o BRASIL.

    2. OBJETIVOS

    2.1. Objetivo Geral

    Este Norma Ambiental da VALEC visa a orientar e especificar as solues que

    geralmente devero ser adotadas para executar a recuperao do uso original do

    solo, ou para permitir novos usos, de reas cujas caractersticas sofreram alteraes

    em consequncia da execuo das obras de implantao ferroviria por ordem da

    VALEC, intervindo para obter a reintegrao paisagem natural e, assim,

    contribuindo para a melhoria da qualidade ambiental.

    As reas beneficiadas compreendem aquelas que foram utilizadas ou para

    instalaes industriais, ou para apoio s obras, ou para obteno de materiais de

    construo, tais como:

    reas usadas para acampamentos e canteiros de obras provisrios;

    reas usadas para instalaes industriais (pedreiras, centrais de concreto,

    fbricas de pr-moldados, outros);

    reas usadas para extrao e para estoque de materiais de construo;

    Caixas de emprstimo e bota foras;

    Acessos e corta-rios para construo de bueiros;

    Caminhos de servio desnecessrios na fase de operao do

    empreendimento;

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    reas no entorno de obras de arte especiais e

    Outras, conforme determinao da fiscalizao.

    2.2. Objetivos Especficos

    Recuperar todas as reas degradadas pelas obras capitaneadas pela VALEC;

    Impedir a instalao de processos de degradao de difcil controle, atuando pari-

    passu com as obras e com intenso acompanhamento evitar que ocorram lapsos de

    tempo exagerados entre a liberao da rea e as aes de recuperao e o

    consequente agravamento das degradaes mapeadas.

    Emitir 01 (um) relatrio mensal por lote de obras, que deve contemplar, de forma

    simples, um check-list das aes desenvolvidas em funo do cronograma de

    obras e da perspectiva das precipitaes pluviomtricas, para subsidiar o

    acompanhamento a ser realizado pela gesto/fiscalizao do subprograma.

    3. ASPECTOS LEGAIS

    PRAD PROGRAMAS DE RECUPERAO DE REAS DEGRADADAS - A Lei N

    6.938, de 31 de agosto de 1981, regulamentada pelo Decreto N 99.274/90, dispe

    sobre a Poltica Nacional do Meio Ambiente, seus fins e mecanismos de formulao

    e aplicao. Em seu Art. 4, afirma que a Poltica Nacional do Meio Ambiente visar:

    ...VII - (..) obrigao de recuperar e/ou indenizar os danos causados e, ao usurio da

    contribuio pela utilizao de recursos ambientais com fins econmicos.

    O Decreto N 97.632, de 10 de abril de 1989, que dispe sobre a regulamentao do

    artigo 2, inciso VIII, da Lei N 6.938, determina; Art. 1 - Os empreendimentos que

    se destinem explorao de recursos minerais devero, quando da apresentao

    do Estudo de Impacto Ambiental EIA e do Relatrio de Impacto Ambiental - RIMA,

    submeter aprovao do rgo ambiental competente um plano de recuperao de

    reas degradadas. Em seu Art. 2, o mesmo decreto define o conceito de

    degradao: (...) so considerados como degradao os processos resultantes dos

    danos ao meio ambiente, pelos quais se perdem ou se reduzem algumas de suas

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    propriedades, tais como, a qualidade ou capacidade produtiva dos recursos

    ambientais. Por fim, em seu Art. 3, o decreto estabelece a finalidade dos PRAD: A

    recuperao dever ter por objetivo o retorno do stio degradado a uma forma de

    utilizao, de acordo com um plano preestabelecido para o uso do solo, visando

    obteno de uma estabilidade do meio ambiente.

    Os requisitos legais que embasam os Programas de Recuperao de reas

    Degradadas realizados segundo a presente NORMA so os seguintes:

    Lei de 10711 de 05.08.2003 e Decreto n 5.153 de 23.07.2004, que institui

    e regulamenta o Sistema Nacional de Sementes e Mudas - SNSM;

    Instruo Normativa n 09 de 02.06.2005, da Superintendncia Federal de

    Agricultura SEFAG, que estabelece o Registro Nacional de Sementes e

    Mudas RENASEM;

    Resoluo CONAMA 303/2002, que dispe sobre parmetros, definies e

    limites de APPs.

    As NORMAS da VALEC que devem ser associadas a esta NORMA para a perfeita

    obedincia aos termos do contrato de empreitada so:

    NORMA AMBIENTAL VALEC NGL-5.03.01-16.001 - QUALIDADE

    AMBIENTAL DA CONSTRUO

    NORMA AMBIENTAL VALEC NGL-5.03.01-16.002 - PLANTIOS

    PAISAGSTICOS NORMA AMBIENTAL VALEC NGL-5.03.01-16.004 -

    TRANSPLANTE DE ESPCIMES VEGETAIS SELECIONADOS

    NORMA AMBIENTAL VALEC NGL-5.03.01-16.005 - INSTALAO E

    OPERAO DE ACAMPAMENTOS E DE CANTEIROS DE SERVIOS

    NORMA AMBIENTAL VALEC NGL-5.03.01-16.006 EXTRAO DE

    MATERIAIS DE CONSTRUO

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    NORMA AMBIENTAL VALEC NGL-5.03.01-16.009 - PREVENES

    CONTRA QUEIMADAS

    NORMA AMBIENTAL VALEC NGL-5.03.01-16.016 RESGATE DA FLORA

    NORMA AMBIENTAL VALEC NGL-5.03.01-16.017 - REPRODUO E

    MULTIPLICAO DE MUDAS EM VIVEIROS

    NORMA AMBIENTAL VALEC NGL-5.03.01-16.019 - DRENAGEM

    SUPERFICIAL E PROTEO CONTRA EROSO NORMA AMBIENTAL

    VALEC NGL-5.03.01-16.020 - CONTROLE E MINIMIZAO DA

    SUPRESSO DA VEGETAO

    NORMA AMBIENTAL VALEC NGL-5.03.01-16.025 GERENCIAMENTO DE

    RESDUOS NA CONSTRUO E CONSERVAO

    4. PROCEDIMENTOS METODOLGICOS

    4.1. Terminologia

    DEGRADAO DO SOLO soil degradation. "Alteraes adversas das

    caractersticas do solo em relao aos seus diversos usos possveis, tanto

    estabelecidos em planejamento quanto os potenciais"(ABNT, 1989)

    REABILITAO ("reabilitation"). Local alterado destinado a uma dada forma de uso

    de solo, de acordo com projeto prvio e em condies compatveis com a ocupao

    circunvizinha, ou seja, trata-se de reaproveitar a rea para outra finalidade.

    RECUPERAO ("reclamation"). Local alterado trabalhado de modo que as

    condies ambientais acabem se situando prximas s condies anteriores

    interveno; ou seja, trata-se de devolver ao local o equilbrio e a estabilidade dos

    processos atuantes. RECUPERAO o termo mais amplamente utilizado, por

    incorporar os sentidos de restaurao e reabilitao.

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    REMEDIAO ("remediation"). Aes e tecnologias que visam eliminar, neutralizar

    ou transformar contaminantes presentes em sub superfcie (solo e guas

    subterrneas). Refere-se a reas contaminadas.

    RESTAURAO ("restoration"). Reproduo das condies exatas do local, tais

    como eram antes de serem alteradas pela interveno.

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    Fonte: http://www.rc.unesp.br/igce/aplicada/ead/estudos_ambientais/ea14.html

    (acessado em 09 de junho de 2010)

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    4.2. Orientao

    Em termos gerais, qualquer alterao causada pelo homem no ambiente gera, em

    ltima anlise, algum tipo de degradao ambiental. Entretanto, as definies de

    rea degradada e degradao ambiental variam muito de acordo com o referencial.

    O Guia de Recuperao de reas Degradadas, publicado pela SABESP, (2003, p. 4)

    define degradao ambiental, como sendo as modificaes impostas pela

    sociedade aos ecossistemas naturais, alterando (degradando) as suas

    caractersticas fsicas, qumicas e biolgicas, comprometendo, assim, a qualidade de

    vida dos seres humanos. esta definio que norteia as aes preconizadas na

    presente Norma para a recuperao de reas degradadas.

    O licenciamento ambiental das Ferrovias cujas concesses so de responsabilidade

    da VALEC abrange as obras situadas dentro da faixa de domnio, onde se situar a

    via permanente e as instalaes de apoio adjacentes. O licenciamento das

    atividades de apoio e a das atividades de obteno de materiais de construo fora

    da faixa de domnio de responsabilidade das construtoras contratadas, na medida

    em que o detalhamento dos projetos de engenharia somente ser feito junto com o

    desenvolvimento das obras e, portanto, aps as licitaes para construo, deixando

    a critrio das construtoras tanto as localizaes dos canteiros principais e

    secundrios, como a seleo entre aquisio ou a produo de materiais de

    construo e de peas pr-moldadas. Consequentemente, as reas no integrantes

    do Projeto Bsico de Engenharia e no abrangidas pelo licenciamento do

    empreendimento, toma-se por pressuposto que estas devero estar devidamente

    licenciadas pelas empreiteiras contratadas.

    Evidentemente, os requerimentos de autorizaes e licenas especficas devero

    ser acompanhados dos respectivos projetos das instalaes, contendo as medidas,

    dispositivos e especificaes tcnicas a serem empregados no controle ambiental,

    em conformidade com as Normas dos organismos de controle ambiental, da VALEC,

    da ABNT e do DNPM, bem como dos condicionantes legais em vigor.

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    Entre as medidas de controle previstas esto: o tratamento dos efluentes lquidos,

    dos resduos slidos, a emisso de material particulado e gases, a conteno de

    leos e graxas, a estocagem e armazenagem de produtos perigosos. Mesmo que

    no exigido pelo licenciamento ambiental, a VALEC estabelece como necessria a

    elaborao dos Planos de Recuperao das reas de emprstimo, jazidas de

    material de construo, bota foras e reas de descarte de materiais inservveis, de

    acordo com a NORMA AMBIENTAL VALEC NGL-5.03.01-16.025

    GERENCIAMENTO DE RESDUOS NA CONSTRUO E CONSERVAO.

    Previamente elaborao de seus Planos, as empreiteiras devero contatar os

    rgos ambientais estaduais, visando obter orientao, roteiros de procedimentos,

    modelos e impressos prprios, bem como as normas e a documentao exigida nos

    requerimentos de licenciamentos especficos. No caso de inexistirem

    regulamentaes prprias para a conduo da regularidade ambiental dessas reas,

    dever ser estabelecido, de comum acordo com os rgos licenciadores, um Termo

    de Referncia para orientar a sua elaborao.

    A utilizao de reas para apoio s obras (acampamentos, reas industriais, reas

    de extrao de materiais de construo) acarreta alteraes significativas no uso

    original das terras pela cumulatividade e pelo sinergismo dos seguintes fatores

    impactantes:

    Execuo da limpeza do terreno (com eliminao da vegetao porventura

    existente e do nvel de solo orgnico e frtil)

    Cortes e aterros, implicando na modificao do sistema de drenagem

    natural (superficial e/ou subterrnea).

    Entretanto, a cobertura vegetal tem papel importante na estabilidade do solo, pois

    amortece o impacto da chuva e contm a energia (dissipa parcialmente a energia)

    do escoamento superficial ("rum off"). Em consequncia, aumenta o tempo

    disponvel para absoro da gua pelos solos e subsolos, ao mesmo tempo em que

    minimiza a instalao de processos erosivos e as instabilidades dos macios de

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    terra da decorrentes. A revegetao das reas sujeitas aos fenmenos antes

    descritos, logo ao encerrar o uso provisrio, evitar o surgimento ou, ao menos,

    minimizar as consequncias dos processos de degradao.

    4.3. Metas

    As metas estabelecidas so as seguintes:

    Estabelecimento de projetos de recuperao de reas degradadas

    (PRADs) individualizados a partir da elaborao de planos de uso ou de

    lavra da rea, conforme o caso.

    Estocar, reservar e utilizar os solos e os restos vegetais oriundos do

    desmatamento e limpeza do terreno nos PRADs.

    Integrar as demandas de recomposio vegetal de reas degradadas com

    as necessidades de conservao da flora e da fauna, bem como com a de

    vegetao, respeitando as fitofisionomias atingidas.

    Integrar as demandas de recomposio vegetal com a necessidade de

    atender as compensaes devidas de acordo com a Resoluo CONAMA

    N369/2006, associando os PRAD com os Programas de Compensao.

    Estabelecer diretrizes que visem a impedir o estabelecimento de processos

    erosivos, protegendo as redes de drenagem dos assoreamentos.

    Implantao de aes destinadas ao monitoramento e manuteno das

    reas recuperadas.

    4.4. Indicadores

    Sero usados como indicadores os terrenos situados fora da faixa de domnio, da

    seguinte forma:

    Nmero de reas abertas com desmatamento e/ou limpeza para extrao

    de materiais de construo;

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    Nmero de reas recuperadas completamente aps a extrao de

    materiais de construo;

    rea total objeto de desmatamento e limpeza para a instalao de espaos

    de uso e equipamentos destinados extrao de materiais de construo;

    rea total recuperada aps o uso para a instalao de espaos de uso e

    equipamentos destinados extrao de materiais de construo;

    Nmero de reas abertas com desmatamento e/ou limpeza para uso com

    instalaes de apoio s obras;

    Nmero de reas recuperadas aps o para uso com instalaes de apoio

    s obras;

    rea total objeto de desmatamento e limpeza para a instalao de

    acampamentos e equipamentos, destinados a canteiros de obras e

    instalaes industriais;

    rea total recuperada aps o uso na instalao de acampamentos e

    equipamentos, destinados a canteiros de obras e instalaes industriais;

    Extenso total de caminhos de servio construdos que no sero mantidos

    na fase operacional;

    Extenso total de caminhos de servio recuperados aps o uso;

    rea total objeto de desmatamento e limpeza para a instalao de

    caminhos de servio que no sero mantidos na fase operacional.

    rea total objeto de recuperao aps o uso como caminhos de servio.

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    Processo:

    5. MTODOS E RECURSOS

    5.1. Atividades Iniciais

    Na execuo dos trabalhos de recuperao florestal, devero ser priorizadas as

    seguintes reas:

    As reas consideradas de preservao permanente pela Lei Federal

    4771/65, em especial aquelas localizadas em nascentes e olhos dgua;

    De interligao de fragmentos florestais remanescentes na paisagem

    regional (corredores ecolgicos);

    De elevado potencial de credibilidade.

    A camada vegetal oriunda da operao de limpeza do terreno ser removida

    obrigatoriamente para reas de estocagem previamente escolhidas, dispostas,

    operadas e protegidas de modo a evitar o carregamento do material pelas guas. A

    superfcie das reas de estocagem dever ser protegida contra eroso e lixiviao

    pelas guas pluviais, bem como contra a insolao direta usando a cobertura por

    camada de material vegetal morto (mulching). Este cuidado tem por objetivo

    conservar os solos orgnicos para posterior utilizao na recuperao ambiental das

    reas degradadas pelas obras.

    So vedadas as estocagens e/ou os descartes de materiais oriundos da limpeza

    considerados inservveis, estreis, ou pedregosos em reas de interesse ecolgico,

    ou em reas de preservao permanente, bem como tambm proibida a

    supresso da vegetao com uso do fogo (Resoluo CONAMA 020/86 e Decreto

    2661/98).

    5.2. Detalhamento do Projeto

    O projeto da recuperao de cada rea degradada pelas atividades de construo

    dever ser composto por:

  • VALEC

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    Ttulo: COBERTURA VEGETAL PARA RECUPERAO DE REAS DEGRADADAS

    Identificador:

    NGL-5.03.01-16.003

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    Meio Ambiente

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    ELABORAO APROVAO ARQUIVO

    DIPLAN

    GEDOR

    Nome:

    Processo:

    Reconhecimento da geometria e das condies das drenagens naturais e

    construdas, existentes na rea;

    Identificao da vegetao regional e endmica, principalmente quanto ao

    reconhecimento das espcies nativas de carter pioneiro;

    Identificao e estabelecimento de contratos para o suprimento de

    sementes e mudas3;

    Usar plantas nativas quando houver:

    o Adaptabilidade s condies locais da rea a recuperar;

    o Ausncia de toxinas;

    o Germinao e crescimento confiveis;

    o Objetivo de reproduzir o ambiente original;

    o Houver produo de sementes e mudas suficientes, nos prazos

    requeridos pelas obras;

    o Tolerncia ao ambiente (seca; frio; alagamento);

    o Tolerncia ao solo (pH; salinidade; toxidade; fertilidade)

    Seleo das espcies para recuperao e proteo ambiental, avaliando os

    fatores:

    o Edficos. Avaliar a adaptao das espcies s condies do local

    onde ser realizada a recuperao ambiental, usando informaes

    como: pH; fertilidade natural; salinidade; toxidez; textura; drenagem e

    disponibilidade de matria orgnica;

    3 Opcionalmente, e se disponvel, poder ser usado material oriundo do resgate de germoplasma, conforme est

    estabelecido na NORMA AMBIENTAL VALEC NGL -5.03.01-16.016 RESGATE DA FLORA e na NORMA AMBIENTAL VALEC NGL-5.03.01-16.017 - REPRODUO E MULTIPLICAO DE MUDAS EM VIVEIROS

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    GEDOR

    Nome:

    Processo:

    o Climticos. Pode ser o fator mais importante, devendo ser avaliadas:

    tolerncia s secas e s geadas; dficits hdricos da regio;

    precipitao anual; temperaturas mdias anuais e unidade relativa;

    o Ambientais. So fatores referidos a rapidez e segurana da

    recuperao ambiental e so compostos por:

    Longevidade. Ligada ao objetivo da recuperao, selecionam-se

    entre espcies anuais; bianuais; perenes; ciclo curto ou ciclo

    longo.

    Produo de biomassa. Verifica-se a disponibilidade de matria

    orgnica no solo e a extenso mdia das razes.

    Rapidez de crescimento e efeitos paisagsticos. Onde ser

    avaliada a necessidade de altas taxas de crescimento,

    confrontadas com as necessidades de manuteno;

    Palatabilidade para a fauna. Podem ser selecionadas espcies

    que iro, ou no favorecer a fauna, em funo do potencial

    suprimento de frutos, de sementes, pastagens, e assim por

    diante;

    Biodiversidade. A utilizao de um grande nmero de espcies

    para a revegetao contribui para aumentar a biodiversidade, com

    a atrao de animais silvestres, sejam aves, mamferos, ou

    rpteis;

    Dormncia de sementes. A utilizao de sementes que

    apresentam dormncia vigor e resistncia a pragas

    interessante, pois podem ser programadas germinaes para

    pocas diferentes do ano, reduzindo a competitividade inicial

    entre os exemplares usados na recuperao da rea degradada

    em projeto.

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    GEDOR

    Nome:

    Processo:

    Disponibilidade de especificaes tcnicas para plantio, prprias para cada

    espcie vegetal fornecida (incluindo adubao, correo de acidez e tratos

    culturais para manuteno);

    Especificaes de melhoria da qualidade do solo superficial, prevendo:

    o Escarificao profunda, paralelamente s curvas de nvel do terreno

    (para atenuar a compactao dos solos, melhorar as condies de

    infiltrao das guas e possibilitar o enraizamento da futura cobertura

    vegetal);

    o Disposio de solo frtil, na espessura mnima de 15cm, proveniente

    da estocagem obrigatria da camada vegetal oriunda das atividades

    de limpeza do terreno;

    o Aplicao de corretivos e fertilizantes (calagem, adubao NPK,

    inoculao com bactrias "Rhizobium" para garantir o crescimento

    satisfatrio das leguminosas);

    Para as reas de extrao de materiais de construo indispensvel a obedincia

    ao Cdigo de Minerao, com a preparao prvia do Plano de Explorao, que

    dever definir:

    Volume de material a ser movimentado, discriminando: camada vegetal,

    material estril e material a ser extrado para ser utilizado nas obras;

    Quando as escavaes previstas exigirem taludes maiores do que oito

    metros (8m), o projeto dever apresentar avaliao sobre a necessidade,

    ou no, de contar com estudos geomecnicos dos solos para estabelecer

    as declividades dos taludes;

    Proposta da reconformao topogrfica do terreno aps a utilizao da

    rea;

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    Nome:

    Processo:

    Proposta de revegetao, com implantao e manejo at que seja

    garantido o recobrimento;

    No caso de areais, indicar monitoramentos a executar e procedimentos

    para fiscalizao das reas de extrao exigindo que sejam resguardadas

    as margens dos cursos d'gua, evitando o desbarrancamento e a perda

    das formaes ciliares.

    Sempre que possvel esta NGL dever ser aplicada em consrcio com a

    NGL-5.03.01-16.002: PROJETOS PAISAGSTICOS.

    Considerando que a perda da diversidade biolgica significa a reduo de recursos

    genticos teis e disponveis ao desenvolvimento sustentvel, na forma de madeira,

    frutos, forragem, plantas ornamentais e produtos de interesse alimentar, industrial e

    farmacolgico, e tendo constatado que os plantios realizados podem apresentar

    resultados mais satisfatrios quando promovido o reflorestamento heterogneo de

    reas degradadas, especialmente nas matas ciliares, consideradas as

    peculiaridades locais e regionais e, tanto quanto possvel, do uso de espcies

    nativas, fica estabelecido que as reas degradadas sejam recobertas com

    vegetao representada pelas seguintes diversidades:

    A diversidade deve obedecer as seguintes propores:

    o 30 espcies distintas para projetos de at 1 hectare;

    o 50 espcies distintas para projetos de at 20 hectares;

    o 60 espcies distintas para projetos de at 50 hectares;

    o 80 espcies distintas para projetos com mais de 50 hectares.

    Priorizando a utilizao de espcies ameaadas de extino, respeitando-

    se as regies ou formaes de ocorrncia, na seguinte proporo:

    o 5% (cinco por cento) das mudas, com pelo menos 5 espcies

    distintas, para projetos de at 1 hectare;

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    Nome:

    Processo:

    o 10% (dez por cento) das mudas, com pelo menos 10 espcies

    distintas, para projetos de at 20 hectares;

    o 10% (dez por cento) das mudas, com pelo menos 12 espcies

    distintas, para projetos de at 50 hectares;

    o 10% (dez por cento) das mudas, com pelo menos 15 espcies

    distintas para projetos com mais de 50 hectares.

    Com relao ao nmero de indivduos por espcie, nenhuma espcie poder

    ultrapassar o limite mximo de 20% do total do plantio.

    Devero ser usadas sementes que, testadas, apresentem valor cultural elevado para

    a mdia de suas espcies. O valor cultural VC calculado segundo a frmula:

    ( )

    Onde:

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    Processo:

    Indicadores Descrio

    Pureza Quantidade de sementes viveis encontradas em determinada amostra de sementes, expressa em %, calculada entre o peso delas e o peso total da amostra.

    Impurezas So as sementes no viveis; resduos em geral; pedras, torres e lascas que se apresentam junto com as sementes.

    Germinao a quantidade, tambm expressa em %, de sementes viveis que germinaro em condies normais de plantio, em relao com a quantidade total da amostra testada.

    Amostragem A amostragem deve envolver entre 200g e 300g e deve ser coletada em diversas embalagens de uma mesma entrega, a fim de representar a populao de forma significativa.

    As tcnicas de cobertura convergem para o ponto de que um projeto de restaurao

    bem sucedido no deve se concentrar no plantio de rvores de grande porte, mas,

    sim, em facilitar os processos naturais de revegetao (gatilhos ecolgicos) e a

    integrao destes com organismos no rvores e no vegetais. Estudos recentes

    indicam que se deve buscar a introduo de espcies nativas que atraem a fauna,

    serapilheiras retiradas de reas vizinhas que contem sementes, micro-organismos,

    nutrientes e a diversidade da microfauna. Outra tcnica consiste na instalao de

    objetos que venham trazer zoodispersores rea degradada.

    Dentre os modelos utilizados na recuperao em formaes florestais tropicais sero

    aceitos:

    Plantio ao acaso: utiliza espcies sem seguir uma ordem ou um arranjo

    pr-estabelecido. Segue o pressuposto que as diferentes espcies,

    basicamente intermedirias em processos sucessionais que liberam

    propgulos ao acaso (Kageyama & Ganhara 2004).

    Plantio heterogneo: utiliza espcies nativas da fisionomia original das

    reas remanescentes com um plantio heterogneo, proporcionando uma

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    Nome:

    Processo:

    estruturao de novo ambiente mais prximo do natural. Assim, obtm-se

    uma continuidade das funes especficas das espcies da comunidade.

    Sucesso ecolgica: busca aliar espcies pioneiras sombreadoras s

    espcies dos estgios mais finais de sucesso (clmax). Este

    sombreamento ocorre de acordo com o arranjo de plantio utilizado. O qual

    pode ser em Mdulos onde uma planta base central, dos grupos finais de

    sucesso, fica circundada por quatro ou mais plantas pioneiras ou em

    Linhas com a alternncia de espcies pioneiras e no pioneiras na mesma

    linha (Kageyama & Gandara 2004).

    Transposio de solo: pequenas pores da camada superficial do

    horizonte orgnico do solo (5 cm de solo) de reas com sucesso mais

    avanada, pois apresenta grandes probabilidades de recolonizao da rea

    por micro-organismos, sementes, propgulos de espcies vegetais

    pioneiras e espcies da micro, mesos e macro fauna/flora do solo.

    Poleiros artificiais: imitam galhos secos de rvores para pouso de aves,

    repouso ou forrageamento de sementes. Pode ser confeccionado com

    diversos materiais, como por exemplo, restos de madeira ou bambu.

    Devem apresentar ramificaes terminais onde as aves possam pousar.

    Enleiramento de Gralharia: os resduos florestais como galhos, tocos e

    caules de rebrotas formam pilhas distribudas em leiras com alturas

    variadas de 0,3 a 0,5 funcionando como um atrativo de fauna e

    zoodispersores, alm de contribuir com recomposio do substrato do solo.

    (Reis et al. 2003; Bechara 2006).

    Semeadura direta ou hidro-semeadura: utiliza coquetis de gramneas

    perenes e leguminosas que rapidamente fornecem cobertura ao solo.

    Devem ser utilizadas espcies nativas tpicas do ecossistema a ser

    restaurado, promotoras da sucesso ambiental e evitar espcies exticas

    agressivas que inibem a sucesso.

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    Processo:

    Ilhas de diversidade: so reas pequenas, com diferentes densidades e

    diversidades de espcies arbreas teis para atrair dispersores de

    sementes das espcies presentes nas ilhas, assim como para trazer

    propgulos de outras espcies de reas florestais remanescentes.

    Possibilitam a recolonizaro por diversas espcies e o restabelecimento do

    fluxo gnico e a conectividade entre as populaes arbreas.

    A - transposio de solo, B - enleiramento de gralharia, C - poleiro artificial, D - ilhas

    de diversidade

    Biomantas: As biomantas antierosivas so fabricadas industrialmente, a

    partir de fibras vegetais, palha agrcola, fibra de coco e fibras sintticas. As

    fibras so costuradas industrialmente, formando uma trama resistente,

    protegidas por redes de polipropileno ou juta, o que permite programar sua

    degradabilidade. As biomantas antierosivas protegem imediatamente o

    solo, at que a vegetao se estabelea.

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    Nome:

    Processo:

    Biomantas

    Vetiver: O Vetiver uma gramnea de origem indiana, com razes muito

    longas que penetram profundamente no solo. conhecido no mundo

    cientifico como Vetiveria zizanioides, que tem sido utilizado para diversas

    finalidades, como: aromatizantes, perfumes finos, planta medicinal e

    protetores do solo. O Vetiver tem mltiplas aplicaes a favor do ambiente;

    ela controla a eroso, um filtro biolgico, retm a gua auxiliando no

    recarregamento de aquferos, permite recuperar zonas marginais ou

    degradadas, etc.

    Estabelecimento das Plantas. O estabelecimento das plantas depende do valor

    cultural das sementes fornecidas; da taxa de sementes a ser aplicada; das

    condies existentes nos locais de aplicao e do manejo oferecido rea em

    recuperao.

    H necessidade de aumentar a taxa de sementes a ser aplicada quando:

    o O preparo do solo e/ou o coveamento forem insuficientes;

    o O talude for inclinado, especialmente se acima de 3H:2V;

    o Houver grande quantidade de pssaros e/ou outros predadores de

    sementes;

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    Processo:

    o A regio apresentar deficincia hdrica;

    o O Valor Cultural do lote de fornecimento for baixo;

    o Ocorrerem ventos fortes;

    o Os materiais dos taludes forem arenosos e /ou siltosos;

    o Houver baixa fertilidade da rea a ser recoberta;

    o Houver baixa utilizao de tcnicas de proteo do solo, ou elas

    forem rudimentares.

    A taxa de sementes poder ser reduzida quando:

    o A rea a recobrir apresentar boa fertilidade natural;

    o Houver aplicao de quantidades ideais de fertilizantes;

    o Houver disponibilidade e aplicao de grande quantidade de mulch

    orgnico;

    o Houver facilidade / investimento na preparao e no coveamento do

    solo, com trabalho eficiente;

    o Forem utilizadas tcnicas de proteo do solo modernas e eficientes.

    Ser necessrio ressemear quando:

    o A taxa de plantas fracas for elevada;

    o A taxa de sobrevivncia for baixa;

    o O ndice de enraizamento for baixo;

    o Houver baixa tolerncia ao pastoreio;

    o Reduo significativa da sobrevivncia na poca da estiagem;

    o Houver baixa tolerncia a pragas e doenas;

    o O recobrimento do solo for pequeno.

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    Processo:

    5.3. Condies Especficas de Projeto

    5.3.1. Remoo e Armazenamento Prvio da Camada Superficial de Solo

    A remoo e o armazenamento da camada superficial do solo seguiro as seguintes

    etapas:

    As reas de apoio e demais reas que venham a sofrer terraplenagem

    tero a remoo da camada superficial de solo orgnico, realizada

    juntamente com a remoo da vegetao do mesmo local. O material

    removido ser misturado mecanicamente para ser convertido em material

    para cobertura morta mulch, que ser incorporado superfcie do terreno

    no final dos trabalhos de reabilitao;

    Aps a remoo, ser necessrio depositar o solo em camadas de

    aproximadamente 1,5 m de espessura e 3 a 4 m de largura, em locais

    planos e protegidos das "enxurradas" e eroso e evitando a compactao

    do mulch durante a operao de armazenagem. O solo estocado dever

    ser protegido por uma cobertura morta (produto de podas, restos de capim,

    folhas etc.);

    O solo orgnico misturado com os restos de vegetao no usado como

    produto florestal ser mantido em estoque durante o perodo de utilizao

    das reas que, no futuro, sero consideradas como degradadas,

    considerando que o tempo de estocagem dever ser o menor possvel, em

    virtude da potencial queda na qualidade do solo orgnico com o passar dos

    anos, quando ele mantido fora das condies biolgicas naturais;

    Quando for utilizado, o solo orgnico mulch deve ser transferido

    diretamente para a rea preparada previamente para a recuperao.

    Normalmente a transferncia direta minimiza as perdas microbiais

    denutrientes e maximiza o nmero de sementes que sobrevivem a esta

    ruptura provocada;

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    5.3.2. Plantio em Taludes de Cortes e Aterros

    Tendo em vista que os taludes de cortes e aterros normalmente so compostos

    pelas camadas inferiores dos solos, sempre de baixa fertilidade, indicar solues

    que, em curto prazo, venham a compor uma cobertura vegetal eficiente e duradoura.

    Priorizar a indicao dos processos de hidrossemeadura e/ou a gramagem em

    placas, por serem as formas de plantio mais indicadas para proteo destas

    superfcies. Em taludes com maior potencial para instabilidades devero ser usadas

    gramneas com sistemas radiculares profundos.

    Notas:

    A hidrossemeadura tem as vantagens da rapidez e da facilidade de

    execuo, notadamente em taludes muito inclinados e/ou altos, permitindo

    uma composio de espcies diferenciadas de gramneas e leguminosas.

    A gramagem em placas, com fixao por estacas ou por telas (metlicas ou

    vegetais), propicia imediata proteo superficial do solo, desde que seja

    superada a descontinuidade fsica entre o talude e a placa. A grama em

    placas ser obrigatoriamente adquirida em produtores credenciados,

    evitando a extrao e a explorao de jazidas vegetais a esmo, o que

    proporcionaria a degradao de novas reas para obteno de matria

    prima;

    Complementando a cobertura vegetal feita por hidro-semeadura e/ou por

    gramagem em placas, sero introduzidas mudas de rvores, de arbustos e

    de trepadeiras alastrantes, resistentes acidez comum dos solos tropicais,

    com o objetivo de promover a recolonizao;

    O plantio ter continuidade pelo terreno natural, inclusive ultrapassando os limites da

    rea degradada, visando a assegurar proteo eficiente nesta interface com a

    vegetao lindeira. Dever ser Identificada a necessidade de usar dissipadores de

    energia nos locais de descarga dos dispositivos de drenagem, especialmente nas

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    interfaces entre a drenagem implantada e a drenagem ou terreno natural. Deve ser

    previsto o melhoramento do solo sempre que forem detectadas deficincias na

    fertilidade, estabelecendo os critrios para correo da acidez, para a adubao

    primria, e para o manejo.

    obrigatrio o acompanhamento sistemtico da evoluo da cobertura vegetal

    desde a implantao at a total consolidao. Ser responsabilidade do contratado a

    realizao das regas, assim como substituio das mudas que no se

    desenvolverem, bem como a complementao de reas no recobertas pela

    gramagem, inclusive com o enriquecimento da adubao, at a obteno da

    cobertura da superfcie final desejada.

    5.3.3. Recomposio Vegetal em Superfcies Degradadas

    Antes do plantio sero efetuadas:

    A remoo de todas as instalaes, equipamentos e materiais inservveis;

    Raspagem das reas contaminadas com resduos de depsitos e ptios;

    A remoo dos materiais acima descritos ser feita para locais de descarte

    previamente selecionados (ver NGL-5.03.01-16.001, item 3.8);

    R conformao topogrfica;

    Implantao do sistema de drenagem.

    A seleo da vegetao priorizar espcies nativas da flora regional com:

    Capacidade de promover melhorias na disponibilidade de nutrientes no

    solo;

    Grande capacidade de cobertura;

    Sistemas radiculares, superficial e profundo;

    Facilidade na formao de dossel;

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    DIPLAN

    GEDOR

    Nome:

    Processo:

    Possibilidade de crescimento rpido para produo de biomassa, gerando

    matria orgnica e fertilizando o solo atravs da formao de folheto ou

    serapilheira (liter.) e processos de decomposio.

    Sempre ser avaliada a viabilidade do transplante de espcimes vegetais

    adultos, especialmente selecionados, que devam ser removidos por

    necessidade das obras. O transplante ser feito de acordo com a NGL-

    5.03.01-16.004 - TRANSPLANTE DE ESPCIMES VEGETAIS

    SELECIONADOS.

    Em situaes com baixa probabilidade de ocorrncia de processos erosivos

    acelerados, ser executada exclusivamente a proteo superficial dos solos,

    propiciando condies para a sucesso vegetal natural. Sero priorizadas espcies

    com desenvolvimento dos sistemas radiculares tanto superficiais (gramneas e

    leguminosas), como profundos (rvores e arbustos de mdio porte).

    Em situaes com potencialidade para ocorrncia de processos erosivos acelerados

    e/ou onde se tornarem necessrias recuperaes ambientais e controles de

    processos erosivos j instalados, ou quando for necessria a constituio de

    macias populaes (nas orlas de proteo de matas parcialmente atingidas, criao

    de macios interligando matas remanescentes etc.), sero usadas espcies de

    crescimento rpido, sendo observada a dominncia nas associaes vegetais que

    ocorrem na regio, maximizando a utilizao de espcies autctones, mesmo que de

    carter pioneiro, visando recolonizao da flora e da fauna. Nas situaes de

    restaurao de matas ciliares s margens de rios e vrzeas, sero destacadas as

    solues para os problemas tanto de conteno de processos erosivos como de

    recuperao da continuidade das formaes ciliares, com sua diversidade florstica

    especfica.

    obrigatrio o acompanhamento sistemtico do processo de recuperao da

    vegetao pelo empreiteiro contratado, desde a implantao da cobertura vegetal

    at sua total consolidao. Ser responsabilidade do contratado a realizao das

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    DIPLAN

    GEDOR

    Nome:

    Processo:

    regas, assim como substituio ou complementao de reas de gramagem com

    baixa germinao, bem como a substituio de mudas doentes ou mortas e, ainda, o

    enriquecimento da adubao, at que esteja garantida a efetiva cobertura da

    superfcie plantada.

    A manuteno das reas restauradas dever ser executada por, no

    mnimo, 18 meses aps o plantio, incluindo o controle de formigas, capinas

    e/ou coroamentos, adubao e outros, conforme avaliao tcnica do

    responsvel pelo projeto.

    Tendo como objetivo final a recuperao da floresta, ser admitida a

    ocupao das entrelinhas, com espcies para adubao verde e/ou de

    interesse econmico, por at dois anos, desde que o projeto utilize

    princpios agroecolgicos.

    Para recuperao de reas com algum tipo de cobertura florestal nativa

    remanescente, recomenda-se:

    o A proteo da rea de qualquer ao de degradao;

    o O controle de espcies exticas ou nativas em desequilbrio;

    o O adensamento na borda da rea, usando espcies de rpido

    crescimento e boa cobertura;

    o O enriquecimento dessas reas com espcies finais da sucesso.

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    Processo:

    5.3.4. Execuo dos Servios de Extrao de Materiais de Construo ou

    Deposio de Materiais (BOTA FORA)

    Tanto os trabalhos de extrao de materiais de construo, como o descarte em

    reas de bota-fora (exclusivo de materiais de terraplenagem4) devem:

    Obedecer ao plano de recuperao aprovado pelos rgos licenciadores;

    Justificar as eventuais alteraes necessrias introduzidas;

    Nas atividades de desmobilizao de reas de canteiros de obras, jazidas,

    caixas de emprstimo e bota fora, alm de reas de instalaes, etc., o

    preparo definitivo das reas dever ser realizado atravs das seguintes

    atividades:

    o Remoo de todos os prdios, pisos e bases de concreto;

    o Vedao satisfatria ou enchimento de fossas e sumidouros;

    o Remoo de cercas;

    o Preparao do substrato atravs da correo fsico-qumica;

    o Erradicao de reas propcias ao acmulo de guas pluviais;

    o Remoo de quaisquer barramentos ou obstculos decorrentes das

    obras;

    o Desobstruo da rede de drenagem natural;

    o Implantao de um sistema de drenagem superficial;

    o Remoo de bueiros provisrios.

    A conformao final destas reas ser executada de acordo com os

    parmetros e atividades considerados para as demais reas a reabilitar.

    4 Os materiais que no so de bota fora esto submetidos NGL-5.03.01-16.025 - GERENCIAMENTO DE

    RESDUOS NA CONSTRUO E CONSERVAO

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    Nome:

    Processo:

    As terras de baixa capacidade de produo ou que devam ser recuperadas

    e que, ao mesmo tempo, sejam muito suscetveis eroso, devero ser

    recobertas com vegetao permanente densa, capaz de exercer o controle

    dos processos erosivos e de recuperar o aspecto cnico dessas reas.

    5.3.5. Monitoramento e Concluso

    Aps o incio da operao da ferrovia e pelos 4 (quatro) anos seguintes, as reas

    alvo recuperadas devero sofrer vistorias trimestrais exclusivamente para avaliao

    do desenvolvimento da vegetao reintroduzida. Para este monitoramento devero

    ser implantadas parcelas permanentes ao longo dos trechos de revegetao.

    recomendvel que, aps concludos os servios de recuperao ambiental

    conforme recomendaes anteriormente explicitadas, e atendidas as condies

    especficas estabelecidas pelos rgos ambientais competentes e garantida a

    comprovao da total recuperao ambiental dessas reas, deva ser formalizado o

    encerramento do processo de licenciamento das mesmas. Esta formalizao,

    passvel de aplicao no caso das reas utilizadas externamente faixa de domnio,

    no cabe s reas utilizadas dentro da faixa de domnio, onde a VALEC se manter

    responsvel pela qualidade ambiental.

    O monitoramento ser desenvolvido pela equipe de fiscalizao da VALEC,

    conduzida por um engenheiro agrnomo e sob a responsabilidade da equipe

    encarregada da Gesto Ambiental.

    5.4. Recursos

    A recuperao das reas degradadas obrigao legal do autor da degradao (ver

    seo 3 ASPECTOS LEGAIS, desta NORMA) e, por isto, em todos os casos de

    degradaes oriundas das licenas ambientais detidas pela VALEC, os recursos

    necessrios sero providos pelo oramento da obra Consequentemente, os

    quantitativos de servios para estas recuperaes ou reabilitaes sero previstos

    nos quantitativos das obras e assim sero medidos e pagos pela VALEC. As

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    Nome:

    Processo:

    medies e pagamentos sero feitos segundo os critrios estabelecidos na seo 8 -

    CUSTOS, MEDIES E PAGAMENTOS da presente NORMA.

    As construtoras, por sua vez, sero inteiramente responsveis pelas degradaes

    que causarem em funo das licenas detidas por ela, mesmo que as origens das

    degradaes estejam na necessidade de se estabelecer e/ou de fornecer materiais

    de construo para cumprir seu(s) contrato(s) com a VALEC.

    Em ambos os casos a VALEC ter direito de fiscalizar a efetiva realizao das

    reabilitaes e restauraes pelas empreiteiras contratadas e de reter os

    pagamentos que forem julgados necessrios para realizar as aes julgadas como

    no realizadas ou como no concludas.

    Os recursos para a superviso tcnica e garantia da qualidade dos servios de

    recuperao de reas degradadas esto discriminadas nos quadros inseridos a

    seguir.

    Recursos Humanos Nvel Qtd Unidade Quantidade

    /Ms

    Total de

    Meses

    Total em

    H x ms

    Coordenador Setorial P0 1 H x ms 0,5 24 12

    Agrnomo Sr P1 1 H x ms 1 24 24

    Agrnomo Md P3 2 H x ms 2 24 48

    Tcnico agrcola T0 2 H x ms 2 24 48

    Motorista A2 2 H x ms 2 24 48

    Recursos Materiais Unidade Qtd. Total de

    Meses

    Total na

    unidade

    Computador porttil eq./ms 7 24 168

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    Nome:

    Processo:

    Impressoras eq./ms 2 24 48

    GPS e Maq. Fotogrfica. eq./ms 3 24 72

    Veculos 4X4 veic/ms 2 24 48

    Aluguel escritrio ms 1 24 24

    Material de escritrio vba/ms 1 24 24

    6. PERODO DE VALIDADE E CRONOGRAMA DE EXECUO

    Esta NGL ter validade durante toda a vida til das ferrovias de concesso da

    VALEC, desde a fase de projeto at a de conservao da via permanente, quando o

    passivo ambiental ser gerenciado e recuperado segundo os programas anuais

    preparados de acordo com a NGL-5.03.01-16.011 Levantamento Anual e

    Recuperao do Passivo Ambiental.

    7. RGOS INTERVENIENTES

    VALEC. A VALEC o empreendedor e responsvel pela execuo e manuteno

    das obras obedecendo esta NGL, bem como todas as outras que fazem parte dos

    projetos voltados implantao das ferrovias concedidas para a VALEC. o rgo

    contratante e principal fiscal da aplicao desta NORMA. A VALEC poder contratar

    consultores para servios especializados e de apoio, visando boa execuo de

    seus Planos, Projetos e Obras, e a eles delegar a responsabilidade de projetar e de

    acompanhar a execuo dos servios, em como de atestar a conformidade com a

    qualidade ambiental esperada.

    IBAMA e rgos de Licenciamento Ambiental Estaduais. O IBAMA e os organismos

    estaduais de licenciamento ambiental so os responsveis pelas atividades de

    licenciamento, conforme definidas pela Resoluo 237/97, e pela fiscalizao dos

    atendimentos das condies estabelecidas nas licenas concedidas (Licenas

    Prvia, de Instalao e de Operao), bem como pelas suas renovaes.

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    Processo:

    Construtoras Contratadas. So as responsveis tcnicas e civis pelas obras e pela

    recuperao das reas degradadas pelas atividades de construo. Elas tm

    conhecimento prvio desta Norma e no pode alegar desconhecimento para deixar

    de executar qualquer tarefa de recuperao prevista nela.

    Terceiros Contratados. Projetistas responsveis pelo gerenciamento do Projeto

    Executivo Ambiental e/ou pelos servios de superviso e controle de qualidade das

    obras; fornecedores de mudas e/ou sementes, empresas responsveis pelos

    plantios e pela manuteno da vegetao.

    8. CUSTOS, MEDIES E PAGAMENTOS

    Os custos deste programa estaro includos nos oramentos (quantidades e preos

    unitrios) previstos para as obras de cada um dos trechos ou para os servios que

    sero contratados na fase de conservao da via permanente. A implantao de

    vegetao rasteira (gramneas e leguminosas) ser medida em rea (metros

    quadrados) efetivamente recoberta por vegetao viva; j as rvores, arvoretas e

    arbustos sero medidas:

    a. Aps o trmino do plantio, contando o total de espcimes transplantados;

    b. Noventa dias aps o plantio, contando apenas os espcimes

    comprovadamente vivos;

    c. Duzentos e dez dias aps o plantio, contando apenas os exemplares

    comprovadamente estabelecidos atravs da brotao.

    O pagamento ser efetuado em parcelas, de acordo com as medies, da seguinte

    forma:

    40% (quarenta por cento) do preo unitrio por muda plantada, contados

    todos os espcimes plantados, aps o plantio;

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    Processo:

    40% (quarenta por cento) do preo unitrio oferecido por muda plantada,

    multiplicado pelo total de espcimes vivos, medidos conforme a alnea (b),

    acima;

    20% (vinte por cento) do preo unitrio oferecido por muda plantada,

    multiplicado pelo total de espcimes vivos, medidos conforme a alnea (c),

    retro.

    O preo unitrio para execuo dos servios remunerar a utilizao de

    equipamentos, veculos e ferramentas, remoo, transporte replantio dos espcimes,

    abertura das covas, adubos, defensivos, regas e manuteno aps o plantio, mo de

    obra, encargos e tudo mais que seja necessrio completa execuo dos servios.

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    Processo:

    9. BIBLIOGRAFIA

    ARAUJO Filho, J. O. ERODIBILIDADE. Disponvel em: Acessado em : Maio, 2008

    Bechara, F. C. 2006. Unidades Demonstrativas de Restaurao Ecolgica Atravs

    de Tcnicas Nucleadoras: Floresta Estacional Semi decidual, Cerrado e

    Restinga. Tese (Recursos Florestais). Piracicaba: Escola Superior de

    Agricultura Luiz de Queiroz, 249p.

    Carvalho, J. C., Lima, M. C. & Mortari, D. Consideraes sobre controle e

    preveno de voorocas. 7 Simpsio Nacional de Controle de Eroso,

    ABGE, Goinia, GO, 2001

    Carvalho, J. C. Processos erosivos no centro-oeste Brasileiro. Braslia: Universidade

    de Braslia: FINATEC, 2006

    David, Antnio C. Seleo de Espcies Vegetais para Recuperao de Arcas

    Degradadas. Simpsio Nacional de Recuperao de reas Degradadas

    SINRAD, 1999.

    Fonseca, C. E. L.; Ribeiro, J. F.; Souza, C.C.; Rezende, R. P.; Balbino, V. K. 2001.

    Recuperao da vegetao de Matas de Galeria: estudos de caso no

    Distrito Federal e entorno. Pp. 815-867. In: J. F. Ribeiro, C. E. L. Fonseca

    & J.C. Souza Silva (Org.). Cerrado: caracterizao e recuperao de

    Matas de Galeria. Planaltina: Embrapa CPAC

    Glufke, Clarice. Espcies Florestais Recomendadas para Recuperao de Arcas

    Degradadas. Fundao Zoo botnica do Rio Grande do Sul. Porto Alegre,

    1999.

    GONALVES , R. M. G. ; GIANNOTTI, E.; GIANNOTTI, J.G. Silva, A.A. 2005.

    Aplicao de modelo de revegetao em reas degradadas, visando

    restaurao ecolgica da micro bacia do crrego da Fazenda Itaqui, no

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    GEDOR

    Nome:

    Processo:

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    95. IBAMA. Manual de Reabilitao de Arcas Degradadas. 1990.

    Instituto Brasileiro de Minerao IBRAM. Comisso Tcnica de Meio Ambiente.

    Grupo de Trabalho de redao. Braslia, 1992.

    Kageyama, P. Y. Gandara, F. B. 2004. Recuperao de reas ciliares. Pp. 249-

    270. In: R.R Rodrigues & H. F. L. Filho (eds.). Matas Ciliares: conservao

    e recuperao. So Paulo USP/FAPESP

    Kageyama, Paulo et al. Re vegetao de Arcas Degradadas: Modelos de

    Consorciao com Alta Diversidade. Simpsio Nacional de

    Recuperao de reas Degradadas SINRAD, 1994.

    Kopezinski, Isaac. Minerao X 'Meio Ambiente: Consideraes Legais, Principais

    Impactos Ambientais e Seus Processos Modificadores. Universidade

    Federal do Rio Grande do Sul. Ed. da Universidade. Porto Alegre, 2000.

    Machio, Lucila et a Evoluo, Estgio e Caracterizao da Pesquisa em

    Recuperao de Arcas Degradadas no Brasil. Simpsio Nacional de

    Recuperao de reas Degradadas SINRAD, 1992.

    Reis, A.; Bechara, F. C., Espndola, M.; Vieira, N. K.; Souza, L. L. 2003.

    Restaurao de reas degradadas: a nucleao como base para

    incrementar os processos sucessionais. Natureza & Conservao (1): 28-

    36.

    SABESP. Guia de recuperao de reas degradadas. Edson Jos Adreguei

    (Superintendente). So Paulo: SABESP, 2003. (Cadernos Ligao).

    Secretaria do Meio Ambiente/So Paulo Teoria e Prtica em

    Recuperao de reas Degradadas Apostila, 55 pag., sem data.

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    10. VIGNCIA

    Esta Norma Geral Ambiental foi aprovada pela Diretoria Executiva em reunio e

    registrada na Ata n _______/______, e entra em vigor a partir desta data, revogada as

    disposies em contrrio.

    Braslia, de de .

    JOSIAS SAMPAIO CAVALCANTE JNIOR

    DIRETOR PRESIDENTE

    OSRES DOS SANTOS JAIR CAMPOS GALVO

    Diretor de Engenharia Diretor de Planejamento

    VERA LCIA DE ASSIS CAMPOS BENTO JOS DE LIMA

    Diretora de Administrao e Finanas Diretor de Operaes