COLEDOCOLITÍASE SD. MIRIZZI DÇ. CAROLI...lizada colecistectomia, papilotomia, derivação...

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Afecções das Vias Biliares COLEDOCOLITÍASE SD. MIRIZZI DÇ. CAROLI

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Afecções das Vias Biliares

COLEDOCOLITÍASE

SD. MIRIZZI

DÇ. CAROLI

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A coledocolitíase é a presença de cálculo no Ducto Colédoco, causando obstru-ção. O quadro clínico cursa com icterícia por colestase, podendo apresentar co-lúria e acolia fecal associadas. A icterícia possui padrão de colestase, com au-mento de bilirrubina às custas de bilirrubina Direta. Em pacientes com evolução ruim, graves, deve-se aventar a hipótese de complicação com abscesso hepático (mal prognóstico).

O diagnóstico pode ser feito por Ultrassonografia, embora haja dificuldade em avaliação do colédoco por este método. A Colangiorressonância se mostra um método eficaz, uma vez que o contraste na via biliar evidencia bem o cálculo no colédoco. A Colangiopancreatografia Retrógrada Endoscópica (CPRE) é um mé-todo eficaz, sendo utilizado como diagnóstico e tratamento para a desobstrução da via. Existe, ainda, a possibilidade do diagnóstico intraoperatório, com a reali-zação de uma colangiografia (a via biliar é cateterizada e administra-se contraste com avaliação por radioscopia).

O tratamento visa a retirada dos cálculos e, portanto, é comumente realizado por CPRE. A retirada pode ser realizada, ainda, no intraoperatório, por via transcística ou por coledocotomia. A papilotomia pode ser realizada por via endoscópica (CPRE) ou cirúrgica e visa a descompressão da via biliar por incisão da papila duodenal. Em casos mais complexos, pode ser necessária derivação da via biliar (derivação biliodigestiva colédocoduodenal ou coledocojejunostomia).

A Síndrome de Mirizzi é causada por volumoso cálculo no ducto cístico ou infun-díbulo, gerando compressão extrínseca do ducto hepático comum. O quadro clí-nico é semelhante ao do paciente com colelitíase (dor abdominal em hipocôndrio direito, podendo irradiar para dorso ou ombro direito). Pode haver icterícia a de-pender do grau de obstrução.

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O diagnóstico é comumente intraoperatório, mas pode ser identificado por CPRE ou mesmo USG, avaliando volumoso cálculo, com vesícula “murcha”. A síndrome é classificada em 4 tipos, mas o tratamento é sempre cirúrgico para todos os casos. Os tipos são:

Tipo 1: não há fístula; Tipo2: Invade até 1/3 do ducto hepático comum; Tipo 3: Invade até 2/3 (fístula bílio-biliar); Tipo 4: Invade todo o ducto; Tipo 5: Fístula colecistoentérica.

A Doença de Caroli é a doença dos cistos biliares, caracterizada por cistos con-gênitos de colédoco. É mais comum em mulheres asiáticas e a clínica cursa com cólica biliar e icterícia flutuante, podendo até causar massa palpável (em crianças. Incomum).

O tratamento depende do número e da localização dos cistos, podendo ser rea-lizada colecistectomia, papilotomia, derivação biliodigestiva, lobectomia hepática (se restrita a um lobo) ou transplante hepático. Atenção à possibilidade de co-langiocarcinoma.