Colégio Militar 2012 (Gabarito Comentado)

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COLÉGIO MILITAR = 2011 / 2012 (GABARITO COMENTADO) LINGUA PORTUGUESA TEXTO I Por esse pão para comer, por esse chão para dormir A certidão para nascer e a concessão para sorrir Por me deixar respirar, por me deixar existir Deus lhe pague Chico Buarque. Deus lhe pague. LP Consrução, Philips, 1971. O arquivo No fim de um ano de trabalho, joão obteve uma redução de quinze por cento de seus vencimentos. joão era moço. Aquele era seu primeiro emprego. Não se mostrou orgulhoso, embora tenha sido um dos poucos contemplados. Afinal, esforçara-se. Não tivera uma só falta ou atraso. Limitou-se a sorrir, a agradecer ao chefe. No dia seguinte, mudou-se para um quarto mai distante do centro da cidade. Com o salário reduzido, podia pagar um aluguel menor. Passou a tomar duas conduções para chegar ao trabalho. No entanto, estava satisfeito. Acordava mais cedo, e isto parecia aumentar-lhe a disposição. Dois anos mais tarde, veio outra recompensa. O chefe chamou-o e lhe comunicou o segundo corte salarial. Desta vez, a empresa atravessava um período excelente. A redução foi um pouco maior: dezessete por cento. Novos sorrisos, novos agradecimentos, nova mudança. Agora joão acordava às cinco da manhã. Esperava três conduções. Em compensação, comia menos. Ficou mais esbelto. Sua pele tornou-se menos rosada. O contentamento aumentou. Prosseguia a luta. Porém, nos quatro anos seguintes, nada de extraordinário aconteceu. joão preocupava-se. Perdia o sono, envenenado em intrigas de colegas invejosos. Odiava-os. Torturava-se com a incompreensão do chefe. Mas não desistia. Passou a trabalhar mais duas horas diárias. Uma tarde, quase ao fim de expediente, foi chamado ao escritório principal. Respirou descompassado. – Seu joão. Nossa firma tem uma grande dívida com o senhor. joão baixou a cabeça em sinal de modéstia. – Sabemos de todos os seus esforços. É nosso desejo dar-lhe uma prova substancial de nosso reconhecimento. O coração parava. – Além de uma redução de dezesseis por cento em seu ordenado, resolvemos, na reunião de ordem, rebaixá-lo de posto. A revelação deslumbrou-o. Todos sorriam. – De hoje em diante, o senhor passará a auxiliar de contabilidade, com menos cinco dias de férias. Contente? Radiante, joão gaguejou alguma coisa ininteligível, cumprimentou a diretoria, voltou o trabalho. Nesta noite, joão não pensou em nada. Dormiu pacífico, no silêncio do subúrbio.

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Transcript of Colégio Militar 2012 (Gabarito Comentado)

  • COLGIO MILITAR = 2011 / 2012 (GABARITO COMENTADO)

    LINGUA PORTUGUESA TEXTO I

    Por esse po para comer, por esse cho para dormir A certido para nascer e a concesso para sorrir Por me deixar respirar, por me deixar existir Deus lhe pague

    Chico Buarque. Deus lhe pague. LP Consruo, Philips, 1971.

    O arquivo

    No fim de um ano de trabalho, joo obteve uma reduo de quinze por cento de seus vencimentos. joo era moo. Aquele era seu primeiro emprego. No se mostrou orgulhoso, embora tenha sido um dos poucos contemplados. Afinal, esforara-se. No tivera uma s falta ou atraso. Limitou-se a sorrir, a agradecer ao chefe. No dia seguinte, mudou-se para um quarto mai distante do centro da cidade. Com o salrio reduzido, podia pagar um aluguel menor. Passou a tomar duas condues para chegar ao trabalho. No entanto, estava satisfeito. Acordava mais cedo, e isto parecia aumentar-lhe a disposio. Dois anos mais tarde, veio outra recompensa. O chefe chamou-o e lhe comunicou o segundo corte salarial. Desta vez, a empresa atravessava um perodo excelente. A reduo foi um pouco maior: dezessete por cento. Novos sorrisos, novos agradecimentos, nova mudana. Agora joo acordava s cinco da manh. Esperava trs condues. Em compensao, comia menos. Ficou mais esbelto. Sua pele tornou-se menos rosada. O contentamento aumentou. Prosseguia a luta. Porm, nos quatro anos seguintes, nada de extraordinrio aconteceu. joo preocupava-se. Perdia o sono, envenenado em intrigas de colegas invejosos. Odiava-os. Torturava-se com a incompreenso do chefe. Mas no desistia. Passou a trabalhar mais duas horas dirias. Uma tarde, quase ao fim de expediente, foi chamado ao escritrio principal. Respirou descompassado. Seu joo. Nossa firma tem uma grande dvida com o senhor. joo baixou a cabea em sinal de modstia. Sabemos de todos os seus esforos. nosso desejo dar-lhe uma prova substancial de nosso reconhecimento. O corao parava. Alm de uma reduo de dezesseis por cento em seu ordenado, resolvemos, na reunio de ordem, rebaix-lo de posto. A revelao deslumbrou-o. Todos sorriam. De hoje em diante, o senhor passar a auxiliar de contabilidade, com menos cinco dias de frias. Contente? Radiante, joo gaguejou alguma coisa ininteligvel, cumprimentou a diretoria, voltou o trabalho. Nesta noite, joo no pensou em nada. Dormiu pacfico, no silncio do subrbio.

  • Mais uma vez, mudou-se. Finamente, deixar de jantar. O almoo reduzira-se a um sanduche. Emagrecia, sentia-se mais leve, mais gil. No havia necessidade de muita roupa. Eliminara certas despesas inteis, lavadeira, penso. Chegava em casa s onze da noite , levantava-se s trs da madrugada. Esfarelava-se num trem e dois para garantir meia hora de antecedncia. A vida foi passando, com novos prmios. Aos sessenta anos, o ordenado equivalia a dois por cento do inicial. O organismo acomodara-se fome. Uma vez ou outra, saboreava alguma raiz das estradas. Dormia apenas quinze minutos. No tinha mais problemas de moradia ou vestimenta. Vivia nos campos, entre rvores refrescantes, cobria-se com os farrapos de um lenol adquirido h muito tempo. O corpo era um monte de rugas sorridentes. Todos os dias, um caminho annimo transportava-o ao trabalho. Quando completou quarenta anos de servio, foi convocado pela chefia: Seu joo. O senhor acaba de ter seu salrio eliminado. No haver mais frias. E sua funo, a partir de amanh, ser a de limpador de nossos sanitrios. O crnio seco comprimiu-se. Do olho amarelado, escorreu um lquido tnue. A boca tremeu, mas nada disse. Sentia-se cansado. Enfim, atingira todos os objetivos. Tentou sorrir: Agradeo tudo que fizeram em meu benefcio. Mas desejo requerer minha aposentadoria. O chefe no compreendeu: Mas seu joo, logo agora que o senhor est desassalariado? Por qu? Dentro de alguns meses ter de pagar a taxa inicial para permanecer em nosso quadro. Desprezar tudo isto? Quarenta anos de convvio? O senhor ainda est forte. Que acha? A emoo impediu qualquer resposta. joo afastou-se. O lbio murcho se estendeu. A pele enrijeceu, ficou lisa. A estatura regrediu. A cabea se fundiu ao corpo. As formas desumanizaram-se, plantas, compactas. Nos lados, havia duas arestas. Tornou-se cinzento. joo transformou-se num arquivo de metal.

    GIUDICE, Victor. O arquivo. In: MORICONI, talo (organizador). Os cem melhores contos brasileiros do sculo. Rio de Janeiro: Objetiva, 2009. p. 382-384.

    01) O texto O arquivo, de Victor Giudice, uma narrativa de contedo simblico e crtico. Esse aspecto do texto est caracterizado atravs de: A) Presena de elementos do mundo subjetivo em conflito com a realidade. B) Uso de uma linguagem prxima do coloquial, como se v no substantivo Joo. C) temtica extrada da realidade vivida modificada pela viso de valores. D) Predomnio da imparcialidade do narrador, alheio ao drama do desemprego. E) Quadro de personagens improvveis em busca fracassada de progresso material. RESOLUO Socialmente, espera-se que, atravs esforos constantes, durante anos de trabalhos, o empregado tenha ascenso em sua atividade o que se reflete em melhores rendimentos, realizao profissional e pessoal, status. Entretanto, o que se apresenta no texto o esmagamento sofrido no s pelo empregado, mas tambm pela pessoa que sofre um processo de coisificao. GABARITO: C

    02) Um dos recursos expressivos mais valorizados na construo do texto a ironia. O sentido irnico da narrativa decorre de: A) Aceitar, como uma conveno social, o empobrecimento progressivo do trabalhador. B) Admitir que os trabalhadores como joo no compreendem seu papel na sociedade. C) Mostrar que morar distante do local de trabalho um problema para a personagem. D) Entender que a escassez de alimento da personagem no traz benefcios a sua esttica. E) Transformar a personagem principal em um elemento estranho a seu local de trabalho. RESOLUO Analisando criteriosamente o texto, podemos observar que aps cada corte de salrio (aspecto negativo), h um comentrio que sugere o aproveitamento(aspecto positivo) da situao: Emagrecia. Sentia-se mais leve, mais gil.,

  • A vida foi passando com novos prmios., No tinha mais problemas de moradia ou vestimenta. Vivia nos campos, entre rvores refrescantes.... Esse expediente, obviamente, usado para fazer graa(ou mostrar irritao), declarando-se o contrrio do que se pensa(a desgraa vivida pelo protagonista). GABARITO: A

    03) Com o salrio reduzido, podia pagar um aluguel menor. (linhas 6 e 7) A expresso destacada nessa orao apresenta o seguinte valor semntico: A) oposio, contraste B) conseqncia C) proporcionalidade D) fim, finalidade E) causa, motivo RESOLUO Observemos que o perodo trabalha com dois fatos em sucesso cronolgica:primeiro h a reduo do salrio, o que gera o pagamento de um aluguel menor; logo, a reduo do salrio causa do fato apresentado em sequncia. GABARITO: E

    04) No 2 pargrafo do texto 1, os perodos so curtos e se ligam sem emprego de conectivo: joo era moo. Aquele era seu primeiro emprego. No se mostrou orgulhoso, embora tenha sido um dos poucos contemplados. Afinal, esforara-se. No tivera uma s falta ou atrasado. Limitou-se a sorrir, a agradecer ao chefe. Nessa passagem, a presena da conjuno subordinativa embora determina a conjugao verbal nos seguintes tempo e modo: A) pretrito perfeito simples do indicativo B) pretrito mais que perfeito simples do indicativo C) pretrito imperfeito simples do indicativo D) pretrito perfeito composto do subjuntivo E) pretrito mais que perfeito composto do subjuntivo RESOLUO Questo de observao: posposta conjuno embora, podemos constatar a estrutura verbal tenha sido. A composio verbo auxiliar ter + verbo principal serno particpio passado tpica de um tempo composto, cuja anlise de tempo e modo centra-se no verbo auxiliar. Como ter se encontra no subjuntivo e presente, o tempo aplicado o pretrito perfeito composto do subjuntivo. GABARITO: D

    Texto 2

    Subiu a construo como se fosse mquina Ergueu no patamar quatro paredes slidas Tijolo com tijolo num desenho mgico Seus olhos embotados de cimento e lgrima

    Chico Buarque, Construo. LP Construes, Philips, 1971.

    Trabalho, emprego, custos e robs

    Numa festa, sexta passada, o presidente da montadora disse que a empresa vai usar mais robs na de linha de produo. Em breve. No que a empresa tem um rob, hoje, e sero cem no futuro. E o breve no nos prximos 15 anos, 2014. At a Copa. Parece que tudo vai acontecer at a Copa. O presidente Terry Gou e a empresa a FoxConn, maior empregador da China, com mais de 1 milho de trabalhadores. S uma de suas fbricas, em Shenzen, emprega meio milho de pessoas. A FoxConn tambm o maior exportador chins, fabricando sob encomenda para a Apple, Nintendo, Intel e Microsoft.

  • A empresa j tem fbricas aqui e ganhou destaque com a negociao para trazer uma grande planta para o Brail, que produziria equipamentos da Apple. E Braslia reforou que os 100 mil empregos previstos seriam para brasileiros. Ser que a FoxConn estaria pensando em empregar chineses, em massa, aqui? L na festa, Gou disse que a FoxConn vai passar dos 10 mil robs j em suas fbricas para 300 mil no ano que vem e 1 milho em 2014. E disse por que: aumento do custo do trabalho na China est diminuindo a competitividade e a lucratividade da empresa. Isso porque, depois do suicdio de 17 empregados, a FoxConn duplicou os salrios dos montadores, que agora est perto de R$500. Considerando que mesmo duplicados os salrios chineses esto entre os menores do mundo e, mesmo assim, o maior fabricante mundial de eletrnicos diz, alto e bom som, que eles so muito altos, a ponto de justificar a substituio de humanos por robs em suas linhas de produo, alguma coisa est mudando, de vez, na economia industrial. Segundo Andy Grove, um dos fundadores da Intel, as economias devem ser centradas em criao, manuteno e evoluo do trabalho e emprego (veja em http://bit.ly/qla21p). Para Grove, boa parte do problema americano o sumio (para China) do emprego industrial, inclusive o de baixos salrios e complexidade das montadoras. Para cada empregado da Apple nos EUA, h dez chineses montando seus produtos na FoxConn. Os prximos anos sero marcados pela transio entre o trabalho manual e o automtico na indstria. De um lado, pessoas realizando operaes repetitivas que, em muitos casos, podem ser automatizadas. So indivduos que tm expectativas, plaos, desejos, projetos de vida, famlia e... os tais custos trabalhistas dos quais at a FoxConn, na China, reclama. De outro, a automao. Tratada como a inovao na linha de produo, ser financiada pelos bancos de desenvolvimento e programas de melhoria e competitividade. E pode elevar a eficcia, a eficincia e os resultados dos processos industriais e de outros, entre as tantas coisas repetitivas e semi-humanas que ainda continuamos fazendo, como herana de um passado fabril e manual distante, em plena economia do conhecimento. De um certo ponto de vista, a soluo para os elevados custos trabalhistas em economia ineficiente como o Brasil pode ser a substituio do trabalho manual, nas fbricas, por robs. Investido um certo montante, os custos operacionais caem para perto de zero. Vai ver era disso que o governo tratava quando dizia que os 100mil postos de trabalho da fbrica-que-vem seriam para brasileiros. Ou seja, pessoas, ao invs de robs. Sem gente na linha e com alguns outros incentivos, capaz de uma fbrica de eletrnicos no Brasil ser mundialmente competitiva. De outro ponto de vista, como diria Grove, precisamos todos de economias centradas em trabalho e emprego, com as redes de produo mais integradas, da concepo e projeto at a montagem fazendo parte do mesmo ecossistema. Pode ser, faz sentido. Mas ser que o trabalho da classe Tempos Modernos das montadoras de eletrnicos deveria ser parte da nossa contemporaniedade? Durante quanto tempo ainda aceitaremos que no o mesmo tipo de trabalho dos escravos nos engenhos de acar da colnia?... Daqui a quanto tempo diremos que um trabalho apenas para robs?...

    Slvio Meira. Folha de So Paulo, 04/08/2011. Caderno Mercado, p. B8.

    05) Na passagem o presidente da montadora disse que a empresa (linha 1), o uso do artigo produz um efeito expressivo estilstico porque: A) Familiariza o leitor com o significado de termos de concepo abrangente. B) Gera duplicidade de sentido nas palavras por ele introduzidas na frase. C) Antecipa a particularizao de substantivos que ainda no foram especificados. D) Remete concepo de gnero, que no tem indicativos nas palavras que antecede.

  • E) Confere clareza e coerncia aos substantivos abstratos presentes na passagem. RESOLUO Apesar de ainda no estarem especificados, a utilizao do artigo definido impede a ideia de que se trata de qualquer presidente, de qualquer montadora e empresa; seu uso retira os substantivos do campo da universalizao, colocando-os em rea de restrio(esfera particularizada). GABARITO: C

    06) A pergunta formulada nas linhas 12 e 13 Ser que a FoxConn estaria pensando em empregar chineses, em massa, aqui? revela que o autor: A) Responde com outra pergunta ao questionamento do governo brasileiro empresa. B) Ironiza a declarao do governo de que os empregos de destinam a brasileiros. C) Critica a possvel introduo de trabalhadores estrangeiros no mercado nacional. D) Procura argumentos que justifiquem a presena da FoxConn no quadro brasileiro. E) Rejeita a possibilidade de a indstria estrangeira empregar mo de obra chinesa. RESOLUO A ironia ganha respaldo na aplicao do verbo reforar, em E Braslia refora que os 100 mil empregos presentes seriam para brasileiros. Para que reforar tal ideia, se a fbrica seria construda no Brasil? A no ser que a empresa(chinesa) estivesse pensando estabelecer uma fbrica no Brasil com trabalhadores tambm chineses ideia, no mnimo, inconsistente. GABARITO: B

    07) No perodo Os prximos dez anos sero marcados pela transio entre o trabalho manual e o automtico na indstria (linhas 28 e 29), foi usada a voz passiva analtica. Essa forma verbal equivale, segundo o registro padro da lngua, passiva pronominal que se verifica em: A) Os prximos dez anos marcam-se... B) Os prximos dez anos marcar-se-o... C) Os prximos dez anos marcar-se iam... D) Os prximos dez anos marcaro-se... E) Os prximos dez anos marcaram-se... RESOLUO Em um primeiro momento, devemos observar que sero marcadas uma locuo verbal, a qual no pode ser aplicada na voz passiva sinttica; logo, trabalhar-se- com o verbo principal marcar, que dever concordar em nmero com o sujeito os prximos dez anos(marcaro). Como o verbo ser usado no futuro do presente do indicativo, ser aplicada a mesclise do pronome se, resultando em marcar-se-o. GABARITO: B

    08) Para Grove, boa parte do problema americano o sumio (para a China) do emprego industrial. (linhas 25 e 26) Nesse perodo, a expresso destacada tem a mesma funo sinttica do segmento destacado em: A) os salrios chineses esto entre os menores do mundo. (linhas 19 e 20) B) No que a empresa tem um rob, hoje. (linha 03) C) Os prximos anos sero marcados pela transio entre o trabalho manual e o automtico. (linhas 28 e 29) D) as economias devem ser centradas em criao, manuteno e evoluo do trabalho (lenhas 23 e 24) E) os 100mil empregos previstos seriam para brasileiros (linha 12) RESOLUO No perodo, a expresso destacada caracteriza o sujeito boa parte do problema.Essa funo adjetiva remetida outra substantiva- atravs um verbo de ligao; portanto, trata-se de um predicativo do sujeito mesma funo encontrada na assertiva a, na qual entre os menores do mundo qualifica salrios chineses, relacionado atravs o verbo de ligao estar. GABARITO: A

    Texto 3

    Um homem se humilha Se castram seu sonho Seu sonho sua vida E vida trabalho...

  • E sem seu trabalho O homem no tem honra E sem a sua honra Se morre, se mata...

    Luiz Gonzaga Jr. Um homem tambm chora (guerreiro menino). LP Al, al, Brasil. EMI, 1983.

    Fbrica

    Nosso dia vai chegar, Teremos nossa vez. No pedir demais; Quero justia, Quero trabalhar em paz. No muito o que lhe peo Eu quero um trabalho honesto Em vez de escravido.

    Deve haver algum lugar Onde o mais forte No consegue escravizar Quem no tem chance.

    De onde vem a indiferena Temperada a ferro e fogo? Quem guarda os portes da fbrica?

    O cu j foi azul, mas agora cinza O que era verde aqui j no existe mais. Quem me dera acreditar Que no acontece nada de tanto brincar com fogo.

    Que venha o fogo ento.

    Esse ar deixou minha vista cansada, Nada demais.

    Renato Russo. Legio Urbana. Dois. EMI. 1986.

    09) A letra da msica Fbrica apresenta uma voz potica que sai da primeira pessoa do plural para a primeira do singular. O significado dessa particularizao : A) Transferir o protesto de um grupo para seu lder sindical. B) Observar com curiosidade a ao de um revolucionrio. C) Permitir uma observao mais detalhada da realidade. D) Questionar a solidariedade que o trabalhador pode inspirar. E) Mostra que o eu lrico conduz para si a angstia dos demais. RESOLUO O uso da 1 pessoa do plural revela que o eu lrico est inserido no quadro de indignao apresentado na letra; a passagem para a 1 pessoa do singular transfere(em particularizao) todo o sentimento de frustrao, angstia diante da realidade roubada pela explorao do trabalho. GABARITO: E

    10) Dos versos Deve haver algum lugar / Onde o mais forte / No consegue escravizar / Quem no tem chance, correto afirmar que: A) A dupla negao serve para reiterar o carter positivo do texto. B) No existe um lugar sem punio dos mais fracos pelos mais fortes. C) O eu lrico admite-se, simbolicamente, escravizado pelos mais fortes.

  • D) Faz-se uso da ironia, pois o eu lrico considera que tal lugar utopia. E) A locuo verbal deve haver revela um eu lrico descrente e pessimista. RESOLUO Como o eu lrico faz parte da coletividade explorada o que revelado pela letra ao supor que Deve haver algum lugar / onde o mais forte / no consegue escravizar / quem no tem chance, cria o pressuposto de que, no espao e no tempo em que se encontra, ele se sente explorado. GABARITO: C

    11) Na primeira estrofe, os dois pontos e o travesso foram usados para introduzir oraes que apresentam a funo sinttica de: A) sujeito B) adjunto adnominal C) objeto direto D) aposto E) agente da passiva RESOLUO Em no pedir demais: / Quero justia, quero trabalhar em paz, a estrutura em destaque explicita o que no um pedido exagerado, ou seja, um aposto; em No muito o que lhe peo - / Eu quero trabalho honesto / em vez de escravido., a estrutura destaca apresenta, revela o que pedido, ou seja, tambm um aposto. GABARITO: D

    12) No verso No muito o que lhe peo, o termo destacado pertence mesma classe gramatical da palavra destacada em: A) Onde o mais forte B) O cu j foi azul C) O que era verde aqui j no existe mais D) Que venha o fogo ento E) Quem guarda os portes da fbrica? RESOLUO Em No muito o que lhe peo, devemos observar que o vocbulo o pode ser substitudo por aquilo; trata-se, portanto, de um pronome demonstrativo, mesma classe encontrada na assertiva c(aquilo que era verde aqui j no existe mais). GABARITO: C

    TEXTO 4

    Sim, todo amor sagrado E o fruto do trabalho mais que sagrado, meu amor. A massa que faz o po vale a luz do seu suor

    Beto Guedes / Ronaldo Bastos. Amor de ndio. LP Amor de ndio. Philips, 1978

    O operrio em construo

    Ah, homens de pensamento No sabereis nunca o quanto Aquele humilde operrio Soube naquele momento! Naquela casa vazia Que ele mesmo levantara Um mundo novo nascia De que ele sequer suspeitava. O operrio emocionado Olhou sua prpria mo Sua rude mo de operrio De operrio em construo E olhando bem para ela

  • Teve um segundo a impresso De que no havia no mundo Coisa que fosse mais bela.

    /.../

    E um fato novo se viu Que a todos admirava: O que o operrio dizia Outro operrio escutava

    E foi assim que o operrio Do edifcio em construo Que sempre dizia sim Comeou a dizer no. E aprendeu a notar coisas A que no dava ateno:

    Notou que sua marmita Era o prato do patro Que sua cerveja preta Era o usque do patro Que seu macaco de zuarte Era o terno do patro Que o casebre onde morava Era a manso do patro Que a dureza do seu dia Era a noite do patro Que a sua imensa fadiga Era amiga do patro

    E o operrio disse: No! E o operrio fez-se forte Na sua resoluo.

    zuarte: tecido de algodo, rstico, com fios brancos e azuis mesclados.

    MORAES, Vinicius de. Poesia completa e prosa. Vol. nico. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1998. p. 413-414. (fragmento)

    13) A afirmativa que interpreta, de forma correta e contextualizada, o titulo do poema do Vincius de Moraes a seguinte: A) O operrio est em construo, pois viabiliza a assuno de seus direitos atravs de artifcios transgressores e violentos. B) A construo a que se refere o ttulo do texto muito mais literal do que metafrica, referindo-se casa que ergue. C) A construo de uma greve, acompanhada de reflexes acerca das injustias sociais, o tema predominante no poema. D) O operrio est em construo da conscincia de seus direitos de trabalhador, bem como da valorizao do seu ofcio. E) O operrio est em construo de uma configurao na qual predominam a solidariedade e o pessimismo. RESOLUO Antes de qualquer coisa, entendamos que o enunciado pede a interpretao do ttulo dentro de uma contextualizao; logo, associemos os elementos da assertiva a passagens do texto que transmitam as ideias levantadas: - construo de conscincia E aprendeu a ver coisas / a que no dava ateno.

  • - direitos de trabalhador E foi assim que o operrio / do edifcio em construo / que sempre dizia sim / comeou a dizer no. -valorizao de seu ofcio Olhou sua prpria mo / (...) / teve um segundo a impresso / de que no havia no mundo / coisa que fosse mais bela. GABARITO: D

    14) O Momento em que o operrio comea a pensar em sua condio de trabalhador tem sua origem: A) Na revelao de si prprio a partir dos elementos domsticos e cotidianos. B) Na reviso de seus hbitos de consumo ligados a seu poder de compra. C) Aps a reunio com outros operrios da construo que tomaram resolues. D) Determinada pelo estado de exausto a fraqueza do trabalho que realizava. E) Na deciso de aceitar, pela f espiritual, o momento de sua redeno humana. RESOLUO A conscincia do operrio sobre sua condio de trabalhador despertada no momento em que ele passa a notar coisas / a que no dava ateno, elementos de seu dia a dia seu trabalho e os resultados dele, que refletem a explorao de sua atividade laboriosa(versos 26 a 38). GABARITO: A

    15) A penltima estrofe do texto constri-se sobre uma sequncia de contrastes entre a realidade do empregado e a do patro. Foge do princpio de oposio semntica o par: A) prato / marmita B) cerveja / usque C) macaco / terno D) casebre / manso E) fadiga / amiga RESOLUO Observemos os elementos contidos nas assertivas a, b, c e d: marmita, cerveja, macaco e casebre pertencem ao universo do operrio, enquanto prato, usque, terno e manso relacionam-se ao mundo do patro. Na assertiva e, ao observarmos o vocbulo amiga, vemo-lo no texto caracterizando fadiga pertencente ao universo do operrio. GABARITO: E

    16) Em E um fato novo se viu / Que a todos admirava (versos 17 e 18), a palavra sublinhada pertence mesma classe gramatical do termo destacado em: A) Teve um segundo a impresso / De que no havia no mundo (versos 14 e 15) B) E aprendeu a notar coisas / A que no dava ateno (versos 25 e 26) C) E foi assim que o operrio / Do edifcio em construo (versos 21 e 22) D) Notou que sua marmita / Era o prato do patro (versos 27 e 28) E) Que a dureza do seu dia / Era a noite do patro (versos 35 e 36) RESOLUO Em E um fato novo se viu / que a todos admirava, a palavra que se refere ao termo fato, recuperando-o, evitando sua repetio e, simultaneamente, introduzindo uma orao papel tpico de um pronome relativo(que = o qual). A mesma classe, com a mesma atuao, podemos verificar na assertiva b, na qual o que retoma a palavra coisas. GABARITO: B

    TEXTO 5

  • 17) O efeito de humor da tira origina-se de uma instituio social exposta nos textos 1 e 2 desta prova (O arquivo e Trabalho, emprego, custos e robs): o trabalho assalariado. A crtica feita e essa instituio conduz ao humor, no texto 5, pois: A) A agncia de empregos no substituiu o trabalho escravo. B) Escravos e crianas tornaram-se mo de obra ultrapassada. C) O salrio mensal deu escravido uma condio ridcula. D) Nenhuma das formas de trabalho mencionadas sria. E) Remunerar um trabalhador custa menos que manter um escravo. RESOLUO A resposta a esta questo est baseada em uma inferncia: o valor do salrio mnimo to baixo, que para o empregador mais rentvel contar com empregados condicionados a esse salrio que manter um escravo o que geraria despesas mais altas. GABARITO: E

    TEXTO 6

    18) Entre o primeiro e o segundo quadrinhos, ocorre uma concordncia verbal que leva em conta um conjunto, e no a palavra que o representa. Esse princpio o mesmo que se verifica na concordncia estabelecida na frase: A) No fundo, todos sabiam dos baixos salrios, mas no havia reivindicaes. B) Os que tinham bons cargos no haveriam de criar em polmicas salariais. C) O conscio administrador ia fechar a fbrica; estavam tendo prejuzos. D) Vm novas tecnologias nas fbricas, como tm vindo novos problemas. E) Tinha duas opes de acordo salarial; nenhuma foi considerada satisfatria.

    RESOLUO Podemos constatar que no h uma concordncia gramatical entre tm(nmero plural) e agncia(nmero singular); tal concordncia ideolgica, j que pensamos em uma agncia como um conjunto, um grupo de funcionrios, ou seja, ocorre uma silepse de nmero. Tal concordncia tambm observada na assertiva c, em que a forma verbal estavam concorda com a ideia de nmero contida em consrcio. GABARITO: C

    19) A resposta da personagem que conduz o prisioneiro traz implcita uma crtica a duas instituies representativas da organizao social. Assinale-as: A) relao de trabalho e democracia B) controle da ordem e sistema escolar C) trabalho assalariado e hierarquia D) monarquia e direitos humanos E) segurana pblica e sindicalismo

  • RESOLUO A resposta a esta questo baseia-se em uma inferncia: aquele, cujo grau de escolaridade baixo, aproveitado em trabalhos que no geram qualquer satisfao (atividades trabalhistas destinadas camada populacional para a qual o sistema escolar foi falho); No caso da tira em anlise, trabalhos de aplicao de fora coerciva, ou seja, o empregado obedece a um comando maior, a fim de que a ordem seja mantida, e para isso necessita aplicar ao repressora. GABARITO: B

    20) A tira e a charge so tipos textuais em que interagem a linguagem verbal e a no verbal. A leitura que associa essas duas formas de expresso conduz ao humor da tira porque: A) A caracterizao dos trajes remete a um contexto ultrapassado na histria. B) As feies caricatas das personagens reproduzem seu grau de instruo. C) Os aspectos visuais das personagens contrastam com seu registro culto. D) Os recursos grficos reforam a reao desconcertante das personagens. E) As posies sociais que exercem demonstram o inusitado da situao. RESOLUO Podemos afirmar que, a partir da resposta dada pela personagem que conduz o prisioneiro(linguagem verbal), j se espera uma reao de embaraamento, desorientao o que fica ntido nas marcas de expresso das personagens(linguagem no verbal). GABARITO: D

  • PROPOSTA DE REDAO

    Em artigo recente, a psicloga Rosely Sayo relata duas situaes relacionadas ao trabalho: a de um jovem que abandona o curso universitrio e a de uma mulher que desiste do emprego. Diz a autora: Quando lhe perguntei o que ele mirava ao optar pelo curso, ele respondeu que considerou as chances de ter um futuro confortvel do ponto de vista econmico. No ser uma meta muito restrita? Uma jovem me, que tem dois filhos, no suportou ver as crianas chorarem todo santo dia quando ela saa de casa para ir trabalhar. Tomou a deciso de se afastar temporariamente do emprego e da carreira para dedicar-se s crianas em perodo integral. Agora, quase um ano depois de sua escolha, ela afirma no saber se agiu bem, porque seus filhos vivem lhe perguntando quando que ela ir voltar ao trabalho.

    Folha de So Paulo, 11/10/2011. Caderno Equilbrio, p. 8. (fragmento) O portal IG trouxe a anlise de outro especialista:

    Leo Fraiman, psicoterapeuta e especialista em psicologia escolar, acredita que h sete chaves principais para uma boa escolha profissional. O estudante deve saber exatamente o que ele far no dia a dia, com o que ir trabalhar, com quem trabalhar (quais reas e profissionais trabalharo com ele), onde ir trabalhar (em casa, num grande escritrio, na rua), o que ir estudar, como ser seu estilo de vida e, a pea fundamental para a satisfao profissional, qual o significado do que ele far, frisa Fraiman.

    http://ultimosegundo.ig.com.br/educacao/especialistas-dao-dicas-para-uma-boa-escolha-profissional (ltimo acesso em 15/10/2011)

    Encerrando esta prova, voc vai escrever um texto de opinio, que analise fatores que, em seu ponto de vista, devem ser levados em conta na escolha profissional: econmicos, afetivos, sociais, familiares, etc. Apresente argumentos que sustentem seu ponto de vista. Empregue o padro culto da lngua e d um ttulo ao texto.

    IMPORTANTE: Seu texto deve ser em prosa e ter entre 15 e 25 linhas. Somente sero considerados textos redigidos com caneta de tinta azul ou preta. Qualquer marca de identificao do texto (assinatura, desenho, sinais) implicar a anulao da prova de

    redao. A prova ser anulada caso a redao no atenda ao tipo textual exigido ou fuja do tema proposto. Evite rasuras.

  • COLGIO MILITAR = 2011 / 2012 GABARITO COMENTADO

    MATEMTICA

    01) A expresso 52

    25

    , igual a:

    A) 1

    B) 310

    C) 113

    D) 310

    E) 10103

    RESOLUO

    103

    x109

    x

    1042025

    x

    x522

    25

    x5212

    25

    x52

    52

    252

    25

    x52

    52

    252

    25

    x52

    25

    x52

    25

    2

    2

    2

    2

    2

    2

    22

    ==

    +=

    =+

    =+

    =+

    =+

    =

    =

    Racionalizando:

    10103

    1010

    103

    x ==

    GABARITO: E

    02) A sombra de um homem que tem 1,80m de altura mede 30cm. No mesmo instante, ao seu lado, a sombra projetada de um poste mede 1m. Se, aps algumas horas, a sombra do poste diminui 60cm, a sombra do referido homem passou a medir: A) 6cm B) 12cm

  • C) 18cm D) 24cm E) 30cm RESOLUO

    Horrio inicial:

    tg = x1

    8,13,0

    =

    0,3x = 1,8 x = 6m Aps algumas horas:

    tg = 64,0

    8,1Y

    =

    Y = 0,12m 12cm GABARITO: B

    03) A diferena entre as medidas do ngulo interno e do ngulo externo de um polgono regular vale 144. O nmero de lados deste polgono igual a: A) 18 B) 20 C) 22 D) 24 E) 26 RESOLUO ngulo interno (Ai) ngulo externo (Ae) = 144 ( )

    ( )

    20n720n36

    n144360360n180

    144n

    360n

    2n180n

    360An

    2n180A ei

    =

    =

    =

    =

    =

    =

    GABARITO: B

  • 04) Em um dado tringulo retngulo, o permetro 30cm e a soma dos quadrados das medidas dos lados 338cm2. O mdulo da diferena entre as medidas, em cm, dos catetos desse tringulo igual a: A) 5 B) 6 C) 7 D) 8 E) 9 RESOLUO

    H2 = A2 + B2 Permetro: A + B + H = 30cm

    Soma dos quadrados: A2 + B2 + H2 = 338cm2

    H2 + H2 = 338 2H2 = 338 H2 = 169 H = 13cm A + B = 17cm

    (A + B)2 = A2 + 2AB + B2 (1) (A B)2 = A2 2AB + B2 (2)

    Somando as equaes (1) e (2):

    (A + B)2 + (A B)2 = 2A2 + 2B2 (17)2 + (A B)2 = 2(A2 + B2) 289 + (A B)2 = 2(H2) 289 + (A B)2 = 338 (A B)2 = 49 A B = 7 GABARITO: C

    05) Simplificado a expresso ( )ax

    axxa

    a2

    ax

    a

    ax

    xax

    a

    ax

    x

    +

    +

    +

    ++

    definida no conjunto dos nmeros reais,

    encontramos o valor: A) 1 B) 2 C) 3 D) 4 E) 5 RESOLUO

    ( )ax

    axxa

    a2

    ax

    a

    ax

    xax

    a

    ax

    x

    +

    +

    +

    ++

    ( ) ( )( ) ( )( ) ( )( ) ( )

    ( ) ( )ax

    axxaxaa2

    axax

    axaaxxaxax

    axaaxx

    ++

    +

    ++

    ++

    ( ) ( )( ) ( )

    ( )( ) ( )axxaxa

    axa2axaaxx

    axaaxx

    +

    ++

    ++

  • Trocando o sinal do denominador:

    ( ) ( )( ) ( )

    ( )( ) ( )axxaxa

    axa2axxaxa

    axaaxx

    +

    ++

    ++

    ( ) ( ) ( )[ ]( ) ( )axxaxa

    axaaxxaxa2+

    ++

    ( ) ( ) ( )( ) ( )

    ( ) ( )( ) ( ) 1axxaxa

    axxaxa

    axxaxa

    axaaxxaxa2=

    +

    +

    +

    +

    Resposta opo: A

    06) Reduzindo ba

    ba

    ba

    a

    bba

    1

    45

    3

    31

    2

    1

    2

    expresso mais simples, encontramos:

    A) ba

    B) ab

    C) ab1

    D) ab E) ba2

    RESOLUO

    ba

    ba

    ba

    a

    bba

    1

    45

    3

    31

    2

    1

    2

    ab1

    a

    bba

    ba

    a

    b

    43

    5

    322

    ab1

    a

    bba

    ba

    a

    b

    43

    5

    2

    2

    324

    2

  • ab1

    a

    b

    a

    1

    43

    33

    21

    21

    21

    41

    21

    3

    31

    21

    3

    ab1

    a

    b

    a

    1

    81

    81

    3

    61

    3

    ab1

    a

    b

    a

    1

    ab1

    ba

    1

    ba

    1

    ba

    1

    b

    a

    a

    1

    ba

    1

    a

    b

    a

    1

    21

    21

    81

    83

    81

    81

    63

    81

    81

    83

    81

    63

    81

    81

    81

    8363

    ++

    GABARITO: C

    07) Sendo a = 187

    , b = 85

    e c = 92

    , o valor numrico da expresso abaixo vale: (3a + b 2c)2 (2a 3c)2 + 5(c a) (a + c) + b (2a b)

    A) 0 B) 94

    C) 1 D) 2735

    E) 1825

    RESOLUO (3a + b 2c)2 (2a 3c)2 +5(c a)(a + c) + b(2a b) (9a2 + b2 + 4c2 + 6ab 12ac 4bc) (4a2 12ac + 9c2) + (5c2 5a2) + (2ab b2) 9a2 + b2 + 4c2 + 6ab 12ac 4bc 4a2 + 12ac 9c2 + 5c2 5a2 + 2ab b2

    8ab 4bc 1825

    181035

    95

    1835

    92

    854

    85

    1878

    GABARITO: E

  • 08) Considere a funo afim , representada no grfico abaixo. Sabendo-se que A (3,1); B (0,1) e que C o ponto de interseo do grfico de com o eixo das ordenadas, a rea do tringulo ABC , em unidades de rea, igual a:

    A) 10 B) 9 C) 8,5 D) 7,5 E) 6 RESOLUO f(x) = ax + b

    Pertencem a essa funo os pontos A(3,1) e ( 2, 9):

    1 = 3a + b 9 = 2a + b 5a = 10 a = 2 e b = 5

    f(x) = 2x 5

    Assim, as coordenadas do ponto C, sabendo que nele x = 0, so:

    f(0) = 5 C(0, 5)

    rea ACB = 9263

    2BCAB

    =

    =

    GABARITO: B

  • 09) Incumbidos de distribuir 380 envelopes de provas, Jean e Marcelo dividiram entre si essa quantidade, de modo que Jean necessitou de 110% do tempo gasto por Marcelo. Se Marcelo, por questes de logstica, trabalhou com 80% da capacidade de Jean, correto afirmar que A) Jean distribuiu 220 envelopes. B) Jean distribuiu 50 envelopes a mais que Marcelo. C) Jean e Marcelo distriburam a mesma quantidade de envelopes. D) Marcelo distribuiu 200 envelopes. E) Marcelo distribuiu 40 envelopes menos que Jean. RESOLUO Informaes:

    - Capacidade de Jean (CJ): tempoJeanporosdistribudenvelopesdeN

    - Capacidade de Marcelo (CM): tempoMarceloporosdistribudenvelopesdeN

    - Tempo de Jean (tJ) - Tempo de Marcelo (tM)

    JMMJ C10080Ct

    100110t ==

    Total de envelopes distribudos = CM.tM + CJ.tJ

    CM.tM + 80100

    CM.1,1tM = 380

    CM.tM + 1,25 CM.1,1tM = 380 CM.tM + 1,375 CM.tM = 380 2,375 CM.tM = 380 CM.tM = 160 envelopes CJ.tJ = 220 envelopes GABARITO: A

    10) O retngulo da figura, cujo permetro 176cm, est dividido em cinco retngulos congruentes entre si. A rea de cada um desses 5 retngulos, em cm2, :

    A) 246 B) 320 C) 384 D) 408 E) 510 RESOLUO

    3x = 2y Permetro 5x + 4y = 176 5x + 6x = 176 x = 16 e y = 24 rea = x.y = 16.24 = 384cm2

  • GABARITO: C

    11) Os lados AB e CD do pentgono regular da figura abaixo so tangentes circunferncia de raio 5cm nos pontos A e D, respectivamente. Nestas condies, a medida do comprimento do menor arco da figura, em centmetros, vale:

    A) 4pi B) 5pi C) 34

    D) 29

    E) 7pi RESOLUO

    ( )=

    =

    =

    1085

    3180n

    2n180E

    PentgonodoInternonguloE

    Segundo a condio:

    72 = 2AD

    AD = 144

    Calculando o comprimento:

    360 2pir 144 x

    x = 43605288

    360r2144

    =

    =

    GABARITO: A

  • 12) Os professores Sobral, Euler e Gil dividiram entre si a tarefa de corrigir 561 provas de um concurso para o Magistrio Militar. Sabe-se que Euler corrigiu 60% do nmero de provas corrigidas por Sobral e que Gil, por sua vez, corrigiu 45% da quantidade que coube a Euler. Com base nesses dados, correto concluir que o nmero de provas corrigidas por um dos trs : A) 120 B) 90 C) 81 D) 75 E) 60 RESOLUO Informaes: - Provas corrigidas por Sobral: S - Provas corrigidas por Euler: E = 0,6S - Provas corrigidas por Gil: G = 0,45 (E) G = 0,45 (0,6S) 0,27S

    Total = S + 0,6S + 0,27S = 561 1,87S = 561 S = 300; E = 180; G = 81 GABARITO: C

    13) Resolvendo a equao 6x6x49x6x 22 +=+ , encontramos para soma das razes inteira o valor: A) 6 B) 7 C) 8 D) 9 E) 10 RESOLUO

    6x6x436x6x

    6x6x49x6x22

    22

    +=++

    +=+

    Fazendo Y6x6x2 =+

    Y2 + 3 = 4Y Y2 4Y + 3 = 0 = b2 4ac = 16 4(1)(3) = 16 12 = 4

    Y = 1Ye3Y224

    a2b

    21 ==

    =

    Substituindo

    x2 6x + 6 = 9 ou x2 6x + 6 = 1

    x2 6x + 6 = 1

    x2 6x + 5 = 0 = b2 4ac = 36 4(1)(5) = 36 20 = 16

    Y = 1xe5x246

    a2b

    21 ==

    =

    x2 6x + 6 = 9

    x2 6x 3= 0 = b2 4ac = 36 4(1)(- 3) = 36 + 12 = 48

    Y =

    =

    2

    346a2b

    no so razes inteiras

    Soma das razes = 5 + 1 = 6 GABARITO: A

  • 14) Quatro irmos possuem juntos um total de R$ 71,00. Se a quantidade de dinheiro do primeiro fosse aumentada de R$ 4,00, a do segundo diminuda de R$ 3,00, a do terceiro reduzida a metade e, ainda a do quarto fosse duplicada, todos os irmos teriam a mesma importncia. O valor da importncia final de cada um dos irmos, em reais, : A) R$ 13,00 B) R$ 14,00 C) R$ 15,00 D) R$ 16,00 E) R$ 17,00 RESOLUO

    A + B + C + D = 71 (1)

    A + 4 = B 3 = 2C

    = 2D (2) Colocando todos da equao (2) em funo da varivel C:

    4CD;

    26CB;

    28CA =+==

    Substituindo na equao (1):

    714CC

    26C

    28C

    =+++

    +

    2C 16 + 2C + 12 + 4C + C = 284 9C = 288 C = 32

    O valor final pode ser representado por 2C

    = R$ 16,00 GABARITO: D

    15) Em uma reunio havia apenas oficiais de Marinha, do Exrcito e da Aeronutica. Se todos os oficiais da Aeronutica se retirassem da reunio, os oficiais de Marinha passariam a representar 40% dos restantes. Se, ao contrrio, fossem retirados todos os oficiais de Marinha, os militares do Exrcito representariam 90% dos presentes reunio. A razo entre a quantidade de militares da Aeronutica e a quantidade de militares de Marinha presentes reunio seria igual a:

    A) 21

    B) 41

    C) 51

    D) 61

    E) 91

    RESOLUO Informaes: - Oficiais da Marinha M - Oficiais da Aeronutica A - Oficiais do Exrcito E - Se todos os oficiais da Aeronutica se retiram:

    10040M = (M + E)

    M = 0,4M + 0,4E

  • 0,6M = 0,4E E = 46

    M

    - Se todos os oficiais da Marinha se retiram:

    10090E = (E + A)

    E = 0,9E + 0,9A

    0,1E = 0,9A A = 91

    E

    - Substituindo o valor de E:

    A = M61AM

    46

    91

    =

    GABARITO: D

    16) Na figura ABCD um quadrado de lado 2cm, E ponto mdio de AD e F est sobre BE. Se CF perpendicular a BE, ento a rea do quadriltero CDEF, em cm2, :

    A) 511

    B) 233

    C) 5 D) 2 E) 47

    RESOLUO

    No ABE:

    BE2 = AB2 + AE2

    BE2 = 4 + 1 BE2 = 5 BE = 5 cm

    Sen = 55

    51

    =

    No BCE:

  • Sen = cm552BF

    55

    2BF

    ==

    BC2 = BF2 + CF2

    cm5

    54CF5

    16CF544CF

    25544CFCF

    5522 2222

    22

    ===

    =+

    =

    rea CDEF = rea total [rea BCF + rea ABE]

    rea CDEF = AB2

    +

    2CFBF

    2ABAE

    rea CDEF = 22

    +

    25

    545

    52

    221

    rea CDEF = 2cm

    511

    1022

    101840

    10184

    GABARITO: A

    17) Paulo mais velho que Rebecca. Ele observou que quando trocava a ordem dos dois algarismos de sua idade (um nmero inteiro), obtinha a idade de Rebecca. Alm disso, a diferena entre os quadrados de suas idades o quadrado de um nmero inteiro. Assim, a soma das idades de Paulo e Rebecca igual a: A) 55 B) 77 C) 121 D) 99 E) 187 RESOLUO Informaes: - idade de Paulo XY - idade de Rebeca YX

    XY > YX (XY)2 (YX)2 = N2

    (10X + Y)2 (10Y + X)2 = N2 (100X2 + 20XY + Y2) (100Y2 + 20XY + X2) = N2 99X2 99Y2 = N2

    X2 Y2 = 99N2

    Sabendo que os nmeros X e Y so inteiros e, portanto, X2 Y2 tambm resulta um nmero inteiro, N2 deve ser um nmero divisvel por 99.

  • X2 Y2 = 991089

    X2 Y2 = 11 (X + Y).((X Y) = 11 X + Y = 11 X Y = 1 X = 6 e Y = 5

    Idade de Paulo = 65 Idade de Rebeca = 56

    Soma = 65 + 56 = 121 GABARITO: C

    18) Uma loja de departamentos possui um grande estoque de aparelhos de DVD. Ao realizar uma pesquisa de mercado verificou-se que ao preo unitrio de R$ 150,00 seriam vendidas 270 unidades e que cada reduo de R$ 10,00, no valor do produto, resultaria em um acrscimo de venda de 30 unidades. Qual valor de venda, em reais, permite que a receita seja mxima? A) 90,00 B) 100,00 C) 110,00 D) 120,00 E) 130,00 RESOLUO Receita = Preo x Unidades Vendidas

    A cada reduo de 10x no valor do produto, vende-se mais 30x unidades, desta forma:

    Receita = (150 10x) x (270 + 30x) Receita = 40500 + 4500x 2700x 300x2 Receita = - 300x2 + 1800x + 40500

    O valor de x que torna a receita mxima :

    3600

    1800a2b

    x =

    =

    =

    Assim, o valor de venda aps sofrer trs redues de R$ 10,00 ser:

    150 3 x 10 = R$ 120,00 GABARITO: D

    19) Sendo n um nmero inteiro e positivo, o valor do produto abaixo vale:

    +

    +

    +

    +

    +

    20011

    1n211

    n211

    411

    311

    211

  • A) 0 B) 200198

    C) 1 D) 199200

    E) 200201

    RESOLUO

    +

    +

    +

    +

    +

    20011

    1n211

    n211

    411

    311

    211

    Completando alguns termos:

    +

    +

    +

    +

    +

    +

    20011

    19911

    19811

    1n2n2

    n21n2

    511

    411

    311

    211

    +

    +

    +

    20011

    199198

    198199

    1n2n2

    n21n2

    54

    45

    32

    23

    Observa-se que um termo com denominador par sempre cancela o com o termo de denominador mpar seguinte. No entanto, o ltimo fator no corta com nenhum outro.

    1 . 1 . ... .1. ... .1 200201

    20011 =

    +

    GABARITO: E

    20) A soma do triplo do suplemento do dobro da medida de um ngulo com a quarta parte do complemento da medida desse ngulo tem como resultado 125. Ent o, podemos afirmar que replemento da medida desse ngulo, em graus : A) 200 B) 210 C) 240 D) 260 E) 290 RESOLUO Informaes: - ngulo: X

    - Quarta parte do complemento: 4x90

    - Suplemento do dobro da medida do ngulo: 180 2X - Replemento: 360 X

    3[180 2X] + 4x90

    = 125

    12[180 2X] + 90 X = 500 2160 24X + 90 X = 500 - 25X = - 1750 X = 70

    Replemento 360 70 = 290 GABARITO: E