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ColepCCL Portugal – Embalagens e Enchimentos, S.A. Apartado 14 • 3730-955 Vale de Cambra • Portugal • TEL. +351 256 420 100 • FAX +351 256 422 059 • www.colepccl.com Sede Social: Vila Chã, Vale de Cambra • Capital Social Eur 25 000 000 • Matric C.R.C. Vale de Cambra/ N.I.P.C. 503 309 362 COLEPCCL PORTUGAL EMBALAGENS E ENCHIMENTOS, S.A. Relatório e Contas Consolidadas 31 de Dezembro de 2008

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ColepCCL Portugal – Embalagens e Enchimentos, S.A.

Apartado 14 • 3730-955 Vale de Cambra • Portugal • TEL. +351 256 420 100 • FAX +351 256 422 059 • www.colepccl.com

Sede Social: Vila Chã, Vale de Cambra • Capital Social Eur 25 000 000 • Matric C.R.C. Vale de Cambra/ N.I.P.C. 503 309 362

COLEPCCL PORTUGAL EMBALAGENS E ENCHIMENTOS, S.A.

Relatório e Contas Consolidadas 31 de Dezembro de 2008

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ÍNDICE RELATÓRIO DE GESTÃO 2 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 7 ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 12 CERTIFICAÇÃO LEGAL DE CONTAS 50 RELATÓRIO DO CONSELHO FISCAL 53

RELATÓRIO DE GESTÃO

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RELATÓRIO DE GESTÃO DE 2008 Senhores Accionistas, Completados quatro anos sobre a formação da ColepCCL, o ano de 2008 ficou marcado pela aquisição da Czewo Full Filling Service GmbH (Czewo), o que reforça o compromisso da empresa de se tornar o parceiro preferencial de empresas multinacionais. A aquisição, anunciada em 23 de Julho, teve de ser submetida a apreciação e aprovação por parte da Autoridade da Concorrência Alemã. A aprovação foi obtida em Dezembro passado e a operação foi concluída no dia 2 de Janeiro de 2009. A Czewo era uma empresa internacional com 40 anos de experiência que, à semelhança da ColepCCL, operava nas áreas de contract manufacturing de aerossóis e produtos líquidos. No ano de 2008, a Czewo teve vendas no mercado europeu de € 162 milhões e gerou Meios Libertos de Exploração (EBITDA) de cerca de € 12 milhões. A empresa empregava aproximadamente 650 pessoas nas suas três fábricas da Alemanha. Com esta aquisição, a ColepCCL terá vendas de aproximadamente € 515 milhões, passará a operar em 9 unidades fabris distribuídas por 5 países e empregará cerca de 2.800 pessoas. A aquisição da Czewo é um contributo importante para a estratégia de crescimento da ColepCCL, através do reforço das operações Europeias na produção de embalagens de aerossol e de enchimento, mas também porque permite uma base sólida de crescimento nos produtos não aerossol. A estratégia de crescimento da empresa foi redefinida no último ano. Apresenta-se de seguida um resumo das ambições estratégicas da empresa:

• Ser líder nos produtos de base aerossol:

• Ser um fornecedor europeu dos mercados de higiene pessoal e cosmética, assim como dos segmentos de produtos farmacêuticos e higiene doméstica com adjacências tecnológicas ou de mercado;

• Ser o líder em Tecnologia e Inovação;

• Proporcionar aos stakeholders retornos acima da média;

• Ser a empresa mais respeitada nos mercados em que opera. Com a aquisição da Czewo, a ColepCCL tornou-se o líder incontestado do mercado europeu de produtos aerossol. A empresa irá procurar oportunidades para expansão fora da Europa, nomeadamente naqueles mercados e segmentos em que a inovação e tecnologia têm um papel relevante. A empresa irá estar atenta a oportunidades que façam apelo ao uso das suas competências tecnológicas e capacidade de inovação para entrar em mercados mais desenvolvidos e exigentes, especialmente no sistema bag-on-valve, considerado mais amigo do ambiente e no qual a empresa tem vindo a investir significativamente. A empresa irá continuar a fazer investimentos destinados a aumentar a produtividade e capacidade de inovação, visando diferenciar a sua oferta e aumentar duma forma continuada a sua competitividade no mercado, proporcionando desta forma o retorno esperado aos stakeholders. O ambiente financeiro e económico internacional condicionou fortemente a actividade desenvolvida durante o ano de 2008. Durante a primeira metade do ano, enquanto a procura se manteve ainda a níveis razoáveis, verificou-se um aumento abrupto do preço das matérias primas, o qual não foi possível incorporar no preço de venda, afectando negativamente a rentabilidade. Na segunda metade do ano, verificou-se uma quebra significativa na procura, o que originou grandes dificuldades no ajustamento de recursos internos e de custos ao novo nível de procura.

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O Volume de Negócios no ano de 2008 foi de € 353 milhões, um decréscimo de 5,9% comparado com os € 375 milhões de 2007. O Resultado Operacional e os Meios Libertos de Exploração (EBITDA) atingiram € 22,7 milhões e € 35 milhões, respectivamente, representando reduções de 25.3% e 15.7%, respectivamente, em comparação com o ano anterior. O Resultado Líquido, em 2008, foi de € 12,2 milhões, uma redução de 42% em comparação com € 21 milhões em 2007. Seguidamente, faz-se uma breve descrição dos principais aspectos da actividade e dos resultados alcançados por cada uma das divisões e pelas áreas corporativas. Contract Operations inclui o contract manufacturing de produtos de higiene pessoal e higiene doméstica, destinados ao grande consumo, bem como o serviço de Co-Packing. Com um volume de negócios de € 191,5 milhões, representando uma redução de 13% em comparação com o ano anterior, Contract Operations é a maior Divisão da ColepCCL. Este volume de negócios foi originado nas três fábricas de contract manufacturing - Portugal (Vale de Cambra), Inglaterra (Scunthorpe) e Polónia (Kleszczów), bem como pelas duas operações de Co-Packing – Portugal (Vale de Cambra) e Polónia (Piotrków Trybunalski). A actividade do segmento de contract manufacturing foi baixa ao longo do ano, reflectindo a redução da procura para os produtos em embalagem aerossol dos seus clientes. Assistiu-se a uma continuada subida dos preços das principais matérias-primas durante a primeira metade do ano que, na sua maior parte, não foi possível passar para o mercado, o que provocou uma erosão da margem bruta. De modo a aumentar a sua competitividade, a divisão iniciou a implementação de um programa destinado a aumentar a eficiência global das suas fábricas e efectuou um projecto de reestruturação da unidade da Inglaterra, o qual está a ser implementado no primeiro trimestre de 2009. A actividade do segmento de Contract Packing foi muito similar à ano anterior, gerando vendas no montante de € 51 milhões. O diferente nível de actividade ao longo do ano, muito baixa no primeiro semestre e muito forte na segunda metade do ano, criou um enorme desafio à equipa de gestão, devido à dificuldade de adaptação dos recursos ao nível de procura num curtíssimo espaço de tempo. A consequência natural desta situação foi a dificuldade no controle de custos, o que influenciou negativamente a rentabilidade do segmento. Com a aquisição da Czewo, duas das três antigas fábricas da Czewo irão ser incorporados na Divisão de Contract Operations. A Divisão de Speciality Custom Manufacturing está dedicada à produção de especialidades em produtos de higiene pessoal e de farmacêutica over-the-counter, que requerem tecnologias específicas, por exemplo sistemas “barrier pack” e condições de produção com elevados padrões de higiene. Com um volume de negócios de € 72,7 milhões em 2008, representando um crescimento de 10,8% relativamente ao ano anterior, esta divisão apresentou um excelente desempenho, originado pela forte procura de produtos de higiene pessoal de elevado valor e de produtos farmacêuticos. Na sequência da decisão estratégica de posicionar a divisão na produção de produtos de elevados valor, foram desenvolvidas novas aplicações para as actuais tecnologias, nomeadamente para o sistema de “bag on valve”. Foram efectuados investimentos significativos relacionados com estes projectos, o que possibilitou a extensão da gama de produtos e provocou um forte impacto no crescimento da divisão. Conforme esperado, 2008 representou a consolidação de uma clara tendência de crescimento da divisão, que se iniciou em 2005 e que se espera possa continuar nos próximos anos, posicionando cada vez mais a divisão nos segmentos mais elevados dos produtos de higiene pessoal e farmacêutico.

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Com um volume de negócios de € 100,5 milhões em 2008, o que representa uma redução de1,9% relativamente a 2007, a divisão de Metal Packaging dedica-se à produção de embalagens aerossol para produtos de cuidado pessoal e higiene doméstica e de embalagens general line para utilização industrial e alimentar. Apesar de até ao final de 2007 dispor apenas de uma unidade industrial para o fabrico de embalagens aerossol, localizada em Vale de Cambra – Portugal, a ColepCCL tem actividade comercial em alguns dos mais importantes mercados europeus, sendo fornecedor de empresas multinacionais de bens de consumo e de empresas independentes. De modo a ter uma actividade verdadeiramente à escala europeia, para dar suporte aos seus clientes no centro da Europa e para incrementar a integração com o contract manufacturing, a empresa construiu uma nova unidade de produção de aerossóis nas suas instalações de Kleszczów – Polónia, a qual iniciou a produção em Março de 2008. Esta nova unidade dispõe, por agora, apenas de uma linha de produção, recebendo a folha de flandres litografada e os componentes da unidade de Vale de Cambra. Prevê-se que uma segunda linha de produção venha a ser instalada no decorrer de 2009. Devido à sua localização no centro da Europa, espera-se que esta unidade venha a contribuir significativamente para o crescimento das vendas de embalagens aerossol nos próximos anos. A procura de embalagens aerossol, em 2008, foi cerca de 5% inferior ao ano de 2007. Outra grande dificuldade foi o enorme crescimento do preço da matéria prima principal – folha de flandres – o qual não foi possível passar para o produto final. Este incremento do preço da folha de flandres aumentou também a possibilidade de substituição deste material por outros alternativos, nomeadamente pelo alumínio. Através das suas duas unidades produtivas, em Vale de Cambra (Portugal) e Navarra (Espanha), a ColepCCL é o líder Ibérico de embalagens general line, sendo o fornecedor preferencial das mais importantes empresas de tintas e vernizes e de segmentos específicos da área alimentar. As vendas deste segmento foram, em 2008, cerca de 4% inferiores ao ano anterior. A empresa tem continuado o processo de obtenção de sinergias entre as duas fábricas ibéricas, nomeadamente pela maior incorporação de serviços de litografia internos, reduzindo a subcontratação, e pela uniformização de formatos e consequente optimização do fabrico de embalagens e componentes. Estas acções minimizaram o impacto negativo na rentabilidade originado pela grande competitividade do mercado e decréscimo da procura. As vendas de embalagens para tintas em Espanha têm vindo a ser significativamente afectadas pela “crise imobiliária”, a qual foi uma das mais importantes consequências da severa crise económica e financeira que afecta a economia espanhola. Espera-se que a actividade em 2009 continue a ser significativamente afectada por esta situação. Plastic Packaging está dedicada ao fabrico de embalagens plásticas por insuflação e componentes plásticos por injecção, para o mercado português de produtos de higiene pessoal e de limpeza doméstica. No ano de 2008, as vendas deste segmento foram inferiores ao ano anterior e a equipa de gestão focou a sua actividade na implementação total de um programa destinado a reduzir custos e assegurar a competitividade da divisão a longo prazo. As unidades corporativas da empresa estiveram concentradas na continuação da definição e implementação de processos necessários à sua gestão integrada, destacando-se:

• O estabelecimento de um processo de planeamento estratégico e redefinição da estratégia de crescimento da empresa;

• A gestão e planeamento do processo de aquisição da Czewo;

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• A consolidação das actividades do Centro de Inovação e do ECAT (European Centre of Application Technology);

• A reestruturação da estrutura comercial da empresa, com a criação de uma Direcção de Marketing & Inovação, responsável por todo o relacionamento com clientes;

• A implementação das melhores práticas de Higiene, Segurança e Protecção Ambiental em todas as unidades fabris, do que resultou uma significativa melhoria dos indicadores relevantes;

• A implementação do Modelo de Gestão de Recursos Humanos corporativo;

• A implementação do SAP R/3 na ColepCCL Rapid-Spray, com going live em Novembro de 2008;

• O estabelecimento de uma estrutura corporativa de Procurement;

• O estudo de diversas oportunidades de M&A. Comentários às contas O volume de negócios consolidado no ano de 2008 foi de € 353 milhões, um decréscimo de 5,9% em relação ao ano anterior. O Resultado Operacional e os Meios Libertos de Exploração (EBITDA) atingiram € 22,7 milhões e € 35 milhões, respectivamente, o que traduz decréscimos de 25,3% e 15,7%, respectivamente, em comparação com o ano anterior. O Resultado Líquido em 2008 foi de € 12,2 milhões. O ligeiro decréscimo das vendas e a redução da rentabilidade são uma consequência da degradação das condições financeiras e económicas ao longo do ano, especialmente na segunda metade do ano. No ano foram efectuados investimentos no montante de € 16,5 milhões, dos quais € 15,8 milhões em imobilizado corpóreo e € 0,7 milhões em imobilizado incorpóreo. Uma parte significativa do investimento teve como objectivo o aumento da capacidade produtiva e aumento de produtividade, não tendo sido descurado o esforço de investimento, que vem sendo feito ao longo dos últimos anos, destinado à garantia da qualidade, segurança e protecção ambiental. Conforme já referido, a operação de aquisição da Czewo foi concluída no dia 2 de Janeiro de 2009, tendo esta sido financiada por empréstimos contratados ao abrigo de três programas de papel comercial válidos até ao ano de 2013 (ver nota 20 do Anexo às Demonstrações Financeiras). Na nota 43 do Anexo às Demonstrações Financeiras são apresentados as principais rubricas de balanço e da demonstração de resultados demonstrando qual seria o impacto nas contas do grupo, caso a operação de aquisição tivesse ocorrido em 2008. Tendo em conta o impacto da aquisição efectuada, não vai ser proposto pelo Conselho de Administração o pagamento de qualquer dividendo referente ao exercício de 2008. Nota Final Queremos reconhecer a dedicação e empenho dos Colaboradores da empresa e agradecer aos nossos Clientes a preferência com que nos distinguiram. Vale de Cambra, 26 de Março de 2009

O Conselho de Administração:

Vergílio Manuel da Cunha Folhadela Moreira José Henrique Pinto dos Santos Marino Turiel Cerezo Miguel Espírito Santo Silva de Mello Paul Robert Bertin Richard Zakaib Vítor Manuel Pereira Neves

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

COLEPCCL PORTUGAL - EMBALAGENS E ENCHIMENTOS, S.A.

BALANÇOS CONSOLIDADOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2008 E 2007 (Montantes expressos em Euro)

ACTIVO Notas 2008 2007 ACTIVOS NÃO CORRENTES: Imobilizações corpóreas 8 91.184.268 93.016.018 Diferenças de consolidação 9 13.022.004 13.022.004 Imobilizações incorpóreas 10 3.556.653 2.551.625 Investimentos 6 186.847 186.847 Activos por impostos diferidos 11 1.920.157 2.302.744 Outros activos não correntes 12 2.482.445 - Total de activos não correntes 112.352.374 111.079.238 ACTIVOS CORRENTES: Existências 13 39.781.343 51.440.801 Clientes 14 40.042.701 63.703.260 Estado e outros entes públicos 14 5.199.296 3.430.223 Outras dívidas de terceiros 14 1.383.694 2.610.370 Outros activos correntes 15 1.658.640 1.732.770 Caixa e equivalentes de caixa 16 4.559.118 6.892.243 Total de activos correntes 92.624.792 129.809.667 Total do activo 204.977.166 240.888.905

CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO

CAPITAL PRÓPRIO: Capital social 17 25.000.000 25.000.000 Reservas legais 17 6.277.081 6.082.287 Reservas de reavaliação 17 2.000.922 2.000.922 Reservas de conversão e de cobertura (7.103.692) (32.108) Outras reservas 9.902.950 9.460.085 Resultados transitados 17 30.328.847 10.339.265 Resultado líquido do exercício 12.201.522 21.044.964 Total do capital próprio 78.607.630 73.895.415 PASSIVO: PASSIVO NÃO CORRENTE: Empréstimos bancários 18 240.000 1.920.000 Credores por locações financeiras 19 8.663.694 5.140.363 Outros empréstimos 20 45.433.779 18.970.651 Outros credores não correntes 29 2.000.000 2.008.269 Passivos por impostos diferidos 11 1.665.917 1.315.524 Provisões 25 357.891 350.000 Total de passivos não correntes 58.361.281 29.704.807 PASSIVO CORRENTE: Empréstimos bancários 18 10.751.358 14.362.169 Credores por locações financeiras 19 1.383.662 869.501 Fornecedores 22 45.503.089 57.861.405 Outras dívidas a terceiros 23 3.024.000 51.013.555

Estado e outros entes públicos 23 1.370.378 3.536.970 Outros passivos correntes 23 5.975.768 9.645.083 Total de passivos correntes 68.008.255 137.288.683 Total do capital próprio e passivo 204.977.166 240.888.905

O anexo faz parte integrante destas demonstrações financeiras.

O Técnico Oficial de Contas: Sónia Rodrigues de Sousa

O Conselho de Administração: Vergílio Manuel da Cunha Folhadela Moreira, José Henrique Pinto dos Santos, Marino Turiel Cerezo, Miguel Espírito Santo Silva de Mello, Paul Robert Bertin, Richard Zakaib, Vítor Manuel Pereira Neves

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DEMONSTRAÇÕES DOS RESULTADOS CONSOLIDADOS POR NATUREZAS PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2008 E 2007

(Montantes expressos em Euro)

Notas 2008 2007

Proveitos operacionais:

Vendas 30 352.777.858 375.007.437

Prestações de serviços 30 659.275 136.735

Outros proveitos operacionais 31 8.995.753 3.999.990

Total de proveitos operacionais 362.432.886 379.144.162

Custos operacionais:

Custo das vendas 32 236.735.160 251.432.700

Variação da produção 33 (1.251.738) (1.207.475)

Fornecimentos e serviços externos 34 35.576.180 36.986.643

Custos com o pessoal 35 45.759.418 47.074.459

Amortizações e depreciações 8 e 10 12.331.873 11.148.472

Provisões e perdas por imparidade 25 (45.294) (408.774)

Outros custos operacionais 36 10.605.200 3.694.799

Total de custos operacionais 339.710.799 348.720.824

Resultados operacionais 22.722.087 30.423.338

Custos e perdas financeiras 37 6.928.347 3.358.321

Proveitos e ganhos financeiros 37 216.553 608.884

Resultados relativos a empresas associadas 38 12.500 16.546

Resultado antes de impostos 16.022.793 27.690.447

Imposto sobre o rendimento 39 3.821.271 6.645.483

Resultado líquido consolidado do exercício 12.201.522 21.044.964

Resultados por acção: 40

Básico 0,16 0,27

Diluído 0,16 0,27

O anexo faz parte integrante destas demonstrações financeiras.

O Técnico Oficial de Contas: Sónia Rodrigues de Sousa

O Conselho de Administração: Vergílio Manuel da Cunha Folhadela Moreira, José Henrique Pinto dos Santos, Marino Turiel Cerezo, Miguel Espírito Santo Silva de Mello, Paul Robert Bertin, Richard Zakaib, Vítor Manuel Pereira Neves

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DEMONSTRAÇÕES DOS FLUXOS DE CAIXA CONSOLIDADOS PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2008 E 2007

(Montantes expressos em Euro)

ACTIVIDADES OPERACIONAIS: Notas 2008 2007 Recebimentos de clientes 376.307.643 380.421.690 Pagamentos a fornecedores 278.450.721 283.364.724 Pagamentos ao pessoal 46.875.707 47.662.914 Fluxos gerados pelas operações 50.981.215 49.394.052 (Pagamento)/recebimento do imposto sobre o rendimento (2.610.262) (9.994.105) Outros recebimentos/(pagamentos) relativos à actividade operacional (3.196.931) (528.493) Fluxos das actividades operacionais (1) 45.174.022 38.871.453 ACTIVIDADES DE INVESTIMENTO: Recebimentos provenientes de: Imobilizações corpóreas 835.443 159.693 Imobilizações incorpóreas - 151.303 Juros e proveitos similares 219.142 119.951 Dividendos 12.500 16.546 1.067.085 447.493 Pagamentos respeitantes a: Investimentos financeiros 2.482.445 - Imobilizações corpóreas 11.781.298 17.532.846 Imobilizações incorpóreas 736.083 1.410.077 14.999.826 18.942.922 Fluxos das actividades de investimento (2) (13.932.741) (18.495.429) ACTIVIDADES DE FINANCIAMENTO: Recebimentos respeitantes a: Empréstimos obtidos 45.460.892 26.000.000 Subsídios e doações - 128.056 45.460.892 26.128.056 Pagamentos respeitantes a: Empréstimos obtidos 20.898.320 20.240.837 Amortizações de contratos de locação financeira 870.946 163.864 Juros e custos similares 5.305.095 2.376.788 Redução de capital 48.568.445 - Dividendos - 16.472.000 75.642.806 39.253.489 Fluxos das actividades de financiamento (3) (30.181.914) (13.125.433) Variação de caixa e seus equivalentes (4) = (1) + (2) + (3) 1.059.367 7.250.591 Caixa e seus equivalentes no início do período 16 (5.571.607) (12.822.198) Caixa e seus equivalentes no fim do período 16 (4.512.240) (5.571.607)

As notas anexas fazem parte integrante destas demonstrações financeiras.

O Técnico Oficial de Contas: Sónia Rodrigues de Sousa

O Conselho de Administração: Vergílio Manuel da Cunha Folhadela Moreira, José Henrique Pinto dos Santos, Marino Turiel Cerezo, Miguel Espírito Santo Silva de Mello, Paul Robert Bertin, Richard Zakaib, Vítor Manuel Pereira Neves

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DEMONSTRAÇÕES DAS ALTERAÇÕES NO CAPITAL PRÓPRIO CONSOLIDADO PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2008 E 2007

(Montantes expressos em Euro)

Reservas

Notas Capital

social

Prémios de emissão de acções

Legais Reavaliação Conversão

e de cobertura

Outras Resultados transitados

Resultado líquido do exercício

Dividendos antecipados Total

Saldo em 1 de Janeiro de 2007 37.863.560 32.758.693 4.554.769 2.863.941 109.462 7.415.440 16.787.763 25.020.767 (9.650.000) 117.724.395 Aplicação do resultado líquido de 2006:

Transferência para reserva legal - - 1.527.518 - - - 13.843.249 (25.020.767) 9.650.000 -

Dividendos distribuídos - - - - - - (16.472.000) - - (16.472.000)

Aumento do capital social 17 35.704.885 (32.758.693) - (863.019) - - (2.083.173) - - -

Redução do capital social 17 (48.568.445) - - - - - - - - (48.568.445)

Var. reservas de conversão cambial - - - - 86.408 - - - - 86.408

Resultado líquido do exercício de 2007 - - - - - - - 21.044.964 - 21.044.964

Outros - - - - (227.978) 2.044.645 (1.736.574) - - 80.093 Saldo em 31 de Dezembro de 2007 25.000.000 - 6.082.287 2.000.922 (32.108) 9.460.085 10.339.265 21.044.964 - 73.895.415

Aplicação do resultado líquido de 2007:

Transferência para reserva legal - - 194.794 - - 860.588 19.989.582 (21.044.964) - -

Dividendos distribuídos - - - - - - - - - -

Var. reservas de conversão cambial - - - - (7.071.584) - - - - (7.071.584)

Resultado líquido do exercício de 2008 - - - - - - - 12.201.522 - 12.201.522 Outros - - - - - (417.723) - - - (417.723)

Saldo em 31 de Dezembro de 2008 25.000.000 - 6.277.081 2.000.922 (7.103.692) 9.902.950 30.328.847 12.201.522 - 78.607.630

O anexo faz parte integrante destas demonstrações financeiras.

O Técnico Oficial de Contas: Sónia Rodrigues de Sousa

O Conselho de Administração: Vergílio Manuel da Cunha Folhadela Moreira, José Henrique Pinto dos Santos, Marino Turiel Cerezo, Miguel Espírito Santo Silva de Mello, Paul Robert Bertin, Richard Zakaib, Vítor Manuel Pereira Neves

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

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COLEPCCL PORTUGAL – EMBALAGENS E ENCHIMENTOS, S.A.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

PARA O EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2008

(Montantes expressos em Euro)

1. NOTA INTRODUTÓRIA A ColepCCL Portugal – Embalagens e Enchimentos, S.A. (“ColepCCL” ou “Empresa”) é uma sociedade anónima constituída em 6 de Setembro de 1994, sendo a empresa-mãe de um universo de empresas conforme indicado na Nota 5 (“Grupo ColepCCL”). O objecto social consiste essencialmente na produção e comércio de embalagens (metálicas e plásticos) e produtos afins, enchimentos e equipamentos industriais incluindo actividades auxiliares ou complementares que directa ou indirectamente se relacionem com a sua actividade principal e tem a sua sede em Vale de Cambra. As demonstrações financeiras anexas são apresentadas em Euros dado que esta é a divisa utilizada preferencialmente no ambiente económico em que o Grupo opera. As operações estrangeiras são incluídas nas demonstrações financeiras de acordo com a política descrita no ponto 2.2.d).

2. PRINCIPAIS POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS As principais políticas contabilísticas adoptadas na preparação das demonstrações financeiras consolidadas anexas são as seguintes:

2.1. Bases de apresentação As demonstrações financeiras consolidadas anexas foram preparadas no pressuposto da continuidade das operações e tomando essencialmente por base o custo histórico, a partir dos registos contabilísticos das empresas incluídas na consolidação (Nota 5), mantidos de acordo com as Normas Internacionais de Relato Financeiro emitidas pelo “International Accounting Standards Board” (“IASB”) e interpretações emitidas pelo “International Financial Reporting Interpretations Committee” (“IFRIC”) ou pelo anterior “Standing Interpretations Committee” (“SIC”) em vigor em 1 de Janeiro de 2008 tal como adoptadas pela União Europeia.

2.2. Princípios de consolidação São os seguintes os métodos de consolidação adoptados pelo Grupo:

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a) Investimentos financeiros em empresas do Grupo

As participações financeiras em empresas nas quais o Grupo detenha directa ou indirectamente, mais de 50% dos direitos de voto em Assembleia Geral de Accionistas/Sócios e/ou detenha o poder de controlar as suas políticas financeiras e operacionais (definição de controlo utilizada pelo Grupo), foram incluídas nas demonstrações financeiras consolidadas anexas pelo método integral. O capital próprio e o resultado líquido destas empresas correspondente à participação de terceiros nas mesmas, é apresentado separadamente no balanço consolidado e na demonstração de resultados consolidada, respectivamente, na rubrica “Interesses minoritários”. Quando os prejuízos atribuíveis aos minoritários excedem o interesse minoritário no capital próprio da filial, o Grupo absorve esse excesso e quaisquer prejuízos adicionais, excepto quando os minoritários tenham a obrigação e sejam capazes de cobrir esses prejuízos. Se a filial subsequentemente reportar lucros, o Grupo apropria todos os lucros até que a parte minoritária dos prejuízos absorvidos pelo Grupo tenha sido recuperada. Os activos e passivos de cada filial são identificados ao seu justo valor na data de aquisição. Qualquer excesso do custo de aquisição face ao justo valor dos activos e passivos líquidos adquiridos é reconhecido como diferença de consolidação positiva (Notas 2.2 c) e 9)). Caso o diferencial entre o custo de aquisição e o justo valor dos activos e passivos líquidos adquiridos seja negativo, o mesmo é reconhecido como um proveito do exercício após reconhecimento do justo valor atribuído aos activos e passivos adquiridos. Os interesses de accionistas minoritários são apresentados pela respectiva proporção do justo valor dos activos e passivos identificados. Os resultados das filiais adquiridas ou vendidas durante o exercício estão incluídos nas demonstrações de resultados desde a data da sua aquisição ou até à data da sua venda. Sempre que necessário, são efectuados ajustamentos às demonstrações financeiras das filiais para adequar as suas políticas contabilísticas às usadas pelo Grupo. As transacções, os saldos e os dividendos distribuídos entre empresas do Grupo são eliminados no processo de consolidação. Nas situações em que o Grupo detenha, em substância, o controlo de outras entidades criadas com um fim específico, ainda que não possua participações de capital directamente nessas entidades as mesmas são consolidadas pelo método de consolidação integral. Nos exercícios de 2008 e 2007 todas as participações financeiras em empresas do Grupo representavam 100% dos direitos de voto.

b) Investimentos financeiros em empresas associadas Os investimentos financeiros em empresas associadas (empresas onde o Grupo exerce uma influência significativa mas não detém nem o controlo nem o controlo conjunto das mesmas através da participação nas decisões financeira e operacional da Empresa - geralmente investimentos representando entre 20% a 50% do capital de uma empresa) são registados pelo método da equivalência patrimonial. Nos exercícios de 2008 e 2007 não existiam investimentos financeiros em empresas associadas.

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c) Diferenças de consolidação

As diferenças entre o custo de aquisição dos investimentos em empresas do Grupo e o justo valor dos activos e passivos identificáveis dessas empresas à data da sua aquisição, foram registadas na rubrica “Diferenças de consolidação”. Quando são apuradas diferenças negativas entre o custo de aquisição dos investimentos em empresas do Grupo e o montante atribuído ao justo valor dos activos e passivos identificáveis dessas empresas à data da sua aquisição, as mesmas são registadas directamente na demonstração dos resultados. Nos exercícios de 2008 e 2007 não foram apuradas nem registadas diferenças desta natureza. As diferenças entre o custo de aquisição dos investimentos em filiais sedeadas no estrangeiro e o justo valor dos activos e passivos identificáveis dessas filiais à data da sua aquisição, encontram-se registadas na moeda de reporte dessas filiais, sendo convertidas para a moeda de reporte do Grupo (Euro) à taxa de câmbio em vigor na data de balanço. As diferenças cambiais geradas nessa conversão são registadas na rubrica do capital próprio “Reservas de conversão”. O valor das diferenças de consolidação não é amortizado, sendo testado, pelo menos anualmente, para verificar se existem perdas de imparidade. Qualquer perda de imparidade é registada imediatamente na demonstração de resultados do exercício na rubrica “Outros custos operacionais” e não sendo posteriormente revertida. As diferenças de consolidação originadas nas aquisições anteriores à data de transição para IFRS (1 de Janeiro de 2004) foram mantidas pelos valores apresentados de acordo com os princípios contabilísticos geralmente aceites em Portugal reexpressos na moeda da subsidiária retrospectivamente conforme política adoptada. As diferenças cambiais geradas neste processo de conversão foram registadas directamente em resultados transitados de acordo com o exposto no IFRS 1.

d) Conversão de demonstrações financeiras de entidades estrangeiras

Os activos e passivos das demonstrações financeiras de entidades estrangeiras são convertidos para Euro utilizando as taxas de câmbio à data do balanço e os custos e proveitos bem como os fluxos de caixa são convertidos para Euro utilizando a taxa de câmbio média verificada no exercício. A diferença cambial resultante gerada após 1 de Janeiro de 2004, é registada no capital próprio na rubrica de ”Reservas de conversão”. As diferenças cambiais geradas até 1 de Janeiro de 2004 (data de transição para IFRS) encontram-se registadas em resultados transitados. O valor das diferenças de consolidação e ajustamentos de justo valor resultantes da aquisição de entidades estrangeiras são tratados como activos e passivos dessa entidade e transpostos para Euro de acordo com a taxa de câmbio do balanço.

2.3. Imobilizações corpóreas

a) Imóveis para uso próprio

Os imóveis (terrenos e edifícios) para uso próprio são registados por uma quantia revalorizada, que é o seu justo valor à data da revalorização menos qualquer subsequente depreciação acumulada e/ou perdas de imparidade acumuladas. As revalorizações são feitas periodicamente, por avaliadores imobiliários independentes, de forma a que o montante revalorizado não difira materialmente do justo valor do respectivo imóvel.

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Os ajustamentos resultantes das revalorizações efectuadas aos bens imobilizados são registados por contrapartida de capital próprio. Quando um activo fixo corpóreo, que foi alvo de uma revalorização positiva em exercícios subsequentes, se encontra sujeito a uma revalorização negativa, o ajustamento é registado por contrapartida de capital próprio até ao montante correspondente ao acréscimo no capital próprio resultante das revalorizações anteriores deduzido da quantia realizada através das amortizações, sendo o seu excedente registado como custo do exercício por contrapartida de resultado líquido do período. Foram registados os respectivos passivos por imposto diferido em resultado do incremento da reserva de reavaliação, os quais têm vindo a ser actualizados em cada ano essencialmente em resultado da alteração do coeficiente de desvalorização da moeda. Nestas avaliações, considerou-se essencialmente o Método do Custo de Reposição Amortizado para imóveis de uso específico associados a instalações fabris. As depreciações são imputadas numa base sistemática durante a vida útil estimada dos edifícios, enquanto os terrenos não são depreciáveis.

b) Outras imobilizações corpóreas

As outras imobilizações corpóreas adquiridas até 1 de Janeiro de 2004 (data de transição para IFRS) encontram-se registadas de acordo com a nova base de custo (“deemed cost”), o qual corresponde ao custo de aquisição ou ao custo de aquisição reavaliado de acordo com os princípios contabilísticos geralmente aceites em Portugal até aquela data, deduzido das amortizações acumuladas e de perdas de imparidade. As imobilizações adquiridas após aquela data encontram-se registadas ao custo de aquisição, deduzido das amortizações acumuladas e de perdas de imparidade. As depreciações são calculadas após os bens estarem em condições de serem utilizados e são imputadas numa base sistemática durante a sua vida útil que é determinada tendo em conta a utilização esperada do activo pelo Grupo, do desgaste natural esperado e da sujeição a uma previsível obsolescência técnica. As taxas de amortização utilizadas correspondem a períodos de vida útil estimada (em anos) que variam entre:

Edifícios e outras construções 10 a 50 Equipamento básico 3 a 20 Equipamento administrativo 1 a 13 Equipamento de transporte 2 a 11 Ferramentas e utensílios 1 a 12 Taras e vasilhames 1 a 7 Outras imobilizações corpóreas 1 a 20

As despesas subsequentes de substituição de componentes de activos fixos incorridas pelo Grupo são adicionadas aos respectivos activos corpóreos, sendo o valor líquido das componentes substituídas desses activos abatido e registado como um custo na rubrica de “Outros custos operacionais”. As despesas de conservação e reparação que não aumentem a vida útil, nem resultem em benfeitorias ou melhorias significativas nos elementos das imobilizações corpóreas, são registadas como custo do exercício em que ocorrem. As imobilizações em curso representam imobilizado ainda em fase de construção/instalação, encontrando-se registadas ao custo de aquisição deduzido de eventuais perdas de

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imparidade. Estas imobilizações são amortizadas a partir do momento em que os activos subjacentes estejam concluídos ou em estado de uso. As mais ou menos valias resultantes da venda do imobilizado corpóreo são determinadas como a diferença entre o preço de venda e o valor líquido contabilístico na data de alienação, sendo registadas pelo valor líquido na demonstração de resultados, como “Outros proveitos operacionais” ou “Outros custos operacionais”. As perdas resultantes do abate do imobilizado corpóreo são igualmente registadas pelo seu valor líquido na demonstração de resultados, como “Outros custos operacionais”.

2.4. Imobilizações incorpóreas As imobilizações incorpóreas encontram-se registadas ao custo de aquisição, deduzido das amortizações acumuladas e perdas de imparidade. As imobilizações incorpóreas só são reconhecidas se for provável que delas advenham benefícios económicos futuros para o Grupo, se o Grupo as puder controlar e se puder medir razoavelmente o seu valor. As despesas de investigação incorridas com novos conhecimentos técnicos são reconhecidas na demonstração de resultados quando incorridas. As despesas de desenvolvimento para as quais o Grupo demonstre capacidade para completar o seu desenvolvimento e iniciar a sua comercialização e/ou uso, e para as quais seja provável que o activo criado irá gerar benefícios económicos futuros são capitalizadas. As despesas de desenvolvimento que não cumpram com estes critérios são registadas como custo do exercício quando incorridas. Os custos internos associados à manutenção e ao desenvolvimento de software são registados como custos na demonstração de resultados quando incorridos, excepto na situação em que estes custos estejam directamente associados a projectos para os quais seja provável a geração de benefícios económicos futuros para o Grupo. Nestas situações estes custos são capitalizados como activos incorpóreos. As amortizações são calculadas, após o início de utilização dos bens, pelo método das quotas constantes em conformidade com o período de vida útil estimado o qual corresponde genericamente ao período de três a quatro anos.

2.5. Activos e passivos financeiros Os activos e passivos financeiros são reconhecidos no balanço quando o Grupo se torna parte contratual do respectivo instrumento financeiro. a) Dívidas de terceiros

As dívidas de terceiros são registadas pelo seu valor nominal deduzido de eventuais perdas de imparidade, reconhecidas na rubrica de “Perdas de imparidade em contas a receber”, por forma a que as mesmas reflictam o seu valor realizável líquido. Usualmente as dívidas de terceiros não vencem juros.

b) Classificação de capital próprio ou passivo Os passivos financeiros e os instrumentos de capital próprio são classificados de acordo com a substância contratual independente da forma legal que assumam. Os instrumentos de capital próprios são contratos que evidenciam um interesse residual nos activos do Grupo após dedução dos passivos.

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c) Empréstimos Os empréstimos são registados no passivo de acordo com o seu “custo amortizado”. Eventuais despesas com a emissão desses empréstimos são registadas como uma dedução à dívida e reconhecidas, ao longo do período de vida desses empréstimos, de acordo com a taxa de juro efectiva. Os encargos financeiros calculados de acordo com a taxa de juro efectiva, incluindo prémios a pagar são contabilizados na demonstração de resultados de acordo com o princípio de especialização dos exercícios.

d) Contas a pagar As contas a pagar, que não vencem juros, são registadas pelo seu valor nominal.

e) Instrumentos derivados e contabilidade de cobertura A Empresa está exposta ao nível de risco financeiro, fundamentalmente a flutuações de taxas de câmbio e de preços de matérias-primas, utilizando instrumentos derivados na gestão de alguns riscos financeiros unicamente como forma de garantir a cobertura desses riscos (Nota 21), não sendo utilizados instrumentos derivados com o objectivo de negociação. Nos casos em que os instrumentos derivados, embora contratados com o objectivo específico de cobertura dos riscos financeiros inerentes ao negócio (fundamentalmente, “forwards” de taxas de câmbio para a cobertura de fluxos futuros), não se enquadrem nos requisitos definidos no IAS 39 para classificação como instrumentos de cobertura, as variações do justo valor afectam directamente a demonstração de resultados.

f) Caixa e equivalentes de caixa Os montantes incluídos na rubrica de “Caixa e equivalentes de caixa” correspondem aos valores de caixa, depósitos bancários, depósitos a prazo e outras aplicações de tesouraria, vencíveis a menos de três meses, e que possam ser imediatamente mobilizáveis com risco de alteração de valor insignificante. Para efeitos da demonstração dos fluxos de caixa, a rubrica de “Caixa e equivalentes de caixa” compreende também os descobertos bancários incluídos na rubrica de “Empréstimos bancários”, no balanço.

2.6. Locações

Os contratos de locação são classificados como: (i) locações financeiras se através deles forem transferidos substancialmente todos os riscos e vantagens inerentes à posse; e como (ii) locações operacionais se através deles não forem transferidos substancialmente todos os riscos e vantagens inerentes à posse. A classificação das locações em financeiras ou operacionais é feita em função da substância e não da forma do contrato. Os activos imobilizados adquiridos mediante contratos de locação financeira bem como as correspondentes responsabilidades são contabilizados pelo método financeiro. De acordo com este método, o custo do activo é registado no imobilizado corpóreo, a correspondente responsabilidade é registada no passivo, os juros incluídos no valor das rendas e a amortização do activo, são registados como custos na demonstração dos resultados do exercício a que respeitam. Nas locações consideradas como operacionais, as rendas devidas são reconhecidas como custo na demonstração de resultados numa base linear durante o período do contrato de locação.

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2.7. Existências

As mercadorias e as matérias-primas, subsidiárias e de consumo encontram-se valorizadas ao custo médio de aquisição, que inclui o preço de factura e todas as despesas até à sua entrada em armazém, o qual é inferior ao respectivo valor de mercado. Os produtos e trabalhos em curso, subprodutos, desperdícios, resíduos e refugos e produtos acabados e intermédios encontram-se valorizados ao custo de produção (inclui o custo de matérias-primas incorporadas, mão-de-obra directa e os gastos gerais de fabrico), o qual é inferior ao respectivo valor realizável líquido. As perdas acumuladas de imparidade para depreciação de existências reflectem a diferença entre o custo de aquisição/produção e o valor realizável líquido de mercado das existências, bem como a estimativa de perdas de imparidade por baixa rotação, obsolescência e deterioração. O valor realizável líquido corresponde ao preço de venda normal deduzido dos custos para completar a produção e dos custos de comercialização.

2.8. Provisões As provisões são reconhecidas quando, e somente quando, o Grupo tem uma obrigação presente (legal ou construtiva) resultante dum evento passado e é provável que, para a resolução dessa obrigação, ocorra uma saída de recursos e que o montante actual dessa obrigação possa ser razoavelmente estimado. As provisões são revistas na data de cada balanço e são ajustadas de modo a reflectir a melhor estimativa a essa data. As provisões para custos de reestruturação são reconhecidas pelo Grupo sempre que exista um plano formal e detalhado de reestruturação e que o mesmo tenha sido comunicado às partes envolvidas.

2.9. Subsídios governamentais ou de outras entidades públicas

Os subsídios governamentais são reconhecidos de acordo com o seu justo valor quando existe uma garantia razoável que irão ser recebidos e que o Grupo irá cumprir com as condições exigidas para a sua concessão. Os subsídios e comparticipações recebidos a fundo perdido, para financiamento de imobilizações corpóreas, são registados nas rubricas “Outros passivos não correntes” e “Outros passivos correntes” sendo reconhecidos na demonstração dos resultados proporcionalmente às amortizações das imobilizações corpóreas subsidiadas. Os subsídios à exploração são registados como proveitos do exercício, quando obtidos, independentemente da data do seu recebimento.

2.10. Imparidade dos activos não correntes, excepto diferenças de consolidação É efectuada uma avaliação de imparidade à data de cada balanço e sempre que seja identificado um evento ou alteração nas circunstâncias que indiquem que o montante pelo qual o activo se encontra registado possa não ser recuperado. Sempre que o montante pelo qual o activo se encontra registado é superior à sua quantia recuperável, é reconhecida uma perda de imparidade, registada na demonstração de resultados. A quantia recuperável é a mais alta do preço de venda líquido e do valor de uso. O preço de venda líquido é o montante que se obteria com a alienação do activo numa transacção entre entidades independentes e conhecedoras deduzido dos custos directamente atribuíveis à

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alienação. O valor de uso é o valor presente dos fluxos de caixa futuros estimados que são esperados que surjam do uso continuado do activo e da sua alienação no final da sua vida útil. A quantia recuperável é estimada para cada activo, individualmente ou, no caso de não ser possível, para a unidade geradora de fluxos de caixa à qual o activo pertence. A reversão de perdas de imparidade reconhecidas em exercícios anteriores é registada quando existem indícios de que as perdas de imparidade reconhecidas já não existem ou diminuíram. A reversão das perdas de imparidade é reconhecida na demonstração de resultados. Contudo, a reversão da perda de imparidade é efectuada até ao limite da quantia que estaria reconhecida (líquida de amortização ou depreciação) caso a perda de imparidade não se tivesse registado em exercícios anteriores.

2.11. Encargos financeiros com empréstimos obtidos Os encargos financeiros relacionados com empréstimos obtidos são reconhecidos como custo de acordo com o princípio da especialização dos exercícios. Excepcionalmente, em 2007, foram capitalizados encargos financeiros incorridos com empréstimos afectos a investimentos em curso.

2.12. Activos não correntes detidos para alienação Os activos não correntes (e conjunto de activos e passivos relacionados a alienar) são classificados como detidos para alienação e mensurados ao menor do seu valor contabilístico ou justo valor deduzido de custos com a venda. Os activos não correntes (e conjunto de activos e passivos relacionados a alienar) são classificados como detidos para venda se o seu valor contabilístico for recuperado através da venda e não através do seu uso continuado. Esta condição só se considera cumprida no momento em que a venda seja altamente provável e o activo (e conjunto de activos e passivos relacionados a alienar) esteja disponível para alienação imediata nas condições presentes. Adicionalmente, a gestão deverá estar envolvida na venda aos níveis adequados sendo que deverá ser expectável que a mesma se venha a realizar no prazo de 12 meses após a data de classificação nesta rubrica. Adicionalmente, os activos não correntes detidos para alienação deixam de ser amortizados a partir da data em que são classificados como tal.

2.13. Rédito e especialização de exercícios Os proveitos decorrentes de vendas são reconhecidos na demonstração de resultados consolidada quando os riscos e benefícios inerentes à posse dos activos são transferidos para o comprador e o montante dos proveitos possa ser razoavelmente quantificado. As vendas são reconhecidas líquidas de impostos, descontos e outros custos inerentes à sua concretização pelo justo valor do montante recebido ou a receber. Os proveitos decorrentes da prestação de serviços são reconhecidos na demonstração de resultados consolidada com referência à fase de acabamento da prestação de serviços à data do balanço. Os dividendos são reconhecidos como proveitos no exercício em que são atribuídos aos sócios ou accionistas. Os juros e proveitos financeiros são reconhecidos de acordo com o princípio da especialização dos exercícios e de acordo com a taxa de juro efectiva aplicável.

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Os custos e proveitos são contabilizados no exercício a que dizem respeito, independentemente da data do seu pagamento ou recebimento. Os custos e proveitos cujo valor real não seja conhecido são estimados. Nas rubricas de “Outros activos correntes” e “Outros passivos correntes”, são registados os custos e os proveitos imputáveis ao exercício corrente e cujas despesas e receitas apenas ocorrerão em exercícios futuros, bem como as despesas e as receitas que já ocorreram, mas que respeitam a exercícios futuros e que serão imputadas aos resultados de cada um desses exercícios, pelo valor que lhes corresponde.

2.14. Imposto sobre o rendimento

O imposto sobre o rendimento do exercício é calculado com base nos resultados tributáveis das empresas incluídas na consolidação e considera a tributação diferida. O imposto corrente sobre o rendimento do exercício é calculado com base nos resultados tributáveis (os quais diferem dos resultados contabilísticos) das empresas incluídas na consolidação de acordo com as regras fiscais em vigor no local da sede de cada empresa do Grupo. Os impostos diferidos são calculados com base no método da responsabilidade do balanço e reflectem as diferenças temporárias entre o montante dos activos e passivos para efeitos de reporte contabilístico e os respectivos montantes para efeitos de tributação. Os activos e passivos por impostos diferidos não são reconhecidos quando as diferenças temporárias resultem de diferenças de consolidação ou do reconhecimento inicial de activos e passivos que não através de operações de concentração empresarial. Os impostos diferidos activos e passivos são calculados e anualmente avaliados às taxas de tributação em vigor ou anunciadas para estarem em vigor à data expectável da reversão das diferenças temporárias. Os activos por impostos diferidos são reconhecidos unicamente quando existem expectativas razoáveis de lucros fiscais futuros suficientes para a sua utilização, ou nas situações em que existam diferenças temporárias tributáveis que compensem as diferenças temporárias dedutíveis no período da sua reversão. Na data de cada balanço é efectuada uma reapreciação das diferenças subjacentes aos activos por impostos diferidos no sentido de reconhecer activos por impostos diferidos não registados anteriormente por não terem preenchido as condições para o seu registo e, ou, para reduzir o montante dos impostos diferidos activos registados em função da expectativa actual da sua recuperação futura. Os impostos diferidos são registados como custo ou proveito do exercício, excepto se resultarem de itens registados directamente em capital próprio, situação em que o imposto diferido é também registado na mesma rubrica.

2.15. Classificação de balanço

Os activos realizáveis e os passivos exigíveis a mais de um ano da data de balanço são classificados, respectivamente, como activos e passivos não correntes. Adicionalmente, pela sua natureza, os impostos diferidos activos e as provisões para riscos e encargos são classificados como activos e passivos não correntes.

2.16. Saldos e transacções expressos em moeda estrangeira

As transacções em outras divisas que não Euro, são registadas às taxas em vigor na data da transacção. Em cada data de balanço, os activos e passivos monetários expressos em moeda

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estrangeira são convertidos para Euro utilizando as taxas de câmbio vigentes naquela data. Activos e passivos não monetários registados de acordo com o seu justo valor denominado em moeda estrangeira são transpostos para Euro utilizando para o efeito a taxa de câmbio em vigor na data em que o justo valor foi determinado. As diferenças de câmbio, favoráveis e desfavoráveis, originadas pelas diferenças entre as taxas de câmbio em vigor na data das transacções e as vigentes na data das cobranças, pagamentos ou à data do balanço, dessas mesmas transacções, são registadas como proveitos e custos na demonstração consolidada de resultados do exercício, excepto aquelas relativas a itens não monetários cuja variação de justo valor seja registada directamente em capital próprio.

2.17. Activos e passivos contingentes Os passivos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras consolidadas, sendo os mesmos divulgados no anexo, a menos que a possibilidade de uma saída de fundos afectando benefícios económicos futuros seja remota, caso em que não são objecto de divulgação. Os activos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras consolidadas mas divulgados no anexo quando é provável a existência de um benefício económico futuro.

2.18. Eventos subsequentes

Os eventos ocorridos após a data do balanço que proporcionem informação adicional sobre condições que existiam à data do balanço (“adjusting events”) são reflectidos nas demonstrações financeiras consolidadas. Os eventos após a data do balanço que proporcionem informação sobre condições que ocorram após a data do balanço (“non adjusting events”), se materiais, são divulgados no anexo às demonstrações financeiras consolidadas.

2.19. Indemnizações pela cessação por mútuo acordo de contratos de trabalho

Os encargos associados a indemnizações pagas a trabalhadores pela cessação por mútuo acordo de contratos de trabalho são registados no exercício em que o respectivo acordo é concluído. Caso o acordo não seja assinado no mesmo período em que produz efeitos, é constituída uma provisão para fazer face às responsabilidades assumidas pelo Grupo.

2.20. Julgamentos e estimativas

As estimativas contabilísticas mais significativas reflectidas nas demonstrações financeiras consolidadas nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2008 e 2007 incluem: a) Vidas úteis do activo tangível e intangível; b) Análises de imparidade das diferenças de consolidação; c) Registo de ajustamentos aos valores do activo e provisões.

As estimativas foram determinadas com base na melhor informação disponível à data da preparação das demonstrações financeiras consolidadas e com base no melhor conhecimento e na experiência de eventos passados e/ou correntes. No entanto, poderão ocorrer situações em períodos subsequentes que, não sendo previsíveis à data, não foram considerados nessas estimativas. As alterações a essas estimativas, que ocorram posteriormente à data das demonstrações financeiras consolidadas, serão corrigidas em resultados de forma prospectiva, conforme disposto pelo IAS 8.

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3. GESTÃO DO RISCO FINANCEIRO

A actividade do Grupo encontra-se exposta a uma variedade de riscos financeiros, tais como o risco de mercado, o risco de crédito e o risco de liquidez. Estes riscos resultam da incerteza subjacente aos mercados financeiros, a qual se reflecte na capacidade de projecção de fluxos de caixa e rendibilidades. A política de gestão dos riscos financeiros do Grupo, procura minimizar eventuais efeitos adversos decorrentes destas incertezas características dos mercados financeiros, recorrendo em determinadas situações a instrumentos derivados de cobertura.

3.1. Risco de mercado

a) Risco de taxa de juro

O risco de taxa de juro é essencialmente resultante de endividamento indexado a taxas variáveis. O endividamento do Grupo encontra-se sobretudo indexado a taxas de juro variáveis, expondo o custo da dívida a um risco de volatilidade. O impacto dessa volatilidade nos resultados e no capital próprio do Grupo não é significativo em virtude do relativo baixo nível de endividamento e da possível correlação entre o nível de taxas de juro de mercado e o crescimento económico, com este a ter efeitos positivos nos resultados operacionais do Grupo, por essa via parcialmente compensando os custos financeiros acrescidos (“natural hedge”). Por considerar que o risco de taxa de juro não é significativo, apenas pontualmente o Grupo utiliza instrumentos derivados para efeitos de cobertura deste risco. A 31 de Dezembro de 2008 e 2007, o Grupo apresenta um endividamento líquido de aproximadamente 64,0 milhões de Euros e 34,3 milhões de Euros, respectivamente, divididos entre empréstimos correntes e não correntes (Notas 18, 19, 20 e 29) e caixa e equivalentes de caixa (Nota 16) contratados junto de diversas instituições. Em 31 de Dezembro de 2007, o valor do endividamento acima referido, não inclui o montante de 48,6 milhões de Euros, pagos aos accionistas em Janeiro de 2008, na sequência da redução de capital deliberada em 29 Novembro de 2007 (Notas 17 e 23). Análise de sensibilidade de taxa de juro A análise de sensibilidade abaixo foi determinada com base na exposição do Grupo a variações na taxa de juro em instrumentos financeiros tendo por referência a estimativa de endividamento médio em 2008. Para os instrumentos financeiros indexados a taxas de juros variáveis, a análise foi preparada considerando-se que as alterações nas taxas de juros de mercado apenas afectam o proveito ou custo financeiro dos instrumentos financeiros indexados a taxas de juros variáveis. Se a taxa de juro tivesse sido 50 pontos base superior e as restantes variáveis mantidas constantes, o resultado financeiro do exercício findo em 31 de Dezembro de 2008 viria diminuído em cerca de 470 mil Euros.

b) Risco de taxa de câmbio

b1) Risco de transacção Na sua actividade operacional, o Grupo realiza transacções diversas expressas em outras moedas que não Euro. Por política, é eleita uma moeda funcional por cada participada, correspondente à moeda do seu ambiente económico principal e aquela que melhor representa a composição dos seus “cash-flows”. Assim, este risco de taxa de câmbio resulta essencialmente de transacções comerciais, decorrentes da compra e venda de produtos e serviços em moeda diferente da moeda funcional de cada negócio.

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A política de gestão de risco de taxa de câmbio de transacção do Grupo procura minimizar ou eliminar esse risco, contribuindo para uma menor sensibilidade dos resultados do Grupo a flutuações cambiais. Sempre que possível, o Grupo procura realizar coberturas naturais dessas exposições cambiais, compensando os créditos concedidos e os créditos recebidos expressos na mesma divisa. Quando tal não é possível, recorre-se a outros instrumentos derivados de cobertura, fundamentalmente “forwards” de taxas de câmbio. Nos casos em que os instrumentos derivados de cobertura, embora contratados com o objectivo específico de cobertura dos riscos cambiais, não se enquadram nos requisitos definidos no IAS 39 para classificação como instrumentos de cobertura, as variações do justo valor afectam directamente a demonstração dos resultados. O Grupo está essencialmente exposto ao risco de variação do câmbio da Libra inglesa e do Zloti polaco. Os valores de balanço de activos e passivos financeiros directamente associados à actividade operacional expressos em outras divisas que não o Euro evidenciam a reduzida exposição do Grupo a este risco de câmbio.

b2) Risco de tradução ou conversão de demonstrações financeiras de entidades estrangeiras Este risco, também chamado de risco contabilístico, traduz o potencial de alteração da situação líquida da casa-mãe por força da necessidade de “traduzir” as demonstrações financeiras das participadas no exterior. A política de gestão do risco de câmbio de tradução do Grupo vai no sentido da apreciação casuística da oportunidade de cobertura deste risco, tendo nomeadamente em consideração as circunstâncias específicas das moedas e países em equação e as estruturas de capital dessas participadas. Conforme mencionado na Nota 2.2 d), os activos e passivos das demonstrações financeiras de entidades estrangeiras são convertidos para Euros utilizando as taxas de câmbio existentes à data do balanço e os custos e proveitos dessas demonstrações financeiras são convertidos para Euros utilizando a taxa de câmbio média do exercício. A diferença cambial resultante é registada no capital próprio na rubrica “Reservas de conversão”.

c) Risco de preço

O preço das principais matérias-primas utilizadas pela ColepCCL está correlacionado com a cotação de “commodities” como o aço, petróleo e alumínio. A evolução do preço das matérias-primas, duma forma mais ou menos imediata, é repercutida no preço de venda aos clientes, pelo que não são usados regularmente instrumento de “hedging” de preço. Apenas em situações específicas, na sequência de acordos com clientes para manutenção de preço de venda por períodos definidos, estes instrumentos são utilizados.

3.2. Risco de crédito

A exposição do Grupo ao risco de crédito está maioritariamente associada às contas a receber decorrentes da sua actividade operacional. O risco de crédito refere-se ao risco da contraparte incumprir com as suas obrigações contratuais, resultando uma perda para o Grupo. O risco de crédito relacionado com a actividade operacional está essencialmente relacionado com dívidas de vendas realizadas e serviços prestados a clientes (Nota 14). A gestão deste risco tem por objectivo garantir a efectiva cobrança dos créditos nos prazos estabelecidos sem afectar o equilíbrio financeiro do Grupo. Este risco é monitorizado numa base regular de negócio, sendo que o objectivo da gestão é (a) limitar o crédito concedido a clientes, considerando o prazo médio de recebimento de cada cliente, (b) monitorar a evolução do nível de crédito concedido, e (c) realizar análise de imparidade aos valores a receber numa base regular.

25

O Grupo não apresenta risco de crédito significativo com algum cliente em particular, ou com algum grupo de clientes com característica semelhantes, na medida em que as contas a receber estão repartidas por diversos clientes, diferentes negócios e diferentes áreas geográficas. O Grupo obtém garantias de crédito, sempre que a situação financeira do cliente assim o recomende. Para os clientes em que o risco de crédito o justifique, essas garantias consubstanciam-se em seguros de crédito e garantias bancárias. Os ajustamentos para contas a receber são calculados considerando-se (a) o perfil de risco do cliente, (b) o prazo de médio de recebimento, o qual difere de negócio para negócio, e (c) a condição financeira do cliente. Os movimentos destes ajustamentos para os exercícios findos a 31 de Dezembro de 2008 e 2007 encontram-se divulgados na Nota 25. A 31 de Dezembro de 2008 e 2007, o Grupo considera que não existe a necessidade de perdas de imparidade adicionais para além dos montantes registados naquelas datas e evidenciados, de forma resumida, na Nota 25. Os montantes relativos aos activos financeiros apresentados nas demonstrações financeiras, os quais se encontram líquidos de imparidades, representam a máxima exposição do Grupo ao risco de crédito.

3.3. Risco de liquidez

O risco de liquidez é definido como sendo o risco de falta de capacidade para liquidar ou cumprir as obrigações no prazo estipulado e a um preço razoável. A existência de liquidez implica que sejam definidos parâmetros de gestão dessa liquidez que permitam maximizar o retorno obtido e minimizar os custos de oportunidade associados à detenção dessa liquidez de forma segura e eficiente. A gestão do risco de liquidez do Grupo tem por objectivo:

- Liquidez – garantir o acesso permanente e de forma eficiente a fundos suficientes para fazer face aos pagamentos correctos nas respectivas datas de vencimento;

- Segurança – minimizar a probabilidade de incumprimento no reembolso de qualquer aplicação de fundos; e

- Eficiência financeira – garantir a minimização do custo de oportunidade da detenção de liquidez excedentária no curto prazo.

O Grupo tem como política compatibilizar os prazos de vencimento de activos e passivos, gerindo as respectivas maturidades de forma equilibrada. Assumindo um papel corporativo de coordenação financeira do Grupo, no âmbito da avaliação de desempenho financeiro das suas participadas, a casa-mãe define objectivos de optimização da sua estrutura de capitais de longo prazo, nomeadamente atendendo às características de risco operacional, capacidade de endividamento e referências sectoriais de cada negócio. Por política, gerindo a sua exposição ao risco liquidez, o Grupo assegura a contratação de instrumentos e facilidades de crédito de diversas naturezas e em montantes adequados à especificidade das necessidades de cada negócio e participada, garantindo níveis confortáveis de folga de liquidez. Também por política, essas facilidades são contratadas sem envolver concessão de garantias. A informação constante neste anexo inclui os montantes em dívida não descontados e os prazos de vencimento foram determinados com base na data mais próxima em que o Grupo pode ser solicitado a liquidar aqueles passivos (“worst case scenario”), no pressuposto do cumprimento de todos os requisitos contratualmente definidos.

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4. ALTERAÇÕES DE POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS E CORRECÇÃO DE ERROS FUNDAMENTAIS Durante os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2008 e 2007 não se verificaram alterações significativas de políticas contabilísticas nem correcções de erros fundamentais.

5. EMPRESAS FILIAIS INCLUÍDAS NA CONSOLIDAÇÃO As empresas filiais incluídas na consolidação, suas sedes sociais e proporção do capital detido em 31 de Dezembro de 2008, são as seguintes:

Nome Sede social

Percentagem do capital detido

Directo Total Empresa mãe

ColepCCL Portugal – Embalagens e Enchimentos, S.A. Vale de Cambra – Portugal

Filiais ColepCCL España, S.A. San Adrian – Espanha 100,00 100,00ColepCCL Navarra, S.A. San Adrian – Espanha - 100,00ColepCCL Polska, Sp. Z.o.o. Kleszczóm – Polónia - 100,00Colep – Energia Unipessoal, Lda. Vale de Cambra – Portugal 100,00 100,00ColepCCL UK Limited Scunthorpe – Inglaterra 100,00 100,00D F Marketing, Limited Scunthorpe – Inglaterra - 100,00ColepCCL Rapid-Spray GmbH Laupheim – Alemanha 100,00 100,00

Estas empresas filiais foram incluídas na consolidação pelo método de consolidação integral, conforme indicado na Nota 2.2.a).

6. INVESTIMENTOS EM ASSOCIADAS

A rubrica “Investimentos” inclui essencialmente a seguinte participação:

Empresa Sede Valor de balanço

% controlo 2008

% controlo 2007

Capital próprio 2007

Resultado líquido 2007

Litarte – Lit. Artística, Lda. V. N. Gaia 175.078 11.33 11,33 1.373.897 157.266

A participação financeira acima mencionada, está registada ao custo de aquisição, sendo estimativa do Conselho de Administração que o seu valor de realização seja superior ao valor de balanço. Esta participação financeira não foi registada pelo seu justo valor por este não ser fiavelmente determinável. Nos exercícios de 2008 e 2007 os dividendos recebidos desta participada ascenderam a 12.500 Euros e 16.546 Euros, respectivamente (Nota 38).

7. EMPRESAS DO GRUPO E ASSOCIADAS EXCLUÍDAS DA CONSOLIDAÇÃO Não existem empresas do Grupo e associadas excluídas da consolidação.

8. IMOBILIZAÇÕES CORPÓREAS Durante os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2008 e 2007, os movimentos ocorridos no valor das imobilizações corpóreas, bem como nas respectivas amortizações e perdas por imparidade acumuladas, foram os seguintes:

2008 Terrenos

e recursos naturais

Edifícios e

outras construções

Equip. básico

Equip. de

transporte

Equip. Administ

Ferramen. e

utensílios

Taras e vasilhame

Outras Imobiliza. corpóreas

Imobiliza. em curso

Adiant. por conta imob.

corporeas

Total

Activo bruto:

Saldo inicial 6.942.081 65.840.872 137.485.260 3.616.195 10.047.045 5.157.594 277.121 2.101.166 16.967.208 - 248.434.542 Efeito conversão cambial (91.103) (2.970.698) (5.857.300) (61.543) (222.633) - - (1.322) (1.014.058) - (10.218.657) Adições - 675.367 10.373.648 444.640 487.241 139.647 25.680 13.677 3.624.780 34.110 15.818.790 Alienações - - (1.189.061) (126.500) (837.386) (147.587) - (161.243) (85.737) - (2.547.514) Abates - - (74.633) (55.052) (7.413) (8.329) - - - - (145.427) Transferências (Nota 10) - 2.981.840 6.061.226 98.223 1.214.294 24.210 188 1.127.713 (12.655.748) - (1.148.054) Saldo final 6.850.978 66.527.381 146.799.140 3.915.963 10.681.148 5.165.535 302.989 3.079.991 6.836.445 34.110 250.193.680

Amortizações e perdas de imparidade acumuladas:

Saldo inicial - 26.016.724 113.761.454 2.078.167 7.120.951 4.859.817 207.340 1.251.879 122.192 - 155.418.524 Efeito conversão cambial - (760.887) (4.666.690) (41.675) (158.642) - - (1.222) - - (5.629.116) Amortização do exercício - 2.912.119 6.977.951 492.963 911.085 137.142 33.480 173.407 - - 11.638.147 Perdas imparidade do exercício - - - - - - - - - - - Alienações - - (1.180.139) (125.614) (837.308) (147.587) - - - - (2.290.648) Transferências - - (223.689) 26.513 197.176 - - 122.192 (122.192) - - Abates - - (65.195) (46.558) (7.413) (8.329) - - - - (127.495) Saldo final - 28.167.956 114.603.692 2.383.796 7.225.849 4.841.043 240.820 1.546.256 - - 159.009.412

Valor líquido 6.850.978 38.359.425 32.195.448 1.532.167 3.455.299 324.492 62.169 1.533.735 6.836.445 34.110 91.184.268

2007 Terrenos

e recursos naturais

Edifícios e outras

construções

Equipamento básico

Equipamento de

transporte

Equipamento administrativo

Ferramentas e utensílios

Taras e vasilhame

Outras imobilizações corpóreas

Imobilizações em curso

Total

Activo bruto: Saldo inicial 6.973.980 62.659.092 132.231.179 3.274.824 9.123.521 5.005.181 249.189 1.618.471 4.089.568 225.225.005 Efeito conversão cambial (32.972) 212.418 (760.902) 34.877 (59.112) - - (9.040) (139.000) (753.731) Adições 1.073 1.741.093 4.859.105 526.733 500.248 109.629 27.932 156.744 17.447.779 25.370.336 Alienações - - (1.120.202) (359.103) (97.625) (461) - (113) - (1.577.504) Abates - - (81.598) - (13.912) - - - - (95.510) Transferências (Nota 10) - 1.228.269 2.357.678 138.864 593.925 43.245 - 26.684 (4.431.139) (42.474) Custos financeiros capitalizados - - - - - - - 308.420 - 308.420 Saldo final 6.942.081 65.840.872 137.485.260 3.616.195 10.047.045 5.157.594 277.121 2.101.166 16.967.208 248.434.542 Amortizações e perdas de imparidade acumuladas:

Saldo inicial - 23.422.578 109.023.762 1.963.946 6.469.475 4.685.599 185.252 1.002.166 122.192 146.874.970 Efeito conversão cambial - (84.615) (511.766) (1.692) (45.909) - - 503 - (643.479) Amortização do exercício - 2.678.761 6.258.218 442.183 805.166 174.515 22.088 249.323 - 10.630.254 Perdas imparidade do exercício - - - - - - - - - - Alienações - - (1.008.760) (326.270) (95.969) (297) - (113) - (1.431.409) Abates - - - - (11.812) - - - - (11.812) Saldo final - 26.016.724 113.761.454 2.078.167 7.120.951 4.859.817 207.340 1.251.879 122.192 155.418.524 Valor líquido 6.942.081 39.824.148 23.723.806 1.538.028 2.926.094 297.777 69.781 849.287 16.845.016 93.016.018

29

Os valores registados, em 31 de Dezembro de 2008 e 2007, na rubrica de transferências correspondem aos valores transferidos de imobilizações corpóreas para incorpóreas (1.148.054 Euros e 42.474 Euros, respectivamente). Em 31 de Dezembro de 2008 e 2007, o valor líquido contabilístico dos bens adquiridos com o recurso a locação financeira apresentava a seguinte decomposição:

31.12.08 31.12.07

Equipamento básico 9.705.993 416.701 Equipamento de transporte 11.977 109.722 Imobilizado em curso - 5.541.130 9.717.970 6.067.553

Em 31 de Dezembro de 2008, o Grupo não tinha hipotecado ou penhorado quaisquer bens de imobilizado. O imobilizado corpóreo em curso apresentava, em 31 de Dezembro de 2008 e 2007, a seguinte composição:

31.12.08 31.12.07 Edifícios e outras construções 2.128.472 3.408.584 Equipamento básico 4.300.942 10.575.247 Equipamento de transporte 41.695 1.550 Equipamento administrativo 210.805 123.443 Ferramentas e utensílios 20.319 - Taras e vasilhames 4.300 - Outras imobilizações corpóreas 129.912 2.736.192

6.836.445 16.845.016

Os adiantamentos por conta de imobilizações corpóreas apresentavam, em 31 de Dezembro de 2008 e 2007, a seguinte composição:

31.12.08 31.12.07

Edifícios e outras construções 34.110 -

34.110 -

9. DIFERENÇAS DE CONSOLIDAÇÃO Durante os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2008 e 2007, não ocorreram quaisquer movimentos nas diferenças de consolidação, bem como nas respectivas perdas de imparidade acumuladas. Em 31 de Dezembro de 2008 e 2007, após a análise das diferenças de consolidação através do método dos “cash-flows” descontados, a Empresa verificou que não existem indícios de imparidade. A rubrica “Diferenças de consolidação” em 31 de Dezembro de 2008 e de 2007 é resumida como segue:

31.12.08 31.12.07 ColepCCL Navarra, S.A. 544.479 544.479 ColepCCL Rapid-Spray GmbH 2.195.355 2.195.355 "CCL CM Europe" 10.282.170 10.282.170

13.022.004 13.022.004

A designação “CCL CM Europe” respeita às filiais adquiridas no inicio de 2004.

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10. IMOBILIZAÇÕES INCORPÓREAS Durante os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2008 e 2007, o movimento ocorrido nas imobilizações incorpóreas, bem como nas respectivas amortizações e perdas por imparidade acumuladas, foi o seguinte:

2008

Despesas de

desenvolvimento Software Imobilizado em curso Total

Activo Bruto: Saldo inicial 1.286.232 3.422.882 1.633.827 6.342.941 Efeito da conversão cambial - (222.236) - (222.228) Adições 7.500 623.725 104.858 736.083 Alienações e abates - 23.967 - 23.967 Transferências (Nota 8) - 2.105.335 (957.281) 1.148.054 Saldo final 1.293.732 5.953.673 781.404 8.028.809 Amortizações e perdas de imparidade acumuladas:

Saldo inicial 1.083.056 2.708.260 - 3.791.316 Efeito da conversão cambial - (36.844) - (36.844) Amortização do exercício 73.788 619.938 - 693.726 Alienações e abates - 23.958 - 23.958 Saldo final 1.156.844 3.315.312 - 4.472.156 Valor líquido 136.888 2.638.361 781.404 3.556.653

2007

Despesas de

desenvolvimento Software Imobilizado em curso Total

Activo Bruto: Saldo inicial 1.094.232 2.747.865 830.087 4.672.184 Efeito da conversão cambial - 1.063 33 1.096 Adições 192.000 633.025 804.245 1.629.270 Alienações e abates - (2.083) - (2.083) Transferências (Nota 8) - 43.012 (538) 42.474 Saldo final 1.286.232 3.422.882 1.633.827 6.342.941 Amortizações e perdas de imparidade acumuladas:

Saldo inicial 852.531 2.421.578 - 3.274.109 Efeito da conversão cambial - 1.072 - 1.072 Amortização do exercício 230.525 287.693 - 518.218 Alienações e abates - (2.083) - (2.083) Saldo final 1.083.056 2.708.260 - 3.791.316 Valor líquido 203.176 714.622 1.633.827 2.551.625

O valor de imobilizado incorpóreo em curso em 31 de Dezembro de 2008 e 2007 refere-se à implementação do sistema de informação SAP nas filiais da Alemanha e Inglaterra e à aquisição de novas licenças de utilização SAP.

31

11. IMPOSTOS DIFERIDOS

O detalhe dos activos e passivos por impostos diferidos em 31 de Dezembro de 2008 e 2007, de acordo com as diferenças temporárias que os geraram, é o seguinte:

Activos por impostos diferidos Passivos por impostos diferidos

31.12.08 31.12.07 31.12.08 31.12.07 Diferença na base tributável do imobilizado 274.828 197.574 (637.617) (309.502) Provisões não aceites fiscalmente 179.635 1.067.166 - - Perdas cambiais não aceites 127.320 22.969 - - Ganhos cambiais não aceites - - (124.439) (18.543) Amortizações de imobilizado não aceites 901.376 1.015.035 (718.391) (677.654) Prejuízos fiscais reportáveis 127.941 - - - Reavaliações livres de imobilizado - - (71.475) (233.619) Reavaliações legais de imobilizado - - (40.910) (54.614) Outras diferenças temporárias 309.057 - (73.085) (21.592) 1.920.157 2.302.744 (1.665.917) (1.315.524)

O movimento ocorrido nos activos e passivos por impostos diferidos nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2008 e 2007 foi como segue:

31.12.08 31.12.07 Saldo inicial 987.220 827.028 Efeito em resultados (Nota 40): Diferença na base tributável do imobilizado (294.837) (70.893) Amortizações de imobilizado não aceites (32.447) 20.084 Ganhos cambiais não aceites - 18.955 Perdas cambiais não aceites - (28.050) Utilização de prejuízos fiscais reportáveis - (270.207) Movimento das provisões não aceites fiscalmente (388.278) 410.741 Reavaliações de imobilizado 13.704 28.249 Variação da taxa - amortizações de imobilizado não aceites - (563) Outras diferenças temporais 88.669 118.290 Sub-total (613.189) 226.606 Efeito em capital: Variação da taxa - reavaliações de imobilizado 127.941 - Sub-total 127.941 - Efeito de conversão cambial (55.268) 28.233 Outros (192.464) (94.647) Saldo final 254.240 987.220

12. OUTROS ACTIVOS NÃO CORRENTES

Em 31 de Dezembro de 2008 e de 2007 esta rubrica tinha a seguinte composição:

31.12.08 31.12.07

Outros investimentos financeiros:

Adiantamento para aquisição investimentos financeiros:

Czewo Full Filling Service GmbH 2.482.445 -

2.482.445 -

2.482.445 -

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13. EXISTÊNCIAS Em 31 de Dezembro de 2008 e 2007 esta rubrica tinha a seguinte composição:

31.12.08 31.12.07 Matérias-primas, subsidiárias e de consumo 24.361.860 35.288.636 Mercadorias 277.210 293.250 Produtos acabados e intermédios 7.967.163 8.362.323 Produtos e trabalhos em curso 8.451.922 8.725.930 41.058.155 52.670.139 Perdas de imparidade acumuladas em existências (Nota 25) (1.276.812) (1.229.338) 39.781.343 51.440.801

Em 31 de Dezembro de 2008 e 2007 os valores das matérias-primas em trânsito ascendem a 581.177 Euros e 2.197.635 Euros, respectivamente.

14. CLIENTES, ESTADO E OUTROS ENTES PÚBLICOS E OUTRAS DIVIDAS DE TERCEIROS Clientes Em 31 de Dezembro de 2008 e 2007 a rubrica “Clientes” tinha a seguinte composição: 31.12.08 31.12.07 Clientes correntes 40.036.823 63.703.260 Clientes, conta letras 5.878 - Clientes de cobrança duvidosa 886.242 1.016.153 40.928.943 64.719.413 Perdas de imparidade acumuladas em contas de clientes (Nota 25) (886.242) (1.016.153) 40.042.701 63.703.260

Em 31 de Dezembro de 2008 e 2007 a antiguidade das dívidas de clientes é como segue:

31.12.08 31.12.07

Saldo não vencido 32.434.815 58.104.128

Saldo vencido

Entre 0 e 90 dias 7.266.123 4.166.939

Entre 90 e 180 dias 204.218 544.639

Há mais de 180 dias 137.545 887.554

40.042.701 63.703.260

Estado e outros entes públicos Em 31 de Dezembro de 2008 e 2007, a rubrica “Estado e outros entes públicos” tinha a seguinte composição:

31.12.08 31.12.07 Imposto sobre o rendimento 1.341.827 480.618 Imposto sobre o valor acrescentado 3.805.219 2.943.072 Outros 52.250 6.533

5.199.296 3.430.223

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Outras dívidas de terceiros Em 31 de Dezembro de 2008 e 2007, a rubrica “Outras dívidas de terceiros” tinha a seguinte composição:

31.12.08 31.12.07 Outros devedores 746.812 1.136.963 Adiantamentos a fornecedores 703.402 1.391.822 Adiantamentos a fornecedores de imobilizado - 146.093 1.450.214 2.674.878 Perdas de imparidade acumuladas em outras dívidas de terceiros (Nota 25) (66.520) (64.508)

1.383.694 2.610.370

Em 31 de Dezembro de 2008 e 2007 a antiguidade das dívidas da rubrica “Outras de terceiros” é como segue:

31.12.08 31.12.07

Saldo não vencido 1.038.607 2.404.448

Saldo vencido

De 60 a 90 dias 103.079 -

De 90 a 120 dias 6.030 -

Há mais de 120 dias 235.979 205.922

1.383.694 2.610.370

A exposição do Grupo ao risco de crédito é atribuível às contas a receber da sua actividade operacional. Os montantes apresentados no balanço encontram-se líquidos das perdas acumuladas por imparidade para cobranças duvidosas que foram estimadas pelo Grupo de acordo com a sua experiência e com base na sua avaliação da conjuntura e envolvente económica.

15. OUTROS ACTIVOS CORRENTES Em 31 de Dezembro de 2008 e 2007 esta rubrica tinha a seguinte composição:

31.12.08 31.12.07 Créditos a efectuar pelos fornecedores 382.648 623.454 Juros 8.265 10.853 Seguros pagos antecipadamente 310.292 357.984 Rendas pagas antecipadamente 87.444 79.939 Trabalhos especializados 111 58.415 Outros custos diferidos 869.880 602.125 1.658.640 1.732.770

16. CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA Em 31 de Dezembro de 2008 e 2007 o detalhe de caixa e seus equivalentes era o seguinte:

31.12.08 31.12.07 Numerário 34.056 21.948 Depósitos bancários imediatamente mobilizáveis 4.525.062 6.870.295 Caixa e equivalentes de caixa 4.559.118 6.892.243 Descobertos bancários (Nota 18) (9.071.358) (12.463.850) (4.512.240) (5.571.607)

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A rubrica de “Caixa e equivalentes de caixa” compreende os valores de caixa, depósitos imediatamente mobilizáveis, aplicações de tesouraria e depósitos a prazo com vencimento a menos de três meses, mas imediatamente mobilizáveis com alteração de valor insignificante. Em descobertos bancários estão registados os saldos credores de contas correntes com instituições financeiras.

17. CAPITAL SOCIAL E RESERVAS Em 31 de Dezembro de 2008, a empresa era detida em 60% pela RAR – Sociedade de Controle (Holding), S. A e em 40% pela CREATING IDEAS – Estudos e Inovação, S.A.. Durante o exercício de 2007 a CCL Industries (UK) Limited alienou a sua participação, tendo a mesma sido adquirida pela CREATING IDEAS – Estudos e Inovação, S.A., empresa integralmente detida pela RAR – Sociedade de Controle (Holding), S.A.. Em 20 de Novembro de 2007, procedeu-se a um aumento do capital social de 37.863.560 Euros para 73.568.445 Euros (registado em 22 de Novembro de 2007), por incorporação de reservas de reavaliação realizadas no montante de 863.019 Euros, de prémios de emissão enquadrados no regime de reserva legal no montante de 32.758.693 Euros, e de resultados transitados no montante de 2.083.173 Euros, através da emissão de 35.704.885 novas acções ordinárias, nominativas, escriturais, de valor nominal de 1 Euro cada. Este aumento de capital foi subscrito pelas accionistas, na proporção das acções anteriormente detidas, tendo subscrito a RAR – Sociedade de Controle (Holding), S. A. 21.422.931 novas acções e a CREATING IDEAS – Estudos e Inovação, S.A. 14.281.954 acções. Em 29 de Novembro de 2007, foi deliberada uma redução do capital social (registada em 3 de Dezembro de 2007) no montante de 48.568.445 Euros (a distribuir aos accionistas apenas em Janeiro de 2008, de acordo com os requisitos estabelecidos no Código das Sociedades Comerciais – Nota 22), passando o mesmo a ter o valor de 25.000.000 Euros, representado por 78.125.000 acções de valor nominal de 0,32 Euros. A diminuição do capital social foi concretizada por meio de redução do valor nominal das acções de 1 Euro para 0,32 Euros cada, e a emissão simultânea de 78.125.000 acções de valor nominal de 0,32 Euros, para substituição das 73.568.445 acções existentes, passando em consequência disso a RAR – Sociedade de Controle (Holding), S.A. a deter 46.875.000 acções (60% do capital social) e a CREATING IDEAS – Estudos e Inovação, S.A. a deter 31.250.000 acções (40% do capital social). A rubrica “Reservas de reavaliação” resulta da reavaliação do imobilizado corpóreo efectuada nos termos da legislação aplicável e no âmbito das reavaliações extraordinárias. De acordo com a legislação vigente e as práticas contabilísticas seguidas em Portugal, estas reservas não são distribuíveis aos accionistas podendo apenas, em determinadas circunstâncias, ser utilizadas em futuros aumentos de capital da Empresa ou em situações específicas na legislação. A legislação comercial estabelece que, pelo menos, 5% do resultado líquido anual tem de ser destinado ao reforço da reserva legal até que esta represente pelo menos 20% do capital. Esta reserva não é distribuível a não ser em caso de liquidação da Empresa, podendo ser utilizada para absorver prejuízos depois de esgotadas as outras reservas ou incorporada no capital.

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18. EMPRÉSTIMOS BANCÁRIOS Em 31 de Dezembro de 2008 e 2007 os empréstimos bancários obtidos tinham o seguinte detalhe:

Entidade financiadora

31.12.08 31.12.07

Limite Montante utilizado Limite Montante utilizado

Taxa de juro

Última prestação

Periodicidade da

amortização

Corrente Não corrente

Corrente Não corrente

Sparkasse 1.680.000 240.000 - 1.680.000 1.920.000 5,778% Fev-10 Mensal API - - - 218.319 - 0,000% Nov-08 Única 1.680.000 240.000 1.898.319 1.920.000 Descobertos bancários 9.071.358 - 12.463.850 - 10.751.358 240.000 14.362.169 1.920.000

Em 31 de Dezembro de 2008, os empréstimos bancários tinham o seguinte plano de reembolso e pagamento de juros previsto:

31.12.2008

Taxa de juro efectiva média

2009

2010

Total

Amortização 1.680.000 240.000 1.920.000

Juros 5,778% 52.580 1.637 54.217

1.732.580 241.637 1.974.217

19. CREDORES POR LOCAÇÕES FINANCEIRAS Em 31 de Dezembro de 2008 e 2007 esta rubrica tinha a seguinte composição:

Pagamentos mínimos da locação

financeira

Valor presente dos pagamentos mínimos da locação financeira

31.12.08 31.12.07 31.12.08 31.12.07

Montantes a pagar por locações financeiras: 2008 - 1.093.794 - 869.502 2009 1.874.154 991.266 1.383.662 752.803 2010 1.863.438 981.069 1.445.658 780.344 2011 1.861.156 978.770 1.519.477 816.909 2012 1.861.156 978.770 1.599.555 857.685 2013 1.861.156 978.770 1.683.855 900.497 2014 1.822.370 940.848 1.733.813 907.524

2015 694.330 126.113 681.336 124.600

11.837.760 7.069.400 10.047.356 6.009.864 Juros futuros (1.790.404) (1.059.536) - - 10.047.356 6.009.864 10.047.356 6.009.864 Componente de curto prazo (1.383.662) (869.501) Credores por locações financeiras - líquidos da parcela de curto prazo 8.663.694 5.140.363

Os contratos de locação financeira vencem juros a taxas de mercado e têm períodos de vida definidos. Em 31 de Dezembro de 2008, o justo valor das obrigações financeiras em contratos de locação financeira corresponde, aproximadamente, ao seu valor contabilístico.

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As obrigações financeiras por locações são garantidas pela reserva de propriedade dos bens locados. Os contratos de locação financeira respeitam essencialmente a equipamento básico (Nota 8). No quadro acima entende-se que a diferença entre os pagamentos mínimos da locação financeira (somatório das rendas futuras) e o valor presente dos pagamentos mínimos da locação financeira (somatório das rendas futuras excluindo o montante de juros) corresponde ao valor de juros a pagar.

20. OUTROS EMPRÉSTIMOS Em 31 de Dezembro de 2008 e 2007 os outros empréstimos obtidos tinham o seguinte detalhe:

31.12.08

Emissão Valor nominal da emissão Corrente

Não corrente

Juros e comissões Vencimento

Taxa de juro

Contrato BNP: 37ª Emissão 11.000.000 - 11.000.000 19.983 12.01.2009 3,2700% Custos Programa 20.000.000 - - 19.546 14.02.2010 - Contrato sindicato: Banco Santander 88ª Emissão 18.000.000 - 18.000.000 (28.045) 19.01.2009 3,1240% 89ª Emissão 11.000.000 - 11.000.000 (24.688) 28.01.2009 3,0000% Custos Programa 40.000.000 - - (21.791) 14.02.2010 - Banco Bilbao Vizcaya Custos Programa 20.000.000 - - 15.734 02.07.2013 - Barclays Bank 7ª Emissão* 710.824 - 710.824 1.287 09.01.2009 3,1150% 8ª Emissão* 1.161.005 - 1.161.005 868 09.01.2009 2,6970% 9ª Emissão* 656.220 - 656.220 145 09.01.2009 2,6170% Custos Programa 20.000.000 - - (2.000) 25.08.2013 - Actualização cambial - - (67.157) - - - Barclays Bank Custos Programa 1.250.000 - - (470) 02.08.2013 - Caixa Central Credito Agrícola 1ª Emissão 3.000.000 - 3.000.000 (5.290) 19.01.2009 3,4230% Custos Programa 5.000.000 - - (704) 27.11.2013 - BPI Custos Programa 15.000.000 - - (1.688) 28.07.2013 - 45.460.892 (27.113)

Valor contabilístico do papel comercial 45.433.779

(*) Financiamento em GBP. No final do exercício é efectuada a conversão de acordo com a taxa de câmbio nesta data.

31.12.07

Emissão

Valor nominal da emissão

Corrente Não corrente

Juros e comissões

Vencimento Taxa de juro

Contrato BNP: 20ª Emissão 8.000.000 - 8.000.000 22.898 12.03.2008 5,1520% Custos Programa 20.000.000 - - 11.226 14.02.2010 - Contrato sindicato: Banco Santander 49ª Emissão 4.000.000 - 4.000.000 (7.755) 15.01.2008 4,6900% 50ª Emissão 7.000.000 - 7.000.000 (21.901) 24.01.2008 4,7300% Custos Programa 40.000.000 - - (33.817) 14.02.2010 - - 19.000.000 (29.349)

Valor contabilístico do papel comercial 18.970.651

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O saldo das emissões de papel comercial, classificado como “Outros empréstimos” no passivo não corrente em 31 de Dezembro de 2008 e 2007, está subjacente aos seguintes programas de emissão de papel comercial:

31.12.2008 31.12.2007 Montante total do

programa Validade Montante total do programa Validade

40.000.000 Fevereiro de 2010 40.000.000 Fevereiro de 2010

20.000.000 Fevereiro de 2010 20.000.000 Fevereiro de 2010

20.000.000 Julho de 2013 - -

15.000.000 Julho de 2013 - -

20.000.000 Agosto de 2013 - -

1.250.000 Agosto de 2013* - -

5.000.000 Novembro de 2013* - -

*Estes contratos contemplam a possibilidade de denúncia, numa base anual, por qualquer das partes.

De acordo com as condições dos contratos, as emissões podem ser efectuadas até um ano, até ao limite dos montantes contratados, tendo as instituições financeiras, assumido a garantia de colocação integral de cada emissão a efectuar no âmbito dos referidos contratos de programa. É intenção do Conselho de Administração utilizar os programas acima referidos num período superior a 12 meses. O valor contabilístico do papel comercial corresponde ao valor nominal da dívida deduzido dos custos associados à estrutura de financiamento, diferidos até à maturidade do programa. Nas demonstrações dos fluxos de caixa os valores respeitantes a pagamentos e recebimentos destes empréstimos estão reflectidos por programa. Em 31 de Dezembro de 2008 e 2007, os programas de papel comercial classificados como não correntes tinham o seguinte plano de reembolso e pagamento de juros previsto:

31.12.2008

Taxa de juro efectiva média

2009

2010

2011

2012

2013

Total

Amortização - 40.000.000 - - 5.460.892 45.460.892

Juros 3,131% 1.423.259 325.598 171.239 171.239 137.635 2.228.971

1.423.259 40.325.598 171.239 171.239 5.598.527 47.689.863

31.12.2007 Taxa de juro efectiva média 2008 2009 2010 Total

Amortização - - 19.000.000 19.000.000

Juros 4,899% 930.860 930.860 155.143 2.016.863

930.860 930.860 19.155.143 21.016.863

21. INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVADOS A ColepCCL Portugal utilizou durante o exercício de 2008, derivados da taxa de câmbio por forma a efectuar a cobertura de fluxos de caixa futuros. Desta forma, contrataram-se diversos “forwards” de taxa de câmbio e opções de compra e venda de divisas, de forma a gerir o risco da taxa de câmbio a que está exposta.

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Face à natureza e montantes destas operações e ao objectivo das mesmas, o impacto nas demonstrações financeiras não foi materialmente relevante. Os contratos de cobertura de taxa de câmbio em aberto à data de 31 de Dezembro de 2008 eram os seguintes:

Moeda Nacional em moeda Vencimento Taxa contratada Justo valor

Dólar americano 720.000 23.04.2009 1,3401 (17.467)

22. FORNECEDORES Em 31 de Dezembro de 2008 e 2007 a rubrica “Fornecedores” tinham o seguinte detalhe:

31.12.08 31.12.07 Fornecedores, conta corrente 43.819.137 54.245.801 Fornecedores, facturas em recepção e conferência 1.562.657 3.327.177 Fornecedores, valores à consignação 121.295 288.427 45.503.089 57.861.405

Em 31 de Dezembro de 2008 e 2007 esta rubrica respeitava a valores a pagar resultantes de aquisições decorrentes do curso normal das actividades do Grupo. O perfil de maturidade destes passivos financeiros é o seguinte:

31.12.08 31.12.07

Até 3 meses 37.509.877 48.454.906

Entre 3 e 4 meses 2.641.583 4.027.144

Há mais de 4 meses 5.351.629 5.379.355

45.503.089 57.861.405

23. OUTRAS DÍVIDAS A TERCEIROS E ESTADO E OUTROS ENTES PÚBLICOS Em 31 de Dezembro de 2008 e 2007 a rubrica “Outras dívidas a terceiros” tinha a seguinte composição:

31.12.08 31.12.07 Empresas do Grupo (Nota 29) - 48.568.445 Fornecedores de imobilizado 1.069.838 1.146.750 Adiantamentos de clientes - 55.687 Outros credores 1.954.162 1.242.673 3.024.000 51.013.555

Os valores registados em “Outros credores” dizem respeito, essencialmente, a provisões para pagamentos a fornecedores. Em 31 de Dezembro de 2007, o valor da rubrica “Empresas do Grupo” corresponde ao valor a pagar aos accionistas em Janeiro de 2008, na sequência da deliberação da redução de capital (Nota 17).

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Em 31 de Dezembro de 2008 e 2007 a antiguidade das dívidas é como segue:

31.12.08 31.12.07

Saldo não vencido 749.419 51.003.927

Saldo vencido

Até 90 dias 2.239.208 9.628

Entre 90 e 120 dias 7.153 -

Há mais de 120 dias 28.220 -

3.024.000 51.013.555

Em 31 de Dezembro de 2008 e 2007 a rubrica “Estado e outros entes públicos” tinha a seguinte composição:

31.12.08 31.12.07 Imposto sobre o rendimento 113.817 2.384.339 Imposto sobre o valor acrescentado 201.534 30.439 Contribuições para a segurança social 687.987 750.805 Retenções de imposto sobre o rendimento 362.389 371.385 Outros 4.651 2 1.370.378 3.536.970

24. OUTROS PASSIVOS CORRENTES Em 31 de Dezembro de 2008 e 2007 esta rubrica tinha a seguinte composição:

31.12.08 31.12.07 Custos a pagar:

Seguros a pagar 99.969 82.765 Remunerações a liquidar 3.850.457 4.858.576 Juros a pagar 21.877 16.129 Créditos a efectuar a clientes - 795.859 Conservação e reparação - 127.983 Trabalhos especializados 228.756 289.238 Outros fornecimentos e serviços externos 265.920 1.642.765 Descontos/rappel a conceder 535.154 1.104.797 Outros custos a pagar 332.760 519.303

5.334.893 9.437.415 Proveitos diferidos:

Receitas antecipadas de clientes 475.751 - Subsídios ao investimento 106.761 207.668 Outros proveitos diferidos 58.363 -

640.875 207.668 5.975.768 9.645.083

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25. PROVISÕES E PERDAS DE IMPARIDADE ACUMULADAS O movimento ocorrido nas provisões e nas perdas de imparidade acumuladas durante os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2008 e 2007 foi o seguinte: Rubricas Saldo inicial 31.12.07 Variação

cambial Reforço Utilização Redução Saldo final 31.12.08

Provisões para outros riscos e encargos 350.000 7.891 - - - 357.891

Perdas de imparidade acumuladas em existências (Nota 13) 1.229.338 (120.835) 853.414 - (685.105) 1.276.812

Perdas de imparidade acumuladas em clientes (Nota 14) 1.016.153

(18.682) 74.503 (63.923) (121.809) 886.242

Perdas de imparidade acumuladas em outras dívidas de terceiros (Nota 14) 64.508 - 2.012 - - 66.520

2.659.999 (131.626) 929.929 (63.923) (806.914) 2.587.465

Rubricas Saldo inicial

31.12.06 Variação cambial

Reforço Utilização Redução Saldo final 31.12.07

Provisões para outros riscos e encargos 830.573 (57.953) 350.000 - (772.620) 350.000

Perdas de imparidade acumuladas em existências (Nota 13) 1.362.435 (19.374) 214.038 - (327.761) 1.229.338

Perdas de imparidade acumuladas em clientes (Nota 14) 1.019.454 (17.147) 54.838 - (40.992) 1.016.153

Perdas de imparidade acumuladas em outras dívidas de terceiros (Nota 14) 64.508 - - - - 64.508

3.276.970 (94.473) 618.875 - (1.141.373) 2.659.999

As perdas de imparidade relativas a existências são incorporadas no custo das existências (Nota 32) e na variação da produção (Nota 33).

26. ACTIVOS E PASSIVOS CONTINGENTES Garantias prestadas

31.12.08 31.12.07 Alfândega do Porto 124.699 124.699 Alfândega de Aveiro 50.000 50.000 Companhia Siderúrgica Nacional (Brasil) - 4.750.000 Repartição de finanças de Vale de Cambra 3.221.411 3.221.411 Plazadouro – Investimentos Imobiliários, S.A. 83.700 - 3.479.810 8.146.110

As garantias prestadas a favor da Repartição de finanças de Vale de Cambra têm por base liquidações adicionais de imposto, as quais foram impugnadas judicialmente. Neste montante inclui-se a garantia bancária prestada na sequência das liquidações adicionais recebidas em 2005 e 2006, abaixo mencionadas.

Processos em contencioso Em 20 de Dezembro de 2006 e 2005, a ColepCCL Portugal foi notificada de duas liquidações adicionais em sede de imposto sobre o rendimento das pessoas colectivas nos montantes de 1.628.542 Euros e 1.136.030 Euros relativas aos exercícios de 2002 e 2001, respectivamente. Estas liquidações surgem na sequência de inspecções tributárias efectuadas pela Administração Tributária e são compostas por dois tipos de correcções: (i) correcções à matéria tributável decorrentes da não aceitação fiscal de custos referentes ao pagamento de comissões a uma

41

sociedade não residente, que implicaram acréscimos de 533.022 Euros e 388.505 Euros às colectas e correspondentes derramas de 2002 e 2001, respectivamente; e (ii) tributação autónoma das referidas comissões, a título de despesas confidenciais ou não documentadas, nos montantes de 852.337 Euros e 584.611 Euros relativos aos exercícios de 2002 e 2001, respectivamente. Adicionalmente, em Abril de 2007, a SIEL, SGPS, S.A. (enquanto sociedade dominante do perímetro fiscal que a ColepCCL Portugal integrava em 2003) foi notificada de uma liquidação adicional em sede de imposto sobre o rendimento das pessoas colectivas no montante de 288.458 Euros (excluindo juros compensatórios) relativa a situação similar no exercício de 2003. O Conselho de Administração considera que a fundamentação apresentada pela administração tributária relativamente a aquele assunto não está de acordo com a legislação portuguesa, pelo que apresentou impugnações judiciais para as liquidações adicionais relativas aos exercícios de 2001 e 2003. Consequentemente, não foi constituída qualquer provisão para estas situações.

27. COMPROMISSOS ASSUMIDOS E NÃO REFLECTIDOS NO BALANÇO

Em 31 de Dezembro de 2008 e 2007 o Grupo não tinha assumido compromissos não reflectidos no balanço.

28. LOCAÇÕES OPERACIONAIS Durante o exercício de 2008 foi reconhecido como custo do exercício o montante de 583.266 Euros (818.024 Euros durante 2007) relativo a rendas pagas a título de contratos de locação operacional. Adicionalmente, à data de balanço o Grupo detinha contratos irrevogáveis de locação operacional, cujas rendas vencem como segue:

31.12.08 31.12.07 Vencíveis em 2008 - 714.764 Vencíveis em 2009 573.700 640.590 Vencíveis em 2010 348.375 330.799 Vencíveis após 2010 927.991 1.015.040 1.850.066 2.701.193

29. PARTES RELACIONADAS

Os saldos e transacções efectuados com entidades relacionadas durante os exercícios de 2008 e 2007 podem ser detalhados como segue:

Transacções Vendas e prestação de serviços Compras e serviços

obtidos

Juros pagos

31.12.08 31.12.07 31.12.08 31.12.07 31.12.08 31.12.07 Centrar – Centro Serv. Gestão, S.A. - - 312.096 361.640 - - Comp–RAR - Central de Compras, S. A. - - 43.041 - - -

Geotur – Viagens e Turismo, S.A. - - 129.948 91.843 - -

Imperial – Produtos Alimentares, S.A. 152.103 148.953 868 2.710 - -

RAR Imobiliária, S.A. - - 15.000 - - - RAR – Serv. Assistência Clínica, Lda. - - 309.098 307.180 - - RAR – Soc. Controle (Holding), S.A. - - 2.568.070 3.207.488 244.395 1.087 RARTransportes, Lda. - - 248.109 1.123.257 - -

152.103 148.953 3.626.230 5.094.118 244.395 1.087

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Saldos Contas a receber Contas a pagar

31.12.08 31.12.07 31.12.08 31.12.07 Centrar – Centro Serv. Gestão, S.A. - - 2.295 8.166 Geotur – Viagens e Turismo, S.A. - - 6.484 9.346 Imperial – Produtos Alimentares, S.A. 65.323 54.448 - - RAR – Serv. Assistência Clínica, Lda. - - 20.255 10.400 RAR – Sociedade de Controle (Holding), S.A. - - 58.253 27.157 RARTransportes, Lda. - 1.029 3.258 51.360 RAR Imobiliária, S.A. - - 18.000 -

65.323 55.477 108.545 106.429

Saldos Empréstimos obtidos Outras dívidas a pagar

31.12.08 31.12.07 31.12.08 31.12.07 RAR – Soc. de Controle (Holding), S.A. 2.000.000 2.000.000 - 29.141.067 CREATING IDEAS – Estudos e Inovação, S.A. - - - 19.427.378

2.000.000 2.000.000 - 48.568.445

O montante incluido em “Outras dívidas a pagar” no ano de 2007 corresponde ao valor a pagar aos accionistas, na sequência da redução de capital (Nota 23). Os movimentos da rubrica “Empréstimos obtidos” podem ser detalhados conforme segue:

Empréstimos obtidos: Saldo 31.12.07

Aumentos

Diminuições

Saldo 31.12.08

Taxa de juro em vigor no exercício

Data de

reembolso

RAR – Soc. de Controle (Holding), S.A. 2.000.000 - - 2.000.000 5,9542% 28.12.2012

2.000.000 - - 2.000.0000

As remunerações pagas às administrações da empresa mãe e das empresas subsidiárias podem ser decompostas como segue:

31.12.08 31.12.07 Remuneração fixa 467.283 723.027 Remuneração variável 498.015 427.046 965.298 1.150.073

30. VENDAS E PRESTAÇÕES DE SERVIÇOS

As vendas e as prestações de serviços nos exercícios de 2008 e 2007 foram como segue:

31.12.08 31.12.07 Vendas: Mercado interno 40.528.766 41.574.030 Mercado externo 312.249.092 333.433.407 352.777.858 375.007.437

Prestações de serviços: Mercado interno - 94.920 Mercado externo 659.275 41.815 353.437.134 136.735

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31. OUTROS PROVEITOS OPERACIONAIS A repartição dos outros proveitos operacionais nos exercícios de 2008 e 2007 é a seguinte:

31.12.08 31.12.07 Proveitos suplementares 82.421 237.694 Benefícios de penalidades contratuais 6.181 - Subsídios à exploração 2.813 134.066 Ganhos na alienação de imobilizado 581.440 55.288 Descontos de pronto pagamento obtidos 133.132 16.605 Diferenças de câmbio favoráveis 8.061.526 2.637.019 Outros 128.240 919.318 8.995.753 3.999.990

Em Novembro de 2003, a ColepCCL Portugal celebrou um Contrato de Concessão de Incentivos Financeiros no âmbito do Sistema de Incentivos à Modernização Empresarial (SIME) com a Agência Portuguesa para o Investimento, E.P.E., o qual contemplava um incentivo reembolsável, que poderia via a ser transformado em prémio de realização, a determinar de acordo com a avaliação de desempenho. Em 2007, e de acordo com o definido contratualmente, foi efectuada a primeira avaliação intercalar, com base nos resultados apurados até 31 de Dezembro de 2006. Na sequência desta avaliação foi atribuído, em Novembro de 2007, o prémio de realização no montante de 536.521 Euros, correspondente a 30% do valor do prémio apurado. Este prémio de realização está incluído na rubrica “Outros”. De acordo com as condições contratuais este prémio de realização terá de ser afecto a reservas e convertido em capital, no prazo máximo de dois anos contados da data de atribuição.

32. CUSTO DAS VENDAS

A rubrica “Custo das vendas” nos exercícios de 2008 e 2007 pode ser detalhada como segue:

31.12.08 31.12.07

Mercadorias

Matérias-primas, subsidiárias e de

consumo e custos de distribuição

Mercadorias

Matérias-primas, subsidiárias e de consumo e custos de distribuição

Existências iniciais 293.250 34.677.884 359.157 24.641.530

Compras 110.590 226.189.952 409.449 260.900.382

Existências finais 277.210 24.361.860 293.250 34.677.884

Perdas de imparidade 16.429 86.124 - 93.316

Custos do exercício 143.060 236.592.100 475.356 250.957.344

33. VARIAÇÃO DA PRODUÇÃO

Em 31 de Dezembro de 2008 e 2007, esta rubrica inclui um valor de Euros 65.756 e (207.039) Euros, respectivamente de perdas de imparidade relativas a produtos acabados.

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34. FORNECIMENTOS E SERVIÇOS EXTERNOS

Principais rubricas de “Fornecimentos e serviços externos” nos exercícios de 2008 e 2007:

31.12.08 31.12.07

Subcontratos, electricidade e combustíveis 6.339.625 6.530.304

Rendas e alugueres 3.336.894 2.779.515

Transportes de mercadorias 5.626.104 6.638.338

Deslocações e estadas 2.643.522 3.018.316

Conservação e reparação 5.943.531 5.586.389

Trabalhos especializados / Honorários 5.145.413 6.534.723

Outros 6.541.091 5.899.058

35.576.180 36.986.643

35. CUSTOS COM PESSOAL

A rubrica “Custos com pessoal” nos exercícios de 2008 e 2007 pode ser detalhada como segue:

31.12.08 31.12.07

Remunerações e encargos sobre remunerações 42.116.612 42.189.436 Encargos com saúde 683.902 669.466

Formação 448.600 594.439

Indemnizações 86.053 637.305

Outros custos com pessoal 2.424.251 2.983.813 45.759.418 47.074.459

N.º médio de pessoas 2.106 2.033

O saldo da rubrica de “Outros custos com pessoal” inclui gratificações a colaboradores.

36. OUTROS CUSTOS OPERACIONAIS A rubrica “Outros custos operacionais” nos exercícios de 2008 e 2007 pode ser detalhada como segue:

31.12.08 31.12.07 Impostos:

Imposto municipal sobre imóveis 372.803 286.623 Imposto selo 8.824 24.666 Outros impostos 141.370 115.034

Perdas na alienação de imobilizado 2.863 41.689 Diferenças de câmbio desfavoráveis 9.778.044 3.045.010 Trabalhos para a própria empresa (297.024) (326.399) Descontos de pronto pagamento concedidos 231.047 242.284 Serviços bancários 50.862 42.356 Outros 316.411 223.536 10.605.200 3.694.799

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37. RESULTADOS FINANCEIROS

Os resultados financeiros têm a seguinte composição:

31.12.08 31.12.07 Custos e perdas: Juros suportados:

Relativos a descobertos e empréstimos bancários 1.619.081 953.148 Relativos a papel comercial 2.642.651 1.189.788 Relativos a contratos de locação financeira 398.590 6.105 Relativos a empréstimos de empresas grupo ( Nota 29) 244.395 1.087 Outros 22.686 57

4.927.403 2.150.185 Diferenças de câmbio desfavoráveis 1.627.315 937.208 Outros custos com papel comercial 188.291 122.253 Outros custos e perdas financeiras 185.338 148.675 6.928.347 3.358.321 Resultados financeiros (6.711.794) (2.749.437) 216.553 608.884

Proveitos e ganhos:

Juros obtidos 127.343 116.273 Diferenças de câmbio favoráveis 89.210 488.933 Outros proveitos e ganhos financeiros - 3.678 216.553 608.884

38. RESULTADOS RELATIVOS A INVESTIMENTOS

Os resultados relativos a investimentos têm a seguinte composição

31.12.08 31.12.07 Dividendos da Litarte 12.500 16.546 12.500 16.546

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39. IMPOSTOS SOBRE O RENDIMENTO Os impostos sobre o rendimento reconhecidos nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2008 e 2007 são detalhados como segue:

31.12.08 31.12.07 Imposto corrente 3.208.082 6.872.089 Imposto diferido (Nota 11) 613.189 (226.606) 3.821.271 6.645.483

A reconciliação do resultado antes de imposto com o imposto do exercício é como segue:

31.12.08 31.12.07 Resultado consolidado antes de impostos 16.022.793 27.690.447 Impacto líquido em resultados da aplicação dos IFRS (814.879) (436.820) Ajustamentos de consolidação:

Dividendos recebidos de empresas associadas 8.434.551 4.011.561 Outros ajustamentos 593.854 (24.263)

Resultado base para cálculo de imposto 24.236.319 31.240.925 Proveitos não tributáveis:

Ganhos não realizados em imobilizado corpóreo (281.276) (191.260) Menos-valias fiscais - (1.666.695) Reversão de provisões (123.497) (49.369) Eliminação da dupla tributação - (16.546) Restituição de impostos - (17.305) Dividendos recebidos de empresas do Grupo (8.434.551) (4.011.561) Rendimentos nos termos do artigo 46º (12.500) - Insuficiência para estimativa de impostos (777.372) - Benefícios fiscais (767.581) (949.345) Outros (509.739) (424.869) (10.906.516) (7.326.950) Custos não dedutíveis para efeitos fiscais:

Reintegrações e amortizações não aceites como custos 127.437 108.825 40% do aumento das reintegrações resultantes da reav. imob. corpóreo 50.893 50.892 Perdas não realizadas em imobilizado corpóreo 8.693 450.460 Mais-valias fiscais 136.001 15.171 Constituição de provisões 131.573 128.635 Donativos não previstos ou para além dos limites legais 10.680 3.330 Multas e coimas - 4.274 Provisões para gratificações a colaboradores - 1.206.021 IRC e outros impostos - 1.495 Juros de exercícios anteriores - - Outros 1.340.591 88.574 1.805.868 2.057.677 Lucro tributável 15.135.671 25.971.652 Taxa média de imposto sobre o rendimento 25,94% 26,40% Imposto calculado 3.926.226 6.856.344 Tributação autónoma 59.008 31.554 Impostos diferidos (Nota 11) 613.189 (226.606) Excesso/insuficiência de estimativa de imposto de anos anteriores (777.152) (15.809) Imposto sobre o rendimento 3.821.271 6.645.483

Na rubrica “Benefícios fiscais” está incluído o impacto da criação de novos postos de trabalho pela empresa mãe (em 2008 e 2007).

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Em 31 de Dezembro de 2008 e 2007, o benefício fiscal associado à criação de novos postos de trabalho pela ColepCCL Portugal permitiu uma redução do lucro fiscal de 754.903 Euros e 835.439 Euros, respectivamente.

40. RESULTADOS POR ACÇÃO Os resultados por acção do exercício, incluindo o efeito das operações em descontinuação, foram calculados tendo em consideração os seguintes montantes: 31.12.08 31.12.07 Resultado Resultado para efeito de cálculo do resultado líquido por acção básico (resultado líquido do exercício) 12.201.522

21.044.964

Resultado para efeito do cálculo do resultado líquido por acção diluído 12.201.522 21.044.964

Número de acções Número médio ponderado de acções para efeito de cálculo do resultado líquido por acção básico 78.125.000

78.125.000

Número médio ponderado de acções para efeito de cálculo do resultado líquido por acção diluído 78.125.000

78.125.000

41. DIVIDENDOS Durante o exercício de 2008 e tendo em conta a redução de capital deliberada em 2007, não foi pago qualquer dividendo relativamente ao exercício de 2007. Relativamente ao exercício de 2008 e tendo em conta a aquisição da Czewo concretizada em 2 de Janeiro de 2009, o Conselho de Administração propõe que não seja pago qualquer dividendo.

42. APROVAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS As demonstrações financeiras foram aprovadas pelo Conselho de Administração e autorizadas para emissão em 26 de Março de 2009, contudo as mesmas estão ainda sujeitas a aprovação pela Assembleia Geral de Accionistas nos termos da legislação comercial em vigor em Portugal.

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43. EVENTOS SUBSEQUENTES Após 31 de Dezembro de 2008 ocorreu a formalização da aquisição do Grupo Czewo. Se esta operação tivesse ocorrido em 2008, o impacto no consolidado do Grupo ColepCCL teria sido o seguinte:

Consolidado ColepCCL

Czewo

Pro-forma ColepCCL e Czewo

Imobilizações corpóreas e incorpóreas 94.740.921 57.144.207 151.885.128 Diferenças de aquisição 13.022.004 - 32.898.652 Outros activos não correntes 4.589.449 372.999 2.480.003

Activos não correntes 112.352.374 57.517.206 187.263.783

Existências 39.781.343 11.273.479 51.054.822 Clientes 40.042.699 1.684.783 41.727.482 Outros activos correntes 8.241.632 3.278.385 11.520.017 Caixa e equivalentes de caixa 4.559.118 5.131.269 9.690.387

Activos correntes 92.624.792 21.367.916 113.992.708 Total do activo 204.977.166 78.885.122 301.256.491

Empréstimos 56.337.473 25.736.667 82.074.140 Passivo associado a aquisição - - 46.356.260 Passivos por impostos diferidos 1.665.917 4.492.183 6.158.100 Outros passivos não correntes 357.891 910.091 1.267.982

Passivos não correntes 58.361.281 31.138.941 135.856.482 Empréstimos 12.135.021 - 12.135.021 Fornecedores 45.503.088 9.783.522 55.286.610 Provisões - 1.643.463 1.643.463 Outros passivos correntes 10.370.146 4.128.738 14.498.884

Passivos correntes 68.008.255 15.555.723 83.563.978 Total do passivo 126.389.536 46.694.664 219.420.460

Capital Próprio 78.607.630 32.190.458 81.836.031

Total Capital Próprio 78.607.630 32.190.458 81.836.031 Vendas 352.777.859 161.604.454 514.382.313 Prestação de serviços 659.275 - 659.275 Outros proveitos operacionais 8.995.753 1.022.776 10.018.529

Proveitos operacionais 362.432.887 162.627.230 525.060.117 Custo das vendas 236.735.160 113.487.138 350.222.298 Variação da produção (1.251.738) 117.331 (1.134.407) Custos com o pessoal 45.759.418 20.904.492 66.663.910 Amortizações e depreciações 12.331.873 5.397.149 17.729.022 Outros custos operacionais 46.136.086 15.765.230 61.901.316

Custos operacionais 339.710.799 155.671.340 495.382.139

Resultado operacional 22.722.088 6.955.890 29.677.978 Resultados Financeiros (6.928.347) (3.137.276) (10.065.623) Perdas em operações em descontinuação 229.052 - 229.052 Imposto sobre o rendimento 3.821.271 590.213 4.411.484

Resultado líquido 12.201.522 3.228.401 15.429.923

Accionistas da Empresa-Mãe 12.201.522 3.228.401 15.429.923

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Vale de Cambra, 26 de Março de 2009 O Conselho de Administração: Vergílio Manuel da Cunha Folhadela Moreira José Henrique Pinto dos Santos Marino Turiel Cerezo Miguel Espírito Santo Silva de Mello Paul Robert Bertin Richard Zakaib Vítor Manuel Pereira Neves

CERTIFICAÇÃO LEGAL DE CONTAS

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CERTIFICAÇÃO LEGAL DAS CONTAS CONSOLIDADAS Introdução 1 Examinámos as demonstrações financeiras consolidadas da ColepCCL Portugal – Embalagens e Enchimentos, S.A., as quais compreendem o Balanço consolidado em 31 de Dezembro de 2008, (que evidencia um total de 204.977.166 euros e um total de capital próprio de 78.607.630 euros, incluindo um resultado líquido de 12.201.522 euros), a Demonstração consolidada dos resultados por naturezas, a Demonstração consolidada de alterações no capital próprio e a Demonstração consolidada dos fluxos de caixa do exercício findo naquela data, e os correspondentes Anexos. Responsabilidades 2 É da responsabilidade do Conselho de Administração a preparação de demonstrações financeiras consolidadas que apresentem de forma verdadeira e apropriada a posição financeira do conjunto das empresas incluídas na consolidação, as alterações no seu capital próprio consolidado, o resultado consolidado das suas operações e os fluxos de caixa consolidados, bem como a adopção de políticas e critérios contabilísticos adequados e a manutenção de sistemas de controlo interno apropriados. 3 A nossa responsabilidade consiste em expressar uma opinião profissional e independente, baseada no nosso exame daquelas demonstrações financeiras. Âmbito 4 O exame a que procedemos foi efectuado de acordo com as Normas Técnicas e as Directrizes de Revisão/Auditoria da Ordem dos Revisores Oficiais de Contas, as quais exigem que o mesmo seja planeado e executado com o objectivo de obter um grau de segurança aceitável sobre se as demonstrações financeiras não contêm distorções materialmente relevantes. Para tanto o referido exame incluiu: (i) a verificação das demonstrações financeiras das empresas incluídas na consolidação terem sido apropriadamente examinadas e, para os casos significativos em que o não tenham sido, a verificação, numa base de amostragem, do suporte das quantias e divulgações nelas constantes e a avaliação das estimativas, baseadas em juízos e critérios definidos pelo Conselho de Administração, utilizadas na sua preparação; (ii) a verificação das operações de consolidação; (iii) a apreciação sobre se são adequadas as políticas contabilísticas adoptadas, a sua aplicação uniforme e a sua divulgação, tendo em conta as circunstâncias; (iv) a verificação da aplicabilidade do princípio da continuidade; e (v) a apreciação sobre se é adequada, em termos globais, a apresentação das demonstrações financeiras consolidadas. 5 O nosso exame abrangeu ainda a verificação da concordância da informação financeira consolidada constante do relatório consolidado de gestão com as demonstrações financeiras consolidadas. 6 Entendemos que o exame efectuado proporciona uma base aceitável para a expressão da nossa opinião. Opinião 7 Em nossa opinião, as referidas demonstrações financeiras consolidadas apresentam de forma verdadeira e apropriada, em todos os aspectos materialmente relevantes, a posição financeira consolidada da ColepCCL Portugal – Embalagens e Enchimentos, S.A. em 31 de Dezembro de 2008, o resultado consolidado das suas operações, os fluxos consolidados de caixa e as alterações no seu capital próprio consolidado no exercício findo naquela data, em conformidade com as normas internacionais de relato financeiro tal como adoptadas na União Europeia.

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Ênfase 8 Conforme divulgado na Nota 26 do anexo às demonstrações financeiras consolidadas, a Empresa recebeu, entre 2005 e 2007, liquidações adicionais em sede de Imposto sobre o Rendimento de Pessoas Colectivas, relativas aos exercícios de 2001 a 2003 no montante global de aproximadamente 3.053.000 Euros (excluindo coimas). O Conselho de Administração entende que a fundamentação apresentada pela administração tributária relativamente àquele assunto não está de acordo com a legislação portuguesa, pelo que não foi registada qualquer provisão nas demonstrações financeiras consolidadas anexas para esta situação e foram apresentadas impugnações judiciais para as liquidações adicionais recebidas, as quais se encontram em curso à data actual e cujo desfecho é incerto. Porto, 26 de Março de 2009 PricewaterhouseCoopers & Associados, S.R.O.C. representada por: José Pereira Alves, R.O.C.

RELATÓRIO DO CONSELHO FISCAL

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RELATÓRIO DO CONSELHO FISCAL Senhores Accionistas, De acordo com o disposto no nº 1 do artigo 508-D, do Código das Sociedades Comerciais, foram-nos apresentadas para exame as contas consolidadas do exercício de dois mil e oito e o respectivo relatório consolidado de gestão da COLEPCCL PORTUGAL – EMBALAGENS E ENCHIMENTOS, S.A.. Procedemos à apreciação dos citados documentos, juntamente com a correspondente certificação legal das contas, elaborada pela sociedade de revisores oficiais de contas PricewaterhouseCoopers & Associados – SROC, Lda, que aqui se dá por reproduzida e cujo teor é de nossa concordância. Por unanimidade, foi deliberado emitir o presente relatório e propor que as contas consolidadas e o relatório consolidado de gestão do exercício de 2008 sejam aprovados pela assembleia geral a que alude o artigo 376º do Código das Sociedades Comerciais. Vale de Cambra, 26 de Março de 2009 O Conselho Fiscal - PATRÍCIO, MOREIRA, VALENTE & ASSOCIADOS, S.R.O.C. representada por Carlos de Jesus Pinto de Carvalho (Presidente) - Rui Manuel Andresen Guerreiro - Maria Paula Santos Telles da Silva