COLEPCCL PORTUGAL EMBALAGENS E ENCHIMENTOS, … · América do Sul e do Norte, as quais serão...

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ColepCCL Portugal Embalagens e Enchimentos, S.A. Apartado 14 3730-955 Vale de Cambra Portugal TEL. +351 256 420 100 FAX +351 256 422 059 www.colepccl.com Sede Social: Vila Chã, Vale de Cambra • Capital Social Eur 25 000 000 • Matric C.R.C. Vale de Cambra/ N.I.P.C. 503 309 362 COLEPCCL PORTUGAL EMBALAGENS E ENCHIMENTOS, S.A. Relatório e Contas Consolidadas 31 de Dezembro de 2009

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ColepCCL Portugal – Embalagens e Enchimentos, S.A.

Apartado 14 • 3730-955 Vale de Cambra • Portugal • TEL. +351 256 420 100 • FAX +351 256 422 059 • www.colepccl.com

Sede Social: Vila Chã, Vale de Cambra • Capital Social Eur 25 000 000 • Matric C.R.C. Vale de Cambra/ N.I.P.C. 503 309 362

COLEPCCL PORTUGAL EMBALAGENS E ENCHIMENTOS, S.A.

Relatório e Contas Consolidadas 31 de Dezembro de 2009

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ÍNDICE RELATÓRIO DE GESTÃO 2 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 8 ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 14 CERTIFICAÇÃO LEGAL DE CONTAS 54 RELATÓRIO DO CONSELHO FISCAL 57

RELATÓRIO DE GESTÃO

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RELATÓRIO DE GESTÃO DE 2009

Senhores Accionistas,

Devido à crise financeira e económica internacional, que teve o seu início no final de 2008, os negócios

da empresa no ano de 2009 foram realizados sob condições extremamente adversas. A principal consequência desta crise foi a redução significativa da procura de produtos de grande consumo e o

aumento da quota de mercado de private label, um segmento de mercado em que a empresa não

opera.

Como parceira estratégica das empresas multinacionais, a ColepCCL foi severamente afectada não só pelas razões atrás referidas, ou seja, menor procura e aumento da quota de mercado do private label, mas também pela redução da subcontratação por parte dos seus principais clientes. De facto, as

multinacionais de produtos de grande consumo, como consequência da menor procura global dos seus produtos, viram aumentar a sua capacidade livre de produção interna, o que conduziu a uma redução

da subcontratação como uma forma de optimizar os custos.

O resultado combinado destes impactos levou a uma redução do valor das vendas e serviços da empresa para € 387 milhões no ano de 2009, o que compara com € 514 milhões considerando as

operações agregadas da ColepCCL e da CZEWO no ano de 2008. Conforme explicado no relatório de

gestão do ano anterior, no dia 2 de Janeiro de 2009, a ColepCCL concluiu a aquisição de CZEWO Full Filling Service GmbH ("Czewo"), um dos seus concorrentes europeu mais importante, reforçando assim

o seu compromisso de se tornar o parceiro preferencial das empresas multinacionais. A aquisição, anunciada em 23 de Julho de 2008, teve de ser submetida a apreciação e aprovação por parte da

Autoridade da Concorrência Alemã, o que veio a acontecer em Dezembro de 2008.

Como consequência directa da menor procura dos seus produtos e serviços, logo após a aquisição da

Czewo, a ColepCCL efectuou um estudo aprofundado para determinar qual seria a estrutura industrial mais adequada para as suas operações, tendo em conta as novas condições de mercado. O resultado

do estudo identificou claramente a necessidade de fechar duas unidades de produção - Scunthorpe, no

Reino Unido e Neutraubling, na Alemanha - como passos decisivos para garantir a competitividade futura da ColepCCL. A decisão de fechar estas duas unidades foi aprovada pelo Conselho de

Administração e pelo Conselho Estratégico da empresa em Julho de 2009.

O projecto de descontinuar as operações destas duas fábricas foi cuidadosamente planeado, com o objectivo primordial de preservar o elevado nível de qualidade e serviço a que os clientes estão

habituados, respeitando as suas compreensíveis preocupações relativas a este processo de

reestruturação. Ao mesmo tempo, actuando de uma forma ética e socialmente responsável, a empresa implementou uma série de iniciativas com vista a minimizar o impacto negativo sobre as pessoas

afectadas por esta decisão.

Importa realçar o compromisso e dedicação de todos os empregados da ColepCCL, especialmente

aqueles que foram directamente afectados por este processo, que contribuíram de uma forma decisiva para assegurar que esta restruturação se fizesse de uma forma suave e sem falhas de serviço aos

clientes.

Conforme referido anteriormente, o valor agregado das vendas e prestações de serviços da ColepCCL e Czewo diminuiu de € 514 milhões em 2008 para € 387 milhões no ano de 2009. Os Meios Libertos de

Exploração de operações em continuação caíram de € 35 milhões em 2008 para € 26 milhões em 2009.

No ano fiscal terminado em Dezembro de 2009, a empresa incorreu em custos não recorrentes, nomeadamente os relacionados com operações em descontinuação, no montante de cerca de € 14

milhões.

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Como consequência dos custos não recorrentes atrás mencionados, o resultado líquido do exercício foi negativo no montante de cerca € 7,4 milhões.

A importante reestruturação realizada em 2009 permite à empresa aumentar significativamente a sua competitividade nos mercados Europeus onde opera. Com as suas fábricas na Alemanha (Laupheim,

Bad Schmiedeberg, Zuelpich), Polónia (Kleszczów, Piotrków Trybunalski), Portugal (Vale de Cambra) e Espanha (San Adrian), a empresa emergiu mais forte de um ano particularmente difícil e está agora

bem posicionada para servir os seus clientes em toda a Europa com uma operação industrial mais eficiente.

Em simultâneo a esta reestruturação Europeia, a empresa explorava oportunidades com vista a expandir as suas operações para fora da Europa. Foram identificadas oportunidades importantes na

América do Sul e do Norte, as quais serão objecto de atenção por parte da gestão no ano de 2010.

Com o objectivo de reforçar a sua oferta nas áreas de higiene pessoal e cosmética, a empresa

desenvolveu uma estratégia para entrar nos segmentos de mercado de colour cosmetics e de cuidados da pele. A forma de realizar este objectivo foi definida e será implementada em 2010.

Apesar de 2009 ter sido um ano muito difícil e com grandes desafios, a Administração acredita que as

decisões tomadas e implementadas, não só em termos de reestruturação, mas também em termos de expansão dos negócios, permitirão à companhia retomar o crescimento continuado que demonstrou até

2008.

Seguidamente, faz-se uma breve descrição dos principais aspectos da actividade e dos resultados

alcançados por cada uma das divisões e pelas áreas corporativas.

Contract Operations inclui o contract manufacturing de produtos de higiene pessoal e higiene

doméstica, destinados ao grande consumo, bem como o serviço logístico de Co-Packing. Antes da reestruturação em 2009, esta divisão incluía três fábricas ex-ColepCCL - Scunthorpe, Kleszczów e Vale

de Cambra, bem como duas fábricas ex-CZEWO - Neutraubling e Bad Schmiedeberg. Como explicado anteriormente, as actividades da divisão de contract manufacturing passarão a operar a partir de

apenas três localizações - Kleszczów, Bad Schmiedeberg e Vale de Cambra.

Com um volume de negócios de € 223,9 milhões, esta é a maior divisão da ColepCCL. Este volume de

negócios foi ainda originado nas cinco unidades de enchimento da divisão, bem como nas duas operações de Co-Packing, em Portugal (Vale de Cambra) e na Polónia (Piotrków Trybunalski).

A actividade do segmento de contract manufacturing foi baixa durante todo o ano, reflectindo os

impactos da crise financeira e económica internacional.

As actividades mais importantes ao longo do ano foram as relacionadas com o processo de

reestruturação atrás descrito, bem como a integração das duas empresas, ColepCCL e Czewo. Foi concebida uma nova estrutura de gestão e foram implementadas novos processos, aproveitando o

melhor de cada uma das empresas.

A actividade do segmento de Co-Packing foi muito semelhante à do ano anterior, gerando um volume

de vendas de € 43,2 milhões.

Com a fábrica na Polónia, agora firmemente estabelecida, a ColepCCL foi capaz de atrair novos negócios de novos clientes, tirando partido da localização central da fábrica na Europa, assim como dos

seus custos competitivos e do aumento de produtividade.

Seguindo a sua melhor tradição, a fábrica de Portugal também demonstrou um excelente desempenho.

A divisão de Speciality Custom Manufacturing está dedicada à produção de especialidades em produtos

de higiene pessoal e de farmacêutica over-the-counter, que requerem tecnologias específicas, por

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exemplo sistemas “barrier pack” e condições de produção com elevados padrões de higiene. Esta divisão inclui também a fábrica Zuelpich, que se dedica à produção de produtos de higiene pessoal e

líquidos destinados à higiene doméstica.

Com um volume de negócios de € 79,3 milhões em 2009, esta divisão enfrentou desafios muito semelhantes à divisão de Contract Operations, devido à menor procura e menor necessidade de

subcontratação por parte dos seus clientes multinacionais.

Com vendas de € 91,9 milhões em 2009, a divisão de Packaging dedica-se à produção de embalagens

aerossol, embalagens plásticas (incluindo componentes para a área de higiene pessoal e doméstica) e embalagens general line para utilização industrial e alimentar.

Com o arranque da sua segunda fábrica na Europa, localizada em Kleszczów - Polónia, a ColepCCL tem

agora condições de fornecer aerossóis em todos os mais importantes mercados europeus, fornecendo

quer multinacionais quer produtores independentes. Por agora, esta nova unidade tem apenas uma linha de produção e recebe a folha-de-flandres litografada e os componentes da fábrica de Portugal. No

entanto, prevê-se que uma segunda linha de produção seja instalada no decorrer de 2010. Devido à sua excelente localização na Europa Central, espera-se que esta fábrica contribua significativamente

para o crescimento das vendas de aerossóis nos próximos anos.

A procura de aerossóis da empresa em 2009 foi semelhante à de 2008, principalmente devido à forte

presença que a empresa detém nos mercados Ibérico e do Reino Unido.

Através das suas duas unidades produtivas, em Vale de Cambra (Portugal) e Navarra (Espanha), a ColepCCL é o líder Ibérico na produção de embalagens general line, sendo o fornecedor preferencial

das mais importantes empresas de tintas e vernizes e de segmentos específicos da área alimentar.

Em 2009, as vendas neste segmento foram inferiores ao ano anterior em cerca de 15%. A razão para

esta queda foi o impacto da crise financeira nos mercados imobiliários e de construção em Portugal e Espanha, enquanto que a actividade nos nichos do azeite e butter cookies foi mais forte do que o

previsto.

A empresa tem continuado o processo de obtenção de sinergias entre as duas fábricas ibéricas,

nomeadamente pela maior incorporação de serviços internos de litografia, reduzindo a subcontratação, e pela uniformização de formatos e consequente optimização do fabrico de embalagens e componentes.

Estas acções permitiram alguma mitigação do impacto negativo na rentabilidade originado pela grande competitividade do mercado e decréscimo da procura.

O segmento de Plastic Packaging está dedicado ao fabrico de embalagens plásticas por insuflação e componentes plásticos por injecção, para o mercado português de produtos de higiene pessoal e de

limpeza doméstica.

No ano de 2009, as vendas deste segmento foram também inferiores ao ano anterior e a equipa de

gestão focou a sua actividade na implementação de um programa destinado a reduzir custos e assegurar a competitividade do segmento a longo prazo.

Num ano particularmente difícil, as unidades Corporativas estiveram concentradas na definição e

implementação dos processos necessários à gestão integrada e desenvolvimento contínuo da empresa, destacando-se:

A integração das duas organizações ColepCCL e CZEWO, aproveitando o melhor de cada uma e

implementando as melhores práticas;

A criação da unidade de Corporate Sales, a qual é responsável pelas actividades comerciais e de

vendas a empresas multinacionais de bens de consumo, para todas as unidades de negócios;

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O reforço das actividades do Centro de Inovação e ECAT, nomeadamente na capacidade de

desenvolvimento de produtos;

A implementação das melhores práticas nas áreas de Higiene, Segurança e Protecção Ambiental

em todas as unidades fabris, do que resultou uma significativa melhoria dos indicadores

relevantes;

A implementação do Modelo de Gestão de Recursos Humanos corporativo;

O estabelecimento de um processo de planeamento estratégico e redefinição da estratégia de

crescimento da empresa;

O estudo de diversas oportunidades de M&A.

Comentários às contas

À semelhança de muitas outras empresas, os resultados da ColepCCL no ano 2009 foram

significativamente afectados pela recessão global, que reduziu substancialmente a procura e,

consequentemente, as vendas e a rentabilidade. Adicionalmente, foi anunciado e iniciado um plano de restruturação em 2009. Apesar da maior parte dos custos deste plano serem realizados apenas em

2010, para dar cumprimento às normas contabilísticas, o valor total estimado dos custos foi reconhecido no ano, na rubrica “Perdas obtidas em operações em descontinuação”.

Como consequência da redução contínua na procura, Vendas, Meios Libertos de Exploração (EBITDA) e o Resultado Operacional foram significativamente menores em comparação com o ano de 2008. Ainda

assim, o Resultado Operacional foi superior a € 8 milhões e o EBITDA foi de aproximadamente € 26 milhões.

Conforme já referido, durante 2009, na sequência do estudo aprofundado da estrutura industrial de

Contract Manufacturing, ficou claro que era imprescindível proceder à racionalização da capacidade de

produção da empresa, a fim de garantir a competitividade futura da ColepCCL. Foi então decidido encerrar as fábricas de Scunthorpe e Neutraubling, que apresentavam maiores custos globais, e

consolidar a produção nas outras fábricas.

Como mencionado acima, embora alguns destes custos sejam pagos apenas em 2010, ou mesmo mais

tarde, seguindo as normas contabilísticas em vigor, foi feita uma estimativa dos custos totais a incorrer e contabilizados no exercício de 2009. Os custos totais estimados ultrapassam € 14 milhões e foram

considerados na rubrica “Perdas obtidas em operações em descontinuação” (na nota 43 do Anexo ás Demonstrações Financeiras são apresentados mais detalhes).

Apesar do ambiente económico adverso, durante o ano os investimentos totalizaram € 16,1 milhões,

dos quais € 15,8 milhões em imobilizado corpóreos e € 0,3 milhões em imobilizado incorpóreo. Uma

parte significativa do investimento foi destinada ao aumento da produtividade e flexibilidade, sem descurar o esforço de investimento, que vem sendo feito ao longo dos últimos anos, destinado à

garantia da qualidade, segurança e protecção ambiental.

Financiamento

Após a aquisição da Czewo, concluída a 2 de Janeiro de 2009, a dívida da empresa e os activos aumentaram significativamente. Assim, visando uma estrutura de capital próprio adequada, os

accionistas dotaram a empresa de Prestações Suplementares de Capital no montante de € 10 milhões.

No início de 2010, a empresa contratou financiamentos de Médio Longo Prazo (programas de papel

comercial), com diferentes Entidades Financeiras e com taxas de juro competitivas, no montante de € 60 milhões, € 40 milhões com maturidade de cinco anos e € 20 milhões com maturidade de três anos.

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Estes novos financiamentos destinaram-se a substituir programas de papel comercial que tiveram o seu vencimento em Fevereiro de 2010.

Adicionalmente, a empresa tem contratado financiamentos de mais € 55 milhões de Médio Longo Prazo (programas de papel comercial) com data de vencimento em Julho de 2013. Assim, a empresa dispõe

de financiamento flexível e competitivo, através de vários programas de papel comercial no montante total de € 115 milhões, com vencimentos a 3 e 5 anos, que lhe assegura os recursos financeiros

necessários para suportar o seu plano estratégico.

O Conselho de Administração não propõe o pagamento de qualquer dividendo referente ao exercício de

2009.

Nota Final

A Administração gostaria de expressar os seus agradecimentos a todos os stakeholders da empresa pelo seu apoio ao longo de 2009, especialmente os nossos colaboradores pela dedicação e empenho, e

aos nossos clientes por continuarem a preferir os nossos serviços.

Vale de Cambra, 17 de Março de 2010

O Conselho de Administração:

José Henrique Pinto dos Santos

Marino Turiel Cerezo

Miguel Espírito Santo Silva de Mello

Richard Zakaib

Vítor Manuel Pereira Neves

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

COLEPCCL PORTUGAL - EMBALAGENS E ENCHIMENTOS, S.A.

DEMONSTRAÇÕES DAS POSIÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 E 2008 (Montantes expressos em Euro)

ACTIVO Notas 2009 2008

ACTIVOS NÃO CORRENTES:

Imobilizações corpóreas 9 140.493.050 91.184.268

Diferenças de consolidação 10 38.580.510 13.022.004

Imobilizações incorpóreas 11 2.779.849 3.556.653

Investimentos em empresas participadas 6 191.847 186.847

Activos por impostos diferidos 12 5.152.633 1.920.157

Outros activos não correntes 13 189.929 2.482.445

Total de activos não correntes 187.387.818 112.352.374

ACTIVOS CORRENTES:

Existências 14 45.868.813 39.781.343

Clientes 15 29.064.880 40.042.701

Estado e outros entes públicos 15 4.267.124 5.199.296

Outras dívidas de terceiros 15 4.129.139 1.383.694

Outros activos correntes 16 1.464.983 1.658.640

Caixa e equivalentes de caixa 17 3.953.518 4.559.118

Total de activos correntes 88.748.457 92.624.792

Activos não correntes detidos para venda 9 3.000.000 -

Total do activo 279.136.275 204.977.166

CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO

CAPITAL PRÓPRIO:

Capital social 18 25.000.000 25.000.000

Prestações suplementares 18 10.000.000 -

Reservas legais 18 6.377.906 6.277.081

Reservas de reavaliação 18 11.910.950 2.000.922

Reservas de conversão e de cobertura (6.014.268) (7.103.692)

Outras reservas 6.514.384 9.902.950

Resultados transitados 18 45.822.117 30.328.847

Resultado líquido do exercício (7.411.476) 12.201.522

Total do capital próprio 92.199.613 78.607.630

PASSIVO:

PASSIVO NÃO CORRENTE:

Empréstimos bancários 19 - 240.000

Credores por locações financeiras 20 7.042.191 8.663.694

Outros empréstimos 22 80.454.107 45.433.779

Outros credores não correntes 31 12.000.000 2.000.000

Outros passivos não correntes 21 1.802.095 -

Passivos por impostos diferidos 12 10.581.429 1.665.917

Provisões 27 771.000 357.891

Total de passivos não correntes 112.650.822 58.361.281

PASSIVO CORRENTE:

Empréstimos bancários 19 9.277.112 10.751.358

Credores por locações financeiras 20 1.551.876 1.383.662

Fornecedores 24 41.586.527 45.503.089

Outras dívidas a terceiros 25 3.358.437 3.024.000

Estado e outros entes públicos 25 1.810.721 1.370.378

Outros passivos correntes 26 16.351.167 5.975.768

Provisões correntes 27 350.000 -

Total de passivos correntes 74.285.840 68.008.255

Total do capital próprio e passivo 279.136.275 204.977.166

O anexo faz parte integrante destas demonstrações financeiras.

O Técnico Oficial de Contas: Vânia Patrícia Pinto Trindade

O Conselho de Administração: José Henrique Pinto dos Santos, Marino Turiel Cerezo, Miguel Espírito Santo Silva de Mello, Richard Zakaib, Vítor Manuel Pereira Neves

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DEMONSTRAÇÕES DOS RESULTADOS CONSOLIDADOS POR NATUREZAS

PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 E 2008

(Montantes expressos em Euro)

Notas 2009 2008

Proveitos operacionais:

Vendas 32 387.003.039 352.777.858

Prestações de serviços 32 53.992 659.275

Outros proveitos operacionais 33 13.624.225 8.995.753

Total de proveitos operacionais 400.681.256 362.432.886

Custos operacionais:

Custo das vendas 34 262.746.855 236.735.160

Variação da produção 35 (637.836) (1.251.738)

Fornecimentos e serviços externos 36 42.969.108 35.576.180

Custos com o pessoal 37 59.067.290 45.759.418

Amortizações e depreciações 9 e 11 17.400.057 12.331.873

Provisões e perdas por imparidade 27 353.199 (45.294)

Outros custos operacionais 38 10.556.989 10.605.200

Total de custos operacionais 392.455.662 339.710.799

Resultados operacionais 8.225.594 22.722.087

Custos e perdas financeiras 39 4.421.542 6.928.347

Proveitos e ganhos financeiros 39 733.213 216.553

Resultados relativos a empresas participadas 40 12.500 12.500

Resultados relativos a investimentos 41 1.093.040 -

Resultado antes de impostos 5.642.805 16.022.793

Imposto sobre o rendimento 42 703.067 3.821.271

Resultado do exercício de operações em continuação 4.939.738 12.201.522

Perdas obtidas em operações em descontinuação 43 14.158.571 -

Imposto sobre o rendimento de operações em descontinuação 42 (1.807.357) -

Resultado líquido consolidado do exercício 44 (7.411.476) 12.201.522

Resultados por acção: 44

Básico (0,09) 0,16

Diluído (0,09) 0,16

O anexo faz parte integrante destas demonstrações financeiras.

O Técnico Oficial de Contas: Vânia Patrícia Pinto Trindade

O Conselho de Administração: José Henrique Pinto dos Santos, Marino Turiel Cerezo, Miguel Espírito Santo Silva de Mello, Richard Zakaib, Vítor Manuel Pereira Neves

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DEMONSTRAÇÕES DO RENDIMENTO INTEGRAL CONSOLIDADO PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 E 2008

(Montantes expressos em Euro)

2009 2008

Resultado líquido consolidado do período (7.411.476) 12.201.522

Variação do justo valor dos instrumentos financeiros - -

Variação das reservas de reavaliação 9.910.028 -

Variação das diferenças de conversão cambial e outras 1.089.424 (7.071.584)

Rendimento reconhecido directamente no capital próprio 10.999.452 (7.071.584)

Total dos rendimentos e gastos reconhecidos no período 3.587.976 5.129.938

O Técnico Oficial de Contas: Vânia Patrícia Pinto Trindade

O Conselho de Administração: José Henrique Pinto dos Santos, Marino Turiel Cerezo, Miguel Espírito Santo Silva de Mello, Richard Zakaib, Vítor Manuel Pereira Neves

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DEMONSTRAÇÕES DOS FLUXOS DE CAIXA CONSOLIDADOS

PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 E 2008

(Montantes expressos em Euro)

ACTIVIDADES OPERACIONAIS: Notas 2009 2008

Recebimentos de clientes 404.161.381 376.307.643

Pagamentos a fornecedores 310.841.216 278.450.721

Pagamentos ao pessoal 59.199.002 46.875.707

Fluxos gerados pelas operações 34.121.163 50.981.215

(Pagamento)/recebimento do imposto sobre o rendimento (3.376.533) (2.610.262) (9.298.945)

Outros recebimentos/(pagamentos) relativos à actividade operacional (1.538.316) (3.196.931) 56.850

Fluxos das actividades operacionais (1) 29.206.314 45.174.022

ACTIVIDADES DE INVESTIMENTO:

Recebimentos provenientes de:

Investimentos financeiros 2.240.800 -

Imobilizações corpóreas 1.914.630 835.443

Juros e proveitos similares 122.887 219.142

Dividendos 12.500 12.500

4.290.817 1.067.085

Pagamentos respeitantes a:

Investimentos financeiros 49.407.212 2.482.445

Imobilizações corpóreas 9.749.529 11.781.298

Imobilizações incorpóreas 188.137 736.083

59.344.878 14.999.826

Fluxos das actividades de investimento (2) (55.054.061) (13.932.741)

ACTIVIDADES DE FINANCIAMENTO:

Recebimentos respeitantes a:

Empréstimos obtidos 90.455.961 45.460.892

Prestações suplementares 10.000.000 -

Subsídios e doações 1.251.883 -

101.707.844 45.460.892

Pagamentos respeitantes a:

Empréstimos obtidos 71.706.991 20.898.320

Amortizações de contratos de locação financeira 1.570.676 870.946

Juros e custos similares 3.153.784 5.305.095

Redução de capital - 48.568.445

Dividendos - -

76.431.451 75.642.806

Fluxos das actividades de financiamento (3) 25.276.393 (30.181.914)

Variação de caixa e seus equivalentes (4) = (1) + (2) + (3) (571.354) 1.059.367

Caixa e seus equivalentes no início do período 17 (4.512.240) (5.571.607)

Caixa e seus equivalentes no fim do período 17 (5.083.594) (4.512.240)

As notas anexas fazem parte integrante destas demonstrações financeiras.

O Técnico Oficial de Contas: Vânia Patrícia Pinto Trindade

O Conselho de Administração: José Henrique Pinto dos Santos, Marino Turiel Cerezo, Miguel Espírito Santo Silva de Mello, Richard Zakaib, Vítor Manuel Pereira Neves

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DEMONSTRAÇÕES DAS ALTERAÇÕES NO CAPITAL PRÓPRIO CONSOLIDADO

PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 E 2008

(Montantes expressos em Euro)

Reservas

Notas Capital social

Prestações suplementares

Legais Reavaliação

Conversão e de cobertura

Outras Resultados transitados

Resultado líquido do exercício

Total

Saldo em 1 de Janeiro de 2008 25.000.000 - 6.082.287 2.000.922 (32.108) 9.460.085 10.339.265 21.044.964 73.895.415

Aplicação do resultado líquido de 2007:

Transferência para reserva legal 18 - - 194.794 - - 860.588 19.989.582 (21.044.964) -

Var. reservas de conversão cambial - - - - (7.071.584) - - - (7.071.584)

Resultado líquido do exercício de 2008 - - - - - - - 12.201.522 12.201.522

Outros - - - - - (417.723) - - (417.723)

Saldo em 31 de Dezembro de 2008 25.000.000 - 6.277.081 2.000.922 (7.103.692) 9.902.950 30.328.847 12.201.522 78.607.630

Aplicação do resultado líquido de 2008:

Transferência para reserva legal 18 - - 100.825 - - (3.392.573) 15.493.270 (12.201.522) -

Var. reservas de conversão cambial - - - - 1.089.424 - - - 1.089.424

Resultado líquido do exercício de 2009 - - - - - - - (7.411.476) (7.411.476)

Outros 18 - 10.000.000 - 9.910.028 - 4.007 - - 19.914.035

Saldo em 31 de Dezembro de 2009 25.000.000 10.000.000 6.377.906 11.910.950 (6.014.268) 6.514.384 45.822.117 (7.411.476) 92.199.613

O anexo faz parte integrante destas demonstrações financeiras.

O Técnico Oficial de Contas: Vânia Patrícia Pinto Trindade

O Conselho de Administração: José Henrique Pinto dos Santos, Marino Turiel Cerezo, Miguel Espírito Santo Silva de Mello, Richard Zakaib, Vítor Manuel Pereira Neves

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

15

COLEPCCL PORTUGAL – EMBALAGENS E ENCHIMENTOS, S.A.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

PARA O EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009

(Montantes expressos em Euro)

1. NOTA INTRODUTÓRIA

A ColepCCL Portugal – Embalagens e Enchimentos, S.A. (“ColepCCL” ou “Empresa”) é uma sociedade anónima constituída em 6 de Setembro de 1994, sendo a empresa-mãe de um

universo de empresas conforme indicado na Nota 5 (“Grupo ColepCCL”).

O objecto social consiste essencialmente na produção e comércio de embalagens (metálicas e plásticos) e produtos afins, enchimentos e equipamentos industriais incluindo actividades

auxiliares ou complementares que directa ou indirectamente se relacionem com a sua actividade

principal e tem a sua sede em Vale de Cambra.

As demonstrações financeiras anexas são apresentadas em Euros dado que esta é a divisa utilizada preferencialmente no ambiente económico em que o Grupo opera. As operações

estrangeiras são incluídas nas demonstrações financeiras de acordo com a política descrita no

ponto 2.2.d).

2. PRINCIPAIS POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS

As principais políticas contabilísticas adoptadas na preparação das demonstrações financeiras

consolidadas anexas são as seguintes:

2.1. Bases de apresentação

As demonstrações financeiras consolidadas anexas foram preparadas no pressuposto da continuidade das operações e tomando essencialmente por base o custo histórico, a partir dos

registos contabilísticos das empresas incluídas na consolidação (Nota 5), mantidos de acordo com

as Normas Internacionais de Relato Financeiro emitidas pelo “International Accounting Standards Board” (“IASB”) e interpretações emitidas pelo “International Financial Reporting Interpretations

Committee” (“IFRIC”) ou pelo anterior “Standing Interpretations Committee” (“SIC”) em vigor em 1 de Janeiro de 2009 tal como adoptadas pela União Europeia.

Neste exercício tornaram-se obrigatórias as seguintes normas: - IAS 1 (revista)

- IAS 23 (Custos de empréstimos - 2007) - IFRS 7 (Alterações de divulgações)

A adopção destas normas não produziu impacto relevante nas Demonstrações Financeiras do Grupo.

Foram ainda emitidas as seguintes normas de aplicação futura: - IAS 27 (revista)

- IFRIC 17 - IFRS 3 (revista)

16

Não estimamos impactos significativos nas contas de 2009, caso a sua aplicação fosse antecipada a esta data.

De acordo com as Normas Internacionais de Relato Financeiro, nestas demonstrações financeiras é apresentada e divulgada informação sobre os efeitos das unidades operacionais descontinuadas

e das alienações de activos não correntes classificados como detidos para venda (Nota 43).

2.2. Princípios de consolidação

São os seguintes os métodos de consolidação adoptados pelo Grupo:

a) Investimentos financeiros em empresas do Grupo

As participações financeiras em empresas nas quais o Grupo detenha directa ou

indirectamente, mais de 50% dos direitos de voto em Assembleia Geral de Accionistas/Sócios

e/ou detenha o poder de controlar as suas políticas financeiras e operacionais (definição de controlo utilizada pelo Grupo), foram incluídas nas demonstrações financeiras consolidadas

anexas pelo método integral. O capital próprio e o resultado líquido destas empresas correspondente à participação de terceiros nas mesmas, é apresentado separadamente na

demonstração da posição financeira consolidado e na demonstração de resultados consolidada, respectivamente, na rubrica “Interesses minoritários”.

Quando os prejuízos atribuíveis aos minoritários excedem o interesse minoritário no capital próprio da filial, o Grupo absorve esse excesso e quaisquer prejuízos adicionais, excepto

quando os minoritários tenham a obrigação e sejam capazes de cobrir esses prejuízos. Se a filial subsequentemente reportar lucros, o Grupo apropria todos os lucros até que a parte

minoritária dos prejuízos absorvidos pelo Grupo tenha sido recuperada.

Os activos e passivos de cada filial são identificados ao seu justo valor na data de aquisição.

Qualquer excesso do custo de aquisição face ao justo valor dos activos e passivos líquidos adquiridos é reconhecido como diferença de consolidação positiva (Notas 2.2 c) e 9)). Caso o

diferencial entre o custo de aquisição e o justo valor dos activos e passivos líquidos adquiridos

seja negativo, o mesmo é reconhecido como um proveito do exercício após reconhecimento do justo valor atribuído aos activos e passivos adquiridos. Os interesses de accionistas

minoritários são apresentados pela respectiva proporção do justo valor dos activos e passivos identificados.

Os resultados das filiais adquiridas ou vendidas durante o exercício estão incluídos nas

demonstrações de resultados desde a data da sua aquisição ou até à data da sua venda.

Sempre que necessário, são efectuados ajustamentos às demonstrações financeiras das filiais

para adequar as suas políticas contabilísticas às usadas pelo Grupo. As transacções, os saldos e os dividendos distribuídos entre empresas do Grupo são eliminados no processo de

consolidação.

Nas situações em que o Grupo detenha, em substância, o controlo de outras entidades criadas

com um fim específico, ainda que não possua participações de capital directamente nessas entidades as mesmas são consolidadas pelo método de consolidação integral.

Nos exercícios de 2009 e 2008 todas as participações financeiras em empresas do Grupo

representavam 100% dos direitos de voto.

b) Investimentos financeiros em empresas associadas

Os investimentos financeiros em empresas associadas (empresas onde o Grupo exerce uma

influência significativa mas não detém nem o controlo nem o controlo conjunto das mesmas

17

através da participação nas decisões financeira e operacional da Empresa - geralmente investimentos representando entre 20% a 50% do capital de uma empresa) são registados

pelo método da equivalência patrimonial.

Nos exercícios de 2009 e 2008 não existiam investimentos financeiros em empresas

associadas.

c) Diferenças de consolidação

As diferenças entre o custo de aquisição dos investimentos em empresas do Grupo e o justo

valor dos activos e passivos identificáveis dessas empresas à data da sua aquisição, foram registadas na rubrica “Diferenças de consolidação”.

Quando são apuradas diferenças negativas entre o custo de aquisição dos investimentos em

empresas do Grupo e o montante atribuído ao justo valor dos activos e passivos identificáveis

dessas empresas à data da sua aquisição, as mesmas são registadas directamente na demonstração dos resultados. Nos exercícios de 2009 e 2008 não foram apuradas nem

registadas diferenças desta natureza.

As diferenças entre o custo de aquisição dos investimentos em filiais sedeadas no estrangeiro e o justo valor dos activos e passivos identificáveis dessas filiais à data da sua aquisição,

encontram-se registadas na moeda de reporte dessas filiais, sendo convertidas para a moeda

de reporte do Grupo (Euro) à taxa de câmbio em vigor na data da demonstração da posição financeira. As diferenças cambiais geradas nessa conversão são registadas na rubrica do

capital próprio “Reservas de conversão”.

O valor das diferenças de consolidação não é amortizado, sendo testado, pelo menos

anualmente, para verificar se existem perdas de imparidade. Qualquer perda de imparidade é registada imediatamente na demonstração de resultados do exercício na rubrica “Outros

custos operacionais” e não sendo posteriormente revertida.

As diferenças de consolidação originadas nas aquisições anteriores à data de transição para

IFRS (1 de Janeiro de 2004) foram mantidas pelos valores apresentados de acordo com os princípios contabilísticos geralmente aceites em Portugal reexpressos na moeda da subsidiária

retrospectivamente conforme política adoptada. As diferenças cambiais geradas neste processo de conversão foram registadas directamente em resultados transitados de acordo

com o exposto no IFRS 1.

d) Conversão de demonstrações financeiras de entidades estrangeiras

Os activos e passivos das demonstrações financeiras de entidades estrangeiras são

convertidos para Euro utilizando as taxas de câmbio à data da demonstração da posição financeira e os custos e proveitos bem como os fluxos de caixa são convertidos para Euro

utilizando a taxa de câmbio média verificada no exercício. A diferença cambial resultante

gerada após 1 de Janeiro de 2004, é registada no capital próprio na rubrica de ”Reservas de conversão”. As diferenças cambiais geradas até 1 de Janeiro de 2004 (data de transição para

IFRS) encontram-se registadas em resultados transitados.

O valor das diferenças de consolidação e ajustamentos de justo valor resultantes da aquisição de entidades estrangeiras são tratados como activos e passivos dessa entidade e transpostos

para Euro de acordo com a taxa de câmbio da demonstração da posição financeira.

18

2.3. Imobilizações corpóreas

a) Imóveis para uso próprio

Os imóveis (terrenos e edifícios) para uso próprio são registados por uma quantia

revalorizada, que é o seu justo valor à data da revalorização menos qualquer subsequente depreciação acumulada e/ou perdas de imparidade acumuladas. As revalorizações são feitas

periodicamente, por avaliadores imobiliários independentes, de forma a que o montante revalorizado não difira materialmente do justo valor do respectivo imóvel.

Os ajustamentos resultantes das revalorizações efectuadas aos bens imobilizados são registados por contrapartida de capital próprio. Quando um activo fixo corpóreo, que foi alvo

de uma revalorização positiva em exercícios subsequentes, se encontra sujeito a uma revalorização negativa, o ajustamento é registado por contrapartida de capital próprio até ao

montante correspondente ao acréscimo no capital próprio resultante das revalorizações

anteriores deduzido da quantia realizada através das amortizações, sendo o seu excedente registado como custo do exercício por contrapartida de resultado líquido do período.

Foram registados os respectivos passivos por imposto diferido em resultado do incremento da

reserva de reavaliação, os quais têm vindo a ser actualizados em cada ano essencialmente em resultado da alteração do coeficiente de desvalorização da moeda.

Nestas avaliações, considerou-se essencialmente o Método do Custo de Reposição Amortizado para imóveis de uso específico associados a instalações fabris.

As depreciações são imputadas numa base sistemática durante a vida útil estimada dos

edifícios, enquanto os terrenos não são depreciáveis.

b) Outras imobilizações corpóreas

As outras imobilizações corpóreas adquiridas até 1 de Janeiro de 2004 (data de transição para

IFRS) encontram-se registadas de acordo com a nova base de custo (“deemed cost”), o qual

corresponde ao custo de aquisição ou ao custo de aquisição reavaliado de acordo com os princípios contabilísticos geralmente aceites em Portugal até aquela data, deduzido das

amortizações acumuladas e de perdas de imparidade.

As imobilizações adquiridas após aquela data encontram-se registadas ao custo de aquisição, deduzido das amortizações acumuladas e de perdas de imparidade.

As depreciações são calculadas após os bens estarem em condições de serem utilizados e são imputadas numa base sistemática durante a sua vida útil que é determinada tendo em conta

a utilização esperada do activo pelo Grupo, do desgaste natural esperado e da sujeição a uma previsível obsolescência técnica.

As taxas de amortização utilizadas correspondem a períodos de vida útil estimada (em anos) que variam entre:

Edifícios e outras construções 10 a 50

Equipamento básico 3 a 20 Equipamento administrativo 1 a 13

Equipamento de transporte 2 a 11

Ferramentas e utensílios 1 a 12 Taras e vasilhames 1 a 7

Outras imobilizações corpóreas 1 a 20

19

As despesas subsequentes de substituição de componentes de activos fixos incorridas pelo Grupo são adicionadas aos respectivos activos corpóreos, sendo o valor líquido das

componentes substituídas desses activos abatido e registado como um custo na rubrica de

“Outros custos operacionais”.

As despesas de conservação e reparação que não aumentem a vida útil, nem resultem em benfeitorias ou melhorias significativas nos elementos das imobilizações corpóreas, são

registadas como custo do exercício em que ocorrem.

As imobilizações em curso representam imobilizado ainda em fase de construção/instalação,

encontrando-se registadas ao custo de aquisição deduzido de eventuais perdas de imparidade. Estas imobilizações são amortizadas a partir do momento em que os activos

subjacentes estejam concluídos ou em estado de uso.

As mais ou menos valias resultantes da venda do imobilizado corpóreo são determinadas

como a diferença entre o preço de venda e o valor líquido contabilístico na data de alienação, sendo registadas pelo valor líquido na demonstração de resultados, como “Outros proveitos

operacionais” ou “Outros custos operacionais”. As perdas resultantes do abate do imobilizado corpóreo são igualmente registadas pelo seu valor líquido na demonstração de resultados,

como “Outros custos operacionais”.

2.4. Imobilizações incorpóreas

As imobilizações incorpóreas encontram-se registadas ao custo de aquisição, deduzido das

amortizações acumuladas e perdas de imparidade. As imobilizações incorpóreas só são reconhecidas se for provável que delas advenham benefícios económicos futuros para o Grupo,

se o Grupo as puder controlar e se puder medir razoavelmente o seu valor.

As despesas de investigação incorridas com novos conhecimentos técnicos são reconhecidas na

demonstração de resultados quando incorridas.

As despesas de desenvolvimento para as quais o Grupo demonstre capacidade para completar o

seu desenvolvimento e iniciar a sua comercialização e/ou uso, e para as quais seja provável que o activo criado irá gerar benefícios económicos futuros são capitalizadas. As despesas de

desenvolvimento que não cumpram com estes critérios são registadas como custo do exercício quando incorridas.

Os custos internos associados à manutenção e ao desenvolvimento de software são registados

como custos na demonstração de resultados quando incorridos, excepto na situação em que

estes custos estejam directamente associados a projectos para os quais seja provável a geração de benefícios económicos futuros para o Grupo. Nestas situações estes custos são capitalizados

como activos incorpóreos.

As amortizações são calculadas, após o início de utilização dos bens, pelo método das quotas

constantes em conformidade com o período de vida útil estimado o qual corresponde genericamente ao período de três a quatro anos.

2.5. Activos e passivos financeiros

Os activos e passivos financeiros são reconhecidos na demonstração da posição financeira

quando o Grupo se torna parte contratual do respectivo instrumento financeiro.

20

a) Dívidas de terceiros

As dívidas de terceiros são registadas pelo seu valor nominal deduzido de eventuais perdas de imparidade, reconhecidas na rubrica de “Perdas de imparidade em contas a receber”, por

forma a que as mesmas reflictam o seu valor realizável líquido. Usualmente as dívidas de terceiros não vencem juros.

b) Classificação de capital próprio ou passivo

Os passivos financeiros e os instrumentos de capital próprio são classificados de acordo com a substância contratual independente da forma legal que assumam. Os instrumentos de capital

próprios são contratos que evidenciam um interesse residual nos activos do Grupo após dedução dos passivos.

c) Empréstimos

Os empréstimos são registados no passivo de acordo com o seu “custo amortizado”. Eventuais despesas com a emissão desses empréstimos são registadas como uma dedução à dívida e

reconhecidas, ao longo do período de vida desses empréstimos, de acordo com a taxa de juro efectiva. Os encargos financeiros calculados de acordo com a taxa de juro efectiva, incluindo

prémios a pagar são contabilizados na demonstração de resultados de acordo com o princípio

de especialização dos exercícios.

d) Contas a pagar

As contas a pagar, que não vencem juros, são registadas pelo seu valor nominal.

e) Instrumentos derivados e contabilidade de cobertura

A Empresa está exposta ao nível de risco financeiro, fundamentalmente a flutuações de taxas

de câmbio e de preços de matérias-primas, utilizando instrumentos derivados na gestão de

alguns riscos financeiros unicamente como forma de garantir a cobertura desses riscos (Nota 21), não sendo utilizados instrumentos derivados com o objectivo de negociação.

Nos casos em que os instrumentos derivados, embora contratados com o objectivo específico

de cobertura dos riscos financeiros inerentes ao negócio (fundamentalmente, “forwards” de taxas de câmbio para a cobertura de fluxos futuros), não se enquadrem nos requisitos

definidos no IAS 39 para classificação como instrumentos de cobertura, as variações do justo

valor afectam directamente a demonstração de resultados.

f) Caixa e equivalentes de caixa

Os montantes incluídos na rubrica de “Caixa e equivalentes de caixa” correspondem aos

valores de caixa, depósitos bancários, depósitos a prazo e outras aplicações de tesouraria, vencíveis a menos de três meses, e que possam ser imediatamente mobilizáveis com risco de

alteração de valor insignificante.

Para efeitos da demonstração dos fluxos de caixa, a rubrica de “Caixa e equivalentes de caixa” compreende também os descobertos bancários incluídos na rubrica de “Empréstimos

bancários”, na demonstração da posição financeira.

2.6. Locações

Os contratos de locação são classificados como: (i) locações financeiras se através deles forem

transferidos substancialmente todos os riscos e vantagens inerentes à posse; e como (ii) locações

21

operacionais se através deles não forem transferidos substancialmente todos os riscos e vantagens inerentes à posse. A classificação das locações em financeiras ou operacionais é feita

em função da substância e não da forma do contrato.

Os activos imobilizados adquiridos mediante contratos de locação financeira bem como as

correspondentes responsabilidades são contabilizados pelo método financeiro. De acordo com este método, o custo do activo é registado no imobilizado corpóreo, a correspondente

responsabilidade é registada no passivo, os juros incluídos no valor das rendas e a amortização do activo, são registados como custos na demonstração dos resultados do exercício a que

respeitam.

Nas locações consideradas como operacionais, as rendas devidas são reconhecidas como custo

na demonstração de resultados numa base linear durante o período do contrato de locação.

2.7. Existências

As mercadorias e as matérias-primas, subsidiárias e de consumo encontram-se valorizadas ao

custo médio de aquisição, que inclui o preço de factura e todas as despesas até à sua entrada em armazém, o qual é inferior ao respectivo valor de mercado. Os produtos e trabalhos em

curso, subprodutos, desperdícios, resíduos e refugos e produtos acabados e intermédios encontram-se valorizados ao custo de produção (inclui o custo de matérias-primas incorporadas,

mão-de-obra directa e os gastos gerais de fabrico), o qual é inferior ao respectivo valor realizável

líquido.

As perdas acumuladas de imparidade para depreciação de existências reflectem a diferença entre o custo de aquisição/produção e o valor realizável líquido de mercado das existências, bem como

a estimativa de perdas de imparidade por baixa rotação, obsolescência e deterioração.

O valor realizável líquido corresponde ao preço de venda normal deduzido dos custos para

completar a produção e dos custos de comercialização.

2.8. Provisões

As provisões são reconhecidas quando, e somente quando, o Grupo tem uma obrigação presente

(legal ou construtiva) resultante dum evento passado e é provável que, para a resolução dessa obrigação, ocorra uma saída de recursos e que o montante actual dessa obrigação possa ser

razoavelmente estimado. As provisões são revistas na data de cada demonstração da posição financeira e são ajustadas de modo a reflectir a melhor estimativa a essa data.

As provisões para custos de reestruturação são reconhecidas pelo Grupo sempre que exista um plano formal e detalhado de reestruturação e que o mesmo tenha sido comunicado às partes

envolvidas.

2.9. Subsídios governamentais ou de outras entidades públicas

Os subsídios governamentais são reconhecidos de acordo com o seu justo valor quando existe

uma garantia razoável que irão ser recebidos e que o Grupo irá cumprir com as condições exigidas para a sua concessão.

Os subsídios e comparticipações recebidos a fundo perdido, para financiamento de imobilizações

corpóreas, são registados nas rubricas “Outros passivos não correntes” e “Outros passivos

correntes” sendo reconhecidos na demonstração dos resultados proporcionalmente às amortizações das imobilizações corpóreas subsidiadas.

22

Os subsídios à exploração são registados como proveitos do exercício, quando obtidos, independentemente da data do seu recebimento.

2.10. Imparidade dos activos não correntes, excepto diferenças de consolidação

É efectuada uma avaliação de imparidade à data de cada demonstração da posição financeira e sempre que seja identificado um evento ou alteração nas circunstâncias que indiquem que o

montante pelo qual o activo se encontra registado possa não ser recuperado.

Sempre que o montante pelo qual o activo se encontra registado é superior à sua quantia

recuperável, é reconhecida uma perda de imparidade, registada na demonstração de resultados.

A quantia recuperável é a mais alta do preço de venda líquido e do valor de uso. O preço de venda líquido é o montante que se obteria com a alienação do activo numa transacção entre

entidades independentes e conhecedoras deduzido dos custos directamente atribuíveis à

alienação. O valor de uso é o valor presente dos fluxos de caixa futuros estimados que são esperados que surjam do uso continuado do activo e da sua alienação no final da sua vida útil. A

quantia recuperável é estimada para cada activo, individualmente ou, no caso de não ser possível, para a unidade geradora de fluxos de caixa à qual o activo pertence.

A reversão de perdas de imparidade reconhecidas em exercícios anteriores é registada quando

existem indícios de que as perdas de imparidade reconhecidas já não existem ou diminuíram. A

reversão das perdas de imparidade é reconhecida na demonstração de resultados. Contudo, a reversão da perda de imparidade é efectuada até ao limite da quantia que estaria reconhecida

(líquida de amortização ou depreciação) caso a perda de imparidade não se tivesse registado em exercícios anteriores.

2.11. Encargos financeiros com empréstimos obtidos

Os encargos financeiros relacionados com empréstimos obtidos são reconhecidos como custo de acordo com o princípio da especialização dos exercícios. Excepcionalmente, em 2007, foram

capitalizados encargos financeiros incorridos com empréstimos afectos a investimentos em curso.

2.12. Activos não correntes detidos para alienação

Os activos não correntes (e conjunto de activos e passivos relacionados a alienar) são

classificados como detidos para alienação e mensurados ao menor do seu valor contabilístico ou justo valor deduzido de custos com a venda.

Os activos não correntes (e conjunto de activos e passivos relacionados a alienar) são classificados como detidos para venda se o seu valor contabilístico for recuperado através da

venda e não através do seu uso continuado. Esta condição só se considera cumprida no momento em que a venda seja altamente provável e o activo (e conjunto de activos e passivos

relacionados a alienar) esteja disponível para alienação imediata nas condições presentes.

Adicionalmente, a gestão deverá estar envolvida na venda aos níveis adequados sendo que deverá ser expectável que a mesma se venha a realizar no prazo de 12 meses após a data de

classificação nesta rubrica.

Adicionalmente, os activos não correntes detidos para alienação deixam de ser amortizados a partir da data em que são classificados como tal.

23

2.13. Rédito e especialização de exercícios

Os proveitos decorrentes de vendas são reconhecidos na demonstração de resultados consolidada quando os riscos e benefícios inerentes à posse dos activos são transferidos para o

comprador e o montante dos proveitos possa ser razoavelmente quantificado. As vendas são reconhecidas líquidas de impostos, descontos e outros custos inerentes à sua concretização pelo

justo valor do montante recebido ou a receber.

Os proveitos decorrentes da prestação de serviços são reconhecidos na demonstração de

resultados consolidada com referência à fase de acabamento da prestação de serviços à data da demonstração da posição financeira.

Os dividendos são reconhecidos como proveitos no exercício em que são atribuídos aos sócios ou

accionistas.

Os juros e proveitos financeiros são reconhecidos de acordo com o princípio da especialização

dos exercícios e de acordo com a taxa de juro efectiva aplicável.

Os custos e proveitos são contabilizados no exercício a que dizem respeito, independentemente da data do seu pagamento ou recebimento. Os custos e proveitos cujo valor real não seja

conhecido são estimados.

Nas rubricas de “Outros activos correntes” e “Outros passivos correntes”, são registados os

custos e os proveitos imputáveis ao exercício corrente e cujas despesas e receitas apenas ocorrerão em exercícios futuros, bem como as despesas e as receitas que já ocorreram, mas que

respeitam a exercícios futuros e que serão imputadas aos resultados de cada um desses

exercícios, pelo valor que lhes corresponde.

2.14. Imposto sobre o rendimento

O imposto sobre o rendimento do exercício é calculado com base nos resultados tributáveis das

empresas incluídas na consolidação e considera a tributação diferida.

O imposto corrente sobre o rendimento do exercício é calculado com base nos resultados tributáveis (os quais diferem dos resultados contabilísticos) das empresas incluídas na

consolidação de acordo com as regras fiscais em vigor no local da sede de cada empresa do Grupo.

A ColepCCL Portugal e a Colep Energia estão integradas no perímetro fiscal da SIEL, SGPS, S.A., empresa-mãe da RAR – Sociedade de Controle (Holding), S.A.. Deste modo, estas empresas

estão incluídas no grupo de sociedades dominado pela SIEL, SGPS, S.A. e são tributadas de acordo com o Regime Especial de Tributação de Grupo de Sociedades (RETGS). Por este facto,

em 31 de Dezembro de 2009 e 2008, na demonstração da posição financeira consolidado estão

registados saldos a receber e a pagar à SIEL, SGPS, S.A., relativamente ao contributo das empresas para o apuramento do lucro do grupo fiscal.

De acordo com a legislação em vigor, as declarações fiscais das empresas incluídas na

consolidação e com sede em Portugal estão sujeitas a revisão e correcção por parte da Administração Tributária durante um período de quatro anos e deste modo, a situação fiscal dos

anos de 2006 a 2009 poderá ainda a vir a ser sujeita a revisão e eventuais correcções. O

Conselho de Administração da Empresa-mãe e das suas filiais entendem que eventuais correcções resultantes de revisão por parte da Administração Tributária à situação fiscal e

parafiscal das empresas, em relação aos exercícios em aberto, não deverão ter um efeito significativo nas demonstrações financeiras consolidadas anexas.

24

Os impostos diferidos são calculados com base no método da responsabilidade da demonstração

da posição financeira e reflectem as diferenças temporárias entre o montante dos activos e

passivos para efeitos de reporte contabilístico e os respectivos montantes para efeitos de tributação. Os activos e passivos por impostos diferidos não são reconhecidos quando as

diferenças temporárias resultem de diferenças de consolidação ou do reconhecimento inicial de activos e passivos que não através de operações de concentração empresarial. Os impostos

diferidos activos e passivos são calculados e anualmente avaliados às taxas de tributação em vigor ou anunciadas para estarem em vigor à data expectável da reversão das diferenças

temporárias.

Os activos por impostos diferidos são reconhecidos unicamente quando existem expectativas

razoáveis de lucros fiscais futuros suficientes para a sua utilização, ou nas situações em que existam diferenças temporárias tributáveis que compensem as diferenças temporárias dedutíveis

no período da sua reversão. Na data de cada demonstração da posição financeira é efectuada

uma reapreciação das diferenças subjacentes aos activos por impostos diferidos no sentido de reconhecer activos por impostos diferidos não registados anteriormente por não terem

preenchido as condições para o seu registo e, ou, para reduzir o montante dos impostos diferidos activos registados em função da expectativa actual da sua recuperação futura.

Os impostos diferidos são registados como custo ou proveito do exercício, excepto se resultarem

de itens registados directamente em capital próprio, situação em que o imposto diferido é

também registado na mesma rubrica.

2.15. Classificação da demonstração da posição financeira

Os activos realizáveis e os passivos exigíveis a mais de um ano da data da demonstração da

posição financeira são classificados, respectivamente, como activos e passivos não correntes.

Adicionalmente, pela sua natureza, os impostos diferidos activos e as provisões para riscos e encargos são classificados como activos e passivos não correntes.

2.16. Saldos e transacções expressos em moeda estrangeira

As transacções em outras divisas que não Euro, são registadas às taxas em vigor na data da transacção. Em cada data da demonstração da posição financeira, os activos e passivos

monetários expressos em moeda estrangeira são convertidos para Euro utilizando as taxas de câmbio vigentes naquela data. Activos e passivos não monetários registados de acordo com o

seu justo valor denominado em moeda estrangeira são transpostos para Euro utilizando para o

efeito a taxa de câmbio em vigor na data em que o justo valor foi determinado.

As diferenças de câmbio, favoráveis e desfavoráveis, originadas pelas diferenças entre as taxas de câmbio em vigor na data das transacções e as vigentes na data das cobranças, pagamentos

ou à data da demonstração da posição financeira, dessas mesmas transacções, são registadas

como proveitos e custos na demonstração consolidada de resultados do exercício, excepto aquelas relativas a itens não monetários cuja variação de justo valor seja registada directamente

em capital próprio.

2.17. Activos e passivos contingentes

Os passivos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras consolidadas,

sendo os mesmos divulgados no anexo, a menos que a possibilidade de uma saída de fundos afectando benefícios económicos futuros seja remota, caso em que não são objecto de

divulgação.

25

Os activos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras consolidadas mas divulgados no anexo quando é provável a existência de um benefício económico futuro.

2.18. Eventos subsequentes

Os eventos ocorridos após a data da demonstração da posição financeira que proporcionem informação adicional sobre condições que existiam à data da demonstração da posição financeira

(“adjusting events”) são reflectidos nas demonstrações financeiras consolidadas. Os eventos após a data da demonstração da posição financeira que proporcionem informação sobre condições que

ocorram após a data da demonstração da posição financeira (“non adjusting events”), se

materiais, são divulgados no anexo às demonstrações financeiras consolidadas.

2.19. Indemnizações pela cessação por mútuo acordo de contratos de trabalho

Os encargos associados a indemnizações pagas a trabalhadores pela cessação por mútuo acordo

de contratos de trabalho são registados no exercício em que o respectivo acordo é concluído. Caso o acordo não seja assinado no mesmo período em que produz efeitos, é constituída uma

provisão para fazer face às responsabilidades assumidas pelo Grupo.

2.20. Julgamentos e estimativas

As estimativas contabilísticas mais significativas reflectidas nas demonstrações financeiras

consolidadas nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2009 e 2008 incluem:

a) Vidas úteis do activo tangível e intangível; b) Análises de imparidade das diferenças de consolidação;

c) Registo de ajustamentos aos valores do activo e provisões.

As estimativas foram determinadas com base na melhor informação disponível à data da

preparação das demonstrações financeiras consolidadas e com base no melhor conhecimento e na experiência de eventos passados e/ou correntes. No entanto, poderão ocorrer situações em

períodos subsequentes que, não sendo previsíveis à data, não foram considerados nessas

estimativas. As alterações a essas estimativas, que ocorram posteriormente à data das demonstrações financeiras consolidadas, serão corrigidas em resultados de forma prospectiva,

conforme disposto pelo IAS 8.

3. GESTÃO DO RISCO FINANCEIRO

A actividade do Grupo encontra-se exposta a uma variedade de riscos financeiros, tais como o

risco de mercado, o risco de crédito e o risco de liquidez. Estes riscos resultam da incerteza subjacente aos mercados financeiros, a qual se reflecte na capacidade de projecção de fluxos de

caixa e rendibilidades. A política de gestão dos riscos financeiros do Grupo, procura minimizar eventuais efeitos adversos decorrentes destas incertezas características dos mercados

financeiros, recorrendo em determinadas situações a instrumentos derivados de cobertura.

3.1. Risco de mercado

a) Risco de taxa de juro

O risco de taxa de juro é essencialmente resultante de endividamento indexado a taxas variáveis.

O endividamento do Grupo encontra-se sobretudo indexado a taxas de juro variáveis, expondo o custo da dívida a um risco de volatilidade. O impacto dessa volatilidade nos resultados e no

capital próprio do Grupo não é significativo em virtude do relativo baixo nível de endividamento e da possível correlação entre o nível de taxas de juro de mercado e o crescimento económico,

26

com este a ter efeitos positivos nos resultados operacionais do Grupo, por essa via parcialmente compensando os custos financeiros acrescidos (“natural hedge”).

Por considerar que o risco de taxa de juro não é significativo, apenas pontualmente o Grupo utiliza instrumentos derivados para efeitos de cobertura deste risco.

A 31 de Dezembro de 2009 e 2008, o Grupo apresenta um endividamento líquido de

aproximadamente 109,5 milhões de Euros e 64,0 milhões de Euros, respectivamente, divididos entre empréstimos correntes e não correntes (Notas 19, 20, 22 e 31) e caixa e equivalentes de

caixa (Nota 16) contratados junto de diversas instituições.

Análise de sensibilidade de taxa de juro

A análise de sensibilidade abaixo foi determinada com base na exposição do Grupo a variações

na taxa de juro em instrumentos financeiros tendo por referência a estimativa de endividamento

médio durante o ano. Para os instrumentos financeiros indexados a taxas de juros variáveis, a análise foi preparada considerando-se que as alterações nas taxas de juros de mercado apenas

afectam o proveito ou custo financeiro dos instrumentos financeiros indexados a taxas de juros variáveis.

Se a taxa de juro tivesse sido 50 pontos base superior e as restantes variáveis mantidas

constantes, o resultado financeiro do exercício findo em 31 de Dezembro de 2009 viria diminuído

em cerca de 718 mil Euros.

b) Risco de taxa de câmbio

b1) Risco de transacção

Na sua actividade operacional, o Grupo realiza transacções diversas expressas em outras moedas

que não Euro. Por política, é eleita uma moeda funcional por cada participada, correspondente à moeda do seu ambiente económico principal e aquela que melhor representa a composição dos

seus “cash-flows”. Assim, este risco de taxa de câmbio resulta essencialmente de transacções

comerciais, decorrentes da compra e venda de produtos e serviços em moeda diferente da moeda funcional de cada negócio.

A política de gestão de risco de taxa de câmbio de transacção do Grupo procura minimizar ou

eliminar esse risco, contribuindo para uma menor sensibilidade dos resultados do Grupo a flutuações cambiais. Sempre que possível, o Grupo procura realizar coberturas naturais dessas

exposições cambiais, compensando os créditos concedidos e os créditos recebidos expressos na

mesma divisa. Quando tal não é possível, recorre-se a outros instrumentos derivados de cobertura, fundamentalmente “forwards” de taxas de câmbio.

Nos casos em que os instrumentos derivados de cobertura, embora contratados com o objectivo

específico de cobertura dos riscos cambiais, não se enquadram nos requisitos definidos no IAS 39

para classificação como instrumentos de cobertura, as variações do justo valor afectam directamente a demonstração dos resultados.

O Grupo está essencialmente exposto ao risco de variação do câmbio da Libra inglesa e do Zloti

polaco. Os valores da demonstração da posição financeira de activos e passivos financeiros directamente associados à actividade operacional expressos em outras divisas que não o Euro

evidenciam a reduzida exposição do Grupo a este risco de câmbio.

b2) Risco de tradução ou conversão de demonstrações financeiras de entidades estrangeiras

Este risco, também chamado de risco contabilístico, traduz o potencial de alteração da situação

líquida da casa-mãe por força da necessidade de “traduzir” as demonstrações financeiras das

27

participadas no exterior. A política de gestão do risco de câmbio de tradução do Grupo vai no sentido da apreciação casuística da oportunidade de cobertura deste risco, tendo nomeadamente

em consideração as circunstâncias específicas das moedas e países em equação e as estruturas

de capital dessas participadas.

Conforme mencionado na Nota 2.2 d), os activos e passivos das demonstrações financeiras de entidades estrangeiras são convertidos para Euros utilizando as taxas de câmbio existentes à

data da demonstração da posição financeira e os custos e proveitos dessas demonstrações financeiras são convertidos para Euros utilizando a taxa de câmbio média do exercício. A

diferença cambial resultante é registada no capital próprio na rubrica “Reservas de conversão”.

c) Risco de preço

O preço das principais matérias-primas utilizadas pela ColepCCL está correlacionado com a

cotação de “commodities” como o aço, petróleo e alumínio.

A evolução do preço das matérias-primas, duma forma mais ou menos imediata, é repercutida no

preço de venda aos clientes, pelo que não são usados regularmente instrumento de “hedging” de preço. Apenas em situações específicas, na sequência de acordos com clientes para manutenção

de preço de venda por períodos definidos, estes instrumentos são utilizados.

3.2. Risco de crédito

A exposição do Grupo ao risco de crédito está maioritariamente associada às contas a receber

decorrentes da sua actividade operacional. O risco de crédito refere-se ao risco da contraparte incumprir com as suas obrigações contratuais, resultando uma perda para o Grupo.

O risco de crédito relacionado com a actividade operacional está essencialmente relacionado com dívidas de vendas realizadas e serviços prestados a clientes (Nota 15). A gestão deste risco tem

por objectivo garantir a efectiva cobrança dos créditos nos prazos estabelecidos sem afectar o equilíbrio financeiro do Grupo. Este risco é monitorizado numa base regular de negócio, sendo

que o objectivo da gestão é (a) limitar o crédito concedido a clientes, considerando o prazo

médio de recebimento de cada cliente, (b) monitorar a evolução do nível de crédito concedido, e (c) realizar análise de imparidade aos valores a receber numa base regular.

O Grupo não apresenta risco de crédito significativo com algum cliente em particular, ou com

algum grupo de clientes com característica semelhantes, na medida em que as contas a receber estão repartidas por diversos clientes, diferentes negócios e diferentes áreas geográficas. O

Grupo obtém garantias de crédito, sempre que a situação financeira do cliente assim o

recomende. Para os clientes em que o risco de crédito o justifique, essas garantias consubstanciam-se em seguros de crédito e garantias bancárias.

Os ajustamentos para contas a receber são calculados considerando-se (a) o perfil de risco do

cliente, (b) o prazo de médio de recebimento, o qual difere de negócio para negócio, e (c) a

condição financeira do cliente. Os movimentos destes ajustamentos para os exercícios findos a 31 de Dezembro de 2009 e 2008 encontram-se divulgados na Nota 27.

A 31 de Dezembro de 2009 e 2008, o Grupo considera que não existe a necessidade de perdas

de imparidade adicionais para além dos montantes registados naquelas datas e evidenciados, de forma resumida, na Nota 27.

Os montantes relativos aos activos financeiros apresentados nas demonstrações financeiras, os quais se encontram líquidos de imparidades, representam a máxima exposição do Grupo ao risco

de crédito.

28

3.3. Risco de liquidez

O risco de liquidez é definido como sendo o risco de falta de capacidade para liquidar ou cumprir as obrigações no prazo estipulado e a um preço razoável. A existência de liquidez implica que

sejam definidos parâmetros de gestão dessa liquidez que permitam maximizar o retorno obtido e minimizar os custos de oportunidade associados à detenção dessa liquidez de forma segura e

eficiente.

A gestão do risco de liquidez do Grupo tem por objectivo:

- Liquidez – garantir o acesso permanente e de forma eficiente a fundos suficientes para fazer face aos pagamentos correctos nas respectivas datas de vencimento;

- Segurança – minimizar a probabilidade de incumprimento no reembolso de qualquer aplicação de fundos; e

- Eficiência financeira – garantir a minimização do custo de oportunidade da detenção de liquidez excedentária no curto prazo.

O Grupo tem como política compatibilizar os prazos de vencimento de activos e passivos, gerindo as respectivas maturidades de forma equilibrada. Assumindo um papel corporativo de

coordenação financeira do Grupo, no âmbito da avaliação de desempenho financeiro das suas participadas, a casa-mãe define objectivos de optimização da sua estrutura de capitais de longo

prazo, nomeadamente atendendo às características de risco operacional, capacidade de

endividamento e referências sectoriais de cada negócio.

Por política, gerindo a sua exposição ao risco liquidez, o Grupo assegura a contratação de instrumentos e facilidades de crédito de diversas naturezas e em montantes adequados à

especificidade das necessidades de cada negócio e participada, garantindo níveis confortáveis de folga de liquidez. Também por política, essas facilidades são contratadas sem envolver concessão

de garantias.

A informação constante neste anexo inclui os montantes em dívida não descontados e os prazos

de vencimento foram determinados com base na data mais próxima em que o Grupo pode ser solicitado a liquidar aqueles passivos (“worst case scenario”), no pressuposto do cumprimento de

todos os requisitos contratualmente definidos.

4. ALTERAÇÕES DE POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS E CORRECÇÃO DE ERROS FUNDAMENTAIS

Durante os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2009 e 2008 não se verificaram alterações

significativas de políticas contabilísticas nem correcções de erros fundamentais.

5. EMPRESAS FILIAIS INCLUÍDAS NA CONSOLIDAÇÃO

As empresas filiais incluídas na consolidação, suas sedes sociais e proporção do capital detido em

31 de Dezembro de 2009, são as seguintes:

Nome Sede social

Percentagem do capital detido

Directo Total

Empresa mãe

ColepCCL Portugal – Embalagens e Enchimentos, S.A. Vale de Cambra – Portugal

Filiais

ColepCCL España, S.A. San Adrian – Espanha 100,00 100,00

ColepCCL Navarra, S.A. San Adrian – Espanha - 100,00

ColepCCL Polska, Sp. Z.o.o. Kleszczóm – Polónia - 100,00

Colep – Energia Unipessoal, Lda. Vale de Cambra – Portugal 100,00 100,00

ColepCCL UK Limited Scunthorpe – Inglaterra 100,00 100,00

29

Nome Sede social

Percentagem do capital detido

Directo Total

ColepCCL Rapid-Spray GmbH & Co. KG Laupheim – Alemanha 100,00 100,00

ColepCCL Rapid-Spray Verwaltungs GmbH Neutraubling - Alemanha 100,00 100,00

Czewo Full Filling Service GmbH Neutraubling - Alemanha - 100,00

Czewo Full Filling Service GmbH Bad Schmiedeberg - Alemanha - 100,00

Czewo Full Filling Service GmbH Zülpich – Alemanha - 100,00

Czewo Full Filling Service Holding GmbH Neutraubling - Alemanha - 100,00

Estas empresas filiais foram incluídas na consolidação pelo método de consolidação integral,

conforme indicado na Nota 2.2.a).

6. INVESTIMENTOS EM ASSOCIADAS E PARTICIPADAS

A rubrica “Investimentos” inclui essencialmente a seguinte participação:

Empresa Sede Valor % controlo

2009 % controlo

2009

Capital próprio 2009

Resultado líquido 2009

Litarte – Lit. Artística, Lda. V. N. Gaia 175.078 11.33 11,33 1.439.860 165.963

A participação financeira acima mencionada, está registada ao custo de aquisição, sendo estimativa do Conselho de Administração que o seu valor de realização seja superior ao valor da

demonstração da posição financeira. Esta participação financeira não foi registada pelo seu justo

valor por este não ser fiavelmente determinável.

Nos exercícios de 2009 e 2008 os dividendos recebidos desta participada ascenderam a 12.500 Euros em cada um dos exercícios(Nota 40).

7. EMPRESAS DO GRUPO E ASSOCIADAS EXCLUÍDAS DA CONSOLIDAÇÃO

Não existem empresas do Grupo e associadas excluídas da consolidação.

8. ALTERAÇÕES OCORRIDAS NO PERÍMETRO DE CONSOLIDAÇÃO

Durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2009 verificaram-se as seguintes alterações no

Grupo:

No início de 2009, o Grupo adquiriu a totalidade do capital social do Grupo Czewo, tendo o custo

de aquisição ascendido a cerca de 49 milhões de Euros. Os seus contributos para a demonstração da posição financeira consolidada em 31 de Dezembro de 2009, foram os

seguintes:

30

Contributos em

31.12.2009

Imobilizações corpóreas e incorpóreas 43.166.330

Diferenças de consolidação (Nota 10) 3.555.353

Outros activos não correntes 2.846.991

Activos não correntes 49.568.674

Existências 11.122.662

Clientes 1.177.960

Outros activos correntes 3.133.024

Activos correntes 15.433.646

Responsabilidades por pensões 907.779

Passivos por impostos diferidos 4.294.634

Outros passivos não correntes 886.489

Provisões não correntes 771.000

Passivos não correntes 6.859.902

Fornecedores 5.077.083

Outros passivos correntes 9.209.307

Passivos correntes 14.286.390

Capital próprio 43.856.028

Proporção no capital próprio – 100% 27.379.059

Diferença de consolidação (Nota 10) 21.999.905

Custo de aquisição 49.378.964

Os contributos da referida sociedade para a demonstração consolidada dos resultados em 31 de Dezembro de 2009 foram os seguintes:

31.12.2009

Proveitos operacionais 112.070.697

Custos operacionais 112.927.611

Resultados operacionais (856.914)

Resultados financeiros (1.344.419)

Resultados em empresas associadas 1.093.040

Resultados obtidos em operações em descontinuação (6.960.513)

Resultado corrente/Resultado antes de impostos (8.068.806)

Imposto sobre o rendimento 2.846.393

Resultado líquido do exercício (5.222.413)

9. IMOBILIZAÇÕES CORPÓREAS

Durante os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2009 e 2008, os movimentos ocorridos no

valor das imobilizações corpóreas, bem como nas respectivas amortizações e perdas por

imparidade acumuladas, foram os seguintes:

2009

Terrenos

e recursos naturais

Edifícios e

outras construções

Equip. básico

Equip. de

transporte

Equip. administ

Ferramen. e

utensílios

Taras e vasilhame

Outras imobiliza. corpóreas

Imobiliza. em curso

Adiant. por conta

imob. corpóreas

Total

Activo bruto:

Saldo inicial 6.850.978 66.527.381 146.799.141 3.915.964 10.681.148 5.165.534 302.989 2.856.768 7.059.667 34.110 250.193.680

Variação do perímetro 7.508.862 28.730.783 64.017.639 446.798 1.633.155 168.449 - 192.908 1.500.254 - 104.198.848

Efeito conversão cambial 21.432 505.838 1.320.449 7.281 107.072 4 - 10.837 68.206 407 2.041.526

Adições - 1.559.028 2.610.542 371.997 1.078.441 126.052 - 139.074 4.799.310 (34.331) 10.650.113

Reavaliações 2.512.445 10.893.719 - - - - - - - - 13.406.164

Alienações - (1.352.705) (3.970.303) (368.316) (45.545) (1.994) - - (380.978) - (6.119.841)

Abates - - (6.068) - (21.588) (1.557) - (1.939) (2.619) - (33.771)

Transferências (Nota 10) (3.001.073) 2.052.850 (1.414.925) 33.429 (1.294.283) 103.466 4.299 (395.736) (2.227.906) - (6.139.879)

Saldo final 13.892.644 108.916.894 209.356.475 4.407.153 12.138.400 5.559.954 307.288 2.801.912 10.815.934 186 368.196.840

Amortizações e perdas de imparidade acumuladas:

Saldo inicial - 28.167.956 114.603.693 2.383.795 7.225.849 4.841.043 240.820 1.546.256 - - 159.009.412

Variação do perímetro 410.000 12.795.824 40.242.830 317.541 1.293.211 168.449 - 35.683 - - 55.263.538

Efeito conversão cambial - 168.419 1.065.168 7.332 53.668 28 - 42.122 - - 1.336.737

Amortização do exercício - 4.321.403 9.365.171 512.795 932.696 105.313 26.135 1.004.712 - - 16.268.225

Perdas imparidade do exercício 200.145 - - - - - - - - - 200.145

Alienações - (491.683) (3.372.594) (336.864) (43.079) (1.994) - - - - (4.246.214)

Transferências - 1.313.083 (1.118.085) - (424.078) 129.288 - - - - (99.792)

Abates - - (6.068) - (18.697) (1.557) - (1.939) - - (28.261)

Saldo final 610.145 46.275.002 160.780.115 2.884.599 9.019.570 5.240.570 266.955 2.626.834 - - 227.703.790

Valor líquido 13.282.499 62.641.892 48.576.360 1.522.554 3.118.830 319.384 40.333 175.078 10.815.934 186 140.493.050

2008

Terrenos

e recursos naturais

Edifícios e

outras construções

Equip. básico

Equip. de

transporte

Equip. administ

Ferramen. e

utensílios

Taras e vasilhame

Outras imobiliza. corpóreas

Imobiliza. em curso

Adiant. por conta

imob. corpóreas

Total

Activo bruto:

Saldo inicial 6.942.081 65.840.872 137.485.260 3.616.195 10.047.045 5.157.594 277.121 2.101.166 16.967.208 - 248.434.542

Efeito conversão cambial (91.103) (2.970.698) (5.857.300) (61.543) (222.633) - - (1.322) (1.014.058) - (10.218.657)

Adições - 675.367 10.373.648 444.640 487.241 139.647 25.680 13.677 3.624.780 34.110 15.818.790

Alienações - - (1.189.061) (126.500) (837.386) (147.587) - (161.243) (85.737) - (2.547.514)

Abates - - (74.633) (55.052) (7.413) (8.329) - - - - (145.427)

Transferências (Nota 10) - 2.981.840 6.061.226 98.223 1.214.294 24.210 188 1.127.713 (12.655.748) - (1.148.054)

Saldo final 6.850.978 66.527.381 146.799.140 3.915.963 10.681.148 5.165.535 302.989 3.079.991 6.836.445 34.110 250.193.680

Amortizações e perdas de imparidade acumuladas:

Saldo inicial - 26.016.724 113.761.454 2.078.167 7.120.951 4.859.817 207.340 1.251.879 122.192 - 155.418.524

Efeito conversão cambial - (760.887) (4.666.690) (41.675) (158.642) - - (1.222) - - (5.629.116)

Amortização do exercício - 2.912.119 6.977.951 492.963 911.085 137.142 33.480 173.407 - - 11.638.147

Perdas imparidade do exercício - - - - - - - - - - -

Alienações - - (1.180.139) (125.614) (837.308) (147.587) - - - - (2.290.648)

Transferências - - (223.689) 26.513 197.176 - - 122.192 (122.192) - -

Abates - - (65.195) (46.558) (7.413) (8.329) - - - - (127.495)

Saldo final - 28.167.956 114.603.692 2.383.796 7.225.849 4.841.043 240.820 1.546.256 - - 159.009.412

Valor líquido 6.850.978 38.359.425 32.195.448 1.532.167 3.455.299 324.492 62.169 1.533.735 6.836.445 34.110 91.184.268

33

Os valores registados, em 31 de Dezembro de 2009 e 2008, na rubrica de transferências correspondem a transferências para:

31.12.09 31.12.08

Imobilizado incorpóreo (Nota 11) 71.638 1.148.054

Activos detidos para venda 3.000.000 -

Operações em descontinuação 3.111.608 -

6.183.246 1.148.054

Em 31 de Dezembro de 2009 e 2008, o valor líquido contabilístico dos bens adquiridos com o

recurso a locação financeira apresentava a seguinte decomposição:

31.12.09 31.12.08

Equipamento básico 8.723.549 9.705.993

Equipamento de transporte 2.994 11.977

8.726.543 9.717.970

Em 31 de Dezembro de 2008, o Grupo não tinha hipotecado ou penhorado quaisquer bens de imobilizado.

O imobilizado corpóreo em curso apresentava, em 31 de Dezembro de 2009 e 2008, a seguinte composição:

31.12.09 31.12.08

Edifícios e outras construções 2.826.380 2.128.472

Equipamento básico 7.727.572 4.300.942

Equipamento de transporte 677 41.695

Equipamento administrativo 85.993 210.805

Ferramentas e utensílios - 20.319

Taras e vasilhames 4.300 4.300

Outras imobilizações corpóreas 171.012 129.912

10.815.934 6.836.445

Os adiantamentos por conta de imobilizações corpóreas apresentavam, em 31 de Dezembro de

2009 e 2008, a seguinte composição:

31.12.09 31.12.08

Edifícios e outras construções 186 34.110

186 34.110

De acordo com a política adoptada pelo Grupo, periodicamente são efectuadas revalorizações dos

terrenos e edifícios (Nota 2.3 a)). As reavaliações têm vindo a ser efectuadas com base em

relatórios de avaliadores imobiliários independentes.

Nestas avaliações de imobilizado utilizado pelo Grupo, considerou-se essencialmente o Método Comparado de Mercado e o Método do Custo de Reposição Amortizado.

De acordo com as políticas do Grupo o valor do equipamento básico encontra-se registado ao custo histórico. No entanto, foi efectuada no exercício de 2009 uma avaliação por uma entidade

independente (American Appraisal), aos principais equipamentos básicos das unidades industriais de Vale de Cambra, Neutraubling e Scunthorpe. Da avaliação deste conjunto de activos, usando

o “Valor Razoável de Mercado – em Uso Continuado”, resultaram os valores abaixo evidenciados:

Justo valor Valor líquido contabilístico

Equipamento básico 68.421.000 18.156.500

34

Dada a política do grupo para a rubrica de equipamento básico ser a do Custo Histórico, os

valores acima referidos não foram reconhecidos nas Demonstrações Financeiras.

10. DIFERENÇAS DE CONSOLIDAÇÃO

A rubrica “Diferenças de consolidação” em 31 de Dezembro de 2009 e de 2008 é resumida como

segue:

31.12.09 31.12.08

ColepCCL Navarra, S.A. 544.479 544.479

ColepCCL Rapid-Spray GmbH 2.195.355 2.195.355

ColepCCL RS Verwaltungs GmbH 3.248 -

"CCL CM Europe" 10.282.170 10.282.170

Aquisição Grupo Czewo (Nota 8) 25.555.258 -

38.580.510 13.022.004

A designação “CCL CM Europe” respeita às filiais adquiridas no inicio de 2004.

Durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2009 as variações ocorridas foram

consequência directa das alterações no perímetro de consolidação (Nota 8), aquisição do Grupo Czewo.

Em 31 de Dezembro de 2009 e 2008, após a análise das diferenças de consolidação através do

método dos “cash-flows” descontados, a Empresa verificou que não existem indícios de imparidade.

11. IMOBILIZAÇÕES INCORPÓREAS

Durante os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2009 e 2008, o movimento ocorrido nas imobilizações incorpóreas, bem como nas respectivas amortizações e perdas por imparidade

acumuladas, foi o seguinte:

2009

Despesas de

desenvolvimento Software Outros

Imobilizado em curso

Total

Activo Bruto:

Saldo inicial 1.293.732 5.953.673 - 781.404 8.028.809

Variação do perímetro - 1.005.962 68.073 31.147 1.105.182

Efeito da conversão cambial - 63.758 - - 63.758

Adições - 279.069 6.645 25.733 311.447

Alienações e abates - (33.775) - (101.847) (135.622)

Transferências (Nota 9) - 444.893 - (309.059) 135.834

Saldo final 1.293.732 7.713.580 74.718 427.378 9.509.408

Amortizações e perdas de

imparidade acumuladas:

Saldo inicial 1.156.844 3.315.312 - - 4.472.156

Variação do perímetro - 880.904 58.111 - 939.015

Efeito da conversão cambial - 12.975 - - 12.975

Amortização do exercício 68.097 1.063.735 - - 1.131.832

Alienações e abates - (33.774) - - (33.774)

Transferências (Nota 9) - 207.355 - - 207.355

Saldo final 1.224.941 5.446.507 58.111 - 6.729.559

Valor líquido 68.791 2.267.073 16.607 427.378 2.779.849

35

2008

Despesas de

desenvolvimento Software

Imobilizado em curso

Total

Activo Bruto:

Saldo inicial 1.286.232 3.422.882 1.633.827 6.342.941

Efeito da conversão cambial - (222.236) - (222.236)

Adições 7.500 623.725 104.858 736.083

Alienações e abates - 23.967 - 23.967

Transferências (Nota 8) - 2.105.335 (957.281) 1.148.054

Saldo final 1.293.732 5.953.673 781.404 8.028.809

Amortizações e perdas de

imparidade acumuladas:

Saldo inicial 1.083.056 2.708.260 - 3.791.316

Efeito da conversão cambial - (36.844) - (36.844)

Amortização do exercício 73.788 619.938 - 693.726

Alienações e abates - 23.958 - 23.958

Saldo final 1.156.844 3.315.312 - 4.472.156

Valor líquido 136.888 2.638.361 781.404 3.556.653

O valor de imobilizado incorpóreo em curso em 31 de Dezembro de 2009 e 2008 refere-se à implementação do sistema de informação SAP nas filiais da Alemanha e Inglaterra e à aquisição

de novas licenças de utilização SAP.

12. IMPOSTOS DIFERIDOS

O detalhe dos activos e passivos por impostos diferidos em 31 de Dezembro de 2009 e 2008, de acordo com as diferenças temporárias que os geraram, é o seguinte:

Activos por impostos diferidos Passivos por impostos diferidos

31.12.09 31.12.08 31.12.09 31.12.08

Diferença na base tributável do imobilizado 309.458 274.828 (875.894) (637.617)

Provisões não aceites fiscalmente 174.272 179.635 - -

Perdas cambiais não aceites 146.975 127.320 - -

Ganhos cambiais não aceites - - (81.757) (124.439)

Amortizações e depreciações não aceites 1.649.567 901.376 (5.995.288) (718.391)

Prejuízos fiscais reportáveis 2.574.973 - - -

Reavaliações livres de imobilizado - 127.941 (3.567.612) (71.475)

Reavaliações legais de imobilizado - - (27.206) (40.910)

Outras diferenças temporárias 297.388 309.057 (33.672) (73.085)

5.152.633 1.920.157 (10.581.429) (1.665.917)

36

O movimento ocorrido nos activos e passivos por impostos diferidos nos exercícios findos em 31

de Dezembro de 2009 e 2008 foi como segue:

31.12.09 31.12.08

Saldo inicial 254.240 987.220

Variação do perímetro de consolidação (4.561.597) -

Efeito em resultados (Nota 40):

Diferença na base tributável do imobilizado (199.093) (294.837)

Amortizações de imobilizado não aceites 345.553 (32.447)

Ganhos cambiais não aceites 93.314 -

Perdas cambiais não aceites 17.201 -

Utilização de prejuízos fiscais reportáveis 2.574.973 -

Movimento das provisões não aceites fiscalmente (5.301) (388.278)

Reavaliações de imobilizado 13.704 13.704

Outras diferenças temporais (80.091) 88.669

Sub-total 2.760.260 (613.189)

Efeito em capital:

Reavaliações de imobilizado (3.496.136) 127.941

Sub-total (3.496.136) 127.941

Efeito de conversão cambial (3.863) (55.268)

Outros (381.700) (192.464)

Saldo final (5.428.796) 254.240

13. OUTROS ACTIVOS NÃO CORRENTES

Em 31 de Dezembro de 2009 e de 2008 esta rubrica tinha a seguinte composição:

31.12.09 31.12.08

Outros investimentos financeiros:

Adiantamento para aquisição investimentos financeiros:

Czewo Full Filling Service GmbH - 2.482.445

Instrumentos financeiros de cobertura 90.448 -

Outros investimentos financeiros 99.481 -

189.929 2.482.445

14. EXISTÊNCIAS

Em 31 de Dezembro de 2009 e 2008 esta rubrica tinha a seguinte composição:

31.12.09 31.12.08

Matérias-primas, subsidiárias e de consumo 26.177.941 24.361.860

Mercadorias 274.531 277.210

Produtos acabados e intermédios 13.068.179 7.967.163

Produtos e trabalhos em curso 7.457.945 8.451.922

46.978.596 41.058.155

Perdas de imparidade acumuladas em existências (Nota 27) (1.109.783) (1.276.812)

45.868.813 39.781.343

Em 31 de Dezembro de 2009 e 2008 os valores das matérias-primas em trânsito ascendem a

10.164 Euros e 581.177 Euros, respectivamente.

37

15. CLIENTES, ESTADO E OUTROS ENTES PÚBLICOS E OUTRAS DIVIDAS DE TERCEIROS

Clientes

Em 31 de Dezembro de 2009 e 2008 a rubrica “Clientes” tinha a seguinte composição:

31.12.09 31.12.08

Clientes correntes 29.558.250 40.036.823

Clientes, conta letras - 5.878

Clientes de cobrança duvidosa 685.599 886.242

30.243.849 40.928.943

Perdas de imparidade acumuladas em contas de clientes (Nota 26) (1.178.969) (886.242)

29.064.880 40.042.701

Em 31 de Dezembro de 2009 e 2008 a antiguidade das dívidas de clientes é como segue:

31.12.09 31.12.08

Saldo não vencido 25.750.640 32.434.815

Saldo vencido

Entre 0 e 90 dias 3.047.890 7.266.123

Entre 90 e 180 dias 57.345 204.218

Há mais de 180 dias 209.005 137.545

29.064.880 40.042.701

Estado e outros entes públicos

Em 31 de Dezembro de 2009 e 2008, a rubrica “Estado e outros entes públicos” tinha a seguinte

composição:

31.12.09 31.12.08

Imposto sobre o rendimento 1.420.735 1.341.827

Imposto sobre o valor acrescentado 2.759.126 3.805.219

Outros 87.263 52.250

4.267.124 5.199.296

Outras dívidas de terceiros

Em 31 de Dezembro de 2009 e 2008, a rubrica “Outras dívidas de terceiros” tinha a seguinte composição:

31.12.09 31.12.08

Outros devedores 3.694.130 746.812

Adiantamentos a fornecedores 494.771 703.402

Adiantamentos a fornecedores de imobilizado 64.000 -

4.252.901 1.450.214 Perdas de imparidade acumuladas em outras dívidas de

terceiros (Nota 27) (123.762) (66.520)

4.129.139 1.383.694

38

Em 31 de Dezembro de 2009 e 2008 a antiguidade das dívidas da rubrica “Outras de terceiros” é como segue:

31.12.09 31.12.08

Saldo não vencido 4.122.805 1.038.607

Saldo vencido

De 60 a 90 dias 6.334 103.079

De 90 a 120 dias - 6.030

Há mais de 120 dias - 235.979

4.129.139 1.383.694

A exposição do Grupo ao risco de crédito é atribuível às contas a receber da sua actividade

operacional. Os montantes apresentados na demonstração da posição financeira encontram-se líquidos das perdas acumuladas por imparidade para cobranças duvidosas que foram estimadas

pelo Grupo de acordo com a sua experiência e com base na sua avaliação da conjuntura e

envolvente económica.

16. OUTROS ACTIVOS CORRENTES

Em 31 de Dezembro de 2009 e 2008 esta rubrica tinha a seguinte composição:

31.12.09 31.12.08

Créditos a efectuar pelos fornecedores 909.804 382.648

Juros 2.826 8.265

Seguros pagos antecipadamente 227.756 310.292

Rendas pagas antecipadamente 169.950 87.444

Trabalhos especializados 24.065 111

Outros custos diferidos 130.582 869.880

1.464.983 1.658.640

17. CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA

Em 31 de Dezembro de 2009 e 2008 o detalhe de caixa e seus equivalentes era o seguinte:

31.12.09 31.12.08

Numerário 28.264 34.056

Depósitos bancários imediatamente mobilizáveis 3.925.254 4.525.062

Caixa e equivalentes de caixa 3.953.518 4.559.118

Descobertos bancários (Nota 19) (9.037.112) (9.071.358)

(5.083.594) (4.512.240)

A rubrica de “Caixa e equivalentes de caixa” compreende os valores de caixa, depósitos

imediatamente mobilizáveis, aplicações de tesouraria e depósitos a prazo com vencimento a

menos de três meses, mas imediatamente mobilizáveis com alteração de valor insignificante. Em descobertos bancários estão registados os saldos credores de contas correntes com instituições

financeiras.

18. CAPITAL SOCIAL E RESERVAS

Em 31 de Dezembro de 2009, a empresa era detida em 60% pela RAR – Sociedade de Controle

(Holding), S. A e em 40% pela CREATING IDEAS – Estudos e Inovação, S.A..

A rubrica “Reservas de reavaliação” resulta da reavaliação do imobilizado corpóreo efectuada nos termos da legislação aplicável e no âmbito das reavaliações extraordinárias. De acordo com a

39

legislação vigente e as práticas contabilísticas seguidas em Portugal, estas reservas não são distribuíveis aos accionistas podendo apenas, em determinadas circunstâncias, ser utilizadas em

futuros aumentos de capital da Empresa ou em situações específicas na legislação.

A legislação comercial estabelece que, pelo menos, 5% do resultado líquido anual tem de ser

destinado ao reforço da reserva legal até que esta represente pelo menos 20% do capital. Esta reserva não é distribuível a não ser em caso de liquidação da Empresa, podendo ser utilizada

para absorver prejuízos depois de esgotadas as outras reservas ou incorporada no capital.

19. EMPRÉSTIMOS BANCÁRIOS

Em 31 de Dezembro de 2009 e 2008 os empréstimos bancários obtidos tinham o seguinte

detalhe:

Entidade financiadora

31.12.09 31.12.08

Limite Montante utilizado Limite Montante utilizado

Taxa de juro

Última prestação

Periodicidade da

amortização

Corrente Não

corrente Corrente

Não corrente

Sparkasse 240.000 - 1.680.000 240.000 6,00% Fev-10 Mensal

240.000 - 1.680.000 240.000

Descobertos bancários 9.037.112 - 9.071.358 -

9.277.112 - 10.751.358 240.000

Em 31 de Dezembro de 2009, os empréstimos bancários tinham o seguinte plano de reembolso e pagamento de juros previsto:

31.12.2009

Taxa de juro efectiva média

2010

Total

Amortização

240.000

240.000

Juros 6,00% 2.328

2.328

242.328 242.328

20. CREDORES POR LOCAÇÕES FINANCEIRAS

Em 31 de Dezembro de 2009 e 2008 esta rubrica tinha a seguinte composição:

Pagamentos mínimos da locação

financeira

Valor presente dos pagamentos mínimos da

locação financeira

31.12.09 31.12.08 31.12.09 31.12.08

Montantes a pagar por locações financeiras:

2009 - 1.874.154 - 1.383.662

2010 1.723.462 1.863.438 1.551.876 1.445.658

2011 1.701.208 1.861.156 1.561.093 1.519.477

2012 1.701.208 1.861.156 1.593.596 1.599.555

2013 1.701.208 1.861.156 1.627.396 1.683.855

2014 1.665.856 1.822.370 1.627.210 1.733.813

2015 639.085 694.330 632.896 681.336

9.132.027 11.837.760 8.594.067 10.047.356

Juros futuros (537.960) (1.790.404) - -

8.594.067 10.047.356 8.594.065 10.047.356

Componente de curto prazo (1.551.876) (1.383.662)

Credores por locações financeiras - líquidos da parcela de curto prazo 7.042.191 8.663.694

40

Os contratos de locação financeira vencem juros a taxas de mercado e têm períodos de vida definidos.

Em 31 de Dezembro de 2009, o justo valor das obrigações financeiras em contratos de locação financeira corresponde, aproximadamente, ao seu valor contabilístico.

As obrigações financeiras por locações são garantidas pela reserva de propriedade dos bens

locados.

Os contratos de locação financeira respeitam essencialmente a equipamento básico (Nota 9).

No quadro acima entende-se que a diferença entre os pagamentos mínimos da locação financeira

(somatório das rendas futuras) e o valor presente dos pagamentos mínimos da locação financeira (somatório das rendas futuras excluindo o montante de juros) corresponde ao valor de juros a

pagar.

21. OUTROS PASSIVOS NÃO CORRENTES

Em 31 de Dezembro de 2009 esta rubrica tinha a seguinte composição:

31.12.09 31.12.08

Responsabilidades por pensões 915.606 -

Instrumentos financeiros derivados 886.489 -

1.802.095 -

22. OUTROS EMPRÉSTIMOS

Em 31 de Dezembro de 2009 e 2008 os outros empréstimos obtidos tinham o seguinte detalhe:

31.12.09

Emissão

Valor nominal da emissão

Corrente Não

corrente Juros e

comissões Vencimento

Taxa de juro

Contrato BNP:

51ª Emissão 10.000.000 - 10.000.000 3.655 14.01.2010 0,7310%

Custos Programa 20.000.000 - - 27.866 14.02.2010 -

Contrato sindicato:

Banco Santander

124ª Emissão 20.000.000 - 20.000.000 (1.209) 04.01.2010 0,7300%

126ª Emissão 19.000.000 - 19.000.000 (17.158) 11.02.2010 0,7940%

Custos Programa 40.000.000 - - (9.797) 14.02.2010 -

Banco Bilbao Vizcaya

12ª Emissão 11.000.000 - 11.000.000 (848) 04.01.2010 0,9260%

Custos Programa 20.000.000 - - (14.086) 02.07.2013 -

Barclays Bank

31ª Emissão 9.600.000 - 9.600.000 7.161 04.01.2010 0,9260%

32ª Emissão* 2.985.206 - 2.985.206 2.044 07.01.2010 0,9630%

Custos Programa 20.000.000 - - (2.000) 25.08.2013 -

Actualização cambial - - 70.755 -

Barclays Bank

Custos Programa 2.000.000 - - (470) 08.10.2013 -

Caixa Central Credito Agrícola

Custos Programa 5.000.000 - - (1.167) 27.11.2013 -

BPI

11ª Emissão 7.800.000 - 7.800.000 5.844 04.01.2010 0,9300%

Custos Programa 15.000.000 - - (1.689) 28.07.2013 -

- 80.455.961 (1.854)

Valor contabilístico do papel comercial 80.454.107

(*) Financiamento em GBP. No final do exercício é efectuada a conversão de acordo com a taxa de câmbio nesta data.

41

31.12.08

Emissão

Valor nominal da emissão

Corrente Não

corrente Juros e

comissões Vencimento

Taxa de juro

Contrato BNP:

37ª Emissão 11.000.000 - 11.000.000 19.983 12.01.2009 3,2700%

Custos Programa 20.000.000 - - 19.546 14.02.2010 -

Contrato sindicato:

Banco Santander

88ª Emissão 18.000.000 - 18.000.000 (28.045) 19.01.2009 3,1240%

89ª Emissão 11.000.000 - 11.000.000 (24.688) 28.01.2009 3,0000%

Custos Programa 40.000.000 - - (21.791) 14.02.2010 -

Banco Bilbao Vizcaya

Custos Programa 20.000.000 - - 15.734 02.07.2013 -

Barclays Bank

7ª Emissão* 710.824 - 710.824 1.287 09.01.2009 3,1150%

8ª Emissão* 1.161.005 - 1.161.005 868 09.01.2009 2,6970%

9ª Emissão* 656.220 - 656.220 145 09.01.2009 2,6170%

Custos Programa 20.000.000 - - (2.000) 25.08.2013 -

Actualização cambial - - (67.157) - - -

Barclays Bank

Custos Programa 2.000.000 - - (470) 02.08.2013 -

Caixa Central Credito Agrícola

1ª Emissão 3.000.000 - 3.000.000 (5.290) 19.01.2009 3,4230%

Custos Programa 5.000.000 - - (704) 27.11.2013 -

BPI

Custos Programa 15.000.000 - - (1.688) 28.07.2013 -

45.460.892 (27.113)

Valor contabilístico do papel comercial 45.433.779

(*) Financiamento em GBP. No final do exercício é efectuada a conversão de acordo com a taxa de câmbio nesta data.

O valor nominal apresentado corresponde ao saldo em dívida. O valor contabilístico corresponde ao valor nominal da dívida deduzido dos custos associados à estrutura de financiamento e dos

juros.

Os saldos das emissões de papel comercial estão subjacentes aos seguintes contratos de programas de emissão de papel comercial:

31.12.2009

Montante total do programa

Validade

40.000.000 Fevereiro de 2010

20.000.000 Janeiro de 2010

20.000.000 Julho de 2013

15.000.000 Julho de 2013

20.000.000 Agosto de 2013

2.000.000 Outubro de 2013*

5.000.000 Novembro de 2013*

(*) Estes contratos contemplam a possibilidade de denúncia, numa base anual, por qualquer das partes

De acordo com as condições dos contratos, as emissões podem ser efectuadas até um ano, até

ao limite dos montantes contratados, tendo as instituições financeiras, assumido a garantia de

colocação integral de cada emissão a efectuar no âmbito dos referidos contratos de programa.

Apesar dos programas de 20 milhões de Euros (BNP) e 40 milhões de Euros (Sindicato) terem vencimento em meados de Janeiro e Fevereiro de 2010, as emissões efectuadas ao abrigo destes

programas estão classificadas como passivo não corrente. À data actual, foi já negociado e

42

formalizado um novo programa de emissão de papel comercial, no montante de 40 milhões de euros, com prazo de validade até 26 de Janeiro de 2015 e com condições similares às dos

programas anteriores. Desta forma, ao abrigo do novo programa, contratado em Janeiro de

2010, e do plafond disponível nos restantes programas com vencimento em 2013, foram feitas novas emissões, tendo o produto destas servido para liquidar as anteriores, que tinham sido

emitias ao abrigo dos programas de papel comercial que entretanto terminaram.

É intenção do Conselho de Administração utilizar os montantes emitidos no final do corrente ano, conforme referido acima, por um período superior a doze meses.

O valor contabilístico do papel comercial corresponde ao valor nominal da dívida deduzido dos custos associados à estrutura de financiamento, diferidos até à maturidade do programa.

Nas demonstrações dos fluxos de caixa os valores respeitantes a pagamentos e recebimentos

destes empréstimos estão reflectidos por programa.

Em 31 de Dezembro de 2009 e 2008, os programas de papel comercial classificados como não

correntes tinham o seguinte plano de reembolso e pagamento de juros previsto:

31.12.2009

Taxa de juro efectiva média

2010

2011

2012

2013

Total

Amortização

49.000.000 - - 31.455.961 80.455.961

Juros 0,824% 337.655 292.044 292.043 168.795 1.090.537

49.337.655 292.044 292.043 31.624.756 81.546.498

23. INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVADOS

A ColepCCL Portugal utilizou durante o exercício de 2009, derivados da taxa de câmbio por forma

a efectuar a cobertura de fluxos de caixa futuros. Desta forma, contrataram-se diversos

“forwards” de taxa de câmbio e opções de compra e venda de divisas, de forma a gerir o risco da taxa de câmbio a que está exposta.

Face à natureza e montantes destas operações e ao objectivo das mesmas, o impacto nas

demonstrações financeiras não foi materialmente relevante.

Os contratos de cobertura de taxa de câmbio em aberto à data de 31 de Dezembro de 2009

eram os seguintes:

Moeda Nacional em moeda Vencimento Taxa contratada Justo valor

Dólar americano 588.000 22.01.2010 1,4646 6.750

Dólar americano 378.500 22.01.2010 1,4969 9.910

Dólar americano 1.706.000 25.02.2010 1,4640 19.436

Dólar americano 325.000 25.02.2010 1,4636 3.768

Dólar americano 577.000 23.04.2010 1,4958 15.333

43

A CFFS Holding utilizou também instrumentos financeiros derivados para cobrir o risco da

variação da taxa de juro. Os contratos de cobertura de taxa de juro em aberto à data de 31 de

Dezembro de 2009 eram os seguintes:

Instrumento de cobertura

Banco Margem Montante Vencimento Justo valor

Collar Dresdner Kleinwort Cap 4,50% - 5,50% Floor 3,50%

7.500.000 31.12.2013 347.346

Swap Dresdner Kleinwort 4,71% 5.625.000 31.12.2012 155.569

Swap Dresdner Kleinwort 4,62% 5.625.000 31.12.2012 150.395

Swap LRP 4,52% 3.750.000 31.12.2013 97.895

Collar LRP Cap 4,50% - 5,50% Floor 3,50%

2.500.000 31.12.2013 133.661

24. FORNECEDORES

Em 31 de Dezembro de 2009 e 2008 a rubrica “Fornecedores” tinham o seguinte detalhe:

31.12.09 31.12.08

Fornecedores, conta corrente 37.755.260 43.819.137

Fornecedores, facturas em recepção e conferência 3.685.168 1.562.657

Fornecedores, valores à consignação 146.099 121.295

41.586.527 45.503.089

Em 31 de Dezembro de 2009 e 2008 esta rubrica respeitava a valores a pagar resultantes de aquisições decorrentes do curso normal das actividades do Grupo.

O perfil de maturidade destes passivos financeiros é o seguinte:

31.12.09 31.12.08

Até 3 meses 35.655.521 37.509.877

Entre 3 e 4 meses 879.431 2.641.583

Há mais de 4 meses 5.051.575 5.351.629

41.586.527 45.503.089

25. OUTRAS DÍVIDAS A TERCEIROS E ESTADO E OUTROS ENTES PÚBLICOS

Em 31 de Dezembro de 2009 e 2008 a rubrica “Outras dívidas a terceiros” tinha a seguinte

composição:

31.12.09 31.12.08

Empresas do Grupo (Nota 31) 920.243 -

Fornecedores de imobilizado 360.033 1.069.838

Adiantamentos de clientes 685.024 441.664

Outros credores 1.393.137 1.512.498

3.358.437 3.024.000

Os valores registados em “Outros credores” dizem respeito, essencialmente, a provisões para

pagamentos a fornecedores.

44

Em 31 de Dezembro de 2009 e 2008 a antiguidade das dívidas é como segue:

31.12.09 31.12.08

Sem vencimento 2.888.869 749.419

Com vencimento:

Até 90 dias 444.025 2.239.208

Entre 90 e 120 dias - 7.153

Há mais de 120 dias 25.543 28.220

3.358.437 3.024.000

Em 31 de Dezembro de 2009 e 2008 a rubrica “Estado e outros entes públicos” tinha a seguinte

composição:

31.12.09 31.12.08

Imposto sobre o rendimento 9.000 113.817

Imposto sobre o valor acrescentado 86.876 201.534

Contribuições para a segurança social 628.647 687.987

Retenções de imposto sobre o rendimento 1.075.208 362.389

Outros 10.990 4.651

1.810.721 1.370.378

26. OUTROS PASSIVOS CORRENTES

Em 31 de Dezembro de 2009 e 2008 esta rubrica tinha a seguinte composição:

31.12.09 31.12.08

Custos a pagar:

Seguros a pagar 343.809 99.969

Remunerações a liquidar 4.159.207 3.850.457

Juros a pagar 28.677 21.877

Créditos a efectuar a clientes 865.897 -

Trabalhos especializados 292.935 228.756

Outros fornecimentos e serviços externos 34.878 265.920

Descontos/rappel a conceder 439.444 535.154

Operações em descontinuação (Nota 43) 9.091.275 -

Outros custos a pagar 765.204 332.760

16.021.326 5.334.893

Proveitos diferidos:

Receitas antecipadas de clientes - 475.751

Subsídios ao investimento 81.891 106.761

Outros proveitos diferidos 247.950 58.363

329.841 640.875

16.351.167 5.975.768

45

27. PROVISÕES E PERDAS DE IMPARIDADE ACUMULADAS

O movimento ocorrido nas provisões e nas perdas de imparidade acumuladas durante os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2009 e 2008 foi o seguinte:

Rubricas Saldo inicial

31.12.08

Variação do

perímetro

Variação cambial

Reforço Utilização Redução Saldo final

31.12.09

Provisões para outros riscos e encargos 357.891 1.598.700 - 51.133 (473.113) (413.611) 1.121.000

Perdas de imparidade acumuladas em existências (Nota 14) 1.276.812 - 23.068 595.249 - (785.346) 1.109.783

Perdas de imparidade acumuladas em imobilizado (Nota 9) - - - 200.145 - - 200.145

Perdas de imparidade acumuladas em clientes (Nota 15) 886.242 5.200 967 492.483 (171.730) (34.193) 1.178.969

Perdas de imparidade acumuladas em outras dívidas de terceiros (Nota 15) 66.520 - - 57.242 - - 123.762

2.587.465 1.603.900 24.035 1.396.252 (644.843) (1.233.150) 3.733.659

Rubricas Saldo inicial

31.12.07

Variação cambial

Reforço Utilização Redução Saldo final 31.12.08

Provisões para outros riscos e encargos 350.000 7.891 - - - 357.891

Perdas de imparidade acumuladas em existências (Nota 14) 1.229.338 (120.835) 853.414 - (685.105) 1.276.812

Perdas de imparidade acumuladas em clientes (Nota 15) 1.016.153

(18.682) 74.503 (63.923) (121.809) 886.242

Perdas de imparidade acumuladas em outras dívidas de terceiros (Nota 15) 64.508 - 2.012 - - 66.520

2.659.999 (131.626) 929.929 (63.923) (806.914) 2.587.465

As perdas de imparidade relativas a existências são incorporadas no custo das existências (Nota 34) e na variação da produção (Nota 35).

28. ACTIVOS E PASSIVOS CONTINGENTES

Garantias prestadas

31.12.09 31.12.08

Alfândega do Porto 124.699 124.699

Alfândega de Aveiro 50.000 50.000

Repartição de finanças de Vale de Cambra 3.221.411 3.221.411

Plazadouro – Investimentos Imobiliários, S.A. 83.700 83.700

3.479.810 3.479.810

As garantias prestadas a favor da Repartição de finanças de Vale de Cambra têm por base liquidações adicionais de imposto, abaixo mencionadas, as quais foram impugnadas

judicialmente.

Processos em contencioso

Em 20 de Dezembro de 2006 e 2005, a ColepCCL Portugal foi notificada de duas liquidações

adicionais em sede de imposto sobre o rendimento das pessoas colectivas nos montantes de

1.628.542 Euros e 1.136.030 Euros relativas aos exercícios de 2002 e 2001, respectivamente.

46

Estas liquidações surgem na sequência de inspecções tributárias efectuadas pela Administração

Tributária e são compostas por dois tipos de correcções: (i) correcções à matéria tributável

decorrentes da não aceitação fiscal de custos referentes ao pagamento de comissões a uma sociedade não residente, que implicaram acréscimos de 533.022 Euros e 388.505 Euros às

colectas e correspondentes derramas de 2002 e 2001, respectivamente; e (ii) tributação autónoma das referidas comissões, a título de despesas confidenciais ou não documentadas, nos

montantes de 852.337 Euros e 584.611 Euros relativos aos exercícios de 2002 e 2001, respectivamente.

Adicionalmente, em Abril de 2007, a SIEL, SGPS, S.A. (enquanto sociedade dominante do perímetro fiscal que a ColepCCL Portugal integrava em 2003) foi notificada de uma liquidação

adicional em sede de imposto sobre o rendimento das pessoas colectivas no montante de 288.458 Euros (excluindo juros compensatórios) relativa a situação similar no exercício de 2003.

O Conselho de Administração considera que a fundamentação apresentada pela administração tributária relativamente a aquele assunto não está de acordo com a legislação portuguesa, pelo

que apresentou impugnações judiciais para as liquidações adicionais relativas aos exercícios de 2001 e 2003. Consequentemente, não foi constituída qualquer provisão para estas situações.

29. COMPROMISSOS ASSUMIDOS E NÃO REFLECTIDOS NA DEMONSTRAÇÃO DA POSIÇÃO

FINANCEIRA

Em 31 de Dezembro de 2009 e 2008 o Grupo não tinha assumido compromissos não reflectidos na demonstração da posição financeira.

30. LOCAÇÕES OPERACIONAIS

Durante o exercício de 2009 foi reconhecido como custo do exercício o montante de 986.010

Euros (583.266 Euros durante 2008) relativo a rendas pagas a título de contratos de locação

operacional.

Adicionalmente, à data da demonstração da posição financeira o Grupo detinha contratos irrevogáveis de locação operacional, cujas rendas vencem como segue:

31.12.09 31.12.08

Vencíveis em 2009 - 573.700

Vencíveis em 2010 926.726 348.375

Vencíveis em 2011 815.216 291.114

Vencíveis após 2012 1.367.868 636.877

3.109.811 1.850.066

47

31. PARTES RELACIONADAS

Os saldos e transacções efectuados com entidades relacionadas durante os exercícios de 2009 e 2008 podem ser detalhados como segue:

Vendas e prestações

de serviços Compras e serviços

obtidos Juros debitados Juros suportados

Transacções 31.12.09 31.12.08 31.12.09 31.12.08 31.12.09 31.12.08 31.12.09 31.12.08

Centrar – Centro Serv. Gestão, S.A. - - 316.736 312.096 - - - -

Comp–RAR - Central de Compras, S. A. - - 74.786 43.041 - - - -

Raso – Viagens e Turismo, S.A. - - 115.686 129.948 - - - -

Imperial – Produtos Alimentares, S.A. 157.113 152.103 1.290 868 - - - -

RAR Imobiliária, S.A. 25.380 - - 15.000 - - - -

RAR – Serv. Assistência Clínica, Lda. - - 563.836 309.098 - - - -

RAR – Soc. Controle (Holding), S.A. - - 3.196.247 2.568.070 84.790 - 70.109 244.395

Sardão Ibéria – Transportes, Lda. - - - 248.109 - - - -

182.493 152.103 4.268.581 3.626.230 84.790 - 70.109 244.395

Saldos Contas a receber Contas a pagar

31.12.09 31.12.08 31.12.09 31.12.08

Centrar – Centro Serv. Gestão, S.A. 3.559 - - 2.295

Raso – Viagens e Turismo, S.A. - - 21.854 6.484

Imperial – Produtos Alimentares, S.A. 50.882 65.323 - -

RAR – Serv. Assistência Clínica, Lda. - - 11.413 20.255

RAR – Sociedade de Controle (Holding), S.A. - - 32.895 58.253

Sardão Ibéria – Transportes, Lda. - - - 3.258

RAR Imobiliária, S.A. - - - 18.000

54.441 65.323 66.162 108.545

Saldos Empréstimos obtidos Outras dívidas a pagar

31.12.09 31.12.08 31.12.09 31.12.08

RAR – Soc. de Controle (Holding), S.A. 12.000.000 2.000.000 - -

SIEL, S. A. - - 920.243 -

12.000.000 2.000.000 920.243 -

Os movimentos da rubrica “Empréstimos obtidos” podem ser detalhados conforme segue:

Empréstimos obtidos: Saldo

31.12.08

Aumentos

Diminuições

Saldo

31.12.09

Taxa de juro em vigor no

exercício

Data de

reembolso

RAR – Soc. de Controle (Holding), S.A.

2.000.000

-

-

2.000.000

3,331%

28.12.2014

- 10.000.000 - 10.000.000 2,493% 28.12.2014

2.000.000 10.000.000 - 12.000.000

As remunerações pagas às administrações da empresa mãe e das empresas subsidiárias podem

ser decompostas como segue:

31.12.09 31.12.08

Remuneração fixa 479.320 467.283

Remuneração variável 557.784 498.015

1.037.104 965.298

48

32. VENDAS E PRESTAÇÕES DE SERVIÇOS

As vendas e as prestações de serviços nos exercícios de 2009 e 2008 foram como segue:

31.12.09 31.12.08

Vendas:

Mercado interno 34.059.944 40.528.766

Mercado externo 352.943.095 312.249.092

387.003.039 352.777.858

Prestações de serviços:

Mercado interno 39.258 -

Mercado externo 14.734 659.275

387.057.031 353.437.134

33. OUTROS PROVEITOS OPERACIONAIS

A repartição dos outros proveitos operacionais nos exercícios de 2009 e 2008 é a seguinte:

31.12.09 31.12.08

Proveitos suplementares 237.727 82.421

Benefícios de penalidades contratuais 178.500 6.181

Subsídios à exploração 44.298 2.813

Ganhos na alienação de imobilizado 272.458 581.440

Descontos de pronto pagamento obtidos 1.088.707 133.132

Diferenças de câmbio favoráveis 7.599.838 8.061.526

Outros 4.202.697 128.240

13.624.225 8.995.753

Em Novembro de 2003, a Empresa celebrou um Contrato de Concessão de Incentivos Financeiros no âmbito do Sistema de Incentivos à Modernização Empresarial (SIME) com a Agência

Portuguesa para o Investimento, E.P.E., o qual contemplava um incentivo reembolsável, que

poderia via a ser transformado em prémio de realização, a determinar de acordo com a avaliação de desempenho. Em 2007, e de acordo com o definido contratualmente, foi efectuada a primeira

avaliação intercalar, com base nos resultados apurados até 31 de Dezembro de 2006. Na sequência desta avaliação foi atribuído, em Novembro de 2007, o prémio de realização no

montante de 536.521 Euros, correspondente a 30% do valor do prémio apurado. Os restantes 70% do prémio apurado, no montante de 1.251.883 Euros, foram recebidos em

Novembro de 2009. Este prémio de realização está incluído na rubrica “Outros”.

De acordo com as condições contratuais este prémio de realização terá de ser afecto a reservas e convertido em capital, no prazo máximo de dois anos contados da data de atribuição.

34. CUSTO DAS VENDAS

A rubrica “Custo das vendas” nos exercícios de 2009 e 2008 pode ser detalhada como segue:

31.12.09 31.12.08

Mercadorias

Matérias-primas, subsidiárias e de

consumo e custos de distribuição

Mercadorias

Matérias-primas, subsidiárias e de consumo e custos

de distribuição

Existências iniciais 277.210 24.361.860 293.250 34.677.884

Variação do perímetro - 11.273.479 - -

Compras 272.264 253.197.058 110.590 226.189.952

Existências finais 274.531 26.177.941 277.210 24.361.860

Perdas de imparidade (3.036) (179.508) 16.429 86.124

Custos do exercício 271.907 262.474.948 143.060 236.592.100

49

As perdas de imparidade nas mercadorias incluem 4.476 Euros relativos a sinistros.

35. VARIAÇÃO DA PRODUÇÃO

Em 31 de Dezembro de 2009 e 2008, esta rubrica inclui um valor de Euros de (12.029) e

(207.039) Euros, respectivamente de perdas de imparidade relativas a produtos acabados.

36. FORNECIMENTOS E SERVIÇOS EXTERNOS

Principais rubricas de “Fornecimentos e serviços externos” nos exercícios de 2009 e 2008:

31.12.09 31.12.08

Subcontratos, electricidade e combustíveis 7.530.308 6.339.625

Rendas e alugueres 5.661.817 3.336.894

Transportes de mercadorias 5.048.876 5.626.104

Deslocações e estadas 2.317.481 2.643.522

Conservação e reparação 6.770.029 5.943.531

Trabalhos especializados / Honorários 8.644.623 5.145.413

Outros 6.995.974 6.541.091

42.969.108 35.576.180

37. CUSTOS COM PESSOAL

A rubrica “Custos com pessoal” nos exercícios de 2009 e 2008 pode ser detalhada como segue:

31.12.09 31.12.08

Remunerações e encargos sobre remunerações 55.036.681 42.116.612

Encargos com saúde 546.328 683.902

Formação 375.473 448.600

Indemnizações 10.947 86.053

Outros custos com pessoal 3.097.861 2.424.251

59.067.290 45.759.418

N.º médio de pessoas 2.363 2.106

O saldo da rubrica de “Outros custos com pessoal” inclui gratificações a colaboradores.

38. OUTROS CUSTOS OPERACIONAIS

A rubrica “Outros custos operacionais” nos exercícios de 2009 e 2008 pode ser detalhada como

segue:

31.12.09 31.12.08

Impostos:

Imposto sobre o valor acrescentado 22.633 -

Imposto municipal sobre imóveis 397.388 372.803

Imposto selo 4.212 8.824

Outros impostos 238.627 141.370

Perdas na alienação de imobilizado 314.358 2.863

Diferenças de câmbio desfavoráveis 7.388.423 9.778.044

Trabalhos para a própria empresa (272.141) (297.024)

Descontos de pronto pagamento concedidos 396.168 231.047

Serviços bancários 676.902 50.862

Outros 1.390.419 316.411

10.556.989 10.605.200

50

39. RESULTADOS FINANCEIROS

Os resultados financeiros têm a seguinte composição:

31.12.09 31.12.08

Custos e perdas:

Juros suportados:

Relativos a descobertos e empréstimos bancários 1.539.319 1.619.081

Relativos a papel comercial 1.322.353 2.642.651

Relativos a contratos de locação financeira 153.952 398.590

Relativos a empréstimos de empresas grupo (Nota 31) 70.109 244.395

Outros 9.574 22.686

3.095.307 4.927.403

Diferenças de câmbio desfavoráveis 720.154 1.627.315

Outros custos com papel comercial 235.979 188.291

Outros custos e perdas financeiras 370.102 185.338

4.421.542 6.928.347

Resultados financeiros (3.688.329) (6.711.794)

733.213 216.553

Proveitos e ganhos:

Juros obtidos 109.534 127.343

Diferenças de câmbio favoráveis 623.673 89.210

Outros proveitos e ganhos financeiros 6 -

733.213 216.553

40. RESULTADOS RELATIVOS A EMPRESAS PARTICIPADAS

O valor desta rubrica tem a seguinte composição

31.12.09 31.12.08

Dividendos da Litarte 12.500 12.500

12.500 12.500

41. RESULTADOS RELATIVOS A INVESTIMENTOS

O saldo desta rubrica corresponde à mais-valia gerada na alienação de uma participação, não

estratégica, que era detida pela Czewo Full Filling Service Holding GmbH.

42. IMPOSTOS SOBRE O RENDIMENTO

Os impostos sobre o rendimento reconhecidos nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2009

e 2008 são detalhados como segue:

31.12.09 31.12.08

Imposto corrente 1.655.970 3.208.082

Imposto diferido (Nota 12) (2.760.260) 613.189

(1.104.290) 3.821.271

51

A reconciliação do resultado antes de imposto com o imposto do exercício é como segue:

31.12.09 31.12.08

Resultado consolidado antes de impostos (8.515.766) 16.022.793

Impacto líquido em resultados da aplicação dos IFRS 3.629.221 (814.879)

Ajustamentos de consolidação:

Dividendos recebidos de empresas associadas 16.236.202 8.434.551

Outros ajustamentos (1.147.323) 593.854

Perdas de operações em descontinuação 14.158.571 -

Resultado base para cálculo de imposto 24.360.905 24.236.319

Proveitos não tributáveis:

Ganhos não realizados em imobilizado corpóreo (183.219) (281.276)

Reversão de provisões (512.908) (123.497)

Dividendos recebidos de empresas do Grupo (16.236.202) (8.434.551)

Rendimentos nos termos do artigo 46º (12.500) (12.500)

Insuficiência para estimativa de impostos (45.775) (777.372)

Benefícios fiscais (598.064) (767.581)

Outros (400.930) (509.739)

(17.989.598) (10.906.516)

Custos não dedutíveis para efeitos fiscais:

Reintegrações e amortizações não aceites como custos 137.526 127.437

40% do aumento das reintegrações resultantes da reav. imob. corpóreo 50.895 50.893

Perdas não realizadas em imobilizado corpóreo - 8.693

Mais-valias fiscais 91.610 136.001

Constituição de provisões 1.088.324 131.573

Donativos não previstos ou para além dos limites legais 6.064 10.680

Multas e coimas 108 -

Provisões para gratificações a colaboradores - -

IRC e outros impostos 167.855 -

Custos com pessoal 243.497 -

Outros 192.097 1.340.591

1.977.976 1.805.868

Lucro tributável 8.349.283 15.135.671

Taxa média de imposto sobre o rendimento 25,70% 25,94%

Imposto calculado 2.145.536 3.926.226

Tributação autónoma 56.321 31.554

Impostos diferidos (Nota 12) (2.760.260) 613.189

Excesso/insuficiência de estimativa de imposto de anos anteriores (545.887) (776.936)

Imposto sobre o rendimento (1.104.290) 3.821.271

Na rubrica “Benefícios fiscais” está incluído o impacto da criação de novos postos de trabalho pela empresa mãe (em 2009 e 2008).

43. RESULTADOS OBTIDOS EM OPERAÇÕES EM DESCONTINUAÇÃO, CUSTOS DE REESTRUTURAÇÃO

E ACTIVOS NÃO CORRENTES DETIDOS PARA VENDA

I) OPERAÇÕES EM DESCONTINUAÇÃO

Imediatamente após a aquisição do grupo Czewo, foi feita uma análise profunda da actividade industrial nas diferentes fábricas da Divisão de “Contract Manufacturing”.

Do estudo resultou, que duas fábricas, a unidade de Scunthorpe e de Neutraubling, tinham custos de produção substancialmente superiores às restantes três fábricas e que não teriam, a

prazo, condições de se manter a operar num mercado extremamente competitivo.

52

A reduzida competitividade estrutural das unidades de Scunthorpe e Neutraubling, devido aos

elevados custos de produção, aliada à quebra acentuada da procura ocorrida em 2009 conduziu

ao inevitável encerramento da produção nestas duas unidades.

A decisão de terminar a actividade industrial foi comunicada nos finais de Junho de 2009. A produção em Scunthorpe terminou no final de Janeiro de 2010 e o fim da produção em

Neutraubling está prevista para o início do segundo trimestre de 2010.

Todos os custos relacionados com a descontinuação da actividade foram incluídos nas

demonstrações financeiras no item “Perdas obtidas em operações em descontinuação”.

Os custos das operações em descontinuação que foram incluídos nas demonstrações financeiras, alguns determinados por estimativa, podem ser descritos com segue:

31.12.09

ColepCCL UK

Imparidade em imobilizações corpóreas 2.445.074

Custos com pessoal 2.040.406

Outros custos 2.712.578

7.198.058

CFFS Neutraubling

Custos com pessoal 4.864.262

Outros custos 2.096.251

6.960.513

14.158.571

II) ACTIVOS NÃO CORRENTES CLASSIFICADOS COMO DETIDOS PARA VENDA

Uma vez que está a ser procurado activamente um comprador para o terreno detido pela Czewo

Full Filling Service – Neutraubling, registado pelo valor de 3 milhões de Euros, foi classificado

como detido para venda, tendo a Administração fortes expectativas que se vai concretizar a alienação durante o exercício de 2010.

44. RESULTADOS POR ACÇÃO

Os resultados por acção do exercício, incluindo o efeito das operações em descontinuação, foram calculados tendo em consideração os seguintes montantes:

31.12.09 31.12.08

Resultado Resultado para efeito de cálculo do resultado líquido por acção básico

(resultado líquido do exercício) (7.411.476)

12.201.522

Resultado para efeito do cálculo do resultado líquido por acção diluído (7.411.476) 12.201.522

Número de acções Número médio ponderado de acções para efeito de cálculo do resultado

líquido por acção básico 78.125.000

78.125.000

Número médio ponderado de acções para efeito de cálculo do resultado líquido por acção diluído 78.125.000

78.125.000

45. DIVIDENDOS

Durante o exercício de 2008 e tendo em conta a redução de capital deliberada em 2007, não foi pago qualquer dividendo relativamente ao exercício de 2007.

53

Relativamente ao exercício de 2008 e tendo em conta a aquisição da Czewo concretizada em 2 de Janeiro de 2009, o Conselho de Administração propõe que não seja pago qualquer dividendo.

46. APROVAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

As demonstrações financeiras foram aprovadas pelo Conselho de Administração e autorizadas para emissão em 17 de Março de 2010, contudo as mesmas estão ainda sujeitas a aprovação

pela Assembleia Geral de Accionistas nos termos da legislação comercial em vigor em Portugal.

Vale de Cambra, 17 de Março de 2010

O Conselho de Administração:

José Henrique Pinto dos Santos

Marino Turiel Cerezo

Miguel Espírito Santo Silva de Mello

Richard Zakaib

Vítor Manuel Pereira Neves

CERTIFICAÇÃO LEGAL DE CONTAS

PricewaterhouseCoopers & Associados - Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, Lda. Inscrita na lista dos Revisores Oficiais de Contas sob o nº 183

Sede: Palácio Sottomayor, Rua Sousa Martins, 1 - 3º, 1050 - 217 Lisboa NIPC 506 628 752 Capital Social Euros 313.000

Matriculada na Conservatória do Registo Comercial sob o nº 506 628 752 (ex nº. 11912) Inscrita na Comissão do Mercado de Valores Mobiliários sob o nº 9077

PricewaterhouseCoopers

& Associados - Sociedade de

Revisores Oficiais de Contas, Lda.

o′Porto Bessa Leite Complex

Rua António Bessa Leite, 1430 - 5º

4150-074 Porto

Portugal

Tel +351 225 433 000

Fax +351 225 433 499

Certificação Legal das Contas

Consolidadas

Introdução

1 Examinámos as demonstrações financeiras consolidadas da ColepCCL Portugal -

Embalagens e Enchimentos, S.A., as quais compreendem a Demonstração da posição financeira consolidada em 31 de Dezembro de 2009 (que evidencia um total de 279.136.275 euros e um total de

capital próprio de 92.199.613 euros, incluindo um resultado líquido negativo de 7.411.476 euros), a demonstração dos resultados por naturezas, a Demonstração dos fluxos de caixa, a Demonstração de

alterações no capital próprio do exercício findo naquela data e o correspondente Anexo.

Responsabilidades

2 É da responsabilidade do Conselho de Administração a preparação de demonstrações

financeiras consolidadas que apresentem de forma verdadeira e apropriada a posição financeira do conjunto das empresas incluídas na consolidação, o resultado consolidado das suas operações, o

rendimento integral consolidado, as alterações no seu capital próprio consolidado e os fluxos de caixa

consolidados, bem como a adopção de políticas e critérios contabilísticos adequados e a manutenção de sistemas de controlo interno apropriados.

3 A nossa responsabilidade consiste em expressar uma opinião profissional e independente,

baseada no nosso exame daquelas demonstrações financeiras.

Âmbito

4 O exame a que procedemos foi efectuado de acordo com as Normas Técnicas e as Directrizes

de Revisão/Auditoria da Ordem dos Revisores Oficiais de Contas, as quais exigem que o mesmo seja planeado e executado com o objectivo de obter um grau de segurança aceitável sobre se as

demonstrações financeiras não contêm distorções materialmente relevantes. Para tanto o referido

exame incluiu: (i) a verificação das demonstrações financeiras das empresas incluídas na consolidação terem sido apropriadamente examinadas e, para os casos significativos em que o não tenham sido, a

verificação, numa base de amostragem, do suporte das quantias e divulgações nelas constantes e a avaliação das estimativas, baseadas em juízos e critérios definidos pelo Conselho de Administração,

utilizadas na sua preparação; (ii) a verificação das operações de consolidação; (iii) a apreciação sobre

se são adequadas as políticas contabilísticas adoptadas, a sua aplicação uniforme e a sua divulgação, tendo em conta as circunstâncias; (iv) a verificação da aplicabilidade do princípio da continuidade; e

(v) a apreciação sobre se é adequada, em termos globais, a apresentação das demonstrações financeiras consolidadas.

ColepCCL Portugal – Embalagens e Enchimentos, S.A.

5 O nosso exame abrangeu ainda a verificação da concordância da informação financeira consolidada constante do relatório consolidado de gestão com as demonstrações financeiras

consolidadas.

6 Entendemos que o exame efectuado proporciona uma base aceitável para a expressão da

nossa opinião.

Opinião

7 Em nossa opinião, as referidas demonstrações financeiras consolidadas apresentam de forma

verdadeira e apropriada, em todos os aspectos materialmente relevantes, a posição financeira consolidada da ColepCCL Portugal - Embalagens e Enchimentos, S.A. em 31 de Dezembro de

2009, o resultado consolidado das suas operações, o rendimento integral consolidado, os fluxos consolidados de caixa e as alterações no seu capital próprio consolidado no exercício findo naquela

data, em conformidade com as normas internacionais de relato financeiro tal como adoptadas na

União Europeia.

Ênfases

8 Sem afectar a opinião expressa no parágrafo anterior, chamamos a atenção para as situações

seguintes:

8.1 conforme divulgado na Nota 28 do anexo às demonstrações financeiras consolidadas, a Empresa recebeu, entre 2005 e 2007, liquidações adicionais em sede de Imposto sobre o Rendimento

de Pessoas Colectivas, relativas aos exercícios de 2001 a 2003 no montante global de aproximadamente 3.053.000 Euros (excluindo coimas). O Conselho de Administração entende que a

fundamentação apresentada pela administração tributária relativamente àquele assunto não está de

acordo com a legislação portuguesa, pelo que não foi registada qualquer provisão nas demonstrações financeiras consolidadas anexas para esta situação e foram apresentadas impugnações judiciais para

as liquidações adicionais recebidas, as quais se encontram em curso à data actual e cujo desfecho é incerto.

8.2 conforme divulgado na Nota 8 do Anexo às demonstrações financeiras consolidadas, durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2009 o sub-grupo Czewo foi adquirido e incluído no perímetro

de consolidação, razão pela qual as referidas demonstrações financeiras não são comparáveis com as do exercício anterior. As demonstrações financeiras das entidades incluídas no sub-grupo Czewo, do

exercício findo em 31 de Dezembro de 2008, foram examinadas por outro auditor, que emitiu a

respectiva Certificação Legal das Contas, sem reservas, com data de 19 de Março de 2009.

Porto, 31 de Março de 2010

PricewaterhouseCoopers & Associados, S.R.O.C.

representada por:

José Pereira Alves, R.O.C.

RELATÓRIO DO CONSELHO FISCAL

RELATÓRIO DO CONSELHO FISCAL Senhores Accionistas, De acordo com o disposto no nº 1 do artigo 508-D, do Código das Sociedades Comerciais, foram-nos apresentadas para exame as contas consolidadas do exercício de dois mil e nove e o respectivo relatório consolidado de gestão da COLEPCCL PORTUGAL – EMBALAGENS E

ENCHIMENTOS, S.A.. Procedemos à apreciação dos citados documentos, juntamente com a correspondente certificação legal das contas, elaborada pela sociedade de revisores oficiais de contas PricewaterhouseCoopers & Associados – SROC, Lda, que aqui se dá por reproduzida e cujo teor é de nossa concordância. Por unanimidade, foi deliberado emitir o presente relatório e propor que as contas consolidadas e o relatório consolidado de gestão do exercício de 2009 sejam aprovados pela assembleia geral a que alude o artigo 376º do Código das Sociedades Comerciais. Vale de Cambra, 31 de Março de 2010 O Conselho Fiscal - PATRÍCIO, MOREIRA, VALENTE & ASSOCIADOS, S.R.O.C. representada por Carlos de Jesus Pinto de Carvalho (Presidente) - Rui Manuel Andresen Guerreiro - Maria Paula Santos Telles da Silva