COLETÂNEA DE ORIENTAÇÕES BÁSICAS SOBRE GESTÃO DE...
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COLETÂNEA
DE ORIENTAÇÕES BÁSICAS
SOBRE GESTÃO DE ARQUIVOS
DE ORGANIZAÇÕES MILITARES
2013
COLETÂNEA DE ORIENTAÇÕES BÁSICAS SOBRE GESTÃO DE ARQUIVOS DE ORGANIZAÇÕES MILITARES – AHEx
Edição 2013 Fl. 2 / 145
NOTA
Solicita-se aos usuários dessa coletânea a apresentação de sugestões que tenham por objetivo
aperfeiçoá-la ou que se destinem à supressão de eventuais incorreções.
As observações apresentadas devem ser feitas diretamente ao Arquivo Histórico do Exército
em sua página eletrônica - www.ahex.ensino.eb.br.
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APRESENTAÇÃO
Este trabalho foi elaborado para atender às necessidades básicas dos arquivos das
organizações militares do Exército e que, por várias razões, não podem contar com a assistência
técnica de profissionais das áreas de história, arquivologia e museologia. Trata-se de uma coletânea
de vários artigos e por observações feitas pelo Arquivo Histórico do Exército, AHEx.
É importante ressaltar que as informações apresentadas estão focadas na realidade dos
arquivos das Organizações Militares do Exército Brasileiro e que os conhecimentos aqui contidos não
excluem a necessidade da assistência dos profissionais já mencionados.
Por fim, é dever de cada Organização Militar de conservar e manter a memória institucional,
operacional e dos integrantes do Exército Brasileiro por meio do recebimento e o correto
processamento arquivístico dos acervos escritos, cartográficos e iconográficos.
EXÉRCITO BRASILEIRO
BRAÇO FORTE ! MÃO AMIGA !
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ÍNDICE
1 CONCEITOS BÁSICOS
1.1 ACERVO............................................................................................................................... 9
1.2 ARQUIVAMENTO................................................................................................................. 9
1.3 ARQUIVO............................................................................................................................. 9
1.4 ARQUIVOLOGIA.................................................................................................................. 10
1.5 ARRANJO............................................................................................................................. 10
1.6 COMISSÃO PERMANENTE DE AVALIAÇÃO DE DOCUMENTOS DO EXÉRCITO (CPADEx)............................................................................................................................. 10
1.7 DESINFECÇÃO.................................................................................................................... 10
1.8 DESINFESTAÇÃO................................................................................................................ 10
1.9 DOCUMENTAÇÃO............................................................................................................... 10
1.10 DOCUMENTO...................................................................................................................... 11
1.11 JAQUETA............................................................................................................................. 11
1.12 PRAZOS DE GUARDA, FASE CORRENTE, FASE INTERMEDIÁRIA E GUARDA PERMANENTE..................................................................................................................... 11
1.13 ORIGINAL............................................................................................................................. 12
1.14 PAPEL NEUTRO.................................................................................................................. 12
1.15 SUPORTE............................................................................................................................. 12
1.16 TABELA BÁSICA DE TEMPORALIDADE E DESTINAÇÃO DE DOCUMENTOS NO ÂMBITO DO EXÉRCITO (TBTEx)........................................................................................ 13
1.17 TEORIA DAS TRÊS IDADES............................................................................................... 13
2 ARQUIVOS DAS OM
2.1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS.................................................................................... 15
2.2 FINALIDADES DOS ARQUIVOS DAS OM............................................................... 15
2.3 MISSÕES DOS ARQUIVOS DAS OM (CORRENTE E GERAL).............................. 16
2.4 ARQUIVOS PREVISTOS NAS OM.......................................................................... 16
2.5 ARQUIVO CORRENTE............................................................................................ 18
2.6 ARQUIVO GERAL.................................................................................................... 19
2.7 ARQUIVO INTERMEDIÁRIO.................................................................................... 20
2.8 ARQUIVO DE GUARDA PERMANENTE................................................................. 21
2.9 RESPONSÁVEIS PELOS ARQUIVOS DAS OM...................................................... 21
2.10 ORGANIZAÇÃO DE UM ARQUIVO GERAL............................................................ 22
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2.11
CARACTERÍSTICAS DO LOCAL ADEQUADO PARA SE MONTAR UM ARQUIVO GERAL....................................................................................................
22
2.12 PREPARAÇÃO DO LOCAL...................................................................................... 23
2.13 ORGANIZAÇÃO DO LOCAL.................................................................................... 24
2.14 ORGANIZAÇÃO DO ACERVO................................................................................. 24
2.15 CONTROLE DA DOCUMENTAÇÃO........................................................................ 25
2.16 CUIDADOS COM O ARQUIVAMENTO.................................................................... 27
2.17 ACESSO AO ARQUIVO GERAL.............................................................................. 28
2.18 MEDIDAS COMPLEMENTARES.............................................................................. 28
2.19 FONTES DE CONSULTA......................................................................................... 29
3 PESSOAL
3.1 PESSOAL NECESSÁRIO PARA ADMINISTRAR UM ARQUIVO DE OM............... 31
3.2 CUIDADOS COM A SELEÇÃO E TREINAMENTO DO PESSOAL.......................... 31
4 DOCUMENTAÇÃO
4.1 CUIDADOS COM A DOCUMENTAÇÃO.................................................................. 34
4.2 DOCUMENTOS SIGILOSOS.................................................................................... 34
4.3 ORGANIZAÇÃO DE UM ARQUIVO CORRENTE DURANTE O ANO CORRENTE (ANO “A”) 35
4.4 ORGANIZAÇÃO DE UM ARQUIVO CORRENTE COM DOCUMENTOS ELABORADOS NOS ANOS ANTERIORES (ANOS: “A-1”, “A-2”, “A-3”, “A-4” E “A-5”)................................. 37
4.5 ORGANIZAÇÃO DE UM ARQUIVO INTERMEDIÁRIO COM DOCUMENTOS ELABORADOS EM “A-6”.......................................................................................... 38
5 CONSERVAÇÃO
5.1 PAPÉIS..................................................................................................................... 45
5.2 ACONDICIONAMENTO............................................................................................ 45
5.3 MOBILIÁRIO............................................................................................................. 47
5.4 EMBALAGENS......................................................................................................... 49
5.5 PARTES DO LIVRO.................................................................................................. 51
5.6 TÉCNICAS DE MANUSEIO...................................................................................... 51
5.7 OUTRAS RECOMENDAÇÕES................................................................................. 53
5.8 PRESERVAÇÃO....................................................................................................... 55
5.9 CONSERVAÇÃO...................................................................................................... 55
5.10 CONSERVAÇÃO PREVENTIVA.............................................................................. 56
5.11 RESTAURAÇÃO....................................................................................................... 56
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5.12 CUIDADOS NECESSÁRIOS PARA CONSERVAR OS DOCUMENTOS................ 57
5.13 HIGIENIZAÇÃO DE DOCUMENTOS....................................................................... 60
5.14 TÉCNICA DE HIGIENIZAÇÃO MECÂNICA A SECO DE LIVROS E DOCUMENTOS........................................................................................................ 63
5.15 HIGIENIZAÇÃO DO ACERVO DA OM..................................................................... 65
5.16 LIMPEZA DE UM DEPÓSITO (ARQUIVO)............................................................... 69
5.17 PLANO DE MANUTENÇÃO PERIÓDICA................................................................. 69
5.18 PROCEDIMENTOS EM CASOS DE DANOS........................................................... 71
5.19 AGENTES DE DEGRADAÇÃO DO PAPEL............................................................. 72
5.20 ILUSTRAÇÕES......................................................................................................... 79
5.21 MEDIDAS IMPORTANTES PARA O CONTROLE DE PRAGAS............................. 80
6 SEGURANÇA
6.1 CONCEITO............................................................................................................... 82
6.2 VISTORIA AMBIENTAL............................................................................................ 82
6.3 VISTORIA BIOLÓGICA............................................................................................. 82
6.4 CHECK LIST............................................................................................................. 83
6.5 CONTROLE DE ACESSO E MONITORAMENTO POR CÂMERAS........................ 86
7 GESTÃO DOCUMENTAL
7.1 GESTÃO DOCUMENTAL......................................................................................... 89
7.2 FINALIDADE DAS IG 11-03 (INSTRUÇÕES GERAIS PARA AVALIAÇÃO DE DOCUMENTOS DO EXÉRCITO).............................................................................
89
7.3 OBJETIVOS DA AVALIAÇÃO DE DOCUMENTOS.................................................. 89
7.4 COMISSÃO PERMANENTE DE AVALIAÇÃO DE DOCUMENTOS DO EXÉRCITO (CPADEx)..............................................................................................
90
7.5 MISSÃO DA CPADEX.............................................................................................. 90
7.6 ESTRUTURA DAS SCPAD...................................................................................... 90
7.7 MISSÕES DAS SCPAD DE OM............................................................................... 91
7.8 ATRIBUIÇÕES DE UMA SCPAD DE OM................................................................. 91
7.9 TABELA BÁSICA DE TEMPORALIDADE E DESTINAÇÃO DE DOCUMENTOS NO ÂMBITO DO EXÉRCITO (TBTEx)...................................................................... 92
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8 LEGISLAÇÃO E DIVERSOS
8.1 PRINCIPAIS CONSEQUÊNCIAS DE UMA MÁ GESTÃO DOS ARQUIVOS........... 95
8.2 LEGISLAÇÕES SOBRE SANÇÕES PASSÍVEIS PELA MÁ ADMINISTRAÇÃO DE ARQUIVOS..................................................................................................................... 95
8.3 ACESSO E SIGILO DOS DOCUMENTOS PÚBLICOS............................................ 97
8.4 DOCUMENTOS DE VALOR HISTÓRICO................................................................ 109
8.5 DOCUMENTOS SEM VALOR ARQUIVÍSTICO..................................................... 109
8.6 DOCUMENTOS DIGITAIS...................................................................................... 110
8.7 DIGITALIZAÇÃO X MICROFILMAGEM................................................................. 111
8.8 LEGISLAÇÃO ARQUIVÍSTICA BRASILEIRA......................................................... 112
8.9 ROTEIRO PARA MENSURAÇÃO DE DOCUMENTOS TEXTUAIS...................... 116
9 AUTO DIAGNÓSTICO DO ARQUIVO DA OM
9.1 AUTO DIAGNÓSTICO DO ARQUIVO GERAL DA OM.......................................... 120
10
10.1
10.2
GLOSSÁRIO/BIBLIOGRAFIA
GLOSSÁRIO........................................................................................................IBIBLIOGRAFIA.......................................................................................................
140
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Capítulo 1
CONCEITOS BÁSICOS
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1.1. ACERVO
O Dicionário Brasileiro de Terminologia Arquivística define como:
Documentos de uma entidade produtora ou de uma entidade custodiadora.
1.2. ARQUIVAMENTO
As IG 11-03 (Instruções Gerais para Avaliação de Documentos do Exército) definem como:
Art. 19 É uma sequência de operações que tem por finalidade a guarda ordenada de
documentos textuais, iconográficos, audiovisuais (filmo gráficos e sonoros), micro gráficos,
cartográficos, informatizados, etc.
O Dicionário Brasileiro de Terminologia Arquivística define como:
Sequência de operações intelectuais e físicas que visam à guarda ordenada de documentos.
Ação pela qual uma autoridade determina a guarda de um documento, cessada a sua
tramitação.
1.3. ARQUIVO
O Dicionário Aurélio define como:
Conjunto de documentos, como papéis oficiais, impressos, manuscritos, cartas e fotografias
sobre determinado assunto. &151; Os arquivos existem desde a invenção da escrita, na Antiguidade.
Egípcios, assírios, persas, gregos e romanos possuíram arquivos. Na Europa, foi, sobretudo a partir da
Idade Média, que se organizaram os grandes arquivos nacionais. Devido ao grande número de
documentos acumulados no passado e a produção cada vez maior de novos documentos, foi-se
aperfeiçoando a arquivologia, que é o conjunto de técnicas de organização e manipulação de
arquivos, os Estados Unidos e a ex-União Soviética, que atualmente possuem os mais completos
arquivos nacionais do mundo, somente começaram a organizá-los no princípio deste século (Sec XX).
O Dicionário Brasileiro de Terminologia Arquivística define como:
Conjunto de documentos produzidos e acumulados por uma entidade coletiva, pública ou
privada, pessoa ou família, no desempenho de suas atividades, independentemente da natureza do
suporte.
Instituição ou serviço que tem por finalidade a custódia, o processamento técnico, a
conservação e o acesso a documentos.
Instalações onde funcionam arquivos.
Móvel destinado à guarda de documentos.
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1.4. ARQUIVOLOGIA
O Dicionário Brasileiro de Terminologia Arquivística define como:
Disciplina que estuda as funções do arquivo e os princípios e técnicas a serem observados na
produção, organização, guarda, preservação e utilização dos arquivos. Também chamada
Arquivística.
1.5. ARRANJO
O Dicionário Brasileiro de Terminologia Arquivística define como:
Sequência de operações intelectuais e físicas que visam à organização dos documentos de um
arquivo ou coleção, de acordo com um plano ou quadro previamente estabelecido.
Resumindo, fisicamente é a forma como o acervo está organizado nas estantes ou armários. Conhecer o arranjo é muito
importante, pois isso permite localizar os documentos com facilidade.
1.6. COMISSÃO PERMANENTE DE AVALIAÇÃO DE DOCUMENTOS DO
EXÉRCITO (CPADEx)
As IG 11-03 (Instruções Gerais para Avaliação de Documentos do Exército) definem como:
Art. 3º A Comissão Permanente de Avaliação de Documentos do Exército (CPADEx) é o órgão
central do sistema destinado à análise, avaliação, seleção e arquivamento de documentos no âmbito
de todo o Exército, sendo integrada por Subcomissões Permanentes de Avaliação de Documentos
(SCPAD), distribuídas e escalonadas em três níveis hierárquicos, conforme a estrutura do Exército.
1.7. DESINFECÇÃO
O Dicionário Brasileiro de Terminologia Arquivística define como:
Processo de destruição ou inibição da atividade de microrganismos.
1.8. DESINFESTAÇÃO
O Dicionário Brasileiro de Terminologia Arquivística define como:
Processo de destruição ou inibição da atividade de insetos.
1.9. DOCUMENTAÇÃO
O Dicionário Brasileiro de Terminologia Arquivística define como:
Conjunto de documentos.
Ato ou serviço de coleta, processamento técnico e disseminação de informações e documentos.
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1.10. DOCUMENTO
O Dicionário Brasileiro de Terminologia Arquivística define como:
Unidade de registro de informações, qualquer que seja o suporte ou formato.
1.11. JAQUETA
O Dicionário Brasileiro de Terminologia Arquivística define como:
Invólucro de plástico ou material similar, contendo um ou mais bolsos, nos quais se inserem
micro formas.
1.12. PRAZOS DE GUARDA, FASE CORRENTE, FASE INTERMEDIÁRIA E
GUARDA PERMANENTE
As IG 11-03 (Instruções Gerais para Avaliação de Documentos do Exército) definem como:
Art. 10 Para efeito de conceituação, atentar para as seguintes observações e legendas abaixo:
I - “Prazos de Guarda”: refere-se ao tempo necessário para arquivamento dos documentos, nas
fases corrente e intermediária, tempo este contado a partir da data de elaboração do documento.
Conforme conceituação do Conselho Nacional de Arquivos (CONARQ), o prazo de guarda, na fase
intermediária, não inclui o tempo previsto da fase corrente; logo:
II – “Fase Corrente”: refere-se ao período em que o documento é frequentemente consultado;
III – “Fase Intermediária”: relaciona-se ao período em que o documento tem que cumprir o
prazo de guarda previsto e é consultado com menor frequência.
IV – .......... Guarda Permanente, quando as informações contidas no documento são
consideradas importantes para fins de prova, informação e pesquisa, ...
O Dicionário Brasileiro de Terminologia Arquivística define como:
Prazo, definido na tabela de temporalidade e baseado em estimativas de uso, em que
documentos, deverão ser mantidos no arquivo corrente ou no intermediário, ao fim do qual a
destinação é efetivada. Também chamado período de retenção ou prazo de retenção.
“PRAZOS DE GUARDA”
“PRAZO DA FASE
CORRENTE”
“PRAZO DA FASE
INTERMEDIÁRIA”
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1.13. ORIGINAL
As IG 11-03 (Instruções Gerais para Avaliação de Documentos do Exército) definem como:
Art. 12 Por “exemplar original” entende-se:
I - todos aqueles documentos que possuem a assinatura de próprio punho da autoridade
signatária e recebidos pelo destinatário;
II - os documentos assinados por delegação e recebidos pelo destinatário;
III - no caso de documentos circulares, são consideradas originais, todas as primeiras vias
recebidas pelos destinatários; e
IV - todas as segundas vias de documentos que permanecem com o expedidor.
O Dicionário Brasileiro de Terminologia Arquivística define como:
Documento produzido pela primeira vez ou em primeiro lugar.
Versão final de um documento, já na sua forma apropriada.
1.14. PAPEL NEUTRO
O Dicionário Brasileiro de Terminologia Arquivística define como:
Papel de pH neutro ou ligeiramente alcalino, de degradação mais difícil.
Outros tipos de papéis:
- papel alcalino: pH acima de 7; e
- papel ácido: pH abaixo de 7.Os tipos mais comuns são: papel pardo, papel jornal, papelão e
cartolinas em geral.
Devem ser utilizados somente papéis neutros ou alcalinos no acondicionamento de
documentos. Quando for adquiri-los, verifique com o fornecedor se os escolhidos são do tipo neutro
ou alcalino.
Existe disponível no mercado uma caneta própria para medir o pH do papel.
1.15. SUPORTE
O Dicionário Brasileiro de Terminologia Arquivística define como:
Material no qual são registradas as informações.
Ex: papel, papel fotográfico, fita VHS, DVD, CD, película de microfilme, etc.
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1.16. TABELA BÁSICA DE TEMPORALIDADE E DESTINAÇÃO DE
DOCUMENTOS NO ÂMBITO DO EXÉRCITO (TBTEx)
As IG 11-03 (Instruções Gerais para Avaliação de Documentos do Exército) definem como:
Art. 9º A “Tabela Básica de Temporalidade e Destinação de Documentos no Âmbito do
Exército” (TBTEx) é um instrumento de destinação, aprovado pelo Conselho Nacional de Arquivos
(CONARQ), que determina prazos de guarda, transferência, recolhimento ou eliminação de
documentos.
1.17. TEORIA DAS TRÊS IDADES
O Dicionário Brasileiro de Terminologia Arquivística define como:
Teoria segundo a qual os arquivos são considerados arquivos correntes, intermediários ou
permanentes, de acordo com a frequência de uso por suas entidades produtoras e a identificação de
seus valores primário e secundário.
Nota do AHEx:
O Ministério da Defesa expedirá em breve uma Tabela Básica de
Temporalidade e Destinação de Documentos específica para todos os órgãos do
Ministério. Com isso, provavelmente a TBTEx será revogada.
Outros conceitos e definições poderão ser encontrados no Capítulo 8
(8.11. – GLOSSÁRIO).
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Capítulo 2
ARQUIVOS DAS OM
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2.1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS
Os arquivos de uma organização militar devem, antes de tudo, ser limpos e organizados. A
partir desta situação inicial, outras medidas poderão ser adotadas.
Nessa fase inicial, os conhecimentos necessários são aqueles inerentes a qualquer unidade
militar que tenha espírito de manutenção. Não são necessários grandes conhecimentos arquivísticos.
Com boa vontade e bom senso, qualquer militar ou servidor civil designado para organizar os
arquivos cumprirá satisfatoriamente a missão.
As outras medidas são aquelas que visam dar maior tempo de vida ao acervo (preservação) e
melhorar as condições das instalações do arquivo. Para realizá-las, os responsáveis pelos arquivos
poderão consultar especialistas ou acessar a literatura disponível.
Sugestões de literaturas disponíveis:
- Legislação Arquivista Brasileira-
(www.conarq.arquivonacional.gov.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm)
- Publicações digitais - (www.conarq.arquivonacional.gov.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm)
- Conservação Preventiva em Bibliotecas e Arquivos – CPBA - (www.arqsp.org.br/cpba/)
2.2. FINALIDADES DOS ARQUIVOS DAS OM
Centralizar em um local determinado os documentos produzidos e recebidos que tenham valor
administrativo, jurídico e histórico. Essa medida facilitará as futuras consultas.
Os arquivos das OM são muito consultados pelos militares da reserva, reformados e
pensionistas. Eles são fontes de informações para pesquisas históricas, comprovação de direitos, etc.
Uma grande cliente dos arquivos das OM é a Justiça Federal. Suas solicitações, feitas por ofício
aos comandantes das OM, solicitam informações administrativas que, geralmente, estão
relacionadas à Defesa da União. Nesses casos, a precisão e a rapidez no atendimento ao solicitado
evitarão futuros problemas para a OM.
80% Limpeza e Organização
20% Outras Medidas
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Além disso:
Servir a administração
- fornecendo informações e documentos necessários ao desenvolvimento das
atividades;
- facilitando o acesso aos documentos;
- preservando a documentação da OM; e
- possibilitando o controle da produção de documentos.
Servir à História
- fornecendo informações e/ou documentos para reconstituir ou escrever a história
da OM e do Exército;
- servindo de memória da OM; e
- constituindo fontes de pesquisa.
Permitir a
acessibilidade
- colocando à disposição dos usuários (sociedade) documentos que forneçam
informações de caráter probatório ou simplesmente informativo.
2.3. MISSÕES DOS ARQUIVOS DAS OM (CORRENTE E GERAL)
- Arquivar os documentos, visando à recuperação da informação.
- Avaliar e selecionar os documentos, tendo em vista sua guarda definitiva ou sua eliminação.
- Preservar e assegurar a integridade dos documentos, evitando danos que possam ocasionar a
sua perda.
- Recolher e ordenar todos os documentos que circulam na OM.
2.4. ARQUIVOS PREVISTOS NAS OM
As IG 11-03 (Instruções Gerais para Avaliação de Documentos do Exército) estabelecem que:
Art. 20 Em cada OM deverão existir:
I – Arquivo Corrente; e
II – Arquivo Geral da OM.
As IG 10-42 (Instruções Gerais para a Correspondência, as Publicações e os Atos Administrativos no
Âmbito do Exército), definem como:
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CAPÍTULO V
DO ARQUIVAMENTO E DA ELIMINAÇÃO DE DOCUMENTOS
Art. 17. Em toda OM, haverá um arquivo onde será guardada, depois de chegar ao fim de sua
tramitação, a correspondência oficial que lhe disser respeito.
§ 1º Os expedientes serão arquivados onde tiver sede o destinatário ou a autoridade que emitir
o despacho final.
§ 2º Os documentos de qualquer procedência que não devam ter andamento serão arquivados.
Art. 18. Determinado pela autoridade competente o arquivamento de qualquer documento,
serão tomadas providências no sentido de que, na capa ou na primeira folha, seja indicada a solução
proferida antes do arquivamento [exemplo: publicado no BI nº .... de ..... ou respondido em Of (Rad)
nº .... , de......], manuscrita, datilografada ou sob a forma de carimbo, seguida da expressão “Arquive-
se”, data e assinatura.
Art. 19. Além das prescrições contidas nestas Instruções, quanto ao arquivamento, ao acesso e
à eliminação de documentos, serão observados, também, a Política Nacional de Arquivos Públicos e
Privados, a legislação que trata de assuntos sigilosos e o previsto no Regulamento Interno e dos
Serviços Gerais (RISG) e nas Instruções Gerais para a Avaliação de Documentos no Exército (IG 11-03).
Art. 20. As prescrições atinentes aos documentos de natureza sigilosa (controlados) constam da
legislação que trata da salvaguarda dos assuntos sigilosos do Exército.
Art. 21. Serão arquivados no órgão de direção setorial (ODS) referente a pessoal, depois de
solucionados, os processos oriundos de requerimentos dirigidos ao Ministro da Defesa ou ao
Comandante do Exército por militares ou ex-militares, bem como os processos de transferência para
a reserva ou afastamento do serviço ativo, quaisquer que sejam o destinatário e a espécie do
documento inicial.
O R1/RISG (Regulamento Interno e dos Serviços Gerais), de 19 de dezembro de 2003,
estabelece que:
Art. 175. Do original do BI são extraídas tantas cópias, todas autenticadas pelo S Cmt U,
quantas forem necessárias à distribuição às SU, às dependências internas e à autoridade a que estiver
a unidade imediatamente subordinada, observando-se, a respeito, as seguintes disposições:
VII - mesmo informatizados, os originais dos boletins e seus aditamentos, com a assinatura de
próprio punho do comandante são colecionados e periodicamente encadernados ou brochados em
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um volume com um índice de nomes e outro por assuntos, organizado pela 1ª seção, sendo
guardados no arquivo da unidade; e
Art. 360. As cópias de todos os documentos expedidos pela unidade e os originais dos BI devem
ser arquivados, sendo periodicamente encadernados ou brochados.
§ 1º Aplicam-se às SU e dependências internas as prescrições deste artigo.
§ 2º Os documentos, conforme seu tipo, formam obrigatoriamente, coleções distintas.
§ 3º Os documentos arquivados são conservados em armários ou gavetas adequadas, sob
guarda e responsabilidade dos respectivos detentores.
Art. 362. Os documentos de qualquer procedência que não devam ser encaminhados, depois
de solucionados, são arquivados.
Art. 363. O arquivista não pode ser desviado de suas funções, tendo um ou dois auxiliares em
condições de substituí-lo nos seus impedimentos eventuais.
2.5. ARQUIVO CORRENTE
As IG 11-03 (Instruções Gerais para Avaliação de Documentos do Exército) definem como:
Art. 21. É um local, normalmente na própria Seção, destinado ao depósito de todos os
documentos que estão cumprindo o “prazo mínimo de arquivamento obrigatório de cinco anos”.
São ordenados, normalmente, de acordo com o ano de elaboração.
Em todas as seções e repartições deve haver um arquivo corrente, nos quais são arquivados
todos os documentos recebidos e expedidos. Dependendo do tamanho da seção ou repartição,
podem ser poucos ou muitos documentos. As OM podem adotar procedimentos próprios para
aperfeiçoar o arquivamento de documentos em função das instalações disponíveis, do volume de
documentos e do pessoal existente.
Por exemplo, no nível Pelotão, são arquivadas as partes expedidas. No nível subunidade, são
arquivados dentre outros, os requerimentos, as partes, os QTS, etc.
Também, de acordo com as IG 11-03, anualmente, no mês de abril, os documentos que
completaram os 5 (cinco) anos de guarda obrigatória serão submetidos à avaliação para serem
eliminados ou enviados ao Arquivo Geral da OM (Gestão Documental).
Essa documentação pode ser guardada em uma simples pasta, uma gaveta, um móvel ou um
armário, dependendo da quantidade.
Os cuidados com a guarda e preservação da documentação, dentro das devidas proporções,
são os mesmos adotados no Arquivo Geral da OM.
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O Dicionário Brasileiro de Terminologia Arquivística define como:
Conjunto de documentos, em tramitação ou não, que, pelo seu valor primário, é objeto de
consultas frequentes pela entidade que a produziu, a quem compete a sua administração.
Arquivo responsável pelo arquivo corrente.
2.6. ARQUIVO GERAL
É uma Seção, subordinada geralmente à 1ª Seção, Ajudância Geral ou Secretaria, responsável
pela guarda de toda documentação intermediária e de guarda permanente expedida ou recebida
pela OM.
A expressão “DEPÓSITO DE DOCUMENTOS” é utilizada também para designar o local onde são
guardados os arquivos intermediários e de guarda permanente.
No Arquivo Geral da OM encontramos, em princípio, documentos desde o seu primeiro dia de
funcionamento (criação) até os dias atuais. Se a OM for oriunda de outra (Ex: transformação do 1º
Batalhão de Saúde em 21º Batalhão Logístico), provavelmente o arquivo da OM de origem também
estará guardado nesse depósito. Os documentos podem ser ofícios, IPM, sindicâncias,
requerimentos, boletins internos, etc. Também podem ser arquivadas fotografias, cartas
topográficas, plantas das instalações da OM, etc.
As IG 11-03 (Instruções Gerais para Avaliação de Documentos do Exército) definem como:
Inciso II do Art. 20 Arquivo Geral da OM, subdividido em dois arquivos:
a) Intermediário; e
b) De Guarda Permanente.
As IG 10-42 (Instruções Gerais para a Correspondência, as Publicações e os Atos Administrativos no
Âmbito do Exército), de 22 de fevereiro de 2002, estabelecem que:
Nota do AHEx:
De acordo com a tabela de temporalidade do CONARQ, alguns documentos,
com pelo menos um ano de guarda, poderão ser eliminados. No entanto, o
Exército adotou como norma o “prazo mínimo de arquivamento obrigatório de
cinco anos”.
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CAPÍTULO V
DO ARQUIVAMENTO E DA ELIMINAÇÃO DE DOCUMENTOS
Art. 17. Em toda OM, haverá um arquivo onde será guardada, depois de chegar ao fim de sua
tramitação, a correspondência oficial que lhe disser respeito.
§ 1º Os expedientes serão arquivados onde tiver sede o destinatário ou a autoridade que emitir
o despacho final.
§ 2º Os documentos de qualquer procedência que não devam ter andamento serão arquivados.
Art. 18. Determinado pela autoridade competente o arquivamento de qualquer documento,
serão tomadas providências no sentido de que, na capa ou na primeira folha, seja indicada a solução
proferida antes do arquivamento [exemplo: Publicado no BI nº .... de ..... ou respondido em Of (Rad)
nº .... , de......], manuscrita, datilografada ou sob a forma de carimbo, seguida da expressão “Arquive-
se”, data e assinatura.
Art. 19. Além das prescrições contidas nestas Instruções, quanto ao arquivamento, ao acesso e
à eliminação de documentos, serão observados, também, a Política Nacional de Arquivos Públicos e
Privados, a legislação que trata de assuntos sigilosos e o previsto no Regulamento Interno e dos
Serviços Gerais (RISG) e nas Instruções Gerais para a Avaliação de Documentos no Exército (IG 11-03).
Art. 20. As prescrições atinentes aos documentos de natureza sigilosa (controlados) constam da
legislação que trata da salvaguarda dos assuntos sigilosos do Exército.
2.7. ARQUIVO INTERMEDIÁRIO
As IG 11-03 (Instruções Gerais para Avaliação de Documentos do Exército) definem como:
Inciso II do Art. 21 É destinado à guarda de documentos originais já analisados pela
Subcomissão Permanente de Avaliação de Documentos (SCPAD), oriundos do “Arquivo Corrente” que
estão cumprindo o prazo de guarda previsto na Tabela Básica de Temporalidade e Destinação de
Documentos no Âmbito do Exército (TBTEx). Tais documentos deverão ser reorganizados em função
Nota do AHEx:
ATENÇÃO! Existem documentos que devem permanecer no arquivo
intermediário por mais de 100 anos. Esses documentos apesar de não serem
classificados como de guarda permanente, acabam sendo tratados como se
assim fossem tendo em vista o longo prazo de guarda obrigatória.
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do ano previsto para a sua eliminação (e não mais do ano de elaboração), a fim de possibilitar o seu
rápido acesso.
Parágrafo único. Os Arquivos Intermediários deverão estar em um local apropriado,
denominado “Arquivo Geral da OM”.
O Dicionário Brasileiro de Terminologia Arquivística define como:
Conjunto de documentos originários de arquivos correntes, com uso pouco frequente que
aguarda destinação.
Arquivo responsável pelo arquivo intermediário. Também chamado pré-arquivo.
Depósito de arquivos intermediários.
2.8. ARQUIVO DE GUARDA PERMANENTE
As IG 11-03 (Instruções Gerais para Avaliação de Documentos do Exército) definem como:
Inciso II do Art. 21 É um local destinado à custódia de documentos de rara consulta e que
devem ser permanentemente arquivados, por serem de grande valor histórico para a OM.
Parágrafo único Os arquivos de Guarda Permanente deverão estar em um local apropriado,
denominado “Arquivo Geral da OM”.
O Dicionário Brasileiro de Terminologia Arquivística define como:
Conjunto de documentos preservados em caráter definitivo em função de seu valor.
Arquivo responsável pelo arquivo permanente. Também chamado arquivo histórico.
2.9. RESPONSÁVEIS PELOS ARQUIVOS DAS OM
Arquivo Intermediário e de Guarda Permanente:
O RISG (Regulamento Interno dos Serviços Gerais) regula que:
Art. 24. O ajudante-secretário é um auxiliar imediato do Cmt U, incumbindo-lhe:
Inciso VI – manter, em dia e em ordem, o arquivo da documentação da unidade, de acordo com
as normas em vigor.
Nota do AHEx:
No arquivo de guarda permanente são guardados documentos de grande
valor histórico e administrativo e não somente os de rara consulta.
1. ATENÇÃO: OS DOCUMENTOS NELE GUARDADOS NÃO PODERÃO SER ELIMINADOS!
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Art. 363. O arquivista não pode ser desviado de suas funções, tendo um ou dois auxiliares em
condições de substituí-lo nos seus impedimentos eventuais.
Arquivo Corrente:
Os chefes de todas as seções e repartições que expedirem ou receberem documentos. Ex. Cmt
Pel, Cmt SU, Ch Seção, Ch Divisão, etc.
2.10. ORGANIZAÇÃO DE UM ARQUIVO GERAL
Com a finalidade de orientar a organização adequada do Arquivo Geral da OM, apresentamos
uma sugestão de fases a serem seguidas de acordo com as possibilidades e a realidade de cada OM.
1ª - Levantamento do acervo existente.
2ª - Escolha do local.
3ª - Escolha do pessoal.
4ª - Preparação do local.
5ª - Organização do local.
6ª - Execução da Gestão Documental.
7ª - Aquisição do mobiliário.
8ª - Aquisição das embalagens e invólucros.
9ª - Higienização do acervo.
10ª - Organização do acervo.
11ª - Verificação das medidas de segurança.
12ª - Confecção do Plano de Manutenção Periódica.
13ª - Estabelecimento das normas de acesso ao Arquivo Geral.
14ª - Estabelecimento das normas de controle de entrada e saída de documentos.
15ª- Realização de vistorias ambientais e biológicas.
2.11. CARACTERÍSTICAS DO LOCAL ADEQUADO PARA SE MONTAR UM
ARQUIVO GERAL
O local destinado para ser o Arquivo Geral da OM deve atender a requisitos que possam
oferecer segurança contra as ações de estranhos, do fogo, da água e de agentes de deterioração do
papel (insetos, roedores, poeira, excesso de luminosidade, etc), altamente nocivos ao acervo.
Requisitos a serem observados:
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- Escolher um local com tamanho adequado, que no futuro ofereça condições de expansão,
caso necessário.
- Escolher um local em piso mais elevado em relação ao solo e com boas condições de
drenagem, no caso do arquivo ser em andar térreo.
- Evitar locais com tubulações hidráulicas, caixas d’água ou quadros de energia elétrica.
- Evitar locais próximos ao posto de combustível, paiol, rancho, depósito de gêneros, cantina,
instalações de animais (baias, canis, etc) ou lixeiras.
- Evitar, principalmente, locais nos subsolos ou porões, em razão do grande risco de
inundações, dando preferência a terrenos mais elevados, distanciados do lençol freático.
- Preferir locais arejados e secos, sem umidade ou infiltrações.
- Preferir locais com ventilação dos ambientes de forma natural ou artificial com soluções de
baixo custo, inclusive com a disposição adequada do mobiliário, de forma a facilitar o fluxo do ar.
- Verificar se o prédio oferece condições estruturais de resistência à carga adequadas ao peso
do acervo, caso esteja localizado no piso superior.
2.12. PREPARAÇÃO DO LOCAL
A preparação do local destinado para ser o Arquivo Geral consiste em realizar, entre outras, as
seguintes ações:
- dedetização;
- fixação das estantes nas paredes;
- instalação de grades nas portas e janelas, se for necessária;
- instalação de persianas, cortinas ou película, tipo insulfilm nas janelas;
- isolamento das instalações hidráulicas;
- limpeza do piso e do mobiliário;
- pintura;
- retirada de todos os materiais estranhos ao acervo (material de obra, material em processo de
descarga, material inservível, etc);
- revisão da parte elétrica;
- substituição das fechaduras; e
- verificação do telhado, se for o caso.
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2.13. ORGANIZAÇÃO DO LOCAL
O mobiliário no Arquivo Geral de documentos deve estar disposto adequadamente oferecendo
um melhor aproveitamento do espaço disponível, da luminosidade e da ventilação naturais
existentes.
Não devem ser guardados materiais estranhos ao acervo no interior do arquivo.
Deve ser verificado se existem móveis ou documentos embaixo de janelas, de aparelhos de ar
condicionado ou em situações que possam provocar algum tipo de dano ao acervo.
Deve ser verificado se as caixas, pastas e livros estão acondicionados de forma correta e
funcional no mobiliário.
O pessoal não deve cumprir o expediente no interior do arquivo. O ideal é que o local de
guarda de documentos seja separado do local de trabalho, sendo utilizado apenas para pesquisas.
2.14. ORGANIZAÇÃO DO ACERVO
Os documentos deverão ser armazenados separadamente, de acordo com o seu suporte e suas
especificidades, a saber:
- documentos textuais, como manuscritos e impressos;
- documentos encadernados;
- documentos textuais de grande formato;
- documentos cartográficos, como mapas e plantas arquitetônicas;
- documentos iconográficos, como desenhos, gravuras e cartazes;
- documentos em meio micro gráfico;
- documentos fotográficos;
- documentos sonoros;
- documentos cinematográficos; e
- documentos em meios magnéticos e ópticos.
Obs: os filmes em suportes de nitrato de celulose devem ser armazenados separadamente, de acordo
com sua base e condição de preservação.
Nota do AHEx:
ATENÇÃO! O filme cujo suporte é o nitrato de celulose poderá estar sujeito à
combustão espontânea.
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2.15. CONTROLE DA DOCUMENTAÇÃO
Para se evitar o extravio de documentos e facilitar a sua guarda e localização é muito
importante registrar SEMPRE no livro de cautelas a entrada ou saída de qualquer documento do
arquivo (depósito).
Outro importante artifício é o GUIA-FORA.
GUIA-FORA: É uma ficha usada para indicar quando o documento é retirado da caixa ou
prateleira. Ela é colocada no lugar do documento retirado, contendo as seguintes informações: nome
do consulente, data e a descrição da documentação pesquisada. Pode ser produzida em 1/2 folha de
papel A4 e é confeccionado em duas vias. Uma via é colocada na caixa, pasta ou estante na qual foi
retirado o documento até a sua devolução, quando será destruída. A outra via fica arquivada por
medida de controle.
Estas medidas evitam o extravio de documentos e facilitam a sua guarda e localização.
O Dicionário Brasileiro de Terminologia Arquivística define como:
Indicador colocado no lugar de uma unidade de arquivamento ou item documental para
assinalar a sua remoção temporária. Também chamado fantasma ou ficha-fantasma.
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SUGESTÃO DE MODELO DE GUIA-FORA (FANTASMA OU FICHA-FANTASMA)
85º Batalhão de Infantaria de Selva
1ª Seção
Arquivo Geral
GUIA-FORA DE DOCUMENTOS
SOLICITANTE
POSTO/
GRAD NOME DE GUERRA SEÇÃO RAMAL MOTIVO
1º Sgt João 1ª Seção 4355 Sindicância
DOCUMENTO
ASSUNTO: Inspeção de saúde
TIPO DE DOCUMENTO: Boletins Internos de 1987 Qtde: 12 livros
encadernados
DESTINO: 1ª Seção
LOCALIZAÇÃO: Estante 10; prateleira 3
OBSERVAÇÕES: os livros encontram-se completos e em bom estado e de conservação.
Data de Saída: 10/ 05/ 1998 Data de Entrada: 15/ 05/ 1998
Responsável pela entrega do documento: 3º Sgt Pedro – Responsável pelo Arquivo Geral
(a) do solicitante: Antonio João da Silva
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2.16. CUIDADOS COM O ARQUIVAMENTO
Os documentos devem estar adequadamente identificados, classificados e controlados para
que as ações de localização e devolução ao local de depósito sejam realizadas de forma ágil e sem
riscos de danos ou extravios. Para que esses procedimentos sejam efetivos e possam assegurar a
manutenção das condições de acesso, eles devem ser regularmente revistos.
É importante que os registros relativos aos documentos sejam incorporados a um sistema de
informações, como um banco de dados.
As IG 11-03 (Instruções Gerais para Avaliação de Documentos do Exército) definem como:
Art. 23 É necessário muito cuidado quanto ao arquivamento, pois um documento arquivado
erroneamente poderá ficar perdido, sem possibilidades de recuperação:
I - estes documentos deverão ser arquivados, de modo adequado, em pasta, fichário, estante,
armário, prateleira, caixa, gaveta, embalagem, estojo, mapoteca, banco de dados, etc.;
II - deve-se evitar, na medida do possível, os efeitos da deterioração de documentos, causados
por agentes ambientais, biológicos, humanos e desastres naturais, conforme o que estabelece o
capítulo n° 3 (Preservação do Acervo), da “Orientação para Preservação e Difusão do Acervo Cultural
do Exército Brasileiro”, elaborada pela Diretoria de Assuntos Culturais; e...
III - para tanto, deve-se atentar para os seguintes procedimentos de arquivamento de
documentos:
a) ............
b) quanto à instalação:
1. selecionar o melhor local para a instalação do arquivo, de modo que ele ofereça boas
condições à preservação dos documentos;
2. selecionar os métodos de arquivamento mais adequados, tais como: por assunto,
cronológico, tipo de documento, de base alfabética, de base numérica, geográfico, ou a combinação
deles;
3. estabelecer a quantidade de pastas, estantes, prateleiras e armários necessários, de acordo
com o método de arquivamento selecionado;
4. identificar, de maneira visível, as pastas, gavetas, armários, caixas, etc, por meio de
anotações registradas do lado de fora das mesmas, para facilitar a consulta; e
5. para os documentos que serão arquivados além do prazo mínimo de arquivamento
obrigatório (5 anos), deverá ser elaborada uma “Folha de Referência” para cada conjunto
documental.
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2.17. ACESSO AO ARQUIVO GERAL
O Arquivo Geral deve ser um local de acesso permitido somente às pessoas que nele
trabalham. Esta medida evita o extravio de documentos e a entrada de alimentos. Devem ser
estabelecidas normas rígidas definindo quem pode ter acesso.
2.18. MEDIDAS COMPLEMENTARES
Após a execução das fases sugeridas no Capítulo 2 (2.10.- ORGANIZAÇÃO DE UM ARQUIVO
GERAL), algumas medidas complementares podem ser efetivadas. Dentre elas, destacamos:
- aquisição de novos mobiliários de metal;
- aumento do efetivo do pessoal que trabalha no arquivo;
- digitalização ou microfilmagem dos documentos mais importantes ou mais consultados;
- encadernação de livros;
- implantação de sistema informatizado de controle do acervo;
- instalação de aparelhos desumidificadores, vaporizadores, termo higrômetros (pode ser o de
bulbo seco e úmido), exaustores e ventiladores, conforme a necessidade;
- instalação de telas nos acessos de roedores e insetos ao arquivo;
- levantamento das faltas no acervo;
- levantamento dos acervos que necessitam de restauração;
- mapeamento da localização do acervo (inventário topográfico);
- melhoria do sistema de Prevenção e Combate a Incêndios;
- substituição das embalagens/invólucros (caixas e pastas);
- substituição das fechaduras;
- transferência do arquivo para local mais adequado; e
- demais medidas julgadas necessárias pelos responsáveis pelo arquivo.
Nota do AHEx:
O arquivo da OM deverá, além de GUARDAR OS DOCUMENTOS, também ter
condições de RESGATAR A INFORMAÇÃO com rapidez e precisão.
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2.19. FONTES DE CONSULTA
a. Responsabilidade:
- R1/RISG (Regulamento Interno e dos Serviços Gerais), de 19 de dezembro de 2003
b. Gestão Documental:
- Normas para Recolhimento de Acervos ao Arquivo Histórico do Exército (Port Nº 835 – Cmt Ex,
de 14 Nov 07)
- Eliminação de documentos (Of N° 014 CPADEx, de 03 Abr 09)
- Tabela de Classificação, Temporalidade e Destinação de Documentos de Arquivo Relativos às
Atividades-Fim do Exército Brasileiro (TBTEx)
- Tabela de Classificação, Temporalidade e Destinação de Documentos de Arquivo Relativos as
Atividades-Meio da Administração Pública (CONARQ - Resolução nº 14, de 24 out 01)
- Tabela de Temporalidade da Subclasse 080 Militares (CONARQ - Resolução nº 21, de 04 ago 04)
- IG 11-03 (Instruções Gerais para Avaliação de Documentos do Exército), de 29 de maio de 2001
- IG 10-42 (Instruções Gerais para a Correspondência, as Publicações e os Atos Administrativos
no Âmbito do Exército), de 22 de fevereiro de 2002
c. Preservação:
- Normas para Utilização dos Arquivos, Bibliotecas e Museus por parte de Historiadores e
outros estudiosos (Port Min nº 2449, de 27 set 79)
- Normas para a Preservação e Difusão do Patrimônio Cultural do Exército Brasileiro (Port Nr
114 – DEP, de 24 Nov 04)
- Legislação Arquivista Brasileira -
(www.conarq.arquivonacional.gov.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm)
- Publicações digitais - (www.conarq.arquivonacional.gov.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm)
- Conservação Preventiva em Bibliotecas e Arquivos – CPBA - (www.arqsp.org.br/cpba/)
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Capítulo 3
PESSOAL
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3.1. PESSOAL NECESSÁRIO PARA ADMINISTRAR UM ARQUIVO DE OM
a. Arquivo Corrente
O próprio expedidor do documento será o responsável pelo seu arquivo corrente.
Em uma SU, o sargenteante será o responsável.
Em uma Seção do Estado-Maior da OM, um militar poderá ser designado pelo chefe para
controlar os documentos daquela Seção.
b. Arquivo Geral da OM (Intermediário e Permanente)
O efetivo do Arquivo Geral deve ser suficiente para atender às necessidades da OM (Art 363 do
RISG). Além disso, o pessoal deve conhecer a legislação existente sobre o assunto e o acervo sob sua
responsabilidade.
Fatores que influenciam na escolha do pessoal:
- a demanda por pesquisas;
- as condições das instalações;
- o estado de conservação do acervo; e
- o tamanho do acervo.
O R1/RISG (Regulamento Interno e dos Serviços Gerais), de 19 de dezembro de 2003,
estabelece que:
Art. 363. O arquivista não pode ser desviado de suas funções, tendo um ou dois auxiliares em
condições de substituí-lo nos seus impedimentos eventuais.
3.2. CUIDADOS COM A SELEÇÃO E TREINAMENTO DO PESSOAL
As IG 11-03 (Instruções Gerais para Avaliação de Documentos do Exército) estabelecem que:
Art. 23 É necessário muito cuidado quanto ao arquivamento, pois um documento arquivado
erroneamente poderá ficar perdido, sem possibilidades de recuperação:
I - ............
II - ...........
III - para tanto, deve-se atentar para os seguintes procedimentos de arquivamento de
documentos:
a) selecionar e treinar pessoal capacitado para desenvolver as seguintes atividades no
gerenciamento de documentos:
Atenção: É recomendável que os militares escolhidos para trabalhar
nos arquivos gerais das OM não sejam fumantes e nem portadores de
problemas de saúde, principalmente os relacionados a processos
alérgicos.
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1. recebimento e expedição: consiste no serviço de protocolo da documentação. Engloba as
seguintes atividades: recebimento, registro, distribuição e expedição de documentos;
2. classificação: consiste na atividade de avaliar o conteúdo dos documentos, após
protocolados, direcionando-os aos respectivos responsáveis; e
3. arquivamento: consiste na disposição ordenada da documentação, após cessada sua
tramitação, para posterior e oportuna consulta.
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Capítulo 4
DOCUMENTAÇÃO
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4.1. CUIDADOS COM A DOCUMENTAÇÃO
Todos os documentos devem ser preservados em condições adequadas ao seu uso, pelos
prazos de guarda estabelecidos nas respectivas tabelas de temporalidade e destinação de
documentos.
A documentação deve estar adequadamente identificada, classificada e controlada, para que as
ações de localização e devolução ao local de depósito sejam realizadas de forma ágil e sem riscos de
danos ou extravios.
As IG 11-03 (Instruções Gerais para Avaliação de Documentos do Exército) estabelecem que:
Art. 3º É necessário muito cuidado quanto ao arquivamento, pois um documento arquivado
erroneamente poderá ficar perdido, sem possibilidades de recuperação:
I - ............
II - ...........
III - para tanto, deve-se atentar para os seguintes procedimentos de arquivamento de
documentos:
a) ............
b) ..........
c) quanto à documentação:
1. durante o ano corrente (Ano “A”);
2. anos anteriores (Anos: “A-1”, “A-2”, “A-3”, “A-4” e “A-5”); e
3. documentos elaborados em “A-6”.
4.2. DOCUMENTOS SIGILOSOS
As Instruções Gerais para Salvaguarda de Assuntos Sigilosos – IGSAS (Port Nr 011, de 10 Jan
2001) estabelece que:
Documento Sigiloso Controlado (DSC) é aquele que, por sua importância, requer medidas
adicionais de controle, entre elas: identificação dos destinatários em protocolo, lavratura do termo
de custódia, lavratura anual do termo de inventário e lavratura do termo de transferência.
Para guarda de DSC deve ser dada atenção especial em relação ao local, com a utilização de
cofres ou arquivos com chave, conforme o previsto nos Art 73 e 78 das Instruções Gerais para
Salvaguarda de Assuntos Sigilosos (IGSAS).
Os detentores de DSC/MSC deverão remeter, até 30 de junho de cada ano, uma cópia do
Termo do Inventário ao Órgão Controlador. Sempre que houver a substituição do detentor indireto
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Edição 2013 Fl. 35 / 145
de DSC/MSC, este deverá proceder à passagem de custódia dos DSC/MSC para o seu substituto e
remeter o Termo de Transferência de Guarda de Documento e/ou Material Sigiloso Controlado ao
Órgão Controlador.
Transcrito do informativo Fique Atento !, do CIEx, nº 4, de abril de 2011.
4.3. ORGANIZAÇÃO DE UM ARQUIVO CORRENTE DURANTE O ANO
CORRENTE (ANO “A”)
As IG 11-03 (Instruções Gerais para Avaliação de Documentos do Exército) estabelecem que:
Nr 1 da letra c, do inciso III do Art. 23
(a) inicialmente, verificar se o documento se encontra
completo e com todos os anexos constantes da referência (se
houver);
(b) conferir se foi protocolado;
(c) verificar o teor do documento, pessoal envolvido e
respectivos despachos, bem como se todas as ações e
providências foram ou estão sendo tomadas;
(d) relacionar o assunto do documento com a pasta mais apropriada para o arquivamento
deste, confirmando a existência de antecedentes (documentos que tratam do mesmo assunto e/ou
caso). Não existindo nenhuma pasta referente ao assunto do documento, criar uma nova para
arquivamento;
Exemplo:
Pasta nº 1 - Ofícios recebidos Pasta nº 8 - QTS
Pasta nº 2 - Ofícios expedidos Pasta nº 9 - Ordens de Instrução
Pasta nº 3 - Partes recebidas Pasta nº 10 - Ordens de serviço
Pasta nº 4 - Partes expedidas Pasta nº 11 - Adt Cia
Pasta nº 5 - Rádios recebidos Pasta nº 12 - Bol Intr
Pasta nº 6 - Rádios expedidos Pasta nº 13 - NE
Pasta nº 7 - MDO Pasta nº “n” - etc
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(e) arquivar o documento no local adequado, evitando dobrá-lo, bem como colocando-o na
ordem cronológica decrescente, de tal forma que o mais recente esteja em primeiro lugar e o mais
antigo à retaguarda;
(f) o documento, cujo conteúdo se refira a dois ou mais assuntos, deverá ser arquivado em uma
pasta, referenciada ao assunto julgado principal, sem que se deixe de registrar todos os outros em
folhas destinadas a futuras consultas;
(g) os anexos, quando volumosos, deverão ser arquivados em caixa apropriada, identificando-se
externamente o seu conteúdo, anotando-se a respectiva localização nos documentos que os
encaminharam; e
(h) os documentos audiovisuais, cartográficos, micro gráficos e informáticos deverão ser
acondicionados em estojos ou caixas de material apropriado (inerte e sem acidez).
Of nº13 – S1, de 10/06/2009
Of nº 20 – S1, de 17/07/2009
Of nº 03 – S1, de 4/01/2010
Of nº 22 – S1, de 20/03/2010
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4.4. ORGANIZAÇÃO DE UM ARQUIVO CORRENTE COM DOCUMENTOS
ELABORADOS NOS ANOS ANTERIORES (ANOS: “A-1”, “A-2”, “A-3”, “A-4” E
“A-5”):
As IG 11-03 (Instruções Gerais para Avaliação de Documentos do Exército) estabelecem que:
Nr 2 da letra c), do inciso III do Art. 23
(a) no final do ano corrente, mantendo-se a mesma sistemática de arquivamento adotada pela
Seção, passar todos os arquivos de documentos daquele ano para a prateleira / gaveta de baixo,
disponibilizando, assim, a prateleira superior para o arquivamento dos documentos do ano que se
inicia; e
(b) realizar procedimento idêntico com as prateleiras/gavetas dos anos anteriores,
aproveitando-se a oportunidade para limpá-las e verificar se todos os documentos retirados para
consulta foram recolocados nos devidos lugares.
Arquivo Corrente do ano em curso
VAZIA
DURANTE O ANO CORRENTE
Documentos que estão cumprindo o “prazo mínimo de arquivamento obrigatório de 5
anos”
A - 1
A - 2
A - 3
A - 4
A
NO FINAL DO ANO CORRENTE
A - 1
A - 2
A - 3
A - 4
A - 5
A
A - 5
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4.5. ORGANIZAÇÃO DE UM ARQUIVO INTERMEDIÁRIO COM
DOCUMENTOS ELABORADOS EM “A-6”:
As IG 11-03 (Instruções Gerais para Avaliação de Documentos do Exército) estabelecem que:
Nr 3 da letra c) do inciso III do Art. 23
(a) aqueles documentos que durante o ano corrente (ano “A”) completaram o seu 5° ano de
arquivamento (documentos elaborados no ano “A-6”) serão submetidos à análise da SCPAD da OM
no início do Ano “A” (em princípio, no mês de abril);
(b) a SCPAD da OM selecionará os documentos que:
- serão eliminados de imediato; e
- terão que prosseguir arquivados até cumprirem o prazo de guarda previsto na TBTEx.
(c) o “Arquivo Intermediário” será organizado conforme o ano previsto para a eliminação dos
documentos (de acordo com a TBTEx) e por “conjuntos documentais”, constituídos pelos
documentos com os mesmos códigos de assuntos previstos na TBTEx ...
SCPAD/OM
NO ANO SEGUINTE – ANO A
A - 6 A - 5
NO ANO
ANTERIOR
Abril
Aguardar a
publicação do
Edital de
Eliminação.
ARQUIVO INTERMEDIÁRIO
SCPAD/OM
ELIMINAÇÃO
IMEDIATA
A - 6
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........ e acompanhados da Folha de Referência (ver Anexo A – “Folha de Referência”);
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(d) deve ser também organizado pela SCPAD da OM um protocolo (em princípio um banco de
dados informatizado) de todos os documentos existentes no Arquivo Intermediário e no Arquivo de
Guarda Permanente, que possibilitem os seguintes tipos de acesso:
- pelo número código de assuntos;
- pelo número, tipo do documento, origem ou destinatário;
- pelo ano de elaboração;
- pelo fim do prazo de guarda; e
- pelo ano de eliminação (ou a referência a sua Guarda Permanente).
(e) as medidas anteriormente citadas visam a identificar, com rapidez, o conjunto documental
(ou número da folha de referência), o local (armário, prateleira, escaninho, pasta, etc...) onde
qualquer documento está arquivado e também a facilitar a rápida recuperação do documento
quando for necessária uma pesquisa futura e a sua destinação final.
(f) para fins destas Instruções, considerar o seguinte exemplo: os documentos de “Operação e
Instrução”, elaborados ao longo do ano “A – 6”, previstos para serem guardados até o final do ano de
“A + 2” (prazo de guarda de oito anos previsto na TBTEx), deverão constituir um conjunto
documental com o “Código de Assunto 120” (“Operação e Instrução”), que será arquivado num
compartimento específico, junto com todos os demais conjuntos documentais elaborados em anos
anteriores, mas que têm previsão de guarda até o final do ano “A + 2” e eliminação a partir de “A + 3”
(ver no exemplo abaixo);
A - 6
120 Operação e Instrução
GUARDAR
ATÉ
A + 2
120 Operação e Instrução
ELIMINAR A
PARTIR DE
A+ 3
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(g) a SCPAD da OM, quanto aos documentos a serem eliminados, para os quais a TBTEx não
especifica um prazo de guarda definido no Arquivo Intermediário (“Enquanto Vigorar” ou “Enquanto
se Prestar para Consulta”), deve organizá-los também em conjuntos documentais e mantê-los no
“Arquivo Intermediário”, em compartimento especial, aguardando a época oportuna para sua
eliminação, ou seja, tão logo deixem de vigorar, ou não mais se prestem para consulta;
(h) os documentos elaborados em “A – 6” que foram selecionados pela SCPAD da OM (ano “A”)
para serem guardados permanentemente, porém sem uma previsão de temporalidade para o
“Arquivo Intermediário”, serão encaminhados diretamente para o “Arquivo de Guarda Permanente
da OM” (ou para outra OM com atribuições arquivísticas) sem passarem pelo “Arquivo
Intermediário” da respectiva OM;
(i) os documentos elaborados em “A – 6” que foram selecionados pela SCPAD da OM para
serem guardados permanentemente, mas que ainda tem a cumprir um prazo de guarda
intermediária serão encaminhados para o “Arquivo Intermediário”. Eles serão organizados em
conjuntos documentais identificados como de “Guarda Permanente” e arquivados no mesmo
compartimento previsto para os conjuntos documentais a serem eliminados;
COMPARTIMENTO ESPECIAL: destinado para aqueles
documentos com prazo de guarda na “fase intermediária”
não especificados (ENQUANTO VIGORAR/ ENQUANTO SE
PRESTAR PARA CONSULTA).
Guarda Permanente
COM previsão de
temporalidade
Arquivo
Intermediário
SCPAD/OM
Guarda Permanente
SEM previsão de
temporalidade
Arquivo de Guarda
Permanente da OM
SCPAD/OM
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(j) o “Arquivo de Guarda Permanente” deve ser organizado também por conjuntos
documentais, por código de assuntos, porém sem referência a prazos de guarda. Este arquivo deve
ser controlado e organizado com vistas a preservar o documento e permitir futuras pesquisas;
(l) todos os conjuntos documentais arquivados no “Arquivo Intermediário” e que não tem um
prazo previsto para eliminação (“Enquanto Vigorar” ou “Enquanto se Prestar para Consulta”) devem
ser reavaliados, periodicamente, para se evitar que sejam acumulados desnecessariamente no
“Arquivo Intermediário”;
(m) alguns documentos pertencentes ao “Arquivo Intermediário” e que são de interesse da
Seção, podem, a critério da SCPAD da OM, permanecer arquivados no “Arquivo Corrente”, porém
submetidos aos mesmos procedimentos de controle adotados no “Arquivo Intermediário”;
010
Organização
e
Funcionamen
to
030
Material
020
Pessoal
0nn
XXXXXX
0nn
XXXXXX
Arquivo
INTERMEDIÁRIO
Arquivo
CORRENTE Documentos de
interesse da
Seção
“ENQUANTO
VIGORAR” OU
“ENQUANTO SE
PRESTAR PARA
CONSULTA
REAVALIAÇÃO
SCPAD/OM
REAVALIAÇÃO
“ENQUANTO
VIGORAR” OU
“ENQUANTO SE
PRESTAR PARA
CONSULTA
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(n) para melhor entendimento do cronograma de arquivamento e avaliação de um documento, ver o
seguinte exemplo:
- um documento elaborado em 95 (ano corrente, na ocasião);
- inicia a contagem do arquivamento obrigatório (5 anos) no início de 96;
- finaliza o prazo de 5 anos no arquivo corrente, no final de 2000;
- é submetido à SCPAD da OM, no início de 2001, e encaminhado para o “Arquivo
Intermediário”, onde completará o prazo de guarda de 10 anos (por exemplo) previsto na TBTEx;
- completa o prazo de guarda previsto (5 anos obrigatórios mais 5 anos no “arquivo
intermediário”) ao final, de 2005; e
- é novamente submetido à avaliação da SCPAD da OM no início de 2006 e eliminado ainda no
decorrer deste ano.
ANO EXEMPLO EVENTO LOCAL
TEMPO TOTAL
DE GUARDA
A 1995 Elaboração do documento
Arquivo Corrente
-
A+1 1996 1º ano do Prazo Mínimo de Arquivamento
Obrigatório de 5 anos 1 ano
A+2 1997 2º ano do Prazo Mínimo de Arquivamento
Obrigatório de 5 anos 2 anos
A+3 1998 3º ano do Prazo Mínimo de Arquivamento
Obrigatório de 5 anos 3 anos
A+4 1999 4º ano do Prazo Mínimo de Arquivamento
Obrigatório de 5 anos 4 anos
A+5 2000 5º e último ano do Prazo Mínimo de Arquivamento
Obrigatório de 5 anos 5 anos
A+6
2001
(Abril)
Submetido à avaliação pela SCPAD/OM
Decisão: Prazo de guarda total de 10 anos
conforme previsto na TBTEx
6º ano do total de 10 anos
6 anos
A+7 2002 7º ano do total de 10 anos
Arquivo
Intermediário
7 anos
A+8 2003 8º ano do total de 10 anos 8 anos
A+9 2004 9º ano do total de 10 anos 9 anos
A+10 2005 10º ano do total de 10 anos 10 anos
A+11
2006
(Abril)
Submetido à avaliação pela SCPAD/OM
Será eliminado no decorrer deste ano -
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Capítulo 5
CONSERVAÇÃO
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5.1. PAPÉIS
As Normas para Preservação e Difusão do Patrimônio Cultural do Exército Brasileiro definem
como:
Acredita-se que o papel tenha surgido na China há aproximadamente dois mil anos, mas o
Ocidente só veio a conhecê-lo, provavelmente, no século VIII.
O papel é uma pasta de constituição complexa, produzida a partir do beneficiamento de
matérias fibrosas oriundas, em geral, de vegetais como o eucalipto e outros.
A celulose é o seu principal componente. A estrutura da maioria dos tipos de papel é
semelhante, qualquer que seja a fibra utilizada.
A celulose é sintetizada pelos vegetais por meio do processo de fotos- síntese e, embora
insolúvel em água, apresenta com ela grande afinidade. Essa característica é a responsável pelos
movimentos de alongamento e encurtamento do papel em face das variações da umidade relativa no
ambiente em que ele se encontra. Além disso, ela se caracteriza por apresentar uma grande
reatividade química, cujas consequências se refletem nas propriedades físicas e químicas do papel.
O papel propriamente dito é, normalmente, apenas parte do objeto ou, como se diz
corriqueiramente, ele é o “suporte”. Igualmente importante é o que ele contém: a tinta, o crayon, o
grafite etc.
5.2. ACONDICIONAMENTO
O Manual de Noções Básicas de Conservação Preventiva de Documentos do Laboratório de
Conservação Preventiva de Documentos do Centro de Informação Científica e Tecnológica da
FIOCRUZ define como:
O acondicionamento tem por objetivo a proteção dos documentos que não se encontram em
boas condições contra agentes externos e ambientais ou para a proteção daqueles que foram
restaurados a favor da manutenção da integridade física da obra, armazenando-os de forma segura.
O acondicionamento protege os documentos da luz, da migração de acidez de um documento
para o outro e dos desastres, como pequenos incêndios e inundações. No caso de ser necessário
utilizar amarras, não é recomendado o uso de barbantes, mas de cadarços de algodão crus de 1,5 cm.
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Atenção! Nenhum documento deve ser armazenado diretamente sobre o chão.
Os documentos devem ser acondicionados em mobiliário e invólucros apropriados, que
assegurem sua preservação. A escolha deve ser feita observando-se as características físicas e a
natureza de cada suporte.
Os documentos de valor permanente que
apresentam grandes formatos, como mapas, plantas e
cartazes, devem ser armazenados horizontalmente, em
mapotecas adequadas às suas medidas, ou enrolados
sobre tubos confeccionados em cartão alcalino e
acondicionados em armários ou gavetas. Sempre que for
possível, evite enrolar os documentos.
As mídias magnéticas, como fitas de vídeo, áudio e de computador, devem ser armazenadas
longe de campos magnéticos que possam causar a distorção ou a perda de dados. O armazenamento
será preferencialmente em mobiliário de aço tratado com pintura sintética, de efeito antiestático.
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5.3. MOBILIÁRIO
O mobiliário facilita o acesso seguro aos documentos, promove a proteção contra danos físicos,
químicos e mecânicos.
Os documentos devem ser guardados em arquivos, estantes, armários ou prateleiras,
apropriados a cada suporte e formato.
Estantes: de preferência as de aço. Caso não tenha, pode-se usar mobiliário de madeira,
desde que haja um efetivo controle contra infestação de cupins.
A disposição das estantes na área de guarda deve sempre ser pensada de modo a facilitar a
constante renovação do ar, observando-se os seguintes procedimentos:
- mobiliário disposto de forma perpendicular às janelas;
- intervalo mínimo de 70 cm entre as estantes;
- prateleiras, de preferência, com as seguintes
dimensões: 1,00 m de comprimento e 0,40 m
de profundidade;
- fixação das estantes na parede;
- distância mínima de 7 cm entre a estante e a
parede com a finalidade de permitir a
ventilação (utilizar parafusos longos e calços
de madeira).
70 cm
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10 cm
2,20 m
- estantes com altura máxima de 2,20 m para
evitar tombamento;
- distância mínima de 10 cm entre a última
prateleira e o piso para favorecer a circulação do ar,
facilitar a limpeza e evitar molhar os documentos
em caso de inundações; e
- estantes com furos a cada 5 cm para permitir
a regulagem das prateleiras, que poderão receber
documentos acondicionados em diversos tipos de
embalagens.
Armários e prateleiras: de preferência os de aço. Caso não tenha, pode-se usar
mobiliário de madeira, desde que haja um efetivo controle contra infestação de cupins.
Mesa de Higienização: Mobiliário tipo; pequena estante aberta, com sistema de sucção
ao fundo do compartimento para documentos que tem como finalidade absorver os dejetos durante
a higienização do documento.
Furos
Piso
7 cm
Parede
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Atenção : As caixas utilizadas para
acondicionar gêneros não
deverão ser
reaproveitadas.
Evita contaminação
5.4. EMBALAGENS
As embalagens protegem os documentos contra a poeira e danos acidentais, minimizam as
variações externas de temperatura e umidade relativa e reduzem os riscos de danos por água e fogo
em casos de desastre.
Todos os materiais usados para o
armazenamento de documentos permanentes
devem manter-se quimicamente estáveis ao longo do
tempo, não podendo provocar quaisquer reações
que afetem a preservação dos documentos.
Caixas: as caixas de arquivo devem ser
resistentes ao manuseio, ao peso dos documentos e
à pressão, caso tenham de ser empilhadas. Precisam
ser mantidas em boas condições de conservação e
limpeza, de forma a proteger os documentos.
Os papéis e cartões empregados na produção
de caixas e invólucros devem ser alcalinos e
corresponder às expectativas de preservação dos
documentos.
Recomenda-se sempre o uso de invólucros
internos de papel alcalino, para evitar o contato
direto do documento com materiais instáveis.
As medidas de caixas devem respeitar formatos padronizados, e devem ser sempre superiores
às dos documentos que irão abrigar.
Apesar de terem um custo elevado, o ideal é que sejam utilizadas as caixas plásticas
(poliondas), de preferência as incolores. Existem estudos que relatam que as caixas coloridas
possuem pigmentos a base de produtos químicos que podem afetar o papel. Também podem ser
usadas as de papelão próprias para arquivo de documentos.
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Pastas: as pastas de papel cartão devem ser com grampo plástico, haste plástica ou metal
não oxidável. Os de metal comum deterioram os documentos.
As medidas das pastas ou envelopes devem respeitar formatos padronizados, e devem ser
sempre superiores às dos documentos que irão abrigar.
Amarrações: as pastas e os maços de papel devem ser amarrados com cadarços de algodão
cru de 1,5 cm de largura.
Atenção! O barbante não deverá ser utilizado para amarrar maços de
documentos. Eles poderão danificar as folhas de papel.
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5.5. PARTES DO LIVRO
5.6. TÉCNICAS DE MANUSEIO
O manuseio abrange todas as ações de tocar no documento.
As Normas para Preservação e Difusão do Patrimônio Cultural do Exército Brasileiro definem
como:
c. Técnicas de manuseio
– as mãos devem estar sempre limpas e calçadas com luvas;
– ao manusear gravuras, impressos, mapas, e etc, usar sempre as duas
mãos;
– documentos, gravuras etc. nunca devem ser colocados diretamente uns
sobre os outros, sem uma proteção. Usar papel neutro ou previamente
desacidificado para separá-los;
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– nunca usar fitas adesivas, em virtude da composição química da cola,
pois ela, com o tempo, penetra nas fibras de papel desencadeando uma
ação ácida irreversível;
– não dobrar o papel, pois isso acarreta o rompimento das fibras;
– nunca usar colas plásticas (PVA) que, devido ao seu alto teor de acidez,
geram reações ácidas e manchas irreversíveis;
– evitar enrolar documentos, gravuras etc. O ideal é confeccionar
embalagens com material neutro, nas medidas necessárias;
– nunca retirar um livro da estante puxando-
o pela borda superior da lombada.
O ideal é manter os volumes nas estantes,
observando-se uma folga entre eles, o que
possibilita sua retirada segurando-os com
firmeza pela parte mediana da
encadernação;
– nunca umedecer os dedos com saliva
ou qualquer outro tipo de líquido para
virar as páginas de um livro, pois essa
ação pode desencadear reações ácidas
(manchas) comprometedoras. Virar a
página pela parte superior da folha;
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– nunca apoiar os cotovelos sobre os volumes de médio e grande
porte durante leituras ou pesquisas. Esse procedimento acarreta
uma pressão nas costuras dos cadernos e nas lombadas que pode
provocar o rompimento e o desmembramento dos cadernos do
volume;
– os livros devem ser acondicionados nas
estantes em posição vertical; quando não
for possível, por possuírem grande porte,
colocá-los na posição horizontal;
– nunca acondicionar os livros com a lombada voltada para cima e o
corte lateral voltado para baixo, pois essa posição acarreta o
enfraquecimento das costuras. O ideal é mantê-los sobrepostos
horizontalmente (no máximo três volumes), quando suas
dimensões superarem o espaço a eles reservados na estante;
– evitar trazer qualquer tipo de alimento e realizar refeições nas
áreas destinadas ao trabalho e manuseio de objetos de papel;
– evitar guardar qualquer tipo de guloseimas dentro de gavetas e
armários em áreas destinadas ao acondicionamento e consulta de
obras.
5.7. OUTRAS RECOMENDAÇÕES
- não colocar os dedos sobre as
imagens e negativos de uma fotografia.
Usar sempre luvas, de preferência as
de algodão. Esse procedimento previne
manchas e impressões digitais sobre as
imagens;
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- não empilhar muitos livros ou pastas para evitar que eles fiquem
deformados;
- não fazer anotações particulares em
papéis avulsos colocados entre as
páginas de um livro e nem anotações
ou grifos nos textos. Com isso, evitam-
se marcas provocadas pela força
exercida durante o ato de escrever,
seja com lápis ou com caneta;
- não fazer dobras nas folhas com o objetivo de sinalizar a página.
As dobras quebram as fibras e com o tempo rasgam o papel.
Utilize marcadores de páginas para este fim;
- não forçar a abertura de livros ou pastas. Esse procedimento
evita que os livros ou as pastas sejam desmontados, em particular,
nos casos dos livros colados;
- não deixar embalagens de alimentos nas lixeiras, principalmente
copinhos descartáveis sujos de café ou latas de refrigerantes. As
embalagens sujas atraem insetos;
- forrar as lixeiras com sacos plásticos. Com isso, evita-se que
permaneça algum resíduo de sujeira. Periodicamente devem-se
lavar as lixeiras;
- utilizar escadas seguras para a
retirada de documentos das estantes,
bem como carrinhos, para o seu
transporte visando à segurança no
trabalho e à integridade dos
documentos; e
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- utilizar sílica em gel nas estantes e armários dos depósitos de
documentos para reduzir os efeitos da elevada umidade relativa
do ar.
5.8. PRESERVAÇÃO
O Manual de Noções Básicas de Conservação Preventiva de Documentos do Centro de
Informação Científica e Tecnológica da FIOCRUZ define como:
É o conjunto de medidas e estratégias de ordem administrativa, política e operacional que
contribuem direta ou indiretamente para a proteção do patrimônio. Ex.: Leis, Campanhas,
Congressos etc.
O Dicionário Brasileiro de Terminologia Arquivística define como:
Prevenção da deterioração e danos em documentos, por meio de adequado controle ambiental
e/ou tratamento físico e/ou químico.
5.9. CONSERVAÇÃO
O Dicionário Brasileiro de Terminologia Arquivística define como:
Promoção da preservação e da restauração dos documentos.
O Manual de Noções Básicas de Conservação Preventiva de Documentos do Centro de
Informação Científica e Tecnológica da FIOCRUZ define como:
É o levantamento, estudo e controle das causas de degradação, permitindo a adoção de
medidas de prevenção. É um procedimento prático aplicado na preservação. Ex.: Diagnóstico,
monitoramento ambiental, vistoria, etc.
Conservar documentos é defendê-los da ação dos agentes físicos, químicos e biológicos.
O principal objetivo da conservação é o de estender a vida útil dos documentos, dando aos
mesmos o tratamento correto. Para isso é necessária permanente fiscalização das condições
ambientais, manuseio e armazenamento.
Conservar e preservar para não restaurar.
Um programa de conservação preventiva de objetos de papel inclui os seguintes
procedimentos:
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– monitoramento e controle da dependência;
– práticas de técnicas conscientes de manuseio e conservação;
– uso de técnicas apropriadas de embalagem e guarda; e
– utilização de equipamentos adequados para a guarda de acervos (armários, estantes, etc).
5.10. CONSERVAÇÃO PREVENTIVA
O Manual de Noções Básicas de Conservação Preventiva de Documentos do Centro de
Informação Científica e Tecnológica da FIOCRUZ define como:
São intervenções diretas, feitas com a finalidade de resguardar o objeto, prevenindo possíveis
malefícios. Ex.: Higienização, pequenos reparos, acondicionamento, etc.
5.11. RESTAURAÇÃO
O Dicionário Brasileiro de Terminologia Arquivística define como:
Conjunto de procedimentos específicos para recuperação e reforço de documentos deteriorados
e danificados.
O Manual de Noções Básicas de Conservação Preventiva de Documentos do Centro de
Informação Científica e Tecnológica da FIOCRUZ define como:
É um conjunto de medidas que objetivam a estabilização ou a reversão de danos físicos ou
químicos adquiridos pelo documento ao longo do tempo e do uso, intervindo de modo a não
comprometer sua integridade e seu caráter histórico.
A restauração exige profissionais capacitados e laboratórios de restauração com equipamentos próprios
para esse tipo de trabalho. O recomendável é que ela seja realizada por especialistas.
Em caso de dúvidas ou se o documento tiver grande importância para o acervo da OM, não tente por
conta própria realizar sua restauração. Procure alguém especializado.
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Principais problemas detectados nos livros e documentos dos arquivos das OM:
- lombadas soltas;
- capas soltas;
- costura "arrebentada";
- costura "frouxa";
- folhas rasgadas;
- reparos parciais; e
- livros riscados.
5.12. CUIDADOS NECESSÁRIOS PARA CONSERVAR OS DOCUMENTOS
- acondicionar em pastas os documentos em folhas soltas.
Deve ser colocada nas pastas a quantidade de folhas
compatível com as dimensões destas. Evitar exceder essa
capacidade. As folhas não deverão ficar comprimidas no
interior das pastas;
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- acondicionar os materiais de grandes dimensões (desenhos
arquitetônicos, plantas e cartazes) em mapotecas ou caixas
grandes;
- armazenar os acervos de fotografias, filmes, meios
magnéticos e ópticos em condições climáticas especiais, de
baixa temperatura e umidade relativa;
- colocar os livros muito grandes, pesados e estruturalmente
fracos ou danificados na posição horizontal, a fim de que
encontrem o apoio que requerem. Devem ser empilhados
apenas no caso de absoluta necessidade, e as pilhas devem
conter poucos volumes;
- controlar a temperatura e a umidade dos depósitos;
- embalar os documentos de forma apropriada, protegendo-os
e facilitando seu manuseio;
- encadernar em livros os Boletins e outros documentos;
- evitar infiltrações e goteiras;
- evitar lavatórios dentro dos depósitos;
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- evitar o armazenamento em salas fechadas e porões, devido
às dificuldades na ventilação e aos elevados níveis de umidade
relativa;
- evitar objetos metálicos em contato
com os papéis e fotografias (clipes,
grampos, alfinetes, etc). Os clipes
aceleram o processo de oxidação do
papel, tendo em vista que o metal
enferruja e também deixa marcas e
manchas nos livros. Utilize presilhas de
plástico ou de metal não oxidável;
- guardar os documentos em ambientes bem ventilados para
evitar umidade e proliferação de microrganismos;
- guardar os documentos em mobiliário próprio e em áreas que
lhe são destinadas;
- manter as estantes afastadas de 10 a 15 cm do piso;
- manter os livros a distância de 7 cm da parede no caso das
estantes e no caso de ser armazenado em armários fechados,
deve-se manter esta mesma distancia entre o documento e o
fundo do armário e ainda entre o armário e a parede. Os
armários fechados devem ser periodicamente ventilados;
7 cm
Fundo da estante ou da parede ou parede
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- não colocar documentos maiores em cima de menores para
evitar deformação do suporte;
- não colocar plantas, principalmente as aquáticas; próximo ao
acervo;
- não permitir que sejam colocados guarda-chuvas, capas
molhadas no interior do depósito de documentos; e
- proteger os documentos e suas embalagens da incidência
direta de luz solar, por meio de filtros, persianas ou cortinas.
5.13. HIGIENIZAÇÃO DE DOCUMENTOS
A higienização do acervo é um dos procedimentos mais significativos existentes no processo de
conservação de materiais de arquivos, uma vez que irá retirar dos documentos os agentes
responsáveis pela sua deterioração tais como: poeira, detritos de inseto e outros materiais estranhos
aos documentos - prendedores metálicos (clipes), etiquetas, fitas adesivas, papéis, cartões ácidos,
etc, através de técnicas apropriadas.
O Dicionário Brasileiro de Terminologia Arquivística define como:
Retirada, por meio de técnicas apropriadas, de poeira e outros resíduos, com vistas à
preservação dos documentos.
O Manual de Noções Básicas de Conservação Preventiva de Documentos do Centro de
Informação Científica e Tecnológica da FIOCRUZ define como:
3.4 - Higienização
A sujidade é o agente de deterioração que mais afeta os documentos. Quando conjugada a
condições ambientais inadequadas, provoca reações de destruição de todos os suportes no acervo.
Portanto, a higienização das coleções deve ser um hábito de rotina na manutenção de bibliotecas ou
arquivos, sendo assim, podemos dizer que é conservação preventiva por excelência. Isto aumenta
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sensivelmente sua vida útil. A limpeza deve ser feita em intervalos regulares, cuja frequência é
determinada pela velocidade com que a poeira se acumula nos espaços de armazenagem.
O método mais simples é a remoção do pó e demais sujidades a seco, denominada higienização
mecânica a seco. Este procedimento consiste na remoção do pó das lombadas e partes externas dos
livros com aspirador de pó, utilizando-se baixa potência, com proteção na sucção. Para a limpeza das
folhas utilizam-se trinchas, escovas macias e flanelas de algodão.
Uma limpeza mais eficiente e sem riscos poderá ser feita com pó de borracha, que é aplicado
em pequenas quantidades, fazendo suaves movimentos circulares sobre as superfícies desejadas. Em
seguida, deve-se removê-lo, com um pincel ou trincha, que deverá ser manuseada no sentido de
baixo para cima, direcionando todos os resíduos, para que seja feita a sucção existente na mesa
própria de higienização de livros. Nesta etapa, deverão ser removidos os corpos estranhos à obra,
tais como: prendedores metálicos, etiquetas, fitas adesivas, papéis e cartões ácidos, etc. Serão
identificados também os possíveis ataques de insetos, caso ocorram.
A poeira é considerada a grande inimiga da conservação dos documentos, uma vez que contém
partículas de areia que cortam e arranham; fuligem, mofo e inúmeras impurezas, atraem a umidade e
degradam o papel. Desta forma, a poeira depositada dia após dia sobre os livros e documentos, causa
sérios danos para a conservação do acervo. O seu acumular na superfície das obras interfere no seu
aspecto estético e constitui-se numa fonte de acidez e degradação. Desta forma, a higienização deve
ser executada de forma sistemática, com o objetivo de manter o acervo livre dessa fonte contínua de
acidez, deixando-o o mais saudável possível.
Deve ser realizada uma criteriosa avaliação do estado de degradação do documento. Há
documentos que, por mais que necessitem de limpeza, não podem ser manipulados durante um
procedimento de higienização, porque o tratamento seria muito mais nocivo à sua integridade, que é
o item mais importante a preservar, do que a eliminação da sujidade.
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Os materiais mais utilizados no processo de higienização são:
- pincéis, escovas, escova
tipo “bigodes”, trinchas;
- flanelas;
- aspirador de pó;
- bisturi, pinça, espátula;
- borrachas de vinil;
- lápis de borracha;
- lupa;
- extrator de grampos;
- luvas de látex e de algodão; e
- equipamentos de proteção
individual (máscaras, toucas, luvas,
guarda-pó ou avental).
]
Atenção!
A proteção individual da pessoa que está realizando a
higienização evita diversas manifestações alérgicas (rinite,
irritação ocular e problemas respiratórios) e impede que ela tenha
contato com vírus, bactérias e produtos químicos que possam ter
sido utilizados no passado e muitas das vezes, cancerígenos.
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5.14. TÉCNICA DE HIGIENIZAÇÃO MECÂNICA A SECO
DE LIVROS E DOCUMENTOS
Esse procedimento consiste na remoção do pó e outros tipos de resíduos das lombadas e
partes internas e externas dos livros e documentos com um pincel ou escova macia.
PASSOS A SEREM SEGUIDOS
1. Retirar os materiais estranhos ao documento (anotações,
marcadores de página, papéis diversos, etc).
2. Retirar todos os objetos de metais oxidáveis existentes (clips,
grampos, trilhos, alfinetes, etc).
3. Colocar o livro sobre uma mesa forrada com papel de tonalidade
clara para possibilitar a identificação da sujidade removida.
4. Passar um pincel, trincha ou trincha tipo “bigode” de maciez
adequada, página por página, empurrando suavemente a poeira no
sentido contrário ao operador.
5. Limpar principalmente na borda superior próximo à lombada, pois
geralmente é onde há um maior acúmulo de sujidades. Deve-se segurar
o livro pelo centro, na posição horizontal, com a lombada voltada para
cima, para evitar que o pó penetre pelas folhas.
6. Fazer a limpeza da parte externa dos volumes com
flanela seca, de cor clara ou com uma trincha estreita
e macia, tendo o cuidado de manter o volume bem
fechado para que o pó não infiltre ou aconteçam
rasgos nas páginas.
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7. Oxigenar, quando necessário, os volumes folheando o livro em forma
de leque, da direita para a esquerda e vice-versa.
8. Reforçar, quando necessário, a limpeza no centro das folhas do livro.
Trata-se do local preferido pelos microrganismos para se
desenvolverem e atacar o papel. Deve-se essencialmente ao fato da
lombada do livro ser coberta com uma espessa camada de cola,
normalmente de base protéica, que se torna uma fonte potencial de
alimento para os microrganismos.
9. Remover os insetos, restos de alimentos ou outras sujidades
aderidas ao documento com o auxilio de um bisturi e de uma lupa,
tendo o máximo cuidado possível.
Atençâo!
- Esses procedimentos devem ser realizados em ambiente ventilado e
afastado do local onde os documentos serão guardados para evitar que a poeira
contamine os demais.
- Os livros e documentos que forem recém-incorporados ao acervo devem
ter prioridade no processo de higienização.
- Documentos confeccionados com tinta ferro–gálica não devem ser
higienizados com esta técnica. A acidez dessa tinta, com o passar do tempo,
provoca danos irreversíveis no papel (corta o papel).
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5.15. HIGIENIZAÇÃO DO ACERVO DA OM
A higienização do acervo da OM deve seguir um planejamento detalhado que contemple todas
as medidas necessárias. O tempo de execução, dependendo do tamanho do acervo e de seu estado,
será extenso, não se preocupe. Um bom trabalho possibilitará à OM conhecer o seu acervo e a
levantar os problemas e necessidades relacionados à sua preservação.
A seguir, apresentaremos uma sugestão de atividades a serem realizadas:
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1. Identificação do acervo 2. Verificação do arranjo existente
(forma como os documentos
estão dispostos nas estantes)
3. Remoção do acervo das estantes 4. Verificação da ação de
agentes biológicos
5. Limpeza das estantes com
desinfetante
6. Higienização mecânica do acervo com
utilização de pincéis ou trinchas
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7. Realização de pequenos reparos (fita
adesiva especial, tesoura, estilete e
cola própria para restaurações)
8. Verificação do conteúdo (leitura do
conteúdo verificando os assuntos,
períodos, etc)
9. Embalagem de livros e maços de
documentos, quando necessária
(folha de poliéster, papel alcalino e
Cadarço de algodão)
10. Substituição das caixas e invólucros,
quando necessária (caixas box e pastas)
11. Identificação das caixas ou livros,
quando necessária (etiquetas)
12. Organização de novo arranjo,
caso necessária
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13. Devolução do acervo às
estantes
14. Levantamento das dimensões
do acervo (metro linear)
15. Confecção de mapa de
localização (inventário topográfico)
16. Inserção dos dados coletados
em planilha informatizada e confecção
de relatório
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5.16. LIMPEZA DE UM DEPÓSITO (ARQUIVO)
A limpeza do espaço físico dos arquivos deve ser da seguinte forma:
Piso:
Utilizar aspirador de pó (comum ou com filtro d’água). Na impossibilidade
de usar o aspirador, usar uma vassoura revestida com um pano levemente
umedecido.
Passar um pano macio levemente embebido numa solução de água e
antibactericida (5 partes de água e 1 parte de antibactericida).
Evitar o uso da vassoura, pois ela faz com que a poeira se desloque para
as estantes e documentos.
Os panos utilizados devem conter o mínimo de água possível.
Mobiliário:
Utilizar aspirador de pó (comum ou com filtro d’água).
Passar um pano macio levemente embebido numa solução
de antibactericida (90% de álcool comum e 10% de lysoform).
Evitar o uso de espanador, pois ele faz com que a poeira se
desloque para as demais estantes e documentos.
Evitar o uso de pano com água no mobiliário, pois ela
demora a secar. O álcool evapora mais rápido.
5.17. PLANO DE MANUTENÇÃO PERIÓDICA
Para manter o arquivo sempre limpo e organizado é necessária a confecção de um Plano de
Manutenção Periódica. Este plano deve ser simples e de fácil execução. Devem ser previstas ao longo do ano
diversas ações com a periodicidade julgada necessária, de acordo com as particularidades de cada OM.
Além disso, deve-se aproveitar a oportunidade para verificar a possível ação de agentes de deterioração
de documentos, as condições de segurança do arquivo e as alterações no acervo.
Na confecção do Plano é muito importante que seja levada em consideração a realidade da OM. O plano
não deve ser utilizado para enfeitar paredes. Se o efetivo não atender às necessidades de limpeza do arquivo,
ao invés de limpar o piso semanalmente, limpe-o mensalmente. O que importa é que a limpeza deve ser
realizada periodicamente.
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Sugestões de aspectos a serem observados:
ASPECTO ITEM A SER MANUTENIDO E/OU VERIFICADO PERIODICIDADE
CONTROLE DOS DOCUMENTOS Verificação da entrada e saída de documentos Diária
LIMPEZA
Piso Semanal
Mobiliário em geral (mesas, cadeiras, etc) Semanal
Teto e paredes (teias de aranha, etc) Mensal
Janelas (vidros) Mensal
Parte interna do mobiliário arquivístico (prateleiras e gavetas) Semestral
Parte externa do mobiliário arquivístico Mensal
Persianas ou cortinas Trimestral
Equipamentos elétricos (ventiladores, exaustores, etc) Trimestral
HIGIENIZAÇÃO Acervo (documentos) Anual
SEGURANÇA
Verificação do sistema elétrico (tomadas, interruptores, equipamentos elétricos, lâmpadas, etc)
Semanal
Verificação das chaves, fechaduras e trancas Semanal
Verificação do estado e da validade dos equipamentos de combate a incêndio
Semanal
CONTROLE BIOLÓGICO Verificação da presença ou vestígios de agentes biológicos Mensal
Dedetização Anual
CONTROLE AMBIENTAL Verificação da temperatura ambiente e da umidade relativa do ar Diária
Verificação de sinais de infiltração ou vazamentos Semanal
ORGANIZAÇÃO Verificação da arrumação do acervo Semanal
Modelo adotado pelo AHEx
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5.18. PROCEDIMENTOS EM CASOS DE DANOS
a. Danos provocados por ação da água:
Dependendo do tipo e da quantidade de documentos danificados, existem
diferentes procedimentos a serem adotados. O mais simples e seguro é colocar o
documento para secar ao ar, na sombra.
Outros tipos de procedimentos: uso de secador de cabelos e
armazenamento em freezer.
Na dúvida, solicite orientação a um técnico.
b. Danos provocados por ação de cupins, baratas e
outras pragas:
Quando uma infestação é descoberta, devemos adotar imediatamente as
seguintes medidas:
- isolar o material infestado, identificar a praga, levantar a extensão da infestação e determinar
a origem do problema;
- procurar orientação e os serviços de um profissional especializado;
- tratar o problema; e
- rever o programa de prevenção.
No caso de ataque de cupim, não há como solucionar o problema sozinho. O ideal é buscar
auxílio com um profissional especializado na área de conservação de acervos para cuidar dos
documentos atacados e outro profissional capacitado para cuidar do extermínio dos cupins que estão
na parte física da dependência.
c. Danos provocados por ação de outros agentes (fogo, agentes
químicos, vandalismo, etc):
Procurar a orientação de um especialista ou entrar em contato com o AHEx.
Atenção!
Os documentos não devem ser eliminados ou destruídos!
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5.19. AGENTES DE DEGRADAÇÃO DO PAPEL
O Manual de Noções Básicas de Conservação Preventiva de Documentos do Centro de
Informação Científica e Tecnológica da FIOCRUZ define como:
2. AGENTES DE DEGRADAÇÃO DO PAPEL
2.1 Internos
Estão ligados diretamente a composição do papel tais como: tipo de fibras, tipo de encolagem,
resíduos químicos não eliminados, partículas metálicas, ou seja, todos os componentes que fazem
parte do papel.
2.2 Externos
São os agentes físicos e biológicos, tais como: radiação ultravioleta, temperatura e umidade
relativa, poluição, microrganismos, insetos, roedores, o homem, etc.
2.2.1 - AGENTES FÍSICOS
a) Luz
Toda fonte de luz, seja ela natural ou artificial, emite radiação nociva, do tipo infravermelho e
ultravioleta, ambos causadores de danos ao papel. A ação da radiação ultravioleta sobre o papel é
irreversível e prolonga-se mesmo terminado o período de irradiação, contribuindo para a oxidação da
celulose.
A luz tem dois efeitos sobre o papel, ambos contribuindo para a sua degradação. O primeiro
efeito caracteriza-se por apresentar uma ação clareadora, que causa o desbotamento ou o
escurecimento de alguns papéis e algumas tintas. O segundo efeito apresenta-se como uma
acelerada degradação da lignina (componente natural responsável pela firmeza e solidez do conjunto
de fibras, agindo como uma espécie de cimento) que porventura esteja presente no papel, tornando-
a progressivamente escura. As fibras do papel se rompem em unidades cada vez menores, até se
tornarem insuficientes para manterem a folha unida. As reações invisíveis produzem uma quebra na
estrutura molecular do papel, resultando no seu enfraquecimento, ou seja, acelera o processo de
envelhecimento deste tipo de material.
b) Temperatura e umidade relativa.
O desequilíbrio da temperatura e da umidade relativa provoca no acervo uma dinâmica de
contração e alongamento dos elementos que compõem o papel, além de favorecer a proliferação de
agentes biológicos, tais como: fungos, bactérias, insetos e roedores. Quanto mais baixa for a
temperatura, maior será a permanência e durabilidade do papel. A umidade também afeta
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seriamente o papel: se muito elevada, apressa a degradação ácida e se for muito baixa, facilita o
ataque de agentes biológicos.
A temperatura tem influência determinante nas alterações da umidade do ar. A umidade
relativa (UR) exprime a razão da quantidade de vapor de água contido em um determinado volume
de ar a dada temperatura (T) e a quantidade máxima de água que este volume poderia conter sem
verificar o fenômeno de condensação.
Quanto mais alta a temperatura, mais alta é a quantidade de água contida no ar. A queda
brusca da temperatura causa a redução de quantidade de água que o ar suporta, ocasionando a
condensação de umidade e a formação de gotas de água.
Uma regra geral estabelece que as reações químicas dobram a cada elevação de temperatura
de 10º C. No caso especial da celulose, mostrou-se que testes artificiais de envelhecimento indicam
que cada aumento de 5º C quase dobra a taxa de deterioração, mesmo na ausência de luz, poluentes
ou outros fatores. Por outro lado, são materiais higroscópicos, isto é, que possuem propriedade de
perda ou aquisição de água.
2.2.2 - AGENTES QUÍMICOS
a) Poluição ambiental
O controle da qualidade do ar é essencial num programa de conservação de acervos. Os
poluentes contribuem pesadamente para a deterioração de materiais de bibliotecas e arquivos.
O ar dos centros urbanos e industriais contém uma grande diversidade de partículas e gases. As
partículas compõem a parte sólida de dimensões microscópicas dos poluentes. Reúnem
especialmente o pó, a fuligem e os esporos dos microrganismos. Os gases formam os poluentes mais
reativos e perigosos para os documentos.
O dióxido de enxofre é lançado na atmosfera, principalmente pela queima dos combustíveis
fósseis empregados nos fornos industriais e nos automóveis. Ele também se combina com o oxigênio,
transformando-se em trióxido de enxofre. Tal reação química é catalisada por pequenas partículas
metálicas. A combinação do trióxido de enxofre e a água, seja a do ar ou do papel, formará o ácido
sulfúrico, que provoca manchas e escurecimento do papel, além da perda de sua resistência.
O ozônio é um poderoso agente oxidante. Atua sobre os materiais orgânicos, causando o
rompimento das ligações entre os átomos de carbono.
Outros poluentes podem decorrer da volatilização de solventes de pinturas e de produtos de
limpeza que contenham derivados de petróleo. Entretanto, frequentemente observamos a liberação
destes resíduos químicos, o que se constitui num problema que se agrava quando o edifício conta
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com um sistema de ar condicionado central, o qual reutiliza o ar contaminado. Alguns gases
poluentes
não são tão perigosos por si mesmos, mas fazem mal ao papel, ao se combinarem com elevada
umidade relativa para a formação de ácidos. Portanto, a providência mais elementar para a
conservação dos acervos é reduzir a umidade relativa e a temperatura, sendo esta responsável pela
aceleração das reações químicas.
b) Poeira
No pó estão contidas partículas de substâncias químicas cristalinas e amorfas, como terra,
areia, fuligem e grande diversidade de microrganismos, além de resíduos ácidos e gasosos
provenientes da combustão em geral e de atividades industriais.
O pó não modifica apenas a estética dos documentos. Quando observamos a sujeira retida nos
papéis, como os excrementos dos insetos, colas e poluentes atmosféricos, observamos a ação
destrutiva. As pequenas partículas possuem ação cortante e abrasiva. A aderência do pó não é
apenas superficial, mas também no interior da fibra, que é absorvida por meio de ligações químicas.
2.2.3 - AGENTES FÍSICOS MECÂNICOS
a) Guarda inadequada
Encadernações mal realizadas ou em mal estado, não protegem os documentos e permitem a
penetração do pó e de poluentes. Nos documentos avulsos, o peso dificulta a retirada das caixas das
prateleiras. A superlotação das caixas ocasiona também a compactação dos papéis que, além de
sofrerem rasgos e amassarem durante a retirada e reposição, favorecem a infestação de insetos e
microrganismos.
As embalagens não devem ser feitas de papel ácido, tipo kraft, que contém lignina, enxofre e
acidez, os quais migram para os documentos. As amarrações com barbante provocam tensão e
favorecem o corte das margens dos documentos.
b) Manuseio incorreto
Os problemas de manuseio não se limitam apenas no momento em que os documentos estão
nas mãos do usuário. Deve ser analisado todo o percurso, de ida e volta, entre a estante, a sala de
consultas e de reprodução. Isto depende do treinamento de funcionários e usuários, ou seja, de todo
um planejamento de conservação.
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c) Desastres
Os desastres constituem os fatores de maior gravidade na destruição dos documentos. Danos
provocados pelo fogo e água podem estar ligados a causas naturais, como terremotos, vulcões,
furacões ou fortes tempestades. Raios e descargas elétricas podem causar incêndios. Do rompimento
de tubulações de água, do destelhamento, da obstrução de calhas e com a elevação dos leitos de rios
podem surgir inundações.
O fogo, em virtude da sua rápida ação, pode causar danos irreparáveis. Nos casos de incêndios,
a temperatura no interior do edifício costuma chegar a níveis altíssimos. Os documentos, quando não
são queimados, podem ser afetados de maneira irreversível. A fumaça e a fuligem se espalham por
toda a área, manchando, inclusive, documentos que tenham escapado do fogo. A Instalação de
equipamentos modernos de detecção de fumaça e controle do fogo deve ter prioridade nos prédios
antigos e modernos que abrigam acervos. Também deve ser priorizados a execução constante de
manutenção e um exercício pleno de monitoramento do prédio com auxílio de brigadas
antiincêndios. Por outro lado, na tentativa de controlar as chamas, a água pode ampliar a extensão
dos estragos.
Documentos molhados tornam-se imediatamente vulneráveis a graves danos. Além da
deformação causada nas encadernações, existe o perigo de escorrimento das tintas e o
apodrecimento pelo ataque microbiológico. De acordo com a origem da inundação, a água pode
estar contaminada por fatores químicos agressivos, de grande diversidade de impurezas e de
microrganismos. A ação de salvamento deve, portanto, ser rápida e eficaz. Para isto, deverá ser
previamente planejada. Por esta razão, é essencial que arquivos e bibliotecas elaborem um plano de
emergência, onde estejam definidos todos os problemas que signifiquem riscos em potencial. Ao
mesmo tempo, deve ser determinada uma estratégia para o salvamento do acervo, no caso de
acidentes.
O maior perigo num incêndio é o dano causado pela água de combate ao fogo, promovendo os
mesmos efeitos de uma catástrofe por inundação.
Os livros molhados aumentam de volume, os impressos em papel tipo cuchê, com revestimento
brilhante, em geral usado para impressão de ilustrações, transformam-se em verdadeiros tijolos com
suas páginas coladas umas nas outras.
Em virtude da umidade excessiva, ocasionada pela água utilizada na tentativa de se apagar o
fogo de um incêndio, ou mesmo por inundação, o mofo começa a invadir o acervo. Os esporos são
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capazes de difundir-se rapidamente a outras partes do imóvel que não foram atingidas por esses
eventos.
2.2.4 - AGENTES BIOLÓGICOS
a) Microrganismos
Encontramos uma enorme variedade de seres microscópicos no ar. O papel é vulnerável aos
ataques microbiológicos, pois seu principal constituinte, a celulose, sofre degradação provocada por
diferentes espécies de fungos e bactérias. A ação de microrganismos no papel se manifesta pelo
aparecimento de manchas de várias cores, intensidades e conformações. As enzimas, que são
produzidas como resultado do metabolismo de diferentes espécies de fungos e bactérias, aceleram
os processos de degradação da celulose e de colas. A consequência é a transformação das
características físicas e químicas do suporte, que fica com um aspecto filtroso e fragmentado.
1 - Bactérias
As bactérias compõem-se de uma só célula, ou podem se associar a células similares, formando
colônias. As células das bactérias não se diferenciam como as dos fungos e se classificam, de acordo
com o tipo de conformação das colônias. Normalmente sua reprodução se faz a partir da divisão de
uma célula em duas iguais. Em condições desfavoráveis, certas bactérias também produzem esporos
como forma de resistência. Neste caso, há formação de um esporo por célula.
Embora as bactérias possam crescer numa ampla faixa de temperatura (de 0 a 80ºC), as
condições ideais estão na temperatura de 20º a 37ºC. A umidade é indispensável tanto ao
desenvolvimento das bactérias, como dos fungos. Os ambientes que possuem elevada umidade
relativa favorecem seu crescimento e multiplicação.
2 - Fungos
Os fungos constituem-se de duas partes diferenciadas: a vegetativa que é composta de hifas
que servem de fixação e absorção de alimentos; e a reprodutiva, onde se encontra uma célula que
produz vários esporos. Com poucas exceções, sua reprodução se faz por esporulação. Os esporos são
células ovais, altamente resistentes aos ambientes desfavoráveis. Portanto, além de ser uma forma
de reprodução, a esporulação também é uma forma de resistência. Neste caso, há a formação de
somente um esporo por célula que, em condições ideais, volta a se desenvolver. As condições ideais
para o crescimento dos fungos estão entre 22º a 30ºC, sendo que este desenvolvimento pode
também ocorrer em condições de 0º a 62ºC.
No papel, as colônias de fungos costumam ser identificadas por manchas de cor amarela, mais
escuras no centro e mais claras nos contornos. Dependendo da espécie de fungo, as manchas se
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ampliam e se apresentam sob diversas tonalidades. Em condições muito favoráveis, formam bolores
e seus esporos, em grande quantidade, dão a impressão de um pó.
b) Insetos
Os danos que os insetos causam aos acervos são bastante conhecidos. Produzem estragos de
grande intensidade, durante tempos relativamente curtos. A ação destrutiva é maior nas regiões de
clima tropical, cujas condições de calor e umidade relativa elevadas provocam numerosos ciclos
reprodutivos anuais e desenvolvimento embrionário mais rápido. São pouco afetados pelo controle
ambiental interno de acervos, uma vez que possuem uma grande capacidade de adaptação às
transformações ambientais. Além disso, podem adquirir resistência aos inseticidas com o passar do
tempo.
Os grandes predadores de documentos e livros se classificam como: Tisanuros (traças),
Blattoideas (baratas), Isópteros (Cupins) e os Coleópteros (besourinhos, carunchos, brocas).
Alcançam os depósitos através de janelas, forros, ralos, etc. Também podem ser introduzidas por
meio de aquisição de acervos ou objetos já infestados.
1 - Traças
Os Tisanuros se desenvolvem sem metamorfose, isto é, do ovo atingem sua conformação já
completa, e vão aumentando de tamanho até a fase adulta. Não ultrapassam a 2 cm de
comprimento, sem contar com as antenas e filamentos caudais. Possuem corpo mole, recoberto por
minúsculas escamas finas de cor cinzenta e brilho prateado. Desbastam couros, papéis e fotografias
pela superfície,
se instalando e se desenvolvendo em locais escuros e especialmente úmidos. Sua configuração plana
lhes permite penetrar os espaços entre as folhas e por detrás dos móveis, junto às paredes.
2 - Baratas
As Blattoideas fazem uma metamorfose incompleta, passando do ovo para a ninfa e a seguir à
fase adulta. Preferem os locais escuros, quentes e úmidos. Em geral se desenvolvem nos depósitos e
nos condutores de instalações hidráulicas e elétricas. São atraídas para os ambientes pelos resíduos
alimentares. Tal como as traças, causam danos nas superfícies e nas margens de documentos e das
encadernações.
3 - Cupins
Os Isópteros se alimentam da celulose da madeira e dos papéis. São muito resistentes e vivem
em colônias muitas organizadas. Classificam-se em dois grupos: os de solo e os de madeira. Os dois
tipos atacam igualmente as coleções documentais.
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Os cupins de solo formam colônias subterrâneas e chegam às edificações através de canais (galerias),
que constroem pelas bases de madeira e mesmo de concreto, aproveitando suas falhas estruturais para
protegê-los da luz, uma vez que não possuem proteção epitelial.
Os cupins de madeira vivem dentro da madeira de móveis, portas, forros, etc. Passam para livros e
documentos que se encontram em armários, estantes e gavetas infestadas.
Têm aversão à luz, uma vez que não possuem pelo. Procuram exatamente os conjuntos compactos de
papéis. Apesar de se alimentarem da celulose do papel, preferem as madeiras e por isso mesmo, algumas
vezes as coleções de documentos são usadas apenas como caminho para que possam alcançar seu alimento.
Seus estragos desenvolvem-se internamente, sobretudo através de furos.
4 - Brocas
Os Coleópteros possuem metamorfose completa: passam do ovo para a larva, desta para a pupa e,
finalmente, ao inseto adulto. Suas espécies variam de acordo com as condições climáticas de cada região. São
vulgarmente denominados de brocas, carunchos ou besourinho. Estes insetos perfuram as folhas compactadas
ou de encadernados, até rendilhá-las, impossibilitando a leitura do texto.
5 - Piolhos
Os Psocópteros, vulgarmente conhecidos como piolho de livros, pequenos insetos de cor amarelo-
avermelhada, são frequentemente encontrados entre as folhas. Sobrevivem em locais muito úmidos, pois são
insetos que não atacam diretamente o documento, porém alimentam-se dos fungos e de restos de outros
insetos mortos, e pode causar danos nos livros, roendo as encadernações, formando pequenos orifícios de
contorno irregular.
c) Roedores
Adaptam-se a quase todas as condições climáticas e alimentam-se de matéria orgânica, geralmente
restos de alimentos. Preferem ambientes quentes, úmidos e escuros. Para manterem-se aquecidos, utilizam
papéis, couro, tecidos, plásticos picados, principalmente na confecção dos ninhos para reprodução, que ocorre
até dez vezes por ano. A invasão nos depósitos pode ser feita pelos porões, portas, janelas, forros, tubulações
etc. Além dos estragos nas coleções, os ratos oferecem o risco de transmissão de doenças ao homem, como
leptospirose, hidrofobia, etc.
d) O Homem
O homem, consciente ou inconscientemente, é um dos maiores agressores do papel. O simples uso
normal é o suficiente para degradar este material. A acidez e a gordura do suor das mãos, em contato com o
papel, produzem acidez e manchas. Também são nocivos os maus tratos como: rasgar, riscar, dobrar, escrever,
marcar, colocar clipes, grampos metálicos, colar fitas, etc. Essas atitudes são comuns, tendo-se tornado um
hábito entre as pessoas que não pensam na preservação do documento e que se importam apenas com a
informação contida no mesmo, não levando em consideração os danos, muitas vezes irreversíveis, que estão
causando.
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5.20. ILUSTRAÇÕES
CUPIM
AÇÃO DO CUPIM NO LIVRO
BARATA
AÇÃO DA BARATA NO LIVRO
RATO
AÇÃO DO RATO NO LIVRO
TRAÇA
AÇÃO DA TRAÇA NO LIVRO
BROCA
PÓ PRODUZIDO PELA BROCA
PIOLHO
AÇÃO DO FUNGO NO LIVRO
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5.21. MEDIDAS IMPORTANTES PARA O CONTROLE DE PRAGAS
- Arejar os armários onde os livros estejam guardados, deixando suas portas abertas por
algumas horas.
- Colocar telas protetoras contra insetos nas janelas situadas em local com muita vegetação.
- Examinar, cuidadosamente, todo o material que for incorporado ao acervo.
- Fazer dedetização periódica das instalações, pisos, ralos e rodapés.
- Manter a temperatura e umidade relativa do ar controlada.
- Manter fechadas, na medida do possível, janelas, portas e respiradouros, principais acessos
dos insetos e roedores.
- Não aplicar nenhum produto químico sobre os documentos.
- Não comer, nem guardar alimentos no local do acervo, assim como em suas proximidades.
- Realizar frequentemente a limpeza dos livros, documentos e locais de armazenamento.
- Realizar vistorias periódicas e quanto houver presença de insetos, verificar onde se aninham
ou de onde vem e eliminar essa passagem.
- Retirar o lixo do dia no final do expediente, em especial copinhos descartáveis de café e
embalagens de alimentos.
- Substituir os vidros quebrados das janelas.
- Usar sempre, quando possível, estantes e armários de aço.
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Capítulo 6
SEGURANÇA
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6.1. CONCEITO
As medidas de segurança não são apenas contra incêndios, inundações, etc, devem ser também
para evitar o vandalismo (destacar páginas), o roubo ou furto de documentos, outros procedimentos
criminosos e, principalmente, oferecer proteção à saúde das pessoas que venham a ter contato com
o acervo.
6.2. VISTORIA AMBIENTAL
A vistoria ambiental visa verificar as condições do ambiente onde os documentos são
guardados. Basicamente são verificações na rede elétrica, luminosidade, temperatura, umidade,
infiltrações e possíveis acessos dos agentes de deterioração.
A temperatura ambiente e a umidade relativa do ar devem permanecer sempre estáveis.
A temperatura deve ser controlada com o uso de ventiladores, condicionadores de ar,
exaustores ou abertura controlada das janelas, dependendo do caso.
A umidade relativa do ar deve ser controlada com o uso de desumidificadores, vaporizadores
ou abertura controlada das janelas, dependendo do caso.
No arquivo não deve haver cheiros de mofo, de materiais em decomposição ou produtos
químicos.
No caso do uso de aparelhos de ar condicionado é importante ressaltar que o papel, de uma
maneira geral, não aceita grandes variações de temperatura e umidade. O aparelho deve ser utilizado
de forma regular e com muito cuidado com a sua instalação elétrica e a possibilidade de vazamento
de água.
6.3. VISTORIA BIOLÓGICA
A vistoria biológica tem como principal objetivo identificar a presença e a ação de fungos,
bactérias, insetos, aves, roedores ou algum outro tipo de animal (morcegos, gatos, etc) no interior
dos arquivos (depósitos de documentos).
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6.4. CHECK-LIST
a. Instalações
1) Verifique as condições de segurança das janelas.
Existem trancas?
Elas funcionam?
Existem vidros quebrados?
Existe a necessidade de se instalar grades nas portas e janelas?
2) Verifique as condições de segurança das portas e placas de
alertas.
Elas têm fechaduras? Estão funcionando? Quem mais
possui cópias das chaves das portas?
Existem placas restringindo o acesso?
3) Verifique se existe excesso de luminosidade.
Existem persianas ou cortinas?Películas de insufilm?
As lâmpadas permanecem acessas desnecessariamente
durante muito tempo ?
4) Verifique as condições de segurança da rede elétrica.
Existem fios desencapados (risco de curto-circuito)?
Vários equipamentos elétricos estão ligados na mesma
tomada (extensão elétrica improvisada)?
Os militares que trabalham no arquivo conhecem a
localização dos disjuntores e da chave geral de energia?
5) Verifique as condições de segurança das instalações
hidráulicas.
Existem vazamentos?
Existem infiltrações?
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6) Verifique as condições de segurança dos meios de combate a
incêndio.
Existem extintores de incêndio? Mangueira de incêndio?
A quantidade é suficiente?
O tipo de extintor é adequado? Lembrar que
nosarquivos são guardados papéis. Devem existir extintores para
combater o fogo de origem elétrica e o fogo em papéis.
Os extintores de incêndio estão carregados e dentro do
prazo de validade?
Estão em locais de fácil acesso?
Os militares que trabalham no arquivo sabem operar as
mangueiras e os extintores de incêndio?
7) Não permita a guarda de qualquer material estranho ao
acervo no interior do arquivo.
8) Verifique os níveis de vulnerabilidade dos materiais que
compõem o acervo.
Existem filmes de nitrato, documentos raros, etc.
b. Pessoal
1) Só permita a entrada no arquivo de pessoas autorizadas. Evite
a entrada de estranhos.
2) Verifique se os militares que trabalham no arquivo são
fumantes ou possuem problemas de saúde (alergias). Não os selecione
para a OM.
3) Verifique se os responsáveis pelo arquivo não estão sendo
desviados de função.
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c. Documentos
1) Mantenha os documentos mais importantes guardados em
armários com chave.
2) Utilize o livro de cautelas e o Guia-Fora para controlar a
entrada e saída de documentos.
3) Verifique as condições dos documentos recém chegados para
a guarda intermediária ou permanente (existência de pragas).
4) Verifique se os documentos estão acondicionados de forma
correta.
5) Verifique se todo o acervo documental está identificado e
inventariado.
d. Equipamentos de Proteção Individual (EPI)
1) O uso de EPI deve ser obrigatório. Além da poeira, existem
relatos de arquivos contaminados com urina de ratos (leptospirose),
com produtos químicos cancerígenos, vírus e bactérias altamente
nocivas.
2) Entre os EPI, destacamos o uso das luvas, máscaras,
toucas, óculos e aventais.
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3) É muito importante também se criar o hábito de sempre
lavar bem as mãos antes e depois das consultas e manuseios aos
acervos. Antes, para preservar o documento e, depois, para
proteger a própria saúde. Utilize sabão antibactericida.
e. Pragas
1) Verifique permanentemente a existência de pragas
(baratas, ratos, cupim, traças, etc).
2) Não permita o consumo e guarda de alimentos no
interior do arquivo.
3) Lave semanalmente as lixeiras do arquivo ou então
utilize sacos plásticos para forrá-las.
6.5. Controle de Acesso e Monitoramento por Câmeras
Muitas das vezes não há como se evitar o furto de documentos dentro das instalações. Umas
das medidas de segurança a ser implementada nas instalações onde os arquivos se encontram, e nos
locais de acesso às mesmas é o sistema de monitoramento por câmeras aliado ao controle de acesso.
a. Possibilidades
Este sistema permite: controlar o acesso nas instalações ficando registrado, quem acessou, o
dia e o horário; o acesso de determinadas pessoas em determinados períodos, autorizado pelo
operador do sistema; registra a entrada e saída de pessoas e a movimentação diurna ou noturna
durante 24 horas; permite a gravação das imagem com o áudio dos ambientes; permite o acesso das
imagens em computador de qualquer lugar fora da instituição que possua internet pelas pessoas
autorizadas; e armazena os dados e imagens pela quantidade de tempo, de acordo com a capacidade
do equipamento adquirido.
Atenção!
Não permita copinhos descartáveis sujos de café, latas
de refrigerantes ou embalagens de alimentos nas lixeiras do
arquivo de documentos.
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b. Equipamento
1) Câmera para passadiço externo.
2) Câmera para áreas internas ou depósitos.
3) Controle de acesso.
4) Dispositivo de Abertura e Travamento das Portas.
5) Controladora.
6) Equipamento de gravação (NVR) e equipamento de monitoramento (sala de monitores)
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Capítulo 7
GESTÃO
DOCUMENTAL
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7.1. GESTÃO DOCUMENTAL
A gestão documental e a proteção especial a documentos de arquivos é dever de todo órgão
público desde 1991. No Exército Brasileiro, o Sistema de Avaliação de Documentos foi ativado pela
Port nº 256, de 29 de maio de 2001, que aprovou as Instruções Gerais para Avaliação de Documentos
do Exército (IG 11-03). O processo de gestão documental existe formalmente desde 2001.
A gestão documental é um processo de redução seletiva de documentos, conservando apenas
o que é essencial. Assim, a gestão eficiente e eficaz, além de aumentar o grau de segurança orgânica,
reduz espaços de guarda da documentação e proporciona maior rapidez na recuperação da
informação.
Uma vez cumprido o ciclo de vida do documento, ele deve ser eliminado de acordo com a
referida legislação, definindo-se os meios e locais para isso.
Ao final do mês de abril, a documentação ostensiva do Exército, que tenha completado o prazo
mínimo de arquivamento obrigatório, deve ser analisada pela Subcomissão Permanente de Avaliação
de Documentos (SCPAD) das OM, recebendo a destinação adequada.
Dar tratamento adequado aos documentos produzidos ou recebidos nas OM é
responsabilidade de todos que lidam com a documentação, mas principalmente dos Cmt/Ch/Dir.
Transcrito do informativo Fique Atento!, do CIEx, nº 4, de abril de 2011.
7.2. FINALIDADE DAS IG 11-03 (INSTRUÇÕES GERAIS PARA
AVALIAÇÃO DE DOCUMENTOS DO EXÉRCITO)
As IG 11-03 (Instruções Gerais para Avaliação de Documentos do Exército) definem como:
Art. 1º A finalidade das presentes Instruções é a de normatizar o gerenciamento da
documentação ostensiva do Exército, buscando-se adequar a legislação militar às disposições legais
sobre arquivos públicos.
7.3. OBJETIVOS DA AVALIAÇÃO DE DOCUMENTOS
As IG 11-03 (Instruções Gerais para Avaliação de Documentos do Exército) definem como:
Art. 2º Os objetivos da avaliação de documentos são:
I - orientar e coordenar o processo de arquivamento, análise, avaliação e seleção da
documentação elaborada e acumulada no âmbito do Exército, com vistas à sua destinação final; e
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II - estimular a implantação de uma mentalidade de manutenção e preservação de
documentos, em especial dos que devem compor o acervo histórico-cultural da Força.
7.4. COMISSÃO PERMANENTE DE AVALIAÇÃO DE DOCUMENTOS DO
EXÉRCITO (CPADEx)
As IG 11-03 (Instruções Gerais para Avaliação de Documentos do Exército) definem como:
Art. 3° A Comissão Permanente de Avaliação de Documentos do Exército (CPADEx) é o órgão
central do sistema destinado à análise, avaliação, seleção e arquivamento de documentos no âmbito
de todo o Exército, sendo integrada por Subcomissões Permanentes de Avaliação de Documentos
(SCPAD), distribuídas e escalonadas em três níveis hierárquicos, conforme a estrutura do Exército.
7.5. MISSÃO DA CPADEx
As IG 11-03 (Instruções Gerais para Avaliação de Documentos do Exército) definem como:
§ 1º do Art. 5° Sua missão é orientar e coordenar o processo de arquivamento, análise,
avaliação e seleção de documentos no âmbito do Exército, tendo em vista a identificação daqueles
destinados à guarda permanente e à eliminação dos destituídos de valor;
7.6. ESTRUTURA DAS SCPAD
As IG 11-03 (Instruções Gerais para Avaliação de Documentos do Exército) definem como:
Art. 6° Sob a supervisão do Chefe, Diretor, Comandante ou Secretário, a SCPAD é estruturada
segundo os níveis abaixo discriminados:
I - nível A - neste nível (EME, Órgãos de Direção Setorial, Gab Cmt Ex, SGEx, CIEx e C Com S Ex) é
constituída a “SCPAD/A”, ........,
II - nível B - a “SCPAD/B” é constituída, em princípio, pelo oficial superior designado como
representante na “SCPAD/A.........; e
III - nível C - cada OM deverá constituir a sua “SCPAD/C”, exceto as que possuem atribuição de
constituir as de nível ‘A’ ou ‘B’, pois, nesse caso, estas assumem também a incumbência das de nível
C, de acordo com as seguintes considerações:
a) a “SCPAD/C” será constituída pelo oficial designado como representante na “SCPAD/B”, se
houver, bem como pelos Chefes de Setor ou Seção, Cmt SU e por outros profissionais (militares ou
civis) especialistas ou técnicos, julgados convenientes;
b) nos Cmdo Mil Área, G Cmdo, GU e OM comandadas por Oficial-General, o presidente da
SCPAD será um oficial superior (podendo ser o Chefe do Estado-Maior, Subchefe do Estado-Maior ou
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outro oficial superior) e será integrada pelos Chefes de Seção ou Escalão e outros profissionais
(militares ou civis) especialistas ou técnicos, julgados convenientes; e
c) para as OM de valor Unidade e Subunidade Isolada, o Cmt, Chefe ou Diretor deverá ser o
presidente da “SCPAD/C”.
§ 1º A composição das SCPAD (Presidente e integrantes) e as datas de reunião devem ser
publicadas em Boletim Interno (BI) da OM.
§ 2º Os Cmdo Mil de Área, os G Cmdo (em especial as RM) e GU, apesar de não constituírem
SCPAD níveis A e B, devem colaborar com o funcionamento do sistema, incluindo em suas visitas ou
inspeções, a verificação do processo de implantação das SCPAD de suas OM subordinadas e o
cumprimento das presentes IG.
7.7. MISSÕES DAS SCPAD DE OM
As IG 11-03 (Instruções Gerais para Avaliação de Documentos do Exército) definem como:
Art. 7º A missão das SCPAD é:
I - realizar o processo de análise, avaliação, seleção e arquivamento de documentos que, de
acordo com a TBTEx, são considerados importantes para a guarda permanente e aqueles que devam
ser eliminados, por serem destituídos de valor probatório e informativo, conforme assevera o § 3° do
art. 8° da Lei n° 8159/91; e
II - orientar, coordenar e controlar o processo de avaliação dos documentos nos escalões
imediatamente subordinados.
7.8. ATRIBUIÇÕES DE UMA SCPAD DE OM
As IG 11-03 (Instruções Gerais para Avaliação de Documentos do Exército) definem como:
Art. 8º As SCPAD possuem as seguintes atribuições:
I - comuns a todas as SCPAD:
a) difundir, no mais curto prazo, no âmbito de sua competência, as diretrizes e normas
estabelecidas pelo Comandante do Exército, zelando pelo fiel cumprimento das mesmas;
b) apresentar, sempre que julgado oportuno, as propostas que se fizerem necessárias, para
atualização da TBTEx;
c) comunicar à CPADEx ou SCPAD de nível superior, para as devidas providências, os atos
julgados lesivos ao patrimônio arquivístico do Exército e aos direitos individuais ou coletivos;
d) implementar e racionalizar as atividades arquivísticas, de forma a preservar a integridade do
ciclo documental do Exército, garantindo a guarda e o rápido acesso aos documentos;
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e) avaliar quaisquer documentos que, mesmo não definidos claramente na TBTEx, forem
considerados importantes por seus detentores, definindo o prazo de guarda ou concluindo pela
eliminação, caso não possuam valor arquivístico;
f) elaborar e encaminhar diretamente ao Arquivo Histórico do Exército (Arq H Ex) a listagem dos
documentos a serem eliminados; e
g) avaliar os documentos no âmbito da própria OM.
II - específicas:
a) SCPAD/A: .................
b) SCPAD/B: ...............
c) SCPAD/C:
1. avaliar os documentos no âmbito da respectiva OM; e
2. ligar-se às SCPAD/A e B dos escalões superiores, no que se refere a documentos que são a
elas vinculados pelo canal técnico (ou sistêmico), a fim de solicitar orientação sobre a guarda ou
eliminação daqueles que não estão perfeitamente identificados na TBTEx ou que apresentem dúvidas
quanto ao seu valor arquivístico.
7.9. TABELA BÁSICA DE TEMPORALIDADE E DESTINAÇÃO DE
DOCUMENTOS NO ÂMBITO DO EXÉRCITO (TBTEx)
As IG 11-03 (Instruções Gerais para Avaliação de Documentos do Exército) definem como:
Art. 9º A “Tabela Básica de Temporalidade e Destinação de Documentos no Âmbito do
Exército” (TBTEx) é um instrumento de destinação, aprovado pelo Conselho Nacional de Arquivos
(CONARQ), que determina prazos de guarda, transferência, recolhimento ou eliminação de
documentos.
Nota do AHEx:
O Ministério da Defesa expedirá em breve uma Tabela Básica de
Temporalidade e Destinação de Documentos específica para todos os órgãos do
Ministério. Com isso, provavelmente a TBTEx será revogada.
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Nota do AHEx:
Para efeito de atualização e compreensão desta coletânea, ressalta-se que
para a realização da avaliação de documentos no âmbito do Exército, o Art. 9º das
IG 11-30 prevê a utilização da Tabela Básica de Temporalidade do Exército (TBTEx),
elaborada como tabela das atividades-fim da instituição. No entanto, essa tabela
não foi aprovada pelo Conselho Nacional de Arquivos (CONARQ) e encontra-se sem
amparo legal.
Quando solicitada a utilização da TBTEx, deve-se utilizar os documentos na
seguinte ordem:
a. Peculiares às atividades no âmbito (atividades-fim/específicas) do Exército
Brasileiro.
- Tabela Básica de Temporalidade do Exército (TBTEx); e
- Tabela de Temporalidade referente à Subclasse 080 - Pessoal Militar
(complementa a TBTEx).
b. Comuns as atividades-meio da Administração Pública (Resolução do
CONARQ nº 14, de 24 de outubro de 2001).
- Tabela Básica de Temporalidade e Destinação de Documentos Relativos as
Atividades-Meio da Administração Pública.
Atividades - Meio
IGUAL Para TODOS os órgãos públicos
Tabela Básica de Temporalidade e Destinação de
Documentos Relativos as Atividades-Meio da Administração Pública
(Resolução do CONARQ nº 14, de 24 de outubro de 2001)
O Exército utiliza as Subclasses:
020 – pessoal civil (Resolução do CONARQ nº 14, de 24 de outubro de 2001)
080 – pessoal militar (Resolução do CONARQ nº
21, de 4 de agosto de 2004)
Atividades - Fim
Tabela Básica de Temporalidade e Destinação de
Documentos no Âmbito do Exército (TBTEx)
Não está aprovada pelo CONARQ
ESPECÍFICA Para cada órgão público
Encontra-se em fase de análise e aprovação a
Tabela de Temporalidade de Atividades-Fim do Ministério da Defesa
Não apresenta os documentos específicos da atividade institucional, por isso há limitações para
classificá-los e avaliá-los.
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Capítulo 8
LEGISLAÇÃO
DIVERSOS
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8.1. PRINCIPAIS CONSEQUÊNCIAS DE UMA MÁ GESTÃO DOS
ARQUIVOS
- Dificuldade na recuperação de informações.
- Negação de direitos aos cidadãos ou militares da ativa e reserva.
- Perda de documentos de valores históricos, culturais e administrativos da OM e da Força.
- Prejuízo para a administração pública.
8.2. LEGISLAÇÕES SOBRE SANÇÕES PASSÍVEIS PELA MÁ
ADMINISTRAÇÃO DE ARQUIVOS
a. Constituição da República Federativa do Brasil, 1988
CAPÍTULO II
DA UNIÃO
Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios:
I - ..........................................;
II - ..........................................;
III - proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histórico, artístico e cultural, os
monumentos, as paisagens naturais notáveis e os sítios arqueológicos;
IV - .....................................................
b. Lei Nº 8.159, de 8 de janeiro de 1991 (LEI DE ARQUIVOS)
Art. 25. Ficará sujeito à responsabilidade penal, civil e administrativa, na forma da legislação em
vigor, aquele que desfigurar ou destruir documentos de valor permanente ou considerado como de
interesse público e social.
c. Lei Nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998
“Dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao
meio ambiente, e dá outras providências.
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CAPÍTULO V
Seção IV
DOS CRIMES CONTRA O ORDENAMENTO URBANO E O PATRIMÔNIO
CULTURAL
Art. 62. Destruir, inutilizar ou deteriorar:
I – bem especialmente protegido por lei, ato administrativo ou decisão judicial;
II – arquivo, registro, museu, pinacoteca, instalação científica ou similar protegido por lei, ato
administrativo ou decisão judicial;
Pena: reclusão, de um a três anos, e multa.
Parágrafo único. Se o crime for culposo, a pena é de seis meses a um ano de detenção, sem
prejuízo da multa.
(D.O.U., 13 de fevereiro de 1998 e retificada em 17 de fevereiro de 1998).
d. Decreto Nº 3.179, de 21 de setembro de 1999 (Revogado pelo Decreto
nº 6514/08)
“Dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas
ao meio ambiente, e dá outras providências.
CAPÍTULO II
Seção IV
DAS SANÇÕES APLICÁVEIS ÀS INFRAÇÕES CONTRA OORDENAMENTO URBANO E O
PATRIMÔNIO CULTURAL
Art. 49. Destruir, inutilizar ou deteriorar:
I – bem especialmente protegido por lei, ato administrativo ou decisão judicial;
II – arquivo, registro, museu, pinacoteca, instalação científica ou similar protegido por lei, ato
administrativo ou decisão judicial;
Multa de R$ 10.000 (dez mil reais) a R$ 500.000 (quinhentos mil reais).
(D.O.U., 22 de setembro de 1999).
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e. DECRETO Nº 6.514, DE 22 DE JULHO DE 2008.
“Dispõe sobre as infrações e sanções administrativas ao meio ambiente,e estabelece o processo administrativo federal para apuração destas infrações, e dá outras providências”
CAPÍTULO I
DAS INFRAÇÕES E SANÇÕES ADMINISTRATIVAS AO MEIO AMBIENTE
Subseção IV
Das Infrações Contra o Ordenamento Urbano e o Patrimônio Cultural
Art. 72. Destruir, inutilizar ou deteriorar:
I - bem especialmente protegido por lei, ato administrativo ou decisão judicial; ou
II - arquivo, registro, museu, biblioteca, pinacoteca, instalação científica ou similar protegido por lei, ato administrativo ou decisão judicial:
Multa de R$ 10.000,00 (dez mil reais) a R$ 500.000,00 (quinhentos mil reais).
Este texto não substitui o publicado no DOU de 23.7.2008
8.3. ACESSO E SIGILO DOS DOCUMENTOS PÚBLICOS
a. Constituição da República Federativa do Brasil, 1988.
TÍTULO II
Dos Direitos e Garantias Fundamentais
CAPÍTULO I
DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos
brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à
igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
(...)
X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o
direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação;
(...)
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XIV - é assegurado a todos o acesso à informação e resguardado o sigilo da fonte, quando
necessário ao exercício profissional;
(...)
XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse
particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de
responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do
Estado; (Regulamento)
XXXIV - são a todos assegurados, independentemente do pagamento de taxas:
a) o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra ilegalidade
ou abuso de poder;
b) a obtenção de certidões em repartições públicas, para defesa de direitos e
esclarecimento de situações de interesse pessoal;
(...)
b. Lei Nº 11.111, DE 5 DE MAIO DE 2005. (Revogada pela Lei nº
12.527/11)
Regulamenta a parte final do disposto no inciso XXXIII
do caput do art. 5o da Constituição Federal e dá
outras providências.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu
sanciono a seguinte Lei:
Art. 1o Esta Lei regulamenta a parte final do disposto no inciso XXXIII do caput do art. 5o
da Constituição Federal.
Art. 2o O acesso aos documentos públicos de interesse particular ou de interesse coletivo
ou geral será ressalvado exclusivamente nas hipóteses em que o sigilo seja ou permaneça
imprescindível à segurança da sociedade e do Estado, nos termos do disposto na parte final do inciso
XXXIII do caput do art. 5o da Constituição Federal.
Art. 3o Os documentos públicos que contenham informações cujo sigilo seja
imprescindível à segurança da sociedade e do Estado poderão ser classificados no mais alto grau de
sigilo, conforme regulamento.
Art. 4o O Poder Executivo instituirá, no âmbito da Casa Civil da Presidência da República,
Comissão de Averiguação e Análise de Informações Sigilosas, com a finalidade de decidir sobre a
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aplicação da ressalva ao acesso de documentos, em conformidade com o disposto nos parágrafos do
art. 6o desta Lei.
Art. 5o Os Poderes Legislativo e Judiciário, o Ministério Público da União e o Tribunal de
Contas da União disciplinarão internamente sobre a necessidade de manutenção da proteção das
informações por eles produzidas, cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do
Estado, bem como a possibilidade de seu acesso quando cessar essa necessidade, observada a Lei no
8.159, de 8 de janeiro de 1991, e o disposto nesta Lei.
Art. 6o O acesso aos documentos públicos classificados no mais alto grau de sigilo poderá
ser restringido pelo prazo e prorrogação previstos no § 2o do art. 23 da Lei no 8.159, de 8 de janeiro
de 1991.
§ 1o Vencido o prazo ou sua prorrogação de que trata o caput deste artigo, os
documentos classificados no mais alto grau de sigilo tornar-se-ão de acesso público.
§ 2o Antes de expirada a prorrogação do prazo de que trata o caput deste artigo, a
autoridade competente para a classificação do documento no mais alto grau de sigilo poderá
provocar, de modo justificado, a manifestação da Comissão de Averiguação e Análise de Informações
Sigilosas para que avalie se o acesso ao documento ameaçará a soberania, a integridade territorial
nacional ou as relações internacionais do País, caso em que a Comissão poderá manter a
permanência da ressalva ao acesso do documento pelo tempo que estipular.
§ 3o Qualquer pessoa que demonstre possuir efetivo interesse poderá provocar, no
momento que lhe convier, a manifestação da Comissão de Averiguação e Análise de Informações
Sigilosas para que reveja a decisão de ressalva a acesso de documento público classificado no mais
alto grau de sigilo.
§ 4o Na hipótese a que se refere o § 3o deste artigo, a Comissão de Averiguação e Análise
de Informações Sigilosas decidirá pela:
I - autorização de acesso livre ou condicionado ao documento; ou
II - permanência da ressalva ao seu acesso.
Art. 7o Os documentos públicos que contenham informações relacionadas à intimidade,
vida privada, honra e imagem de pessoas, e que sejam ou venham a ser de livre acesso poderão ser
franqueados por meio de certidão ou cópia do documento, que expurgue ou oculte a parte sobre a
qual recai o disposto no inciso X do caput do art. 5o da Constituição Federal.
Parágrafo único. As informações sobre as quais recai o disposto no inciso X do caput do
art. 5o da Constituição Federal terão o seu acesso restrito à pessoa diretamente interessada ou, em
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se tratando de morto ou ausente, ao seu cônjuge, ascendentes ou descendentes, no prazo de que
trata o § 3o do art. 23 da Lei no 8.159, de 8 de janeiro de 1991.
Art. 8o Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Brasília, 5 de maio de 2005; 184o da Independência e 117o da República.
LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA
Marcio Thomaz Bastos
José Dirceu de Oliveira e Silva
Jorge Armando Felix
Álvaro Augusto Ribeiro Costa
Este texto não substitui o publicado no D.O.U. de 6.5.2005.
c. Lei Nº 8.159, de 8 de janeiro de 1991 (Dispositivos revogados
pela Lei nº 12.527/11 e pelo Decreto nº 7.724/12)
(...)
“CAPÍTULO V
DO ACESSO E DO SIGILO DOS DOCUMENTOS PÚBLICOS
Art. 22. É assegurado o direito de acesso pleno aos documentos públicos.
Art. 23. Decreto fixará as categorias de sigilo que deverão ser obedecidas pelos órgãos
públicos na classificação dos documentos por eles produzidos.
§ 1° Os documentos cuja divulgação ponha em risco a segurança da sociedade e do Estado,
bem como aqueles necessários ao resguardo da inviolabilidade da intimidade, da vida privada, da
honra e da imagem das pessoas são originalmente sigilosos.
§ 2° O acesso aos documentos sigilosos referentes à segurança da sociedade e do Estado será
restrito por um prazo máximo de 30 (trinta) anos, a contar da data de sua produção, podendo esse
prazo ser prorrogado, por uma única vez, por igual período.
§ 3° O acesso aos documentos sigilosos referentes à honra e a imagem das pessoas será
restrito por um prazo máximo de 100 (cem) anos, a contar da data de sua produção.
Art. 24 Poderá o Poder Judiciário, em qualquer instância, determinar a exibição reservada de
qualquer documento sigiloso, sempre que indispensável à defesa de direito próprio ou
esclarecimento de situação pessoal da parte.
Parágrafo único. “Nenhuma norma de organização administrativa será interpretada de modo
a, por qualquer forma, restringir o disposto neste artigo.”
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d. LEI Nº 12.527, DE 18 DE NOVEMBRO DE 2011.
“Regula o acesso a informações previsto no inciso XXXIII do art. 5o, no inciso II do § 3o do art. 37 e no § 2o do art. 216 da Constituição Federal; altera a Lei no 8.112, de 11 de dezembro de 1990; revoga a Lei no 11.111, de 5 de maio de 2005, e dispositivos da Lei no 8.159, de 8 de janeiro de 1991; e dá outras providências”.
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 1o Esta Lei dispõe sobre os procedimentos a serem observados pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios, com o fim de garantir o acesso a informações previsto no inciso XXXIII do art. 5o, no inciso II do § 3º do art. 37 e no § 2º do art. 216 da Constituição Federal.
Parágrafo único. Subordinam-se ao regime desta Lei:
I - os órgãos públicos integrantes da administração direta dos Poderes Executivo, Legislativo, incluindo as Cortes de Contas, e Judiciário e do Ministério Público;
(...)
Art. 3o Os procedimentos previstos nesta Lei destinam-se a assegurar o direito fundamental de acesso à informação e devem ser executados em conformidade com os princípios básicos da administração pública e com as seguintes diretrizes:
I - observância da publicidade como preceito geral e do sigilo como exceção;
II - divulgação de informações de interesse público, independentemente de solicitações;
(...)
Art. 4o Para os efeitos desta Lei, considera-se:
I - informação: dados, processados ou não, que podem ser utilizados para produção e transmissão de conhecimento, contidos em qualquer meio, suporte ou formato;
(...)
III - informação sigilosa: aquela submetida temporariamente à restrição de acesso público em razão de sua imprescindibilidade para a segurança da sociedade e do Estado;
IV - informação pessoal: aquela relacionada à pessoa natural identificada ou identificável;
(...)
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VII - autenticidade: qualidade da informação que tenha sido produzida, expedida, recebida ou modificada por determinado indivíduo, equipamento ou sistema;
(...)
CAPÍTULO II
DO ACESSO A INFORMAÇÕES E DA SUA DIVULGAÇÃO
Art. 6o Cabe aos órgãos e entidades do poder público, observadas as normas e procedimentos específicos aplicáveis, assegurar a:
(...)
II - proteção da informação, garantindo-se sua disponibilidade, autenticidade e integridade; e
III - proteção da informação sigilosa e da informação pessoal, observada a sua disponibilidade, autenticidade, integridade e eventual restrição de acesso.
Art. 7o O acesso à informação de que trata esta Lei compreende, entre outros, os direitos de obter:
(...)
II - informação contida em registros ou documentos, produzidos ou acumulados por seus órgãos ou entidades, recolhidos ou não a arquivos públicos;
(...)
§ 1o O acesso à informação previsto no caput não compreende as informações referentes a projetos de pesquisa e desenvolvimento científicos ou tecnológicos cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado.
§ 2o Quando não for autorizado acesso integral à informação por ser ela parcialmente sigilosa, é assegurado o acesso à parte não sigilosa por meio de certidão, extrato ou cópia com ocultação da parte sob sigilo.
(...)
CAPÍTULO III
DO PROCEDIMENTO DE ACESSO À INFORMAÇÃO
Seção I
Do Pedido de Acesso
Art. 11. O órgão ou entidade pública deverá autorizar ou conceder o acesso imediato à informação disponível.
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§ 1o Não sendo possível conceder o acesso imediato, na forma disposta no caput, o órgão ou entidade que receber o pedido deverá, em prazo não superior a 20 (vinte) dias:
I - comunicar a data, local e modo para se realizar a consulta, efetuar a reprodução ou obter a certidão;
II - indicar as razões de fato ou de direito da recusa, total ou parcial, do acesso pretendido; ou
III - comunicar que não possui a informação, indicar, se for do seu conhecimento, o órgão ou a entidade que a detém, ou, ainda, remeter o requerimento a esse órgão ou entidade, cientificando o interessado da remessa de seu pedido de informação.
§ 2o O prazo referido no § 1o poderá ser prorrogado por mais 10 (dez) dias, mediante justificativa expressa, da qual será cientificado o requerente.
(...)
Seção II
Dos Recursos
Art. 15. No caso de indeferimento de acesso a informações ou às razões da negativa do acesso, poderá o interessado interpor recurso contra a decisão no prazo de 10 (dez) dias a contar da sua ciência.
CAPÍTULO IV
DAS RESTRIÇÕES DE ACESSO À INFORMAÇÃO
(...)
Seção III
Da Proteção e do Controle de Informações Sigilosas
Art. 25. É dever de o Estado controlar o acesso e a divulgação de informações sigilosas produzidas por seus órgãos e entidades, assegurando a sua proteção.
§ 1o O acesso, a divulgação e o tratamento de informação classificada como sigilosa ficarão restritos a pessoas que tenham necessidade de conhecê-la e que sejam devidamente credenciadas na forma do regulamento, sem prejuízo das atribuições dos agentes públicos autorizados por lei.
(...)
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Seção V
Das Informações Pessoais
Art. 31. O tratamento das informações pessoais deve ser feito de forma transparente e com respeito à intimidade, vida privada, honra e imagem das pessoas, bem como às liberdades e garantias individuais.
§ 1o As informações pessoais, a que se refere este artigo, relativas à intimidade, vida privada, honra e imagem:
I - terão seu acesso restrito, independentemente de classificação de sigilo e pelo prazo máximo de 100 (cem) anos a contar da sua data de produção, a agentes públicos legalmente autorizados e à pessoa a que elas se referirem; e
II - poderão ter autorizada sua divulgação ou acesso por terceiros diante de previsão legal ou consentimento expresso da pessoa a que elas se referirem.
§ 2o Aquele que obtiver acesso às informações de que trata este artigo será responsabilizado por seu uso indevido.
(...)
Art. 46. Revogam-se:
I - a Lei no 11.111, de 5 de maio de 2005; e
II - os arts. 22 a 24 da Lei no 8.159, de 8 de janeiro de 1991.
Art. 47. Esta Lei entra em vigor 180 (cento e oitenta) dias após a data de sua publicação.
Brasília, 18 de novembro de 2011; 190o da Independência e 123o da República.
Este texto não substitui o publicado no DOU de 18.11.2011 - Edição extra
e. DECRETO Nº 7.724, DE 16 DE MAIO DE 2012
Regulamenta a Lei no 12.527, de 18 de novembro de 2011, que dispõe sobre o acesso a informações previsto no inciso XXXIII do caput do art. 5o, no inciso II do § 3o do art. 37 e no § 2o do art. 216 da Constituição.
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CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 1o Este Decreto regulamenta, no âmbito do Poder Executivo federal, os procedimentos para a garantia do acesso à informação e para a classificação de informações sob restrição de acesso, observados grau e prazo de sigilo, conforme o disposto na Lei no 12.527, de 18 de novembro de 2011, que dispõe sobre o acesso a informações previsto no inciso XXXIII do caput do art. 5o, no inciso II do § 3o do art. 37 e no § 2o do art. 216 da Constituição.
Art. 2o Os órgãos e as entidades do Poder Executivo federal assegurarão, às pessoas naturais e jurídicas, o direito de acesso à informação, que será proporcionado mediante procedimentos objetivos e ágeis, de forma transparente, clara e em linguagem de fácil compreensão, observados os princípios da administração pública e as diretrizes previstas na Lei no 12.527, de 2011.
CAPÍTULO IV
DA TRANSPARÊNCIA PASSIVA
Seção II
Do Pedido de Acesso à Informação
Art. 11. Qualquer pessoa, natural ou jurídica, poderá formular pedido de acesso à informação.
§ 1o O pedido será apresentado em formulário padrão, disponibilizado em meio eletrônico e físico, no sítio na Internet e no SIC dos órgãos e entidades.
§ 2o O prazo de resposta será contado a partir da data de apresentação do pedido ao SIC.
§ 3o É facultado aos órgãos e entidades o recebimento de pedidos de acesso à informação por qualquer outro meio legítimo, como contato telefônico, correspondência eletrônica ou física, desde que atendidos os requisitos do art. 12.
§ 4o Na hipótese do § 3o, será enviada ao requerente comunicação com o número de protocolo e a data do recebimento do pedido pelo SIC, a partir da qual se inicia o prazo de resposta.
Art. 12. O pedido de acesso à informação deverá conter:
I - nome do requerente;
II - número de documento de identificação válido;
III - especificação, de forma clara e precisa, da informação requerida; e
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IV - endereço físico ou eletrônico do requerente, para recebimento de comunicações ou da informação requerida.
Art. 13. Não serão atendidos pedidos de acesso à informação:
I - genéricos;
II - desproporcionais ou desarrazoados; ou
III - que exijam trabalhos adicionais de análise, interpretação ou consolidação de dados e informações, ou serviço de produção ou tratamento de dados que não seja de competência do órgão ou entidade.
Parágrafo único. Na hipótese do inciso III do caput, o órgão ou entidade deverá, caso tenha conhecimento, indicar o local onde se encontram as informações a partir das quais o requerente poderá realizar a interpretação, consolidação ou tratamento de dados.
Art. 14. São vedadas exigências relativas aos motivos do pedido de acesso à informação.
Seção III
Do Procedimento de Acesso à Informação
Art. 15. Recebido o pedido e estando a informação disponível, o acesso será imediato.
§ 1o Caso não seja possível o acesso imediato, o órgão ou entidade deverá, no prazo de até vinte dias:
I - enviar a informação ao endereço físico ou eletrônico informado;
II - comunicar data, local e modo para realizar consulta à informação, efetuar reprodução ou obter certidão relativa à informação;
III - comunicar que não possui a informação ou que não tem conhecimento de sua existência;
IV - indicar, caso tenha conhecimento, o órgão ou entidade responsável pela informação ou que a detenha; ou
V - indicar as razões da negativa, total ou parcial, do acesso.
(...)
Art. 16. O prazo para resposta do pedido poderá ser prorrogado por dez dias, mediante justificativa encaminhada ao requerente antes do término do prazo inicial de vinte dias.
(...)
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CAPÍTULO VII
DAS INFORMAÇÕES PESSOAIS
Art. 55. As informações pessoais relativas à intimidade, vida privada, honra e imagem detidas pelos órgãos e entidades:
I - terão acesso restrito a agentes públicos legalmente autorizados e a pessoa a que se referirem, independentemente de classificação de sigilo, pelo prazo máximo de cem anos a contar da data de sua produção; e
II - poderão ter sua divulgação ou acesso por terceiros autorizados por previsão legal ou consentimento expresso da pessoa a que se referirem.
Parágrafo único. Caso o titular das informações pessoais esteja morto ou ausente, os direitos de que trata este artigo assistem ao cônjuge ou companheiro, aos descendentes ou ascendentes, conforme o disposto no parágrafo único do art. 20 da Lei no 10.406, de 10 de janeiro de 2002, e na Lei no 9.278, de 10 de maio de 1996.
Art. 56. O tratamento das informações pessoais deve ser feito de forma transparente e com respeito à intimidade, vida privada, honra e imagem das pessoas, bem como às liberdades e garantias individuais.
Art. 57. O consentimento referido no inciso II do caput do art. 55 não será exigido quando o acesso à informação pessoal for necessário:
I - à prevenção e diagnóstico médico, quando a pessoa estiver física ou legalmente incapaz, e para utilização exclusivamente para o tratamento médico;
II - à realização de estatísticas e pesquisas científicas de evidente interesse público ou geral, previstos em lei, vedada a identificação da pessoa a que a informação se referir;
III - ao cumprimento de decisão judicial;
IV - à defesa de direitos humanos de terceiros; ou
V - à proteção do interesse público geral e preponderante.
Art. 58. A restrição de acesso a informações pessoais de que trata o art. 55 não poderá ser invocada:
I - com o intuito de prejudicar processo de apuração de irregularidades, conduzido pelo Poder Público, em que o titular das informações for parte ou interessado; ou
II - quando as informações pessoais não classificadas estiverem contidas em conjuntos de documentos necessários à recuperação de fatos históricos de maior relevância.
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Art. 59. O dirigente máximo do órgão ou entidade poderá, de ofício ou mediante provocação, reconhecer a incidência da hipótese do inciso II do caput do art. 58, de forma fundamentada, sobre documentos que tenha produzido ou acumulado, e que estejam sob sua guarda.
§ 1o Para subsidiar a decisão de reconhecimento de que trata o caput, o órgão ou entidade poderá solicitar a universidades, instituições de pesquisa ou outras entidades com notória experiência em pesquisa historiográfica a emissão de parecer sobre a questão.
§ 2o A decisão de reconhecimento de que trata o caput será precedida de publicação de extrato da informação, com descrição resumida do assunto, origem e período do conjunto de documentos a serem considerados de acesso irrestrito, com antecedência de no mínimo trinta dias.
§ 3o Após a decisão de reconhecimento de que trata o § 2o, os documentos serão considerados de acesso irrestrito ao público.
§ 4o Na hipótese de documentos de elevado valor histórico destinados à guarda permanente, caberá ao dirigente máximo do Arquivo Nacional, ou à autoridade responsável pelo arquivo do órgão ou entidade pública que os receber, decidir, após seu recolhimento, sobre o reconhecimento, observado o procedimento previsto neste artigo.
Art. 60. O pedido de acesso a informações pessoais observará os procedimentos previstos no Capítulo IV e estará condicionado à comprovação da identidade do requerente.
Parágrafo único. O pedido de acesso a informações pessoais por terceiros deverá ainda estar acompanhado de:
I - comprovação do consentimento expresso de que trata o inciso II do caput do art. 55, por meio de procuração;
II - comprovação das hipóteses previstas no art. 58;
III - demonstração do interesse pela recuperação de fatos históricos de maior relevância, observados os procedimentos previstos no art. 59; ou
IV - demonstração da necessidade do acesso à informação requerida para a defesa dos direitos humanos ou para a proteção do interesse público e geral preponderante.
Art. 61. O acesso à informação pessoal por terceiros será condicionado à assinatura de um termo de responsabilidade, que disporá sobre a finalidade e a destinação que fundamentaram sua autorização, sobre as obrigações a que se submeterá o requerente.
§ 1o A utilização de informação pessoal por terceiros vincula-se à finalidade e à destinação que fundamentaram a autorização do acesso, vedada sua utilização de maneira diversa.
§ 2o Aquele que obtiver acesso às informações pessoais de terceiros será responsabilizado por seu uso indevido, na forma da lei.
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Art. 62. Aplica-se, no que couber, a Lei no 9.507, de 12 de novembro de 1997, em relação à informação de pessoa, natural ou jurídica, constante de registro ou banco de dados de órgãos ou entidades governamentais ou de caráter público.
CAPÍTULO XI
DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS E FINAIS
(...)
Art. 75. Aplica-se subsidiariamente a Lei no 9.784, de 29 de janeiro de 1999, aos procedimentos previstos neste Decreto.
Art. 76. Este Decreto entra em vigor em 16 de maio de 2012.
Brasília, 16 de maio de 2012; 191º da Independência e 124º da República.
Este texto não substitui o publicado no DOU de 16.5.2012 - Edição extra e retificado em 18.5.2012
8.4. DOCUMENTOS DE VALOR HISTÓRICO
As Tabelas de Temporalidades são os documentos que definem, tanto na Administração Publica
quanto nas Forças Armadas, os documentos de valor histórico que deverão se mantidos em guarda
permanente.
8.5. DOCUMENTOS SEM VALOR ARQUIVÍSTICO
As IG 11-03 (Instruções Gerais para Avaliação de Documentos do Exército) definem como:
Art. 14 Documentos sem valor arquivístico são documentos, mesmo “ORIGINAIS”, que:
I - tratem de assuntos que são recapitulados em outros documentos de maior hierarquia;
II - não possuam valor histórico;
III - não respaldem direitos, obrigações e/ou comprometimento legal ou fiscal;
IV - não exigem imposição de temporalidade por outros órgãos de controle e da administração
pública; e
V - não se prestam para consultas futuras.
Parágrafo único. Esses documentos, ao fim do ‘prazo mínimo de arquivamento obrigatório’, de
5 anos, e após avaliação pela SCPAD da OM, serão, em princípio, eliminados, ou, em casos
excepcionais, poderão ser conferidos aos mesmos, novos prazos de guarda.
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8.6. DOCUMENTOS DIGITAIS
As IG 11-03 (Instruções Gerais para Avaliação de Documentos do Exército) definem como:
Art 32 A gestão de documentos tramitados pelos meios eletrônicos e de microfilmagem é
regulada por legislação específica.
A Resolução nº 25, de 27 de abril de 2007 (E-Arq Brasil - Dispõe sobre a adoção do Modelo de
Requisitos para Sistemas Informatizados de Gestão Arquivística de Documentos - e-ARQ Brasil
pelos órgãos e entidades integrantes do Sistema Nacional de Arquivos - SINAR) aponta uma série de
requisitos para a criação de Arquivos Digitais que devem portar dados passiveis de serem inseridos na
Classificação e Gestão Documental, incluindo a recuperação das informações no futuro.
A atual legislação brasileira que garante autenticidade, a integridade e a validade jurídica de
documentos em forma eletrônica e digitais encontram-se em processo de regulamentação, segundo
o CONARQ.
ATENÇÃO: A guarda de documentos nos diversos tipos de suporte digitais exige cuidados
especiais. Dentre eles, destacamos:
- não manter a mídia próxima de locais com campo
magnético ou sob ação do calor ou de raios solares;
- controle das condições de temperatura;
- verificar a existência de softwares e hardwares
compatíveis com as mídias existentes; e
- fazer cópia de segurança.
Nota do AHEx:
Todos os documentos originais recebidos ou expedidos deverão ser
arquivados em suporte de papel.
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8.7. DIGITALIZAÇÃO X MICROFILMAGEM
Existem várias correntes de pensamento sobre o assunto. Os objetivos dos dois processos são
os mesmos: preservar a informação e evitar o manuseio dos documentos originais. O mais
importante é que nada substitui o suporte de papel. Ele não pode ser substituído e nem destruído.
A Resolução nº 31, de 28 de abril de 2010 do Conselho Nacional de Arquivos (CONARQ),
publicada no Diário Oficial da União, Edição nº 82, de 03 de maio de 2010, dispõe sobre a adoção das
Recomendações para Digitalização de Documentos Arquivísticos Permanentes, com a finalidade de
propiciar o acesso e a disseminação dos documentos custodiados pelos arquivos por meio da
digitalização. O referido documento está disponível em: http://www.conarq.arquivonacional.gov.br.
a. Microfilmagem:
VANTAGENS DESVANTAGENS
- evita que o usuário manuseie o documento
original.
- maior tempo de conservação (300 anos).
- processo simples.
- a cópia de microfilme é aceita como documento
original.
- baixo custo nos serviços terceirizados.
- facilita a consulta ao acervo.
- alto custo na aquisição dos equipamentos de
microfilmagem, leitura e copiadora.
- exige capacitação técnica do pessoal para operar
os equipamentos.
- necessidade de local climatizado para guarda dos
microfilmes originais.
b. Digitalização:
VANTAGENS DESVANTAGENS
- baixo custo para aquisição dos equipamentos de
digitalização para documentos do formato A4.
- processo simples.
- permite disponibilizar as informações na
INTERNET.
- válido para pequenos acervos.
- evita que o usuário manuseie o documento
original.
- pode ser feita pelo próprio pessoal da OM.
- facilita a consulta ao acervo.
- menor tempo de conservação (depende dos
softwares e hardwares disponíveis).
-não é aceito como documento original.
- exige permanente verificação do estado de
conservação das mídias ou dos arquivos de dados.
- exige cuidados especiais com a conservação dos
dados.
- O EB ainda não possui sistema de certificação
digital de documentos.
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8.8. LEGISLAÇÃO ARQUIVÍSTICA BRASILEIRA - LEI Nº 8.159, DE 8 DE
JANEIRO DE 1991
Dispõe sobre a política nacional de arquivos públicos e privados e dá outras providências.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a
seguinte Lei:
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 1º É dever do Poder Público a gestão documental e a proteção especial a documentos de
arquivos, como instrumento de apoio à administração, à cultura, ao desenvolvimento científico e
como elementos de prova e informação.
Art. 2º Consideram-se arquivos, para os fins desta lei, os conjuntos de documentos produzidos
e recebidos por órgãos públicos, instituições de caráter público e entidades privadas, em decorrência
do exercício de atividades específicas, bem como por pessoa física, qualquer que seja o suporte da
informação ou a natureza dos documentos.
Art. 3º Considera-se gestão de documentos o conjunto de procedimentos e operações técnicas
referentes à sua produção, tramitação, uso, avaliação e arquivamento em fase corrente e
intermediária, visando a sua eliminação ou recolhimento para guarda permanente.
Art. 4º Todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular
ou de interesse coletivo ou geral, contidas em documentos de arquivos que serão prestadas no prazo
da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança
da sociedade e do Estado, bem como à inviolabilidade da intimidade, da vida privada, da honra e da
imagem das pessoas.
Art. 5º A administração pública franqueará a consulta aos documentos públicos na forma da lei.
Art. 6º Fica resguardado o direito de indenização pelo dano material ou moral decorrente da
violação do sigilo, sem prejuízo das ações penal, civil e administrativa.
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CAPÍTULO II
DOS ARQUIVOS PÚBLICOS
Art. 7º Os arquivos públicos são os conjuntos de documentos produzidos e recebidos, no
exercício de suas atividades, por órgãos públicos de âmbito federal, estadual, do Distrito Federal e
municipal em decorrência de suas funções administrativas, legislativas e judiciárias.
§ 1º São também públicos os conjuntos de documentos produzidos e recebidos por instituições
de caráter público, por entidades privadas encarregadas da gestão de serviços públicos no exercício
de suas atividades.
§ 2º A cessação de atividade de instituições públicas e de caráter público implica o
recolhimento de sua documentação à instituição arquivística pública ou a sua transferência à
instituição sucessora.
Art. 8º Os documentos públicos são identificados como correntes, intermediários e
permanentes.
§ 1º Consideram-se documentos correntes aqueles em curso ou que, mesmo sem
movimentação, constituam objeto de consultas frequentes.
§ 2º Consideram-se documentos intermediários aqueles que, não sendo de uso corrente nos
órgãos produtores, por razões de interesse administrativo, aguardam a sua eliminação ou
recolhimento para guarda permanente.
§ 3º Consideram-se permanentes os conjuntos de documentos de valor histórico, probatório e
informativo que devem ser definitivamente preservados.
Art. 9º A eliminação de documentos produzidos por instituições publicas de caráter público
será realizada mediante autorização da instituição arquivística pública, na sua específica esfera de
competência.
Art. 10. Os documentos de valor permanente são inalienáveis e imprescritíveis.
CAPÍTULO III
DOS ARQUIVOS PRIVADOS
Art. 11. Consideram-se arquivos privados os conjuntos de documentos produzidos ou recebidos
por pessoas físicas ou jurídicas, em decorrência de suas atividades.
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Edição 2013 Fl. 114 / 145
Art. 12. Os arquivos privados podem ser identificados pelo Poder Público como de interesse
público e social, desde que sejam considerados como conjuntos de fontes relevantes para a história e
desenvolvimento científico nacional.
Art. 13. Os arquivos privados identificados como de interesse público e social não poderão ser
alienados com dispersão ou perda da unidade documental, nem transferidos para o exterior.
Parágrafo único. Na alienação desses arquivos o Poder Público exercerá preferência na
aquisição.
Art. 14. O acesso aos documentos de arquivos privados identificados como de interesse público
e social poderá ser franqueado mediante autorização de seu proprietário ou possuidor.
Art. 15. Os arquivos privados identificados como de interesse público e social poderão ser
depositados a título revogável, ou doados a instituições arquivísticas públicas.
Art. 16. Os registros civis de arquivos de entidades religiosas produzidos anteriormente à
vigência do Código Civil ficam identificados como de interesse público e social.
CAPÍTULO IV
DA ORGANIZAÇÃO E ADMINISTRAÇÃO DE INSTITUIÇÕES
ARQUIVÍSTICAS PÚBLICAS
Art. 17. A administração da documentação pública ou de caráter público compete às
instituições arquivísticas federais, estaduais, do Distrito Federal e municipais.
§ 1º São arquivos Federais o Arquivo Nacional do Poder Executivo, e os arquivos do Poder
Legislativo e do Poder Judiciário. São considerados, também, do Poder Executivo os arquivos do
Ministério da Marinha, do Ministério das Relações Exteriores, do Ministério do Exército e do
Ministério da Aeronáutica.
§ 2º São Arquivos Estaduais o arquivo do Poder Executivo, o arquivo do Poder Legislativo e o
arquivo do Poder Judiciário.
§ 3° São Arquivos do Distrito Federal o arquivo do Poder Executivo, o arquivo do Poder
Legislativo e o arquivo do Poder Judiciário.
§ 4° São Arquivos Municipais o arquivo do Poder Executivo e o arquivo do Poder Legislativo.
§ 5° Os arquivos públicos dos Territórios são organizados de acordo com sua estrutura político-
jurídica.
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Edição 2013 Fl. 115 / 145
Art. 18. Compete ao Arquivo Nacional a gestão e o recolhimento dos documentos produzidos e
recebidos pelo Poder Executivo Federal, bem como preservar e facultar o acesso aos documentos sob
sua guarda, e acompanhar e programar a política nacional de arquivos.
Parágrafo único. Para o pleno exercício de suas funções, o Arquivo Nacional poderá criar
unidades regionais.
Art. 19. Competem aos arquivos do Poder Legislativo Federal a gestão e o recolhimento dos
documentos produzidos e recebidos pelo Poder Legislativo Federal no exercício de suas funções, bem
como preservar e facultar o acesso aos documentos sob sua guarda.
Art. 20. Competem aos arquivos do Poder Judiciário Federal a gestão e o recolhimento dos
documentos produzidos e recebidos pelo Poder Judiciário Federal no exercício de suas funções,
tramitados em juízo e oriundos de cartórios e secretarias, bem como preservar e facultar o acesso
aos documentos sob sua guarda.
Art. 21. Legislação Estadual, do Distrito Federal e municipal definirá os critérios de
organização e vinculação dos arquivos estaduais e municipais, bem como a gestão e o acesso aos
documentos, observado o disposto na Constituição Federal, e nesta Lei.
CAPÍTULO V
DO ACESSO E DO SIGILO DOS DOCUMENTOS PÚBLICOS
Art. 22. É assegurado o direito de acesso pleno aos documentos públicos.
Art. 23. Decreto fixará as categorias de sigilo que deverão ser obedecidas pelos órgãos
públicos na classificação dos documentos por eles produzidos.
§ 1° Os documentos cuja divulgação ponha em risco a segurança da sociedade e do Estado,
bem como aqueles necessários ao resguardo da inviolabilidade da intimidade, da vida privada, da
honra e da imagem das pessoas são originalmente sigilosos.
§ 2° O acesso aos documentos sigilosos referentes à segurança da sociedade e do Estado será
restrito por um prazo máximo de 30 (trinta) anos, a contar da data de sua produção, podendo esse
prazo ser prorrogado, por uma única vez, por igual período.
§ 3° O acesso aos documentos sigilosos referentes à honra e a imagem das pessoas será
restrito por um prazo máximo de 100 (cem) anos, a contar da data de sua produção.
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Edição 2013 Fl. 116 / 145
Art. 24 Poderá o Poder Judiciário, em qualquer instância, determinar a exibição reservada de
qualquer documento sigiloso, sempre que indispensável à defesa de direito próprio ou
esclarecimento de situação pessoal da parte.
Parágrafo único. Nenhuma norma de organização administrativa será interpretada de modo a,
por qualquer forma, restringir o disposto neste artigo.
DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 25. Ficará sujeito à responsabilidade penal, civil e administrativa, na forma da legislação
em vigor, aquele que desfigurar ou destruir documentos de valor permanente ou considerado como
de interesse público e social.
Art. 26. Fica criado o Conselho Nacional de Arquivos – CONARQ, órgão vinculado ao Arquivo
Nacional, que definirá a política nacional de arquivos, como órgão central de um Sistema Nacional de
Arquivos – SINAR.
§ 1° O Conselho Nacional de Arquivos será presidido pelo Diretor-Geral do Arquivo Nacional e
integrado por representantes de instituições arquivísticas e acadêmicas, públicas e privadas.
§ 2° A estrutura e funcionamento do Conselho criado neste artigo serão estabelecidos em
regulamento.
Art. 27. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 28. Revogam-se as disposições em contrário.
Brasília, 8 de janeiro de 1991; 170° da Independência e 103° da República. – FERNANDO
COLLOR, Jarbas Passarinho.
(D.O.U. de 9 de janeiro de 1991)
8.9. ROTEIRO PARA MENSURAÇÃO DE DOCUMENTOS TEXTUAIS
Texto elaborado pelo Conselho Nacional de Arquivos (CONARQ) a fim de fornecer subsídios
para quantificação de acervos.
Disponível em:
www.siga.arquivonacional.gov.br/Media/siga/roteiro%20para%20mensuracao%20de%20docu
mento
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I- Documentação em posição vertical e horizontal
Considerando os documentos acondicionados na posição vertical (caixas de papelão ou de
plástico, pastas "A" a "Z" ou suspensas etc), a metragem linear tem por base o comprimento das
estantes e/ou a profundidade das gavetas dos arquivos de aço.
Exemplos:
1- documentos acondicionados em caixas nas estantes:
- medir a extensão de cada prateleira ocupada e
multiplicar a medida pelo número das mesmas;
- os espaços vazios devem ser desprezados.
Prateleira (a) - 6 X 0,90 m = 5,40 metros
lineares
Prateleira (b) - 1 X 0,60 m = 0,60 metros
lineares
TOTAL A + B = 6 metros lineares
2- documentos empilhados ou empacotados em estantes:
- medir a altura das pilhas de documentos
0,30 m + 0,25 m = 0,55 metros lineares
3- documentos encadernados, livros ou pastas "A" a "Z" em estantes:
- medir na extensão das estantes, se estiver
na vertical, e a altura da pilha, se estiver na
horizontal.
0,40 m + 0,20 m = 0,60 metros lineares
4- documentos em arquivos ou fichários de aço:
- medir a profundidade ocupada de cada
gaveta.
1 m + 0,30 m = 1,30 metros lineares
Fig. 1
Fig. 2
Fig. 3
Fig. 4
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II - Documentação empacotada e amontoada
Para a documentação empacotada, amarrada ou amontoada utilizar-se-á a metragem cúbica,
ou seja: comprimento X altura X largura das pilhas de documentos. Para conversão em metros
lineares, multiplique o resultado obtido em m³ por 12.
Exemplos:
Para se obter a quantificação total dos documentos textuais,proceder ao somatório dos resultados
obtidos na mensuração dos documentos em posição verti1- documentos empacotados, amontoados
ou em caixas de diversos tamanhos, fora de estantes.
- medir o comprimento, a altura e a largura de
cada pacote, amontoado ou caixa. Multiplicar as
medidas, para obter a metragem cúbica.
– converter o resultado encontrado multiplicando
o resultado encontrado em m³ por 12.
0,30 m X 0,50 m X 0, 40 m= 0,06 m³
0,06 m³ X 12= 0,72 metros lineares
0,50 m X 0,50 m X 0,30 m = 0,075 m³
0,075 m³ X 12 = 0,90 metros lineares
III- Quantificação total
Para se obter a qualificação total dos documentos textuais, proceder ao somatório dos
resultados obtidos na mensuração dos documentos em posição vertical e horizontal e dos
documentos empacotados e amontoados:
6 m lineares (fig. 1) + 0,55 m lineares (fig. 2) + 0,60 m lineares (fig. 3) + 1,30 m lineares (fig. 4) + 0,72 m
lineares (fig. 5) + 0,90 m lineares (fig. 6) = 10,07 metros lineares.
Fig. 5
Fig. 6
COLETÂNEA DE ORIENTAÇÕES BÁSICAS SOBRE GESTÃO DE ARQUIVOS DE ORGANIZAÇÕES MILITARES – AHEx
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Capítulo 9
AUTO DIAGNÓSTICO
DO ARQUIVO DA OM
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9.1. AUTO DIAGNÓSTICO DO ARQUIVO GERAL DA OM (MODELO DE
CHECK-LIST)
A própria OM pode realizar o auto diagnóstico do seu arquivo. A seguir, apresentamos um
modelo de ficha de verificação com sugestões de correções dos diversos aspectos a serem
observados.
AUTO DIAGNÓSTICO DO ARQUIVO GERAL DA OM
1. ACERVOS EXISTENTES NA OM
a. Período da documentação existente: desde ____ até os dias atuais (+ de ____ anos de História).
b. Acervos de outras OM guardados no Arquivo (mesma árvore genealógica, outros motivos, etc):
OM PERÍODO OBS
c. Tipos de acervos existentes:Documentos escritos, bibliográficos, fotografias, mapas, gravuras,
filmes, slides, DVD/ CD, fitas VHS, outros.
2. GESTÃO DOCUMENTAL
ASPECTOS PONTOS FORTES PONTOS FRACOS– SUGESTÕES
SCPAD/OM A OM possui SCPAD. Ela realiza seus
trabalhos conforme previsto nas IG 11-03.
A OM não possui a SCPAD.
As IG 11-03 regulam o funcionamento das
Subcomissões Permanentes de Avaliação de
Documentos (SCPAD), cujo Comandante ou
Diretor é o presidente nos casos de OM de
valor Unidade e Subunidade isolada. O objetivo
das SCPAD é de forma regulamentar, avaliar
quais os documentos que poderão ser
eliminados.
A SCPAD não realiza seus trabalhos
conforme previsto nas IG 11-03.
RESPONSÁVEL O responsável pelos trabalhos da
SCPAD conhece as IG 11-03.
O responsável pelos trabalhos da
SCPAD desconhece as IG 11-03.
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3. PESSOAL
ASPECTOS PONTOS FORTES PONTOS FRACOS – SUGESTÕES
EFETIVO O efetivo que trabalha no arquivo é
suficiente para atender às necessidades.
O efetivo que trabalha no arquivo é
insuficiente para atender às necessidades.
CONHECIMENTO
DA LEGISLAÇÃO
O pessoal tem conhecimento da
legislação existente sobre o assunto.
O pessoal não tem conhecimento da
legislação existente sobre o assunto.
O pessoal tem conhecimento parcial da
legislação existente sobre o assunto. Conhecem
apenas as IG 11-03, as IG 10-42, o RISG, a Tabela
de Temporalidade de Documentos, a Coletânea de
Orientações Básicas de Gestão de Arquivos
Militares.
FUMANTES Não são fumantes.
São fumantes.
Um dos responsáveis é fumante.
O ideal é que as pessoas que trabalham
diretamente em arquivos não sejam fumantes.
Sempre existe um potencial risco provocado pelas
pontas de cigarro. Se possível, substitua o militar
ou reforce as recomendações necessárias.
PROBLEMAS DE
SAÚDE
Não possuem problemas de saúde
(alergias, etc).
Possuem problemas de saúde (alergias,
etc).
O ambiente de depósitos de documentos, por mais
que seja limpo e arejado, é inadequado para
pessoas com histórico de problemas alérgicos e
respiratórios. Se possível, substitua o militar ou
oriente para que procure um médico.
TEMPO DE
TRABALHO
Trabalham no arquivo / depósito de
documentos a mais de_____ anos. Possuem
muita experiência e conhecem bem o acervo
sob sua responsabilidade.
Trabalham no arquivo / depósito de
documentos há pouco tempo.
A experiência, o conhecimento do acervo e os
cuidados necessários são fundamentais. Oriente o
pessoal nesse sentido.
MUDANÇA DE
FUNÇÃO
Não há previsão dos atuais
responsáveis serem mudados de função.
Há previsão dos atuais responsáveis
serem mudados de função.
Procure, logo que possível, designar um substituto
para que possa receber a função com tempo
suficiente para dominar os conhecimentos
necessários.
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4. CARACTERÍSTICAS DO DEPÓSITO DE DOCUMENTOS/ARQUIVO
ASPECTOS PONTOS FORTES PONTOS FRACOS – SUGESTÕES
INUNDAÇÃO Não está sujeito a inundações.
Está sujeito a inundações.
Verificar a possibilidade de evitá-las. Se for o
caso, o arquivo / depósito de documentos
deverá ser deslocado para outro local.
VENTILAÇÃO É ventilado.
Não é ventilado.
Essa característica provoca o aumento da
temperatura, da umidade e os casos de alergia.
TAMANHO O tamanho é adequado.
O tamanho não é adequado.
Verifique a possibilidade de ocupar outra
dependência.
INFILTRAÇÃO Não possui infiltrações, mofos,
bolores, etc.
Possui infiltrações, mofos, bolores, etc.
Levantar urgentemente as causas. Essa situação
pode oferecer sérios riscos ao acervo.
ILUMINAÇÃO O local é iluminado adequadamente.
O local não é iluminado
adequadamente.
Isso prejudica os trabalhos de pesquisa, limpeza
e vistoria.
EXCESSO DE
LUMINOSIDADE
Não existe excesso de luminosidade
prejudicial ao acervo.
Existe excesso de luminosidade
prejudicial ao acervo (lâmpadas muito próximas
dos documentos, a falta de cortinas e persianas,
etc). Quais?
LOCALIZAÇÃO
Não está localizado no subsolo.
Está localizado no subsolo.
Verificar permanentemente as condições de
umidade e temperatura.
Verificar os riscos de inundação. Se for o caso, o
arquivo / depósito de documentos deverá ser
deslocado para outro local.
Fica distante do rancho.
Fica próximo do rancho.
Essa situação pode permitir a atração de
roedores, insetos, etc.
Fica distante da lixeira.
Fica próximo da lixeira.
Essa situação pode permitir a atração de
roedores, insetos, etc.
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ASPECTOS PONTOS FORTES PONTOS FRACOS – SUGESTÕES
LOCALIZAÇÃO
(continuação)
Fica distante do posto de
combustível.
Fica próximo do posto de
combustível.
Essa situação pode oferecer sérios riscos ao
arquivo. Devido sua importância, os
depósitos de documentos devem ficar
distantes de locais que ofereçam elevado
potencial de risco.
Fica distante do paiol.
Fica próximo ao paiol.
Essa situação pode oferecer sérios riscos ao
arquivo. Devido sua importância, os
depósitos de documentos devem ficar
distantes de locais que ofereçam elevado
potencial de risco.
PESO O piso suporta o peso do acervo.
O piso aparenta não suportar o peso
do acervo.
É preciso solicitar a avaliação da Comissão
Regional de Obras (CRO) ou de um
engenheiro. Se for o caso, o arquivo /
depósito de documentos deverá ser
deslocado para outro local.
TETO O teto é de laje.
O teto é de telhado.
Essa condição do arquivo / depósito de
documentos oferece riscos de infiltrações em
casos de destelhamento ou telhas quebradas
e a possibilidade de acesso de estranhos. O
telhado deve ser periodicamente vistoriado,
principalmente nos períodos chuvosos.
TELAS NAS
JANELAS Possui proteção de telas.
Não possui proteção de telas.
Essa medida evita a entrada de aves,
roedores, insetos e outros agentes biológicos
responsáveis pela degradação do acervo.
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5. ORGANIZAÇÃO DO DEPÓSITO
ASPECTOS PONTOS FORTES PONTOS FRACOS – SUGESTÕES
DISPOSIÇÃO DO
MOBILIÁRIO
Foi verificado que o mobiliário está
disposto adequadamente. Em consequência,
existe um melhor aproveitamento do espaço
disponível, da luminosidade e da ventilação.
O mobiliário não está disposto
adequadamente.
Essa simples medida permite um melhor
aproveitamento do espaço disponível, da
luminosidade e da ventilação.
MATERIAIS
ESTRANHOS
Não existem materiais estranhos ao
acervo no interior do depósito.
Existem materiais estranhos ao acervo no
interior do depósito (materiais de obra, peças de
viaturas, geladeira, forno de microondas, fogão,
combustível, tintas, gêneros, etc). Quais?
O arquivo / depósito de documentos deve ser
destinado apenas para a guarda de documentos.
Qualquer outro material demonstra que não é
dada a devida importância ao acervo e que outras
pessoas têm acesso àquele local.
SITUAÇÃO DE
RISCO
Não foram observados móveis e
acervos embaixo de janelas, aparelhos de ar
condicionado ou situações que pudessem
oferecer danos.
Foi verificada a existência de móveis e
acervos embaixo de janelas, aparelhos de ar
condicionado (Quais?) ou situações que possam
provocar danos.
A proximidade da janela ou do aparelho de ar
condicionado oferece um potencial risco de o
acervo ser molhado por ação da água.
ARRUMAÇÃO
DOS
INVÓLUCROS
As caixas, pastas e livros estão
acomodados de forma correta e funcional no
mobiliário.
As caixas, pastas e livros (Quais?) não
estão acomodadas de forma correta e funcional
no mobiliário.
Existe uma técnica própria para organizar as caixas
e pastas no mobiliário.
EXPEDIENTE
O pessoal responsável não cumpre o
expediente no interior do depósito. O
depósito é separado do local de trabalho,
sendo utilizado somente para pesquisas e
manutenção.
Foi verificado que o pessoal cumpre
expediente no interior do depósito.
O ideal é que o depósito seja separado do local de
trabalho.
MATERIAL DE
ALOJAMENTO
Não foram encontrados materiais de
alojamento no depósito.
Foi verificada a existência de material de
alojamento no depósito.
Provavelmente o pessoal utiliza o depósito como
vestiário ou dormitório. Situação desaconselhada.
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6. MOBILIÁRIO
ASPECTOS PONTOS FORTES PONTOS FRACOS – SUGESTÕES
ESTANTES As estantes são de metal.
As estantes são de madeira.
O ideal é que esse mobiliário seja substituído
por de metal. Se, no momento, não houver
recursos previstos para adquiri-los, realizar
permanente vistoria biológica, principalmente
para verificar a presença de cupins.
As estantes são de alvenaria.
Esse tipo de estante oferece riscos de excesso
umidade. Isolar o acervo da alvenaria
utilizando-se material isolante.
ARMÁRIOS Os armários são de metal.
Os armários são de madeira.
O ideal é que esse mobiliário seja substituído
por de metal. Se, no momento, não houver
recursos previstos para adquiri-los, realizar
permanente vistoria biológica, principalmente
para verificar a presença de cupins.
PRATELEIRAS As prateleiras são de metal.
As prateleiras são de madeira.
O ideal é que esse mobiliário seja substituído
por de metal. Se, no momento, não houver
recursos previstos para adquiri-los, realizar
permanente vistoria biológica, principalmente
para verificar a presença de cupins.
ARQUIVOS Os arquivos tipo “fichário” ou
“pastas suspensas” são de metal.
Os arquivos tipo “fichário” ou “pastas
suspensas são de madeira.
O ideal é que esse mobiliário seja substituído
por de metal. Se, no momento, não houver
recursos previstos para adquiri-los, realizar
permanente vistoria biológica, principalmente
para verificar a presença de cupins.
PESO O mobiliário suporta o peso.
O mobiliário não suporta o peso.
Diminuir a quantidade de material ou reforçar
sua estrutura.
QUANTIDADE O mobiliário é suficiente e adequado
para a guarda do material.
O mobiliário não é suficiente e nem
adequado para a guarda do material.
A única solução é substituí-los.
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ASPECTOS PONTOS FORTES PONTOS FRACOS – SUGESTÕES
FIXAÇÃO NAS
PAREDES
As estantes estão fixadas nas
paredes.
As estantes não estão fixadas nas
paredes.
Essa medida simples evita o seu
tombamento. Fixe-as com parafusos e
buchas.
OUTROS MÓVEIS Ó mobiliário “não” arquivístico é de
metal.
Existem outros móveis (mesas e
cadeiras, etc.) que não são de metal e nem
necessários à guarda dos documentos.
O ideal é que esses móveis sejam
substituídos por outros de metal Se, no
momento, não houver recursos previstos
para adquiri-los, realizar permanente vistoria
biológica, principalmente para verificar a
presença de cupins.
Se os móveis não forem necessários para o
trabalho no arquivo, retire-os o mais rápido
possível.
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7. ORGANIZAÇÃO DO ACERVO
ASPECTOS PONTOS FORTES PONTOS FRACOS – SUGESTÕES
ARQUIVO GERAL
Existe um Arquivo Geral da OM no
qual estão guardados os acervos
intermediários e permanentes.
O acervo está descentralizado. Cada
seção ou subunidade possui seu próprio
arquivo.
Essa medida coloca em risco o acervo. Verificar
as IG 11-03.
PRAZOS DE
GUARDA
O acervo está organizado
corretamente por prazos de guarda.
O acervo não está organizado por
prazos de guarda (corrente, intermediário e
permanente).
Esse procedimento regulamentar (IG 11-03)
permite que o acervo de maior valor para a
OM, documentos com longo prazo de guarda
ou de guarda permanente, fiquem em um único
local com condições mais adequadas e sob a
responsabilidade de um militar com
conhecimentos necessários para sua melhor
conservação e controle.
EMBALAGENS O acervo está acondicionado em
pastas e caixas tipo “Box”.
O acervo não está acondicionado em
pastas ou caixas tipo “Box”.
As embalagens protegem os documentos
contra a poeira e danos acidentais, minimizam
as variações externas de temperatura e
umidade relativa e reduzem os riscos de danos
por água e fogo em casos de desastre.
ENCADERNAÇÃO O acervo está encadernado.
O acervo não está encadernado.
O RISG orienta que os Boletins Internos das OM
devem ser encadernados. Essa medida protege
os documentos, evitando-se que fiquem folhas
soltas (avulsas) do documento mais importante
produzido pela OM. Nos boletins das OM
encontramos toda sua vida, principalmente os
atos administrativos que são os maiores alvos
de interesse da Justiça.
IDENTIFICAÇÃO O acervo está identificado.
O acervo não está identificado.
É muito importante identificar o acervo. Essa
medida permite um maior controle e facilita as
pesquisas.
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Edição 2013 Fl. 128 / 145
ASPECTOS PONTOS FORTES PONTOS FRACOS – SUGESTÕES
ARRUMAÇÃO
A arrumação das caixas está correta.
A arrumação das caixas não está correta.
As caixas não devem ser empilhadas
aleatoriamente umas sobre as outras. O peso
danifica as caixas.
A arrumação das pastas está correta.
A arrumação das pastas não está correta.
As pastas devem ser organizadas em caixas ou em
arquivos suspensos.
CAPACIDADE DO
MOBILIÁRIO
As prateleiras estão com a
quantidade adequada de caixas, pastas e
livros.
As prateleiras estão com excesso de
caixas, pastas e livros.
As prateleiras devem receber a quantidade
adequada de caixas, pastas e livros. O excesso
pode deformar a prateleira ou até mesmo
derrubá-la. O excesso de livros em prateleiras, por
sua vez, dificulta a sua retirada e acaba
danificando-os no momento da sua retirada.
ORGANIZAÇÃO
DOS
DIFERENTES
SUPORTES
Os diferentes tipos de suportes de
documentos estão organizados corretamente
(papéis, livros, mapas, filmes, fotografias,
etc).
Os diferentes tipos de suportes de
documentos não estão organizados corretamente
(papéis, livros, mapas, filmes, fotografias, etc).
Quais?
Cada tipo de suporte deve estar em um lugar
específico. Não podemos misturar os acervos.
EXCESSO DE
DOCUMENTOS
Não existe excesso de documentos
de guarda desnecessária (Gestão
Documental).
Existe excesso de documentos.
Se não houver espaço e mobiliário suficientes, a
solução é realizar a Gestão Documental. Ver as IG
11-03.
Existem documentos de guarda não
obrigatória (NE, BI de outras OM, etc). Quais?
Em princípio, a prioridade para as OM é guardar
os documentos produzidos por elas próprias. Eles
são originais e possuem valor histórico e
probatório. O material oriundo de outras OM é de
responsabilidade delas próprias guardarem,
exceto aqueles previstos na Tabela de
Temporalidade. Se não houver espaço e mobiliário
suficientes, a solução é realizar a Gestão
Documental. Ver as IG 11-03.
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Edição 2013 Fl. 129 / 145
8. CONTROLE DOS DOCUMENTOS
ASPECTOS PONTOS FORTES PONTOS FRACOS – SUGESTÕES
CONTROLE DE
ENTRADA E
SAÍDA DE
DOCUMENTOS
Existe algum tipo de controle de
entrada e saída de documentos. É utilizado o
livro registro / cautela / guia-fora, etc. Qual?
Não existe nenhum tipo de controle
de entrada e saída de documentos (livro
registro, cautela, guia-fora, etc).
É importante, o mais rápido possível, adotar
um sistema de controle.
CONTROLE DO
ACERVO
Existe algum tipo de controle do
acervo existente. O responsável pelo arquivo
/ depósito de documentos tem um
levantamento de todos os documentos
existentes.
Não existe nenhum tipo de controle
do acervo existente (tipo, quantidade, faltas,
etc).
Não é aceitável ser responsável por um
acervo sem ter conhecimento exato do seu
tamanho, tipo e valor.
TAMANHO DO
ACERVO O acervo está medido.
O acervo não está medido.
Com isso, não é possível se ter uma
noção do tamanho do acervo. Sugerimos o
levantamento do tamanho do acervo
existente. Para maiores detalhes, verifique
item 8.9 ROTEIRO PARA MENSURAÇÃO DE
DOCUMENTOS TEXTUAIS.
LEVANTAMENTO
DA QUANTIDADE
DE
DOCUMENTOS
O responsável pelo arquivo /
depósito de documentos tem um
levantamento da quantidade de documentos
existentes.
Não possui.
É importante saber o que se tem e qual a
quantidade. Realize um levantamento,
mesmo que sumário.
LEVANTAMENTO
DAS FALTAS
O responsável pelo arquivo /
depósito de documentos tem um
levantamento das faltas de documentos
previstos.
Não possui.
As faltas no acervo devem ser conhecidas.
Procure levantá-las.
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9. SEGURANÇA
ASPECTOS PONTOS FORTES PONTOS FRACOS – SUGESTÕES
PORTAS E
JANELAS
Possui portas / janelas que oferecem
segurança adequada.
As portas / janelas não oferecem
segurança adequada. São fracas/Estão
danificadas/Não possuem fechaduras.
Providenciar a substituição ou o reforço.
GRADES Possui grades nas portas / janelas. Não possui grades nas portas / janelas.
Verificar se realmente são necessárias.
ACESSO AO
DEPÓSITO
Somente o pessoal autorizado tem
acesso ao arquivo / depósito de documentos.
Não existe um controle das pessoas que
têm acesso ao arquivo / depósito de documentos.
Essa situação favorece um descontrole do acervo
como perdas, extravios e guarda em locais errados.
Somente o pessoal autorizado pode ter acesso ao
arquivo/ depósito de documentos.
CHAVE DO
DEPÓSITO
Somente o responsável possui a
chave do arquivo / depósito de documentos.
Não existe um controle das pessoas que
têm a chave do arquivo / depósito de documentos.
Somente o responsável deve possuir a chave do
arquivo / depósito de documentos.
FECHADURA A fechadura está em bom estado. A fechadura não está em bom estado.
Procurar repará-la ou substituí-la.
ACESSO PELO
TETO Não existe acesso pelo teto (forro).
Existe acesso pelo teto (forro).
É importante verificar se não existe a possibilidade
de alguém ou um animal acessar o arquivo /
depósito de documentos.
PREVENÇÃO E
COMBATE A
INCÊNDIOS
Existem equipamentos de combate a
incêndio em tipo e quantidade adequados.
Não existem equipamentos de combate a
incêndio.
Essa providência deve ser prioritária.
INSTALAÇÕES
ELÉTRICAS
Não existem instalações elétricas
que ofereçam riscos.
Existem instalações elétricas que
oferecem riscos (fios desencapados).Quais?
Realizar urgentemente uma revisão na parte
elétrica. Essa situação pode causar sérios danos ao
arquivo / depósito de documentos.
EXTENSÕES
ELÉTRICAS
Não existem extensões elétricas,
benjamins ou aparelhos ligados na mesma
tomada.
Existem extensões elétricas, benjamins e
aparelhos ligados na mesma tomada, que geram
aquecimento e sobrecarga na rede elétrica. Quais?
Retirá-los imediatamente.
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ASPECTOS PONTOS FORTES PONTOS FRACOS – SUGESTÕES
INSTALAÇÕES
HIDRÁULICAS
Não existem instalações hidráulicas
que ofereçam riscos (vazamento).
Existem instalações hidráulicas que
oferecem risco (vazamento). Quais?
Interditar urgentemente essas instalações. Essa
situação pode causar sérios danos ao arquivo /
depósito de documentos.
FECHADURA DO
MOBILIÁRIO
Os armários, fichários e outros
móveis possuem fechaduras que funcionam.
Somente o responsável possui as respectivas
chaves.
Os armários, fichários e outros móveis
não possuem fechaduras. Quais?
Esse mobiliário não oferece segurança
adequada para a guarda de documentos de
elevado valor.
As fechaduras dos armários, fichários e
outros móveis não funcionam. Quais?
Procurar repará-las ou substituí-las.
QUADRO DE LUZ O quadro de luz está identificado e
sinalizado.
O quadro de luz não está identificado e
sinalizado.
Essa medida é muito importante em casos de
sinistros. Procure identificá-lo e sinalizá-lo o
mais rápido possível.
PROXIMIDADE
DE LOCAIS QUE
OFEREÇAM
RISCO
O acervo não está próximo do solo,
de janelas, de lâmpadas ou locais que
ofereçam riscos.
O acervo está muito próximo do solo,
de janelas, de lâmpadas, locais que oferecem
riscos. Quais?
Retire o acervo desses locais. Se for possível,
mude o mobiliário de posição.
EQUIPAMENTOS
DE PROTEÇÃO
INDIVIDUAL
O pessoal utiliza equipamentos de
proteção individual (luvas, máscara, avental,
etc).
O pessoal não utiliza equipamentos de
proteção individual (luvas, máscara, avental,
etc).
O acervo pode, muitas das vezes, está
contaminado com urina de ratos, dejetos de
insetos, fungos, bactérias ou, até mesmo, com
produtos químicos cancerígenos utilizados no
passado no combate às pragas. O uso de
equipamentos de proteção individual (EPIs) é
imprescindível. O custo é relativamente
pequeno em comparação com os benefícios
oferecidos.
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10. LIMPEZA DO MOBILIÁRIO E DAS INSTALAÇÕES
ASPECTOS PONTOS FORTES PONTOS FRACOS – SUGESTÕES
PISO O piso está limpo.
O piso está sujo, com excesso de
poeira e outros resíduos.
Plano de Manutenção Periódica.
MOBILIÁRIO As prateleiras estão limpas. As prateleiras estão sujas.
Plano de Manutenção Periódica.
TÉCNICA DE
LIMPEZA
Utilizam pano, água, álcool e
desinfetante (lysoform), como materiais de
limpeza.
Não utilizam nenhum tipo de produto
de limpeza.
O ideal é que sejam utilizados o álcool e
desinfetantes.
Não utiliza vassoura na limpeza,
apenas pano úmido. Nas prateleiras utiliza
também pano úmido e aspirador de pó.
Varrem o chão.
Esse procedimento faz com que a poeira se
desloque do chão para as prateleiras, sujando
os documentos. A técnica correta é apenas
passar um pano levemente úmido no chão ou
aspirar o piso com aspirador de pó.
PLANO DE
MANUTENÇÃO
PERIÓDICA
O arquivo / depósito de documentos
possui um Plano de Manutenção Periódica.
Não existe um Plano de Manutenção
Periódica.
O planejamento dessa atividade permite que o
arquivo / depósito de documentos esteja
sempre limpo e protegido contra a ação dos
agentes de degradação.
A última limpeza foi realizada em
(quando ?)__________.
É desconhecida a data da última
limpeza realizada.
Plano de Manutenção Periódica.
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11. VISTORIA AMBIENTAL
ASPECTOS PONTOS FORTES PONTOS FRACOS – SUGESTÕES
CLIMATIZAÇÃO O local é climatizado.
Esse aspecto deve ser analisado caso a caso. O
importante é não haver grandes variações de
temperatura e umidade.
UMIDADE
RELATIVA DO AR
A umidade relativa do ar é
adequada.
A umidade relativa do ar é alta.
Ela deverá ser reduzida ou eliminada com a
adoção das seguintes medidas: troca do local do
depósito, utilização de desumidificadores ou
abertura controlada das janelas para aumentar a
ventilação.
A umidade relativa do ar é baixa.
Não chegando a níveis extremos, ela não prejudica
o acervo. Caso contrário, devem-se utilizar
umidificadores.
A umidade relativa do ar não foi medida.
Procure adquirir um aparelho termo higrômetro.
Seu custo é baixo.
TEMPERATURA
AMBIENTE
A temperatura ambiente é
adequada.
A temperatura ambiente é alta.
Ela deverá ser reduzida ou eliminada com a
adoção das seguintes medidas: troca do local do
depósito, utilização de ventiladores ou abertura
controlada das janelas para aumentar a
ventilação.
A temperatura ambiente é baixa.
Não chegando a níveis extremos, ela não prejudica
o acervo. Caso contrário, devem-se procurar
soluções com pessoal técnico.
A temperatura ambiente não foi medida.
Procure adquirir um aparelho termo higrômetro.
Seu custo é baixo.
MOFO/ MATERIAL
EM
DECOMPOSIÇÃO/
MATERIAL
QUÍMICO
Não possui cheiro de mofo, material
em decomposição e nem de material
químico.
Foi verificado forte cheiro de mofo,
material em decomposição ou de material químico.
Deverá ser identificada a causa. Ele poderá ser
reduzido ou eliminado com a adoção das seguintes
medidas: troca do local do depósito, limpeza
periódica, o uso de ventiladores ou abertura
controlada das janelas para aumentar a ventilação.
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ASPECTOS PONTOS FORTES PONTOS FRACOS – SUGESTÕES
DESUMIDIFICAD
OR Possui aparelhos desumidificadores.
Verificar se o depósito necessita da
instalação de desumidificadores em função
da elevada umidade relativa do ar.
APARELHO DE
AR
CONDICIONADO
Possui aparelho de ar condicionado.
É importante ressaltar que o papel, de uma
maneira geral, não aceita grandes variações
de temperatura e umidade. O aparelho
deverá ser utilizado de forma regular. Deve-
se ter cuidado com a instalação elétrica e a
possibilidade de vazamento de água.
Verificar se o depósito necessita da
instalação de aparelho de ar condicionado
em função da elevada temperatura do ar.
É importante ressaltar que o papel, de uma
maneira geral, não aceita grandes variações
de temperatura e umidade. O aparelho
deverá ser utilizado de forma regular. Deve-
se ter cuidado com a instalação elétrica e a
possibilidade de vazamento de água.
VENTILADOR Possui ventiladores.
Verificar se o depósito necessita da
instalação de ventiladores em função da
temperatura elevada.
EXAUSTOR Possui exaustores.
Verificar se o depósito necessita da
instalação de exaustores em função da
necessidade de ventilação forçada.
PERIODICIDADE
DA VISTORIA
A OM periodicamente realiza a
vistoria ambiental no seu arquivo.
A OM não realiza a vistoria ambiental
no seu arquivo.
A vistoria ambiental é muito importante para
a preservação do acervo. A detecção da ação
de agentes ambientais em sua fase inicial
permite resolver o problema de forma
simples, barata e sem maiores danos ao
acervo. A demora pode significar perda total
do acervo.
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12. VISTORIA BIOLÓGICA
ASPECTOS PONTOS FORTES PONTOS FRACOS – SUGESTÕES
INSETOS Não foram identificados vestígios ou
presença de insetos.
Foram identificados vestígios ou
presença de insetos. Quais?
Os insetos são agentes de degradação do acervo,
em particular do papel. No caso das baratas, elas
se alimentam das colas existentes nas
encadernações dos livros. Devem ser tomadas
medidas para evitá-las. Dentre elas destacamos:
instalação de telas nas janelas e ralos, dedetização
e retirada de resíduos de alimentos. Em casos de
dúvidas, procure um especialista.
ROEDORES Não foram identificados vestígios ou
presença de roedores.
Foram identificados vestígios ou
presença de roedores (ratos). Quais?
Os roedores, em particular os ratos, se alimentam
de papel e utilizam caixas para fazerem seus
ninhos. Devem ser tomadas medidas para evitá-
los. Dentre elas destacamos: instalação de telas
nas janelas e ralos, desratização e retirada de
resíduos de alimentos.
AVES
Não foram identificados vestígios ou
presença de aves (pombos, pássaros em
geral).
Foram identificados vestígios ou
presença de aves (pombos, pássaros em geral).
Quais?
As aves procuram locais escuros e sem presença
de pessoas para fazerem seus ninhos. Devem ser
tomadas medidas para evitá-las. Dentre elas
destacamos: instalação de telas nas janelas e
retirada de resíduos de alimentos.
OUTROS
ANIMAIS
Não foram identificados vestígios ou
presença de nenhum outro tipo de animal
(morcegos, gatos, etc).
Foram identificados vestígios ou
presença de algum tipo de animal (morcegos,
gatos, etc). Quais?
Os gatos e morcegos são agentes de degradação
do acervo, em particular o papel. Eles procuram
ambientes escuros e pouco frequentados para
fazerem seus ninhos. Devem ser tomadas medidas
para evitá-los. Dentre elas destacamos: instalação
de telas nas janelas e retirada de resíduos de
alimentos.
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ASPECTOS PONTOS FORTES PONTOS FRACOS – SUGESTÕES
TELAS Os ralos e janelas possuem telas que
impedem o acesso de insetos e animais.
Os ralos e janelas não possuem telas que
impeçam o acesso de insetos e animais.
Os ralos são os principais acessos de roedores e
insetos rastejantes. Instale telas.
ALIMENTOS Não foram identificados vestígios ou
presença de alimentos.
Foram identificados vestígios ou
presença de alimentos. Quais?
Os alimentos atraem insetos e diversos outros
tipos de animais. O arquivo / depósito de
documentos não é local para se fazer refeições.
Não permita a entrada de alimentos no Arquivo.
Mantenha as lixeiras próximas ao Arquivo limpas,
principalmente de copos descartáveis de café,
latas de refrigerante e outros tipos de alimentos e
suas embalagens.
DEDETIZAÇÃO A última dedetização ainda está
válida.
Não é conhecida a data da última
dedetização, ou mesmo se ela foi realizada.
É muito importante dedetizar adequadamente o
arquivo / depósito de documentos. Cuidado com
os produtos químicos utilizados diretamente sobre
o acervo. Nunca faça isso! Peça orientação a um
especialista.
HISTÓRICO DE
PRAGAS
Não foi relatado de que alguma vez
tenha sido observada a presença de
roedores, aves, animais, baratas, etc.
Já foi observada, pelo menos uma vez, a
presença de roedores, aves, animais e baratas no
interior do arquivo / depósito de documentos.
Quais?
Mantenha a observação. Identifique qual o acesso
que eles utilizam. Caso continuem aparecendo,
adote medidas para evitá-los.
PERIODICIDADE
DA VISTORIA
A OM periodicamente realiza a
vistoria biológica no seu arquivo.
A OM não realiza a vistoria biológica no
seu arquivo.
A vistoria biológica é muito importante para a
preservação do acervo. A detecção da ação de
agentes biológicos em sua fase inicial permite
resolver o problema de forma simples, barata e
sem maiores danos ao acervo. A demora pode
significar perda total do acervo.
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13. ESTADO DO ACERVO
ASPECTOS PONTOS FORTES PONTOS FRACOS – SUGESTÕES
DOCUMENTOS
AVULSOS
Não foi observada a existência de
documentos avulsos.
Foi verificada a existência de
documentos avulsos.
Documentos avulsos correm o sério risco de se
perderem. Todo documento deve estar
acondicionado em pastas ou caixas. Verificar o
RISG (Inciso VII do Art 172).
ESTADO DOS
INVÓLUCROS
As pastas e caixas estão em bom
estado de conservação.
Foram identificadas pastas e caixas em
mau estado de conservação. Quais?
As pastas e caixas em mau estado deixam de
oferecer a proteção adequada. Não é só uma
questão de apresentação, é uma questão de
preservação.
LOMBADAS DOS
LIVROS
Os livros estão com a lombada sem
danos.
Foram identificados livros com a
lombada danificada.
A existência de livros com a lombada
danificada significa que os usuários daquele
acervo não sabem como manuseá-lo
corretamente. Verifique o item 5.6 TÉCNICAS DE
MANUSEIO.
MAPAS
ENROLADOS
Não foram encontrados mapas
enrolados ou dobrados.
Foram identificados mapas enrolados e
/ou dobrados.
Enrolar os mapas não está totalmente errado,
porém guardá-los abertos sobre uma superfície
plana oferece uma proteção maior contra
dobras e vincos. Se puder guardá-los abertos,
prefira essa técnica.
SUPORTE
MAGNÉTICO
Os acervos em suporte magnético
estão acondicionados corretamente em local
adequado.
O acervo com suporte em meio
magnético encontra-se em local inadequado
(móvel de metal). Qual?
Esse tipo de acervo é extremamente sensível.
Por isso, deve ser guardado em locais com
proteção contra corrente eletrostática
(madeira, papelão, isopor, plástico, etc).
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ASPECTOS PONTOS FORTES PONTOS FRACOS – SUGESTÕES
SUJEIRA NO
ACERVO
Não foi observado excesso de sujeira
no acervo.
Foi verificado excesso de sujeira no
acervo.
O papel é extremamente sensível à ação da
poeira. O acervo necessita de permanente
higienização. A higienização sumária de um
acervo é uma atividade bem simples. Verifique
o item 5.14. TÉCNICA DE HIGIENIZAÇÃO
MECÂNICA A SECO DE LIVROS E DOCUMENTOS.
NECESSIDADE
DE
RESTAURAÇÃO
Não foi observado acervo
necessitando de restauração.
Foi verificado que parte do acervo
necessita de restauração.
A restauração de documentos, em particular se
eles estiverem muito danificados, tem um custo
muito elevado. Procure a orientação de um
profissional da área ou entre em contato com o
AHEx.
MIMEOGRAFO
Não foi observada a existência de
documentos confeccionados em
mimeógrafos.
Foram identificados documentos
confeccionados em mimeógrafos.
A desvantagem desse tipo de documento é que
com o tempo a tinta se apaga e as informações
ficam perdidas.
BARBANTE Não foi observada a existência de
documentos amarrados com barbante.
Existem maços de documentos
amarrados com barbante.
O barbante por ser fino, acaba cortando as
folhas e pastas de papel. O material mais
adequado é o cordão largo de algodão.
FITA ADESIVA Não foi observada a existência de
documentos restaurados com fita adesiva.
Existem documentos restaurados com
fita adesiva.
A fita adesiva comum é inadequada para
pequenas restaurações, tendo em vista que sua
cola atrai agentes biológicos de degradação do
papel (baratas).
PAPEL PARDO Não foram observados documentos
embalados em papel pardo.
Foram observados documentos
embalados em papel pardo.
O papel pardo é extremamente ácido. Seu
contato com os documentos é nocivo. Substitua
o papel pardo por papel neutro ou alcalino.
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Capítulo 10
GLOSSÁRIO
BIBLIOGRAFIA
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10.1. GLOSSÁRIO
Extrato do Dicionário Brasileiro de Terminologia Arquivística:
Acervo - Documentos de uma entidade produtora ou de uma entidade custodiadora.
Acesso - Possibilidade de consulta a documentos e informações. Função arquivística destinada a tornar
acessíveis os documentos e a promover sua utilização.
Acondicionamento - Embalagem ou guarda de documentos visando à sua preservação e acesso.
Armazenamento - Guarda de documentos em depósitos.
Arquivamento– Ação pela qual uma autoridade determina a guarda de um documento, cessada a sua
tramitação.
Arquivista - Profissional de nível superior, com formação em arquivologia ou experiência reconhecida
pelo estado.
Arquivo - Conjunto de documentos produzidos e acumulados por uma entidade coletiva, pública ou
privada, pessoa ou família, no desempenho de suas atividades, independentemente da natureza do suporte.
Arquivo Corrente - Conjunto de documentos, em tramitação ou não, que, pelo seu valor primário, é
objetivo de consultas frequentes pela entidade que o produziu, a quem compete a sua administração.
Arquivo Intermediário - Conjuntos de documentos originários de arquivos correntes, com uso pouco
frequente, que aguarda destinação.
Arquivo Permanente - Conjunto de documentos preservados em caráter definitivo em função de seu
valor. Também chamado de arquivo histórico.
Arquivologia - Disciplina que estuda as funções do arquivo e os princípios e técnicas a serem observados
na produção, organização, guarda, preservação e utilização dos arquivos.
Atividade-fim - Atividade desenvolvida em decorrência da finalidade de uma instituição.
Atividade-meio - Atividade que dá apoio à consecução das atividades-fim de uma instituição.
Avaliação - Processo de análise de documentos de arquivo, que estabelece os prazos de guarda e a
destinação, de acordo com os valores que lhes são atribuídos.
Catálogo - Instrumento de pesquisa organizado segundo critérios temáticos, cronológicos, onomásticos
ou geográficos, reunindo a descrição individualizada de documentos pertencentes a um ou mais fundos, de
forma sumária ou analítica.
Classificação - Organização dos documentos de um arquivo ou coleção, de acordo com um plano de
classificação, código de classificação ou quadro de arranjo.
Climatização – Processo de adequar, por meio de equipamentos, a temperatura e a umidade relativa do
ar a parâmetros favoráveis à preservação dos documentos.
Coleção - Conjunto de documentos com características comuns, reunidos intencionalmente.
Comissão de avaliação e destinação - Grupo multidisciplinar encarregado da avaliação de documentos
de um arquivo, responsável pela elaboração de tabela de temporalidade.
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Consulta - Busca direta ou indireta de informações.
Controle ambiental - Conjunto de procedimentos para criação e manutenção de ambiente de
armazenamento propício à preservação, correspondendo controle de temperatura, da umidade relativa, da
qualidade do ar, da luminosidade, bem como prevenção de infestação biológica, procedimentos de
manutenção, segurança e proteção contra fogo e danos por água.
Custódia - Responsabilidade jurídica, temporária ou definitiva de guarda e proteção de documentos dos
quais não se detém, a propriedade.
Depósito- local de guarda de documentos.
Destinação - decisão com base na avaliação, quanto ao encaminhamento de documentos para guarda
permanente, descarte ou eliminação.
Digitalização - Processo de conversão de um documento para formato digital por meio de dispositivo
apropriado, como um escâner.
Documento bibliográfico - Gênero documental integrado por impressos, como livros, folhetos e
periódicos.
Documento cartográfico - gênero documental integrado por documentos que contêm representações
gráficas da superfície terrestre ou de corpos celestes e desenhos técnicos, como mapas, plantas, perfis,
fotografias aéreas.
Documentos eletrônicos - Gênero documental integrado por documentos em meio eletrônico ou
somente acessível por equipamentos eletrônicos, como cartões perfurados, disquetes e documentos digitais.
Documento iconográfico - Gênero documental integrado por documentos que contêm imagens fixas,
impressas, desenhadas ou fotografadas, como fotografias e gravuras.
Documento Impresso - documento textual impresso ou multigrafado.
Documento ostensivo - documento sem qualquer restrição de acesso.
Documento sigiloso - documento que pela natureza de seu conteúdo sofre restrição de acesso.
Documento textual - gênero documental integrado por documentos manuscritos, datilografados ou
impressos, como atas de reunião, cartas, decretos, livros de registro, panfletos e relatórios.
Eliminação - destruição de documentos que, na avaliação, foram considerados sem valor permanente.
Encadernação–Fixação de folhas, entre capas, por costura ou cola, com vistas a mantê-las numa ordem
determinada e a assegurar a sua proteção.
Encolagem – Aplicação interna ou superficial de substância adesiva em papel ou cartão.
Fichário – Conjunto de fichas ordenadas segundo critérios preestabelecidos, utilizadas para fins de
controle e recuperação de documentos e informações.
Móvel utilizado para guarda de fichas.
Filme - película ou filme de plástico capaz de fixar em positivo ou negativo.
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Filme de acetato - filme com base composta de acetato de celulose, utilizado em substituição ao filme
de nitrato por oferecer maior segurança contra a inflamabilidade.
Filme de nitrato - filme cujo suporte é o nitrato de celulose, não mais utilizado por estar sujeito à
combustão espontânea.
Filme de sais de prata – Filme em que a camada fotossensível é composta de halogenetos de prata,
permitindo reproduções mais duráveis.
Filme de segurança – Filme que, ao contrário do filme de nitrato, possui uma base relativamente não
inflamável, como acetato, diacetato, triacetato e poliéster.
Filme de diazo – Filme sensibilizado com sais diazóicos, em que a imagem é obtida após exposição à luz
ultravioleta, sendo utilizado em cópias de microfilme para consulta. Também chamado cópia diazo.
Fundo - Conjunto de documentos de uma mesma proveniência.
Gestão de documentos - conjunto de procedimentos e operações técnicas referentes à produção,
tramitação, uso, avaliação e arquivamento de documentos em fase corrente e intermediária, visando sua
eliminação ou recolhimento.
Guia - instrumento de pesquisa que oferece informações gerais sobre fundos e coleções existentes em
um ou mais arquivos.
Guia-fora - indicador colocado no lugar de uma unidade de arquivamento ou item documental para
assinalar a sua remoção temporária.
Higienização - retirada, por meio de técnicas apropriadas, de poeira e outros resíduos, com vistas à
preservação dos documentos.
Indexação – Processo pelo qual documentos ou informações são representados por termos, palavras-
chave ou descritores, propiciando a recuperação da informação.
Índice – relação sistemática de nomes, lugares, assuntos ou datas contidos em documentos ou em
instrumentos de pesquisa, acompanhados das referências para sua localização.
Instrumento de Pesquisa - meio que permite a identificação, localização ou consulta a documentos ou a
informações neles contidas. Expressão normalmente empregada em arquivos permanentes.
Inventário - instrumento de pesquisa que descreve, sumária ou analiticamente, as unidades de
arquivamento de um fundo ou parte dele, cuja apresentação obedece a uma ordenação lógica que poderá
refletir ou não a disposição física dos documentos.
Listagem de Eliminação - relação de documentos cuja eliminação foi autorizada por autoridade
competente. Também chamada de lista de eliminação.
Livro de registro - livro que recebe, de maneira sistemática, anotações referentes às atividades da
entidade produtora, em geral apresentando termo de abertura e termo de encerramento e folhas numeradas
e rubricadas.
Manuscrito - Texto escrito à mão. Termo que, utilizado genericamente, engloba textos datilografados e
digitados.
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Mensuração - aferição da dimensão física de um acervo, total ou parcial, obtida pelo cálculo do
comprimento de sua disposição em estantes (metro linear), por seu volume (metro cúbico) ou pela área
ocupada (metro quadrado). Medição ou aferição das dimensões planas ou tridimensionais de um documento.
Método de arquivamento – Sequência de operações que determina a disposição dos documentos de
um arquivo ou coleção, uns em relação aos outros, e a identificação de cada unidade.
Metro Linear: Unidade convencional de medida utilizada para determinar o espaço ocupado pelos
documentos nas estantes.
Microfilme - filme resultante do processo de reprodução de documentos, dados e imagens, por meios
fotográficos ou eletrônicos, em diferentes graus de redução, cuja leitura só é possível por meio de leitor de
microformas.
Microforma – termo genérico para designar todos os tipos de suporte contendo microimagens.
Planificação - aplainamento mediante pressão, de documentos dobrados, enrolados ou amarrotados.
Prazo de eliminação - prazo fixado em tabela de temporalidade ao fim do qual os documentos não
considerados de valor permanente deverão ser eliminados.
Prazo de guarda - prazo, definido na tabela de temporalidade e baseado em estimativas de uso, em que
documentos deverão ser mantidos no arquivo corrente ou no arquivo intermediário, ao fim do qual a
destinação é efetivada.
Preservação - prevenção da deterioração e danos em documentos, por meio de adequado controle
ambiental e/ou tratamento físico e/ou químico.
Privacidade – Direito que protege os indivíduos da divulgação não autorizada de informações de caráter
pessoal.
Protocolo - serviço encarregado do recebimento, registro, classificação, distribuição, controle da
tramitação e expedição de documentos.
Recolhimento - operação pela qual um conjunto de documento passa do arquivo intermediário para o
arquivo permanente.
Restauração - conjunto de procedimentos específicos para recuperação e reforço de documentos
deteriorados e danificados.
Sistema de gestão de documentos - conjuntos de procedimentos e operações técnicas cuja interação
permite a eficiência e a eficácia na produção, tramitação, uso, avaliação, arquivamento e destinação de
documentos.
Tabela de temporalidade - instrumento de destinação, aprovado por autoridade competente, que
determina prazos e condições de guarda tendo em vista a transferência, recolhimento, descarte ou eliminação
de documentos.
Termo de doação - instrumento legal particular que define e formaliza uma doação a arquivo.
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Termo de eliminação - instrumento do qual consta o registro de informações sobre documentos
eliminados após terem cumprido a prazo de guarda.
Topográfico - instrumento de controle ou gestão de depósito destinado a indicar a localização física das
unidades de arquivamento nós depósitos.
Umidade relativa - razão entre a quantidade de vapor d água e a quantidade necessária para a
saturação da atmosfera à mesma temperatura. A umidade relativa do ar é expressa percentualmente.
Usuário - pessoa física ou jurídica que consulta arquivos. Também chamada consulente, leitor ou
pesquisador.
Valor intrínseco - valor que um documento possui em razão de seu conteúdo, das circunstâncias de sua
produção, de suas assinaturas ou selos.
Valor Legal - valor que um documento possui perante a lei para comprovar um fato ou constituir um
direito.
Valor permanente - valor probatório ou valor informativo que justifica a guarda permanente de um
documento em um arquivo. Também chamado valor arquivístico ou valor histórico.
Valor primário - valor atribuído a documento em função do interesse que possa ter para a entidade
produtora, levando-se em conta a sua utilidade para fins administrativos, legais e fiscais.
Valor probatório - valor intrínseco que permite a um documento de arquivo servir de prova legal.
Valor secundário - valor atribuído a um documento em função do interesse que possa ter para a
entidade produtora e outros usuários, tendo em vista a sua utilidade para fins diferentes daqueles para os
quais foi originalmente produzido.
Velatura - processo de restauração que consiste na aplicação de reforço de papel ou tecido em qualquer
face de uma folha.
Volume - folhas encadernadas sejam manuscritas, datilografadas ou impressas.
10.2. BIBLIOGRAFIA
ARQUIVO NACIONAL. Dicionário Brasileiro de Terminologia Arquivística. Rio de Janeiro, 2005.
BELLOTO, Heloisa Liberal li. Arquivos Permanentes. Tratamento Documental. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2008.
COSTA, Marilene Fraga. Manual de Noções Básicas de Conservação Preventiva de Documentos do Laboratório de
Conservação Preventiva de Documentos do Centro de Informação Científica e Tecnológica da FIOCRUZ. 2003
CRESPO FILHO, Jayme Moreira. Preservação e Difusão do Patrimônio Cultural do Exército Brasileiro. Biblioteca do
Exército Editora: Rio de Janeiro, 2005.
GARLICK, Karen e OGDEN, Shoreline. Planejamento e Prioridades. Projeto Conservação Preventiva em Bibliotecas e
Arquivos, 2 ed, 2001.
HAZEN, Daniel et all. Planejamento de preservação e gerenciamento de programas. Projeto Conservação
Preventiva em Bibliotecas e Museus.
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Edição 2013 Fl. 145 / 145
MINISTERIO DA DEFESA. Instruções Gerais para a Correspondência, as Publicações e os Atos Administrativos no
Âmbito do Exército (IG 10-42). Brasília-DF, 2002.
MINISTERIO DA DEFESA. Instruções Gerais para Avaliação de Documentos do Exército (IG 11-03). Brasília-DF, 2001.
MINISTERIO DA DEFESA. Normas para a Preservação e Difusão do Patrimônio Cultural do Exército Brasileiro. 1 ed,
2005.
MINISTERIO DA DEFESA. Regulamento Interno e dos Serviços Gerais (RISG). Brasília-DF, 2003.
MUSEU DE ASTRONOMIA E CIÊNCIAS AFINS & MUSEU VILLA-LOBOS. Política de Segurança para Arquivos,
Bibliotecas e Museus. Rio de Janeiro, 2006.
OGDEN, Sherelyn. Armazenagem e manuseio. Projeto Conservação Preventiva em Bibliotecas e Arquivos, 2 ed,
2001.
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Campinas, s/d.
Versão de 01 outubro de 2013
Trabalho realizado pelo Arquivo Histórico do Exército, AHEx.
A primeira edição foi publicada em 2010.
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