Comentriobblicomoody 130113083659-phpapp01

3605
COMENTÁRIO BÍBLICO MOODY Moody Bible Institute of Chicago Clique num livro bíblico para o comentário ANTIGO TESTAMENTO Gênesis 2 Crônicas Daniel Êxodo Esdras Oséias Levítico Neemias Joel Números Ester Amós Deuteronômio Obadias Josué Salmos Jonas Juízes Provérbios Miquéias Rute Eclesiastes Naum 1 Samuel Cantares Habacuque 2 Samuel Isaías Sofonias 1 Reis Jeremias Ageu 2 Reis Lamentações Zacarias 1 Crônicas Ezequiel Malaquias NOVO TESTAMENTO Mateus Efésios Hebreus Marcos Filipenses Tiago Lucas Colossenses 1 Pedro João 1 Tessalonicenses 2 Pedro Atos 2 Tessalonicenses 1 João Romanos 1 Timóteo 2 João 1 Coríntios 2 Timóteo 3 João 2 Coríntios Tito Judas Gálatas Filemom Apocalipse

description

Excelente livro de estudo

Transcript of Comentriobblicomoody 130113083659-phpapp01

  • 1. COMENTRIO BBLICO MOODY Moody Bible Institute of Chicago Clique num livro bblico para o comentrio ANTIGO TESTAMENTO Gnesis 2 Crnicas Daniel xodo Esdras Osias Levtico Neemias Joel Nmeros Ester Ams Deuteronmio J Obadias Josu Salmos Jonas Juzes Provrbios Miquias Rute Eclesiastes Naum 1 Samuel Cantares Habacuque 2 Samuel Isaas Sofonias 1 Reis Jeremias Ageu 2 Reis Lamentaes Zacarias 1 Crnicas Ezequiel Malaquias NOVO TESTAMENTO Mateus Efsios Hebreus Marcos Filipenses Tiago Lucas Colossenses 1 Pedro Joo 1 Tessalonicenses 2 Pedro Atos 2 Tessalonicenses 1 Joo Romanos 1 Timteo 2 Joo 1 Corntios 2 Timteo 3 Joo 2 Corntios Tito Judas Glatas Filemom Apocalipse

2. GNESIS Introduo Esboo Captulo 1 Captulo 11 Captulo 21 Captulo 31 Captulo 41 Captulo 2 Captulo 12 Captulo 22 Captulo 32 Captulo 42 Captulo 3 Captulo 13 Captulo 23 Captulo 33 Captulo 43 Captulo 4 Captulo 14 Captulo 24 Captulo 34 Captulo 44 Captulo 5 Captulo 15 Captulo 25 Captulo 35 Captulo 45 Captulo 6 Captulo 16 Captulo 26 Captulo 36 Captulo 46 Captulo 7 Captulo 17 Captulo 27 Captulo 37 Captulo 47 Captulo 8 Captulo 18 Captulo 28 Captulo 38 Captulo 48 Captulo 9 Captulo 19 Captulo 29 Captulo 39 Captulo 49 Captulo 10 Captulo 20 Captulo 30 Captulo 40 Captulo 50 INTRODUO Ttulo. A palavra Gnesis entrou para a lngua portuguesa vindo do grego atravs do latim. Na Septuaginta (LXX), formava o sobrescrito do primeiro livro da Bblia. A palavra significa "origem, fonte, ou gerao". A palavra hebraica ber'eshth, traduzida para "no princpio", a primeira palavra da Bblia Hebraica. com freqncia usada para designar o livro de Gnesis. Natureza. Gnesis o livro das origens. Apresenta uma narrativa majestosa do comeo de tudo o que o Criador criou. Responde s perguntas relativas origem do mundo e da vida vegetal, animal e humana. Fala da instituio da famlia, da origem do pecado, da concesso da revelao divina, do crescimento e desenvolvimento da raa e da inaugurao do plano de Deus para a realizao da redeno por meio do Seu povo escolhido. Apresenta e ilustra verdades eternas, e resolve enigmas, mistrios e situaes desorientadoras, luz da vontade de Deus para o Seu povo. Em uma linguagem clara e significativa o 3. Gnesis (Comentrio Bblico Moody) 2 escritor apresenta os planos e propsitos de Deus revelados, e as maravilhas do seu procedimento com os homens. O Gnesis leva o leitor de volta ao momento super-importante da criao quando o Criador onipotente criou por meio da palavra as maravilhas incomparveis do sol, da lua, das estrelas, dos planetas, das galxias, das plantas, das criaturas viventes e de algum que fez Sua imagem. Nestes cinqenta captulos o inspirado escritor desdobra o drama da criao; ele fala de como o pecado entrou sub-reptcia e implacavelmente para introduzir a runa, o desfiguramento e a morte; revela os frutos trgicos do pecado na derrota pattica de nossos primeiros pais e mostra como, mais tarde, a maldade acumulada dos homens trouxe a destruio e quase a aniquilao da sociedade humana. Logo no comeo o escritor traa o crescimento da nova raa e finalmente as biografias emocionantes de Abrao, Isaque, Jac e os filhos de Jac. O livro termina com a morte de Jos na terra do Egito. Gnesis 1-11 apresenta a narrativa da vida do homem desde a criao at ao comeo da vida de Abrao. Gnesis 12-50 conta o relacionamento de Deus com o Seu povo escolhido - Abrao, Isaque, Jac, Jos e seus descendentes. Atravs de toda a narrativa, a principal preocupao do autor a de apresentar o propsito de Jeov em criar e providencialmente guiar esse povo eleito. No s o Gnesis, mas a Bblia toda mostra que por intermdio deste povo, o Senhor procurou revelar a Sua natureza e os Seus planos para o mundo, estabelecer Sua santa vontade na terra e envia Suas "boas novas" da redeno a todos os homens. Naes e indivduos so mencionados e descritos no livro apenas quando se encaixam no sublime plano e propsito do Senhor. Os sumerianos, hititas, babilnios e assrios, sempre quando sua histria afeta a do povo escolhido, entram no quadro rapidamente a fim de demonstrar o propsito de Deus para o mundo. A cada passo, o Esprito procura tornar a revelao explcita aos homens de todos os sculos. No drama que se desenrola rapidamente, o plano de Deus vai sendo apresentado. 4. Gnesis (Comentrio Bblico Moody) 3 Autoria. Com segurana podemos declarar que Moiss o responsvel pela autoria do livro. o primeiro livro do Pentateuco que ambas, as Escrituras e a tradio, atribuem a Moiss. Seria difcil descobrir um homem, em toda a srie da vida de Israel, que fosse mais qualificado a escrever esta histria. Educado na "sabedoria dos egpcios" (Atos 7:22), Moiss foi providencialmente preparado para compreender os registros e manuscritos disponveis e a narrativa oral. Como um profeta ao qual foi concedido o incomum privilgio de longas horas de comunho com Deus no Sinai, foi bem preparado para registrar para todas as geraes o retrato do Senhor e das Suas atividades atravs dos sculos. Que outro indivduo, atravs dos sculos, possuiu tais poderes e tal f e que tenha desfrutado de uma comunho to ntima com Jeov? A descoberta nos tempos modernos de registros to antigos como as Cartas de Amarna, a literatura Ugartica (ou Ras Shamra), e tbuas de barro da Mesopotmia (Mari e Nuzu), tm capacitado os mestres a reconstrurem os antecedentes histricos e culturais dos registros bblicos, e descobrir como era a vida no Egito, na Palestina e na Mesopotmia nos tempos bblicos. Igualmente, muitos registros orais e escritos, pela antiguidade adentro, estavam disposio do ilustre mestre hebreu, cuja educao egpcia e cujos estudos superiores na regio do Monte Sinai tornaram-no cnscio dos significativos movimentos mundiais. De acordo com a tradio judia, quando o grande escriba Esdras voltou da Babilnia para Jerusalm, trazendo os manuscritos hebreus do Velho Testamento, ele se disps a trabalhar com prodigiosa energia para preservar, copiar e editar o antigo material que tinha em seu poder. O Gnesis e a Cincia. Se um estudante espera encontrar no Gnesis uma narrativa cientfica de como o mundo comeou a existir, com todas as questes referentes vida primitiva respondidas na linguagem tcnica familiar ao professor ou estudante de cincias, ficar desapontado. O Gnesis no uma tentativa de responder tais perguntas 5. Gnesis (Comentrio Bblico Moody) 4 tcnicas. Ele trata de assuntos muito alm do reino da cincia. O autor procura nos colocar em contato com o Deus eterno e revelar o significado sagrado do Seu Ser, Seu propsito e Seu relacionamento com as Suas criaturas conforme Ele opera Sua santa vontade. Este livro, to notvel por sua profundidade e exaltao moral, sua dignidade e grandeza, descreve o Deus eterno na tarefa de preparar um lugar onde suas criaturas amadas possam viver e crescer e revelar Sua divina glria. ESBOO I. O princpio de tudo. 1:1 - 11:32. A. A criao. 1:1 - 2:25. B. A tentao e a queda. 3:1-24. C. Os dois irmos. 4:1-26. D. Sete e seus descendentes. 5:1-32. E. O pecado e o Dilvio. 6:1 - 8:22 F. Vida posterior de No e seus descendentes. 9:1 - 10:32 G. A Torre de Babel. 11:1-32. II. Os patriarcas. 12:1 - 50:26. A. Abrao. 12:1 - 25:18. 1) A Chamada de Abrao. 12:1-9. 2) O Patriarca no Egito. 12:10-20. 3) A Partida de L. 13:1-18. 4) Abrao, L, Melquisedeque. 14:1-24. 5) Abro Recebe a Promessa de um Herdeiro. 15:1-21. 6) Ismael. 16:1-16. 7) Novas Promessas, e a Reao de Abrao. 17:1-27. 8) Sodoma e Gomorra. 18:1 - 19:38. 9) Abrao e Abimeleque. 20:1-18. 10) O Nascimento de Isaque; Ismael Expulso. 21:1-21. 11) Abimeleque e Abrao. 21:22-34. 6. Gnesis (Comentrio Bblico Moody) 5 12) Abrao e Isaque. 22:1-19. 13) A Morte e o Sepultamento de Sara. 23:1-20. 14) Elizer, Isaque e Rebeca. 24:1-67. 15) ltimos Dias de Abrao. 25:1-18. B. Isaque. 25:19 - 26:35. 1) Isaque e Sua Famlia. 25:19-34. 2) Isaque e Abimeleque. 26:1-35. C. Jac. 27:1 - 36:43. 1) Jac e Esa. 27:1-46. 2) Jac, Labo, Lia e Raquel. 28:1 - 30:43. 3) Jac Retorna a Cana. 31:1-55. 4) O Encontro de Jac com Esa. 32:1 - 33:17. 5) Jac e sua famlia em Siqum. 33:18 34:31. 6) A Volta a Betel. 35:1-29. 7) Edom e Seu Povo. 36:1-43. D. Jos. 37:1 - 50:26. 1) Primeiras Experincias de Jos. 37:1-36. 2) Jud e Tamar. 38:1-30. 3) Jos e a Esposa de Potifar. 39:1-23. 4) As Experincias de Jos na Priso. 40:1-23. 5) Jos e Fara. 41:1-57. 6) A Primeira Visita dos Irmos. 42:1-38. 7) Outras Experincias com os Irmos. 43:1-34. 8) A Proposta Sacrificial de Jud. 44:1-34. 9) O Convite de Jos a Jac. 45:1-28. 10) A Migrao para o Egito. 46:1-34. 11) Jac e Fara. 47:1-12. 12) O Administrador do Sustento. 47:13-27. 13) Jac e os Filhos de Jos. 47:28 - 48:22. 14) A Bno Solene. 49:1-27. 15) Dias Finais. 49:28 - 50:26. 7. Gnesis (Comentrio Bblico Moody) 6 COMENTRIO I. O Princpio de Tudo. 1:1 - 11:32. A. A Criao. 1:1 - 2:25. Gnesis 1 Deus o Criador de todas as coisas. Desde o comeo no Livro de Gnesis, a poderosa luz da revelao focaliza o Todo-Poderoso. Ele o Princpio, a Causa, a Fonte de tudo o que existe. Ele criou todas as coisas e as pessoas que tinham de se encaixar em Seu plano para os sculos. Todo o material necessrio para Sua obra posterior, Ele o criou milagrosamente. 1. No principio (ber'shith). O autor leva o leitor para alm do limite do tempo, para a eternidade insondvel, embora lhe faltem palavras quando procura dar uma idia do estado de coisas antes do limite do tempo. Ele no d uma indicao de data tangvel para este princpio. Sua narrativa retrocede no tempo que precede o calendrio dos acontecimentos. Criou Deus. A sublime certeza da revelao baseia se nesta grandiosa afirmativa. Deus o fez. Nada mais pasmoso poderia ser declarado. Elohim a palavra mais usada para "Deus" no hebraico, aramaico e rabe. Na realidade plural em sua forma, mas usada com o verbo no singular. Talvez o plural seja melhor explicado se dissssemos que indica "plenitude de poder" ou dignidade excepcional e grandeza ilimitada. Neste Um esto reunidos todos os poderes da eternidade e da infinidade. Criou. (bara) um verbo usado exclusivamente para com Deus. O homem no poderia atingir as alturas do poder inerente a esta palavra, por ela descreve o milagre completo. Pelo poder soberano e criativo de Deus algo absolutamente novo foi dado luz. Os cus e a terra. Aqui o autor focaliza o interesse sobre todos os setores do mundo acima, volta 8. Gnesis (Comentrio Bblico Moody) 7 e abaixo. Nesta frase ele inclui o universo completo como era conhecido (ou poderia vir a ser conhecido) pelos hebreus, e todo o material primrio necessrio para fazer os sis, os planetas, as estrelas, as nebulosas, as galxias, as molculas, os tomos, os eltrons e todas as coisas e seres especficos sobre a terra. Os homens da cincia revelam que nossa galxia contm mais do que 100 bilhes de estrelas, e que o nosso sol fica a 240 trilhes de quilmetros do centro de nossa galxia. Nossa galxia apenas uma das que compem um pequeno agrupamento de 19 galxias, ficando a mais prxima a 30 milhes de anos-luz (240 milhes de trilhes de quilmetros). Nossos cientistas pesquisadores, por mo de poderosos telescpios, certificaram-se razoavelmente de que existem mais de um bilho de galxias. Eles calculam o nmero das estrelas destas galxias em aproximadamente 100 quintilhes. O poder das velas de uma dessas galxias igual ao de 400 milhes de sis. Quando um homem volta os olhos para esta imensa criao e compara o que v com a narrativa inspirada do escritor sobre a sua origem, seu corao tem de se encher de espanto. Ele conhece a mo de Deus na beleza e ordem do sistema solar e no poder do tomo. Quer olhe para o sol (positivamente carregado) atraindo os planetas (negativamente carregados) ou examine o ncleo (positivamente carregado) no corao do tomo, atraindo cada eltron (negativamente carregado) no seu equilbrio, sente a sabedoria, o poder e a grandeza de Deus. luz de tudo isso, um homem reverente inclina-se diante do seu Criador em espanto e genuna dedicao, e explode em adorao, culto, ao de graas e incontido louvor. A sublime criao do Senhor este ser, grandemente amado, que Ele escolheu para criar Sua prpria imagem, 2. A terra, porm, era sem forma e vazia. (th wbh). O inspirado autor rapidamente volta sua ateno para a terra, pois sua histria se relaciona com os planos e provises divinas para a vida humana neste planeta. Ele descreve a terra em seu estado incompleto. Havia plenitude de material disposio para cada obra que Deus 9. Gnesis (Comentrio Bblico Moody) 8 planejou criar, embora em estado catico ermo, vazio, escuro. Seis dias cheios de criatividade fariam mudanas fenomenais. O propsito de Deus no poderia ser satisfeito at que Seu toque milagroso fizesse algo com este caos. At mesmo as trevas (freqentemente associadas, nas Escrituras, com o mal) seriam subjugadas a Sua vontade. O Esprito de Deus pairava (rh. . . merahepet). As palavras descrevem a presena de Deus, transmissora de energia, envolvendo e acariciando o caos e a terra incompleta enquanto se preparava para completar a Sua criao. Como uma devotada ave volta do seu ninho, Ele se movia prodigalizando o Seu amor ao mundo recm-criado. 3. Disse Deus: Haja luz. O autor apresenta a primeira palavra criativa de Deus. Com facilidade incrvel e ao deliberada, o Deus onipotente criou a luz. Ele enunciou a Sua palavra, e instantaneamente Sua vontade foi realizada (Sl. 33:6, 9). A luz foi a resposta de Deus ao domnio das trevas. Foi a primeira ao positiva do Senhor para concluir seu integral programa da criao. Sem ela, os passos seguintes seriam sem significado. O Apstolo Joo nos conta que "Deus luz" (1 Jo. 1:5). 4. E viu Deus que . . . era boa. Quando o Criador olhou para o produto de Sua vontade, encontrou-o perfeitamente completo e admirvel; ficou satisfeito. Esta declarao foi feita sete vezes. Cada um dos atos criativos de Deus era perfeito, completo, agradvel, satisfatrio. bom lembrar que esta foi a mesma luz que o homem v e desfruta hoje. 5. Tarde e manh. No livro de Gnesis, a tarde sempre precede a manh. A criao da luz acabou com o reino das trevas e comeou o primeiro dia. Uma vez que isto aconteceu antes da criao do sol e da lua, incorreto falarmos de dias de vinte e quatro horas at chegarmos a esse ponto no programa do Criador. A referncia aqui a um dia de Deus, e no ao dia comum limitado por minutos e horas. O comeo de cada ato da criao chamado manh, e a concluso desse especfico ato divino chamado tarde. 10. Gnesis (Comentrio Bblico Moody) 9 6. Firmamento (expanso) no meio das guas. A palavra hebraica rqu'a representa algo que foi batido ou pressionado para cobrir uma superfcie extensa. O escritor sugere aqui uma expanso acima da terra retendo grandes reservatrios de gua a serem soltos para a chuva. 9. Aparea a poro seca. Em um certo ponto, a gua cobria tudo. No terceiro dia, contudo, o Senhor criou a terra e o reino vegetal. Por meio do Seu divino poder fez a terra emergir de dentro da grande massa de guas e formou a poro seca (cons. Sl. 104:6-8; J 38:8-11). Do solo, sob ordem expressa de Deus, brotou vegetao viva, e logo cobriu a terra com beleza e providenciou alimento para as criaturas vivas. 14. Haja luzeiros. A palavra hebraica mrt descreve os luminares ou instrumentos de luz. Por meio desses luminares, a terra recebeu a luz necessria para sustento da vida. Eles deviam governar o dia e a noite (v. 16), servirem de sinais para as estaes e dar luz terra. A narrativa torna fato que Deus os fez e ento os colocou no devido lugar. De acordo com o esquema divino, o sol, a luz e as estrelas, todos foram criados para a execuo de Sua vontade especfica. 20. Povoem-se as guas de enxames de seres viventes. Este versculo descreve o aparecimento sbito de hostes de peixes e seres alados. Tinham o propsito de fornecer outra demonstrao visvel do poder do Criador. Com o seu aparecimento, havia vida e tambm atividade sobre a terra. E havia, alm disso, uma sucesso infinita de criaturas vivas, todas feitas pela poderosa mo de Deus. 21. Grandes animais marinhos (E.R.C., grandes baleias). Literalmente, animais estirados que rastejam, ou deslizara sobre a terra, dentro ou fora da gua, tais como as serpentes, enguias, peixes e lagartos. 22. O Senhor pronunciou sobre eles a Sua bno e ordenou que fossem fecundos e se multiplicassem. O progresso da atividade criadora de Deus subia na direo da criao do homem. 26. Faamos o homem. O momento supremo da criao chegou quando Deus criou o homem. A narrativa apresenta Deus convocando a 11. Gnesis (Comentrio Bblico Moody) 10 corte celestial, ou dos outros dois membros da Trindade, a fim de que toda a ateno fosse dada a este acontecimento. Alguns comentadores, entretanto, interpretam o plural como um "plural de majestade", indicando dignidade e grandeza. A forma plural da palavra Deus, Elohim, pode ser explicada mais ou menos da mesma forma. O Senhor est representado concedendo ateno fora do comum a um assunto cheio de muito significado. nossa imagem (selem), conforme a nossa semelhana (demt). Embora estes dois sinnimos tenham significados separados, aqui no h necessidade nenhuma de se fazer algum esforo para apresentar os diferentes aspectos do ser divino. Est claro que o homem, como Deus o criou, era distintamente diferente dos animais j criados. Ele estava em um plat muito mais alto, pois Deus o criou para ser imortal, e fez dele uma imagem especial de Sua prpria eternidade. O homem era uma criatura que o seu Criador podia visitar e ter amizade e comunho com ele. De outro lado, o Senhor podia esperar que o homem Lhe correspondesse e fosse digno de Sua confiana. O homem foi constitudo possuidor do privilgio da escolha, at o ponto de desobedecer o Seu Criador, Ele tinha de ser o representante e mordomo responsvel de Deus sobre a terra, fazendo a vontade do seu Criador e cumprindo o propsito divino. O domnio do mundo seria entregue a esta nova criatura (cons. Sl. 8:5-7). Ele foi comissionado a subjugar (kbash, "pisar sobre") a terra, e a seguir o plano de Deus e ench-la com sua gente. Esta sublime criatura, com seus incrveis privilgios e pesadas responsabilidades, tinha de viver e movimentar-se regiamente. 31. Muito bom (tb med). Quando o Senhor olhou para o resultado final de seus atos criadores, expressou deleite peculiar e satisfao extrema. Tudo no universo, desde a maior das estrelas at a menor das folhinhas, produziu alegria no Seu corao. Era uma linda sinfonia. A satisfao do Criador aqui se expressa em linguagem concisa ainda que vvida. 12. Gnesis (Comentrio Bblico Moody) 11 Gnesis 2 2:1,2. Acabados (keilh) . . . descansou (sheibat) . . . santificou (keidash). Quando o Criador pronunciou Sua aprovao sobre tudo o que tinha feito, inclusive o homem, a coroa da criao, declarou a concluso da obra. No momento no daria incio a mais nada. Entretanto, Ele santificou um dia de completo descanso. A palavra hebraica, sheibat, pode ser traduzida para "desistiu" ou "cessou" ou "interrompeu". Durante este perodo at Deus descansaria das atividades criadoras (cons. x. 20:11; 31:17). 3. O dia stimo foi separado para ser santificado e respeitado atravs dos anos como um lembrete de que Deus designou uma estao de descanso, refrigrio e completa cessao de todo trabalho ordinrio, labuta e luta. 4. Esta a gnese (tledt). A palavra hebraica vem de um verbo significando procriar ou gerar filhos. Poderia ser traduzido para "geraes". Esta declarao pode ser uma referncia a Gnesis 1. A LXX traduz assim: Este o Livro do Gnesis. Alguns o traduziriam para: A histria dos cus e da terra. A descendncia do cu e da terra foi assim descrita. O Senhor Deus (Jeov). Pela primeira vez apresenta-se o nome Yahweh, ou Jeov (cons. x. 6:2,3). Jeov o Deus da aliana pessoal com Israel, que ao mesmo tempo o Deus do cu e da terra. O nome transporta a idia de auto-existncia eterna do Autor de toda a existncia. a expresso da amorosa benignidade, graa, misericrdia, autoridade e eterno relacionamento de Deus com os seus escolhidos que foram criados Sua imagem. O relacionamento especial de Jeov com Israel seria descrito mais detalhadamente quando Ele aparecesse na sara ardente perto do Sinai. Aqui o Autor da vida est identificado com o divino Criador de Gnesis 1. 6. Uma neblina subia... e regava. A fim de preparar o solo para a realizao de Sua tarefa, o Criador forneceu a umidade. A traduo costumeira refere-se a um chuvisqueiro, ou neblina. possvel que a 13. Gnesis (Comentrio Bblico Moody) 12 palavra traduzida para neblina na E.R.A. (id) poderia ser traduzida para "rio" ou "correnteza". A primeira forma a prefervel. De qualquer forma, a neblina foi a maneira que Deus usou para realizar a Sua vontade em relao ao solo. Ao contnua est expressa. 7. Formou (yeiseir) o Senhor Deus ao homem do p da terra. Novamente os dois nomes para Deus esto ligados em antecipao ao acontecimento que marcou poca. A palavra yeiseir foi usada para dar a idia de um oleiro trabalhando, moldando com suas mos o material plstico que tinha nas mos (cons. Jr. 18:3, 4). O mesmo verbo foi usado para descrever o quadro da formao de um povo ou nao. O corpo do homem foi feito do p da terra, enquanto o seu esprito veio do prprio "flego" de Deus. Ele , literalmente, uma criatura de dois mundos; ambos, a terra e os cus, tm direitos sobre ele. Observe as trs declaraes: Formou (yeiseir) Jeov ao homem do p ... e lhe soprou (neipah) nas narinas o flego de vida, e o homem passou a ser (heiyeih) alma vivente. O primeiro passo foi importantssimo, mas o p umedecido estava longe de ser um homem at que o segundo milagre se completasse. Deus comunicou a Sua prpria vida a essa massa inerte de substncia que Ele j criara e lhe deu forma. O flego divino permeou o material e o transformou em um ser vivente. Esta estranha combinao de p e divindade deu lugar a uma criao maravilhosa (cons. I Co. 15:47-49) feita prpria imagem de Deus. Como ser vivente, o homem estava destinado a revelar as qualidades do Doador da vida. Esta linguagem das Escrituras no sugere que o homem tivesse semelhana fsica com Deus. Antes, ele foi feito semelhante a Deus nos poderes espirituais. Ele recebeu os poderes de pensar e sentir, de se comunicar com os outros, de discernir e discriminar, e, at um certo ponto de determinar o seu prprio carter. 8. Um jardim (gan) no den (bi'den). O autor apresenta Deus plantando um lindo jardim para Suas novas criaturas. A palavra significa um cercado ou um parque. A LXX usa, aqui, um termo que d base para a nossa palavra "paraso". O trabalho do homem neste jardim era o de 14. Gnesis (Comentrio Bblico Moody) 13 exercer domnio servindo uma boa combinao. As obrigaes provavelmente eram rigorosas mas agradveis. O den, ou a terra do den, ficava provavelmente na parte baixa do vale da Babilnia. Embora tenha se reivindicado outras localizaes para o den, as evidncias parecem apontar para o setor entre o Tigre e o Eufrates como o bero da civilizao. A palavra hebraica den provavelmente significa "encantamento", "prazer", ou "deleite". Neste sossegado lugar de indescritvel beleza, o homem devia desfrutar da comunho e do companheirismo do Criador, e trabalhar de acordo com o esquema divino para a realizao de Sua vontade perfeita. rvores magnficas forneciam alimento para o sustento, mas o homem teria de trabalhar para cuidar delas. Um adequado suprimento de gua era fornecido por um vasto sistema de irrigao, um emaranhado de rios que brotavam dentro e volta do jardim, dando-lhe vida. A fim de orientar o homem no pleno desenvolvimento moral e espiritual, Deus lhe deu ordens especficas e uma proibio especfica para governar seu comportamento. Tambm lhe deu o poder de escolher e apresentou-lhe o privilgio de crescer no favor divino. Assim comeou a disciplina moral do homem. 18. Uma auxiliadora que lhe seja idnea ('izer kenegd). O inspirado autor revela indiretamente a natural solido do homem e a sua insatisfao. Embora muito se fizesse por ele, ainda estava consciente de uma falta. O Criador no terminara ainda. Ele tinha planos de fornecer uma companheira que pudesse satisfazer os anseios incumpridos do corao do homem. Criado para a comunho e o companheirismo, o homem s poderia desfrutar inteiramente da vida se pudesse partilhar do amor, da confiana e da devoo no ntimo crculo do relacionamento familiar. Jeov tornou possvel que o homem tivesse uma auxiliadora... idnea. Literalmente, uma auxiliadora que o atenda. Ela teria de partilhar das responsabilidades do homem, corresponder natureza dele com amor e compreenso, e cooperar de todo o corao com ele na execuo do plano de Deus. 15. Gnesis (Comentrio Bblico Moody) 14 21. Fez cair (bein) pesado sono (tardim). Hoje em dia os mdicos usam diversos anestsicos para produzirem sono profundo. No sabemos que meios ou mtodos o Criador usou para induzir Ado nesse pesado sono que o deixou inconsciente dos acontecimentos. Isto permanece um mistrio. Certamente a misericrdia divina foi exibida neste milagre. O Eterno estava criando no apenas um outro indivduo, mas um indivduo novo, totalmente diferente, com outro sexo. Algum j disse que "a mulher foi tirada no da cabea do homem para governar sobre ele, no dos seus ps para ser pisada por ele, mas do seu lado, de sob o seu brao, para ser protegida, e de perto do seu corao, para ser amada". Na histria da criao ela tambm est representada dependendo inteiramente de seu marido e incompleta sem ele. Do mesmo modo, o homem jamais inteiramente completo sem a mulher. Essa a vontade de Deus. Uma vez que a mulher foi formada do lado do homem, ela tem a obrigao de permanecer ao seu lado e de ajud-lo. Ele tem a obrigao de lhe dar a proteo e defend-la com o seu brao. Os dois seres formam um todo completo, a coroa da criao. O autor do Gnesis declara que Deus transformou (bein) a costela que tirou do homem em uma mulher. A mo que moldou o barro para fazer o corpo do homem, pegou uma parte do corpo vivo do homem e transformou-o em uma mulher. 22. E lha trouxe. Quando Deus terminou essa nova criao, Ele "a deu" em casamento ao seu marido, estabelecendo assim a eternamente significativa instituio do casamento. Uma vez que o Criador instituiu o casamento, este constitui um relacionamento sagrado do homem com a mulher, envolvendo profundo mistrio e proclamando sua origem divina. O amoroso corao de Deus sem dvida se regozijou com a instituio de um relacionamento que devia ser sublime, puro, santo e agradvel para a humanidade. 23. Esta, afinal, . . . carne da minha carne. O homem reconheceu nesta nova criao uma companheira divinamente criada para atender a todos os anseios do seu faminto corao para a execuo 16. Gnesis (Comentrio Bblico Moody) 15 da santa vontade de Deus. Varoa ('ishsh) . . . varo (ish). Estas duas palavras hebraicas so muito parecidas, at mesmo no som. A nica diferena entre elas que a palavra "mulher" tem um sufixo feminino. Lxicos mais recentes declaram que estas palavras no so etimologicamente relacionadas. No h, entretanto, nenhuma base para rejeitarmos a opinio anterior de que a palavra "mulher" vem da palavra "homem". 24. Por isso . . . o homem. . . se une (deibaq) sua mulher. O Criador estabeleceu a base completa para o casamento monogmico. Rashi, o grande comentador hebreu, declara que estas palavras so um comentrio especfico do Esprito Santo. O comentrio final sobre a unio de marido e mulher foi feito por nosso Senhor Jesus Cristo, quando disse: "Por isso deixar o homem a seu pai e a sua me, e unir- se- a sua mulher. E sero os dois uma s carne; e assim j no sero dois, mas uma s carne. Portanto o que Deus ajuntou no o separe o homem" (Mc. 10:7-9). Deus planejou que os laos matrimoniais deveriam ser terminantemente indissolveis. Se une (deibaq) significa "colar-se a" sua esposa (sua prpria esposa). A palavra "mulher" est no singular. O homem, que o mais forte, o que deve unir-se a ela. A esposa ficar segura ao marido, se ele exercer sobre ela o tipo de poder amoroso descrito neste versculo. "O que Deus ajuntou no o separe o homem". Esta uma declarao antiga, mas verdadeiramente a palavra de Deus para todos os coraes da atualidade e para sempre. Como notvel que um relacionamento to exatamente descrito por Moiss h sculos atrs, continue enraizado na verdade eterna e no decreto divino! A santidade do casamento fundamenta-se no prprio corao das Escrituras, e ficou eternamente destacada pelo Esprito Santo, como necessidade bsica. Deus quis que as criaturas feitas Sua imagem fossem Seus vasos escolhidos para a edificao de um lar que Lhe fosse agradvel. No N.T. o Esprito revela: o relacionamento divinamente estabelecido entre o homem e a mulher, baseia-se na ordem da criao; na liderana da famlia exercida pelo marido; na santidade 17. Gnesis (Comentrio Bblico Moody) 16 eterna dos votos matrimoniais; no tipo de amor que deveria unir o esposo esposa; e na pureza que deveria caracterizar aquelas que tipificam a Esposa por quem Cristo deu a Sua vida. Gnesis 3 B. A Tentao e a Queda. 3:1-24. O autor do Gnesis faz aqui uma lista dos passos que levaram entrada do pecado nos coraes daqueles indivduos divinamente criados, que comearam suas vidas com coraes to puros e tantas promessas. A desobedincia e o pecado obscureceram o quadro. Embora estes seres fossem moralmente honestos, receberam o poder da escolha; e estavam sujeitos ao poder do tentador a qualquer momento. Por isso o teste foi inevitvel. O jardim era uma criao primorosa, cheia de provises abundantes. O meio ambiente do homem nada deixava a desejar. Uma proibio, contudo, fora feita ao homem e mulher. Todas as rvores, arbustos e guloseimas seriam deles, com exceo do fruto da "rvore do conhecimento do bem e do mal". Esta proibio parece que formou a atmosfera na qual as mentes humanas acolheram o apelo do tentador. 1. A serpente (neiheish). A narrativa apresenta o sedutor como um dos animais, que era muito mais sagaz do que os outros. A palavra hebraica contm a idia de astcia excepcional. (As lendas rabnicas dizem que a serpente andava ereta.) Ela tinha o poder de falar e falava livremente com sua vtima. Ela era ardilosa, insidiosa, maliciosa. Mais tarde a exegese identificar a serpente com Satans ou o diabo. luz de verdades bblicas posteriores, estamos justificados em concluir que a serpente foi um instrumento especialmente escolhido por Satans para este teste. Em Ap. 12:9 o tentador chamado de "o grande drago, a velha serpente, chamada o diabo e Satans" (cons. Milton, Paradise Lost, Livro IX). A palavra neiheish, que significa sibilante, sem dvida se refere espcie de ser que conhecemos como a serpente. Paulo declara 18. Gnesis (Comentrio Bblico Moody) 17 que Satans mascara-se de "anjo de luz" (II Co. 11:14). Ele escolheu o animal mais malicioso, mais sutil, mais cauteloso e controlou-o inteiramente para executar sua tarefa desastrosa. Jesus disse referindo-se a Satans: " mentiroso, e pai da mentira" (Jo. 8:44, cons. Rm. 16:20; II Co. 11:3; I Tm. 2:14; Ap. 20: 2). O mtodo de engano que a serpente usou com Eva foi o de distorcer o significado da proibio de Deus e ento ridiculariz-la em sua nova forma. O tentador fingiu surpresa diante de tal ordem vinda de Deus. Ento procurou abalar a f da mulher semeando em sua mente dvidas, suspeitas e falsos quadros do Todo-poderoso e seus motivos. Foi uma tentativa deliberada de desacreditar a Deus. Quando a f falha, o firme fundamento da conduta moral entra em colapso. S falta um pequenino passo da incredulidade para o pecado e a desgraa. 2:3. Respondeu-lhe a mulher. Conversar com o tentador sempre perigoso. Inconsciente, a mulher estava revelando um desejo de entrar num acordo com o tentador. Ela no tinha a vantagem das palavras usadas por Jesus em Mt. 4:10 e a advertncia de Tg. 4:7. Ela era inocente, ingnua e confiante; no servia de parceiro para o ardiloso antagonista. Ela no quis ficar de lado e ver Deus sendo deturpado; ento tentou corajosamente corrigir a declarao da serpente. Mas citou a proibio de Deus de maneira errada, acrescentando a palavra tocareis. 5. Como Deus, sereis. Agora que Eva entrara na conversa, o sedutor avanou com seu argumento mais poderoso. Mais do que depressa ele deu a entender que o grande desejo do homem de ser igual a Deus foi deliberadamente frustrado por ordem divina. Ele acusou o Criador de egosmo e falsidade maliciosa, apresentando-O como se tivesse inveja e no desejasse que Suas criaturas tivessem algo que as tornasse iguais ao Onisciente. (A palavra 'Elohim pode ser traduzida para Deus ou deuses, uma vez que se encontra no plural. A primeira forma a preferida.) 6. Vendo a mulher . . . tomou. . . comeu, e deu. Os fortes verbos contam a histria de maneira viva e clara. Algo aconteceu no raciocnio 19. Gnesis (Comentrio Bblico Moody) 18 da mulher. Gradualmente o fruto tomou novo significado. Era atraente aos olhos, de bom paladar, e poderoso para conceder nova sabedoria. Ela deu mais um passo no campo da auto-decepo. Alm de querer provar o alimento que era delicioso e atraente, queria tambm o poder. Ela cria que este fruto poderia satisfazer todos os seus desejos. O prximo passo foi automtico e imediato. Tomou ... comeu. O tentador j no era mais necessrio a partir desse momento. Eva assumiu a tarefa de apresentar o bem recomendado fruto a seu marido, e ele comeu. 7. Abriram-se. . . os olhos (peikah) . . . percebendo. A palavra peikah descreve um sbito milagre. A promessa do tentador cumpriu-se imediatamente; receberam percepo instantnea. Viram e perceberam. Mas o que viram foi muito diferente do quadro colorido pintado pela serpente. Houve um rude despertar da conscincia. Viram a sua nudez, espiritual e fsica. Nasceu a vergonha e o medo. Quando Ado e Eva perceberam que tinham perdido o contato com Deus, uma terrvel solido apossou-se deles. Seguiram-se o remorso e suas inevitveis misrias. Sua falta de f sujeitou-os a todos infortnios resultantes. Apressadamente fizeram para si cintas ou aventais para fornecer algum tipo de ocultamento, segundo seu parecer, para o seu medo, solido e complexo de culpa. 8. A voz do Senhor Deus... pela virao do dia. (Kol, "voz" , lit., som; lerah, "virao", vento ou brisa.) Podiam esconder-se de Deus, mas no podiam escapar dEle. O amoroso Criador no passaria por cima de sua desobedincia, nem abandonaria pecadores trmulos dentro de sua pungente necessidade. Eles eram Seus. Sua santidade tinha de vir revestida de amor, para busc-los, encontr-los e julg-los. Comumente a aproximao de Deus lhes trazia alegria. Agora, terror e pavor os paralisaram, embora o Senhor no se aproximasse deles com troves nem os chamasse asperamente. 9. fcil imaginar-se a doura da voz divina, quando ecoou atravs das rvores, na quietude da tarde, chamando: "Onde ests?" claro que Deus sabia onde estavam o homem e a mulher. Mas apelava para eles, 20. Gnesis (Comentrio Bblico Moody) 19 procurando com ternura e amor obter uma reao favorvel. E procurou levar os transgressores gentilmente at a plena convico dos seus pecados. Embora a Justia estivesse ditando o procedimento, a Misericrdia eram quem dirigia. O Juiz daria a deciso e pronunciaria a sentena. 12. A mulher... me deu da rvore, e eu comi. As perguntas divinas foram diretas e incomumente especficas. Em vez de confessar abertamente, rogando por misericrdia, Ado e Eva comearam a apresentar desculpas, passando a responsabilidade de um para o outro. O homem um tanto temerariamente jogou parte da culpa sobre Deus - que (tu) me deste. 13. A mulher, recusando assumir a responsabilidade, jogou-a toda sobre a serpente. A serpente no tinha modos de pass-la adiante. Enganou (hish-shiani). O verbo carrega a idia de engano (cons. o uso que Paulo faz do conceito em II Co. 11:3 ; I Tm. 2:14). 14. Maldita ('eirur) s. O Senhor destacou a origem e a instigao da tentao para condenao e degradao incomuns. Daquele momento em diante passou a rastejar no p e at alimentar-se dele. Rastejaria pela vida afora na desgraa, e o dio seria a sua poro vindo de todas as direes. Muitos a considerariam para sempre como o smbolo da degradao daquele que tinha injuriado a Deus (cons. Is. 65:25). Alm de representar a raa da serpente, tambm representaria o poder do reino do mal. Enquanto houvesse vida, os homens a odiariam e procurariam destru-la. 15. Porei inimizade. A palavra 'eb indica a inimizade feudal profundamente enraizada no corao do homem (cons. Nm. 35:19, 20; Ez. 25:15-17; 35:5, 6). Tu lhe ferirs (shup). Profecia de luta contnua entre os descendentes da mulher e os da serpente para se destrurem mutuamente. O verbo shup raro (cons. J 9:17; Sl. 139:11). o mesmo em ambas as clusulas. Quando traduzido para esmagar, parece apropriado para a referncia relativa cabea da serpente, mas no to exato ao descrever o ataque da Serpente ao calcanhar do homem. 21. Gnesis (Comentrio Bblico Moody) 20 Tambm foi traduzido para espreitar, mirar ou (LXX) vigiar. A Vulgata o traduz para conteret, "ferir", no primeiro exemplo, e insidiaberis, "espreitar" na segunda clusula. Assim, temos nesta famosa passagem, chamada protevangelium, "primeiro evangelho", o anncio de uma luta prolongada, antagonismo perptuo, feridas de ambos os lados, e vitria final para a semente da mulher. A promessa de Deus de que a cabea da serpente seria esmagada apontava para a vinda do Messias e a vitria garantida. Esta certeza entrou pelos ouvidos das primeiras criaturas de Deus como uma bendita esperana de redeno. Uma traduo infeliz da Vulgata muda o pronome lhe (dele, v. 15c) para o feminino, fornecendo apoio esprio para as reivindicaes infundadas relativas "Bendita Virgem Maria". 16. E mulher disse. Para a mulher, Deus predisse sujeio ao homem, e sofrimento. Gravidez e parto seriam acompanhadas de dores. A palavra 'asvon descreve dores fsicas e mentais. Eva realizaria seus anseios e desejos femininos, mas no sem agonia. Em outras palavras, como esposa e me, estaria sujeita disciplina de Jeov. O amor da mulher e o governo masculino, ambos esto apresentados na viva descrio. No podemos compreender inteiramente a natureza de tais juzos do Senhor. 17. E a Ado disse. Dificuldades fsicas, labuta rdua, aborrecimentos frustrantes e luta violenta foram concedidas por quinho ao homem, que foi definitivamente julgado pecador culpado. Antes disso a terra produzia facilmente e livremente para o homem, com grande abundncia. Ado tinha, antes, apenas de "cultivar" o jardim (2:15) a fim de desfrutar de sua abundante produo. Mas agora Deus pronunciou uma maldio especial sobre o solo. Dali para frente produziria suas colheitas com relutncia. O homem teria de trabalhar muito cultivando o solo a fira de que produzisse o necessrio para a vida. E ele teria de lutar com espinhos e ervas daninhas que antes no se destacavam. Trabalho enfadonho, dificuldades e canseira seriam o seu quinho dirio. Para Ado, como tambm para Eva, o pecado cobrou pesado tributo. 22. Gnesis (Comentrio Bblico Moody) 21 20. Eva (hauu). A palavra hebraica relaciona-se com a vida, e o verbo ao qual est ligada fala da vida. Toda a vida originou-se da primeira mulher. Ela foi a me de todas as pessoas e, portanto, a me de cada cl e cada povo. De acordo com o propsito divino, a vida deve continuar, ainda que a sentena de morte tenha sido declarada e ao p tornars (v. 19). 22-24a. O Senhor...o lanou (geirash) fora. Um ato necessrio e misericordioso. O Senhor no permitiria que o homem rebelde tivesse acesso rvore da vida. Com cuidado amoroso afastou Ado e Eva do fruto que os tomariam imortais, perpetuando assim, a terrvel condio para a qual o pecado os levara. Do agradvel jardim foram expulsos para o deserto inamistoso. 24b. Querubins . . . e o refulgir de uma espada. Rashi, o intrprete hebreu, declarou que esses instrumentos foram "anjos da destruio", com o propsito de destruir qualquer um que procurasse entrar. A palavra hebraica kerubim indica figuras divinamente formadas para servirem como mensageiros da divindade ou como guardies especiais das coisas sagradas. Em um exemplo eles so mostrados sustentando o trono sobre o qual Deus est assentado. Em outro, foram usados para descrever a terrvel inacessibilidade de Jeov. Em geral, sua funo parece ser a de guardar a sagrada habitao de Deus contra a usurpao e a contaminao. A rvore da vida estava perfeitamente segura com os querubins a guard-la no porto. E o homem pecador estava perfeitamente seguro do perigo que adviria se no tivesse o majestoso protetor. 24c. O refulgir de uma espada que se revolvia (mithhapeket). O caminho de volta ao den estava guardado no s pelos querubins mas tambm por uma espada refulgente que se revolvia. Isso servia de garantia de que o homem no tentaria se aproximar da rvore da vida. Embora o paraso do homem lhe fosse fechado por causa do pecado, Jeov no se esqueceu de Suas criaturas. Ele j fizera provises para a sua triunfante volta. 23. Gnesis (Comentrio Bblico Moody) 22 Gnesis 4 C. Os Dois Irmos. 4:1-26. 1. Caim (Qayin). A palavra Caim est geralmente associada com qein do hebreu, "adquirir" ou "obter". A derivao est baseada na semelhana do som, mais do que por causa da etimologia bsica, Poderamos dizer que um jogo de palavras. O verdadeiro significado da palavra possivelmente veio do rabe ("lanceiro" ou "ferreiro"). Eva encheu-se de alegria com o nascimento do seu filho. Ela exclamou: "Obtive um homem". 2. Abel (Hebel). O nome dado ao segundo filho indica "um hlito fugaz" ou "um vapor". Aplu, a palavra acadiana cognata, significa filho. Abel deu origem vida pastoral, enquanto Caim seguiu a seu pai na agricultura. 4a. Uma oferta (minh). Cada homem trouxe um presente especial ou uma oferta a Jeov. No se faz nenhuma meno de altar ou lugar de culto religioso. Minh, como os antigos o conheciam, servia para expressar gratido, o efeito da reconciliao com o Senhor, e para adorao. Esta narrativa descreve o primeiro ato de adorao registrado na histria humana. Em cada exemplo o adorador trouxe algo que era seu como oblao ao Senhor. 4b. Agradou-se o Senhor (shei'). O presente oferecido por Caim no foi recebido pelo Senhor. Aqui no se explica o porqu da rejeio. E as Escrituras no nos contam como Deus indicou a Sua desaprovao. Talvez fogo casse do cu e consumisse a oferta que foi aceita, mas deixasse a outra intocada. H quem pense que a oferta de Caim foi rejeitada porque Caim deixou de realizar o ritual adequado. Outros tm explicado que a natureza das ofertas que fez a diferena - uma sendo de carne e envolvendo morte e derramamento de sangue, e a outra de vegetais, sem derramamento de sangue (cons. Hb. 9:22). O autor da Epstola aos hebreus d-nos uma explicao inspirada da diferena entre as duas ofertas: "Pela f Abel ofereceu a Deus maior sacrifcio do que Caim . . , dando Deus testemunho dos seus dons " (Hb. 24. Gnesis (Comentrio Bblico Moody) 23 11:4). Esta explicao centraliza-se sobre a diferena do esprito manifestado pelos dois homens. Sendo Abel um homem de f, veio com o esprito correto e adorou de maneira agradvel a Deus. No temos motivos para crer que Abel tinha algum conhecimento de sua necessidade da expiao substitutiva. Pelas aparncias ambas as ofertas expressavam gratido, ao de graas e devoo a Deus. Mas o homem que tinha falta de f genuna no seu corao no podia agradar a Deus, embora sua oferta material fosse imaculada. Deus no se agradou de Caim porque j olhara para ele e vira o que havia no seu corao. Abel veio a Deus com a atitude certa de um corao disposto a adorar e pela nica maneira em que os homens pecadores podem se aproximar de um Deus santo. Caim no. 5b. A ira incontida de Caim exibiu-se imediatamente. Sua fria logo se acendeu, revelando o esprito que se aliava em seu corao. Caim tornou-se um inimigo de Deus e hostil para com seu irmo. Assim, o orgulho ferido produziu a inveja e o esprito de vingana. E estes deram luz ao dio consumidor e violncia que torna possvel o homicdio. 6,7a. Descaiu o teu semblante . . . sers aceito. O dio que o queimava por dentro fez descair o seu semblante. Produziu um esprito taciturno, desagradvel e mal-humorado. Com gentileza e pacincia Deus lidou com Caim, tentando salvar o pecador rebelde. Assegurou-lhe que caso se arrependesse sinceramente, readquiriria sua alegria e seria aceito por Deus. Neisei, "levantar", empresta a idia de perdo. Jeov misericordiosamente estendeu, assim, a Caim a esperana do perdo e da vitria diante de sua deciso momentosa. 7b. Pecado (hatt'at) jaz (reibas). Logo em cima da promessa animadora. Jeov pronunciou uma advertncia severa, insistindo com o pecador a que controlasse seu gnio e tomasse cuidado para que uma besta pronta a saltar sobre ele (o pecado) no o devorasse. O perigo era real. A besta mortal estava exatamente naquele momento pronta a domin-lo. A palavra de Deus exigia ao imediata e forte esforo para repelir o provvel conquistador. Caim no devia permitir que esses 25. Gnesis (Comentrio Bblico Moody) 24 pensamentos agitados e esses impulsos o conduzissem a atitudes ruinosas. Deus apelou fortemente para a vontade de Caim. A vontade tinha de ser posta em ao para se obter a vitria completa sobre o pecado (hatt'at). Dependia do prprio Caim vencer o pecado em si mesmo, para controlar e no ser controlado. O seu destino estava em suas mos. No era tarde demais para escolher o caminho de Deus. 9. Onde est Abel, teu irmo? Falhando no domnio do selvagem monstro, Caim logo encontrou-se merc de uma fora que o controlou completamente. Quase imediatamente um dos filhos veio a ser um homicida e o outro um mrtir. Rapidamente Jeov confrontou o homicida com uma pergunta. Ao que parece, Ele quis obter uma confisso de culpa que preparasse o caminho para a misericrdia e o perdo completo. Embora Caim tivesse cometido o pecado de livre e espontnea vontade, descobriu-se perseguido por um Deus amoroso, rico em graa. Sou eu tutor de meu irmo? (shomer). Que resposta desavergonhada para a pergunta de um Pai amoroso! Petulantemente, desafiadoramente, Caim deu a sua resposta. O pecado j o tinha agarrado em seu domnio. Ele renunciava os direitos demandantes da fraternidade. Recusou-se a demonstrar respeito ao Deus eterno. Descaradamente apoiou-se em sua rebeldia egosta e falou coisas que ningum teria coragem de pronunciar. 10. A voz (ql) do sangue do teu irmo clama (s'qim) da terra a mim. Sangue derramado por um homicida, embora coberto pela terra, estava clamando a Deus. Jeov podia ouvi-lo, e Ele compreendia o significado do grito, pois Ele conhecia a culpa de Caim. Com que melancolia aquele sangue gritava por vingana! O autor de Hebreus refere-se a esta experincia na frase "o sangue da asperso, que fala melhor do que o de Abel" (12:24). 12. Fugitivo (nei') e errante (neid). A maldio pronunciada sobre o homicida envolvia banimento do solo produtivo para o deserto estril. O solo, disse Deus, seria hostil para o homicida, de modo que ele no conseguiria obter sustento do cultivo do solo. Em busca do sustento ele 26. Gnesis (Comentrio Bblico Moody) 25 se tornaria um beduno nas terras desertas, vagando cansado e desesperado. Insegurana, inquietao, luta, culpa e temores seriam seus "companheiros" constantes. A palavra fugitivo d idia de algum cambaleando, andando em ziguezague, tropeando, sem segurana, em busca infrutfera de uma satisfao. Era um projeto lgubre e desencorajador. 13. O meu castigo ('awon). Embora a vida de Caim fosse poupada, ele tremia sob o peso do seu pecado, da sua culpa, do seu castigo e das conseqncias infinitas que assomavam diante dele. A palavra hebraica 'awon refere-se literalmente a sua iniqidade, mas tambm contm um pensamento das conseqncias do seu pecado. Caim estava muito mais preocupado com sua sentena do que com o seu pecado. J no posso suport-lo. Seu grito amargo dirigido a Deus chamava ateno para o peso insuportvel do seu castigo. Era mais pesado do que podia levantar e carregar. A palavra neisa d a idia de "remover" (perdo) e "levantar" (expiao). Novamente, parece claro que o apavorado homicida estava pensando no castigo que estava para ser executado sobre ele. 14b. Quem... me matar. Terror e desalento comearam a acabrunhar o pecador quando pensava nos perigos do deserto. Imaginava que cruis inimigos se deleitariam em mat-lo. J sentia o hlito quente do vingador em sua nuca. Sua conscincia ativa j estava em ao. No seu temor, tinha certeza de que a destruio estava a sua espera, pois sentia que estava completamente fora do crculo do cuidado divino. 15. Um sinal ('ot) em Caim. Mas Jeov, em sua misericrdia, assegurou a Caim que a Sua presena seria contnua e Sua proteo infinita. Colocou um sinal sobre ele evidentemente um sinal ou indicao de que Caim pertencia ao Senhor Deus e devia ser fisicamente poupado. No h nenhuma evidncia de que o "sinal de Caim" fosse um sinal para avisar o mundo de que ele era um homicida. Era, antes, um sinal especial de cuidado amoroso e proteo. Caim continuaria sempre dentro da proteo da aliana divina. Embora um assassino, era um recipiente dos favores divinos. 27. Gnesis (Comentrio Bblico Moody) 26 16. Terra de Node (nd). Literalmente, terra da peregrinao ou fuga (cons. 4:12, 14). No h meio de localizarmos esta rea geograficamente, exceto em falarmos dela como situada ao oriente do den. Caim apenas cumpriu a predio que Deus fez quanto a sua futura existncia. Pateticamente e estoicamente ele partiu para os ermos sem trilhas. A idia de "fuga" e "misria" so discernveis na palavra hebraica para retirou-se. 17. Sua mulher ('isht). O livro de Gnesis no responde a to freqente pergunta: Onde Caim arranjou uma esposa? Est claro que Ado e Eva tiveram muitos outros filhos e filhas. Antes de Caim se casar, um lapso de muitos anos se passou (talvez centenas deles). Uma vez que toda a vida veio pelo casal humano divinamente criado, preciso concluir que num certo perodo da histria irmos e irms casaram-se entre si. Na ocasio quando Caim estava pronto a estabelecer um lar, Ado e Eva tinham numerosos descendentes. No preciso que imaginemos uma outra raa de pessoas j estabelecida no mundo. A esposa de Caim foi algum da famlia de Ado e Eva. 25. Sete (Sht). A narrativa divina preservou o nome de Sete como o do terceiro filho da linhagem de Ado. A palavra hebraica tem marcada semelhana palavra sht, traduzida para "destinado" ou "estabelecido". Na realidade, Sete veio a ser aquele de quem Deus pde depender para o estabelecimento da pedra fundamental de Sua famlia. Ele foi "estabelecido" ou "destinado" a assumir o trabalho e a misso de Abel. Caim perdeu o seu direito de levar adiante a sublime esperana divina. Sete assumiria a responsabilidade e o privilgio sobre os seus ombros. Atravs de sua linhagem Deus realizaria Suas promessas. 26. Da se comeou a invocar o nome do Senhor. Foi uma experincia para nunca mais ser esquecida, quando, sob o estmulo de Enos, os homens comearam a invocar o nome de Jeov, o Deus da aliana. Enos, que se destacou na linhagem de Sete, foi o originador da orao pblica e da adorao espiritual. Nela se usava o inefvel nome 28. Gnesis (Comentrio Bblico Moody) 27 do Deus eterno. Atravs dos descendentes de Sete havia uma esperana para dias melhores. Gnesis 5 D. Sete e Seus Descendentes. 5:1-32. 22. Andou Enoque (Hank) com Deus. No meio da narrativa de nascimentos, existncias montonas e mortes resultantes, o autor subitamente introduz um carter sublime, Enoque, que agradou o Senhor e viveu em Sua presena imediata. Em um perodo de deteriorao, Enoque deu notvel demonstrao de piedade recomendvel. Em pensamentos, palavras, feitos e atitudes ele viveu de acordo com a vontade divina; e levou alegria ao corao do seu Criador. A LXX diz a seu respeito: "Enoque agradou a Deus". Uma declarao extraordinria d-nos uma indicao de quando Enoque comeou a andar com Deus (cons. 22a). Talvez fosse no momento em que se deu o nascimento de seu filho, sem dvida um ponto alto de sua vida, que ele determinou em seu corao viver em ntima comunho com Deus. Sua ntima associao em tal atmosfera deu-lhe sabedoria celestial, a qual o capacitou a compreender e apreciar as ricas coisas de Deus. 24. E j no era, porque Deus o tomou para si. Por conta de sua piedade genuna e sua assimilao da sabedoria divina, foi levado desta terra para continuar sua caminhada nas sagradas regies do alm. Seu desaparecimento foi sbito e completamente sem aviso, e a morte nada tem a ver com ele. A LXX diz: Ele no foi encontrado, porque Deus o trasladou. "Pela f Enoque foi trasladado", diz o escritor de Hebreus, "para no ver a morte, e no foi achado, porque Deus o trasladara" (Hb. 11:5). Um lindo e significativo milagre foi realizado de modo que o homem que aprendera a amar a Deus e a andar com Ele pudesse continuar nessa comunho sem interrupo. E. O Pecado e o Dilvio. 6:1 - 8:22. 29. Gnesis (Comentrio Bblico Moody) 28 Gnesis 6 6:2. Os filhos de Deus (ben 'Elohim) . . . as filhas dos homens. A maldade aumentava a todo instante. Os descendentes de Caim ficaram excessivamente mpios e pagos. Uma poderosa raa de gigantes, chamada "nefilins", destacou-se. O verbo neipal, "cair", tem sido considerado a fonte do nome, e por isso estas gigantescas criaturas tm sido conhecidas como "os que decaram". A referncia ao ben 'Elohim tem ocasionado marcadas diferenas de opinio entre os mestres, 'Elohim plural na forma. Normalmente traduzido para "Deus". Mas pode ser traduzido para "deuses", como, por exemplo, quando se refere aos deuses dos vizinhos pagos de Israel. Pode, tambm, indicar o crculo celestial de seres em ntima comunho com Jeov, habitantes do cu, com obrigaes especficas na qualidade de assistentes de Deus (veja J 1:6). Em alguns casos nas Escrituras os "filhos de Deus" podem ser identificados com os "anjos" ou "mensageiros". Jesus o Filho de Deus em um sentido nico. Os crentes so chamados "filhos de Deus" por causa do Seu relacionamento com Ele. No V.T., entretanto, "filhos de Deus" so uma classe especial de seres que formam a corte celestial. A referncia ao casamento dos ben 'Elohim com as filhas dos homens tem sido examinada de maneiras diversas. Para traduzi-la literalmente, diramos que aqueles membros da sociedade celeste escolheram mulheres de escol na terra e estabeleceram com elas, literal e verdadeiramente, relacionamento conjugal. Esta pode ser a nica interpretao de J 1:6. Ali, os ben 'Elohim eram declaradamente membros da corte de Deus. S.R. Driver sustenta que este o nico sentido legtimo e correto que pode ser aceito. A resposta que Jesus deu aos saduceus, em Mt. 22:30, parece tornar insustentvel este ponto de vista. Ele disse que os anjos "nem casam nem so dados em casamento". A declarao em Gn. 6:2 torna claro que est se falando de casamento permanente. Mulheres eram escolhidas e foradas a se tornarem participantes do relacionamento anormal. Os estudiosos da Bblia que 30. Gnesis (Comentrio Bblico Moody) 29 tm rejeitado esta soluo recorreram a outras explicaes. Alguns tm dito que uma ligao entre a linhagem piedosa de Sete com os mpios descendentes de Caim a que est sendo descrita. Outros ainda sustentam que estas palavras se referem ao casamento entre pessoas da classe mais alta da sociedade com elementos da classe mais baixa e menos digna. luz dos fatos e da traduo exata das palavras do texto, conclumos que alguns homens do grupo celeste (anjos ou mensageiros) realmente tomaram por esposas as mulheres terrestres. Usaram de fora superior para domin-las, para que a conquista fosse completa. Os "filhos de Deus" eram irresistveis (cons. II Pe. 2: 4; Judas 6). 3. O meu Esprito (rah) no agir para sempre (veidn) no homem. Este verbo hebraico pode ser traduzido para lutar com ou permanecer com. A primeira traduo representaria Deus usando continuamente de fora para com os homens rebeldes, para mant-los em linha e para evitar que se destruam completamente como resultado de seu comportamento pecador. O segundo ponto de vista representaria Deus como tomando a determinao de afastar seu flego vital da vida do homem, resultando, claro, na morte. A palavra hebraica dn (ou din) indica vida expressando-se na ao ou na evidncia do poder. Na primeira interpretao, o esprito (rah) considerado um princpio tico usado para restringir ou controlar as criaturas, resultando em comportamento tico. Na outra, o esprito (rah) considerado como princpio vital dado ao pedacinho de barro inanimado para fornecer vida, motivao e poder para viver. Quando esse rah retirado pela mo divina, o julgamento inescapvel. Este aviso divino veio de Jeov quando Ele encontrou Suas criaturas dominadas pelo pecado. Deus declarou que tinha de abandonar o homem ao destino da morte. O pecado ativara aquilo que garantiria a morte. 5,6. Maldade (rei'eit) ... se arrependeu (heiham) ... pesou ('eisab). A depravao era muito difundida. E era interna, contnua e habitual. O homem era inteiramente corrupto, mau de corao e na conduta. No havia nada de bom nele. Toda a inclinao dos Seus pensamentos e 31. Gnesis (Comentrio Bblico Moody) 30 imaginao era completamente fora da linha da vontade de Jeov. A carne estava no trono. Deus foi esquecido e francamente desafiado. Neiham na forma nifal descreve o amor de Deus, que sofreu desapontamento de fazer partir o corao. Literalmente, fala de suspirar devido dor profunda. Os propsitos e planos de Deus falharam na produo do precioso fruto que Ele antecipou, por causa do homem pecador que impediu sua frutificao completa. 'Eisab na forma hithpael significa ferir-se ou experimentar um ferimento. A declarao diz, ento, que Deus experimentou tristeza que Lhe feriu o corao quando olhou para a trgica devastao que o pecado produzira. A obra de Suas mos fora distorcida e arruinada. Atravs de tudo isto, o amor de Deus brilhava claramente, mesmo quando o retumbar do juzo divino comeou a ameaar os habitantes da terra. 7. Desaparecer (mah; E.R.C., destruirei). O verbo indica um movimento que extermina ou risca alguma coisa completamente. A operao tulha a inteno de destruir cada ser vivo que estivesse pela frente. Destruio completa tinha de ser executada. Nada devia ser poupado. 8. Porm No achou graa (hn). Um homem entre toda a incontvel multido que havia sobre a terra estava capacitado a receber o dom da graa de Deus. A palavra graa certamente significa "favor" ou "aceitao", de qualquer modo, e provavelmente tem um sentido muito mais rico. Era o amor e a misericrdia em ao. Estendendo Deus a Sua graa sobre No significava que havia vida e nova esperana para a humanidade nos dias pela frente. 9. No era homem justo e ntegro. . . No andava com Deus. Com estas palavras o autor descreve trs caractersticas de uma vida piedosa justia, pureza e santidade (cons. 6:8 - ele achou graa diante do Senhor). A palavra justo, do hebraico saddiq, descreve o carter de No conforme se manifestava em relao aos outros seres humanos: "honestidade" ou "honra" era evidente em seu comportamento. Toda a 32. Gnesis (Comentrio Bblico Moody) 31 sua conduta revelava esta justia moral e tica (cons. Ez. 14:14, 20). A palavra hebraica tmim, ntegro, descreve o produto perfeito de um construtor sbio; inteiro, completo e perfeito. Visto objetivamente, a palavra imaculado descreve o carter. No reino da tica, a idia de "integridade" a sua derivada (cons. J 1:1). A declarao, ele andava com Deus, abre um outro setor do pensamento. Ao andar com Deus, No demonstrou um esprito, uma atitude e um carter que o tornava aceito e aprovado para um relacionamento espiritual mais ntimo. Ele manifestava qualidades de alma que o tomavam querido ao Senhor (cons. Gn. 5:22 ; Mq. 6: 8; Ml. 2: 6). 14-16. Uma arca (tb). A nossa palavra arca vem do latim arca, "um ba ou cofre". A palavra usada para a "arca" da aliana uma palavra diferente eirn. Tb provavelmente de origem egpcia. A arca de No era muito provavelmente uma espcie de jangada grande e coberta, construda com madeira leve e resinosa. Com seus trs andares, chegava a um total de 13,85ms de altura. Tinha 138,46ms de comprimento por 23,08ms de largura. (O cbito tinha 45cms.) Celas, cabines ou pequenos quartos foram construdos ao longo dos lados dos trs andares. Para que a embarcao fosse prova de gua, usou-se um poderoso betume por dentro e por fora, para sua calafetao. A palavra hebraica shar fica melhor traduzida para luz ou janela. Tinha aproximadamente 45crns de altura e estendia-se em toda a volta da arca; deixava entrar luz e ar. 17-22. Dilvio (mabbl). Esta palavra no tem etimologia hebraica. S foi usada em relao inundao do tempo de No. Talvez viesse da palavra assria nabalu, "destruir". De acordo com o autor do Gnesis, o propsito de Deus era certamente exterminar os seres vivos de Sua criao. Durante 120 anos que No levou para completar o seu trabalho; ele pregou ao povo num esforo urgente de lev-lo ao arrependimento. Viram a arca tomando forma diante de seus olhos enquanto o pregador transmitia o sermo. Os parentes prximos de No, incluindo sua esposa, trs filhos e respectivas esposas, entraram com ele no seguro abrigo. Em 33. Gnesis (Comentrio Bblico Moody) 32 obedincia ordem de Deus, levaram consigo pares de representantes de todos os animais da terra. Gnesis 7 7:11a,b. Romperam-se (beiqa') todas as fontes do grande abismo. Enormes reservatrios de gua estavam armazenados sob a terra. Esta enorme quantidade de gua foi chamada de tehm, "o grande abismo" (cons. Gn. 1:2). Estas guas subterrneas confinadas ali pelo poder criativo no segundo dia da criao, foram desencadeadas com volume e violncia alm da descrio. No foi uma enchente comum, mas uma gigantesca mar que subitamente assombrou a populao estarrecida. Beiqa' indica uma convulso terrestre que destruiu toda barreira restritiva que existia. Foi um tumultuoso desprender-se de indescritvel destruio. O homem no pode imaginar a fria e o poder destruidor da erupo, nem o horror da exibio do poder de Deus para destruir os seres pecadores, A completa corrupo do homem era muito pior do que qualquer um de ns pode imaginar. A destruio foi necessria, 11c,12. As comportas dos cus se abriram (peitah), Alm da terrvel sublevao que vinha de baixo, os povos da terra testemunharam a abertura das comportas dos gigantescos reservatrios de guas acima da terra. Todas as guas que estavam acumuladas explodiram em torrentes. Resistente e continuamente, durante quarenta dias e quarenta noites, aS gigantescas nuvens derramara gua sobre a terra. O efeito do dilvio sobre os homens, mulheres, crianas, animais e plantas, e sobre a superfcie da terra no pode ser completamente imaginado. 16-18. E o Senhor fechou (seigar) a porta aps ele . . . Predominaram as guas (geibar). No meio da violenta tempestade e das torrentes que tudo cobriram, Jeov, o Deus da aliana, estendeu o brao da misericrdia e fechou a porta da arca para guardar o seu povo em segurana. Mas Ele derramou torrentes de gua para destruir completamente os pecadores sobre a terra. Os inquilinos da casa 34. Gnesis (Comentrio Bblico Moody) 33 flutuante podiam viajar sobre aS guas com senso de segurana e proteo, pois confiavam em Deus. A mo divina que fizera transbordar o abismo e abrira as janelas do cu para derramar destruio, tambm demonstrou a amorosa preocupao de Deus por aqueles que seriam o ncleo de Seu novo comeo. Enquanto os escolhidos de Deus se aninhavam em segurana na arca, as guas continuaram a subir e cobrir toda a terra. O verbo geibar indica poderio, sujeio e poder que prevalece. Sem cessar as guas foram assumindo o controle e continuaram dominando at que as mais altas montanhas ficaram completamente submersas. Novamente, a majestade, grandeza e propsito competidor do Todo-poderoso mostrou- se cada vez mais aParente. O propsito divino estava se realizando sobre toda a terra. A vontade de Deus se realizava. Gnesis 8 8:4. As montanhas de Ararate. Depois de 150 dias, a arca repousou sobre um dos picos de uma alta cordilheira na Armnia. Urartu, palavra acadiana cognata de Ararate, usada em antigos documentos para designar a Armnia. A montanha atualmente chamada Ararate tem 5.204,92 ms. A histria do dilvio babilnico, que faz parte da pica Gilgamesh, conta que o seu heri, tal como o No bblico, construiu uma arca, introduziu nela espcimes do reino animal e, depois do dilvio ancorou no Monte Nisir, a leste do rio Tigre. 20. Levantou No um altar (mizbah) ao Senhor. Quando No saiu para a claridade do novo dia, a coisa mais natural que tinha a fazer foi encontrar um local de terreno elevado para edificar um mizbah. Foi o primeiro altar edificado sobre a terra purificada. No reconheceu o fim do trgico juzo e o despontar de um novo dia de esperanas e promessas. Edificar o altar foi sua maneira de expressar seu louvor e ao de graas a Jeov. 35. Gnesis (Comentrio Bblico Moody) 34 Ele ofereceu holocaustos (l). A palavra holocaustos deriva-se do verbo 'eileih, "subir". A sugesto aqui que, quando o sacrifcio consumido, a fumaa sobe a Deus, levando, em certo sentido, a gratido e a adorao do ofertante. Foi um sacrifcio verdadeiramente propiciatrio (cons. II Sm. 24:25), oferecido em sincera adorao, partindo de profunda gratido. E assim o Deus eterno foi agradado. No encontrou favor diante dEle. F. Vida Posterior de No e Seus Descendentes. 9:1 - 10:32. Gnesis 9 9:9-15. Eis que estabeleo (mqim) a minha aliana . . . Porei (neitan) nas nuvens o meu arco. De maneira solene Jeov confirmou as promessas da aliana que j fizera antes. A formao de uma aliana envolve a solene juno de duas partes, at ento livres de obrigaes mtuas. A ligao de Deus com este grupo familiar foi um ato voluntrio de livre graa. No e sua famlia nada tinham que merecesse o relacionamento da aliana, e Deus no tulha obrigaes para com eles. Mais ainda, esta foi uma aliana feita com toda a humanidade. Aceitando os termos e obedecendo, o homem se unta ao seu Criador aceitando os termos divinos e observando seu esprito interior. A aliana precisava de um sinal externo e visvel que servisse de lembrete constante do acordo sagrado. Este sinal ('t) seria um penhor do lao espiritual interior, garantindo sua segurana eterna. O tempo perfeito do hebraico pode ser traduzido para Eu estabeleci, ou Neste momento estabeleo. O arco nas nuvens seria o "sinal". Deus poderia ter criado o arco-ris naquele momento, investindo-o deste significado. provvel, entretanto, que o dito arco j estivesse nas nuvens, indicando que a partir daquele momento assumia um novo significado, dando a certeza da Sua graa e misericrdia; seria um lembrete visvel do Seu amor. Ele disse: Ento me lembrarei (v. 15). 36. Gnesis (Comentrio Bblico Moody) 35 18. Sem, Co e Jaf. O autor do Gnesis esclarece que estes trs filhos de No foram os pais das trs grandes famlias da humanidade. Sem foi o primeiro mencionado, ocupando o lugar da liderana e destaque nos planos divinos para os povos. Os semitas seriam os lderes espirituais dos homens. Os escolhidos de Deus dentro dessa linhagem ensinariam a religio de Jeov ao mundo. Sabemos que o Messias devia vir atravs dos descendentes de Sem. Jaf seria o pai de um grande ramo do mundo gentio. Seus descendentes se espalhariam por toda parte em busca de lucros e poder material. Seriam prsperos e excessivamente poderosos. Co seria o pai de outro ramo dos gentios, incluindo os egpcios, etopes, abissnios e grupos afins. Seu filho Cana, foi o pai dos grupos chamados cananitas, habitantes de Cana, mais tarde desalojados pelos hebreus. A maldio pronunciada sobre Cana por No no foi, de maneira nenhuma, destinada a ser prova textual da escravido ou segregao racial. Gnesis 10 10:4. Trsis. A famosa cidade espanhola procurada pelos comerciantes fencios. Sculos mais tarde o profeta Jonas tomou um navio com destino a esta distante cidade. Os gregos a chamavam de Tartessus. 6. Mizraim. A palavra hebraica correta para o Egito, incluindo as divises inferior e superior daquela terra. As duas capitais do Egito foram Mnfis e Tebas. 8,9. Ninrode, Filho de Cuxe. Fundou o antigo imprio babilnico e edificou a cidade de Nnive. Foi um grandioso caador e notvel lder de exrcitos. Seu poder estendeu-se por sobre as cidades da Mesopotmia, 11,12. Nnive. Conhecida desde 2800 A.C. foi o centro do poderoso reino assrio, que alcanou suas alturas sob o governo de Senaqueribe, Esaradom e Assurbanipal. Estava situada sobre o rio Tigre, cerca de 250 milhas da cidade de Babilnia. Foi contra esta fortaleza que Jonas e Naum dirigiram suas profecias. 37. Gnesis (Comentrio Bblico Moody) 36 14. Os filisteus recebem o crdito de terem dado seu nome terra da "Palestina". Ams e Jeremias referem-se a eles como vindos de Caftor. Suas cinco principais cidades eram Asdode, Asquelom, Gaza, Gade e Ecrom. Os filisteus foram durante sculos um espinho na carne dos israelitas. 15. Hete. Ancestral dos hititas, cujo grande imprio dominou desde 1600 a 700 A.C. As principais cidades dos hititas foram Carquemis sobre o Eufrates e Cades sobre o Orontes. Estes povos se estabeleceram nas cercanias do Hebrom, e testemunharam a compra que Abrao fez da Caverna de Macpela que pertencia a Edom (23.8-10). Esa casou-se com uma mulher dessa tribo. Os hititas so encontrados nas inscries assrias e egpcias. Os arquelogos tm encontrado restos valiosos da civilizao desse poderoso imprio. 21. Os filhos de ber compreendiam muitos e diferentes grupos entre os filhos de Sem. O nome ber tem sido associado com a palavra hebreu, o nome pelo qual os israelitas tm sido conhecidos pelos outros povos. Foram os que possuam o conhecimento do verdadeiro Deus. O termo "hebreu" racial, enquanto "israelita" nacional. Mais tarde essas palavras passaram a ser sinnimas. 22. Ar, o povo aramaico ou o stio, formando o grupo volta e inclusive Damasco. Destacaram-se na histria do povo de Israel. A lngua aramaica tornou-se a lngua comercial e diplomtica. Gradualmente deslocou a lngua hebraica at que, no tempo de nosso Senhor, o aramaico era a lngua usada na conversa e na escrita. 28. Sab, freqentemente mencionada no V.T., indicando um povo rico cuja principal ocupao era a extrao de ouro, perfumes e pedias preciosas para exportar para a Palestina e o Egito. So identificados com os sabeus, que destacavam-se no comrcio e nas realizaes governamentais. At onde interessa aos estudiosos da Bblia, a rainha de Sab foi a mais famosa dentre o povo de Sab. 29. Ofir era famosa pelo seu ouro fino. Salomo enviou seus homens sob a direo de Hiro para extra-lo e transport-lo para a 38. Gnesis (Comentrio Bblico Moody) 37 Palestina. Alm do ouro, descobriram preciosos metais e pedras Preciosas em grandes quantidades. Logo o reino de Salomo rivalizava com todas as terras vizinhas em riqueza. Ofir era provavelmente um porto martimo no litoral da Arbia. Tem sido localizada na distante foz do Indus. Grande parte do ouro que revestia o Templo de Salomo veio de Ofir. Gnesis 11 G. A Torre de Babel. 11:1-32. 1,2. Ora em toda a terra havia apenas uma linguagem. Gnesis descreve No e seus filhos saindo da arca e falando uma s lngua com um s vocabulrio. Quando os descendentes de No se multiplicaram, naturalmente continuaram com essa mesma lngua, uma vez que em suficiente. Viveram no vale do Eufrates e nas redondezas do mesmo, local comumente considerado como o bero da civilizao. Sinear. Os hebreus usavam o nome Sinear, originalmente uma regio ao norte da Mesopotmia, para designar toda a regio da Mesopotmia. Nmades, vaguearam ao longo das montanhas do Ararate at as bem regadas plancies da Babilnia. 3,4. Vinde, edifiquemos para ns uma cidade, e uma torre . . . e tornemos clebre o nosso nome. Quando os descendentes de No que se dirigiram para o leste encontraram um local onde acharam que poderiam se estabelecer definitivamente, decidiram construir uma cidade. Construiriam uma gigantesca torre, to alta que o seu topo ferida a "abbada" acima deles. Esta grandiosa estrutura lhes concederia a vantagem de se colocarem em posio de importncia diante dos outros homens, e at mesmo diante de Deus. O propsito do empreendimento era duplo. Primeiro, queriam se assegurar da fora que vem da unidade. A cidade e a torre os manteriam unidos em um grupo slido, de modo que seriam poderosos - at mesmo sem a ajuda de Deus. Diziam: Para que no sejamos espalhados. Por outro lado, estavam determinados a se tomarem conhecidos tornemos 39. Gnesis (Comentrio Bblico Moody) 38 clebre o nosso nome. Estes pecados de auto-suficincia e orgulho predominavam em seus pensamentos. Queriam se assegurar de que no seriam esquecidos. A torre os manteria unidos e asseguraria que seus nomes no cassem no esquecimento. Desafiaram a Deus e resolveram provar a sua auto-suficincia. Sua estrutura elevada seria um monumento sua energia, coragem, gnio e recursos. Muitas cidades grandes, tais como a Babilnia, Sodoma, Gomorra, Sidom, Tiro e Roma experimentaram de tudo, menos uma estrutura piedosa. Quando os homens desprezam a lei e a graa de Deus, e exaltam a si mesmo, a catstrofe inevitvel. 7-9. Confundamos ali a sua linguagem. Jeov entendeu o esprito, a motivao e os planos egostas do povo rebelde. Imediatamente resolveu atrapalhar seus tolos esquemas. Aquela coisa que eles tentavam afastar caiu subitamente sobre eles. Deus interveio providenciando que ningum entendesse mais a ningum. O hebraico beilal, "confundir", indica que houve uma perturbao especfica que deixou o povo grandemente confuso. A palavra Babel est traduzida para Babilnia. Os melhores lexicgrafos hebraicos declaram que no poderia ter vindo do hebraico beilal, "confundir" ou "misturar", mas que significa "porto de Deus". Por meio de um jogo de palavras passou a significar "confuso". A palavra aramaica bailel significa "confuso". Alan Richardson nos lembra que a concesso do dom de lnguas no Pentecostes (Atos 2:5-11) pode ser aceito como o reverso da confuso de lnguas em Babel. Ele diz: "Quando os homens se vangloriavam de suas prprias realizaes, o resultado s podia ser a diviso, confuso e falta de compreenso; mas quando as maravilhosas operaes de Deus so proclamadas, ento cada homem pode ouvir o evangelho apostlico em sua prpria lngua" (Gnesis 1-11, pg. 126). 27. Ter. Filho de Naor (um descendente de Sete) e pai de Abro, Har e Naor. Seu primeiro lar foi em Ur dos Caldeus, mas passou seus ltimos anos de vida em Har, onde morreu. 40. Gnesis (Comentrio Bblico Moody) 39 28. Ur dos Caldeus. Uma antiga cidade do antigo reino sumeriano, localizada cerca de 125 milhas da anual foz do Eufrates, 100 milhas a sudeste da Babilnia, 830 milhas de Damasco e 550 milhas de Har. Era a capital da Sumria. Nos dias de Abro era uma florescente cidade comercial, com padres culturais incomumente desenvolvidos. Os edifcios da rea do templo eram os mais elaborados. Seus habitantes adoravam Sin, a deusa lua. Arquelogos tm escavado fabulosos tesouros desta antiga cidade. O cemitrio real tem revelado tesouros artsticos datados de 2900 A.C. O Instituto Oriental de Chicago tem uma placa de Ur que est datada de 3000 A.C. Foi nesse antigo mundo que Abrao nasceu e atingiu a idade adulta. Tinha uma rica herana. 31. Har (ou Harr). Uma importante cidade na antiga Mesopotmia. Estava situada cerca de 550 milhas ao nordeste de Ur e 280 milhas ao norte de Damasco. As principais rotas convergiam a. Estradas para Nnive, Babilnia e Damasco partiam da. Ficava a apenas 60 milhas da fortaleza de Carquemis, a capital do imprio hitita. Har era um dos principais centros de adorao de Sin, a deusa lua. Ter e sua famlia mudou-se para Har, e o registro diz que morreu ali. Rebeca, a esposa de Isaque, e Raquel, a esposa de Jac, cresceram em Har. Ainda existe a como pequeno vilarejo rabe. II. Os Patriarcas. 12:1 - 50:26. A. Abrao. 12:1 - 25:18. Na segunda principal diviso do livro de Gnesis, est evidente que na nova dispensao os escolhidos de Deus devero reconhecer a comunicao direta e a liderana direta do Senhor. Nos captulos 12.50, quatro personagens Se destacam como homens que ouviram a voz de Deus, entenderam Suas diretrizes, e orientaram seus carrinhos de acordo com a vontade dEle. O propsito de Jeov ainda continua sendo o de chamar pessoas que executem a Sua vontade na terra. Com No Ele comeou tudo de novo. Sem foi o escolhido para transmitir a verdadeira religio. Os semitas (descendentes de Sem) seriam os missionrios aos 41. Gnesis (Comentrio Bblico Moody) 40 outros povos da terra. No captulo 12 Abrao comea a aparecer na linhagem de Sem como o representante escolhido de Jeov. Sobre ele Jeov colocaria toda a responsabilidade de receber e passar adiante a Sua revelao para todos. Do cenrio pago de Ur e Har saiu o homem de Deus para a estratgica hora da primitiva revelao do V.T. Gnesis 12 1) A Chamada de Abrao. 12:1-9. 1. Ora disse o Senhor a Abro: Sai da tua terra, da tua parentela e da casa de teu pai. A narrativa bblica esclarece que antes de migrar para a Palestina, Abro teve duas residncias. Passou seus primeiros anos de vida em Ur e ento um longo perodo em Har. Cada uma dessas comunidades foi o seu lar. Ele teve de deixar amigos, vizinhos, e parentes quando saiu de Ur e outros tais quando partiu de Har. Em cada caso, o triplo lao de terra, povo e parentes foi seccionado. O Bispo Ryle diz que Abro recebeu a ordem de "a) renunciar s certezas do passado, b) enfrentar as incertezas do futuro, c) olhar e seguir a direo da vontade de Deus" (Gnesis na Cambridge Bible, pg. 155). Foi uma grande exigncia (cons. Hb. 11:8). Provaes severas estavam espera dele Este chamado deve lhe ter sido feito enquanto ele ainda vivia em Ur (Atos 7:2). Foi renovado muitos anos mais tarde em Har. Para a terra que te mostrarei. Nesta ocasio Jeov no disse o nome da terra nem a descreveu. Assim, Abro teve de enfrentar um novo teste de f. O Senhor encontrou o homem para o Seu propsito, algum que podia ser colocado sob fortes tenses, um homem que desejaria fazer a vontade de Deus como a coisa mais importante de sua vida. 2,3. S tu uma bno (bereik). A forma imperativa expressa realmente uma conseqncia "para que sejas uma bno". O ilustre viajante que partiu da Mesopotmia politesta fora divinamente comissionado a entrar no mo de pessoas completamente estranhas de 42. Gnesis (Comentrio Bblico Moody) 41 alguma nova terra. Ele e seus descendentes constituiriam um canal pelo qual Deus abenoaria todos os povos da terra. De ti farei uma grande nao, e te abenoarei, e te engrandecerei o nome. Deus fortaleceu grandemente Abro com as promessas da aliana prosperidade, abundante posteridade e importncia. A promessa da divina bno garantia a Abro tudo o que ele pudesse desejar. Cada necessidade seria suprida. At vizinhos hostis viriam a consider-lo como o lder do povo de Deus. Atravs dele todos os povos da terra receberiam bnos. E seu nome seria respeitado e reverenciado por toda parte. Hoje, Abro reconhecido e respeitado como o "pai" dos cristos, judeus e maometanos. Deus escolheu Abro e seus descendentes para levar o Seu Evangelho ao mundo. Da linhagem de Abro, viria Cristo, para cumprir os propsitos divinos. E atravs dos homens e mulheres "nascidos de novo", Seus ideais seriam cumpridos. O plano de Deus estava tomando forma. 5. A terra de Cana. Abro interpretou o chamado de Deus envolvendo partida imediata para Cana. Como ele soube que Cana era o seu destino, no ficou explicado. Mas Deus disse: "Sai. .. para a terra que te mostrarei". E ele obedeceu. Sem hesitao reuniu sua famlia e deu incio a um importante movimento migratrio. Ao que parece ele no temeu, no duvidou, no vacilou. Viajou para Carquemis sobre o Eufrates e voltou-se para o sul atravs de Hamate na direo de Damasco, na Sria. Josefo apresenta Abro durante sua estada nesta capital agindo como um rei sobre o povo de Damasco. A terra de Cana foi descrita nas Escrituras como abrangendo todo o territrio desde o Jordo ao Mediterrneo e da Sria ao Egito. Moabe e Edom a limitava ao sudeste. Na Bblia a palavra "cananeus" costuma se referir aos primeiros habitantes da terra, incluindo todos os grupos que viveram l antes da entrada dos hebreus. 6. Siqum. Esta antiga cidade era provavelmente um santurio ou lugar sagrado. Era uma colnia importante na juno das principais estradas comerciais. Ficava entre o Monte Gerizim e o Monte Ebal, cerca 43. Gnesis (Comentrio Bblico Moody) 42 de quarenta e uma milhas ao norte de Jerusalm. Anos mais tarde, o poo de Jac ficaria nas vizinhanas. Em tempos mais recentes, Siqum foi chamada Nablus. Abro caminhou at o carvalho de Mor. Provavelmente era uma rvore sagrada, sob a qual um sacerdote, ou mestre, ou adivinho, dava instrues ou ensinava. Mor provavelmente um particpio do verbo yeir, "ensinar". O carvalho e o terebinto so rvores que se parecem. Siqum foi a primeira parada de Abro em Cana. Aqui recebeu uma mensagem especial de certeza e promessa do Senhor. Deus lhe deu a terra como possesso e prometeu que seus descendentes a possuiriam depois dele. Com tribos guerreiras por todos os lados, Abro encontraria dificuldades em estabelecer seus direitos na nova terra. Fez um bom comeo, entretanto, levantando imediatamente um altar e oferecendo sacrifcios a Jeov. Conforme sua vida na Palestina foi tomando forma, ele declarou total dependncia do Senhor e sua sincera dedicao. 8. Betel (Bt-'l). Este antigo santurio data do sculo vinte e cinco A.C., e foi mencionado mais vezes nas Escrituras do que qualquer outra cidade com exceo de Jerusalm. Ele est situado na estrada de Siqum, cerca de dez ou onze milhas ao norte de Jerusalm. Edificando um altar, o patriarca proclamou sua submisso a Jeov, e armando suas tendas, declarou publicamente a todos os observadores que estava tomando posse permanente da terra. Nesses dois atos simblicos, Abrao revelou sua f resoluta no poder de Jeov dos exrcitos, para a execuo de todas as Suas promessas. A palavra Betel significa, literalmente, casa de Deus. Uma narrativa posterior indica que Jac deu a este lugar este nome depois de sua experincia com Jeov ali (28:19). Abro invocou o nome do Senhor. Em seu ato de adorao genuna. ele usou o liame de Jeov na invocao (cons. 4:26). 9. Seguiu (neisei') Abro dali, indo sempre para o Neguebe. Neisei' significa avanar ou desarraigar estacas de tendas. Refere-se partida de Abro para o sul. Ele arrancou as estacas e viajou pai etapas. O Neguebe, terra seca, uma seo definida da Palestina do sul, entre 44. Gnesis (Comentrio Bblico Moody) 43 Cades-Barnia e Berseba. Durante o vero bastante seca para ser considerada um deserto, sem gua ou vegetao. Com todos os seus rebanhos, Abro achou necessrio procurar abundncia de gua e pasto. O Neguebe de nada lhe adiantaria. 2) O Patriarca no Egito. 12:10-20. 10. Desceu, pois, Abro ao Egito, para a ficar. As fomes eram freqentes em Cana. Nada se podia fazer para evit-las. O nico remdio era mudar-se para o Egito, onde o Nilo fornecia gua para o gado e plantaes. Abro e seu grande grupo foram para o Egito. A palavra hebraica gr, ficar, indica que se antecipava uma permanncia temporria. To logo a fome abrandasse, Abro estaria de volta Palestina. Nenhuma indicao foi feita para determinar qual o Fara que governava o Egito naquela ocasio. 11-16. O medo tomou conta do corao do patriarca quando se aproximou do palcio do monarca. Imaginou que Fara o mataria para colocar Sarai em seu harm. Por causa disso, Abro imaginou um plano de passar a esposa por sua irm, aquietando sua conscincia com o pensamento de que ela era realmente sua meia irm. Foi um expediente vergonhoso. Como resultado, a me dos futuros lderes da nao hebria foi levada para o harm egpcio"! 17-20. Por causa disso, Fara foi afligido com pragas, at que percebeu que alguma coisa estava errada e expulsou seus visitantes da terra. Abro tomou Sara, seus acompanhantes e suas propriedades grandemente aumentadas com sua passagem pelo Egito e voltou pelo caminho do Neguebe at Cana. Tal comportamento, como o de Abro no Egito, no foi nada digno da alma majestosa do especial embaixador de Jeov junto s naes. Ele tinha de crescer se quisesse se aproximar do padro divino estabelecido para a sua vida. Precisou voltar a Betel e reconstruir o altar a Jeov. 45. Gnesis (Comentrio Bblico Moody) 44 Gnesis 13 3) A Partida de L. 13:1-18. 1-4. Saiu, pois, Abro do Egito. Quando Abro renovou a sua comunho com Deus, estava pronto para uma vida nova. Era imensamente rico. Gado, ouro e prata, ele os possua em abundncia. Seu grupo de acompanhantes crescera tanto que surgiu um srio problema entre eles. Com tanto gado e ovelhas, precisava movimentar-se rapidamente para que houvesse suficincia de gua e pasto. 5-8. Logo o grupo de L teve dificuldades com o grupo de Abrao, A palavra hebraica merib, contenda, indica discusso, luta e desacordo. O tio justo no podia permitir que tal conduta indecente continuasse. Disse: Somos parentes (v. 8). Tal comportamento no era necessrio, nem til e completamente fora,de lugar na vida dos representantes de Deus. 9-13. No interesse da paz e harmonia, Abro fez uma generosa sugesto a L, dizendo que escolhesse qualquer seo de terra que preferisse e que se dirigisse para l, deixando o restante do territrio para Abro. A natureza egosta e avara de L manifestou-se imediatamente; ele escolheu o vale do Jordo que era bem suprido de gua. Ali, a vegetao tropical abundava junto s guas prdigas do rio. O vale (kikr) do Jordo era suficientemente largo e frtil para garantir a prosperidade e abundncia por todos os dias que estavam pela frente. Entretanto, as cidades de Sodoma e Gomorra estavam dentro da rea que L escolheu e elas eram extremamente corruptas. Como poderia uma religio espiritual crescer entre os espinhos do egosmo e da corrupo naquele lugar? A escolha de L comprovou-se desastrada. E ia armando suas tendas at Sodoma (v. 12). Primeiro ele olhou para Sodoma. Depois armou suas tendas at Sodoma. Mais tarde habitou em Sodoma. Esses so os passos pelos quais o homem e sua famlia caminham para a degenerao e destruio certas. 14-17. Disse o Senhor a Abro... Ergue os olhos e olha. Nesta notvel comunicao, L e Abro so colocados em contraste direto. O 46. Gnesis (Comentrio Bblico Moody) 45 pecador fraco, egosta e ganancioso escolheu para si aquilo que considerou demais valor. Jeov escolheu para Abro. Como recompensa por seu altrusmo raro, o patriarca recebeu a terra de Cana. Deus lhe deu o ttulo de propriedade da terra e convidou-o a abrir bem os olhos e apreciar os tesouros que se estendiam diante dele em todas as direes. Da colina perto de Betel, ele pede descortinar lindos panoramas de beleza incomum. Tudo era Seul Para tomar o presente mais atraente, o Senhor prometeu a Abro muitos descendentes, mais numerosos que a areia do mar. Esta profecia deve ter confundido o patriarca, que no tinha filhos. Mas ele a aceitou pela f. 18. Hebrom. Uma cidade antiga ao sul de Jud, dezenove milhas a sudoeste de Jerusalm, na juno de todas as principais estradas da regio. Destacava-se na paisagem, a 935,38ms acima do nvel do mar. Josefo fala dela como sendo mais antiga do que a cidade de Mnfis no Egito. Ele tambm diz que um velho carvalho estava ali desde a criao do mundo. volta da cidade havia oliveiras, parreiras, fontes, poos e pastos. A caverna de Macpela, mais tarde comprada por Abrao para servir de sepultura a Sara, ficava muito perto. Foi, no s o lugar do sepultamento de Sara, mas tambm de Abrao, Isaque, Jac, Rebeca e Lia. Gnesis 14 4) Abrao, L, Melquisedeque. 14:1-24. 14:1-14. Em vez de desfrutar de paz, prosperidade e alegria, L e Abro encontraram-se no meio de uma guerra. Poderosos exrcitos combativos vindos do oriente invadiram a terra da Palestina, e causaram muitos estragos. Abro se envolveu profundamente por causa do amor que tinha por L, e logo se revelou um guerreiro a ser considerado quando os invasores procuraram espoliar a terra. L foi feito prisioneiro de guerra quando sua cidade, Sodoma, e os reinos vizinhos foram derrotados pelos invasores. Ele se arriscara quando escolhera desfrutar das facilidades e privilgios de Sodoma, tomando-se um dos habitantes 47. Gnesis (Comentrio Bblico Moody) 46 dessa cidade mpia. Agora descobriu que tinha de participar dos perigos e da tragdia da cidade. Rapidamente Abro reagiu com 318 homens numa misso de salvamento, comprovando ser uma fora poderosa a bem da justia na terra. 1. Anrafel, rei de Sinear. Um dos quatro que compunham o exrcito invasor. Sinear, localizada ao norte da Mesopotmia, deu seu nome a toda rea entre o Tigre e o Eufrates, incluindo a Babilnia. A baixa Mesopotmia foi o centro da civilizao sumeriana, datando de cerca de 3500 A.C. Anrafel era o rei dessa regio. Bem recentemente os estudiosos o identificaram como Hamurbi, um dos primeiros reis de Babilnia. Contudo, descobertas mais recentes nas tbuas de barro tendem a colocar a vida de Hamurbi em data mais recente - 1700 A.C. Anrafel foi rei muito antes. Arioque foi rei de Elasar, Babilnica Larsa, e provavelmente controlava uma regio muito maior ao sul da Babilnia. Quedorlaomer. Rei de Elo, uma bem conhecida regio montanhosa perto da cabea do Golfo Prsico. Parece que era o mais poderoso dos quatro reis que fizeram esta expedio. Controlava os outros reis da Babilnia e Palestina. Seu nome Kudur-Lagamer significa "servo de Lagamer", um dos deuses do Elo. A capital do Elo era Susa. Tidal, outro dos reis confederados, era chamado de rei de Goim, isto , das naes ou povos. Seu ttulo pode indicar que ele controlava diversos reinos individuais, ou que estivesse cabea de um forte grupo de gente nmade que se ocupava em fazer incurses para pilhagens. 2. Estes reis, com suas tropas seletas, vieram da regio alm do Damasco, e arremeteram contra as terras a leste do Jordo at o extremo sul do Mar Morto. Depois voltaram-se para o norte e rapidamente subiram pelo lado oriental do Jordo. A batalha decisiva realizou-se nas terras baixas alm do Mar Morto (o vale de Sidim, v. 3), com os cinco reis desta regio imediata que se rebelaram contra seus senhores do oriente. 3. O Mar Salgado (Mar Morto) tem 76kms de comprimento por 15kms de largura. Uma vez que sua superfcie fica a 397ms abaixo (o 48. Gnesis (Comentrio Bblico Moody) 47 mar Mediterrneo, e as guas tm uma profundidade de 369ms, este mar o "lenol de gua mais baixo no mundo". Suas guas so cinco vezes mais densas em contedo salino do que a gua comum do mar. Estudiosos afirmam que as runas de Sodoma e Gomorra ficaram sob as guas do extremo sul deste mar. Adm e Zeboim (cons. v. 2) foram as outras cidades destrudas