COMÉRCIO E INVESTIMENTO INTERNACIONAIS … · 11 Marta Lemme /IE-UFRJ Krugman & Obstfeld (Cap. 6)...
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COMÉRCIO E INVESTIMENTO INTERNACIONAIS
PROF. MARTA LEMME
2º SEMESTRE 2011 1
2 Marta Lemme /IE-UFRJ Krugman & Obstfeld (Cap. 6)
• O modelo de concorrência monopolista pode ser usado para mostrar como o comércio leva a:
– um preço médio menor devido a economias de escala;
– disponibilidade de uma variedade maior de bens devida à diferenciação de produtos;
– importações e exportações dentro de cada setor (comércio intra-indústria).
3 Marta Lemme /IE-UFRJ Krugman & Obstfeld (Cap. 6)
• Efeitos do aumento do tamanho do mercado
– O número de firmas em uma indústria com concorrência monopolista e os preços que elas cobram são afetados pelo tamanho do mercado.
Figura 6-4: Efeitos do aumento do mercado
4 Marta Lemme /IE-UFRJ Krugman & Obstfeld (Cap. 6)
• Ganhos de um mercado integrado: um exemplo numérico
– O comércio internacional permite a criação de um mercado integrado maior que o mercado de cada país.
• Portanto, isso torna possível oferecer aos clientes uma variedade maior de produtos e preços mais baixos.
5 Marta Lemme /IE-UFRJ Krugman & Obstfeld (Cap. 6)
– Exemplo: Vamos supor que automóveis sejam produzidos por uma indústria com concorrência monopolista.
• Considere o seguinte:
– b = 1/30.000
– F = US$ 750.000.000
– c = US$ 5.000
– Há dois países (o Local e o Estrangeiro) com os mesmos custos de produção de automóveis.
– As vendas anuais de automóveis é de 900.000 no Local e de 1,6 milhão no Estrangeiro.
Vendas Totais
n Vendas/
Firma Cme Preço
Local 900.000 6 150.000 10.000 10.000
Estrangeiro 1.600.000 8 200.000 8.750 8.750
Integrado 2.500.000 10 250.000 8.000 8.000
6 Marta Lemme /IE-UFRJ Krugman & Obstfeld (Cap. 6)
Figura 6-5: Equilíbrio no mercado de automóveis
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• Economias de escala e vantagem comparativa
– Premissas:
• Há dois países: Local (país capital-abundante) e Estrangeiro.
• Há duas indústrias: manufaturas (capital-intensiva) e alimentos.
• Por causa das economias de escala, nenhum dos dois países pode produzir a gama total de produtos manufaturados por si próprio.
Comércio em um mundo sem retornos crescentes
Comércio em um mundo com retornos crescentes e concorrência monopolista
8 Marta Lemme /IE-UFRJ Krugman & Obstfeld (Cap. 6)
– Principais diferenças entre o comércio interindústria e o comércio intra-indústria:
• O comércio interindústria reflete a vantagem comparativa, enquanto o intra-indústria não.
• O padrão do comércio intra-indústria é imprevisível, enquanto o comércio interindústria é determinado por diferenças subjacentes entre os países.
• A importância relativa do comércios interindústria e intra-indústria depende do grau de semelhança entre os países.
9 Marta Lemme /IE-UFRJ Krugman & Obstfeld (Cap. 6)
• Por que o comércio intra-indústria é importante
– Permite que os países sejam beneficiados por mercados maiores.
• O estudo de caso do pacto da indústria automobilística na América do Norte em 1964 indica que os ganhos da criação de um setor integrado em dois países pode ser substancial.
– Os ganhos do comércio intra-indústria são grandes quando as economias de escala são fortes e os produtos altamente diferenciados.
• Por exemplo, bens manufaturados sofisticados.
10 Marta Lemme /IE-UFRJ Krugman & Obstfeld (Cap. 6)
• A economia da discriminação internacional de preços
– Discriminação de preços
• A prática de cobrar preços diferentes de clientes diferentes.
– Dumping
• A forma mais comum de discriminação de preços no comércio internacional.
• Prática de formação de preços em que a firma cobra um preço menor pelos bens exportados do que o cobrado pelos mesmos bens vendidos domesticamente.
11 Marta Lemme /IE-UFRJ Krugman & Obstfeld (Cap. 6)
– O dumping só pode ocorrer na presença de duas condições:
• indústria com concorrência imperfeita;
• mercados segmentados.
– Dadas essas condições, uma firma monopolista pode descobrir que é lucrativo se engajar na discriminação internacional de preços.
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Figura 6-8: A discriminação internacional de preços
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– Situação em que o dumping leva ao comércio do mesmo produto nos dois sentidos.
– Tende a aumentar o volume do comércio de bens que não são completamente idênticos.
– Seu efeito sobre o bem-estar nacional é ambíguo porque:
• desperdiça recursos no transporte;
• leva a certa concorrência.
14 Marta Lemme /IE-UFRJ Krugman & Obstfeld (Cap. 6)
• Quando as economias de escala se aplicam ao nível da indústria, em vez de ao nível das firmas individualmente, são chamadas economias externas.
• Há três razões principais para um conglomerado de firmas ser mais eficiente do que uma firma isolada:
– fornecedores especializados;
– mercado comum de trabalho;
– vazamentos de conhecimento.
15 Marta Lemme /IE-UFRJ Krugman & Obstfeld (Cap. 6)
– As economias externas ocasionam retornos crescentes de escala no nível da indústria nacional.
– Curva de oferta negativamente inclinada
• Quanto maior o produto da indústria, menor o preço pelo qual as empresas estão dispostas a vender seu produto.
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– Um país com uma produção grande em alguma indústria tenderá a ter custos baixos na produção daquele bem.
– Os países que começam como grandes produtores em certas indústrias tendem a permanecer como grandes produtores, mesmo se algum outro país puder produzir os bens de forma mais barata.
• A Figura 6-9 ilustra um caso em que um padrão de especialização criado por um acaso histórico persiste.
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18 Marta Lemme /IE-UFRJ Krugman & Obstfeld (Cap. 6)
– O comércio baseado em economias externas possui mais efeitos ambíguos sobre o bem-estar nacional do que o comércio baseado na vantagem comparativa ou aquele baseado nas economias de escala no nível da firma.
• Um exemplo de como um país pode efetivamente estar em uma situação pior com comércio do que sem ele é mostrado na Figura 6-10.
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Figura 6-10: Economias externas e perdas do comércio
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• Retornos crescentes dinâmicos
– Curva de aprendizagem
• Relaciona o custo unitário com o produto acumulado.
• É negativamente inclinada por causa do efeito da experiência, ganha graças à produção, sobre os custos.
– Retornos crescentes dinâmicos
• Caso em que os custos caem com a produção acumulada ao longo do tempo, em vez de com a taxa corrente de produção.
– Economias de escala dinâmicas justificam o protecionismo.
• A proteção temporária de indústrias permite-lhes ganhar experiência (argumento da indústria nascente).
21 Marta Lemme /IE-UFRJ Krugman & Obstfeld (Cap. 6)
Figura 6-11: Curva de aprendizagem