Comércio em Revista (Ed. 1)

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PUBLICAÇÃO DA CÂMARA DE DIRIGENTES LOJISTAS DE RIO DO SUL ANO I - EDIÇÃO 1 - JANEIRO / ABRIL 2012 COMPRA PREMIADA CDL presta contas da campanha 2011 e promete novidades para este ano Aderbal João Machado de Souza, o Vavá, relata sua trajetória no comércio A importância do crédito para o comércio Presidente da CDL, Raulino Nicolau da Silva fala sobre as metas e projetos

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Publicação da Câmara de Dirigentes Lojistas de Rio do Sul, produzida e editada pela Multcomm Comunicação.

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1Janeiro / Abril 2012

PUBLICAÇÃO DA CÂMARA DE DIR IGENTES LOJISTAS DE R IO DO SUL

ANO I - EDIÇÃO 1 - JANEIRO / ABRIL 2012

COMPRA PREMIADACDL presta contas da campanha 2011 e promete novidades para este ano

Aderbal João Machado de Souza, o Vavá, relata sua

trajetória no comércio

A importânciado crédito

para o comércio

Presidente da CDL, Raulino Nicolau da Silva fala sobre as metas e projetos

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A revista, Comércio em Revista é produzida pela Multcomm

Comunicação e é fruto de parceria com a Câmara de Dirigentes Lojistas

de Rio do Sul

CÂMARA DEDIRIGENTES LOJISTAS

DE RIO DO SUL

Endereço:Rua XV de Novembro, 73

Centro, Rio do Sul (SC)CEP 89.160-000

Teleone:(47) 3531-9200

Site:www.cdlriodosul.com.br

E-mail:administracao@

riodosul.cdl-sc.org.br

GESTÃO 2010/2012

Presidente:Raulino Nicolau da Silva

Vice-Presidente:Luzia Nunes Alegri

Secretário:Raul C. Pamplona Junior

Tesoureiro:Valmor Poffo Filho

Diretora de Patrimônio:Terezinha Aparício Tschumi

Diretores Sociais:Nilva M. Luiz e José R. Luiz

Diretor do SPC:Antônio Marcos Cavilha

Diretor deAperfeiçoamento Profissional:

Osnei Rahmeier

Diretor daSede Campestre:

Edson Luis Fronza

DiretorRelações Públicas:

Rodrigo Goetten de Lima

Conselheiros:

Vilson Valmor SchwindenMarco Aurelio Rosar

Orival Henrique SeolaRodolfo Marzall Filho

Hildo Momm

Tomamos a liberdade de apresentar a nova ferramenta desenvolvida pela Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL),

de Rio do Sul: a Comércio em Revista, que se constitui num periódico, com o objetivo é aperfeiçoar a comunicação entre a entidade e seus associados, e com a sociedade em geral, oportunizando a divulgação dos serviços oferecidos, os eventos realizados e as ações empreendidas. Além de levar informações precisas e atualizadas acerca dos mais relevantes aspectos do comércio. Seja no âmbito local, estadual ou nacional.

Esta iniciativa somente é possível graças ao apoio da Federação e da Confederação do Comércio, dos dirigentes e dos parceiros anunciantes.

Nesta primeira edição, apresentamos um balanço da Compra Premiada 2011, e a proposta para 2012; concedemos uma entrevista fazendo uma prestação de contas do nosso primeiro ano a frente da entidade e

apresentamos as principais ações projetadas para 2012. Além de alguns acontecimentos que merecem destaque, a Revista traz um artigo de autoria do Presidente da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas de Santa Catarina, Sérgio Medeiros e outro do nosso Diretor de Relações Públicas, Rodrigo Goetten de Lima, abordando um assunto de extrema relevância para nós lojistas, a importância do crédito para o comércio. O leitor poderá também conhecer um pouco da história da entidade, apresentada pelo seu fundador, Sr. Egon Evald. E conhecer um dos cases de sucesso no comércio local, a trajetória do Sr. Aderbal

João Machado de Souza, o Vavá; desde sua barraca na antiga rodoviária, até os dias de hoje, com seus e s t a b e l e c i m e n t o s que comercializam milhares de itens.

Convido a todos a uma boa leitura, e que esta ferramenta sirva para aperfeiçoar ainda mais nossa comunicação e interatividade.Raulino Nicolau da Silva

Presidente da CDL de Rio do SulGestão 2010/2012

editorial

expedienteTextos e Reportagens:Multcomm Comunicação

Revisão:Jully Annye Goedert

[email protected]

Diagramação e Artes:Leandro Schimitk

[email protected]

Comercial:Andreia Hübner [email protected]

Periodicidade:Janeiro à Abril de 2012

Tiragem:1.000 exemplares

Distribuição:Gratuita

Impressão:Jawi Industria Gráfica Ltda.

(47) [email protected]

Produção:MULTCOMM COMUNICAÇÃOCNPJ: 13.788.993/0001-50

(47) 3522-6588 / (47) [email protected]

Não é permitida a reprodução das matérias publicadas sem prévia autorização dos

responsavéis. As informações contidas nos anúncios e informes publicitários publicados nesta edição são de total responsabilidade

dos anunciantes, que responderão pela veracidade das mesmas

[email protected]/comercioemrevista

www.comercioemrevista.com.br

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sumárioRaulino Nicolauda SilvaPresidente da CDL falou sobre os projetos para 2012

Aderbal João Machado de Souza: “Ô Vavá, quanto é que custa?”

A história por seus protagonistas

Compre PremiadaCDL presta contas da campanha 2011 e promete novidades para esse ano

Lojistas catarinenses buscam aperfeiçoamento em Nova IorqueCDL prepara mudanças em sua sede para melhor atender os lojistas e a populaçãoParceria com o SENAC Promove cursos de aperfeiçoamento

Calidoscópio Social

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em foco

panorama

EM FOCORaulino Nicolau da Silva

PANORAMASérgio Medeiros

capa

CAPACOMPRA PREMIADA

destaques

case

CASEAderbal João M. de Souza, o Vavá

CDL 45 Anos

CDL 45 ANOSSr. Egon Ewald

A importância do crédito para o comércioMovimento no comércio catarinense apresenta sinais de melhora em fevereiro

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em foco

Presidente da CDL falou sobre os projetos para 2012 e as conquistasda instituição neste ano que passou

Desde o inicio o atual presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), de Rio do Sul, Raulino Nicolau da Silva,

manteve a imagem que a instituição preserva a anos: ser uma das mais representativas e atuantes entidades da região, congregando mais de 500 estabelecimentos associados. Sua atuação é referência para o Alto Vale do Itajaí e para o estado, na representação e na defesa dos interesses do comércio lojista.

Raulino, além de presidente da CDL, é sócio-gerente da empresa TV Stahnke, e completa juntamente com sua diretoria o primeiro ano de um mandato que vai até o final de 2012. Já participou de quatro diretorias sucessivas, tendo sido diretor de Sede, Tesoureiro, entre outros cargos.

O papel desempenhado na instituição é de gestor, motivando a participação dos demais e representando a CDL. “Participo de eventos, encontros, debates e atividades sociais diversas. Somos chamados para tudo, pois muitas entidades nos convidam para participar de eventos e auxiliar nas tomadas de decisões”, ressaltou o presidente. Mas conciliar a vida pessoal com tantas atividades profissionais nem sempre é fácil. Todas as quintas-feiras à tarde Raulino dedica para a gestão, dando expediente e cumprindo a agenda. “Quando

não consigo, designo algum diretor ou o nosso gestor para nos representar”. Além disso, recebe constantemente informações e demandas da Federação Catarinense de Dirigentes Lojistas, da Confederação Nacional de Dirigentes lojistas e de outras CDLs.

Os desafios são diários, mas há um que deve ser vencido em tempo integral: motivar a participação dos associados e dos lojistas em geral nas campanhas, eventos e demais atividades. “Encaro esse como o maior desafio, além de precisar trazer sempre novas ideias e me preocupar com a modernização e fortalecimento da instituição, para estarmos preparados nesse mundo de constante evolução”, comentou.

Entre os serviços prestados pela CDL, o principal é o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC), que oferece aos associados auxilio na analise e concessão de crédito. “Oferecemos também uma gama enorme de serviços, se assessoramento, logística, capacitação, treinamento e tantos outros, como: certificação digital, cheque postos, provedor de internet, site fácil e loja virtual”, ressaltou o presidente.

Com toda esta dedicação, em 2011 vários projetos foram realizados satisfatoriamente. Apesar de ter sido um ano atípico, com a grande enchente de setembro, que prejudicou

alguns planos, outros foram realizados devido à catástrofe, como: S.O.S. MIRIM DOCE, campanha que arrecadou fundos para auxiliar a recuperação daquele município após a catástrofe de janeiro. “Estabelecemos uma parceira com a Marcante Eventos para otimizar a utilização da Sede Campestre, diminuindo custos e imprimindo um novo processo de gestão, onde a sede está aberta para toda a sociedade”, comentou.

Entre as realizações de 2011 está a parceria com a Prefeitura Municipal de Rio do Sul, para a realização do Stammtisch, Apresentação do Balé Bolshoi e o Show de Natal com apresentação da Família Lima. Em parceria com o Rotary Club, a CDL realizou a 8ª Feira de Ponta de Estoque. Com o Serviço Social do Comércio (SESC) promoveu o Pedágio do Brinquedo. “Avalio que nosso principal feito em 2011 foi a realização da campanha Compra Premiada, que através do sorteio de prêmios aos clientes do comércio, estimulou as vendas, resgatou a autoestima e deu maior visibilidade a nossa entidade”, disse Raulino.

E os planos para este ano não ficam abaixo dos já realizados pela CDL, que dará continuidade aos projetos já consolidados. “Queremos fortalecer e melhorar o que vem sendo desenvolvido e também implementar nova ideias, como uma nova promoção de vendas que envolva todo o comercio local, provisoriamente denominada Liquida Rio do Sul”.

Entre os projetos está também a finalização da reforma da sede, com um espaço para melhor atender os clientes SPC e os associados, oferecendo mais conforto e comodidade. “Ao mesmo tempo queremos promover uma reforma administrativa, que permita melhorar a eficiência da gestão através da adoção de um sistema informatizado”, contou o presidente.

Este ano a CDL pretende estimular a participação de mais estabelecimentos na campanha Compra Premiada, dando a possibilidade de sortear prêmios maiores. “Diante de tudo que temos planejado para 2012 estamos convictos de que será um ano de muitas realizações”, finalizou Raulino.

RAULINO NICOLAU DA SILVA

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Presidente da CDL falou sobre os projetos para 2012 e as conquistasda instituição neste ano que passou

RAULINO NICOLAU DA SILVA

Prefeita de Mirim Doce, Maria Luiza Kestring Liebschrecebe a arrecadação da campanha S.O.S. Mirim Doce

CDL e Prefeitura Municipal de Rio do Sul promovem o Stammtisch

8ª edição Feira Ponta de Estoque

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A importância do crédito para o comércioPor Rodrigo Goetten de Lima

panorama

A economia brasileira vem experimen-tando, principalmente após a esta-bilização da economia, um aumento

significativo do volume das operações de crédito realizadas através do Sistema Finan-ceiro Nacional. Este aumento foi ainda mais significativo nos últimos anos. Segundo dados do Banco Central (BC), em 2005 o volume de operações de crédito com relação ao Produto Interno Bruto (PIB) era de 26,3%, em 2011 passou a 46,6%.

Mesmo com este crescimento de mais de 77% em seis anos, o percentual ainda é bai-xo comparando-se com os principais países do mundo. Mostrando assim, que existe espaço para avanços na utilização do crédito, porém, esta oportunidade gera desafios para quem está emprestando o dinheiro. O comércio tam-bém experimentou um aumento significativo nas operações de crédito, valores que muitas vezes nem fazem parte destes números ofi-ciais citados pelo BC.

O que antes era marcado em um fichário ou bloco de anotações, agora obriga as empresas a utilizar um sistema, e verdadeiramente pos-suir e praticar uma política de crédito. Porque a cada dia o consumidor está se acostumando a comprar com prazos mais alongados. Antes, o normal era vender em até três ou quatro ve-zes, hoje já passa para até 12 vezes.

As empresas possuírem uma política de crédito bem definida é fundamental para a sobrevivência e o sucesso delas no mercado. E esta política não envolve apenas decidir em quantas vezes vai vender, envolve todos os as-pectos da análise de crédito, da inadimplência e dos mecanismos de cobrança das parcelas em aberto.

É importante a empresa e o empresário ter bem claro uma situação: a venda a prazo nada mais é do que tirar dinheiro da “carteira” e dar para o cliente levar para casa. E fica uma pergunta: você abre sua carteira e repassa seu dinheiro a alguém sem fazer um cadastro, con-sultar o SPC, estudar se o cliente pode pagar e pegar uma assinatura?

É preciso ter regras claras sobre quais condições são necessárias para definição da venda a prazo, e do limite que será concedido. Não é mais possível que a empresa venda de acordo com “a cara” do cliente, é preciso ser racional e objetivo na concessão do crédito. Vender a prazo, nada mais é, do que qualquer cliente entrar na empresa e, de acordo com regras pré-determinadas (cadastro, SPC e li-mites), saber se possui ou não condições de realizar a compra.

É importante também definir como será o procedimento de cobrança, com ênfase princi-palmente nas ligações telefônicas e na inscri-

Movimento no comércio catarinense apresenta sinais de melhora em fevereiroEm contrapartida, inadimplência começa a preocupar

Com o término do período de férias e passado o Carnaval, a expectativa do comércio catarinense é de retomada

nas vendas. As consultas ao banco de dados do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC/SC), que

indicam as intenções de compras a prazo do consumidor, aumentaram 1,81% em fevereiro no comparativo com o mês de janeiro. A me-lhora ainda que tímida é vista com otimismo pelos varejistas e segundo o presidente da Fe-deração das CDLs (FCDL/SC), Sérgio Medeiros, uma tendência natural de início de ano: “há um aquecimento gradual do consumo no decorrer dos meses sobretudo com as datas festivas, como Páscoa, Dia das Mães e dos Namorados”, analisa. O dirigente lojista revela que a previ-são é fechar o ano com crescimento em torno de 4,5% frente a 2011.

Se as previsões em relação às vendas no comércio estadual estão favoráveis, em contra-partida a elevação da inadimplência começa a

preocupar. De acordo com o balanço do SPC/SC, o índice registrado em fevereiro foi de 3,26%, considerado acima dos padrões de Santa Ca-tarina. “Podemos atribuir esta alta no número de inadimplentes aos reflexos das compras de fim de ano”, diz Medeiros. Ele acrescenta que a dificuldade do consumidor em regularizar suas dívidas ainda pode estar relacionada à reces-são na indústria estadual e à estagnação na geração de empregos. “As contratações tem-porárias e permanentes entre dezembro e o começo deste ano ficaram abaixo do esperado. No próprio comércio as vagas foram reduzi-das”, destaca o presidente da FCDL/SC.

Rodrigo Goetten de LimaDir. Relações Públicas da CDL

ção dos devedores no SPC. Por fim, não adianta vender a prazo sem medir a inadimplência e suas causas. Então é preciso estudar dentro de relatórios simples e objetivos, o índice de per-das, e quais tipos de venda estão a causando, para que se tomem medidas na concessão de crédito para reduzir a inadimplência.

Então o crédito está aí, veio para auxiliar o comércio a vender mais e para antecipar sonhos dos consumidores que são realizados hoje e pagos em 12 vezes. Só que este benefí-cio trouxe diversos desafios. O comércio preci-sa profissionalizar mais as políticas de crédito para atender as necessidades que o mercado exige.

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O cenário econômico do Brasil em 2012 lembra um calidoscópio, aquele ins-trumento cilíndrico que combina frag-

mentos de vidros coloridos e espelhos angula-res, divertindo, em especial, as crianças. Mas há uma diferença essencial: no calidoscópio de 2012 nem todas as cores são vivazes e alegres.

A concentração de renda ainda tem núme-ros dramáticos. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), até 2009 cinco capitais concentravam 25% de toda a riqueza gerada no país, o que provoca graves desequi-líbrios regionais e dificuldades imensas para gerenciar o desenvolvimento.

Para o varejo, riqueza concentrada também é muito nociva. Nenhum setor comemorou tan-to a ascensão da classe C quanto o comércio. É importante que esse movimento prossiga estável e sustentável. Qual a receita? A edu-cação, sem dúvida alguma. E nesse aspecto também encontramos uma cor ameaçadora ao fundo do calidoscópio.

Se for verdade que nos últimos anos incor-poramos milhares de crianças a rede pública, também é fato que prosseguimos com outras milhares chegando ao 5º ano de estudo sem ler e escrever com pleno domínio. A China e

a Índia são exemplos recentes do acerto ao investir em educação, e a história mostra que nenhuma nação é soberana politicamente e digna socialmente sem uma educação sólida e de qualidade.

Quando o assunto é emprego, nosso país exibe a mesma ambivalência das boas e más notícias. A oferta cresceu em níveis inéditos historicamente, todavia, convivemos com uma mão de obra sem a necessária formação e, por conta dos minguados e desacertados investi-mentos em educação, o risco é o agravamento deste quadro.

O Brasil tem índices mundiais invejáveis de mobilidade social e de empreendedorismo - na prática, isso significa constatar que gerações melhoram de vida, sucessivamente, e os brasi-leiros investem em novos negócios, com muita coragem e criatividade. Contraponto: empre-ender em nosso país é sinônimo de convivên-cia com leis tributárias, trabalhistas e cíveis que engessam ou estrangulam as iniciativas.

Politicamente, considerando que estamos em um ano eleitoral, não arrisco sonhar com a reforma tributária, pela qual a sociedade aguarda há décadas. Tampouco prevejo mu-danças que representem desoneração de en-

Calidoscópio SocialPor Sérgio Medeiros, presidente da FCDL/SC

cargos trabalhistas ou redução de burocracia. Vale lembrar que a reforma tributária, que in-teressa a maior parcela da sociedade, implica na desoneração do consumo e dos salários, no fim da cumulatividade e na absoluta transpa-rência do sistema arrecadador.

Segundo o Instituto Brasileiro de Planeja-mento Tributário 50% das empresas brasilei-ras pagam mais impostos do que deviam, por desconhecimento do sistema tributário. Com ousadia e diálogo com os setores produtivos, nossos legisladores e governos podem apro-var uma reforma capaz de promover a maior distribuição de renda da história do país. En-tretanto, e em uníssono com analistas políticos e econômicos, sou muito cético quanto a essa possibilidade. Em síntese, a visão dos brasi-leiros em 2012 alternará cores vivas e tons sombrios. Mas o empresário do varejo é um otimista por natureza e prosseguirá trabalhan-do focado naquilo que é promissor e positivo.

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Prêmios sorteados em 2011

capa

COMPRA PREMIADACDL promete novidades para este ano

A equipe de colaboradores, responsável por toda a retaguarda burocrática da campanha, enfatiza a necessidade de atenção

prévia dos comerciantes interessados para garantir que todo o processo de registro seja executado em tempo hábil,

respeitando todos os procedimentos legais.

A Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), de Rio do Sul, realizou um coquetel no dia 8 de março, para comemorar o

sucesso da campanha Compra Premiada 2011 e lançar a edição deste ano. Após alguns anos sem realizar o sorteio de prêmios no final do ano, a CDL reeditou a iniciativa.

O objetivo da campanha é estimular as vendas, atrair novos clientes e fortalecer as relações e a imagem institucional da entida-de. Segundo o Presidente da CDL de Rio do Sul, Raulino Nicolau da Silva, um dos grandes mentores da campanha Compra Premiada, o resultado das vendas de fim de ano superou as expectativas dos lojistas e da própria ins-tituição.

Na comemoração, realizada no auditório do Instituto Federal Catarinense, um vídeo com os números obtidos na edição 2011 foi apresentado, contendo ainda importantes de-poimentos de comerciantes locais, avaliando o resultado. Na ocasião foi apresentada a pro-posta base para a edição 2012. “Mesmo sendo difícil de mensurar o incremento das vendas em decorrência da campanha, é perceptível entre os comerciantes, e mesmo na população, a satisfação geral, em relação ao sucesso do empreendimento”, disse o presidente da CDL.

No ano passado a campanha presenteou cinco clientes, com um automóvel Celta Zero Km, uma motocicleta Honda 125 Cilindradas Zero Km, uma bicicleta elétrica, uma TV LCD de 42 polegadas e um notebook. Os prêmios foram adquiridos junto ao comércio local, em estabelecimentos associados à CDL. Durante a campanha, que iniciou em outubro, e teve seu desfecho no dia 23 de dezembro, foi distribuí-do aproximadamente um milhão de cupons aos clientes dos 150 estabelecimentos credencia-dos.

Os recursos arrecadados foram investidos

no pagamento dos prêmios, marketing da campanha e demais custos operacionais. O saldo positivo foi investido, em parceria com a Prefeitura Municipal, na decoração da cidade e nos eventos natalinos.

O presidente fez questão de destacar a seriedade e o conjunto de responsabilidades que envolvem uma campanha desta enverga-dura. “É necessário todo um trabalho prévio de registros junto ao Setor de Promoções Comerciais da Caixa Econômica Federal, com a elaboração e emissão de inúmeros docu-mentos fiscais e contábeis”, disse. A equipe de colaboradores da CDL teve papel determi-nante na retaguarda da campanha assumindo todo o trabalho de levantamentos, confecção, encaminhamento e registro de toda documen-tação necessária para garantir a legalidade e a transparência do processo. “Isso nos permitiu acumular experiência, conquistar autonomia e efetivamente reduzir custos. Estamos prepara-dos para campanhas ainda maiores, e é o que pretendemos realizar neste ano”, ressalta o presidente.

Para 2012, o projeto toma dimensões ainda maiores. A proposta, ainda em construção, é que se aumente tanto a abran-gência, quanto a pre-miação da campa-nha, e diversas suges tões

estão sendo avaliadas. Neste ano pretende--se oferecer dois automóveis zero Km, além de outros prêmios, contemplando inclusive os estabelecimentos participantes ou seus ven-dedores.

Raulino destacou que todo o esforço da entidade é sempre voltado ao fortalecimento dos estabelecimentos comerciais que integram a entidade, e do comércio como um todo. “Por isso é fundamental a adesão e participação de todos os associados, que atualmente superam os 500 estabelecimentos”, disse. Portanto, para que se consiga superar o desempenho de 2011, conclama a todos os comerciantes locais associados a aderir a Compra Premiada 2012, estabelecendo como meta, passar de 150, para 250 lojas credenciadas.

Maiores informações e a assinatura dos pré-contratos podem ser feitas junto a CDL, pelo telefone (47) 3531-9200 ou pessoalmente em sua sede administrativa, no Centro Empre-sarial, na Rua XV de Novembro.

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11Janeiro / Abril 2012

“Oriundo do antigo COMPRE COM SORTE a CDL de Rio do Sul lançou a COMPRA PREMIADA com sucesso absoluto, e enorme participação dos lojistas fazendo com que os comerciantes além de premiar seus clientes alavancassem suas vendas de

final de ano. A mídia desenvolvida em parceria com a Prefeitura e demais entidades promotoras do SHOW DE NATAL deram um clima especial de final de ano em eventos e decoração. Promovendo o desenvolvimento do turismo e aumento da arrecadação

de impostos.”, afirmou Marco Aurélio Rosar, Secretário de Desenvolvimento Econômico e Empreendedorismo de Rio do Sul

“Enquanto presidente, devo reconhecer que iniciativas como a da promoção Compra Premiada fazem uma grande e positiva diferença. É uma ação onde o comércio de

Rio do Sul, através da CDL e seus parceiros, contemplam os clientes com prêmios de valor relevante, e o faz de forma responsável e transparente, dando credibilidade ao evento. Acredito que esta seja a maneira correta de reconhecer o valor da fidelização

dos clientes e promover o comercio local. Os lojistas, individualmente, dificilmente conseguiriam proporcionar aos seus clientes em termos de promoção o que a Compra

Premiada oferece através do CDL. Parabéns pela iniciativa, é um exemplo a ser seguido.”, segundo Orival Henrique Seola, Presidente do Sindicato do Comércio

No evento, que ocorreu no dia Internacional da Mulher, a CDL

homenageou a Sra. Irma Gadotti, presidenta da Conferência São

Vicente de Paulo, por seus feitos para nossa comunidade, mas especialmente pelos anos de

destacada atuação no comércio

Sorteio dos prêmios, Praça Ernembergo Pellizzetti (23/12/2011)

Coquetel de prestação de contas da Compra Premiada 2011 (08/03/2012)

Entrega oficial dos prêmios (14/01/2012)

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destaques

• Atendimento ao Cliente • Compra no Varejo• Planejamento Estratégico• Operações Logísticas no varejo• Gerência de loja• Matemática Financeira com uso

da calculadora HP • Marketing• Controle de Movimentações

Financeiras• Contabilidades para não Conta-

dores• Representante Comercial• Financeiro• Consultoria em Moda• Custos e Formação de Preços

de Vendas• Vitrinismo• Operações Logísticas no varejo

MARÇO

CRONOGRAMA DE CURSOS

ABRIL

MAIO

JUNHO

JULHO

AGOSTO

SETEMBRO

OUTUBRO

Parceria com o SENAC promove cursos de aperfeiçoamento

CDL promove reestruturação física em seu escritório

Para melhor atender os seus asso-ciados e o público em geral, a Câ-mara de Dirigentes Lojistas (CDL)

está passando por uma reestruturação física em seu escritório, com ampliação do espaço e reestruturação do layout. Se-gundo o Gestor Executiva da CDL, Edinei Stofela, toda a mudança visa facilitar e melhorar o atendimento dos estabeleci-mentos associados e dos serviços do SPC. Além das mudanças físicas, todas as ins-talações elétricas, de telefone e internet foram inspecionadas e novos equipamen-tos serão adquiridos, deixando o trabalho dos colaboradores e diretores mais ágil e melhor. Em breve a CDL convidará todos para a inauguração das novas instalações.

Com o objetivo de aperfeiçoar os conhe-cimentos de gestores e colaboradores do comércio, a Câmara de Dirigentes

Lojistas (CDL) firmou parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (SENAC). Foi estabelecido um cronograma de cursos que serão oferecidos aos lojistas de Rio do Sul. Osnei Rahmeier, Diretor de Aperfeiçoamento Profissional da CDL explica que as capacitações terão dois focos principais, o primeiro é capaci-tar empresários e gestores em áreas relativas à administração de seus negócios e o segundo, visa capacitar os colaboradores do comércio nas áreas de atendimento e relacionamento com os clientes.

Em março ocorreu o curso de “Excelência no Atendimento ao Cliente”, com o empresário e palestrante Silvio Paterno de Blumenau. A ca-pacitação contou com duas turmas, a primeira com 32 inscritos e a segunda com 34.

Os lojistas interessados em participar de-vem procurar a CDL de Rio do Sul, que informa que os estabelecimentos associados possuem descontos nas inscrições dos respectivos cur-sos. Confira o cronograma dos cursos.

Turma do curso de “Excelência no Atendimento ao Cliente”

Informações e dúvidas:(47) 3531-9200 ou www.cdlriodosul.com.br

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Lojistas catarinenses participam da maior feira de varejo do mundo

44ª Convenção Estadual do Comércio Lojista será em Jaraguá do Sul

Ocorreu entre os dias 15 e 18 de ja-neiro a 101ª Convenção Anual da National Retail Federation (NFR), na

cidade de Nova Iorque, nos Estados Unidos. O evento conhecido como Big Show, é considera-do o maior acontecimento do varejo mundial. No local, são mostradas ao mundo as tendên-cias e novidades do varejo através de ideias, conexões e novas tecnologias, motivando os varejistas para a inovação e novas oportuni-dades de negócio. A NRF é a maior associação do comércio no mundo, e sua convenção anual é a voz do varejo de todo planeta. A edição de 2012 destacou em especial a atuação dos mi-

cro e pequenos empresários, pela sua decisiva importância na economia de diversos países de todos os continentes.

O ex-presidente dos Estados Unidos, Bill Clinton, foi um dos palestrantes do encontro, que reuniu 25 mil empresários do varejo de 75 países. Santa Catarina mais uma vez esteve presente, com lideranças lojistas que fizeram parte da delegação brasileira, coordenada pela Confederação Nacional de Dirigentes Lo-jistas (CNDL). E contou com a presença de lo-jistas de Rio do Sul que foram buscar ideias e inovações para os seus comércios.

Já está marcado o mais importante evento do varejo de Santa Catarina, a 44ª Convenção Estadual do Comércio

Lojista, que será entre os dias 24 e 26 de Maio, na cidade de Jaraguá do Sul. Organizado pela Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas de Santa Cataria (FCDL/SC) em parceria com a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Jaraguá do Sul, o evento tem como objetivo reunir lojis-tas de todo o estado para o aprimoramento da gestão e das relações com o consumidor.

Ainda há três vagas disponíveis para ins-crições e os lojistas interessados em partici-par devem procurar a CDL de Rio do Sul, pelo telefone (47) 3531-9200 ou em seu escritório no Centro Empresarial, na rua XV de Novembro.

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case

Aderbal João Machado de Souza: “Ô Vavá, quanto é que custa?”Depois de 50 anos de trabalho será que o Vavá ainda sabe os preços de todos os itens de seu comércio?

Uma história de muito trabalhoe dedicação

Se tentarmos encontrar em Rio do Sul um comerciante de nome Aderbal João Machado de Souza, é bem provável que tenhamos muita dificuldade, no entanto, quem não conhece o Vavá?

Menino pobre nascido no Estreito, bairro de Florianópolis, onde na infância trabalhou como engraxate, vendedor de revistas, carregador de malas, entre outros pequenos serviços que prestou. Em 1961, aos 15 anos, veio para Rio do Sul trabalhar com seu cunhado Hélio Cechet, que na época era proprietário de uma barra-ca onde vendia “miudezas” em geral, junto a Praça Dias Velho, nossa mais antiga rodoviária.

Em 1965 era inaugurada a Estação Rodovi-ária Vitório Fornerolli, na Alameda Aristiliano Ramos, atualmente conhecida como “Rodovi-ária Velha”. Hélio adquiriu um ponto comer-cial e mudou-se para o novo terminal. Vavá permaneceu trabalhando para o cunhado na Praça Dias Velho, e em 1967 adquiriu o ponto, tornando-se proprietário.

Vavá, de empregado passou a patrão, esta-belecido em uma barraca de no máximo 6 me-tros quadrados onde comercializava algo em torno de 300 a 400 itens. Dentre eles grampos de cabelo, pedras de isqueiro, meias, canive-tes, louças e panelas, cortadores de unhas e outras “quinquilharias”.

Nosso personagem lembra que o começo foi muito difícil. As três plataformas de estacio-namento de ônibus não eram mais utilizadas, pois a estação de embarque e desembarque de passageiros estava em outro local. De forma geral, não se acreditava no possível sucesso daquele garoto que falava “cantadinho”. Para prosperar como comerciante precisou de muita criatividade e coragem, além de muito traba-lho. Pode-se dizer que foi o primeiro camelô de nossa cidade. Lembra que para atrair a aten-ção dos clientes costumava se postar junto às plataformas desativadas e citar a seguinte fala: “Vai sair a cobra Dona Catarina, a única que equilibra uma moeda na língua, quem não viu vai ver, quem já viu vai aprender, a entrada

é franca e a saída é de graça, “vamo chegá” meu povo.” Naquele tempo costumava também “mascatear” pelos bairros, de bicicleta, ofere-cendo suas mercadorias de casa em casa.

Aderbal, Vavá, permaneceu na Praça Dias Velho até 1983, ano da primeira grande en-chente em nossa cidade. No entanto, nessa época o negócio já tinha prosperado. Vavá não se utilizava mais da velha barraca, já havia es-tendido seus domínios para o prédio onde an-teriormente funcionava a rodoviária, e além da família já tinha contratado alguns poucos fun-cionários. Mais do que isso, já havia construído um prédio na recém-aberta Avenida Oscar Bar-celos, que ainda era uma estrada de chão, sem qualquer valor, como rua de comércio.

Ocorrida a enchente, mais um desafio: não era mais possível permanecer ali e a família optou por se instalar no seu prédio próprio, aquele da Oscar Barcelos, onde até hoje fun-ciona o Bazar do Vavá, inaugurado em 1983. Em 1992, mais um grande golpe abate-se so-bre a família. Um incêndio consome o prédio de quase um século, na Praça Dias Velho, onde ainda funcionava um depósito de mercadorias. O prejuízo foi tão grande que quase inviabili-zou o negócio. O apoio da família, de amigos e o crédito dos fornecedores permitiu o restabe-lecimento e, em 1993 é inaugurada a Loja Vavá Brinquedos, praticamente em frete ao Bazar.

Passados mais de 50 anos foram muitos os avanços. Seu comércio ocupa hoje um espaço de mais de 1.600 metros quadrados de área construída, distribuídos em duas lojas. Comer-cializa mais de 70 mil itens e emprega além da família, 20 funcionários, alguns com mais de 25 anos de casa.

O personagem do comércio

Homem do bem, simpático e bem humora-do, dono de um sorriso cativante, além de uma bela história de sucesso, o que caracteriza o Vavá como personagem do nosso comércio é sua memória privilegiada, pelo menos é o que se supõem. É muito comum em seu estabeleci-mento um colaborador ao atender um cliente mostrar determinado produto para o Vavá e

perguntar: “Ô Vavá, quanto é que custa?”. E este sem pestanejar responder de pronto: “É tanto”. O que muitos se perguntam é se ele realmente sabe os preços ou chuta de acordo com a cara do cliente.

Sobre esse fato nos respondeu que anti-gamente, quando o número de itens era bem menor e como era o único a trabalhar no seu comércio sabia sim, pois era quem comprava. Definia o preço e vendia. Atualmente, com a dimensão que seu comércio tomou, dividiu parte das funções de compra com seu sobrinho Hélcio Cechet (filho de Hélio) e sua filha Soraia, sendo responsável pela compra de alguns itens e admite: “Hoje não sei mais o preço de todos os artigos, mas conto com um importan-te aliado, meu computador”.

Afora este contexto mais folclórico é de se admitir que o nosso Vavá tem uma das histó-rias mais bem sucedidas no comércio local, podendo ser referência para tantos outros comerciantes. Com ele a máxima de que: “É o olho do dono que engorda o boi.”, funciona. Vavá tem o hábito de abrir e fechar seu esta-belecimento diariamente. É quem cuida do cai-xa e quem supervisiona tudo o que acontece.

“Quem acha que vai abrir um comércio hoje e ficar rico amanhã é melhor nem começar, mas quem quiser trabalhar e for perseverante no negócio ele chega lá ...”

A cima, fachada do Bazar do Vavá. Em baixo, Vavá Brinquedos, ambas na Av. Oscar Barcelos

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Aderbal João Machado de Souza: “Ô Vavá, quanto é que custa?”Depois de 50 anos de trabalho será que o Vavá ainda sabe os preços de todos os itens de seu comércio?

Quando perguntamos que conselhos ou sugestões daria a quem quer empreender no comércio, faz algumas recomendações: “Quem acha que vai abrir um comércio hoje e ficar rico amanhã é melhor nem começar, mas quem quiser trabalhar e for perseverante no negócio ele chega lá ... O comerciante tem que saber que quando fecha o caixa ao final do dia aquele dinheiro não é tudo lucro, somente uma pequena parte. Ele não pode se descapitalizar, investir fora do negócio. Tem que trabalhar duro e perseverar”.

Hoje com 66 anos, mais de 50 trabalhando no comércio, sente-se um homem realizado e feliz. Espera ter saúde e vigor para seguir trabalhando, mas agora procura compatibilizar seu tempo para desfrutar de momentos de lazer junto aos amigos, da esposa Waltrudes, dos filhos Cléber e Soraia e dos netos Ítalo e Isabela.

“Bem, eu agora também quero curtir um pouco mais a vida, e tenho procurado con-ciliar alguns momentos de lazer e diversão.

Porém, sem perder o controle dos negócios, de maneira a deixar que minha família possa dar continuidade ao que começamos há muito tempo e dedicamos uma vida inteira”, conclui sem deixar de transparecer a satisfação e o orgulho que tem por ter vencido na vida com honestidade, responsabilidade e muito, mas muito trabalho.

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Esta seção faz o resgate da história da Câmara de Di-rigentes Lojistas (CDL) de

Rio do Sul, que completa 45 anos de atividade e se confunde com a própria história do município, dada a importância e a permeabi-lidade da instituição junto à socie-dade.

Vamos registrar os fatos mais relevantes do ponto de vista dos seus protagonistas, e a cada edição abordaremos pontos específicos desta história. Portanto, o que se

quer não é fazer um relato de toda a cronologia, mas sim elencar os acontecimentos mais marcantes.

Nesta primeira edição da Co-mércio em Revista, traremos al-guns dos aspectos mais relevantes do processo de fundação da CDL, com informações levantadas atra-vés de entrevista com aquele que é reconhecido como o principal artífice, fundador e primeiro pre-sidente da entidade, Egon Ewald, sócio-diretor da Lancer Modas e uma das mais reconhecidas perso-nalidades do comércio varejista de

Santa Catarina.Lá pelos meados dos anos

60, o jovem empre-endedor, entusiasta

do associativismo, formado con-tador pelo Colégio Dom Bosco e, de-pois graduado em Ciências E conômicas em Curitiba, foi o grande protagonista dessa bela his-tória, puxando a frente dos demais comer-

ciantes para essa grande empreitada.

Percebendo a necessidade da organização dos comerciantes lo-cais em torno de uma entidade que pudesse agregar os interesses em comum, oportunizar o fortaleci-mento e estimular a troca de expe-riências, buscou em outras cidades dentro e fora do estado modelos que pudessem servir de referência.

Depois de participar de alguns encontros, trouxe para Rio do Sul a experiência do CDL (Clube de Diretores Lojistas), já implantado nos principais municípios do esta-do. Entusiasmado com a ideia pas-sou a identificar e procurar parcei-ros para essa caminhada. Já num primeiro instante percebeu que os comerciantes locais se enxerga-vam, segundo suas palavras, como “rivais, quase inimigos, não apenas concorrentes”, o que considerou o principal desafio.

Em 1965, depois de uma cri-teriosa seleção, contando com o irrestrito apoio do amigo Lotar Dieter Maas, conseguiu reunir 13 comerciantes e semear a ideia. A partir desse momento passaram a se reunir semanalmente, no Res-taurante do Clube Concórdia, onde atualmente estão localizados os estúdios da RBA TV, e amadu-recer o projeto da criação do CDL.

O primeiro fruto deste trabalho foi à criação do Serviço de Prote-

CDL 45 ANOSA história por seus protagonistas

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ção ao Crédito (SPC), implantado inicialmente junto a Associação Comercial e Industrial de Rio do Sul (ACIRS), um serviço apenas disponível nas maiores cidades do estado, que teve como primeiro presidente Egon Ewald.

O bom desempenho do SPC criou o clima de confiança e reci-procidade para que se criasse em 1967 o Clube de Diretores Lo-jistas de Rio do Sul, que também teve como primeiro presidente o Sr. Egon Ewald. No inicio, o CDL também foi instalado junto a ACIRS, que a época funcionava na esquina da Rua 7 de Setembro com a Rua Carlos Gomes, no prédio da

Família Krieck. Mais tarde mu-dou-se para outro prédio, também na Rua Carlos Gomes, até que em 1989 transferiu-se para sua sede própria junto ao Centro Empresa-rial, a Rua XV de Novembro, onde funciona até hoje.

Em 1994, o Clube de Diretores Lojistas de Rio do Sul passa a de-nominar-se oficialmente Câmara de Dirigentes Lojistas de Rio do Sul, como é conhecida hoje. A par-tir da fundação, inúmeras conquis-tas se sucederam, algumas intan-gíveis como o fortalecimento do comércio como um todo, o desen-volvimento da cidade, o aprimo-

Os 13 fundadoresJoão Domingos Sedrez (Casa 15)

Lotar Dieter Maas (Drogaria e Farmácia Gemballa)Carlos Marzall Filho (Carlos Marzall Filho)

Felix Siebert (Móveis Siebert)Egon Ewald (J. Ewald Ltda)Wilbert Foryta (Lojas Paul)

Rodolfo Marzall Filho (Foto Marzall)Antônio Felippe (Bazar Felipe)

Raul Pamplona (União Comercial Riosulense)Fridolino Naschweng (Máquinas Rio do Sul)

Rubens Bins da Silveira (Distribuidora de Automóveis)Roland Haertel (Casa das Máquinas)

Luiz Fronza (Com. de Tintas e Armas)

ramento dos serviços e produtos, a qualificação dos comerciários e dos próprios comerciantes. E ou-tras tangíveis como a transferência do SPC, da ACIRS para a CDL em 1969, a vinda do SENAC e a con-quista de um espaço próprio.

Estas conquistas contribuíram com a efetiva consolidação da en-tidade, e o grupo fundador passou a perceber também a necessidade de promover eventos festivos e re-creativos. Foi aí que surgiu a mo-tivação para a construção de uma Sede Campestre. Mas essa parte da história fica para a próxima edição.

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A ideia é ofertar aos Associados CDL os serviços de Transferência Eletrônica de Fundos, nomeado TEFLOJA, recebendo cartões de crédito/débito e consultando SPC

no próprio caixa (PDV), facilitando assim o Associado eagilizando o atendimento a seus clientes.

www.tefloja.com.br

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