Para a rede de materiais de construção Alvorada, que atua justamente em um dos setores que mais sentiu os efeitos econômicos nos últimos anos, 2015 foi ano de ampliar o faturamento. O diretor da rede, Edson Luiz, explica de forma simples uma decisão muito bem planejada. “Já prevíamos uma crise, que não seria só de um ano, mas também percebemos

Hora de faturar mais

Também foi um olhar mais atento que levou a tatuadora Enaile de Almeida Souza, 22 anos, a criar um ambiente mais leve para atrair o público feminino. A ideia deu certo e a tatuadora completou, em fevereiro, um mês como MEI. “Estou até surpresa com a procura, tem dias que atendemos de 10 a 12 mulheres”.

que era momento de se estabelecer na região, porque os demais também estão abalados”.

Com as finanças e gestão em dia, a empresa pôde dar o grande passo de chegar à terceira unidade de varejo na Capital, somando o centro de distribuição. A nova loja, com sede própria com 1,1 mil metros quadrados, está localizada na Avenida de Bandeirantes e gera 25 empregos diretos. Ao todo, são 180 empregos diretos na rede. “O desempenho da nova loja foi dentro do esperado, o faturamento está corresponden-do e estamos animados em sonhar com uma quarta unidade em Campo Grande. Pretendemos estabelecer uma relação de confiança em todos os nossos relacionamentos, desde o cliente, passando pela nossa equipe até chegar ao nosso fornecedor”, explica Edson.

A rede também tem em seu site um guia de profissionais com 300 prestadores de serviços cadastrados, oferece manuais para autosserviço em 15 atividades diferentes e conta com mais de 20 mil produtos a pronta entrega.

Da cozinha para os canteiros de obras, a microempreende-dora Aparecida Siqueira Lima, de 43 anos, de Anastácio – município à 130 Km da Capital –, conta que há cinco anos mudou o ramo de atuação. Para ela, 2015 foi um ano de muito trabalho, com alguns percalços, mas a demanda se mantém. “Se o País atravessa uma crise isso afeta todos os setores, mas ainda assim e, mesmo com a chuva de início de ano, sempre há procura por reparos”.

De acordo com o Sindicato da Indústria da Construção Civil de Mato Grosso do Sul (Sinduscon-MS), a retração ainda deve persistir em 2016, estimada em 5%, mas já menor que os 8% registrados em 2015. “É necessário criar um ambiente de negócios favorável, para que possamos buscar a recuperação. E quando começarmos a crescer, seja possível aproveitar o momento e prospectar melhores negócios”, avalia o presiden-te, Amarildo Miranda Melo.

COMÉRCIO & CIAMARÇO / ABRIL 2016 17

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