Como escrever para o “Recreio” -...

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DOMIANA N’JILA | Vivia numa povoação perto da cidade do Cubal, em Ben- guela, uma família muito feliz e próspera. Essa família tinha co- mo sustento a venda de flores e algumas plantas aos citadi- nos daquela cidade. Chilepo fazia parte dessa família e era quem regava as flores, mas ela queria fazer muito mais pelas plantas do que apenas regar. Chilepo era ainda muito pe- quena para fazer alguma coisa por isso observava a mãe a cui- dar das plantas e o pai que vendia as flores. E o seu pai sempre lhe dizia: -As pessoas que compram as flores e plantas que semea- mos no nosso jardim gostam delas e, sabes porquê? Porque elas dão-nos oxigénio, algu- mas são medicinais e alegram a nossa vida. Chilepo queria, para além de aprender mais sobre as plantas, pedir à mãe para lhe ensinar a cuidar delas mas tinha medo que ela não aceitasse por ser ainda pequena e não poder me- xer nos instrumentos para o tra- balho que eram muito perigo- sos. Então ela apenas observa- va a mãe a cuidar das plantas. Ela queria tratar a terra antes de semear uma planta, dar atenção e regar sempre até ao momento do seu desabrochar. Então foi aprendendo a cuidar de um jardim em segredo. Os seus pais gostavam de semear Rosas, Cravos Malme- queres e Margaridas porque a região do Cubal, no interior de Benguela, tinha um clima pro- pício para as flores crescerem. Um certo dia a mãe da Chile- po adoeceu e o seu pai não po- dia cuidar das plantas porque nunca se interessou em apren- der, apenas as vendia. Então o jardim começou a secar e a fi- car sem cor, as plantas mur- charam e os citadinos deixa- ram de as comprar. Chilepo conversou com sua mãe e disse a ela que queria tratar do jardim e podia cuidar das plantas, mas a mãe duvi- dou dela: -Como vais cuidar, fil- ha, se eu nunca te ensinei a cui- dar delas? Então Chilepo res- pondeu muito carinhosa: -A mãe nunca me ensinou mas eu aprendi de tanto obser- vá-la cuidar das plantas. E algu- mas vezes era eu quem semea- va aquelas plantas que apare- ciam sem a mãe as ter semea- do. Por isso digo que eu sou capaz de cuidar das plantas. -És uma grande menina, sem- pre te privei de mostrares os teus dotes de jardineira que são melhores do que os meus. Na verdade sempre desconfiei que eras tu quem semeava aquelas flores. -Então a mãe deixa eu cuidar do jardim? -Sim, porque tens uma flor milagrosa dentro de ti que dá vida a qualquer flor murcha, es- sa flor é o teu coração! Temos de ter amor pelas plantas e tu tens de sobra, meu amor. A mãe de Chilepo recuperou da doença e passou a cuidar do jardim com a filha. CONSELHOS CONTOS POPULARES ANGOLANOS O jardim triste e a flor milagrosa PROVÉRBIO ADIVINHAS Soluções: 1. Fava; 2. Problemas; 3. Dentes; 4. Dente; 5. Cadeira de braços Visitas de estudo são importantes Caros amigos, escrevo esta cartinha com o propósito de chamar a atenção das direcções das escolas, tanto públicas como particulares. Em tempos estive a assistir o programa “Carrossel” no canal 1da TPA, e falavam de visitas de estudo. Notei que muitos alunos que estavam ali não tinham visitado um local histórico. Temos alguns museus aqui na capital que podem ser visitados pelos alunos a pedido das escolas, co- mo visitas guiadas de estudo. Os museus têm muita informação rela- cionada com as matérias que estudamos, e é bom se os professores, em colaboração com a direcção das escolas, planificarem uma visita de es- tudo guiada aos museus, ou a outros locais históricos que existem no nosso país para nosso conhecimento. Eu já visitei o Museu de História Natural, o Museu das Forças Armadas e o Museu Óscar Ribas com os meus pais e gostei, porque fiquei a conhecer coisas novas e importantes para qualquer pessoa que estuda. Portanto, os outros papás também podem e devem fazer isso, para alargar o conheci- mento dos seus filhos, enquanto os colégios e escolas não planificam es- tas visitas tão importantes para nós, que tanto precisamos aprender. Papás e professores lembrem-se que o futuro precisa ser bem orientado e isso passa pelo conhecimento científico e geral de todas as crianças en- quanto alunos e estudantes. ANA TCHISSOLA MAZEMBO |13 ANOS |LUANDA 1. Até me tiram os olhos, por mais infeliz me ver, mas se al- guém briga da língua sempre comigo vem ter. 2. Ninguém o deseja ter, mas quem o tem não o quer perder. 3.Trinta cavalos brancos num monte vermelho, primeiro comem, depois pisam e depois ficam quietos. O que são? 4.Tenho coroa sem ser rei e raiz sem ser planta, dou sustento à minha gente mas também faço sofrer. 5. Muitas vezes me arrastam, e quando de mim se valem, sempre as costas me viram. «O silêncio é de ouro e muitas vezes é resposta. Prov. popular Domingo, 10 de Agosto de 2014 Nº 166 SÉRIE III |11 Como escrever para o “Recreio” O nosso endereço é: Recreio - Página Infantil do Jornal de Angola - Rua Rainha Ginga, 18/26 - Luanda, ou para o e-mail: [email protected]. R R ecreio ecreio Suplemento infantil do Jornal de angola BRINCAR E APRENDER CARTAS DOS AMIGUINHOS Vamos fazer uma experiência ABalão MATERIAL 1. Um balão 2. Um cachecol de lã COMO FAZER 1. Encha o balão. Quando estiver cheio dê um nó no bico. 2. Esfregue o balão no cachecol. AO QUE ACONTECE O balão prende-se em todos os lugares: na parede, no ca- belo, no rosto... APOR QUE ACONTECE? Esta fricção toda cria uma carga de electricidade no balão, a electricidade estática. É ela que faz com que o balão se prenda em todos os lugares. S S A A B B I I A A S S Q Q U U E E . . . . . . Uma criança inteligente Prestem bem atenção, meni- nos. Todas as crianças são re- preendidas pelos pais. Não há nem uma criança que nunca tenha sido chamada à atenção pelo pai ou pela mãe. O importante é saberes guar- dar aquela repreensão para que não voltes a ser repreen- dido pelo mesmo erro. Fica sempre atento quando um mais velho está a ralhar a outro menino, porque apren- des e evitas ser repreendido por esse mesmo erro. CASIMIRO PEDRO VAMOS COLORIR Completa os desenhos juntando os pontos e pinta ao teu gosto

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Page 1: Como escrever para o “Recreio” - imgs.sapo.ptimgs.sapo.pt/jornaldeangola/img/file53e743205bda5recreio.pdf · Então foi aprendendo a cuidar de um jardim em segredo. Os seus pais

DOMIANA N’JILA |

Vivia numa povoação pertoda cidade do Cubal, em Ben-guela, uma família muito feliz epróspera. Essa família tinha co-mo sustento a venda de florese algumas plantas aos citadi-nos daquela cidade. Chilepofazia parte dessa família e eraquem regava as flores, mas elaqueria fazer muito mais pelasplantas do que apenas regar.Chilepo era ainda muito pe-

quena para fazer alguma coisapor isso observava a mãe a cui-dar das plantas e o pai quevendia as flores. E o seu pai sempre lhe dizia:-As pessoas que compram

as flores e plantas que semea-mos no nosso jardim gostamdelas e, sabes porquê? Porqueelas dão-nos oxigénio, algu-mas são medicinais e alegrama nossa vida.Chilepo queria, para além de

aprender mais sobre as plantas,pedir à mãe para lhe ensinar acuidar delas mas tinha medoque ela não aceitasse por serainda pequena e não poder me-xer nos instrumentos para o tra-

balho que eram muito perigo-sos. Então ela apenas observa-va a mãe a cuidar das plantas. Ela queria tratar a terra antes

de semear uma planta, daratenção e regar sempre até aomomento do seu desabrochar.Então foi aprendendo a cuidarde um jardim em segredo.Os seus pais gostavam de

semear Rosas, Cravos Malme-queres e Margaridas porque a

região do Cubal, no interior deBenguela, tinha um clima pro-pício para as flores crescerem.Um certo dia a mãe da Chile-

po adoeceu e o seu pai não po-dia cuidar das plantas porquenunca se interessou em apren-der, apenas as vendia. Então ojardim começou a secar e a fi-car sem cor, as plantas mur-charam e os citadinos deixa-ram de as comprar.

Chilepo conversou com suamãe e disse a ela que queriatratar do jardim e podia cuidardas plantas, mas a mãe duvi-dou dela: -Como vais cuidar, fil-ha, se eu nunca te ensinei a cui-dar delas? Então Chilepo res-pondeu muito carinhosa:-A mãe nunca me ensinou

mas eu aprendi de tanto obser-vá-la cuidar das plantas. E algu-mas vezes era eu quem semea-va aquelas plantas que apare-ciam sem a mãe as ter semea-do. Por isso digo que eu soucapaz de cuidar das plantas.-És uma grande menina, sem-

pre te privei de mostrares osteus dotes de jardineira que sãomelhores do que os meus. Naverdade sempre desconfiei queeras tu quem semeava aquelasflores. -Então a mãe deixa eucuidar do jardim?-Sim, porque tens uma flor

milagrosa dentro de ti que dávida a qualquer flor murcha, es-sa flor é o teu coração! Temosde ter amor pelas plantas e tutens de sobra, meu amor.A mãe de Chilepo recuperou

da doença e passou a cuidar dojardim com a filha.

CONSELHOS

CONTOS POPULARES ANGOLANOS

O jardim triste e a flor milagrosa

PROVÉRBIO

ADIVINHAS

Soluções:1.Fava; 2. Problemas; 3. Dentes; 4. Dente; 5. Cadeira de braços

Visitas de estudo são importantesCaros amigos, escrevo esta cartinha com o propósito de chamar a atençãodas direcções das escolas, tanto públicas como particulares.Em tempos estive a assistir o programa “Carrossel” no canal 1da TPA, efalavam de visitas de estudo. Notei que muitos alunos que estavam alinão tinham visitado um local histórico. Temos alguns museus aqui nacapital que podem ser visitados pelos alunos a pedido das escolas, co-mo visitas guiadas de estudo. Os museus têm muita informação rela-cionada com as matérias que estudamos, e é bom se os professores, emcolaboração com a direcção das escolas, planificarem uma visita de es-tudo guiada aos museus, ou a outros locais históricos que existem nonosso país para nosso conhecimento.Eu já visitei o Museu de História Natural, o Museu das Forças Armadas e oMuseu Óscar Ribas com os meus pais e gostei, porque fiquei a conhecercoisas novas e importantes para qualquer pessoa que estuda. Portanto, osoutros papás também podem e devem fazer isso, para alargar o conheci-mento dos seus filhos, enquanto os colégios e escolas não planificam es-tas visitas tão importantes para nós, que tanto precisamos aprender.Papás e professores lembrem-se que o futuro precisa ser bem orientado eisso passa pelo conhecimento científico e geral de todas as crianças en-quanto alunos e estudantes.

ANA TCHISSOLA MAZEMBO |13 ANOS |LUANDA

1. Até me tiram os olhos, por mais infeliz me ver, mas se al-guém briga da língua sempre comigo vem ter.2. Ninguém o deseja ter, mas quem o tem não o quer perder.3.Trinta cavalos brancos num monte vermelho, primeirocomem, depois pisam e depois ficam quietos. O que são?4.Tenho coroa sem ser rei e raiz sem ser planta, dou sustentoà minha gente mas também faço sofrer.5. Muitas vezes me arrastam, e quando de mim se valem,sempre as costas me viram.

«O silêncio é de ouro e muitasvezes é resposta. Prov. popular

Domingo, 10 de Agosto de 2014Nº 166 SÉRIE III

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Como escrever para o “Recreio”O nosso endereço é:Recreio - Página Infantil do Jornalde Angola - Rua Rainha Ginga,18/26 - Luanda, ou para o e-mail:[email protected].

RRecreioecreioSuplemento infantil do Jornal de angola

RecreioSuplemento infantil do Jornal de angola

BRINCAR E APRENDERCARTAS DOS AMIGUINHOS

Vamos fazer uma experiência ABalão

MATERIAL1. Um balão2. Um cachecol de lãCOMO FAZER1. Encha o balão. Quando estiver cheio dê um nó no bico.2. Esfregue o balão no cachecol.

AO QUE ACONTECEO balão prende-se em todos os lugares: na parede, no ca-belo, no rosto...APOR QUE ACONTECE? Esta fricção toda cria uma carga de electricidade no balão, aelectricidade estática. É ela que faz com que o balão seprenda em todos os lugares.

SSAABBIIAASS QQUUEE......

Uma criança inteligentePrestem bem atenção, meni-nos. Todas as crianças são re-preendidas pelos pais.Não há nem uma criança quenunca tenha sido chamada àatenção pelo pai ou pela mãe.O importante é saberes guar-dar aquela repreensão paraque não voltes a ser repreen-dido pelo mesmo erro. Ficasempre atento quando ummais velho está a ralhar aoutro menino, porque apren-des e evitas ser repreendidopor esse mesmo erro.

CASIMIRO PEDRO

VAMOS COLORIR

Completa os desenhosjuntando os pontos e pinta ao teu gosto