Sua empresa surge da organização de pessoas dispostas e preparadas a atender às necessidades e vontades de um mercado abstrato, que se relaciona com sua empresa através das ações e atitudes dos seus clientes.

Nós nascemos parte das máquinas dereprodução sociais. Somos induzidos a ser a parteque ajuda as organizações sociais a funcionar. Tanto

éque são as funções que nos definem; Marceneiro,Comerciário, Chefe de seção, Engenheiro, Professor

eetc.

Ou seja, aprendemos a ter a consciência daengrenagem e não a da máquina. A atuarcomo árvore não tentar ter a visão dafloresta.

Somos viciados em ser parte de alguma coisa. Sósentimos que existimos quando pertencemos a umtime, a uma empresa, a uma igreja ou a umaorganização. Nos viciamos a responder ao condicionamento dafunção, em vez de tentarmos adquirir uma visãogeral dos processos em que a função está inserida. Vemos a função, mas não vemos a empresa. E quando imaginamos a empresa, não percebemos o setor econômico de atuação da empresa.

Alugamos sala, compramos equipamentos, contratamos

funcionários, identificamos os nichos de mercado. Tudo

de acordo com os manuais. Mas... Administramos a empresa ainda com oscondicionamentos de engrenagem e de árvore. Ou seja: criamos uma função de chefe para nós ecomeçamos a dar ordens; olhamos para nossa

empresae não para as tendências do mercado em que ela

estáinserida.

Ao gerenciar a empresa com cabeça de engrenagem eespírito de árvore corremos o risco de acomodar nasfases de sucesso ou nos amedrontar diante de

desafios. A fábula da onda do mar. Toda poderosa. Arrasaquarteirão. Um tsunami. Até que ultrapassa um recife e o mar recua. A onda, em sua constituição, é a

mesma.Ainda é água. Mas, deslocada da potência do oceano,não tem mais força.

Ao abrir sua empresa suas habilidades sãoimportantes, sua determinação é importante, suadisciplina é importante. Mas o que o sustentará são as repetidas ondasdo mercado. Se você aprender a surfar nas

ondasdo mercado que têm a ver com sua habilidade,determinação e disciplina, amplia as chances desobreviver.

Sua empresa, sua equipe, seu pequeno negócio sãopilares que o ajudam a perceber, captar as tendênciasdas ondas do mercado e se ajustar antes dos seusconcorrentes a elas. Portanto, se você não quer gerenciar como umaengrenagem, o importante é se manter sempre alerta,ouvindo muito, transformando crítica em vantagemcompetitiva, pronto para abraçar o que é novo e, ao

mesmotempo, pronto para abandonar o que deu certo ontem

masque já é duvidoso hoje.

Lembre-se da onda. Forte e poderosa até ultrapassar orecife. É melhor e mais seguro inverter as coisas. Em vez

de chefe, organize equipes e aprenda a liderá-las. Só contratealguém que possa acrescentar algo à sua empresa, sejam relacionamentos, uma habilidade de prospectar

clientes,umaintegridade, uma visão de condução do empreendimento

queseja complementar à sua. Evite os que só dizem “Sim, sim”. E tente conviver com osque dizem “Não, mas...”

Quando a gente é engrenagem, tende ter a visão dosque ficam planície. Quando captamos o espírito dafloresta, nos elevamos às altitudes das montanhas. E aprendemos a apreender os desdobramentos de cadaação ou iniciativa. E a nos treinar a ter sempre umaatitude empreendedora em cada decisão quetomamos. É essa atitude empreendedora que transforma osobstáculos em desafios que, ao serem superados, setransformam em ganhos de posicionamento emrelação aos concorrentes, em ganhos de expertise em ganhos de sabedoria gerencial.

Em vez do vício da função, se vicie em vincular a partecom o todo, a árvore com a floresta, a expertisecombinada de sua equipe com as necessidades domercado. Em vez de dar uma ordem, tente sempre ouvir muito, com o corpo inteiro, até ser capaz de anunciar

uma tendência e estimular sua equipe a aproveitar asoportunidades embutidas naquela tendência. Aprenda a nivelar o sucesso e o fracasso. Um prejuízo éuma lição que você paga para corrigir erros futuros. Umagrande tacada significa que vai gerar sobras para você buscar, imediatamente, a ampliação de seus negócios.

Aprenda a se lembrar das razões que olevaram a ser bem sucedido. Ou seja, registretodos os detalhes que foram determinantespara que uma proposta tenha sido aceita. Faça omesmo para os erros, as críticas, os prejuízos.

E toda vez que estiver diante de um novocliente, lembre-se tanto do que o ajudoua acertar como no que foi determinantepara seus erros.

Lição do professor Sílvio Mincioti:

“O mercado não age; o mercado reage”.

Portanto, se ainda não tem, contrate um profissional de telemarketing ativo, que vai dar murro nos ouvidos do mercado e martelar sua disponibilidade. E quando puder, aposte em ações de marketing e de gerenciamento da sua própria mídia, que são seus clientes, fornecedores e parceiros que o ajudam a operar sua empresa.

É jornalista. Trabalhou na Folha de S. Paulo, Folha da Tarde, Notícias Populares, Jornal da Tarde, Diário do Grande ABC e DCI. Em Londres, trabalhou para o Central Office of Information, órgão de divulgação do governo inglês.

Dirige a MDM (Marco Direto Marketing). e a Agência Consumidor Popular. É autor do livro "Procurar Emprego Nunca Mais", com prefácio de Joelmir Beting.

marcoroza@mdm.com.brLigue: 11 3299 5988

Empresário: Criou empresas a partir do seu FGTS e vendeu duas para uma multinacional. Autor dos livros Socorro, roubaram meu tempo e Managing Your Business with Outlook na série or Dummies americana.

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