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COMO REDUZIR CURSOS EM ENERGIA ELÉTRICA MÓDULO 1 SISTEMA TARIFÁRIO BRASILEIRO Neste Módulo veremos sobre os principais conceitos de energia elétrica que a ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica) considera importantes para que se compreenda o sistema tarifário brasileiro. Além disso, veremos também algumas regras de funcionamento desse sistema. 1.1 - Principais conceitos 1.2 – Benefícios do sistema tarifário Resumo

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COMO REDUZIR CURSOS EM ENERGIA ELÉTRICA

MÓDULO 1

SISTEMA TARIFÁRIO BRASILEIRO

Neste Módulo veremos sobre os principais conceitos de energia elétrica que a ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica) considera importantes para que se compreenda o sistema tarifário brasileiro. Além disso, veremos também algumas regras de funcionamento desse sistema.

1.1 - Principais conceitos1.2 – Benefícios do sistema tarifárioResumo

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1.1 – Principais conceitos

Para a melhor compreensão do sistema tarifário brasileiro, a ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica) recomenda, primeiramente, que alguns conceitos básicos sejam compreendidos:

CONCEITOS BÁSICOS DO SISTEMA TARIFÁRIO BRASILEIRO

- Demanda de energia em KW: é a medida de energia elétrica capaz de fazer com que os equipamentos elétricos funcionem perfeitamente. Essas medidas seguem um padrão de nomenclatura:- Watts: W;- milhares de Watts: kW;- milhões de Watts: MW.

- Consumo de energia elétrica ativa: é a medida de energia elétrica gasta com o funcionamento da empresa, em um determinado período. Pode ser expressa em:- Watts por hora: Wh;- milhares de Watts por hora: KWh;- milhões de Watts por hora: MWh.

- Demanda medida em KW: é a demanda medida pela concessionária, de hora em hora, em um intervalo de 15 minutos, expressa em milhares de Watts.

- Demanda máxima em KW: é a demanda máxima medida pela concessionária, de hora em hora, em um intervalo de 15 minutos, expressa em milhares de Watts.

- Demanda média em KW: é a demanda média medida pela concessionária, de hora em hora, em um intervalo de 15 minutos, expressa em milhares de Watts.

- Fator de carga (FC): é a relação entre a demanda de energia média e a demanda de energia máxima, ao longo do mês. É utilizado como indicador da eficácia do sistema elétrico do consumidor. Um valor razoável é maior que 0,7, caso o fator de carga seja menor, indica que o uso de energia está ruim.

- Tensão primária de fornecimento em KV: é o valor da tensão elétrica da entrada de força em Alta e Média Tensão onde: Média Tensão vai de 2,3KV a 69KV e Alta Tensão acima de 69KV.

- Tensão secundária de fornecimento em VV: é o valor da tensão elétrica da entrada de força em Baixa Tensão, como, por exemplo, 110V, 220V, 380V, 440V. - Consumo de energia elétrica reativa kWh: é todo tipo de energia elétrica que não é transformada em trabalho como, por exemplo, calor, movimento, luz. O

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consumo de energia reativa está associado a perdas e está sujeito a cobrança de multas, caso seja excessivo.

- Fator de potência (FP): é obtido por um cálculo comparativo entre energia elétrica ativa consumida em kWh e energia elétrica reativa consumida. O FP deve ser menor que 0,92.

- Tarifa monomial: é a cobrança apenas pelo Consumo de Energia Elétrica Ativa, não é cobrada a Demanda e por isso é chamada de monomial.

- Tarifa binomial: é cobrada pelo consumo de energia elétrica e também pela Demanda, por isso chamada de binomial.

- ECE: é a sigla para Encargo de Capacidade Emergencial. É um imposto para subsidiar a construção de novas usinas de geração de energia e incide sobre o total de energia elétrica ativa consumida.

- Impostos: sobre os custos com energia elétrica, incidem os impostos de ICMS, PIS/PASEP e COFINS. Estes impostos variam de concessionária para concessionária e podem chegar até a 50% dos custos com a energia elétrica. Para as indústrias, o valor cobrado pelo ICMS pode ser recuperado mediante laudo técnico de um engenheiro estabelecendo o percentual consumido pelas máquinas de produção.

Para viabilizar a redução de energia elétrica, é importante conhecer, também, a estrutura tarifária Horo-Sazonal. Essa estrutura caracteriza-se por diferenciar o valor das tarifas de acordo com períodos do ano e horários do dia.

PERÍODOS DO ANOO maior potencial de geração de energia elétrica concentra-se no período chuvoso:

Período seco: Intervalo entre maio e novembro de cada ano onde, devido a escassez de chuvas, o custo da energia elétrica é maior.

Período úmido: Intervalo entre dezembro e abril do ano onde, devido a abundância de chuvas, o custo da energia é menor.

DIVISÃO DO DIA

Horário de ponta: Período entre 17:30h e 20:30h ou, durante o horário de verão, 18:30 e 21:30.

Horário fora de ponta: Todo período restante, exceto horário de ponta. Está dividido em:

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Indutivo: período de pleno funcionamento das indústrias, que vai das 5:30h às 23:30, exceto horário de ponta, das 17:30h às 20:30h.Capacitivo: período que a maioria das indústrias estão paradas, que vai das 23:30 às 5:30h.

Segundo a ANEEL, é importante saber, também, que existem dois tipos de consumidor de energia elétrica: consumidores de Média Tensão e consumidores de Baixa Tensão, que são divididos em Grupo A (Média Tensão) e Grupo B (Baixa Tensão):

Grupo A – Média Tensão Grupo B – Baixa Tensão (2,3 KV até 69KV) (110V a 220V; 380V, 440V)

A – 1: 230 KV ou mais; B – 1: Residencial;A – 2: 88 a 138 KV; B – 1a: Residencial baixa renda;A - 3: 69 KV; B – 2: Rural;A – 3a: 30 a 44 KV; B – 3: Não-residencial, nem rural;A – 4: 2,3 a 13,8 KV; B – 4: Iluminação pública.A.S. (Subterrâneo) – 2,3 a 13,8 KV.

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1.2 – BENEFÍCIOS DO SISTEMA TARIFÁRIO

Os consumidores de Baixa Tensão são tarifados pela Tarifa Monomial, cobrança de tarifa única do consumo de energia ativa; é a tarifa mais “cara” do Modelo Tarifário. O primeiro passo para se conseguir reduzir os custos com a energia elétrica é tornar um consumidor em Média Tensão e poder aproveitar os benefícios tarifários que vamos descobrir ao longo do curso.

Considerando os parâmetros de tributação e a sistemática Horo-Sazonal, existem as tarifas Convencional e Horo-Sazonal. A tarifa Convencional é fixa como na Baixa Tensão, porém com custos em torno de 30%. Já a Tarifa Horo-Sazonal, Verde ou Azul, possuem diferentes tarifas nos períodos do ano (seco e úmido) e do dia (Ponta e Fora de Ponta).

Tarifa Convencional: esta tarifa é similar à Baixa Tensão e aplica-se a empresas de pequeno porte (demanda até 300KW) que não querem explorar os benefícios da Tarifa Horo-Sazonal Azul e Verde. Seu custo é fixo para o Consumo e para a Demanda.

Tarifa Horo-Sazonal azul: esta tarifa beneficia os consumidores que não consomem energia no horário de ponta. A empresa poderá alterar o horário de funcionamento para que das 17:30h às 20:30h não haja expediente. Observe a diferença de custos de consumo e demanda e veja que são bem menores no horário Fora de Ponta.

Tarifa Convencional

Consumo

PontaR$ 0,15

Fora de pontaR$ 0,15

Demanda

Demanda única Ponta e Fora de Ponta

R$ 30,00

Consumidores obrigatórios:

• A – 1: 230 KV ou mais

• A – 2: 88 a 138 KV

• A – 3: 69 KV

Consumidores opcionais:

• Demais consumidores.

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Tarifa Horo-Sazonal verde: Esta tarifa, assim como a Horo-Sazonal Azul, beneficia empresas que não consomem energia no Horário de Ponta e incentiva a geração de energia própria, pois é mais barato utilizar gerador de energia neste horário do que utilizar a energia da concessionária.

Como foi visto, existem variações de custo tanto no consumo como na demanda de energia elétrica, de acordo com a opção tarifária de períodos do dia e do ano. O segredo para reduzir os custos é utilizar a melhor opção tarifária de acordo com o perfil de consumo e demanda da sua empresa.

Além disso, é importante observar o funcionamento dos aparelhos elétricos (motores, cabines, geradores, etc.) e o uso desses aparelhos pelos funcionários. Para saber o resultado obtido com a redução de custos você terá que fazer tabelas observando o consumo anterior e posterior à medida tomada. Veja o modelo dessa tabela:

Tarifa horo-sazonal azul

Consumo

Ponta Fora de ponta

Úmido

Seco Seco

Úmido

Demanda

Ponta Fora de ponta

Consumidores obrigatórios:

• Capaz de mudar seu consumo nos horários de ponta.

Consumidores opcionais:

• A – 3a: 30 a 44 KV

• A – 4: 2,3 a 13,8 KV

• A.S. (Subterrâneo): 2,3 a 13,8 KV

Tarifa horo-sazonal azul

Ponta Fora de ponta

Úmido

Seco Seco

Úmido

Demanda(única)

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RESUMO

1. Para que se compreenda o sistema tarifário brasileiro, a ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica) considera importante o conhecimento dos principais conceitos de energia elétrica: demanda de energia em KW; consumo de energia elétrica ativa em kWh; demanda medida em KW; demandas máxima e média em KW; fator de carga (FC); tensão primária de fornecimento em KV; tensão secundária de fornecimento em VV; consumo de energia elétrica reativa kWh; fator de potência em FP; tarifas monomial e binomial; ECE e impostos.

2. Existem variações de custo tanto no consumo como na demanda de energia elétrica de acordo com a opção tarifária de períodos do dia e do ano. O segredo para reduzir os custos é utilizar a melhor opção tarifária de acordo com o perfil de consumo e demanda da sua empresa.

3. A estrutura tarifária Horo-Sazonal se caracteriza por diferenciar o valor das tarifas de acordo com períodos do ano e horários do dia.

4. Há dois tipos de consumidor de energia elétrica: consumidores de alta tensão e consumidores de baixa tensão.

5. Considerando os parâmetros de tributação e a sistemática Horo-Sazonal, temos as tarifas Convencional e Horo-Sazonal. A tarifa convencional nada mais é que os parâmetros de tributação para cada grupo de consumo (alta e baixa tensão). A tarifa Horo-Sazonal divide-se em duas: azul e verde. Para os consumidores da tarifa azul, não é possível alterar o consumo, pois há demanda para os horários fora de ponta e de ponta. Já, para os consumidores da tarifa verde, é possível mudar o consumo, pois sua demanda é única.

6. É importante estar atento ao funcionamento dos aparelhos elétricos (motores, cabines, geradores, etc) e ao uso desses aparelhos pelos funcionários. Para saber o resultado obtido com a redução de custos, deve-se fazer tabelas observando o consumo anterior e posterior à medida tomada.

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MÓDULO 2

OTIMIZAÇÃO DE APARELHOS ELÉTRICOS

Neste Módulo veremos sobre os principais conceitos de energia elétrica que a ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica) considera importantes para que se compreenda o sistema tarifário brasileiro. Além disso, veremos também algumas regras de funcionamento desse sistema.

2.1 – Dicas para otimizar o consumoResumoMaterial Complementar

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2.2 – DICAS PARA OTIMIZAR O CONSUMO

O INMETRO (Instituto Nacional de Metrologia) com o apoio do PROCEL (Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica) instituiu o Programa Brasileiro de Etiquetagem, que tem como objetivo alertar o consumidor, por meio de etiquetas informativas, quanto à eficiência energética de alguns eletrodomésticos, como: refrigeradores, freezers, lâmpadas, aparelhos de ar-condicionado e motores. Portanto, procure quais aparelhos elétricos têm eficiência comprovada pelas etiquetas.

Alguns aparelhos apresentam possibilidade de otimizar o consumo de energia elétrica. Vale a pena estar atento a aparelhos como: lâmpadas e luminárias, reatores, dispositivos automáticos (liga/ desliga) e controle predial.

Um bom exemplo sobre esses aparelhos refere-se à iluminação. A iluminação é responsável, aproximadamente, por 20% do consumo total de energia de indústrias e comércios no geral. Há duas famílias principais de lâmpadas: incandescente e fluorescente:

Incandescente: 80% da energia consumida é transformada em calor e apenas 15% gera luz.Fluorescente: são chamadas de “economizadoras” de energia, pois a partir da energia consumida, produzem mais luz e emitem pouco calor, por isso são chamadas de lâmpadas “frias”.

Dessa forma, a eficiência de uma lâmpada está diretamente ligada à produção de luz e calor. E, ainda relacionado às lâmpadas, é possível otimizar o consumo de energia elétrica na iluminação pelo Reator Eletrônico*, que proporciona melhor desempenho da lâmpada, resultando, assim, em uma maior economia. Veja algumas dicas sobre Iluminação Interna e Externa:

Interna:

Lâmpadas vapor metálico de alta pressão: Proporciona maior qualidade de luz, melhor reprodução de cores.

Lâmpadas fluorescentes tubulares: Proporciona excelente reprodução das cores iluminadas, devido a combinação do pó fluorescente e terras raras.

Lâmpadas fluorescentes compactas: Têm partida instantânea e consomem até 80% menos de energia elétrica do que as lâmpadas incandescentes comuns, além disso, representam um baixo custo inicial.

Luminárias: Garante uma iluminação tridimensional com excelente nível de iluminação nos planos vertical e horizontal.

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_______________________________________________________________________________*Reator Eletrônico: Constituído por componentes eletrônicos que operam em alta freqüência, proporcionando maior fluxo luminoso às lâmpadas com menor eficiência.Externa:

Lâmpadas vapor metálico de alta pressão: Proporciona maior qualidade de luz, melhor reprodução de cores.

Luminárias: Gabinete de embutir em acabamento de pintura acetinado branco.

Poste: Poste metálico, perfil galvanizado com base quadrada metálica (300 x 300 mm) e atura recomendada de 6 e 9 metros.

Distância entre os postes:

- 6 metros: distância recomendada é de 11 metros. - 9 metros: distância recomendada é de 12 metros.

Também é possível otimizar o consumo de energia utilizando dispositivo automático e supervisão de controle predial.

O Dispositivo automático permite automatizar o uso do aparelho elétrico, de acordo com sensores de presença ou programadores de horários e fotocélula, não desperdiçando, assim, energia elétrica.

O Controle predial verifica, por meio de um sistema composto por um microcomputador central e um Controlador Lógico Programável (CLP), o funcionamento dos aparelhos elétricos.

Abaixo, algumas dicas que são fundamentais para a redução de custos em empresas:

• Não deixe acumular sujeira nos aparelhos elétricos, pois isso pode diminuir a eficiência do produto;

• Siga as instruções de instalação e uso;

• Verifique, periodicamente, se as instalações elétricas estão em perfeito estado.

Iluminação

• Dê preferência ao uso de lâmpadas fluorescentes compactas com o Selo PROCEL/INMETRO;

• Instrua todos a desligarem as suas lâmpadas logo que saírem das

dependências que estavam;

• Evite pintar os tetos e as paredes com cores escuras, pois exigem lâmpadas de maior potência para iluminação do ambiente;

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• Verifique a possibilidade de instalação de “Timer" para controle da iluminação;

• Instale interruptores com o objetivo de facilitar as operações liga/desliga, conforme a necessidade local, inclusive por meio da instalação de "timers“;Atenção: Não utilize as lâmpadas fluorescentes ou compactas comandadas por "dimmers", "timers eletrônicos" ou fotocélulas, pois estes equipamentos reduzem a vida das lâmpadas. Estes dispositivos devem ser utilizados apenas com lâmpadas incandescentes ou especiais.

• Faça a limpeza preferencialmente durante o dia. Nas garagens, ilumine somente as áreas de circulação de veículos e não os boxes (vagas). Para os boxes, estude a possibilidade de instalar interruptores individuais comuns ou do tipo pêra, que permitem o desligamento parcial de lâmpadas fluorescentes.

Elevadores e Escadas Rolantes

• Utilize o menor número possível de equipamentos fora do horário de pico que, em geral, é das 17h30 até às 20h30;

• Situe as áreas de atendimento ao público no andar térreo, evitando o uso

de elevadores;

• Analise a possibilidade de instalar controladores de tráfego para evitar que uma mesma chamada desloque mais de um elevador;

• Estude a instalação de dispositivos de cancelamento de chamadas falsas. Eles fazem com que as chamadas sejam canceladas caso o elevador pare duas vezes consecutivas sem que haja movimentação de passageiros.

• Evite sobrecargas, limitando o número de usuários por vez, através de cartazes afixados com destaque;

• Identifique, com clareza, as diversas seções, explicitando suas atividades, para evitar transportes desnecessários;

• Implemente medidas de conscientização dos usuários mediante cartazes explicativos, inclusive sugerindo que é mais prático utilizar a escada para chegar aos andares próximos (para descer 2 andares ou subir um andar).

• Analise a possibilidade da instalação de sistemas mais eficientes para o acionamento dos elevadores, consultando os fabricantes ou firmas especializadas;

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• Estude a possibilidade de instalar dispositivos de acionamento automático em escadas rolantes;

• Estude a possibilidade de ter os elevadores trabalhando alternadamente, ou seja, alguns atendendo andares ímpares e outro andares pares; ou ainda, atendendo a diferentes grupos de pisos.

Atenção: ao fazer alguma substituição ou manutenção de aparelhos elétricos, é muito importante que seja feita uma comparação entre o consumo anterior e posterior à troca para saber o resultado atingido. Para isso, tabelas poderão ser feitas para manter o controle.

Caso as providências tomadas não sejam suficientes para a redução de custos, será necessário adaptar a estratégia utilizada. Talvez o fator de alto consumo sejam motores elétricos, cabine de força ou gerador de energia, que serão abordados nos próximos módulos.

É muito importante também estar atento à proteção e à segurança para a instalação de equipamentos. Ao fazer qualquer reparo na instalação, é preciso desligar o disjuntor ou a seccionadora do circuito, e manter sempre livres e desobstruídos os locais destinados aos equipamentos e instalação elétrica.

Além disso, é preciso efetuar periodicamente um exame completo na instalação, verificando o estado de conservação e limpeza de todos os componentes; trocar peças defeituosas ou em más condições e não utilizar materiais de qualidade inferior, pois estes prejudicam a passagem de corrente elétrica e provocam superaquecimento.

Com base nos pontos que apresentam irregularidades, deve ser elaborado um plano de ações para combater as perdas. O Gestor deve fazer um acompanhamento para garantir que as medidas sejam implementadas e para verificar o resultado da redução de custos. E existem outros aparelhos nas empresas (como os Transformadores de Força, Motores, Refrigeradores e Freezers, Balcões Refrigerados, Sistemas de Refrigeração, Sistemas de Aquecimento, Sistemas de Ar-Comprimido, Circuitos de Distribuição), que também devem ser usados de forma correta.

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RESUMO

1. Em primeiro lugar, é importante saber que, em 1984, o INMETRO (Instituto Nacional de Metrologia), com o apoio do PROCEL (Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica), instituiu o Programa Brasileiro de Etiquetagem. O Programa tem como objetivo alertar o consumidor, por meio de etiquetas informativas, quanto à eficiência energética de alguns eletrodomésticos.

2. Alguns aparelhos apresentam possibilidade de otimizar o consumo de energia elétrica. Por isso, vale a pena estar atento ao bom uso dos aparelhos, considerando suas diversas características, tais como: lâmpadas de uso interno e externo, luminárias, reatores, dispositivos automáticos (liga/ desliga) e controle predial.

3. Os dispositivos automáticos citados anteriormente permitem aos usuários automatizarem seus aparelhos elétricos utilizando sensores de presença ou programadores de horários, não desperdiçando, assim, energia elétrica.

4. O Controle predial verifica, por meio de um sistema composto por um microcomputador central e um Controlador Lógico Programável (CLP), o funcionamento dos aparelhos elétricos.

5. Para otimizar o consumo de energia elétrica deve-se manter o cuidado com os aparelhos para não acumular sujeira, pois isso pode diminuir a eficiência do produto. Também seguir sempre as instruções de instalação de uso e verificar, periodicamente, se as instalações estão em perfeito estado.

6. Deve-se tomar cuidado e medidas cautelares não só com os aparelhos elétricos, e sim com a iluminação do ambiente, seja ele profissional ou pessoal. Para que não ocorra o desperdício de energia e que haja uma melhoria nos gastos mensais, dê preferência ao uso de lâmpadas fluorescentes compactas com o Selo Procel Inmetro; instrua todos a desligarem as lâmpadas assim que saírem do local onde estavam; evite pintar os tetos e as paredes com cores escuras, pois exigem lâmpadas de maior potência para iluminação do ambiente; instale interruptores com objetivo de facilitar as operações liga/desliga conforme a necessidade local verifique também a possibilidade de instalação de “Timer” para um controle da iluminação.Atenção: Não utilize as lâmpadas fluorescentes ou compactas comandadas por "dimmers", "timers eletrônicos" ou fotocélulas, pois estes equipamentos reduzem a vida das lâmpadas. Esses dispositivos devem ser utilizados apenas com lâmpadas incandescentes ou especiais.

7. Para outros equipamentos, como elevadores e escadas rolantes, medidas devem ser tomadas também para otimizar e prolongar o uso dos aparelhos: crie o costume de utilizá-los apenas em horários de pico, ou mesmo de colocar os elevadores trabalhando alternadamente, ou seja, alguns atendendo andares ímpares e outros andares pares; situe as áreas de atendimento ao público no

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andar térreo, evitando o uso excessivo de elevadores; verifique a possibilidade de instalar controladores de tráfego, para evitar que uma mesma chamada desloque mais de um elevador; implemente medidas de conscientização dos usuários para evitar uso desnecessário dos elevadores (para descer dois andares ou subir um andar); estude a possibilidade de instalar dispositivos de acionamento automático em escadas rolantes.

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MATERIAL COMPLEMENTAR

LÂMPADAS

Eficiência:

A eficiência de uma lâmpada é medida pela quantidade de energia elétrica que ela consome. Nas lâmpadas incandescentes, 80% da energia utilizada é transformada em calor e apenas 15% gera luz. Toda esta energia transformada em calor é lançada no ambiente, causando aumento da temperatura e desconforto. As lâmpadas fluorescentes e as fluorescentes compactas podem ser chamadas de “economizadoras” de energia, pois elas são diferentes; produzem mais luz e emitem pouco calor.

Então, podemos dizer que uma lâmpada é mais eficiente à medida que a maior parte da energia consumida por ela é destinada à produção de luz.

Economia:

A economia com redução de custos de energia elétrica começa com a troca das lâmpadas convencionais por lâmpadas de alta tecnologia. Lâmpadas como as fluorescentes tubulares, fluorescente compactas, lâmpadas de alta performance e de vapor metálico de alta pressão são utilizadas para iluminação de grandes ambientes.

Isso sem nenhum prejuízo no nível de iluminação e com uma série de benefícios, como por exemplo: a redução do volume de calor lançado no ambiente e a diminuição da troca de lâmpadas, pois, além da economia no consumo, têm a vida útil maior que as lâmpadas incandescentes.

Lâmpadas Fluorescentes Tubulares

Existem lâmpadas fluorescentes tubulares com diversos tamanhos, potências e aparências de cor. A combinação de terras raras junto ao pó fluorescente proporciona uma melhor reprodução das cores iluminadas.

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Lâmpadas Fluorescentes Compactas

As lâmpadas fluorescentes compactas integradas se apresentam como uma excelente solução para economia de energia com baixo custo inicial. As lâmpadas fluorescentes compactas estão disponíveis nas versões 9W, 15W e 20W e são equivalentes às lâmpadas incandescentes de 25W, 60W e 75W para 127V e 40W, 75W e 100W para 220V.

Estas lâmpadas têm partida instantânea e consomem até 80% menos energia elétrica do que as lâmpadas incandescentes comuns, que elas substituem. Duram cerca de 6 anos, utilizando 3 horas por dia, em média. Estão disponíveis em duas versões de temperatura de cor: Luz Branca e Luz Amarela.

Lâmpadas Vapor Metálico de Alta Pressão

Lâmpadas de vapor metálico de alta pressão, com formato oval ou tubular, são compostas por um tubo de descarga com revestimento cerâmico que proporciona maior qualidade de luz, melhor reprodução de cores e maior estabilidade do fluxo luminoso ao longo da vida da lâmpada. Possuem redutor de emissão de raios ultra-violeta. As lâmpadas de vapor metálico apresentam excelente qualidade de luz, boa eficiência e durabilidade, quando comparadas com as demais tecnologias em lâmpadas de descarga de alta intensidade existentes atualmente no mercado. Necessitam de equipamento auxiliar específico para sua tecnologia.

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Luminárias

A linha modular para embutir ou sobrepor, constituída por um corpo em chapa de aço fosfatizada e acabamento com pintura eletrostática em tinta epoxi na cor branca, pode ser equipado com dois tipos de sistemas ópticos:

Aletas brancas com refletores brilhantes; Aletas e refletores parabólicos brilhantes (duplo parabólico).

Para iluminação de grandes áreas internas, garantindo uma iluminação tridimensional com excelente nível de iluminação nos planos vertical e horizontal. O difusor em acrílico gera um ambiente livre de ofuscamento e sombras, o que proporciona uma visão mais confortável.

Reatores Eletrônicos

Na década de 90, os reatores eletrônicos passam a fazer parte do mercado brasileiro de iluminação proporcionando às lâmpadas melhor desempenho, maior economia de energia e possibilitando a comodidade de dimerização, o que torna a instalação mais atrativa, de acordo com o ambiente a ser iluminado.

Constituídos por componentes eletrônicos, operam em alta freqüência (de 20 kHz a 50 kHz). Essa faixa de operação, quando bem projetada, proporciona maior fluxo luminoso às lâmpadas com menor potência de consumo, transformando assim os reatores eletrônicos em produtos “economizadores” de energia com maior eficiência que os reatores eletromagnéticos.

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Veja na tabela abaixo os problemas mais comuns das lâmpadas, as possíveis causas e as recomendações para os devidos consertos:

Iluminação Externa

Nossa recomendação para iluminação externa é a utilização de lâmpadas de vapor metálico de alta pressão. A iluminação e os detalhes mostradas a seguir podem ser consideradas como principal referência.

Lâmpadas

As lâmpadas de vapor metálico de alta pressão são lâmpadas de descarga de alta intensidade com formato ovular ou tubular, compostas por um tubo de descarga com revestimento cerâmico que proporciona maior qualidade de luz, melhor reprodução de cores e maior estabilidade do fluxo luminoso ao longo da vida da lâmpada. Possuem redutor de emissão de raios ultra-violeta.

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Reatores e Ignitores

Capacidade para lâmpada de vapor de metálico de alta pressão e fator de potência elevado (mín. 90%) e construídos para acoplar o ignitor no mesmo invólucro.

Poste

Poste metálico, perfil galvanizado com base quadrada metálica - 300 X 300 mm e altura recomendada de 6 a 9 metros.

Distância entre os Postes:

Para postes de 6 metros a distância recomendada é de 11 metros e para postes de 9 metros poderá ser de 12 metros.

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MÓDULO 3

MOTORES ELÉTRICOS

Neste módulo veremos mais um tópico sobre como reduzir custos em energia elétrica em sua empresa: o motor elétrico e seus diversos tipos.

3.1 – Introdução3.2 – Principais tipos de motores elétricos3.3 – Tipos de partidasResumoMaterial Complementar

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3.1 – INTRODUÇÃO

Os motores são um dos grandes responsáveis pelo consumo de energia elétrica. Estima-se que cerca de 30% do consumo de energia elétrica das empresas é proveniente dos motores elétricos e, no caso do setor industrial, pode chegar até 50%.Por este motivo, os motores elétricos devem ter uma atenção especial quando o assunto é redução de custos de energia elétrica. O principal fabricante de motores elétricos é a WEG e eles podem ser adquiridos direto da fábrica ou em representantes de materiais elétricos.

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3.2 – PRINCIPAIS TIPOS DE MOTORES ELÉTRICOS

Você verá, abaixo, os tipos de motores elétricos.Dentre os diversos tipos de motores elétricos, o mais representativo no mercado brasileiro é o motor de indução trifásico.

PRINCIPAIS TIPOS DE MOTORES ELÉTRICOS:

- Motor de indução trifásico;- Linha padrão;- Motor de alto rendimento.

No Brasil, existem, ainda, duas linhas de fabricação para motores: Linha Padrão e Linha de Alto Rendimento. Veremos agora um pouco sobre o motor da linha de Alto Rendimento, pois pode ser empregado para a obtenção da redução de custos quando substituídos pelos motores da Linha Padrão.

Os motores de Alto Rendimento possuem acoplamento direto com as engrenagens (redutores), não apresentando, assim, a necessidade de transmissões adicionais externas. Dessa forma, esse tipo de motor proporciona mais eficiência aos equipamentos e impacta, diretamente, na redução do consumo de energia elétrica.

O Motor de Alto Rendimento apresenta níveis de eficiência superiores aos da Linha Padrão e, além disso, possui vida útil prolongada e sem necessidade de grandes manutenções.

Esse tipo de motor possui preço de venda cerca de 40% a mais que os motores da Linha Padrão. Porém, em instalações industriais, a economia gerada por esse tipo de motor compensa o investimento. Já em outros casos, o motor de Alto Rendimento não é indicado pelo alto preço. Veja, abaixo, as principais vantagens dos motores de Alto Rendimento:

Motor de Alto Rendimento

- Proporciona mais eficiência aos equipamentos;- Níveis de eficiência superiores aos da linha padrão;- Vida útil prolongada;- Pouca manutenção.

O Motor de linha padrão é igual ao motor normal. A linha "não-padrão" corresponde aos motores de Alto Rendimento.

Um dos problemas que os motores de indução possuem e que provoca elevado consumo de energia elétrica é sua corrente de partida. No momento da

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partida, o motor elétrico de indução pode consumir até 10 vezes mais que seu consumo nominal. Para minimizar esse problema, há no mercado, dispositivos especiais de partida que podem suavizar o alto consumo de energia elétrica na partida do motor. Os principais são: Chave Estrela-Triângulo; Chave Soft Start e Inversores de Freqüência.

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3.3 – TIPOS DE PARTIDAS

Esta é a chave Estrela-Triângulo, o primeiro dispositivo que vamos conhecer. Essa chave nada mais é que um dispositivo que, durante a partida, liga as três fases do motor. Isso significa que a tensão na partida é dividida por 3. Assim, o consumo de energia elétrica, na partida do motor, será 3 vezes menor. Abaixo estão as principais vantagens desse dispositivo:

• Baixo custo;• Corrente de partida 3 vezes menor;• Não tem limite para números de manobras;• Ocupa pouco espaço.

Esta é a chave Soft Start. Uma chave destinada à aceleração, desaceleração e proteção de motores. É totalmente digital e possui alta tecnologia, possibilitando o ajuste da necessidade de carga ao do torque produzido e fornecendo, assim, a menor corrente necessária para cada partida.

Instalação simplificada; Otimização automática de consumo de energia elétrica; Consumo de partida 2 a 3 vezes o nominal; Limitação de picos e quedas de corrente de partida.

Este é o Inversor de Freqüência. Esse dispositivo possui tecnologia avançada e permite controle da velocidade, proporcionando uma economia de energia elétrica de até 35%. O inversor de freqüência apresenta, também, possibilidades para atender frenagens, sem a necessidade de instalar resistores. Além disso, sua tecnologia, viabiliza a instalação de inversores para motores de até 1500 CV. Veja as principais vantagens desse dispositivo:

• Alta tecnologia;• Economia de energia elétrica de até 35%;• Fácil manuseio e programação.

Além dos dispositivos vistos anteriormente, se associarmos o motor de Alto Rendimento ao comando de partida a economia pode alcançar até 50%.

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RESUMO

1. Os motores elétricos são um dos grandes responsáveis pelo consumo de energia elétrica. Estima-se que cerca de 30% do consumo de energia elétrica das empresas é proveniente dos motores elétricos. No caso do setor industrial, pode chegar até 50%.

2. Há vários tipos de motores elétricos: motor de indução trifásico; motor de Linha Padrão e motor de Alto Rendimento. Dentre os diversos tipos de motores elétricos, o mais representativo no mercado brasileiro é o motor de indução trifásico.

3. Os motores de Linha Padrão e de Alto Rendimento são motores de potência até 500 CV, e representam duas linhas de fabricação no Brasil.

4. O motor de Linha Padrão é igual o motor normal. A linha "não-padrão" corresponde ao motor de Alto Rendimento. O motor de Alto Rendimento apresenta níveis de eficiência superiores aos da Linha Padrão e, além disso, possui vida útil prolongada e sem necessidade de grandes manutenções. Em alguns casos, o motor de Alto Rendimento não é indicado pelo alto preço, já que possui um preço de venda de cerca de 40% a mais do que os motores convencionais. Porém, em instalações industriais, a economia gerada por esse tipo de motor compensa o investimento.

5. Apesar de muitas vantagens, o motor elétrico, no momento da partida, pode consumir até 10 vezes mais que seu consumo habitual. Para minimizar esse problema, há no mercado dispositivos especiais de partida que podem suavizar o alto consumo de energia elétrica. Há três principais tipos de dispositivos: Chave Estrela-Triângulo; Chave Soft Start e Inversores de Freqüência.

6. A chave Estrela-Triângulo nada mais é que um dispositivo que, durante a partida, liga as três fases do motor. Isso significa que a tensão na partida é dividida por 3 e, conseqüentemente, o consumo de energia elétrica, na partida do motor, será 3 vezes menor.

7. A chave Soft Start é destinada à aceleração, desaceleração e proteção do motor. É totalmente digital e possui alta tecnologia, possibilitando o ajuste da necessidade de carga ao do toque produzido e fornecendo, assim, a menor corrente necessária para a cada partida.

8. O Inversor de Freqüência é um dispositivo que possui tecnologia avançada e permite o controle da velocidade, proporcionando uma economia de energia elétrica de até 35%. Apresenta, também, possibilidades para atender frenagens, sem a necessidade de instalar resistores. Além disso, sua tecnologia, viabiliza a instalação de inversores para motores de até 1500 CV.

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MATERIAL COMPLEMENTAR

MOTORES

As principais características técnicas dos motores de Alto Rendimento, em comparação com os motores padrões, são as seguintes:

Maior quantidade de cobre: reduz as perdas Joule (perdas no estator);

Chapa magnética com baixas perdas: reduz a corrente magnetizante e, conseqüentemente, as perdas no ferro;

Enrolamento de dupla camada: provê melhor dissipação de calor;

Rotores tratados termicamente: reduz as perdas suplementares;

Menor região de entreferro: reduz as perdas suplementares.

Devido a essas melhores características, os valores de rendimento são significativamente maiores, o que gera uma sensível economia de energia, ou seja, menores valores a serem pagos na fatura de energia elétrica.

Além da economia de energia, os motores de Alto Rendimento apresentam vantagens adicionais como:

Maior tempo de vida útil, por ser um motor com baixas perdas, reduzindo significativamente a elevação de temperatura do mesmo, fator este que determina o tempo de vida útil do motor.

Permite operações em regimes intermitentes, com picos de carga superior ao nominal.

Maior reserva de potência, que permite operar em ambientes com temperatura superior a 40ºC e altitudes superiores a 1.000m do nível do mar.

São mais adequados nas aplicações com variação de tensão.

São testados de acordo com a norma NBR-5383 e seus valores de rendimento são obtidos através do método de separação de perdas, de acordo com a NBR-5383-12.8.

Reduzido custo de manutenção: O retorno de investimento na troca de um motor queimado por um motor de Alto Rendimento depende de diversos fatores como: potência e custo do motor queimado e do custo envolvido na compra de um motor novo de Alto Rendimento.

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Quando se opta por recuperar um motor queimado, deve-se considerar o custo do rebobinamento mais o custo da troca de rolamentos. A diferença do motor novo Alto Rendimento e de um motor recondicionado é recuperada rapidamente ao observarmos a economia de energia obtida.

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MÓDULO 4

CABINE DE FORÇA

Veremos, neste Módulo, os tipos de Cabines de Força existentes, suas características e dicas que podem reduzir ainda mais os custos em energia elétrica. Veremos também o que são os Bancos Capacitores e para que servem.

4.1 – Introdução4.2 – Tipos de Cabine de Força4.3 – Banco de CapacitoresResumoMaterial Complementar

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4.1 – INTRODUÇÃO

Existe uma diferença de custo no Sistema tarifário Brasileiro para quem possui Cabines de Força. Essa diferença serve para incentivar as empresas a implantarem a Cabine de Força e passarem a receber a energia em Média Tensão (13KV a 69KV), ao invés de receberem em Baixa Tensão (110 a 380V). A função da Cabine de Força, então, é transformar a Média Tensão em Baixa Tensão, liberando, assim, a concessionária de Energia de fazer este trabalho, por isso a tarifa é mais baixa.

Porém, para que a empresa possa usufruir deste benefício, é preciso atender alguns requisitos mínimos estabelecidos pela ANEEL – Agência Nacional de Energia Elétrica.

Veja quais são as condições para que uma empresa possa utilizar energia em Média Tensão, ou seja, ter uma Cabine de Força:

- A Carga Instalada seja igual ou superior a 75KW, ou seja, 75000 Watts. Para saber qual é potência instalada em uma empresa, basta somar a potência de todos os equipamentos (essa informação normalmente é indicada nos equipamentos, caso contrário, pode ser solicitada ao fabricante); - espaço físico para a instalação da cabine na empresa. A área necessária para uma cabine é de, no mínimo, 12 m2;

- disponibilidade de rede de Média Tensão local. Caso não tenha rede local, a concessionária poderá fazer um estudo de custos para trazer a rede até a empresa (esse custo deve ser pago pela empresa e, em alguns casos, torna-se inviável economicamente);

- atender às normas específicas da Concessionária de Energia Elétrica.

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4.2 – TIPOS DE CABINE DE FORÇA

Para entender como funciona a Cabine de Força veremos os três principais tipos de Cabine de Força. O primeiro tipo é o Posto Primário Simplificado.

Esse é o tipo de cabine de força mais econômico, pois pode ser utilizado em poste, com até 300 KW de demanda e não requer proteção em Média Tensão.

O custo médio para a implantação de uma Cabine de Força deste tipo é de, aproximadamente, 45 mil reais, e a redução de custo nesse caso pode representar entre 2O e 40%. Dessa forma, o Pay-Back (Retorno sobre o Investimento) pode acontecer em até 12 meses.

O segundo tipo de Cabine de Força é a Cabine Convencional em Alvenaria.

O investimento inicial para a implantação de uma Cabine Convencional em Alvenaria é bem mais alto que o Posto Primário Simplificado por dois motivos: tem o custo adicional da própria sala e é necessária a utilização de um Disjuntor de Média Tensão. Com isto, o custo de implantação é em torno de 80.000 reais. A redução de custos também fica entre 20 a 40% e o Pay-Back (Retorno sobre o Investimento) em até 24 meses.

O último tipo de cabine de força, que veremos a seguir, é a Cabine Blindada.

Essa é uma forma alternativa à Cabine Convencional de Alvenaria. Seu custo é mais elevado, porém, é mais prática e pode ser removida em caso de mudança. Para a implantação desse tipo de cabine, o custo médio é de 120 mil reais e a redução dos custos de energia elétrica também é de 20 a 40% e o Pay-Back (Retorno sobre o Investimento) é de, aproximadamente, 36 meses.

Todos os tipos de cabine de força são uma ótima opção, mas é importante ressaltar que, para obter melhores resultados, a escolha deve acontecer de acordo com as características de uso de cada empresa.

O Posto Primário Simplificado é aplicável a pequenas e médias empresas, com Carga Instalada de até 300KW.

A Cabine Convencional em Alvenaria é aplicável para empresas de maior porte, com Carga Instalada acima de 300KW. Já Cabine Blindada é aplicável para empresas de maior porte, com Carga Instalada acima de 300KW.

É importante ressaltar que a implantação da Cabine de Força pode reduzir os custos de energia elétrica, transformando a Tensão Média utilizada. Dessa forma, altera-se a tarifa para o consumidor de grande porte.

Porém, para obter 100% dos benefícios do uso da Cabine de Força, é importante analisar a demanda e o consumo da empresa e, de acordo com o Sistema Brasileiro Tarifário, optar pela tarifa que oferece mais benefícios.

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4.3 – BANCO DE CAPACITORES

Além da implantação da Cabine de Força, uma empresa pode reduzir os custos com energia elétrica eliminando as possibilidades de multas. Para isso, vamos conhecer, agora, o Banco de Capacitores.

A concessionária de energia elétrica monitora o nível de energia reativa. O banco de capacitores tem a função de controlar o nível dessa energia.

Para obter um Banco de Capacitores é preciso contratar uma empresa de projetos e instalações elétricas para que seja feito o dimensionamento (cálculo da potência e tipo), montagem e instalação.

A energia reativa é a energia que não realiza trabalho e, portanto, é indesejável. A concessionária de energia elétrica monitora o nível de energia reativa por meio da relação entre a energia ativa e a energia reativa.

Para compreender melhor essa relação, veremos um exemplo:

Podemos comparar a energia com um copo de cerveja, em que a espuma simboliza a energia reativa, a cerveja, a energia ativa e o copo, a energia aparente.

Já que não é possível aumentar o tamanho do copo (energia aparente), precisamos derramar a espuma (energia reativa) para conseguirmos colocar mais cerveja (energia ativa) no copo. No caso da energia elétrica, quem vai fazer o papel de derramar a espuma é o Banco de Capacitores. Porém, existem três tipos de Banco de Capacitores:

Os fixos são indicados para a correção de cargas constantes como, por exemplo, transformadores;

Os programáveis são programados para atuar em condições pré-definidas, em períodos ou eventos;

Os automáticos, que são uma compensação automática por meio de sinais de tensão e corrente, ligando e desligando módulos de acordo com as necessidades.

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RESUMO

1. De acordo com as vantagens tarifárias para consumidores de grande porte, a implantação da Cabine de Força pode representar uma economia de 20 a 40% dos custos com energia elétrica de uma empresa. Isso acontece porque a implantação da Cabine de Força pode transformar uma Tensão Média de 13 KV para uma tensão de uso de 110/ 220V. Para tanto, é necessário que a empresa tenha uma demanda mínima de 30 KW e carga instalada de 80 KW.

2. Para que uma empresa possa ter uma Cabine de Força, é preciso ter uma Carga Instalada igual ou superior a 75KW, espaço físico disponível de, no mínimo, 12m2; disponibilidade de rede de média tensão local e atender às normas específicas da Concessionária de Energia Elétrica.

3. Existem três tipos de cabines de força: o primeiro é o Posto Primário Simplificado, que é mais econômico porque pode ser utilizado em poste, não requer proteção em Média Tensão e produz uma redução de custo de até 23%. O segundo é a Cabine Convencional em Alvenaria, recomendado para casos em que a demanda ultrapasse os 300KW. E o terceiro tipo é a Cabine Blindada, com um custo de aquisição maior que a Cabine em Alvenaria, porém ela pode ser removida em caso de mudança.

4. É importante ressaltar que para obter 100% dos benefícios do uso da Cabine de Força, precisa-se analisar a demanda e o consumo da empresa e, de acordo com o Sistema Brasileiro Tarifário, optar pela tarifa que oferece mais benefícios.

5. O Banco de Capacitores é responsável por controlar o nível de energia reativa. A energia reativa não realiza nenhum trabalho e, portanto, é indesejável. A concessionária de energia elétrica monitora o nível de energia reativa por meio da relação entre a energia ativa e a energia reativa.

6. É preciso saber que há três tipos de Banco de Capacitores: fixos, programáveis e automáticos. Os fixos são indicados para a correção de cargas constantes como, por exemplo, transformadores. Os programáveis são programados para atuar em condições pré-definidas, em períodos ou eventos. E os automáticos, que são uma compensação automática por meio de sinais de tensão e corrente, ligando e desligando módulos de acordo com as necessidades.

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MATERIAL COMPLEMENTAR

Eliminação de Multas com Implantação Controlador de Demanda

Se a Demanda Máxima ultrapassar o valor da Demanda Contratada, a empresa deverá pagar uma multa de 3 Vezes o valor normal.

A implementação de um Controlador de Demanda é uma solução preventiva para este tipo de multa. Você pode ainda otimizar o seu custo com Demanda Contratada reduzindo o valor da Demanda.

Primeiramente, precisamos definir quais são as cargas “não essenciais“ a serem desligadas no caso de tendência de ultrapassagem da demanda.

Em série com os disjuntores destas cargas no quadro de força, deve ser colocado um Contator (Chave com abertura comandada) e levar o terminal de acionamento para ligar no Controlador de Demanda.

Quando a Demanda tender a ultrapassagem, o Controlador de Demanda aciona o Contator e faz o desligamento momentâneo das cargas não essenciais e só volta ligar quando a Demanda chegar aos valores normais.

Você pode ainda levar um sinal do Controlador de Demanda até o seu computador para acompanhar o consumo de energia elétrica. Você pode ainda levar o sinal até um modem ou uma placa de rede de informática e enviar as informações via Web para acompanhamento fora da empresa.

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MÓDULO 5

GERADOR DE ENERGIA

Neste módulo veremos mais um tópico sobre como reduzir custos em energia elétrica em sua empresa: o Gerador de Energia e suas características.

5.1 – Introdução5.2 – Principais características do Gerador de Energia5.3 – Principais tipos de Gerador de EnergiaResumoMaterial Complementar

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5.1 – INTRODUÇÃO

O uso de Gerador de Energia, além de proporcionar uma independência energética à empresa, preservando-a de crises no sistema de energia elétrica, pode gerar uma redução de custos de 30 a 40%. Para adquirir um gerador, você deve procurar uma empresa de projetos e instalações elétricas para especificar as características do gerador e materiais de instalação.

Estas empresas contam com linhas de financiamento especiais com carência para iniciar os pagamentos até 12 meses e parcelamento até 48 vezes.

Veremos, a seguir, as principais características e as principais vantagens do gerador de energia.

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5.2 – PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DO GERADOR DE ENERGIA

De acordo com a Tarifa Horo-Sazonal Verde, o custo da energia elétrica no Horário de Ponta é de R$ 1,00/KWH. Isto é um incentivo para as empresas gerarem energia própria neste horário. O custo para gerar energia com um Gerador de Energia Diesel é de apenas R$ 0,40/KWh ou seja 60% mais barato que a energia da Concessionária.

Para minimizar o custo sem alterar os horários de produção da empresa, o Gerador de Energia oferece a possibilidade de a empresa gerar sua própria energia no horário de ponta, desligando, nesse momento, a energia da Concessionária. Assim, a empresa não será submetida à tarifa do horário de ponta.

É importante ressaltar que qualquer empresa pode comprar um gerador, mas haverá redução de custos de energia elétrica somente nas empresas que trabalham durante o “horário de ponta (Pico)” e que têm consumo de energia elétrica alto neste horário. A empresa deve fazer uma simulação de tarifas para descobrir o quanto vai economizar utilizando o gerador e avaliar o retorno do investimento (em meses) dividindo o Preço do Gerador pelo Valor de Economia. O tempo de retorno bom deve ficar, no máximo, em 3 anos.

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5.3 – PRINCIPAIS TIPOS DE GERADOR DE ENERGIA

Existem ainda algumas opções para a geração de energia, são elas:

Gerador a Diesel

É o mais utilizado atualmente e apresenta a maior possibilidade de economia.

Gerador a Gás Natural

O Gerador a Gás Natural possibilita uma redução de custo ainda maior em relação ao Diesel. Porém, na maioria dos casos é inviável devido ao alto custo de implantação e disponibilidade do Gás Natural no local onde está instalada a empresa.

No entanto, para compor um sistema gerador, alguns itens são necessários:

Grupo Moto Gerador - É uma máquina composta por motor e gerador (alternador). Disponível na versão nacional, para potências até 450KW, e, para versão importada, até 2500 KW.

Quadro de Comando QC ou Unidade de Supervisão Corrente Alternada USCA - É o componente destinado ao sistema de força do grupo gerador. É responsável pelo sistema de partida, controle de freqüência, controle de temperatura, regulação de tensão, alertas e afins.

Quadro de Transferência Automática QTA - É uma chave inversora de potência que transfere, automaticamente, a energia da concessionária para o gerador e do gerador para a concessionária.

Sistema de Transferência em Rampa STR - Para evitar a falta de energia no momento da transferência em empresas de processo contínuo, é necessário o STR - Sistema de Transferência em Rampa. Este sistema faz a transferência de energia de forma gradativa, porém, encarece muito a implantação e só deve ser utilizado em casos de extrema necessidade.

Sistemas de Reles de Proteção Concessionária - Exigido pela Concessionária apenas quando for aplicado o STR, evita problemas de acidente na rede de distribuição da Concessionária, interrompendo o processo em caso de desligamento de energia da mesma.

Além dos benefícios apresentados acima, há mais vantagens em implantar gerador de energia em uma empresa, como a tarifa especial chamada EST - Energia Suplementar Temporária. A Concessionária, em momentos em que tem

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sobra de energia, oferece essa tarifa especial com um valor menor que o custo do gerador no horário de ponta.

Esta tarifa só é oferecida após ser comprovado o funcionamento do gerador no horário de ponta por um determinado período. A tarifa é temporária e, caso a Concessionária não tenha mais energia disponível, a empresa voltará aos procedimentos habituais.

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RESUMO

1. O uso de Gerador de Energia, além de proporcionar uma independência energética à empresa, preservando-a de crises no sistema de energia elétrica, pode gerar uma redução de custos de 30 a 40%.

2. O custo da energia elétrica no horário de ponta é, aproximadamente, 7 vezes mais caro do que o custo da energia no horário fora de ponta. Para minimizar o custo sem alterar os horários de produção da empresa, o Gerador de Energia oferece a possibilidade de a empresa gerar sua própria energia no horário de ponta, desligando, nesse momento, a energia da Concessionária. Dessa forma, ela deixa de se submeter à tarifa do horário de ponta.

3. A empresa deve fazer uma simulação de tarifas para descobrir o quanto vai economizar utilizando o gerador e avaliar o retorno do investimento (em meses) dividindo o Preço do Gerador pelo Valor de Economia. O tempo de retorno bom deve ficar, no máximo, em 3 anos.

4. Existem algumas alternativas para a geração de energia, sendo que os principais são o Gerador a Diesel e o Gerador a Gás Natural. O Gerador a Diesel é o mais utilizado atualmente e apresenta a maior possibilidade de economia. O Gerador a Gás Natural ainda é inviável devido ao alto custo de implantação e a insuficiência para gerar energia global para uma empresa (pode ser apenas, complementar).

5. Um sistema de grupo Gerador é composto pelos seguintes itens: Grupo Moto Gerador; Quadro de Comando QC ou Unidade de Supervisão Corrente Alternada USCA; Quadro de Transferência Automática QTA; Sistema de Transferência em Rampa STR e Sistemas de Reles de Proteção Concessionária.

6. A implantação de geradores elétricos apresenta mais uma vantagem. Existe uma tarifa especial chamada EST - Energia Suplementar Temporária. A Concessionária, em momentos em que tem sobra de energia, oferece essa tarifa especial com um valor menor que o custo do gerador no horário de ponta. Esta tarifa só é oferecida após ser comprovado o funcionamento do gerador no horário de ponta por um determinado período. A tarifa é temporária e, caso a Concessionária não tenha mais energia disponível, a empresa voltará aos procedimentos habituais.

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MATERIAL COMPLEMENTAR

Custo de Geração de Energia a Partir do Óleo DieselObs: Os impostos não foram considerados.

Uma vez considerada as possibilidades de redução de custos em energia elétrica, é chegada a hora de avaliar o custo de geração de energia necessária para o uso no Horário de Ponta.

Custo do Diesel:

Cerca de 90% do custo de geração da energia por Grupos Geradores corresponde ao Diesel, os outros 10% é por conta do custo de manutenção e lubrificação. O consumo específico de diesel utilizado para a geração de energia é de vital importância.

As recomendações técnicas neste sentido apontam para um limite de 300 litros por MWh ou 300 ml por KWh. Como o consumo específico é uma variável em função da carga, apresentado seus valores mínimos em cerca de 80% de potência nominal, é recomendável não superdimensionar os Grupos Geradores para estas aplicações.

Os valores ótimos de consumo específico dos motores a Diesel situam-se na faixa de 220 a 225 ml por KWh, disponibilizados no volante para acionamento do alternador. Se considerarmos um rendimento de 95% para o mesmo, teremos um consumo na ordem de 231 a 237 ml por KMh gerado. Ao preço de R$ 1,148 por litro, resulta em R$ 0,31 a 0,32 por KWh, que é a parcela de custo, devido ao diesel.

Custo de Manutenção:

Cálculos a partir de estudos técnicos apontam para uma média de R$ 0,0295 por KWh gerado, relativos às máquinas acima de 500KW de potência, podendo variar entre R$ 0,0098 a R$ 0,039. Inclui-se neste valor o deslocamento de mecânicos e revisões periódicas.

Custo de Óleo Lubrificante:

Considerando 0,3% do consumo de combustível, para 0,27 litros de combustível, temos 0,00081 por KWh ou 0,81 litros por MWh. Ao custo de R$ 4,50 por litro, resulta em R$ 2,99 por MWh ou R$ 0,002933 por KWh.

Resumo dos Custos do KWh para Geração a Diesel:

Combustível R$ 0,3157Manutenção R$ 0,0295

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Óleo Lubrificante R$ 0,002933Total R$ 0,348133

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MÓDULO 6

CONSCIENTIZAÇÃO NA REDUÇÃO DE CUSTOS

Neste módulo veremos mais um tópico sobre como reduzir custos em energia elétrica em sua empresa: o Gerador de Energia e suas características.

6.1 – Conscientização dos funcionáriosResumoMaterial Complementar

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6.1 – CONSCIENTIZAÇÃO DOS FUNCIONÁRIOS

Mais de 38 milhões de residências são atendidas por energia elétrica em todo Brasil. Estima-se que cada consumidor desperdiça cerca de 10% da energia fornecida. Esse desperdício é feito por maus hábitos ou uso ineficiente dos eletrodomésticos.

O consumo residencial é grande, porém, são as empresas as responsáveis por quase metade do consumo de energia elétrica do país, chegando a 45,5% do consumo global. Cerca de 146 bilhões de KWh por ano são utilizadas por empresas. Elas também são as principais responsáveis pelo maior índice de desperdício de energia no mundo.

Neste módulo, veremos a importância da conscientização dos funcionários a respeito do consumo de energia elétrica e também como aplicar, com sucesso, essa conscientização no ambiente profissional. E para economizá-la, primeiramente, deve-se prestar atenção no uso incorreto dos aparelhos elétricos.

Em média, 60% das pessoas deixam o monitor ligado quando saem para o almoço, reuniões externas, etc; isso consome muita energia. A potência máxima consumida por um PC típico é, aproximadamente, de 200 a 350 Watts. A ela deve-se somar o consumo do monitor, impressora, no-break, etc. O consumo total situa-se, tipicamente, entre 450W a 850W. Isso corresponde a manter acesas 7 a 15 lâmpadas incandescentes de 60 watts cada. É um consumo razoável.

Veja abaixo uma tabela que mostra o consumo de cada equipamento (microcomputador, impressora, scanner) e o seu consumo por hora em potência (W):

Equipamento Potência(W) Consumo por hora ligado

Microcomputador 150-220 150 - 220 Wh

No-Break 3 kVA 130 Wh

Impressora 80-350 80 - 350 Wh

Scanner 150 150 Wh

ZipDrive 70 70 Wh

CDR-W 80 80 Wh

Fax 70 70 Wh

Caixinhas de som 10 10 Wh

Carregador de Palm e celular 25 25 Wh

TOTAL - 850 Wh

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O correto é desligar o computador quando este permanecer fora de uso por um período significativo. Apenas se a interrupção for por alguns minutos, deixe-o ligado, mas desligue o monitor.

E se não for usar o monitor durante algum tempo (sair da sala ou deixar a CPU processando) desligue-o. Isso porque o maior consumo de energia no computador vem dele. Também é bem aconselhável o uso do “Energy Star”, que desliga o monitor e não gasta energia com protetor de tela.

E, caso o PC tenha o recurso ACPI-Advanced Configuration and Power Interface (que permite gerenciar o consumo de energia em estágios), ative-o. Ele desliga, progressivamente, dispositivos como vídeo e discos rígidos e indo até o chamado “estado de espera”, no qual o consumo de energia de todos os componentes é sensivelmente reduzido, inclusive o da CPU. O sistema voltará à operação normal assim que for detectada alguma atividade do mouse ou do teclado.

Sobre a iluminação, o correto é evitar ligar e desligar as lâmpadas em intervalos curtos (inferiores a 5 minutos), pois este hábito, além de reduzir a vida útil da lâmpada, provoca um consumo adicional de energia elétrica. Além disso, para que haja economia, é recomendável que utilize a luz elétrica somente onde não existir iluminação natural suficiente para o desenvolvimento das atividades.

O ar-condicionado nas empresas, para que funcione plenamente, é importante que mantenha as janelas e portas fechadas, evitando a entrada de ar externo. Além disso, é preciso limitar a utilização do aparelho somente às dependências ocupadas e não refrigerar excessivamente o ambiente no verão.

O conforto térmico é uma combinação de temperatura e umidade, sendo recomendado entre 22 e 24ºC de temperatura e 50 e 60% de umidade relativa do ar. O frio máximo nem sempre é a melhor solução de conforto.

Além disso, é importante regular o mínimo necessário a exaustão do ar nos banheiros contíguos aos ambientes climatizados e estudar a possibilidade de ventilar naturalmente o edifício à noite para retardar o acionamento do sistema de ar-condicionado pela manhã.

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RESUMO

1. Mais de 38 milhões de residências são atendidas com energia elétrica em todo Brasil. Estima-se que cada consumidor desperdiça cerca de 10% da energia fornecida. Esse desperdício é feito por maus hábitos ou uso ineficiente dos eletrodomésticos. As empresas são as responsáveis por quase metade do consumo de energia elétrica do país, chegando a 45,5% do consumo global.Cerca de 146 bilhões de KWh por ano são utilizadas por empresas. Elas também são as principais responsáveis pelo maior índice de desperdício de energia no mundo.

2. Uma das grandes causas do desperdício de energia é o uso incorreto dos aparelhos elétricos. Algumas dicas para economizar são: deixar o monitor do computador desligado ao sair para reuniões externas, almoços, etc., mas ao sair por uma quantidade significativa de tempo desligue o computador. É aconselhável o uso do “Energy Star”, que desliga o monitor e não gasta energia com protetor de tela.

3. Evite ligar e desligar as lâmpadas em intervalos curtos (inferiores a 5 minutos), pois, além de reduzir a vida útil da lâmpada, provoca um consumo adicional de energia elétrica. Além disso, é recomendável utilizar lâmpadas apenas em locais onde não exista luz natural.

4. Ao ligar o ar-condicionado mantenha as janelas e portas fechadas, evitando a entrada de ar externo. É considerado desperdício também deixá-lo ligado em dependências onde não há ninguém.

5. O conforto térmico é uma combinação de temperatura e umidade, sendo recomendado entre 22 e 24ºC de temperatura e 50 e 60% de umidade relativa do ar. O frio máximo nem sempre é a melhor solução de conforto.

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MATERIAL COMPLEMENTAR

PRINCIPAIS FONTES DE PERDAS DE ENERGIA ELÉTRICA NAS EMPRESAS

Transformadores de Força

Elimine progressivamente os transformadores muito antigos, substituindo-os assim que possível por outros mais modernos.

Quando um transformador é mantido sob tensão e não fornece nenhuma potência, suas "perdas no cobre" são praticamente nulas, enquanto que as "perdas no ferro" ocorrem sempre. Assim, é aconselhável deixar os transformadores desligados da rede quando não estiverem em serviço (desde que a inatividade seja por períodos relativamente curtos não superiores a uma semana). Caso contrário podem ocorrer problemas devidos à absorção de umidade.

Quando existirem diversos transformadores para alimentar a mesma instalação, é teoricamente econômico ajustar a operação destes em função da carga solicitada, alternando o uso dos transformadores quando cabível, limitando-se assim as perdas em vazio nas horas de baixa carga, ou em que a empresa não esteja funcionando. Em muitos casos, pode ser interessante contar com um transformador de menor porte, exclusivo para alimentação da iluminação, de modo a permitir mantê-la ligada durante a execução dos serviços de limpeza e vigilância nos horários em que a empresa não esteja funcionando.

Faça manutenção preventiva nos transformadores visando eliminar paralisações de emergência. A manutenção de transformadores é relativamente simples e se constitui basicamente dos seguintes itens: detecção de vazamentos, ensaio de rigidez dielétrica do óleo, inspeção das partes metálicas, testes de isolamento e limpeza geral.

Motores

Dê preferência ao uso de motores com o Selo PROCEL Economia de Energia. Consulte uma relação de motores na Internet pelo link abaixo:

http://www.eletrobras.gov.br/procel/site/seloprocel/equipamentoscomselo_motores.asp

Os motores devem funcionar entre 60 a 90% de sua potência nominal.

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Se a máquina necessitar de 2 ou 3 velocidades diferentes, pode-se utilizar um motor assíncrono com 2 ou 3 velocidades.

Adote, sempre que possível, variadores eletrônicos de velocidade.

Considere a utilização dos motores com perdas reduzidas, dando preferência aos motores da linha de Alto Rendimento.

Evite utilizar motores super-dimensionados. Por ocasião de uma troca, instalar um novo motor com potência adequada.

Desligue os motores das máquinas quando estas não estiverem operando.

Verifique se as características do motor são adequadas às condições do ambiente onde está instalado (temperatura, atmosfera corrosível, etc.).

Verifique a possibilidade de instalar os motores em locais com melhor ventilação e em ambientes menos agressivos.

Verifique se os dispositivos de partida são adequados.

Refrigeradores e Freezers

Dê preferência aos refrigeradores e freezers com o Selo PROCEL de Economia de Energia. Consulte relação na Internet pelo link abaixo:

http://www.eletrobras.gov.br/procel/site/seloprocel/equipamentoscomselo_eletrodomesticos.asp

Procure comprar aparelhos que atendam às necessidades do seu negócio. Quanto maior o refrigerador, maior seu consumo.

Refrigerador deve ser instalado em local bem arejado, com boa ventilação e distante de qualquer fonte de calor, como raios solares e fogões. Não encostá-lo nas paredes ou móveis. Com o motor ventilado há maior eficiência do equipamento.

Não abra o refrigerador sem necessidade. Crie o hábito de colocar ou retirar os produtos de uma só vez.

No inverno, regule o dial de ajuste de temperatura em posição mais baixa, mantendo a temperatura nos mesmos padrões do verão. Consulte o manual do fabricante para saber a regulagem correta.

Evite colocar produtos ainda quentes no refrigerador. Isso exige mais do motor.

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Não forre as prateleiras com plásticos, vidros ou qualquer outro material e coloque os produtos de forma a facilitar ao máximo a circulação do ar.

Coloque os líquidos em recipientes fechados.

Degele o refrigerador segundo as recomendações do fabricante.

Evite colocar panos ou plásticos na parte traseira do refrigerador.

A borracha de vedação deve funcionar adequadamente, para evitar fugas de ar frio.

Balcões Refrigerados

A radiação atua indiscriminadamente sobre o equipamento. A única forma de diminuir o seu efeito é afastar as fontes quentes, o que pode ser conseguido das seguintes formas:

Com o uso de lâmpadas frias (fluorescentes).

Evitando a radiação direta das lâmpadas para seu interior.

Eliminando quaisquer outras funções de calor das vizinhanças nas baias de refrigeração.

Evitando a radiação solar externa.

Ambiente com ar condicionado contribui para o bom funcionamento dos balcões refrigerados, pois estes, além de auxiliar a temperatura reduzem a umidade do ar.

Procurando aproveitar as câmaras refrigeradas existentes, que funcionam continuamente, para um pré-congelamento dos produtos, quando do primeiro carregamento dos balcões frigoríficos abertos.

Recomendações Gerais:

Evite o excesso de gelo, através da regulagem correta do termostato do equipamento e de sua limpeza periódica.

Não coloque nos balcões refrigerados produtos ainda quentes ou acondicionados em embalagens de transporte.

Disponha os alimentos de forma a não ultrapassarem a cortina de ar frio formada nos balcões frigoríficos abertos.

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Cubra os balcões de produtos congelados durante a noite para maior conservação do frio.

Verifique periodicamente o estado das guarnições ou borrachas de vedação das portas ou tampas dos balcões refrigerados, geladeiras e freezers, substituindo-as sempre que se encontrarem danificadas, gastas ou com suspeita de vedação insuficiente.

Dê preferência a balcões refrigerados com tampa de vidro, que permitem visualização dos produtos expostos, com redução da perda de frio.

Sistemas de Refrigeração

Sistemas de Expansão Direta

Estes sistemas compreendem os processos de refrigeração em que a unidade evaporadora do ciclo retira calor diretamente do meio a ser resfriado (Ex.: câmaras frigoríficas, trocadores de calor para refrigeração de fluidos, massas etc.).

A seguir encontra-se uma lista de medidas práticas para o uso racional de energia. Esta lista deve ser implementada no plano de manutenção preventiva para sistemas de refrigeração:

Isolamento térmico das tubulações de líquido e de gás;

Verificação da unidade condensadora - se está localizada em ambientes com ventilação natural, sem exposição ao sol e longe de outros equipamentos que irradiem calor;

A possibilidade de modulação de carga das unidades compressoras;

Limpeza regular dos evaporadores e condensadores do sistema;

Verificação de vazamento de fluido de refrigeração;

Verificação do funcionamento da instrumentação e dos sistemas de proteção e controle;

Observação das recomendações de armazenamento dos produtos estocados nas câmaras (temperatura, umidade relativa e tempo de armazenamento);

Verificação do estado das tubulações e conexões (observe se há rugosidades e/ou curvas inadequadas).

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Sistemas de Expansão Indireta

Estes sistemas compreendem os processos de refrigeração em que a água gelada é o meio de transporte da potência refrigerada, sendo que os equipamentos de geração (chillers, centrífugas etc.) resfriam a água que será utilizada como volante térmico em processos específicos.

A lista abaixo traz medidas práticas para o uso racional de energia. Ela deve ser implementada no plano de manutenção preventiva para sistemas de refrigeração:

Verificação das condições internas das superfícies trocadoras de calor (evaporadores e condensadores) no tocante a incrustações, eliminando-as se for o caso.

Verificação da carga (se a máquina está completa de gás).

Verificação de vazamento de fluido de refrigeração.

Tratamento contínuo da água de condensação.

Verificação das condições dos filtros nas linhas de refrigerante. Mas atenção, se o filtro estiver sujo, obstruindo a passagem de líquido refrigerante, o rendimento do ciclo cairá, além do desgaste excessivo e/ou quebra do compressor.

As vazões de água gelada e água de condensação devem ser as indicadas pelo fabricante.

Controle da perda de pressão nos trocadores de calor do equipamento de geração de frio.

Verificação da atuação dos elementos de controle do equipamento (se estão corretos).

Monitoração da atuação e regulagem adequadas do termostato que controla o ventilador da torre de resfriamento. Normalmente o termostato é regulado para desarmar quando a temperatura da água que sai da torre para o condensador do equipamento está em torno de 20ºC.

Verificação de vazamentos de água no circuito de condensação.

Isolamento das tubulações, acessórios e válvulas.

Avaliação da possibilidade de desligar bombas operando sem necessidade, devido à existência de pressão suficiente na entrada do ramal para vencer a perda de carga do circuito, sem necessidade de bombeamento.

A vazão de água gelada fornecida pela bomba deve estar de acordo com a capacidade nominal do evaporador.

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Todos os ramais secundários devem receber a quantidade correta de água gelada para alimentar os trocadores de calor. A vazão de água deverá ser a nominal relativa ao processo.

Verificação da existência de tratamento químico contínuo da água gelada.

Controle da perda de pressão nas serpentinas dos trocadores de calor.

Limpeza periódica das serpentinas dos trocadores.

Verificação do funcionamento correto dos elementos de controle do circuito de água gelada (válvulas de três vias, duas vias etc.).

Para todos os sistemas de refrigeração é possível obter melhoria no rendimento adotando os seguintes procedimentos:

Regule sempre o termostato. No caso de câmaras frigoríficas, de acordo com a temperatura de armazenamento dos produtos armazenados e período de armazenamento;

Procure sempre armazenar na mesma câmara produtos que necessitem a mesma temperatura, percentual de umidade e mesmo período de armazenagem;

Mantenha sempre em bom funcionamento o termostato e a resistência de aquecimento das unidades evaporadoras que operem em faixas de congelamento, pois o gelo é isolante e dificulta a troca de calor;

Mantenha, sempre que possível, as portas das câmaras fechadas e vedadas, inclusive as portas das antecâmaras;

Mantenha sempre em bom funcionamento e limpos os termostatos que operam com válvulas de três vias e/ou com válvulas de expansão;

Para cada trocador de calor de processo, mantenha sempre o fluxo correto de água gelada, fluido de refrigeração e vazão de ar;

Use, nas câmaras refrigeradas, somente lâmpadas mais eficientes, preferencialmente frias, mantendo o nível de iluminação adequado (200 lux);

Evite, sempre que possível, instalar condensadores ao alcance de raios solares ou próximos a fornos, estufas, ou quaisquer equipamentos que irradiem calor;

Utilize cortina de ar, quando não houver antecâmara;

Recupere, sempre que houver simultaneidade ou possibilidade de acumulação, o calor rejeitado em torres de resfriamento para aquecimento ou pré-aquecimento de fluidos envolvidos em outros processos. Esta recuperação pode ser realizada por trocadores ou bombas de calor;

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Estude a possibilidade de termo-acumulação em gelo ou água gelada para os sistemas de refrigeração de expansão indireta de médio ou grande porte, que utilizam a água gelada como volante térmico e operem nas faixas de temperatura compatíveis.

Sistemas de Aquecimento

Reduza a temperatura da água dos aquecedores para 55ºC.

Utilize e torneiras com baixa vazão na água quente;

Sempre que possível, opte por centralizar a produção de água quente e vapor.

Aquecimento de água por sistemas baseados em combustíveis, como gás natural e GLP, é mais econômico do que se efetuado com sistemas elétricos.

Avalie a viabilidade do emprego de sistema solar para aquecimento de água.

Avalie a recuperação do calor rejeitado nas unidades de refrigeração e ar-condicionado para aquecimento de água.

Sistemas de Ar-Comprimido

Geração

Verificar periodicamente as condições físicas dos compressores. Compressores com vazamentos internos, desgaste excessivo em anéis de segmento, válvulas etc. consomem mais energia e produzem menores quantidades de ar que a sua capacidade nominal.

Manter as correias de acionamento adequadamente ajustadas, trocando-as quando desgastadas.

Sempre que possível, fazer as tomadas de ar de admissão fora da casa de máquinas.

Fazer limpeza periódica ou trocar os filtros de ar.

Fazer a limpeza de filtros separadores de óleo no caso de compressores de parafuso.

Manter intervalo de regulagem de pressão dos compressores compatível com a vazão de ar demandada e a pressão terminal mínima necessária ao equipamento utilizado mais distante.

Evitar tubulações de diâmetro variado e curvas desnecessárias nos trajetos entre a geração e o reservatório de distribuição. De preferência, este trajeto deve envolver uma tubulação mestra dimensionada para uma perda de carga equivalente ao comprimento da rede.

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Eliminar todos os vazamentos existentes no trajeto geração - reservatório central.

Evitar, sempre que possível, estação redutora de pressão centralizada. A redução de pressão deve ser efetuada em local próximo ao equipamento utilizado.

Realizar, periodicamente, drenagem do reservatório central.

Inspecionar tubulações, válvulas e elementos de ligação quanto a vazamentos de água de arrefecimento das unidades compressoras, condensadores dos sistemas de desumidificação e resfriadores intermediário e posterior.

Tratar a água de resfriamento das unidades compressoras periodicamente, utilizando os meios adequados.

Utilizar, sempre que possível, circuitos de arrefecimento regenerativos.

Manter limpas as superfícies dos trocadores de calor (intercoolers).

Distribuição e Utilização

Efetuar a distribuição do ar comprimido evitando muitas tubulações, trajetos complexos, curvas etc.

Verificar a perda de pressão entre o reservatório central e o ponto de utilização mais distante.

Retirar da rede de distribuição todos os ramais secundários desativados ou inoperantes, no sentido de evitar acúmulos de condensado, perda de carga excessiva e vazamentos.

Eliminar vazamentos na rede de distribuição de ar. Para redes muito extensas, esta avaliação deve ser efetuada por setor ou grupos de setores afetos a mesma unidade de geração.

Utilizar válvulas de bloqueio acionadas por solenóides junto aos equipamentos que operem intermitentemente. O objetivo é evitar que durante as paralisações ocorram fugas do ar pelo equipamento.

Utilizar válvulas de controle de fluxo junto aos equipamentos utilizadores, no sentido de manter o fluxo de ar compatível com as necessidades operacionais de cada um.

Efetuar tomadas de ar para ramais secundários sempre por cima da tubulação principal para evitar arraste de condensado.

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Efetuar as tomadas de ar dos ramais secundários sempre próximas dos equipamentos, evitando, sempre que possível, longos trajetos para os ramais secundários.

Utilizar os diversos tipos de válvulas de acordo com a sua aplicação específica. Evitar, por exemplo, o uso de registro de bloqueio para regulagem de fluxo e vice-versa.

Efetuar inclinação da rede para facilitar o sistema de purga de condensado.

Efetuar a drenagem de condensados dos pontos de menor cota em redes sem óleo e aplicar o sistema de purga, em redes com óleo.

Circuitos de Distribuição

Implante os transformadores próximos aos principais centros de consumo. A Norma Brasileira NBR 5410 - Instalações Elétricas de Baixa Tensão - indica as grandezas mínimas que devem ser observadas.

Evite sobrecarregar circuitos de distribuição e mantenha bem balanceadas as redes trifásicas. O condutor superaquecido é, normalmente, um sinal de sobrecarga. Deve-se substituir este condutor por outro de maior bitola ou redistribuir a sua carga para outros circuitos.

Para potências elevadas, dê preferência ao transporte de energia em alta-tensão. Realize um estudo técnico-econômico, verificando a possibilidade de instalação de transformadores próximos às cargas solicitantes.

Referências Bibliográficas:

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Internet

- www.eta-engenharia.com.br

- www.annel.gov.br

- www.eletropaulo.com.br

- www.joseclaudio.eng.br

- http://www.energiabrasil.gov.br

- http://www.bandeirante.com.br/oque2.htm

- http://www.unioeste.br/agais/eletrica.html

- http://www.abradee.com.br/

- http://www.abrage.com.br/

Livros

COSTA, Irapuã de Oliveira. A Luz do Consumidor. 1ª ed. São Paulo: Segmento Farma. 2004.

GANIN, Antonio. Setor Elétrico Brasileiro – Aspectos Regulamentares e Tributários. São Paulo: Artliber.

GUSSOW, Milton. Eletricidade Básica. São Paulo: Makron/Pears.

MARTINO, G. Eletricidade Industrial. 1ª ed. São Paulo: Hemus. 1995.

MOREIRA, Vinícius de Araújo. Iluminação Elétrica. 1ª ed. São Paulo: Edgard Blucher. 2001.

RESENDE, Ignacio. Dieta Para Reduzir Custos com Energia Elétrica. São Paulo: Studio Digital.

ROLDÁN, José. Manual de Medidas Elétricas. trad. J B Soares e Tatiana M Dimitroff. 1ª ed. São Paulo: Hemus. 2002.

TORREIRA, Raul Peragallo. Manual Básico de Motores Elétricos. 3ª ed. Rio de Janeiro: Antenna. 1980.