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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ AGNALDO LUIZ PADILHA COMPETITIVIDADE: ANÁLISE DO POTENCIAL DE MERCADO DE BEBIDAS NÃO ALCOÓLICAS NO SEGMENTO CB EM ITAJAÍ - SC Balneário Camboriú 2009

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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ

AGNALDO LUIZ PADILHA

COMPETITIVIDADE: ANÁLISE DO POTENCIAL DE MERCADO DE BEBIDAS

NÃO ALCOÓLICAS NO SEGMENTO CB EM ITAJAÍ - SC

Balneário Camboriú

2009

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AGNALDO LUIZ PADILHA

COMPETITIVIDADE: ANÁLISE DO POTENCIAL DE MERCADO DE BEBIDAS

NÃO ALCOÓLICAS NO SEGMENTO CB EM ITAJAÍ - SC

Balneário Camboriú

2009

Monografia apresentada como requisito parcial para a obtenção do título de Bacharel em Administração – Ênfase em Marketing, na Universidade do Vale do Itajaí, Centro de Educação Balneário Camboriú. Orientador : Prof. MSc. Manuel Carlos Pinheiro da Gama

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AGNALDO LUIZ PADILHA

COMPETITIVIDADE: ANÁLISE DO POTENCIAL DE MERCADO DE BEBIDAS

NÃO ALCOÓLICAS NO SEGMENTO CB EM ITAJAÍ - SC

Esta Monografia foi julgada adequada para a obtenção do título de Bacharel em

Administração e aprovada pelo Curso de Administração – ênfase em Marketing da

Universidade do Vale do Itajaí, Centro de Educação de Balneário Camboriú.

Área de Concentração: Comercial – Vendas.

Balneário Camboriú, 01 de Dezembro de 2009.

_________________________________

Prof. MSc. Manuel Carlos Pinheiro da Gama

Orientador

___________________________________

Prof. MSc. Roberto Hering

Avaliador

___________________________________

Prof. MSc. Alexandre de Sá Oliveira

Avaliador

4

EQUIPE TÉCNICA

Estagiário: Agnaldo Luiz Padilha

Área de Estágio: Comercial.

Professor Responsável pelos Estágios: Lorena Schröder

Supervisor da Empresa: Mercides de Jesus Martins

Professor orientador: Manuel Carlos Pinheiro da Gama

5

DADOS DA EMPRESA

Razão Social: Vonpar Refrescos S.A.

Endereço: Rua Padre Kolb Número: 1215 - Bucarein

CEP: 89202-350 Cidade: Joinville UF: SC

Telefone: (47) 3441 6200 Fax: (47) 3441 6296

Setor de Desenvolvimento do Estágio: Comercial – Vendas.

Duração do Estágio: 240 horas.

Nome e Cargo do Supervisor da Empresa: Mercides de Jesus Martins –

Coordenador Comercial.

Carimbo do CNPJ da Empresa:

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AUTORIZAÇÃO DA EMPRESA

Balneário Camboriú, 01 de Dezembro de 2009.

A Empresa Vonpar Refrescos S.A, pelo presente instrumento, autoriza a

Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI, a divulgar os dados do Relatório de

Conclusão de Estágio executado durante o Estágio Curricular Obrigatório, pelo

acadêmico Agnaldo Luiz Padilha.

___________________________________

Responsável pela Empresa

7

DEDICATÓRIA

A minha esposa Evanilde, meus filhos

Gabriel e Camila pela força, apoio

incondicional e dedicação em todos

os momentos para que eu pudesse

realizar o objetivo que há muito tempo

almejava.

8

AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus por me dar saúde, força e determinação para nunca

desistir deste objetivo.

Ao Professor Manuel pela sua orientação e seu apoio para a elaboração desta

Monografia.

À Coordenação do curso pelas diretrizes aplicadas e apoio no decorrer do curso.

À minha esposa Evanilde pelo apoio e dedicação oferecido, sem questionar um final

de semana sequer que passava estudando.

Aos meus filhos pelos sorrisos e alegrias que me enchiam de paz e coragem para

subir cada degrau rumo ao objetivo.

À minha cunhada Jandira pela contribuição durante todo o período acadêmico, toda

minha gratidão e respeito.

Aos meus pais pelos ensinamentos da vivência em grupo com respeito às pessoas

agindo com moral e ética em qualquer situação.

Aos meus colegas de curso Alan, Fábio, Loir, Geovano, entre outros, pela

contribuição no aprendizado e convivência em harmonia.

À Vonpar Refrescos S.A. pela oportunidade concedida para a execução do estágio.

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RESUMO

O setor de bebidas exerce um papel importante no crescimento e desenvolvimento

da economia e da sociedade tanto a nível nacional quanto regional e local, uma vez

que está entre os maiores setores que geram emprego e renda. Nesse enfoque

identificar a participação de mercado de uma organização passa a ser prioritário na

sua estratégia de negócio. Dessa forma o propósito do estudo é identificar a

participação de mercado de bebidas não alcoólicas no segmento Comidas e

Bebidas, bares, lanchonetes, restaurantes, fast food e ensino dos produtos da

Vonpar Refrescos S.A. na cidade de Itajaí, considerando o levantamento total do

volume de compra no segmento considerando todos os concorrentes que no período

da pesquisa registraram compras dos produtos pesquisados, com o resultado obtido

elaborou-se a comparação desses resultados com os dados obtidos com os

publicados pelo Instituto de Pesquisas AC Nielsen, para confirmar a participação

efetiva nesse segmento e região. Para obtenção desses dados foi utilizado uma

pesquisa exploratória descritiva com abordagem quantitativa, como instrumento foi

utilizado o questionário com perguntas fechadas aplicado em 169 clientes ativos.

Pode-se observar nos resultados que estes se aproximam da pesquisa do Instituto

Nielsen, porém percebe-se algumas variações nos refrigerantes em embalagens

específicas e também em chás e sucos.

Palavras-chave: marketing, vendas e participação de mercado.

10

ABSTRACT

The beverage industry plays an important role in the growth and development of

economy and society at both national and regional and local level, as it is among the

largest sectors that generate employment and income. In this approach to identify the

market share of an organization to be a priority in their business strategy this way the

purpose of the study is to identify the market share of soft drinks segment in the Food

and Drink, bars, cafes, restaurants, fast food and education products of Vonpar

Refrescos S.A. in the city of Itajaí, considering the lifting of the total purchase volume

in the segment considering all competitors during the study reported purchases of

products surveyed, the result was elaborated to compare these results with the data

with those published by the Instituto de Pesquisas AC Nielsen, to confirm the

effective participation in this segment and region. To obtain these data we used a

descriptive exploratory study with a quantitative approach as an instrument used was

a questionnaire with closed questions applied to 169 active clients. We can see the

results they are approaching the Instituto de Pesquisas AC Nielsen, but it can be

seen some changes in soft drinks is specific and also in teas and juices.

Keywords: marketing, sales and market share.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 01 Participação de mercado setembro de 2009 18

Figura 02 Hierarquia das necessidades de Maslow 23

Figura 03 Uma visão geral da administração de marketing 24

Figura 04 Ciclo de vida dos produtos 27

Figura 05 Matriz BCG 28

Figura 06 Menu de objetivos de preços 31

Figura 07 Os agregados que influenciam o preço 33

Figura 08 Relação entre o composto de promoção e o mix de marketing 37

Figura 09 Como os vendedores distribuem seu tempo 44

LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 01 Consumo de refrigerantes de 200 ml no segmento 54

Gráfico 02 Consumo de refrigerantes de 200 ml por canal 55

Gráfico 03 Consumo de refrigerantes na embalagem ks no segmento 55

Gráfico 04 Consumo de refrigerantes na embalagem ks por canal 56

Gráfico 05 Consumo de refrigerantes na embalagem lata no segmento 57

Gráfico 06 Consumo de refrigerantes na embalagem lata por canal 57

Gráfico 07 Consumo de refrigerantes na embalagem 600 ml no segmento 58

Gráfico 08 Consumo de refrigerantes na embalagem 600 ml por canal 59

Gráfico 09 Consumo de bebidas de baixas calorias no segmento 59

Gráfico 10 Consumo de bebidas de baixas calorias por canal 60

Gráfico 11 Consumo de água mineral no segmento 60

Gráfico 12 Consumo de água mineral por canal 61

Gráfico 13 Consumo de suco lata no segmento 61

Gráfico 14 Consumo de suco lata por canal 62

Gráfico 15 Consumo de chá no segmento 63

Gráfico 16 Consumo de chá por canal 63

Gráfico 17 Participação de mercado setembro 2009 64

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LISTA DE QUADROS

Quadro 01 Cálculo da elasticidade-preço 30

13

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO.......................................................................................... 15

1.2 Problema de pesquisa.............................................................................. 15

1.3 Objetivos da pesquisa.............................................................................. 16

1.4 Justificativa da pesquisa........................................................................... 16

1.5 Contextualização do ambiente de estágio................................................ 17

1.6 Organização do trabalho..........................................................................

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA............................ ................................... 19

2.1 Conceitos de Marketing........................................................................ 19

2.1.1 Evolução histórica do Marketing............................................................ 19

2.2 Evolução do Marketing no Brasil........................................................... 19

2.3 Administração de Marketing e Composto de Marketing......................... 23

2.4 Competitividade...................................................................................... 39

2.5 Conceitos de mercado, potencial de mercado, participação de mercado 41

2.6 Vendas, conceito e contexto.................................................................... 43

2.6.1 Administração de Vendas......................................................................... 46

3 METODOLOGIA CIENTÍFICA........................... ...................................... 50

3.1 Tipologia de pesquisa............................................................................... 50

3.2 Sujeito do estudo..................................................................................... 51

3.3 Instrumentos de pesquisa........................................................................ 52

3.4 Análise e apresentação dos dados......................................................... 52

3.5 Limitações da pesquisa........................................................................... 52

4 RESULTADOS....................................... ................................................. 53

4.1 Apresentação dos dados da pesquisa...................................................... 53

4.2 Exposição gráfica dos resultados alcançados.......................................... 54

4.3 Apresentação da pesquisa do Instituto Nielsen........................................

64

14

5 CONSIDERAÇÕES E CONCLUSÕES....................... ............................. 65

5.1 Considerações finais................................................................................ 66

5.2 Propostas para trabalhos futuros............................................................. 66

REFERÊNCIAS....................................................................................... 67

APÊNDICES............................................................................................ 69

15

1 INTRODUÇÃO

Devido ao grande número de empresas presentes preocupadas em manter sua

posição frente ao mercado com constantes e agressivas mudanças que ocorrem,

num ambiente altamente competitivo, faz com que as empresas atuantes criem e

modifiquem suas estratégias de mercado e se moldem às exigências do mercado e

dos consumidores, através da diversificação de produtos, inovação tecnológica,

preço, adotando formas de cooperação com outras empresas

No segmento de bebidas, a disputa pela participação de mercado é muito grande. E

as empresas têm motivos para isso. O Brasil é o terceiro maior produtor de

refrigerantes do mundo, depois dos Estados Unidos em primeiro e do México em

segundo. Isso devido à melhora do poder aquisitivo da população nos últimos anos

que tem demandado um consumo maior sendo que os consumidores brasileiros

estão concentrados nas classes A e B (63%), respondendo as classes C, D e E por

37% do consumo.

A Vonpar Refrescos S.A. como franqueada da Coca-Cola do Brasil fabrica e distribui

produtos da linha Coca-Cola e é distribuidora dos produtos da Femsa Cervejaria na

sua área de atuação. Atende clientes de todos os portes, seu diferencial é na sua

força de vendas e na distribuição onde consegue vender e entregar seus produtos

até em áreas remotas com agilidade e qualidade nos serviços prestados.

1.1. Problema de Pesquisa

A maioria das organizações atualmente se preocupa muito com os volumes de

vendas e as ações que são efetivadas para obter resultados positivos, esquecendo-

se de pontos importantes como medir a sua participação efetiva de mercado, não

somente a participação no nível nacional, mas também o regional, local, que poderá

apresentar indicadores diferentes da média geral.

16

Dessa forma o problema da presente pesquisa é identificar: Qual a participação de

mercado da Vonpar Refrescos S/A, na cidade de Itajaí no segmento Comidas e

Bebidas?

1.2 Objetivo Geral:

Identificar a participação de mercado de bebidas no segmento Comidas e Bebidas,

bares restaurantes e lanchonetes, dos produtos da Vonpar Refrescos S/A, na cidade

de Itajaí.

1.2.1 Objetivos Específicos:

• Levantar o volume de compras dos clientes no segmento de bares,

restaurantes e lanchonetes de bebidas não alcoólicas na cidade de

Itajaí;

• Identificar e medir o volume de compras de todos os concorrentes

nesse segmento;

• Calcular a participação de cada empresa no segmento;

• Comparar os resultados obtidos com os publicados da AC Nielsen.

• Desmembrar por canal qual seja: bar, lanchonete, restaurante, fast

food e ensino os volumes consumidos e por tamanho de embalagem.

1.3 Justificativa:

Observando o resultado atual de vendas da Vonpar refrescos S.A. junto à cidade de

Itajaí Santa Catarina, percebe-se a necessidade de avaliar a sua participação de

mercado local para confrontar com os resultados regionais, estaduais e nacionais.

Assim sendo o presente trabalho apresenta significativa importância para a empresa,

uma vez que contribuirá com dados locais e regionais para a tomada de decisões. O

estudo proposto poderá determinar novas alternativas na forma de atuação da

empresa junto a seus atuais clientes, sendo, relevante para a empresa.

17

Para o acadêmico a sua justificativa se aplica na possibilidade de exercer na prática

os conceitos trabalhados durante o período de estudo, unindo assim a teoria com

uma vivencia prática.

1.4 Contexto do ambiente de estágio:

1.4.1 Origem da Coca-Cola

O produto coca-cola foi inventado por Pemberton em 1886. A solução era

caramelada e colorida misturada com água para curar "todos os males da alma e do

corpo",

Em 1891, vende sua famosa e secreta fórmula para Asa Candler que cria a The

Coca-Cola Company.

Este produto conseguiu atravessar todas as fronteiras de idiomas, religiões, culturas,

etc., evoluiu em seu visual mantendo a tradição de mais de um século de sabor e

qualidade. E hoje, mais do que um refrigerante, Coca-Cola se tornou um estilo de

vida; tão natural que é raro e estranho ouvir alguém dizer que não gosta deste

refrigerante.

1.4.2 Atuação no Brasil

No Brasil atua desde 1942, sendo a terceira maior operação a nível mundial, ficando

atrás somente dos Estados Unidos em 1º e do México em 2º É composto pela

Coca-Cola Brasil e 16 grupos empresariais independentes, chamados de fabricantes

autorizados, além da Minute Maid Mais, Leão Junior e Del Valle, que elaboram o

produto final em suas 43 unidades industriais e o distribuem aos pontos de vendas.

Esta estrutura absorve cerca de 34 mil colaboradores diretos e gera mais de 310 mil

empregos indiretos.

A Vonpar Refrescos S.A. é a franqueada da Coca-Cola no Rio Grande do Sul e em

Santa Catarina, atende a aproximadamente 13 milhões de pessoas em sua área de

18

cobertura, que compreende 73,5% do estado do Rio Grande do Sul e 100% do

estado de Santa Catarina. Sua atuação é voltada para o marketing e serviços, com

ênfase em qualidade, atendimento, distribuição e relacionamento, a Vonpar opera na

fabricação e distribuição de bebidas da linha Coca-Cola e na distribuição de bebidas

da Femsa Cerveja Brasil e Água Mineral Charrua.

A Vonpar conta com 2.651 colaboradores, conta com uma produção média de 67

milhões de litros de bebidas por mês. O faturamento bruto no ano de 2005 foi de R$

937 milhões. Em 2006 foi de R$ 1,039 bilhões e o ano de 2007 registrou R$ 1,185

bilhões de faturamento.

Segundo pesquisas de mercado do Instituto Nielsen de setembro/2009, a Vonpar é a

empresa com maior participação no volume de refrigerantes dentro da sua região

de cobertura.

0

10

20

30

40

50

60

58,6 26 15,4

Vonpar

Ambev

Outras

Figura 01 : Participação de mercado setembro 2009 Fonte : adaptado de Vonpar refrescos S/A

A Vonpar possui atualmente 3 Fábricas e 5 Centros de Distribuição, cobrindo a

região dos estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina.

19

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Neste capítulo são apresentados os conceitos que dão sustentação ao presente

trabalho.

2.1 Conceituação e contexto de marketing.

Do início das civilizações até hoje, a administração esteve orientada por algumas

fases ou ondas, (COBRA 1992). A primeira foi a da agricultura, onde as famílias

produziam para subsistência. Apenas o excedente era vendido ou trocado por outra

mercadoria. Com a revolução industrial surgiu a era da produção. A idéia era a

produção em massa com máquinas e equipamentos para redução de custos com

fabricação em série e padronizada. A fase seguinte foi a era da venda. No momento

que o excedente da produção não encontrava consumidores interessados pelos

produtos foi necessário o esforço de vendas para colocar a produção da indústria no

mercado. Quando o esforço das vendas já não mais surtia efeito, houve o enfoque

centrado no marketing para identificar as necessidades e desejos dos consumidores

para cada mercado específico.

Marketing é uma palavra em inglês derivada de market, que significa mercado. É

utilizada para expressar a ação voltada para o mercado. Assim, entende-se que a

empresa que pratica o marketing tem o mercado como a razão e o foco de suas

ações, Limeira (2004, p. 2)

A concepção do marketing, segundo Richers (1994), foi incontestavelmente nos

Estados Unidos e sua propagação pelo mundo foi relativamente lenta sendo que na

Europa começou a ser aceito após a Segunda Guerra Mundial e no Brasil o conceito

de Marketing começou a ser introduzido na década de 50, através da escola de

Administração de Empresas de São Paulo, da Fundação Getúlio Vargas também

definido como mercadologia na época.

Marketing é a soma de todas as atividades que mantém uma empresa focada em

seus clientes, que com boa administração e planejamento garantem que seus

20

produtos e serviços sejam valorizados por seus clientes. (SCHEWE, BRANDT e

HIAM 2000).

Um importante fator diferencial é a maneira em que os comerciantes consideram o

consumidor como ponto de partida para qualquer posicionamento e ação no

mercado atual. É uma postura que se deve incorporar na empresa em todos os

níveis. Deverá haver todo o esforço possível para satisfazer os consumidores desde

o mais alto executivo até o nível operacional na empresa. Esta orientação é

conhecida como conceito de marketing, que distingue as empresas modernas, que o

aplicam, das empresas que adotam modelos tradicionais e antigos de

comercialização. (LAS CASAS, 2001).

Na década de 60 a Associação Americana de Marketing (AMA), “definia marketing

como o desempenho das atividades de negócio que dirigem o fluxo de bens e

serviços do produtor e o consumidor” (RICHERS, 2000, p. 5).

Na ampliação do conceito, Felipe (2008) “marketing é atender a necessidade do

cliente, superando suas expectativas, numa relação de troca visando lucro e

responsabilidade social.” Entendendo que não basta a organização apenas visar

lucro na transação. É necessário também estar ciente dos compromissos com o

meio ambiente e com a sociedade, desenvolvendo estratégias sem prejuízo ao meio

ambiente e técnicas politicamente corretas, baseadas na moral e na ética, evitando

propagandas enganosas, produtos de baixa qualidade e omissão de informações

sobre o produto. Corrobora ainda com a temática Las Casas (2001, p. 26) ao afirmar

que :

Marketing é a área do conhecimento que engloba todas as atividades concernentes às relações de troca, orientadas para a satisfação dos desejos e necessidades dos consumidores, visando alcançar determinados objetivos de empresas ou indivíduos e considerando o meio ambiente de atuação e o impacto que essas relações causam no bem estar da sociedade.

O termo troca é definido por Lamb (2004) como a idéia de que as pessoas oferecem

algo para receber algo que elas preferem. Normalmente um dos elementos da troca

é o dinheiro para receber os produtos ou serviços desejados. Porém, a troca pode

ser realizada apenas com objetos desde que haja na transação as duas partes e que

21

gere satisfação ao adquirente. Algumas condições devem ser satisfeitas para que

ocorra qualquer tipo de troca:

• Deve haver pelo menos duas partes interessadas

• Cada uma das partes deve possuir algo a que a outra parte considere de valor.

• Cada parte deve ser capaz de comunicar-se com a outra e entregar as

mercadorias ou serviços solicitados pela outra parte na transação.

• Cada parte deve ser livre para aceitar ou não o produto ou serviço da outra.

• Cada parte deve desejar negociar com a outra

No contexto organizacional, Churchill & Peter (2003, p.10) complementam a

narrativa ao afirmarem que:

[...] os profissionais de marketing devem reconhecer que as trocas com os clientes são a vida das organizações. A empresa deve compreender os seus clientes, saber o que eles pensam, o que sentem e como compram e usam produtos e serviços.

Para Kotler (2000) no marketing existem várias definições que podem ser divididas

entre sociais e gerenciais. Na definição social enfatiza o papel do marketing para

com a sociedade quando afirma que Marketing é um processo social por meio do

qual, pessoas e grupos de pessoas obtêm aquilo de que necessitam e o que

desejam com a criação, oferta e livre negociação de produtos e serviços de valor

com outros. (KOTLER, 2000 p. 30). Na definição gerencial, o marketing é descrito

freqüentemente como a arte de vender produtos.

Alguns estudos destacam que o mais importante no marketing não é a venda. A

venda é apenas um dos objetivos ou processos do marketing, assim sendo, um dos

mais renomados teóricos da administração, expõe o tema da seguinte maneira:

Pode-se presumir que sempre haverá necessidade de algum esforço de vendas, mas o objetivo do marketing é tornar a venda supérflua. A meta é conhecer e compreender tão bem o cliente que o produto ou o serviço se adapte a ele e se venda por si só. O ideal é que o marketing deixe o cliente pronto para comprar. A partir daí, basta tornar o produto ou o serviço disponível. (DRUCKER apud KOTLER, 2000 p. 30).

22

Para Las Casas (2001), as ações de marketing devem sempre visar à satisfação dos

desejos e necessidades dos consumidores. Zenone e Buairide (2005, p. 1) concluem

ainda que: “Do ponto de vista econômico, percebe-se que as pessoas têm

necessidades e desejos infinitos, porém suas possibilidades em adquiri-los são

finitas, ou seja, o homem não pode ter tudo o que deseja: por isso tem de escolher!”

É notório observar que os consumidores estão cada vez mais exigentes e

informados devido a facilidade de obterem as informações através dos meios de

comunicação que disponibilizam centenas de ofertas de produtos e serviços todos

os dias que, por conseguinte, ele o consumidor, espera satisfazer suas

necessidades e desejos através da aquisição de um bem de consumo. Quando os

consumidores compram um produto eles esperam que ele desempenhe uma função,

e um elevado nível de satisfação e lealdade de consumidores ocorre apenas quando

as expectativas são atendidas (COBRA, 1997). Segundo Engel, Blackwell e Miniard

(2000, p. 273),

A necessidade é uma variável de importância central para aqueles cuja intenção é influenciar o comportamento do consumidor. Se as necessidades podem ser medidas e entendidas, é possível posicionar os esforços de marketing mais eficazmente no contexto das metas do consumidor.

Essas necessidades foram estudadas por vários psicólogos e profissionais de

marketing que tentaram classificá-las. A única que resistiu ao tempo foi a hierarquia

das necessidades, organizada e proposta por Abraham Maslow, relacionada a

seguir:

23

Para o marketing, a teoria de Maslow vai ajudar a entender como os produtos se

ajustam às necessidades do mercado

Conforme a proposição dos conceitos de marketing referenciados acredita que o que

melhor define o presente trabalho é o do Richers (2000), que conceitua marketing

como o processo de entender e atender o mercado.

2.2 Administração de Marketing

No conceito de administração de marketing Limeira (2004) define como o conjunto

que sintetiza a função do marketing e compreende o processo de análise,

planejamento, execução e controle das estratégias e táticas de marketing, visando o

aprimoramento dos resultados para os clientes e os stakeholders da empresa.

Para a Associação Americana de Marketing, segundo Kotler (2000), define

administração de marketing como “o processo de planejar e executar a concepção, a

determinação do preço (pricing), a promoção e a distribuição de idéias, bens e

serviços para criar trocas que satisfaçam metas individuais e organizacionais.”

Figura 02: Hierarquia das necessidades de Maslow. Fonte: Adaptado de (COBRA, 1992).

FISIOL ÓGICAS

SEGURAN ÇA

PARTICIPA ÇÃO (AMOR)

ESTIMA

EGO (Auto -realização)

(Respeito / Admira ção)

(Identifica ção com grupo )

(Física e emocional )

(Alimento , calor,sono, sexo , etc.)

Área em que normalmente atuam os profissionais de marketing

Nec

essida

des

prim

árias

Necessida

des

secu

ndárias

á

TEORIA DA MOTIVAÇÃO MASLOW

24

Em resumo, Churchill e Peter (2003) definem que a administração de marketing

engloba o que as empresas estão fazendo e o que devem fazer para criar valor para

os clientes e atingir seus objetivos.

A figura 03 mostra uma visão geral do processo de administração de marketing:

Figura 03: uma visão geral da administração de marketing Fonte: adaptado de Churchill e Peter, 2003

2.3. Composto de marketing

Os mercados são compostos de segmentos de mercado – grupos homogêneos de

clientes que têm desejos e necessidades semelhantes. O mercado de refrigerantes,

por exemplo, consiste em um segmento regular de cola, um de cola dietética e um

de refrigerantes sem cafeína, entre outros. Muitas empresas não têm recursos para

trazer apelo eficiente e efetivamente a todos os segmentos em um mercado;

portanto, freqüentemente, elas optam concentrar-se em segmentos específicos

chamados mercados-alvo. Na sua forma mais eficiente, a estratégia de marketing

Desenvolvendo Planos e estratégias de Marketing

Entendendo Clientes e Mercados

Desenvolvendo Compostos de Marketing: Produto, Preço,

Distribuição, Promoção

Implementando e Controlando as Atividades de Marketing

25

desenvolve um composto de marketing que é feito sob medida especificamente para

satisfazer as necessidades de cada um dos seus mercados-alvos pretendidos.

Segundo Churchill e Peter (2003) composto de marketing é uma associação de

ferramentas estratégicas usadas para criar valor para os clientes para obtenção dos

objetivos da organização, direcionando as atividades da empresa para satisfazer seu

público-alvo de maneira lucrativa. Dessa forma, numa visão ampliada, Cobra (1992,

p. 40), acredita que: “É a interação de uma organização com seus meios ambientais

internos e externos”.

Para Moreira et al. (2000, p. 32). Pode-se compreender o composto de marketing

como:

O composto de marketing, também conhecido como composto mercadológico ou marketing mix, é o conjunto de estratégias usadas – desde a concepção do produto até a sua colocação no mercado – para criar valor para o cliente e atingir os objetivos de marketing da organização.

O composto de marketing de uma empresa é constituído pelos elementos que a

mesma pode controlar da sua estratégia de marketing. Ele consiste no

desenvolvimento de estratégias em quatro áreas de decisão: produto, preço,

distribuição ou praça e promoção, Czinkota et al (2001).

2.3.1 Produto

O produto e seu processo de gestão lida com especificações do bem (ou serviço) em

questão e as formas como ele se relaciona com as necessidades que o usuário tem.

(MENSHHEIN, 2006).

O produto é o primeiro e mais importante elemento do mix de marketing, portanto é

algo que pode ser oferecido a um mercado para sua análise, aquisição, uso ou

consumo para satisfazer a um desejo ou necessidade. Podem ser bens físicos,

serviços, experiências, eventos, pessoas, lugares, propriedades, organizações,

informações e idéias. São classificados de acordo com a sua durabilidade e

tangibilidade, (KOTLER, 1998).

26

Boone e Kurtz (1998) vão mais além ao definirem uma concepção mais ampla de

produto, destacando atributos físicos ou funcionais, como um conjunto que inclui

embalagens e rotulação, símbolos como logotipos e marcas registradas, e serviços

de atendimento ao consumidor que agregam valor ao produto. Os autores ressaltam

ainda que o produto é um conjunto de atributos físicos simbólicos e de serviços

desenvolvidos para aumentar a satisfação desejada pelo consumidor.

A maioria das empresas possui mais de um produto no seu portfólio. Por

conseguinte, seu mix de produtos pode ser classificado conforme a sua amplitude,

extensão, profundidade e consistência. Essas dimensões são as ferramentas

utilizadas pela organização para o desenvolvimento das suas estratégias de

marketing e para a definição sobre que linhas de produtos devem crescer, serem

mantidas, desenvolvidas ou eliminadas. (KOTLER, 1998).

Os bens não duráveis são tangíveis e sobrevivem a poucos usos. Estão disponíveis

em vários locais, com pequena margem de lucro para induzir à compra. Já os bens

duráveis: são tangíveis que normalmente sobrevivem a muitos usos e apresentam

maior margem, esforço pessoal de vendas e garantias.

O autor ainda descreve que os produtos são classificados conforme seus hábitos de

compra. Podendo ser bens de consumo, os produtos adquiridos geralmente por

pessoas físicas para o consumo próprio e da sua família. E bens empresariais que

são aqueles adquiridos por empresas como insumos para a produção de outros

produtos ou para a realização de outros negócios.

Todo o produto apresenta um ciclo de vida, que segundo Ferreira (2003), define

ciclo de vida do produto como um modelo dos estágios históricos de vendas e lucros

de um produto. Esse conceito expressa, simplesmente, que a vida de um produto no

mercado não é eterna, mas que, normalmente, o produto passa por diferentes níveis

de vendas (e de lucratividade), que se assemelham à evolução dos seres vivos: os

produtos nascem, crescem, amadurecem e é extinto.

27

Os quatro estágios do ciclo de vida do produto são: introdução, crescimento,

maturidade e declínio, que podem ser visualizados no quadro 05.

Figura 04: Ciclo de vida dos produtos Fonte: adaptado de Kotler (2000).

O autor ainda menciona que na maioria das ocasiões, é perfeitamente viável

reposicionar um produto, em sua fase de maturidade, provocando o renascimento do

produto e, conseqüentemente, evitando que ingresse na fase de declínio.

Uma ferramenta para análise de um produto ou de um portfólio de produto é a Matriz

BCG (Boston Consulting Group) que apresenta quadro estágios baseados no ciclo

de vida do produto. Estes estágios ligados a dois eixos a saber: o vertical onde

descreve o fator de crescimento do mercado e o horizontal onde indica a

participação do mercado do produto.

A figura 05 descreve o processo do ciclo de vida do produto, bem como o market

share do produto e o crescimento do mercado.

28

Figura 05: Matriz BCG Fonte: adaptado de Kotler (2000)

Vacas Leiteiras: negócios com participação relativa alta em mercado de baixo

crescimento com lucros e geração de caixas altos e com poucos investimentos.

Animais de estimação: também conhecido como cachorro vira-lata. Possuem

participação relativa baixa em mercados de baixo crescimento com fraca posição

competitiva.

Estrelas: por serem líderes no mercado, possuem participação relativa alta em

mercados em alto crescimento, por isso exigem muitos recursos. Rendem altos

lucros e se não houver perda de mercado pode virar uma vaca leiteira.

Ponto de interrogação: tem como característica pouco retorno devido aos fortes

investimentos e baixa participação de mercado e sua posição competitiva é pouco

sólida. Pode se tornar um abacaxi se nada for feito para aumentar sua participação

de mercado, ou ainda se tornar uma estrela caso aumente sua participação no

mercado.

De acordo com Kotler (2000), as empresas tentam estimular as vendas alterando as

características dos produtos por meio de melhorias na qualidade que visa aumentar

o desempenho funcional do produto, durabilidade, confiabilidade, sabor, podendo

com isso ultrapassar seus concorrentes ao lançar um produto novo e melhor. É o

caso dos produtores de gêneros alimentícios que promovem um novo ingrediente ou

Participação de mercado

BAIXA ALTA

ALTO

BAIXO

Crescimento de mercado

29

benefício como: mais forte, maior ou melhor. O autor enfatiza ainda que essa

estratégia traz retorno quando a qualidade é melhorada, os consumidores acreditam

na mudança e um número suficiente de pessoas está disposta a pagar por essa

qualidade superior.

Corroborando com esse conceito, Churchill e Peter (2003) afirmam que através de

pesquisas de práticas de marketing descobriu-se que as organizações fracassam

quando esquecem ou deixam de adequar os produtos aos desejos e necessidades

dos clientes, dando pouca ou nenhuma importância a pesquisa do comportamento

dos consumidores, não focando naquilo que sabem fazer melhor ou não

proporcionam mais valor do que os concorrentes. Tais erros podem trazer problemas

como produtos de baixa qualidade, mercados-alvo muito pequenos e clientes mal

compreendidos.

Complementam ainda os autores que cabem aos profissionais de marketing,

tomarem medidas que diminuam as possibilidades de fracasso de um novo produto,

analisando as reais necessidades dos clientes para que a empresa possa levar o

novo produto ao mercado rapidamente, pois a demora também pode comprometer

sua introdução no mercado.

2.3.2 Preço

O segundo item do composto de marketing é o preço atribuído a um produto ou

serviço. O processo da definição de um preço para o produto, incluindo descontos e

financiamentos e tendo em vista o impacto, não pode ser baseado apenas no

aspecto econômico, mas também psicológico.

O responsável por essa área deve cuidar da lista de preços aos vendedores, os

descontos por quantidades adquiridas e, principalmente, se o preço será competitivo

diante da concorrência. Para o cliente o Preço deve oferecer a melhor relação

benefício/custo. Menshhein (2006).

Por outro lado, Kotler (2000) ao definir preço, o descreve como o único elemento do

mix de marketing que produz receita; os demais produzem custos e é também um

30

dos elementos mais flexíveis, isto é, pode ser alterado com rapidez. Ressalta ainda

que a concorrência de preço é o maior problema enfrentado pelas empresas, e boa

parte delas não domina a determinação de preços, errando em alguns aspectos

como:

• Orientação de preços voltada para custos;

• Falta de revisão com freqüência de preços para capitalizar mudanças de

mercado;

• Preços determinados independentes do restante do mix, sem variação em

diferentes itens de produtos, segmentos de mercado e ocasiões de compra.

Já para Ferreira (2003) conclui que é um dos principais elementos na determinação

da participação de mercado e rentabilidade de uma empresa; e dentro do composto

de marketing é o preço, que desempenha quatro papéis importantes:

• Se a compra será feita e, caso seja, quanto de um produto os consumidores

ou organizações comprarão;

• Se a comercialização dos produtos será suficientemente lucrativa.

• Preço é flexível e pode ser mudado com certa facilidade. Os profissionais de

marketing devem estar atentos para utilizar a estratégia de precificação de

maneira correta, para evitar problemas.

• O preço causa demanda, e não o contrário. Se o preço do produto é baixo,

geralmente a demanda é mais alta, e vice-versa. Os economistas

concretizaram isso articulando um conceito chamado elasticidade de preço.

A elasticidade-preço é definida por Churchill e Peter (2003, p. 317) “como a medida

da sensibilidade da demanda a mudanças nos preços.”

Quadro 01 : Cálculo da elasticidade-preço Fonte: adaptado de Churchill e Peter (2003)

Elasticidade de preço = mudança percentual na quantidade demandada mudança percentual no preço

= mudança na quantidade/quantidade original

mudança no preço/preço original

31

Os autores complementam a narrativa ao afirmarem que quando a elasticidade-

preço é maior que 1, a demanda é elástica: significa que uma pequena mudança no

preço resulta numa grande quantidade demandada e quando a elasticidade-preço é

menor que 1, uma pequena mudança no preço produz uma mudança menor na

quantidade demandada, a demanda é inelástica.

Concluindo os autores afirmam que a demanda por um produto será inelástica se o

mesmo tiver poucos substitutos, for uma necessidade ou custar relativamente pouco.

Exemplos são o pão e o sal de cozinha. Se o preço sofrer um pequeno aumento, os

consumidores continuarão comprando a mesma quantia e a receita proveniente das

vendas aumentará. Já para um produto com demanda elástica, a receita aumenta

quando o preço diminui.

Os objetivos dos preços servem para determinar uma ou mais estratégias conforme

ilustrado na figura 06:

OBJETIVO DE PREOBJETIVO DE PREÇÇOSOS

Segmentação eposicionamento

Vendas e lucros

competitividade

Sobrevivência

Responsabilidadesocial

Apoiar os esforços de posicionamentode produto nos mercados-alvo

Apoiar os esforços de posicionamentode produto nos mercados-alvo

Obter os níveis desejados de vendas e alcançar o nível projetado de lucro

Obter os níveis desejados de vendas e alcançar o nível projetado de lucro

Competir em termos preço relativoou participação de mercado

Competir em termos preço relativoou participação de mercado

Possibilitar a sobrevivência da organização

Possibilitar a sobrevivência da organização

Alcançar um padrão de Responsabilidade social

Alcançar um padrão de Responsabilidade social

Figura 06: Menu de objetivos de preços Fonte: Adaptado de Churchill e Peter (2003)

32

Devido a competitividade e à necessidade de caixa da empresa, o preço pode sofrer

alterações de curto prazo a fim de estimular maiores volumes de compras. Fasti

(2004), descreve com as táticas mais usadas sendo:

• Redução de preço de tabela: durante uma negociação pelo poder de

barganha do comprador, a sua agressividade e ao conhecimento de preços e

produtos dos concorrentes.

• Prazo de pagamento: alongamento do prazo devido a dificuldade do

consumidor em comprar à vista.

• Desconto por volume: descontos progressivos dependendo do volume.

Quanto maior o volume maior o desconto.

• Preço combinado: o preço da oferta composta de dois ou mais produtos é

menor do se pagaria em cada produto individualmente.

• Preço por segmento: preços estabelecidos diferentemente para grupos de

consumidores.

• Desconto por utilização: redução do preço de acordo com a freqüência de

compra do produto ou serviço.

• Preços sazonais : precificação do produto ou serviço de acordo com a época

ou horário de pico ou baixo volume de transações.

O autor ainda conclui que o elemento preço é uma variável determinada por uma

série de componentes representados na figura 07.

33

PreçoPreço

AmbienteAmbiente

ConcorrênciaConcorrência ConsumidorConsumidor

Aspectosorganizacionais

Aspectosorganizacionais

Estruturade custos

Estruturade custos

Figura 07: Os agregados que influenciam o preço Fonte: Adaptado de Fasti ( 2004)

2.3.3 Praça

Na perspectiva do mix de marketing, a praça é o meio pelo qual ocorre a

distribuição, caracteriza-se por rede externa à empresa, através da qual o produto

chega aos clientes, compreende pontos de vendas, pronta-entrega, horários e dias

de atendimento e diferentes vias de compra. Além disso, o responsável por essa

área deve saber exatamente que canais de distribuição utilizará, o seu tamanho e a

área geográfica como será coberta logisticamente, tornando mais conveniente para

seus clientes e parceiros. Menshhein (2006).

Para distribuir produtos e serviços com eficiência, Kotler (2000, p. 510), conceitua

que:

a maioria dos fabricantes não vende seus produtos diretamente para os consumidores finais. Entre eles há vários intermediários realizando diversas funções. Esses intermediários constituem um canal de marketing também chamado canal comercial ou canal de distribuição.

34

Para Rocha e Christensen (1999) e Dias (2004), a opção por intermediários se dá

em função do número de fabricantes e do número de clientes, sendo um facilitador

na relação do fabricante com seus clientes, bem como com a relação entre clientes e

seus fornecedores cujo papel se expressa em termos de utilidade tempo, lugar e

posse, conforme usas utilidades, a saber:

• Utilidade de tempo: o tempo é muito importante para o fabricante e seus

agregados, visto que, quanto maior o número de vezes que giram seus

estoques, melhor será o seu resultado e para o consumidor também, porque

sua decisão de compra tem que ser atendida tão logo em que sua

necessidade se manifeste.

• Utilidade de lugar: o produto tem que estar acessível no lugar certo, na hora

certa para ser adquirido pelo cliente no momento em que ele decidir comprá-

lo.

• Utilidade de posse: tornar o produto o mais acessível possível, adequando a

política de preços, descontos, financiamentos para que o cliente possa efetuar

a compra.

Os autores ainda enfatizam que, por ser uma política e sistema de longo prazo,

existe a necessidade de analisar decidir sobre alguns pontos como:

• Objetivos de penetração e ocupação de mercados pretendidos.

• Nível de risco: operar com um número maior de clientes possível, diluindo os

riscos.

• O posicionamento desejado para a marca ou produto.

• Compatibilizar o posicionamento com os canais de distribuição

• O objetivo da prestação de serviços com clientes e relacionamento com

fornecedores.

• Critérios para selecionar clientes.

Outro ponto relevante a ser destacado no item praça á a definição da política de

distribuição, compreendida a distribuição direta e indireta. Na distribuição direta,

Kotler (2000), acredita que muitos fabricantes buscam alcançar o consumidor final

sem intermediários, ou criando seus próprios intermediários utilizando a distribuição

direta. Os motivos para que o fabricante envolva-se com a distribuição de seus

35

produtos são citados por Souza e Nemer apud Rocha e Christensen (1999), dentre

os quais se destacam:

• redução da dependência estratégica em relação ao varejo;

• melhor planejamento a longo prazo;

• contato direto com o consumidor;

• redução da concorrência no âmbito do canal e no ponto de venda;

• exposição dos produtos de forma mais adequada;

• oferta de linhas completas aos consumidores;

• atendimento especializado aos consumidores;

• maior identificação com a(s) marca(s) da empresa, gerando lealdade ou

preferência pela loja;

• proteção adicional contra importações feitas pelo varejo;

• mais valor para o consumidor;

• maior rentabilidade das marcas.

O autor ainda destaca que as principais formas de distribuição direta podem ser:

• venda direta ao cliente

- venda porta a porta

- venda por telefone

- venda pelo correio

• loja de fábrica.

Por outro lado a distribuição indireta é conceituada, segundo Boone e Kurtz (1998),

Dias (2004) e Kotler (2000), dependendo da sua intensidade, e pode ser realizada

através de três estratégias:

• Intensiva: colocar produtos ou serviços no maior número possível de clientes

com o intuito de aumentar a cobertura e as vendas.

• Seletiva: o fabricante opta por selecionar um número limitado de

intermediários com uma cobertura de mercado adequada com mais controle

reduzindo os custos totais de marketing.

• Exclusiva: o número de intermediários é limitado onde o produtor concede

para um atacadista ou varejista uma área geográfica específica mantendo o controle

36

sobre o nível de serviço e a produção de serviço oferecido pelos revendedores para

priorizar o desenvolvimento e a manutenção de uma imagem de qualidade e

prestígio para o produto.

No contexto mix de marketing pode-se concluir que, dentro do composto praça,

destacam Rocha e Christensen (1999) e Dias (2004) que é essencial haver a

integração e cooperação de todos os membros do canal a fim de formar uma

parceria de longo prazo que seja lucrativa para todos, e reduzir os conflitos no

sistema de distribuição através de metas compatíveis com o mercado, entendimento

na política de preços, em investimentos e propagandas e em promoção de vendas, e

respeito aos compromissos assumidos.

2.3.4 Promoção.

Dentro do composto de marketing, a promoção segundo, Kotler (2000), destaca que

o marketing moderno estabelece mais que o desenvolvimento de um bom produto a

um preço atraente e torná-lo acessível. As empresas necessitam também de

comunicação com as atuais e potenciais interessadas e com o público em geral.

Nesse contexto, toda empresa precisa do processo de comunicar e promover, e

nesse aspecto muitas delas não sabem o que dizer, para quem dizer e com que

freqüência fazê-lo.

De acordo com Churchill e Peter (2003), Ferracciù (2004), Boone e Kurtz (1998),

promoção é um conjunto diversificado de ferramentas de incentivo, geralmente de

curto prazo, para abrir, ou acelerar, a possibilidade de realização de uma venda

influenciando os consumidores nas decisões de compra.

Kotler (2000) complementa o contexto afirmando que na escolha das ferramentas de

promoção para o consumidor, deve-se considerar o tipo de mercado, os objetivos da

promoção de vendas, as condições de competitividade e a eficácia em termos de

custo de cada ferramenta e podem se distinguir entre promoções do fabricante e

promoções do varejista, sendo que os fabricantes normalmente dão descontos e os

varejistas, redução de preços, propagandas que oferecem características especiais,

37

cupons de descontos e concursos ou prêmios e aquelas que visam à compreensão

e a fidelidade à marca pelo consumidor.

Para Sandhusen (1998), cada elemento do composto mercadológico contribui para o

sucesso final das vendas. O elemento promoção em si é um composto e, por isso,

constituído de ferramentas indiretas como propaganda, publicidade e promoção de

vendas; e, ainda, um componente direto, a venda pessoal, como mostra a figura 08:

COMPOSTO DE MARKETING COMPOSTO DE PROMOÇÃO

Produto

Preço

Praça

Promoção

Promoção de vendas

Publicidade

Propaganda

Vendas pessoais Promoção direta

Promoção indireta

Figura 08: Relacionamento entre o composto de promoção e o mix de marketing Fonte: adaptado de Sandhusen 1998. Corroboram com a temática, Churchill e Peter (2003), ao descreverem que o

composto comunicação é formado por quatro elementos, sendo:

• Propaganda: como uma comunicação não pessoal; é qualquer anúncio ou

mensagem informativa ou persuasiva, paga ou doada por empresas

comerciais, organizações sem fins lucrativos ou indivíduos identificados.

• Vendas pessoais: é uma forma direta de promoção e baseia-se na venda por

interação pessoal com um cliente, conduzida na forma corpo a corpo.

• Promoção de vendas: é a pressão de marketing realizada no contexto das

mídias, ou ainda por outros meios. É aplicado por um prazo determinado e

38

limitado ao âmbito dos clientes, tendo como objetivo de estimular a

experimentação de um produto e ainda aumentar o consumo.

• Publicidade: é a comunicação vista como não paga das informações sobre a

organização ou o produto, pode se manifestar de diversas formas, sendo que

as mais comuns são reportagens da imprensa sobre novos produtos,

sucessos e fracassos de empresas; resenhas e transmissão de entrevistas.

No contexto do composto mercadológico, a promoção de vendas, de acordo com

Kotler (2000), apresenta características bastante distintas, oferecendo três

benefícios, a saber:

• Comunicação: chamam a atenção e oferecem informações que tornam o

produto acessível ao consumidor.

• Incentivo: oferecem vantagens superiores para o consumidor através de

concessão, estímulo ou contribuição valiosa.

• Convite: ocorre sob condição especial para que a transação seja efetuada

imediatamente.

O autor ainda define que promoção de vendas oferece um incentivo à compra e

consiste em atividades ou campanhas de comercialização dentro ou fora da

mídia, oferecendo incentivos de curto prazo e limitado para estimular a

experiência com um produto, aumentar a sua demanda ou melhorar a sua

disponibilidade.

Ainda dentro do contexto, Boone e Kurtz (1998) citam cinco itens como sendo

objetivos da promoção:

1. Fornecer informações: informar o mercado sobre a disponibilidade de um

produto ou serviço, preços, localização e horário de funcionamento das lojas.

2. Aumentar a demanda: aumento da demanda por bens ou serviços.

3. Diferenciar o produto: permite uma maior flexibilidade nas diferentes etapas

da estratégia de marketing, como mudança de preço.

39

4. Acentuar o valor do produto: explicar aos consumidores a melhor utilização de

um produto e seus atributos, reforçando seu valor e justificando um preço

mais alto no mercado.

5. Equilibrar as vendas: promover pacotes promocionais para atrair hóspedes na

baixa temporada nos hotéis, por exemplo.

Acredita-se que uma das mais, ou a mais, expressiva ferramenta do mix de

marketing.

2.4 Competitividade

Na definição que melhor resume o significado de competitividade, Ferraz (1997)

descreve que é a capacidade da empresa de elaborar e implementar estratégias

concorrenciais, que lhe permitam manter ou aumentar de forma duradoura, uma

posição sustentável no mercado onde a mesma está inserida.

O autor menciona ainda que o desempenho de uma empresa está diretamente

ligado ao nível de capacitações que ela possui num determinado período de tempo,

sendo que as capacitações podem ser dos mais diversos tipos como a

informacional, a humana, a material e algumas mais difíceis de atingir como a

imagem e quanto mais capacitações a empresa adquirir, melhor será o seu nível de

competitividade, porém, quanto mais capaz a empresa, maior será o volume de

recursos direcionados em busca de ganhos competitivos.

Em mercados competitivos, Churchill e Peter (2003) destacam que quando vários

concorrentes disponibilizam o mesmo produto, os clientes basicamente o selecionam

em termos de preço, e os vendedores geralmente definem preços semelhantes, pois

cobrar mais caro induz aos clientes comprarem da concorrência. Há casos também

em que as empresas cobram preços diferentes dos concorrentes, é o caso de

licitação em que se define por um preço mais baixo e nas organizações onde

querem que seus produtos tenham uma imagem de prestígio, definem um preço

mais alto do que seus concorrentes comuns.

40

As formas clássicas de competitividade como preço, qualidade, baixos custos de

produção, diferenciação do produto e habilidade de servir o mercado dão lugar a um

subconjunto de fatores críticos de sucesso num determinado mercado em

específico, denominado de padrões de concorrência descritos por Ferraz (1997 p. 7),

onde diz que:

Os padrões de concorrência são influenciados pelas características estruturais e comportamentais do ambiente competitivo da empresa, sejam referentes ao seu setor, ou mercado, de atuação, sejam as relacionadas ao próprio sistema econômico. No primeiro caso, estão as complementaridades tecnológicas, as restrições ou estímulos associados ao fluxo de mercadorias e de serviços entre outros fatores que decorrem da interdependência entre firmas ou setores em concorrência. No segundo caso, estão as disponibilidades de infra-estrutura e de recursos financeiros e humanos, as leis, o sistema de planejamento e política industrial, os instrumentos de fomento e demais características associadas ao ambiente macroeconômico e ao arcabouço institucional onde as empresas estão imersas.

As empresas competitivas vitoriosas buscam ganhos através da cooperação onde

inspiram mais confiança ao mercado, menor tempo de resposta entre fornecedores,

empresa e cliente, melhor aproveitamento dos recursos e melhoria nos processos

como descreve Ferraz (1997 p. 15):

A competitividade das firmas depende da habilidade de aproximar-se de fornecedores e clientes, em termos de desenvolvimento conjunto de produtos, troca de informação tecnológica, fluxos de entrega que minimizam estoques, garantia assegurada de qualidade e estabilidade nos contratos

Churchill e Peter (2003) descrevem que definir os objetivos em relação à

participação de mercado é uma variação do objetivo competitivo que dá-se dividindo

as vendas do produto da empresa, pelas vendas de todos os produtos semelhantes

que equivale a porcentagem de vendas de um produto no mercado denominado de

participação de mercado e para alcançar uma participação de mercado maior, os

profissionais de vendas definem normalmente o preço abaixo da concorrência.

Os autores ressaltam ainda que os objetivos de participação de mercado têm os

mesmos obstáculos que os objetivos de sobrevivência e citam como exemplo um

preço alto atrelado a alta qualidade pode dar à organização uma pequena

participação de mercado, mas um segmento extremamente lucrativo do total do

mercado. Mas em geral, existe ligação entre participação de mercado e lucros e em

pesquisa citado pelos autores mostrou que os maiores retornos sobre o investimento

41

eram ganhos por empresas com mais de 40 % de participação de mercado e as

empresas com participação de mercado menor tendem a obter lucros menores.

2.5 Conceitos de mercado, potencial de mercado, par ticipação de mercado .

Segundo Kotler (2000), antigamente, definia-se mercado como o espaço físico onde

compradores e vendedores se reuniam para trocar mercadorias. Hoje, os

especialistas descrevem um mercado como um grupo de compradores e vendedores

que negociam determinado produto ou classe de produtos. Para os profissionais de

marketing, as empresas fornecedoras representam os diferentes setores da

economia e as compradoras, o mercado. As empresas vendedoras fornecem bens,

serviços e comunicação ao mercado; em troca recebem dinheiro e informação.

No conceito de Rocha e Christensen (1999), para que haja um mercado deve haver

intrinsecamente uma necessidade. Sem necessidade, não há mercado. Essa é a

condição básica para que haja oportunidade atual ou futura para a empresa; e para

que aconteça a oportunidade, é necessária não somente a existência da mesma em

si, mas que a necessidade seja percebida pelo consumidor e que o mesmo tenha

condições de adquirir o produto ou serviço que o satisfaça. O autor define três

condições básicas para a existência de um mercado:

• Que seja perceptível para o consumidor a existência de uma necessidade;

• Que haja pelo menos um produto para atender à necessidade;

• Que haja capacidade de compra.

Na definição de Czinkota et al (2001 p. 196) “Um mercado é qualquer indivíduo,

grupo de indivíduos ou organizações que queiram, estejam habilitados ou sejam

capazes de adquirir o produto de uma empresa”.

Dentro da temática, Kotler (2000) ressalta que a empresa deve expandir o mercado

de sua marca trabalhando com dois fatores que constroem o volume de vendas que

são o número de usuários da marca e a taxa de utilização por usuário; e que pode

tentar aumentar o número de usuários da marca de três maneiras:

42

• Converter não-usuários: no caso do crescimento dos serviços de frete aéreo

as empresas procuram demonstrar, através de promoções, que utilizar o

transporte aéreo é mais barato e ágil em relação ao transporte terrestre.

• Entrar em novos segmentos de mercado: promover um produto infantil junto a

usuários adultos.

• Aliciar os clientes dos concorrentes: é o que a Pepsi-Cola faz

constantemente, tentando convencer os consumidores de Coca-cola a

mudarem de marca.

Ainda dentro do contexto, o autor menciona que o volume também pode ser

aumentado persuadindo os usuários da marca a aumentar seu uso através de três

estratégias:

• Utilizar o produto com mais freqüência: como tomar suco de laranja em outros

momentos e não só no café da manhã.

• Utilizar uma quantidade maior do produto em cada ocasião: os fabricantes de

xampus indicam que ele é mais eficaz se for aplicado duas vezes ao invés de

uma.

• Utilizar o produto de várias maneiras: colocar várias receitas em uma

embalagem de um produto alimentício para tentar aumentar a utilização do

mesmo.

2.6 Vendas, conceito e contexto.

A atividade de vendas foi padrão por muitos anos com os mascates que eram

comerciantes e viam a venda como uma atividade secundária e depois com os

caixeiros-viajantes que vendiam tanto para consumidores como para intermediários,

usando muitas vezes práticas desagradáveis, rendendo conceitos e visões negativas

de vendedores que persistem em alguns casos até hoje, enfatizam Boone e Kurtz

(1998).

Os autores ainda destacam que, vender hoje exige profissionalismo em vendas, com

uma visão orientada para o consumidor e emprega técnicas não-manipuladoras e de

43

confiança cujo papel é solucionar problemas e garantir a satisfação das

necessidades dos consumidores antes, durante e após a venda, com conhecimentos

sobre os produtos ou serviços de sua empresa, da concorrência e dos negócios de

seus clientes.

E concluem que ainda, com a alta competitividade, as empresas estão partindo para

o relacionamento de vendas em que vendedor e cliente constroem laços duradouros

a longo prazo, necessitando para isso de profissionalismo dos vendedores e que os

mesmos atendam às expectativas dos compradores.

Nesse contexto, Rocha e Christensen (1999) afirmam que a moderna gerência de

vendas desenvolve-se em torno de três pilares principais:

• Construção de um relacionamento com o cliente no longo prazo;

• O trabalho em equipe;

• A qualidade em vendas e seu processo.

No conceito de Miguel (2004 p. 310) a venda pessoal é um processo de

comunicação interativo que permite a flexibilização das mensagens do vendedor de

acordo com as necessidades, desejos, crenças e valores dos clientes, que,

geralmente, são diferentes entre si.

Já para Rocha e Christensen (1999 p. 150), venda pessoal é o conjunto das

atividades realizadas pelo vendedor com o propósito de informar, motivar e persuadir

o cliente a adquirir um produto ou serviço da empresa podendo incluir ou não a

concretização da venda propriamente dita.

Segundo Churchill e Peter (2003), um vendedor tradicional passa mais de cinco

horas por dia em alguma tarefa de venda entre as quais a visita de vendas,

demonstrada na figura 09 abaixo tendo como base a distribuição de uma semana de

trabalho normal:

44

31%

25%18%

15%

11%

Venda pessoal (facea face):

vendas por telefone:

Esperando ouviajando:

Tarefasadministrativas:

Visita de vendas:

Figura 09: Como os vendedores distribuem seu tempo. Fonte: adaptado de Churchill e Peter (2003).

As empresas gastam com vendas pessoais mais do que gastam com qualquer outra

ferramenta promocional destaca Kotler (2000), abrangendo um contingente

considerável de pessoas que trabalham com vendas ou em ocupações a ela

relacionadas e também uma vasta denominação de cargos cujo autor ressalta seis

posições, do menos até o mais criativo tipo de venda relacionado abaixo:

1. Entregador: tem a tarefa de entregar um produto.

2. Tomador de pedidos: vendedor interno ou externo o qual não é exigido muito

esforço.

3. Missionário: não se espera ou não se permite pedidos e tem como principal

missão construir uma boa imagem ou instruir o usuário atual ou potencial.

4. Técnico: vendedor com alto nível de conhecimento técnico que exerce

também a função de consultor para as empresas-cliente.

5. Gerador de demanda: vendedor que se utiliza da criatividade para vender

produtos tangíveis ou intangíveis.

6. Vendedor de soluções: sua especialidade é resolver um problema dos

clientes geralmente relacionado a um sistema de produtos ou processos.

45

Por outro lado, Rocha e Christensen (1999), acreditam que o vendedor passa a ser o

elo entre a empresa e cliente e por meio do qual a empresa administra seu

relacionamento com compradores atuais e potenciais. A manutenção desse

relacionamento é uma tarefa sutil, delicada que exige grande esforço e atenção.

Para Kotler (2000) a venda pessoal é a ferramenta mais eficaz em fases mais

avançadas do processo de compra, principalmente para aumentar a preferência e a

convicção do comprador a levá-lo à ação e possuem três características distintas:

- Interação pessoal: implicam em um relacionamento imediato e interativo de duas

ou mais pessoas que observam as reações uma da outra bem de perto.

- Aprofundamento: as vendas pessoais permitem o surgimento de todos os tipos de

relacionamentos profissionais de vendas até uma amizade mais profunda. Um bom

vendedor normalmente sabe os interesses e necessidades dos seus clientes.

- Resposta: as vendas pessoais fazem com que o comprador se sinta de certa

maneira na obrigação de comprar após ouvir a argumentação do vendedor.

Conforme exposto, percebe-se que é inquestionável a importância da força de

vendas no mix de marketing. Todavia, as empresas são sensíveis a custos altos e

crescentes para a manutenção da força de vendas. Por isso, muitas empresas estão

implantando unidades de vendas por telefone, correio e outros a fim de reduzir as

despesas com vendas de campo e também aumentando a produtividade através de

melhor seleção, treinamento, supervisão, motivação e remuneração, kotler (2000).

2.7 Administração de vendas.

Diante da importância da administração de vendas Cobra (1994) descreve que o

tradicional vendedor tomador de pedidos foi substituído pelo negociador na década

de 80 e pelo consultor de negócios na década de 90 e para captar as necessidades

de evolução da função do vendedor, o gestor deverá estar atento às mudanças e

46

desafios do mercado e moldar o perfil da equipe de vendas de acordo com a

necessidade da empresa.

Segundo Churchill e Peter (2003), para que a atividade de administração de vendas

seja eficaz, os esforços da força de vendas necessitam de um planejamento para a

elaboração, direcionamento e controle das metas e estratégias de vendas, sendo

responsabilidade dos gerentes de vendas que normalmente executam as funções de

recrutamento, treinamento, organização e supervisão da força de vendas

necessitando, portanto de conhecimentos e habilidades para formar equipes

eficazes.

Quanto à organização da força de vendas, Kotler (2000) define que dependendo da

sua estratégia implica em sua estrutura e resume as mais comuns, a saber:

• Por território: quando a empresa vende uma linha de produtos para clientes

usuários-finais em muitos lugares. Tem algumas vantagens como responsabilidade

do vendedor pelos clientes e o incentiva a relacionamentos locais e pessoais e

principalmente, as despesas são relativamente baixas.

• Por produto: vende muitos produtos para muitos tipos de clientes e estes são

tecnicamente complexos, exige dos vendedores amplo conhecimento do produto.

• Por mercado: permite a força de vendas conhecer as necessidades

específicas dos clientes.

• Combinada: quando a empresa vende uma grande variedade de produtos

para muitos tipos de clientes distribuídos em uma grande área geográfica,

geralmente combina várias estruturas da força de vendas.

O autor descreve que após definido a estratégia e a estrutura da força de vendas,

pode-se analisar o tamanho dela. Para isso, é necessário que seja estabelecida a

quantidade de clientes desejada para usar uma abordagem de carga de trabalho

para definir o tamanho da força de vendas, cujo método consiste nas seguintes

etapas:

47

1. Agrupar os clientes por tamanho de acordo com o histórico de vendas;

2. Estabelecer para cada classe o número anual de visitas desejadas;

3. Multiplicar o número de contas em cada grupo classificado por tamanho pela

freqüência de visitas correspondente para se obter a carga de trabalho total

para o país, em visitas de vendas por ano.

4. Determinar o número médio de visitas por ano que um vendedor pode

realizar.

5. Determinar o número de vendedores necessários dividindo o número total de

visitas anuais exigidas pela média anual de visitas realizadas por um

vendedor.

Ainda dentro do contexto da administração da força de vendas, o autor menciona

que para atrair vendedores de alta qualidade a empresa precisa oferecer um pacote

de remuneração atraente, pois vendedores gostam de recompensas extras por

desempenho acima da média e pagamento justo por experiência e tempo de casa.

Nesse caso, a gerência determina o nível e os componentes do plano de

remuneração de acordo com o preço vigente no mercado para o tipo de trabalho de

vendas e para as habilidades adquiridas; ficando condicionada nos quatro

componentes de remuneração da força de vendas – uma quantia fixa, uma quantia

variável, ajuda de custo e benefícios tendo como formas de remuneração, três tipos

de planos – salário fixo, somente comissão e combinação de salário e comissão.

Concluindo, Kotler (2000) menciona que com remunerações que combinam salários

fixos e variáveis, as empresas incorporam a parte variável do pagamento um grande

número de metas estratégicas, dando menos importância ao volume em favor de

fatores como lucro bruto, satisfação e fidelidade do cliente.

Gerência de grandes contas são denominadas de contas mais importantes da

empresa com contratos ou acordos comerciais que determinam preço uniforme para

toda a rede, serviços especializados e estabelecem relacionamentos promissores a

longo prazo, muitas vezes com equipe alocada a um cliente específico.

Com relação ao procedimento de recrutamento e seleção da força de vendas

Moreira et al (2000) acreditam que é atribuição do gestor da área comercial e o

48

Departamento de Recursos Humanos serve apenas como facilitador, auxiliando no

processo que consiste num conjunto de técnicas e procedimentos de pesquisa e

intervenções seja em fontes internas ou externas capazes de fornecer o número

necessário de candidatos tendo na internet um dos meios mais utilizados para busca

de oportunidades e possibilidades sendo o recrutamento externo mais demorado e

oneroso do que o recrutamento através de fontes internas.

Os autores descrevem que o processo de seleção tem como objetivo principal a

escolha e a classificação dos candidatos aprovados na triagem no recrutamento os

mais adequados às necessidades da organização.

Para Churchill e Peter (2003), o treinamento dos vendedores visa dar ritmo aos

novatos e aperfeiçoamento aos vendedores mais experientes, tendo como pauta

informações sobre o produto, técnicas de vendas, informações gerais sobre o

mercado e a companhia e tópicos como a ética nas práticas de vendas ocorrendo

muitas vezes durante o próprio trabalho o treinamento com novos vendedores ou

aprendendo com vendedores experientes. Em outros casos as empresas enviam

vendedores paras seminários, cursos, oficinas ou contratam treinamento externo.

Muitos vendedores são ambiciosos, independentes e desempenham suas funções

sem esforço especial da gerência. Em estudos realizados por Churchill, Ford e

Walker apud Kotler (2000) seus modelos básicos dizem que quanto mais motivado é

o vendedor, maior é seu esforço que conduzirá a um melhor desempenho que levará

a maiores recompensas que levarão a uma maior satisfação que reforçará a

motivação. Ainda na pesquisa, a recompensa mais valorizada foi a remuneração,

seguida da promoção, do crescimento pessoal e da sensação de ter realizado algo

relevante.

As medidas para analisar o controlar a força de vendas incluem critérios objetivos e

subjetivos segundo Churchill e Peter (2003). O critério objetivo mais utilizado é o

desempenho dos vendedores em relação às metas ou cotas de vendas que podem

ser expressas em valor monetário, unidades vendidas ou pontos.

49

Conforme os conceitos expostos acima, acredita-se que os mesmos sustentam a

proposição da pesquisa objetivo do presente trabalho.

50

3 METODOLOGIA

O presente capítulo tem por objetivo expor a metodologia utilizada no

desenvolvimento e elaboração da pesquisa, foco deste trabalho de estágio, dessa

forma Vergara (2000, p. 15), descreve que:

O método sistêmico procura identificar as relações do todo com as partes e das partes entre si. O todo pode ser, por exemplo, um ambiente de negócios e as partes, as empresas que o viabilizam; ou pode ser uma empresa e suas partes internas. O método privilegia processos e seu movimento na direção de uma evolução. Descarta, no entanto, a possibilidade de contradições como forma de superação de uma situação.

Metodologia, segundo Roesch (1999), descreve como o trabalho será realizado,

partindo dos objetivos para verificar que tipo de projeto é mais apropriado.

3.1 Tipologia de pesquisa:

Quanto a sua tipologia e considerando os objetivos do presente trabalho, defini-se o

seu delineamento de pesquisa através da elaboração uma pesquisa exploratória

descritiva com abordagem quantitativa, uma vês que se propõem através da

avaliação dos resultados de vendas dar validade científica à proposta.

Assim sendo, Gil (1999, p.43) define:

As pesquisas exploratórias têm como principal finalidade desenvolver, esclarecer e modificar conceitos e idéias, com vistas na formulação de problemas mais precisos ou hipóteses pesquisáveis para estudos posteriores. (...) Habitualmente envolvem levantamento bibliográfico e documental, entrevistas não padronizadas e estudos de caso.

Com relação a abordagem quantitativa, Roesch (1996, p. 130) esclarece que: se o

propósito do projeto implica medir relações entre variáveis (associações ou causa-

efeito), em avaliar o resultado de algum sistema ou projeto, recomenda-se utilizar

preferentemente o enfoque da pesquisa quantitativa e utilizar o melhor meio possível

de controlar o delineamento da pesquisa para garantir uma boa interpretação dos

resultados.

3.2 Sujeito de estudo:

51

Para obterem-se resultados definidos nos objetivos da presente pesquisa utiliza-se

como população da pesquisa os clientes definidos como CB, comidas e bebidas,

que consistem de bares, restaurantes, lanchonetes, fast food e ensino, localizados

na cidade de Itajaí Santa Catarina.

Segundo Roesch (1996, p. 130) população de uma pesquisa é “um grupo de

pessoas ou empresas que se interessa entrevistar para propósito específico de um

estudo”.

Segundo Barbetta (2007, p. 27) a população pode ser definida, como sendo o

“conjunto de elementos que queremos abranger em nosso estudo e que são

passíveis de serem observados, com respeito às características (variáveis) que

pretendemos levantar”, sendo composto por elementos que serão definidos,

conforme os objetivos da pesquisa.

Para o cálculo do tamanho da amostra foram aplicadas as fórmulas de Barbetta

(2007), através das seguintes expressões:

N0 = __1___

E2

0

n = _ N x n0__

N + n0

Onde:

N − tamanho (número de elementos) da população

n − tamanho (número de elementos) da amostra

n0 − uma primeira aproximação para o tamanho da amostra

E0 − erro amostral tolerável

Portanto, a presente formula sugere um erro amostral tolerável de 5%, e para uma

população de 293 clientes ativos, temos um total de 169 pesquisados que serão a

amostra da presente pesquisa.

52

3.3 Instrumentos de pesquisa:

O instrumento definido para a coleta de dados junto à população pesquisada é o

questionário, que na definição de Gil (1999, p.128) é uma técnica de investigação

composto por um número mais ou menos elevado de questões apresentadas por

escrito às pessoas, tendo por objetivo o conhecimento de opiniões, crenças,

sentimentos, interesses, expectativas, situações vivenciadas, etc.”.

3.4 Análise e apresentação:

O processamento e análise dos dados foram representados através de gráficos, na

busca de obter informações que possam ser utilizados na tomada de decisão.

A tabulação pode ser simples quando envolve contagem do numero de casos que

ocorrem em cada uma das variáveis do estudo. Neste caso se utilizara a tabulação

eletrônica, com a ajuda do Software Excel, na apresentação dos gráficos.

3.5 Limitações da pesquisa:

A presente pesquisa tem como seu limitador por caracterizar-se num corte

geográfica, cidade de Itajaí, o que poderá não indicar similaridade com as demais

regiões da atuação da empresa.

53

4. RESULTADOS

4.1 Apresentação dos dados da pesquisa

Para o bom desenvolvimento da presente pesquisa, inicialmente foi desenvolvido o

questionário formado por questões fechadas condensado em uma planilha, apêndice

A, onde se apresentou a listagem dos produtos e suas derivações de embalagens.

Para validação do referido questionário, foi aplicado pré-teste em 09/09/2009, com

18 clientes onde se observou certa dificuldade na resposta, uma vez que o número

de questões era muita grande, bem como o leque de produtos estava muito amplo.

Devido a esses entraves, optou-se por retirar alguns itens da planilha de pesquisa

para facilitar a aplicação do questionário e conseqüentemente, diminuir o tempo

gasto em cada cliente.

A partir disso, foi aplicado o questionário no período de 21/09/2009 a 30/10/2009,

sendo o mesmo aplicado pelo estagiário e que contou ainda com a colaboração de

outros dois vendedores da empresa que atuam na referida região.

Os gráficos demonstram duas informações sendo: a primeira informação a do

segmento denominado comidas e bebidas, e a segunda informação a do canal qual

seja: bar, lanchonete, restaurante, fast food e ensino.

4.2 Exposição gráfica dos resultados alcançados.

Com relação à questão que tem como objetivo identificar a distribuição dos volumes

de consumo de refrigerante na embalagem de 200 ml foi observado a presença de

apenas dois refrigerantes no segmento pesquisado, sendo estes: coca-cola e

laranjinha, que apresentaram o resultado descrito no gráfico nº 1.

54

Refrigerantes 200 ml

COCA-COLA 200 ML C/ 24

27%

LARANJINHA 200 ML C/ 30

73%

Gráfico nº 1: Consumo de refrigerantes de 200 ml no segmento. Fonte: Pesquisa aplicada. Ainda com relação a mesma embalagem de 200 ml percebeu-se que, na divisão por

canal, tipo de estabelecimento, um maior volume dos dois refrigerantes nos canais

lanchonete e restaurante, já no canal fast food não há presença destas embalagens.

713

22

89

31

64

0 0 3 5

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

BAR

LANCHONETE

RESTAURANTE

FAST F

OOD

ENSINO

Refrigerantes 200 ml por canal

COCA-COLA 200 ML C/ 24

LARANJINHA 200 ML C/ 30

Gráfico nº 2: Consumo de refrigerantes de 200 ml por canal. Fonte: Pesquisa aplicada.

55

Quanto à distribuição dos volumes de refrigerante na embalagem ks, embalagem de

vidro com 290 e 300 ml, observou-se a presença de seis produtos no segmento

pesquisado sendo eles: Coca-Cola, Kuat, Sabores Coca-Cola (Fanta, Sprite), Pepsi,

Sabores Antarctica (Sukita, Soda), Guaraná Antarctica, cujo resultado estão

apresentados no gráfico nº 3.

Refrigerantes ks

56%

4%13%

1%

5%

21%

COCA-COLA KS 290ML C/ 24

KUAT 300 ML C/ 24

SABORES KS 300ML C/ 24

PEPSI 290 ML C/ 24

SABORES KSANTARCTICA 290 MLC/ 24

GUARANÁANTARCTICA 290 C/24

Gráfico nº 3: Consumo de refrigerantes na embalagem ks no segmento. Fonte: Pesquisa aplicada.

Com relação a divisão por canal, observou-se uma participação de 80% dos

produtos da linha Coca-Cola e 20% dos produtos da linha AmBev no canal

lanchonete. Já no canal restaurante apresentou uma participação de 73% dos

produtos da linha Coca-Cola e 27% dos produtos da linha AmBev no, sendo que nos

canais fost food e ensino não há presença das embalagens ks como mostra o

gráfico nº 4.

56

23

260

1022

148

14

35

012

38

159

9

32

310

61

000000 000

0000

20406080

100120140160

BAR

LANC

HONET

E

RESTAURANTE

FAST

FOOD

ENSINO

Refrigerantes ks por canalCOCA-COLA KS 290 MLC/ 24

KUAT 300 ML C/ 24

SABORES KS 300 MLC/ 24

PEPSI 290 ML C/ 24

SABORES KSANTARCTICA 290 ML C/24GUARANÁ ANTARCTICA290 C/ 24

Gráfico nº 4: Consumo de refrigerantes na embalagem ks por canal. Fonte: Pesquisa aplicada.

Com relação às embalagens lata 350 ml, na pesquisa observou-se que a distribuição

dos volumes de refrigerante há presença de seis produtos no segmento pesquisado

sendo eles: Coca-Cola, Kuat, Sabores Coca-Cola (Fanta, Sprite), Pepsi, Sabores

Antarctica (Sukita, Soda), Guaraná Antarctica que apresentaram a seguinte

distribuição, conforme gráfico nº 5.

Refrigerantes lata total

60%

3%

14%

2%

5% 16%

COCA-COLA LT 350 ML C/12

KUAT LT 350 ML C/ 12

SABORES LT COCA-COLA350 ML C/ 12

PEPSI LT 350 ML C/ 12

SABORES LTANTARCTICA 350 ML C/ 12

GUARANÁ ANTARCTICA350 ML C/ 12

Gráfico nº 5: Consumo de refrigerantes na embalagem lata no segmento. Fonte: Pesquisa aplicada.

57

Com relação à distribuição por canais, na embalagem lata, observou-se uma

participação de 78% dos produtos da linha Coca-Cola e 22% dos produtos da linha

AmBev no canal lanchonete; 74% dos produtos da linha Coca-Cola e 26% dos

produtos da linha AmBev no canal restaurante; 84% dos produtos da linha Coca-

Cola e 16% dos produtos da linha AmBev no canal fast food e 87% dos produtos da

linha Coca-Cola e 13% dos produtos da linha AmBev no canal ensino, conforme

gráfico nº 6.

75233

01235

490

26114

2435122

632

18

123

1849

198218

1357

61436

111

92226130100200300400500600700

BAR

LANC

HONET

E

RESTAURANTE

FAST

FOOD

ENSINO

Refrigerantes lata por canal COCA-COLA LT 350 MLC/ 12

KUAT LT 350 ML C/ 12

SABORES LT COCA-COLA 350 ML C/ 12

PEPSI LT 350 ML C/ 12

SABORES LTANTARCTICA 350 ML C/12

GUARANÁ

Gráfico nº 6: Consumo de refrigerantes na embalagem lata por canal. Fonte: Pesquisa aplicada.

Com relação à embalagem de 600 ml, na distribuição dos volumes, observou-se a

presença de seis produtos no segmento pesquisado sendo eles: Coca-Cola, Kuat,

Sabores Coca-Cola (Fanta, Sprite), Pepsi, Sabores Antarctica (Sukita, Soda),

Guaraná Antarctica representados no gráfico nº 7.

58

Refrigerantes 600 ml

54%

4%12%

2%

8%

20%

COCA-COLA 600 MLC/ 12

KUAT 600 ML C/ 12

SABORES 600 MLCOCA-COLA C/ 12

PEPSI 600 ML C/ 12

SABORES 600 MLANTARCTICA C/ 12

GUARANÁANTARCTICA 600 MLC/ 12

Gráfico nº 7: Consumo de refrigerantes na embalagem 600 ml no segmento. Fonte: Pesquisa aplicada.

Já na divisão por canal, de acordo com a pesquisa observou-se a participação de

71% dos produtos da linha Coca-Cola e 29% dos produtos da linha AmBev no canal

lanchonete; 72% dos produtos da linha Coca-Cola e 28% dos produtos da linha

AmBev no canal restaurante; 82% dos produtos da linha Coca-Cola e 18% dos

produtos da linha AmBev no canal fast food. Nos demais canais apresentaram pouca

expressividade de volume como mostra o gráfico nº 8.

26

01201422

171

2244

4

26

67

197

9

44

8

3160

101

4

1563

1718

31004

020406080

100120140160180200

BAR

LANC

HONET

E

RESTA

URAN

TE

FAST

FOOD

ENSINO

Refrigerantes 600 ml por canalCOCA-COLA 600 ML C/12

KUAT 600 ML C/ 12

SABORES 600 MLCOCA-COLA C/ 12

PEPSI 600 ML C/ 12

SABORES 600 MLANTARCTICA C/ 12

GUARANÁ

Gráfico nº 8: Consumo de refrigerantes na embalagem 600 ml por canal. Fonte: Pesquisa aplicada.

59

Na participação do volume de bebidas de baixas calorias foi observada a presença

de apenas dois produtos no segmento pesquisado, sendo estes: Aquarius Fresh e

H2OH ilustrado no gráfico nº 9.

Bebidas de baixas calorias

AQUARIUS FRESH 510 ML

C/ 1253%

H2OH 500 ML C/ 1247%

Gráfico nº 9: Consumo de bebidas de baixas calorias no segmento. Fonte: Pesquisa aplicada.

Na divisão por canal observou-se uma maior participação do produto Aquarius Fresh

nos canais bar, lanchonete e ensino. Em contrapartida o produto H2OH tem maior

participação nos canais restaurante e fast food como mostra o gráfico nº 10.

2918

124

75

100

150

2740

50

14

020406080

100120140160

BAR

LANC

HONET

E

RESTAURANTE

FAST

FOOD

ENSINO

Bebidas de baixas calorias

AQUARIUSFRESH 510ML C/ 12

H2OH 500 MLC/ 12

Gráfico nº 10: Consumo de bebidas de baixas calorias por canal. Fonte: Pesquisa aplicada.

60

Na identificação da distribuição dos volumes de consumo de água mineral na embalagem de 500 ml foi observada a presença de seis produtos no segmento sendo: Charrua, Aquavit, Fonte Life, H Leve, Imperatriz e Skin distribuídos de acordo com o gráfico nº 11.

Água mineral

44%

14%17%

10%5% 10%

AGUA CHARRUA 500ML C/ 12

AGUA AQUAVIT 500 MLC/ 12

AGUA FONT LIFE 500ML C/ 12

AGUA H LEVE 500 MLC/ 12

AGUA IMPERATRIZ 500ML C/ 12

AGUA SKIN 500 ML C/12

Gráfico nº 11: Consumo de água mineral no segmento. Fonte: Pesquisa aplicada.

Quanto à divisão por canais, observou-se uma participação maior da água mineral

charrua em todos os canais exceto ensino.

30

914611

139

34

62

21

68

152

61

39

38

373661

212

3026

43

14

40

020406080

100120140160

BAR

LANC

HONET

E

RESTAURANTE

FAST

FOOD

ENSINO

Água mineral

AGUA CHARRUA 500ML C/ 12

AGUA AQUAVIT 500 MLC/ 12

AGUA FONT LIFE 500ML C/ 12

AGUA H LEVE 500 MLC/ 12

AGUA IMPERATRIZ 500ML C/ 12

AGUA SKIN 500 ML C/12

Gráfico nº 12: Consumo de água mineral por canal. Fonte: Pesquisa aplicada.

61

Quanto a participação do volume de suco na embalagem lata, observou-se a

presença de apenas três marcas de sucos no segmento pesquisado sendo: Del

Valle, Sufresh e Top Frut, relacionados no gráfico nº 13.

sucos lata

SUCO DEL VALLE MAIS LT

335 ML C/ 658%

SUCO SUFRESH LT 335 ML C/ 6

32%

SUCO TOP FRUT LT 335 ML C/ 6

10%

Gráfico nº 13: Consumo de suco lata no segmento. Fonte: Pesquisa aplicada. Na divisão por canais, observou-se uma participação de 62% do produto Del Valle,

25% do produto Sufresh e 13% do produto Top Frut no canal bar; 65% do produto

Del Valle, 20% do produto Sufresh e 15% do produto Top Frut no canal lanchonete;

59% do produto Del Valle, 34% do produto Sufresh e 7% do produto Top Frut no

canal restaurante; 52% do produto Del Valle, 42% do produto Sufresh e 5% do

produto Top Frut no canal fast food e 40% do produto Del Valle, 37% do produto

Sufresh e 23% do produto Top Frut no canal ensino como mostra o gráfico nº 14.

62

104

2

75

2317

82

47

10

5344

5 12117

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

BAR

LANC

HONET

E

REST

AURAN

TE

FAST

FOOD

ENSINO

Suco lata

SUCO DEL VALLEMAIS LT 335 ML C/ 6

SUCO SUFRESH LT335 ML C/ 6

SUCO TOP FRUT LT335 ML C/ 6

Gráfico nº 14: Consumo de suco lata por canal. Fonte: Pesquisa aplicada.

Com relação ao produto chá, na pesquisa observou-se que na distribuição dos

volumes, há presença de três produtos no segmento pesquisado sendo: nestea lata

340 ml, leão copo 300 ml e leão PET 500 ml demonstrados no gráfico nº 15.

Chás

CHÁ NESTEA LT 340 ML C/ 6

24%

CHÁ LEÃO COPO 300 ML

C/ 1257%

CHÁ LEÃO PET 500 ML C/

1219%

Gráfico nº 15: Consumo de chá no segmento. Fonte: Pesquisa aplicada. Ainda com relação a divisão por canal, observou-se uma maior participação do

produto chá leão tanto na embalagem copo 300 ml quanto na embalagem PET 500

63

ml na maioria dos canais com uma participação inexpressiva dos três produtos

pesquisados no canal bar.

827

31

106

4442

62

303431

210

84

14

0

20

40

60

80

100

120

BAR

LANC

HONET

E

REST

AURAN

TE

FAST

FOOD

ENSINO

Chás

CHÁ NESTEA LT 340ML C/ 6

CHÁ LEÃO COPO300 ML C/ 12

CHÁ LEÃO PET 500ML C/ 12

Gráfico nº 16: Consumo de chá por canal. Fonte: Pesquisa aplicada.

4. 3 Apresentação da pesquisa do Instituto Nielsen

Segundo pesquisas de mercado do Instituto Nielsen de setembro/2009, obtidas junto

a Vonpar apresenta uma participação de mercado de 58,6% caracterizando-se como

a maior empresa no volume de refrigerantes dentro da sua região de cobertura,

compreendida pelos estados Santa Catarina com 100% do território e Rio Grande do

Sul com 73% do seu território. O gráfico 18 demonstra a distribuição da participação

de mercado comparativa com a AMBEV, principal concorrente, e agrupa na

categoria de outras as demais fabricantes de refrigerantes que atuam na mesma

região.

64

0

10

20

30

40

50

60

58,6 26 15,4

Vonpar

Ambev

Outras

Gráfico nº 17: Participação de mercado setembro 2009 Fonte: adaptado de Vonpar refrescos S/A A referida pesquisa ainda indica que no estado de Santa Catarina a participação de

mercado da Vonpar é de 61,5% com 20% da AMBEV e 17,5% das demais

fabricantes.

65

5. CONSIDERAÇÕES E CONCLUSÕES

Ao analisarmos as pesquisas pode-se concluir que a participação de mercado no

segmento de bares, lanchonetes, restaurantes, fast food e ensino, quanto ao

consumo de refrigerantes na cidade de Itajaí indicou a seguinte participação:

Na embalagem de 200 ml, a participação de mercado do produto Coca-Cola é menor

do que o produto Laranjinha nos canais lanchonete e restaurante, visto que a

Laranjinha é um produto regional, possui uma distribuição regular e está há mais

tempo no mercado. De acordo com informações dos clientes pesquisados, estes

produtos possuem grande aceitação pelo preço acessível praticado ao consumidor e

o tamanho necessário para matar a sede, sendo portanto um nicho em potencial a

ser trabalhado para aumentar a participação do produto Coca-Cola.

Com relação ao produto refrigerante ks, embalagem de vidro com 290 e 300 ml, nos

canais lanchonete e restaurante a participação do volume de refrigerante dos

produtos Coca-Cola é superior ao da concorrente AMBEV.

Os fatores dessa liderança são as ações voltadas aos clientes foco, a distribuição

dos produtos Coca-Cola que procura abranger todos os clientes atuais e potenciais

que trabalham com a referida embalagem, a execução de mercado que procura

informar nos pontos de vendas o produto disponível e o preço praticado auxiliando

na decisão do consumidor na hora da pedida.

Com relação às embalagens lata e 600 ml, na pesquisa observou-se que a

participação de refrigerantes dos produtos Coca-Cola são superiores ao da AMBEV

com percentuais acima de 70% nos canais lanchonete, restaurante e fast food. Estes

canais representam o maior volume do segmento Comidas e Bebidas nas referidas

embalagens.

5.1 Considerações finais

O estudo proporcionou uma visão mais ampla da importância da pesquisa como

fonte de dados para facilitar a tomada de decisão tanto a nível gerencial como a

66

nível estratégico e até operacional minimizando os riscos de incertezas ou

estratégias mal sucedidas.

Como contribuição para o desempenho do trabalho na Vonpar, a pesquisa mostrou

realidades de mercado que outras fontes tinham outros indicadores como a

participação de mercado do produto bebidas de baixas calorias onde o produto

Aquarius Fresh da Coca-cola detém 47% de participação e o produto concorrente

H2OH possui 53%, tendo como fatores decisivos o atendimento com visitas

programadas e pontuais e o relacionamento com os clientes oferecendo sempre

uma prestação de serviço nos padrões determinados pela empresa e colocando os

produtos que os clientes necessitam na quantidade certa, no local certo e na hora

certa.

Para a Vonpar, as informações contidas na pesquisa podem auxiliá-la nas decisões

de mercado, informando quais os produtos e quais as embalagens que precisam de

ações para melhorar a participação de mercado em relação aos concorrentes

direcionando os esforços da força de vendas diretamente nas deficiências visando

alcançar uma participação de mercado acima da média estadual.

5.2 Propostas para trabalhos futuros

Repetir esta pesquisa semestralmente comparando os resultados obtidos e

direcionando os esforços de venda para manter a participação.

Ampliar a pesquisa para outros segmentos como Compras de Mercearia, Platino e

Híbridos.

67

REFERÊNCIAS

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APÊNDICE A

Prezado(a) Senhor(a): Esta Pesquisa tem como finalidade concluir a etapa 3 do Trabalho de Conclusão do Curso de Administração com Habilitação e Marketing do acadêmico Agnaldo Luiz Padilha, funcionário da Vonpar Refrescos S.A. Os dados serão tratados de maneira sigilosa, sem a necessidade de divulgar o nome do estabelecimento. Sua participação é de extrema importância. Colabore! TIPO DE CLIENTE: ( ) BAR ( ) LANCHONETE ( ) RESTAURANTE ( ) FAST FOOD ( ) FAST FOOD ( ) ENSINO

PRODUTO V SEM PRODUTO V SEM CXS UNT CXS UNT CC 200 ML C/ 24 AGUA CHARRUA 500 ML C/ 12 LARANJINHA 200 ML C/ 30 A S CATARINA 500 ML C/ 12 CC KS 290 ML C/ 24 A FONTE LIFE 500 ML C/ 12 KUAT 300 ML C/ 24 A H LEVE 500 ML C/ 12 SAB KS 300 ML C/ 24 A SKIN 500 ML C/ 12 PEPSI 290 ML C/ 24 A AQUAVIT 500 ML C/ 12 SAB KS ANT 290 ML C/ 24 SUCO DV MAIS LT 340 ML C/ 6 G ANTARC 290 C/ 24 SUCO SUFRESH LT 340 ML C/ 6 CC LT 350 ML C/ 12 SUCO TOP FRUT LT 340 ML C/ 6 KUAT LT 350 ML C/ 12 CHÁ NESTEA LT 340 ML C/ 6 SAB LT CC 350 ML C/ 12 CHÁ LEÃO COPO 300 ML C/ 12 PEPSI LT 350 ML C/ 12 CHÁ LEÃO PET 500 ML C/ 12 SAB LT ANT 350 ML C/ 12 CHÁ NESTEA LT 340 ML C/ 6 G ANTARC 350 ML C/ 12 CHÁ LIPTON LT 340 ML C/ 12 CC 600 ML C/ 12 CHÁ LEÃO COPO 300 ML C/ 12 KUAT 600 ML C/ 12 CHÁ LEÃO PET 500 ML C/ 12 SAB 600 ML CC C/ 12 CHÁ LEÃO PET 500 ML C/ 12 PEPSI 600 ML C/ 12 CHÁ LEÃO PET 500 ML C/ 12 SAB 600 ML ANTARC C/ 12 CHÁ LEÃO PET 500 ML C/ 12 G ANTARC 600 ML C/ 12 AQUARIUS FRESH 510 ML H2OH 500 ML