Complexo de É dipo
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Complexo de Édipo Tem início no período do desmame em uma
situação confusa e instável de impulsos misturados, na presença de um superego arcaico e extremamente severo;
Tendências edipianas liberadas enquanto conseqüência de 3 situações:
1. Frustração ao desmame;2. Frustração ao treino dos hábitos de higiene;3. Diferenças anatômicas entre os sexos:
influência determinante ou não na manutenção do objeto amoroso;
Os estágios pré-genitais carregam consigo sentimentos de culpa que já são efeitos do conflito edipiano precoce: agressividade sentimentos de culpa ansiedade persecutória;
Em uma criança de um ano, por exemplo, a ansiedade criada pelo início do conflito edipiano toma forma de medo de ser devorada e destruída;
A própria criança deseja destruir o objeto, mordendo-o, devorando-o. Isso dá origem a ansiedade, pois a introjeção do objeto faz a criança esperar por retaliação;
O sentimento de culpa e as frustrações dos estágios pré-genitais formam um protótipo de todas as frustrações posteriores. Estas frustrações são intensificadas, sentidas como punições;
As tendências edipianas atacam o ego ainda pouco desenvolvido: o bebê é exposto a uma avalanche de problemas e indagações que geram sofrimentos que ainda não podem se expressar em palavras – esse sofrimento dá origem ao ódio;
Superego arcaico (precoce) O superego tem sua estrutura montada a partir
de identificações de períodos muito diferentes. Essas identificações são muito contraditórias, pois bondade excessiva convive ao lado de uma severidade desmedida;
Sentimento de culpa é o resultado da introjeção dos objetos amorosos edipianos, sendo assim produtos da formação do superego;
Superego implacável: sentimento de culpa+ rigor sádico provenientes da fase anal e da fase oral;
Sensação inicial de não saber + sensação de ser incapaz + situação edipiana = INTENSIFICAÇÃO DA FRUSTRAÇÃO ACENTUANDO O COMPLEXO DE CASTRAÇÃO;
O corpo da mãe e visto como palco de todos os processos e desenvolvimentos sexuais
Fases do desenvolvimento libidinal
Fase sádico-oral: sofrimento do primeiro trauma severo, o desmame.
Desejo de se apropriar do conteúdo do corpo da mãe;
Fase sádico-anal: sofrimento do segundo trauma severo: a mãe agora interfere em seus prazeres anais. Isso reforça a tendência a se afastar da mãe, pois a privação lhe causa um desejo sádico, resultando em ódio;
Ao mesmo tempo a influência dos impulsos genitais levam o menino a se voltar para a mãe enquanto objeto amoroso;
Na posição sádico-anal a criança ainda possui o desejo de se apropriar do corpo da mãe que é seguido por uma curiosidade em conhecer este corpo fase do desenvolvimento marcada pela identificação com a mãe: fase de feminilidade;
fase de feminilidade: calcada na posição sádico-anal. As fezes são igualadas ao bebê que a criança espera ter;
A fase de feminilidade envolve um desejo frustrado por parte dos meninos: não possuem o órgão especial. Tendências de roubar, destruir estão ligadas aos orgãos de fecundação e seios;
O menino teme ser punido pelo desejo de destruir o corpo da mãe. Teme ser mutilado (o que justificaria a castração);
O desejo de ter um filho + impulso epistemofílico permite ao menino deslocar para o plano intelectual. Assim, a desvantagem é ocultada e supercompensada pela superioridade de ter um pênis;
Agressividade excessiva também está relacionada a esta fase de feminilidade no menino;
Luta prolongada entre as posições pré-genital e genital da libido. O auge caracteriza o conflito edipiano;
Desenvolvimento nas meninas Consequência do processo de desmame: a
menina se afasta da mãe. O mesmo ocorre em função das privações anais;
Tendências genitais passam a operar: o desenvolvimento genital se completa com o deslocamento da libido da zona oral para a genital;
Objetivo oral e receptivo dos órgãos genitais exerce uma influência determinante sobre a escolha do pai como objeto amoroso;
Caráter receptivo do órgão + inveja e ódio da mãe fazem com que a menina se volte para o pai no período inicial de manifestação dos impulsos edipianos;
A menina sente falta do pênis e odeia a mãe por isso, mas o sentimento de culpa faz com que aceite a punição – o complexo de castração nas meninas é vivido com frustração e amargura;
Desejo de ter um filho – inveja do pênis – desejo de ter um filho novamente;
O ódio e a rivalidade com a mãe, apesar da relação nova de amor estabelecido com esta por supercompensação, faz com que a identificação com o pai seja abandonada e este volte a ser seu objeto de amor;
Elemento que prejudica o desenvolvimento na menina: enquanto o menino possui o pênis, a menina possui apenas o desejo insaciável de ser mãe;
Existe também a fantasia do útero danificado: tendências destrutivas dirigidas ao corpo da mãe;
Ansiedade e sentimento de culpa são a principal causa da repressão e do orgulho feminino, que originalmente são muito fortes;
Ansiedade da menina quanto a sua feminilidade é análoga ao medo de castração no menino, pois ela ajuda a refrear os impulsos edipianos;
Ansiedade no menino é mais aguda e na menina é crônica;
Menino x meninas: formações superegóicas diferentes;
conclusão Os estágios iniciais do conflito edipiano
são dominados em grande parte pelas fases pré-genitais do desenvolvimento. A fase genital começa a entrar em cena, mas só irá adquirir força para ser detectada com clareza do 3 ao 5 ano de vida. Nesta etapa o superego e o complexo de édipo atingem seu clímax;