Compreensão e int. de texto 1

Compreensão e Interpretação de Textos - Vol. 1 Publicação Help Provas

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COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS - Vol. 1

35 Questões Comentadas - CESPE

Help Provas

Ano: 2013


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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 03

1 Compreensão e Interpretação de Textos – Vol. 1 .......................................... 04

1.1 Ideias do Texto ....................................................................................... 04

1.2 Coesão do Texto .................................................................................... 07

1.3 Correção Gramatical .............................................................................. 09

1.4 Estruturas Linguísticas ........................................................................... 10

1.5 Redação de Documentos Oficiais .......................................................... 11

1.6 Gabaritos Comentados ........................................................................... 13

GABARITO ............................................................................................................... 25


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INTRODUÇÃO

Compreensão de texto consiste em entender, coletar dados, analisando

verdadeiramente o que está escrito. Já a interpretação consiste em explicar,

comentar, julgar, concluir sobre o que está escrito.

Neste caderno Compreensão e Interpretação de Textos - Vol. 1, você

encontra 35 questões de concursos organizados pela banca CESPE/UnB, instituição

responsável pela elaboração de importantes provas de concursos públicos do Brasil.

Ao final da unidade deste caderno, você terá o comentário das questões

com dicas de especialistas e professores da área, o que auxiliará em sua

aprendizagem e entendimento quanto aos assuntos mais abordados em concursos.

Este método visa ajudar-lhe a entender como o examinador da banca

trará a pegadinha (armadilha) na prova, como também as tendências para o seu

concurso, fazendo com que você consiga enxergar e prevenir surpresas no dia do

seu certame.

Antes de consultar a resolução do professor, tente resolver cada questão.

Isto lhe ajudará a fixar melhor os conteúdos. Depois, se preferir, confira as suas

respostas com o gabarito disponibilizado na última página de seu caderno.

Pratique e bons estudos!


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UNIDADE 1

COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS

1.1 - Ideias do Texto

Com relação às ideias do texto, julgue os itens de 1 a 16.

(Inspetor de Polícia Civil - PC - CE - CESPE/2012)


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1. Verifica-se, desde o início do primeiro parágrafo, a estratégia retórica de

defender o argumento de que o Estado nacional está obsoleto, de modo que o

argumento contrário, exposto no segundo parágrafo, pareça mais consistente.


2. Segundo o cientista político Phillipe Schmitter, a expansão geral dos Estados

nacionais no continente europeu deve-se a aspectos singulares das diversas

economias europeias.


3. De acordo com o texto, os Estados nacionais, apesar de alguns reveses, têm

ampliado poderes em diversas partes do mundo.


4. Deduz-se do texto que tanto as condições modernas de desenvolvimento da

Europa quanto o subdesenvolvimento de alguns outros continentes são

variáveis que podem afetar a soberania política absoluta de Estados nacionais.


5. O raciocínio que se desenvolve do trecho ―Ao longo desse mesmo período

recente, os Estados regularam cada vez mais as esferas privadas íntimas do

ciclo de vida e da família‖ (L.28-30) para o trecho ―A regulamentação estatal

das relações entre homens e mulheres, da violência familiar, do cuidado com

os filhos, do aborto e de hábitos pessoais que costumavam ser considerados

particulares, como o fumo, continua a crescer‖ (L.30-34) parte de aspectos

gerais para particulares.


6. No trecho ―É verdade que a CE vem desenvolvendo novas formas políticas‖

(L.21-22), o emprego da forma verbal singular ―É‖ justifica-se pelo fato de essa

forma verbal não ter sujeito explícito.


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7. Os substantivos ―velhice‖ (L.1) e ―tese‖ (L.11) estão empregados no texto de

forma indefinida e com sentido genérico.


8. Não haveria prejuízo para o sentido do texto se a forma verbal ―dizem‖ (L.2)

fosse substituída por dizemos.


9. Na linha 3, a expressão ―pelas redes transnacionais de poder‖ indica o agente

da ação verbal de ultrapassar.


10. Na linha 6, ―isso‖ refere-se ao fato de alguns dizerem que a soberania dos

Estados nacionais, desde 1945, foi suplantada por redes transnacionais de

poder.


11. Na linha 12, a locução verbal ―vem fragmentando-se‖ expressa um processo

que se desenvolve gradualmente no tempo.

1.2 - Coesão do Texto

Com relação aos mecanismos de coesão do texto, julgue os itens subsequentes.


12. Na linha 12, ―Ali‖ tem como referente ―sociedade moderna‖ (L.9-10).


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13. O conector ―embora‖ (L.16) introduz um conteúdo que, mesmo sendo contrário

à proposição contida no trecho ―seu progresso para além do Estado nacional

tem uma pertinência mais genérica‖ (L.16-17), não a invalida.


14. O conector ―pois‖ (L.18) introduz ideia de consequência no trecho em que

ocorre.


15. O trecho ―Ao longo desse mesmo período recente‖ (L.28-29) retoma, por

coesão, a expressão ―nos últimos 25 anos‖ (L.25-26), cuja referência temporal

exata depende de informações extratextuais, tais como a data de publicação do

texto.


16. No primeiro parágrafo, a ideia de ―velhice do Estado nacional‖ (L.1-2) é

refutada pelas expressões ―morte efetiva‖ (L.12-13) e ―aposentadoria oportuna‖

(L.14).


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17. De acordo com o texto, a relação que caracteriza o Estado-nação, baseada em

povo, território e governo, fundamenta-se em pressupostos ilusórios acerca da

realidade das nações.


18. Infere-se do texto que tanto a solidez quanto a fragilidade de impérios devem-

se à sua administração do poder sobre grupos socioculturalmente diferentes.


19. Deduz-se do contraste que se estabelece, no texto, entre Estado-nação e

império que este constitui a opção de organização política mais adequada para

a superação da instabilidade desencadeada pelos problemas econômicos da

contemporaneidade.


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1.3 - Correção Gramatical

Em cada um dos itens a seguir, são apresentadas propostas de reescrita do trecho

―No entanto, o estudo dos impérios, antigos ou recentes, permite acessar as raízes

do mundo contemporâneo e aprofundar nossa compreensão das modalidades de

organização do poder político‖ (L.10-13). Julgue-os com relação à correção

gramatical.


20. Porém, estudando-se os impérios, antigos ou recentes, permite-se que seja

acessado as raízes do mundo contemporâneo, e aprofundado, pela nossa

compreensão, os modos como está organizado o poder político.


21. Entretanto, com o estudo dos impérios — de épocas antigas ou modernas —,

podemos adentrar as raízes do mundo contemporâneo e compreender, com

profundidade, como se organiza o poder político.


22. O estudo dos impérios, porém, sejam eles antigos, sejam recentes, permite

chegarmos às raízes do mundo atual e tornarmos mais profunda nossa

compreensão das formas de organização do poder político.


23. Contudo, estudar os impérios, antigos ou recentes, proporciona-nos o acesso

às raízes do mundo contemporâneo e leva-nos à aprofundar a compreensão

dos modos conforme aos quais organiza-se o poder político.


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1.4 - Estruturas Linguísticas

Com relação às estruturas linguísticas e à pontuação do texto, julgue os itens a

seguir.


24. Na linha 33, caso se insira, antes de ―caracterizado‖, o segmento que é, será

necessário, para a manutenção da correção gramatical e do sentido do

período, o emprego de vírgula após ―mundo‖.


25. Na linha 2, pode-se substituir ―diante das‖ por perante as, sem prejuízo para a

correção gramatical ou para o sentido original do texto.


26. A vírgula após ―Ora‖ (L.3) pode ser suprimida sem prejuízo para a correção

gramatical e para o sentido original do texto.


27. Sem que haja prejuízo para o sentido original do texto, ―Isso‖ (L.24) pode ser

corretamente substituído por o que, desde que se substitua o ponto que

antecede esse pronome por ponto e vírgula.


28. Com os devidos ajustes de maiúsculas e minúsculas, o ponto após ―passados‖

(L.27) pode ser substituído por dois-pontos sem que haja prejuízo para a

correção gramatical e o sentido original do texto.


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1.5 - Redação de Documentos Oficiais

Acerca da redação de documentos oficiais, julgue os próximos itens.


29. Nos documentos oficiais encaminhados por correio eletrônico, eficiente meio de

comunicação, por seu baixo custo e celeridade, deve-se empregar o padrão

culto da linguagem.


30. Segundo o Manual de Redação da Presidência da República, os

expedientes oficiais têm como finalidade informar com clareza e objetividade.

Para atender a essa finalidade, foi estabelecido um padrão oficial de

linguagem, chamado de linguagem burocrática.


31. Em um memorando expedido no primeiro dia do mês de fevereiro do corrente

ano, a forma correta de indicar a data seria ―Em 1.º de fevereiro de 2012‖.

Exemplo de Memorando


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32. As autoridades que devem ser tratadas por Vossa Excelência incluem os

juízes, procuradores, reitores e ministros de Estado.


33. O aviso é documento emitido por ministro de Estado para destinatário de

mesma hierarquia e segue o modelo do padrão ofício.


34. Cada um dos próximos itens apresenta um trecho de redação de

correspondência oficial que deve ser julgado certo se atender os requisitos de

impessoalidade, uso do padrão culto da linguagem, clareza, concisão,

formalidade, uniformidade e normas da redação oficial, ou errado, em caso

contrário.


35. (...) Com a presente argumentação, informamos a impossibilidade de

atendimento ao pleito, nos termos da Nota Técnica n.º 66/2011/SRH,

considerando o seu impacto negativo nos compromissos institucionais desta

empresa.


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GABARITOS COMENTADOS

1. (Comentário) O item está errado. O autor começa a explicar a ideia de se

compreender o Estado Nacional como obsoleto. Mas, ao final do texto,

observa-se que seu ponto de vista é contrário. Ele defende o argumento de que

o Estado nacional não está obsoleto, mas amadurecendo: ―Alguns pós-

modernistas levam mais longe a argumentação, afirmando que isso põe em

risco a certeza e a racionalidade da civilização moderna, entre cujos esteios

principais se insere a noção segura e unidimensional de soberania política

absoluta, inserida no conceito de Estado nacional‖. E ainda, ―Em partes do

mundo menos desenvolvido, alguns aspirantes a Estados nacionais também

estão fraquejando, mas por razões diferentes, essencialmente ―pré-modernas‖.

Na maior parte do mundo, os Estados nacionais continuam a amadurecer ou,

pelo menos, estão tentando fazê-lo‖.

GABARITO: Errado.

2. (Comentário) O item está errado. Bem o contrário. Ele fala sobre o

enfraquecimento dos Estados Nacionais, e não sua expansão. Observe:

―Ali, tem-se às vezes anunciado a morte efetiva do Estado nacional, embora,

para essa visão, uma aposentadoria oportuna talvez fosse a metáfora mais

adequada. O cientista político Phillippe Schmitter argumentou que, embora a

situação europeia seja singular, seu progresso para além do Estado nacional

tem uma pertinência mais genérica, pois ‗o contexto contemporâneo favorece

sistematicamente a transformação dos Estados em confederatii, condominii ou

federatii, numa variedade de contextos‘‖. O autor ainda conclui, dizendo ―Tudo

indica que o enfraquecimento do Estado nacional da Europa Ocidental é ligeiro,

desigual e singular.

GABARITO: Errado.

3. (Comentário) O item está certo. Muito bem! Isso é compreendido,

especialmente, na última linha do texto: ―Os Estados do mundo são numerosos

e continuam variados, tanto em suas estruturas atuais quanto em suas

trajetórias‖. Outro trecho do texto que nos tira a dúvida, completamente, diz que


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―De fato, nos últimos 25 anos, assistimos a reversões neoliberais e

transnacionais de alguns poderes de Estados nacionais. No entanto, alguns de

seus poderes continuam a crescer‖. Lembre-se que a resposta deve estar no

texto. Em trechos ou ideias. Não podemos ter dúvida nenhuma! Eles não têm

intenção de nos dar motivos para recursos, não é?!

GABARITO: Certo.

4. (Comentário) O item está certo. Perceba o que diz o autor: ―Tudo indica que o

enfraquecimento do Estado nacional da Europa Ocidental é ligeiro, desigual e

singular. Em partes do mundo menos desenvolvido, alguns aspirantes a

Estados nacionais também estão fraquejando, mas por razões diferentes,

essencialmente ―pré-modernas‖. Essa parte mostra exatamente o que nos é

afirmado na assertiva. Ou seja, que as variáveis que podem afetar a soberania

política absoluta de Estados nacionais podem ser tanto as condições modernas

de desenvolvimento da Europa quanto o subdesenvolvimento de alguns outros

continentes.

GABARITO: Certo

5. (Comentário) O item está certo. Esta é a questão mais fácil desta prova até

então. Tudo que ele nos pede é relacionado ao aspecto geral para o particular.

Fácil! Por exemplo: Geral – As famílias/Particular – Relacionamentos entre

jovens e pais. Ou então: Geral – O Brasil/ Particular – Cidades pequenas do

Brasil. Saio de um macro e adentro um micro. É isso que acontece na

assertiva:

Geral - esferas privadas íntimas do ciclo de vida/ Particular - relações entre

homens e mulheres esferas privadas íntimas da família/ Particular - da

violência familiar, do cuidado com os filhos, do aborto.

GABARITO: Certo.

6. (Comentário) O item está errado. Muito simples. Em ―É verdade que a CE vem

desenvolvendo novas formas políticas‖, o sujeito é oracional ―que a CE vem

desenvolvendo novas formas políticas‖. A frase está na ordem inversa.


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Observe na ordem direta: Que a CE vem desenvolvendo novas formas políticas

é verdade.

GABARITO: Errado.

7. (Comentário) O item está errado. Mais fácil ainda. A crase entrega o ouro.

Veja: ―chegamos à velhice do Estado nacional‖ Crase = a (preposição) + a

(artigo DEFINIDO). Logo, a palavra ―velhice‖ está definida. Não é qualquer

velhice, mas ―a velhice do Estado nacional‖. Da mesma forma ―tese‖: ―dar

especial crédito à tese de que a soberania político-nacional vem fragmentando-

se‖ Crase = a (preposição) + a (artigo DEFINIDO). Não é qualquer tese, mas ―à

tese de que a soberania político-nacional vem fragmentando-se‖.

GABARITO: Errado.

8. (Comentário) O item está errado. Vejamos: ―Muitos acreditam que chegamos à

velhice do Estado nacional. Desde 1945, dizem, sua soberania foi ultrapassada

pelas redes transnacionais de poder‖ ―Muitos acreditam que chegamos à

velhice do Estado nacional. Desde 1945, dizemos, sua soberania foi

ultrapassada pelas redes transnacionais de poder‖. Perceba que a parte

sintática não foi alterada. No entanto, falar ―dizem por aí que você é linda‖ e

falar ―dizemos que você é linda‖ é bem diferente. Na primeira situação o autor

da frase procura não se envolver no conteúdo - ―Eu não disse que você é linda,

mas ouvi dizer isso‖-, enquanto na segunda, há uma participação explícita do

autor -―Nós, inclusive eu, achamos que você é linda‖. Ficou claro? A diferença

entre usar 3ª pessoa do plural e 1ª do plural é o grau de envolvimento do autor.

GABARITO: Errado.

9. (Comentário) O item está certo. Certinho! Observe: ―sua soberania foi

ultrapassada pelas redes transnacionais de poder‖ ―As redes transnacionais de

poder ultrapassaram a soberania do Estado nacional‖. Ou seja, ―pelas redes

transnacionais de poder‖ indica o agente da ação verbal de ultrapassar.

GABARITO: Certo.


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10. (Comentário) O item está errado. Vamos ao trecho: ―Muitos acreditam que

chegamos à velhice do Estado nacional. Desde 1945, dizem, sua soberania foi

ultrapassada pelas redes transnacionais de poder, especialmente as do

capitalismo global e da cultura pós-moderna. Alguns pós-modernistas levam

mais longe a argumentação, afirmando que isso põe em risco a certeza e a

racionalidade da civilização moderna‖ Podemos dizer, então, que o ―isso‖ se

refere ao fato de alguns dizerem, desde 1945, que a soberania dos Estados

nacionais foi ultrapassada pelas redes transnacionais de poder. Ou, que o

―isso‖ se refere ao fato de alguns dizerem, desde 1945, que a soberania dos

Estados nacionais foi SUPLANTADA pelas redes transnacionais de poder. No

entanto, a questão expõe a ideia de forma equivocada. Veja:

A assertiva diz:

―isso‖ refere-se ao fato de alguns dizerem que a soberania dos Estados

nacionais, desde 1945, foi suplantada por redes transnacionais de poder.

Desde 1945, a soberania dos Estados nacionais foi suplantada por redes

transnacionais de poder.

O correto é:

―isso‖ refere-se ao fato de alguns dizerem, desde 1945, que a soberania dos

Estados nacionais foi SUPLANTADA pelas redes transnacionais de poder.

Desde 1945, DIZEM que a soberania dos Estados nacionais foi suplantada por

redes transnacionais de poder.

Há uma grande diferença. Na primeira, na assertiva, há um fato certo. Na

segunda, na correta, há uma hipótese.

GABARITO: Errado.

11. (Comentário) O item está certo. Vamos à frase: ―No coração histórico da

sociedade moderna, a Comunidade Europeia (CE) supranacional parece dar

especial crédito à tese de que a soberania político-nacional vem

fragmentando-se.”

O fato de a locução verbal no presente possuir como verbo principal um

verbo conjugado no gerúndio, e a escolha do uso do verbo ―vem‖ em vez de

―estar‖, destaca ainda mais a de desenvolvimento gradual. Perceba um

exemplo mais simples: Eu venho melhorando minha nota minha nota está

aumentando gradualmente.

GABARITO: Certo.


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12. (Comentário) O item está errado. ―No coração histórico da sociedade moderna,

a Comunidade Europeia (CE) supranacional parece dar especial crédito à tese

de que a soberania político-nacional vem fragmentando-se. Ali, tem-se às

vezes anunciado a morte efetiva do Estado nacional, embora, para essa visão,

uma aposentadoria oportuna talvez fosse a metáfora mais adequada‖.

Perceba que devemos nos perguntar ―onde se tem anunciado a morte efetiva

do Estado nacional?‖

A resposta é nossa chave! Na Comunidade Europeia (CE) supranacional. E

não na ―sociedade moderna‖! Muito tranquila esta questão! Perceba também

que se fosse ―sociedade moderna‖, deveria ser ―No coração histórico da

sociedade moderna‖. Todo o conjunto! Fique ligado nesses sinais!

GABARITO: Errado.

13. (Comentário) O item está certo. Perfeita! É exatamente este o papel da

conjunção concessiva ―embora‖. Há um elemento de exceção, que devia não

se adequar a regra, mas se adéqua. Como em: embora eu não goste de frutas,

como banana.

Observe a dica:

―se‖ é condicional

―tanto que‖ é consecutiva

―a medida que‖, proporcional

―conquanto, embora‖, concessiva

GABARITO DEFINITIVO: Certo.

14. (Comentário) O item está errado. ―O cientista político Phillippe Schmitter

argumentou que, embora a situação europeia seja singular, seu progresso para

além do Estado nacional tem uma pertinência mais genérica, pois ―o contexto

contemporâneo favorece sistematicamente a transformação dos Estados em

confederatii, condominii ou federatii, numa variedade de contextos‖.

Perceba que é possível a substituição de ―pois‖ por ―já que‖. É uma

conjunção, portanto, que introduz uma causa e não uma consequência como

afirma a questão. O CESPE adora inverter as coisas! Cuidado!!!

GABARITO: Errado.


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15. (Comentário) O item está certo. Certinho! ―Desse‖ é um referente anafórico, ou

seja, que se refere a algo anteriormente mencionado. Observe:

―De fato, nos últimos 25 anos, assistimos a reversões neoliberais e

transnacionais de alguns poderes de Estados nacionais. No entanto, alguns de

seus poderes continuam a crescer. Ao longo desse mesmo período recente‖

que período recente? O dos ―últimos 25 anos‖. Para que ter uma referência

temporal EXATA, como é dito na assertiva, é necessária a data de publicação

do texto. Lembre-se: o texto dá informações suficientes para que se defina uma

época, mas a DATA, não! Somente a data de publicação do texto pode prover

essa informação com exatidão!

GABARITO: Certo.

16. (Comentário) O item está errado. Vamos ao trecho: ―Muitos acreditam que

chegamos à velhice do Estado nacional. Desde 1945, dizem, sua soberania

foi ultrapassada pelas redes transnacionais de poder, especialmente as do

capitalismo global e da cultura pós-moderna. Alguns pós-modernistas levam

mais longe a argumentação, afirmando que isso põe em risco a certeza e a

racionalidade da civilização moderna, entre cujos esteios principais se insere a

noção segura e unidimensional de soberania política absoluta, inserida no

conceito de Estado nacional. No coração histórico da sociedade moderna, a

Comunidade Europeia (CE) supranacional parece dar especial crédito à tese

de que a soberania político-nacional vem fragmentando-se. Ali, tem-se às

vezes anunciado a morte efetiva do Estado nacional, embora, para essa visão,

uma aposentadoria oportuna talvez fosse a metáfora mais adequada‖.

Perceba que as expressões destacadas em negrito não refutam a ideia de

velhice do Estado Nacional, mas a confirmam. Refutar significa contestar, não

estar de acordo. O que é bem o contrário da ideia proposta pelo texto.

GABARITO DEFINITIVO: Errado.

17. (Comentário) O item está certo. Certinho. Observe o que o texto diz: ―O

conceito de Estado-nação baseia-se em uma ficção, a da homogeneidade: um

povo, um território, um governo‖. Logo, a relação que caracteriza o Estado-

nação, baseada em povo, território e governo, fundamenta-se em pressupostos

fictícios ou ilusórios acerca da realidade das nações.

GABARITO: Certo.


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18. (Comentário) O item está certo. Perfeito! Novamente é só olhar no texto: ―Por

um lado, a vontade dos líderes políticos de estender seu controle territorial, em

um contexto em que os povos vivem realidades socioculturais variadas,

alimenta o expansionismo. Por outro, o fato de o império absorver povos

diferentes faz que alguns de seus componentes desejem destacar-se do

conjunto. Isso explica por que os impérios perduram, racham, reconfiguram-se

e caem‖. Ou seja, observamos dois lados: uma da solidez e outro da

fragilidade. Estes lados se devem à administração do poder que ora anuncia a

vontade dos líderes políticos de estender seu controle territorial, e ora se

confronta com os componentes dos diferentes povos que desejam se destacar

do conjunto.

GABARITO: Certo.

19. (Comentário) O item está errado. A assertiva viajou! A proposta do texto é um

olha pra o passado para se compreender o futuro: ―No entanto, o estudo dos

impérios, antigos ou recentes, permite acessar as raízes do mundo

contemporâneo e aprofundar nossa compreensão das modalidades de

organização do poder político, ontem, hoje e — por que não? — amanhã.‖ Não

há uma defesa de que o império constitua a opção de organização política mais

adequada para a superação da instabilidade desencadeada pelos problemas

econômicos da contemporaneidade. Perceba que: ―Pensar o império não

significa ressuscitá-lo dos mundos passados. Trata-se de considerar a

multiplicidade de formas de exercício do poder sobre um dado espaço. Se

pudermos considerar a história como algo diferente da inexorável transição da

forma império para a forma Estado-nação, talvez possamos apreender o

futuro de um ponto de vista mais vasto. E considerar outras formas de

soberania que respondam melhor a um mundo caracterizado ao mesmo tempo

pela desigualdade e pela diversidade‖. (grifos nossos)

GABARITO: Errado.

20. (Comentário) O item está errado. Porém, estudando-se os impérios, antigos ou

recentes, permite-se que sejam acessadas as raízes do mundo

contemporâneo. Podemos parar por aí. Erro explícito! Fique atento quanto

às formas passivas.

GABARITO: Errado.


20

21. (Comentário) O item está certo. Não há nenhuma incorreção gramatical.

Observe, ainda, que foram usadas palavras ou expressões sinônimas, como:

Acessar – adentrar

Aprofundar pela compreensão – compreender com profundidade

Modos como está organizado o poder político – como se organiza o poder

político.

GABARITO: Certo.

22. (Comentário) O item está certo. Outra questão linda! Perfeitamente de acordo

com as normas gramaticais. Observe que alguns termos foram posicionados

em outros pontos, e alguns sinônimos novamente foram utilizados.

Acessar as raízes – chegar às raízes

Mundo contemporâneo - mundo atual

Aprofundar nossa compreensão das modalidades - tornarmos mais profunda

nossa compreensão das formas.

GABARITO DEFINITIVO: Certo.

23. (Comentário) O item está errado. Erro gramatical descarado! Observe a crase

antes de verbo: aprofundar. Muito errado. Crase e verbo, crase não dá certo!

Outra questão de incorreção está quanto à parte: conforme aos quais

organiza-se o poder político. Pronomes relativos são atrativos. Logo, a frase

ficaria correta se a reescrevêssemos: conforme aos quais se organiza o poder

político.

GABARITO: Errado.

24. (Comentário) O item está errado. Vamos ao teste: ―E considerar outras formas

de soberania que respondam melhor a um mundo, que é caracterizado ao

mesmo tempo pela desigualdade e pela diversidade‖. Negativo. Se eu

adicionar a vírgula, irei alterar o sentido do período. ―que é caracterizado ao

mesmo tempo pela desigualdade e pela diversidade‖ possui a função de

restrição. Ao colocar a vírgula, transformo o ―que é caracterizado ao mesmo

tempo pela desigualdade e pela diversidade‖ em explicação. Veja com clareza

o exemplo abaixo:


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Os homens, que trabalham, são lutadores. Todos os homens trabalham

explicação

Os homens que trabalham são lutadores. Somente os homens que

trabalham são lutadores restrição

GABARITO: Errado.

25. (Comentário) O item está certo. Vamos ao teste: ―Em um momento em que os

Estados-nação se dobram perante as forças do mercado, os dirigentes

políticos sonham com estabilidade‖.

Correto. Diante das = perante as.

GABARITO: Certo.

26. (Comentário) O item está errado. Vamos ao teste: ―Ora, as formas de governo

utilizadas pelos impérios fascinam por sua resistência aos sobressaltos da

história, sua plasticidade e sua capacidade de unir populações diferentes‖.

Ora = Bem.

―Ora as formas de governo utilizadas pelos impérios fascinam por sua

resistência aos sobressaltos da história, sua plasticidade e sua capacidade de

unir populações diferentes‖. Ora = alternativa.

Logo, o sentido é alterado. Observe com um exemplo mais simples:

Ora, as pessoas estão felizes com seus trabalhos. = Bem, as pessoas estão

felizes com seus trabalhos.

Ora as pessoas estão felizes com seus trabalhos, ora estão tristes = Às vezes

as pessoas estão felizes com seus trabalhos, e às vezes estão tristes.

Alternância.

GABARITO: Errado

27. (Comentário) O item está errado. Vamos ao teste: ―Por outro, o fato de o

império absorver povos diferentes faz que alguns de seus componentes

desejem destacar-se do conjunto; o que explica por que os impérios perduram,

racham, reconfiguram-se e caem‖. Incorreto. O uso certo seria de ―vírgula‖,

já que a oração precedida de pronome relativo ―o que‖ é subordinada. Não é


22

possível que seja coordenada. Logo, o uso de ponto ou ponto-e-vírgula causa

incorreção na frase.

GABARITO: Errado.

28. (Comentário) O item está certo. ―Pensar o império não significa ressuscitá-lo

dos mundos passados. Trata-se de considerar a multiplicidade de formas de

exercício do poder sobre um dado espaço‖ Perfeito. Podemos avaliar ―Trata-

se de considerar a multiplicidade de formas de exercício do poder sobre um

dado espaço‖ como uma explicação de ―Pensar o império não significa

ressuscitá-lo dos mundos passados‖ ―Pensar o império não significa

ressuscitá-lo dos mundos passados; pensar o império significa considerar a

multiplicidade de formas de exercício do poder sobre um dado espaço‖ Logo,

o uso do ponto-e-vírgula é perfeitamente aceitável. Observe:

―Pensar o império não significa ressuscitá-lo dos mundos passados; trata-se de

considerar a multiplicidade de formas de exercício do poder sobre um dado

espaço‖

Não se esqueça de que após ponto-e-vírgula se inicia a palavra com letra

minúscula.

GABARITO: Certo.

29. (Comentário) O item está certo. Com certeza! Falou em documento oficial,

falou em padrão culto da linguagem. Além disso, o correio eletrônico realmente

é uma forma eficiente de comunicação, com baixo custo e celeridade.

GABARITO: Certo.

30. (Comentário) O item está errado. Bem o oposto. A linguagem burocrática é

uma linguagem prolixa e nada objetiva. Um dos escopos do Manual de

Redação da Presidência da República é facilitar a comunicação. Fazê-la de

forma mais clara e explícita. E não demorada e burocrática, como a alternativa

propõe. Isso não significa que não há padrões a serem seguidos. É só

observarmos a questão anterior que nos remete ao padrão culto da linguagem,

por exemplo.

GABARITO: Errado.


23

31. (Comentário) O item está certo. Deve ser evitado o uso de num, no, na, por

exemplo, para datas em redações oficiais. Observe o exemplo de memorando

retirado do MANUAL DE REDAÇÃO DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA.

GABARITO: Certo.

32. (Comentário) O item está errado. Reitor, não! Lembre-se da dica:

Do Poder Executivo – GESSO PRÊMIO

G - Governadores e Vice-Governadores de Estado e do Distrito Federal;

E - Embaixadores;

S - Secretários-Executivos de Ministérios e demais ocupantes de cargos de

natureza especial;

S - Secretários de Estado dos Governos Estaduais;

O - Oficiais-Generais das Forças Armadas.

PRE - Presidente da República, vice-Presidente da República e Prefeitos

Municipais;

MIO - Ministros de Estado.

Do Poder Legislativo – MI DECEPES!

MI - Ministro do Tribunal de Contas da União;

DE - Deputados Federais, Estaduais e Distritais;

CE - Conselheiros dos Tribunais de Contas Estaduais;

PE - Presidentes das Câmaras Legislativas Municipais;

S –Senadores.

Do Poder Judiciário - JAM

J – Juízes;

A - Auditores da Justiça Militar;

M - Ministros dos Tribunais Superiores e Membros de Tribunais.

GABARITO: Errado.


24

33. (Comentário) O item está certo. Observe o que diz o MANUAL DE REDAÇÃO

DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA: Aviso e ofício são modalidades de

comunicação oficial praticamente idênticas. A única diferença entre eles é que

o aviso é expedido exclusivamente por Ministros de Estado, para

autoridades de mesma hierarquia, ao passo que o ofício é expedido para e

pelas demais autoridades. Ambos têm como finalidade o tratamento de

assuntos oficiais pelos órgãos da Administração Pública entre si e, no

caso do ofício, também com particulares. (grifos nossos)

GABARITO: Certo.

34. (Comentário) O item está errado. Temos muitos erros neste caso. O primeiro

erro está em relação à falta do assunto. Um memorando deve conter o assunto

contido no interior do documento. Outra questão está relacionada à

objetividade. ―Vimos por mesmo deste‖ não é necessário, sendo redundante, já

que é claro que o que será expresso, o será por mesmo deste. O terceiro erro

está na ortografia da palavra ―concerto‖, que deveria ter sido escrita com ―s‖. O

sentido da palavra é de arrumar, e não de apresentação musical. O último, e

mais destacado erro, está no fato de se concluir o memorando com ―cordiais

saudações‖. Podemos apenas concluí-lo com ―atenciosamente‖ ou

―respeitosamente‖ a depender do caso.

GABARITO: Errado.

35. (Comentário) O item está certo. Está correta. Não podemos nos aprofundar

mais na análise, já que é um trecho de redação oficial. No entanto, podemos

analisar a parte gramatical, que está correta neste caso.

GABARITO: Certo.


25

ANEXO:

GABARITO

Compreensão e Interpretação de Textos - Vol. 1

Questão 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12

Gabarito E E C C C E E E C E C E

Questão 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24

Gabarito C E C E C C E E C C E E

Questão 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35

Gabarito C E E C C E C E C E C

Compreensão e int. de texto 1

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