Gabriela Maciel Campos matricula 416382 " O computador na Escola"
COMPUTADOR NA ESCOLA - UMA REFLEXÃO SOBRE A SUA … · escola fazendo uma contextualização da...
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO
INSTITUTO DE COMPUTAÇÃO
ESPECIALIZAÇÃO EM INFORMÁTICA NA EDUCAÇÃO
COMPUTADOR NA ESCOLA - UMA REFLEXÃO SOBRE A
SUA UTILIZAÇÃO COMO RECURSO PEDAGÓGICO
AGMAR RODRIGUES FERNANDES
CUIABÁ – MT
2011
UNIVERSIDADE ABERTA DO BRASIL
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO
INSTITUTO DE COMPUTAÇÃO
ESPECIALIZAÇÃO EM INFORMÁTICA NA EDUCAÇÃO
COMPUTADOR NA ESCOLA - UMA REFLEXÃO SOBRE A
SUA UTILIZAÇÃO COMO RECURSO PEDAGÓGICO
AGMAR RODRIGUES FERNANDES
Orientador: PROF. MSC NIELSEN CASSIANO
SIMÕES
Monografia apresentada ao Curso de
Especialização em Informática na Educação –
Modalidade a Distância – do Instituto de
Computação da Universidade Federal de Mato
Grosso, em parceria com a Universidade
Aberta do Brasil, como requisito para
conclusão do Curso de Pós-graduação Lato
Sensu em Informática na Educação.
CUIABÁ – MT
2011
UNIVERSIDADE ABERTA DO BRASIL
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO
INSTITUTO DE COMPUTAÇÃO
ESPECIALIZAÇÃO EM INFORMÁTICA NA EDUCAÇÃO
CERTIFICADO DE APROVAÇÃO
TÍTULO: COMPUTADOR NA ESCOLA - UMA REFLEXÃO SOBRE A
SUA UTILIZAÇÃO COMO RECURSO PEDAGÓGICO
AUTOR: AGMAR RODRIGUES FERNANDES
Aprovada em 27/05/2011
______________________________________
Prof. MSc Nielsen Cassiano Simões
IC/UFMT
(Orientador)
______________________________________
Prof. Dr. Maurício Fernando Lima Pereira
IC/UFMT
______________________________________
Prof. Dr. João Paulo Ignácio Ferreira Ribas
IC/UFMT
iii
RESUMO
Com este trabalho nos propomos a realizar uma reflexão sobre a utilização do
computador como recurso pedagógico, tendo em vista a necessidade de incorporar as
novas tecnologias de informação à prática pedagógica. Procurando implantar um
espírito de valorização de novos tipos de saber, identificando os novos objetivos
educacionais que se tornam relevantes, provocando o aparecimento de novos saberes e
novas competências para a realização do presente trabalho, estaremos, através da
revisão bibliográfica, analisando a relação entre a Informática, o conhecimento e a
prática-pedagógica, subsidiados na teoria de Almeida, Oliveira, Tajra, Libâneo, Papert,
entre outros. Com a discussão destes autores pude compreender o processo pelo qual
passa a informatização da educação. O presente trabalho está composto de 04 capítulos.
No primeiro faremos uma contextualização da história do computador e sua evolução.
No segundo abordaremos o computador no Brasil e ações governamentais. No terceiro
falaremos sobre a história da informática na educação e sua importância e finalizaremos
falando sobre o ensino assistido por computador.
iv
LISTA DE FIGURAS
Figura 1: Imagem de um Supercomputador em operação. ............................................... 7
Figura 2: Foto de um Mainframe...................................................................................... 8
Figura 3: Imagem de um Minicomputador....................................................................... 8
Figura 4: Imagem de uma Estação de Trabalho. .............................................................. 9
Figura 5: Ilustração de um Computador Pessoal (a) e Notebook ou Laptop (b). ............ 9
v
SUMÁRIO
RESUMO ................................................................................................................................................. III
LISTA DE FIGURAS.............................................................................................................................. IV
SUMÁRIO ..................................................................................................................................................V
1 INTRODUÇÃO........................................................................................................................................1
2 EVOLUÇÃO DA TECNOLOGIA COMPUTACIONAL .....................................................................4
2.1 Histórico da Computação................................................................................... 42.2 Tipos de Computadores ..................................................................................... 7
3 O COMPUTADOR NO BRASIL.........................................................................................................10
3.1 Ações Governamentais: Informática no Brasil ................................................ 12
4 A IMPORTÂNCIA DA INFORMÁTICA NA EDUCAÇÃO ..............................................................18
5 O ENSINO ASSISTIDO POR COMPUTADOR ...............................................................................22
6 CONCLUSÕES.....................................................................................................................................25
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ....................................................................................................27
A QUESTIONÁRIO .................................................................................................................................29
1
1
INTRODUÇÃO
Atualmente vive-se a época em que novas tecnologias invadem o
cotidiano nas mais diversas áreas como: lazer, saúde, comércio, profissional, etc. Tais
tecnologias trazem inovações que estão modificando estruturas na sociedade, invadindo
nossos lares, profissões e demais setores de serviços.
O desenvolvimento do computador nos últimos anos foi muito rápido. Com isso,
ele deixou de ser uma aparelhagem grande e desajeitada, que ocupava um espaço
enorme e que tinha como finalidade a ciência, visando principalmente a exploração
espacial e o exército para a segurança do Estado, para tornar-se um aparelho portátil.
Considerando essa evolução, é necessário refletir sobre a importância da
tecnologia como recurso pedagógico, analisando a relação entre a Informática, o
conhecimento e a prática-pedagógica, uma vez que o computador vem assumindo uma
presença cada vez mais forte nas mais diversas esferas da atividade humana, incluindo a
economia, a administração pública, a ciência, a educação e o entretenimento.
Segundo Franklein, teoricamente o conhecimento foi dividido de quatro formas:
- conhecimento vulgar: que é vago, incerto, sem plano e subjetivo;
- conhecimento crítico: é mais planejado, teórico, objetivo, metódico e pode
demonstrar as verdades que afirma;
- conhecimento científico: é certo e traz consigo o valor da certeza baseado na
demonstração; - conhecimento filosófico: além de apresentar todas as características do
conhecimento científico, é mais amplo e universal.
O conhecimento é muito discutido e apresentado ao longo do tempo. Portanto,
estudar este assunto, “é compreender melhor como o ser humano processa o
conhecimento, no intuito de se refletir a práxis pedagógica a fim de contribuir na
construção de uma educação voltada para a formação de uma criança ativa, crítica,
criativa e transformadora” (PIAGET-1970).
O mesmo autor salientou que, o principal objetivo da educação é criar pessoas
com espírito crítico, capazes de fazer coisas novas, e não repetir simplesmente o que as
outras gerações fizeram.
Libâneo (1998) diz que a situação atual da Educação, onde os educadores são
unânimes em reconhecer o impacto das atuais transformações econômicas e no ensino,
leva a uma reavaliação do papel da escola e dos professores na formação de cidadãos e
cidadãs, sendo esta um grande salto qualitativo para a minimização do problema da
aprendizagem.
Para ele a escola precisa deixar de ser meramente uma agência transmissora de
informações e transformar-se num lugar de análises críticas e produções de
informações, onde o conhecimento possibilita a atribuição de significados à informação.
“Pois neste tipo de escola os alunos aprendem a buscar a informação e com isso
constroem conhecimento em nível de conceito longitudinal (nas aulas, no livro didático,
na TV, no rádio, no jornal, nos vídeos, no computador etc.) analisando-a criticamente e
dando a ela um significado pessoal”. (Libâneo: 1998, p. 26)
Considerando os conhecimentos, a experiência e os significados que os alunos
trazem à sala de aula, seu potencial cognitivo, suas capacidades e interesses, cabe ao
professor auxiliá-los no questionamento dessas experiências e significados.
A tarefa de ensinar a aprender requer do professor o conhecimento de estratégias
de ensino e o desenvolvimento de suas próprias competências do pensar. Assmann
(1995) alerta: “Se todas as demais condições necessárias melhorarem, mas os alunos
não aprenderem mais e melhor, não há melhoria na qualidade da educação”.
Essa reflexão nos coloca de frente ao problema vivido nas escolas, onde “nada
se cria, tudo se copia”. Por isso, as políticas educacionais vêm sendo repensadas em
todo o seu processo pedagógico, e os educadores críticos estão desafiados a repensar
objetivos e processos pedagógico-didáticos em sua conexão com as relações entre
educação e economia, educação e sociedade técnico-científica informacional, para
além dos discursos contra o domínio do mercado e a exclusão social. (Libâneo: 1998,p.
89)
Dessa forma, o conhecimento é o objetivo principal da Educação e neste caso,
está em jogo todo o processo pedagógico da escola. O conhecimento é um processo, que
bem trabalhado torna as pessoas em sujeitos pensantes, capazes de um pensar
epistêmico, ou seja, sujeitos que desenvolvam capacidades básicas de pensamento.
Diante do exposto, este trabalho procura refletir sobre o uso do computador na
escola fazendo uma contextualização da história do computador e sua evolução,
abordando o computador no Brasil e ações governamentais, a história da informática na
educação, e as ferramentas para sua utilização em sala de aula.
4
2
EVOLUÇÃO DATECNOLOGIA COMPUTACIONAL
Aproximadamente nos séculos XVII e XVIII, houve uma grande descoberta,
com a contribuição da maquina a vapor, e não se suspeitava que este evento
revolucionasse as condições sociais em todo o mundo. Nesta época o mundo viveu um
grande momento que impulsionou a Revolução Industrial, mas esta grande descoberta
veio trazer sérios prejuízos ao homem. Este que formava a grande maioria da massa
trabalhadora, e na época, sofrera a dor de ter sido substituído pelas máquinas.
Depois de vários séculos, após profundos avanços tecnológicos, esta história
torna a se repetir. O homem em meados do século XIX e XX contribuiu para o advento
do computador, que iria revolucionar as condições sociais em todo o mundo.
A seguir apresentaremos um histórico da computação e os diferentes tipos de
computadores existentes na atualidade.
2.1 Histórico da Computação
O ser humano durante sua história tem usado os mais diversos instrumentos para
contar, a começar pelos dedos das mãos. Estudos arqueológicos nos revelam marcações
e ou pictogramas feitos por seres humanos para efeitos de contagem, datados a mais de
30.000 anos.
Nas antigas civilizações da Babilônia e do Egito os problemas da elaboração do
calendário (necessário nomeadamente para a regulação das sementeiras e das colheitas),
do registro e do controle comercial de bens alimentares, gado e terras e da organização
dos impostos, exigiram o desenvolvimento de sistemas de numeração e algoritmos de
cálculo. Por volta de 3000 anos a.C., esses povos usavam o ábaco, um dos instrumentos
de cálculo mais conhecido e ainda hoje muito popular em certos países do Oriente.
O Barão escocês John Napier, inventor dos logaritmos, criou em 1617 um
aparelho (justamente chamado as Rodas de Napier) que, embora exigisse o uso de
cálculo mental, permitia transformar as multiplicações em adições.
Entre os respeitáveis antepassados dos instrumentos de cálculo encontra-se
igualmente a régua de cálculo, desenvolvida em 1620 por Edmund Gutner e mais tarde
por Seth Partridge, cuja utilização se deu no século XIX.
No fim do século XVIII surgiu igualmente um método de cálculo gráfico que
viria a ser aperfeiçoado por M. d’Ocagne. Diversas tentativas foram feitas para construir
instrumentos que automatizassem a realização das operações aritméticas. As primeiras
máquinas eram puramente mecânicas.
O matemático francês Blaiser Pascal, em 1642, criou a primeira calculadora
capaz de realizar as operações básicas de soma e subtração, tendo a capacidade para
aceitar números de até oito dígitos, podendo utilizar diversos sistemas de numeração,
incluindo as bases 10, 12 e 20.
Gottfried Leibniz, filósofo e matemático alemão, idealizou todo um programa de
investigação cuja intenção era criar uma linguagem universal que permitisse
automatizar o pensamento. Em 1671 concebeu uma calculadora que além de adições e
subtrações era também capaz de efetuar multiplicações e divisões. Na altura este
engenho não chegou a ser concluído, por dificuldades na fabricação das respectivas
rodas dentadas, trabalho muito delicado para os artífices da época. Mas, em 1820,
Thomas de Colmar construiu uma máquina baseada nos seus projetos, obtendo um
grande êxito comercial.
O matemático inglês Charles Babbage procurou desenvolver uma máquina capaz
de efetuar qualquer cálculo. Em 1833 idealizou um engenho, a que chamou máquina
analítica, que permitiria a programação externa, com unidades de memória. Não
conseguiu, no entanto, concluir a sua construção prática, fundamentalmente por
dificuldades de ordem técnica.
As operações de recenseamento da população envolvem um grande volume de
cálculos e para sua realização, em 1890, Herman Hollerith inventou uma máquina capaz
de contar buracos em cartões perfurados, e a partir daí de realizar muitos outros
cálculos. A empresa por ele fundada veio a dar origem à conhecida IBM.
No século atual, foram desenvolvidas máquinas baseadas em sistemas
mecânicos, depois em sistemas analógicos e finalmente em sistemas digitais, com o
objetivo de automatizar a realização de cálculos específicos.
A partir do século XX, começa a surgir a idéia da utilização da eletricidade na
construção de novos instrumentos de cálculo. Utilizando esta abordagem, o espanhol
Leonardo Torres y Quevedo enfrentou igualmente o problema da concepção duma
máquina capaz de executar qualquer cálculo, conseguindo-o resolver teoricamente.
Claude Shannon, o criador da teoria da informação, concebeu em 1937 os
circuitos elétricos capazes de executar operações com aritmética de base dois.
George Stibitz construiu os primeiros protótipos utilizando relés
eletromagnéticos.
Howard Aiken construiu, em 1944, o Mark I, uma máquina eletromecânica, que
usava a base dez, funcionando igualmente com relés eletromagnéticos, que ocupava
120m2 de espaço, possuía milhares de reles e precisava de três segundos para operar
dois números de dez dígitos. Em paralelo, o exército americano desenvolvia o ENIAC
(Electronic Numerical Integratorand Computer), possuindo quase 18 mil válvulas,
desenvolvido em segredo para uso na guerra, para o cálculo de tabelas de disparo de
artilharia. Concluído em 1945, o ENIAC veio a se tornar o primeiro computador
eletrônico do mundo.
No entanto, esta máquina só conseguia realizar 5.000 adições, 357
multiplicações e 38 divisões por segundo. Sua programação era feita através de 6.000
chaves manuais e a cada novo cálculo, era preciso reprogramar várias destas chaves.
Isso sem falar no resultado, que era dado de forma binária através de um conjunto de
luzes. No caso de se pretender um cálculo diferente, era necessário modificar
completamente as suas ligações internas e reprogramar a máquina.
Jonhvon Newmann, preocupado com o problema da previsão do tempo, e,
posteriormente, com o desenvolvimento da bomba atômica, buscou solucionar o
problema criando uma máquina capaz de executar os mais diversos programas. A sua
arquitetura básica era constituída por unidade de controle, unidade de cálculo, memória,
e canais de entrada e saída de informação, modelo em que se baseiam ainda hoje os
modernos computadores. Ele inventou, assim, uma máquina que funcionava a partir de
um programa que ficava armazenado na sua memória e que podia ser facilmente
modificado sem a necessidade de alterar a estrutura física dos circuitos do aparelho.
Este computador, o MANIAC (Mathematical Analyser, Numerical Integratorand
Computer), foi posto em funcionamento em 1952.
O primeiro computador construído comercialmente, o UNIVAC, foi colocado no
Departamento de Estatística dos EUA em 1951. O primeiro utilizador industrial deste
computador foi a General Eletric, em 1954. Estes computadores, baseados em válvulas
termiônicas, viriam a ser conhecidos por computadores da primeira geração.
No final dos anos 50 surgiu uma nova geração de computadores, utilizando uma
nova tecnologia: os transistores. Tratava-se de máquinas menores, mais econômicas e
mais rápidas. No início dos anos 60 apareceu uma terceira geração de computadores
construídos com base em circuitos integrados, combinando as funções de bobinas,
transistores, diodos, condensadores e resistências montadas numa mesma placa de
material semicondutor (silício cristalino).
No início da década de 70 surgiu uma quarta geração, caracterizada pelo
surgimento da super miniatura destes circuitos. O primeiro microprocessador da Intel
surgiu em 1971, colocando numa pequena placa de três por quatro milímetros um
circuito integrado com 2250 transistores microscópicos. O último passo geracional é o
projeto japonês para a construção de processadores capazes de realizar numerosas
operações em simultâneo.
2.2 Tipos de Computadores
Através da evolução histórica verificamos que os computadores se apresentam
em vários tamanhos e possuem diversos recursos. Conforme Fiscina, atualmente
distingue-se cinco tipos de computadores.
� Supercomputadores: máquinas construídas para processar rapidamente enorme
quantidade de informação, sendo usados para cálculo complexos, por possuírem
altíssima velocidade de processamento e grande capacidade de memória (Figura
1). Os primeiros supercomputadores foram criados na década de 60 dominando
o mercado durante 1965-1990 .
Figura 1: Imagem de um Supercomputador em operação.
� Mainframes: destinam-se a manipular quantidades enormes de informações,
tendo a capacidade de realizar serviços de processamento a vários usuários
através de milhares de terminais conectados diretamente ou através de uma rede.
Ocupam um grande espaço e necessitam de um ambiente especial para seu
funcionamento. Os mainframes são capazes de realizar operações em grande
velocidade e sobre um volume muito grande de dados (Figura 2).
Figura 2: Foto de um Mainframe.
� Minicomputadores: os minicomputadores estão entre os mainframes e os
microcomputadores e são capazes de manipular muita mais entrada e saída do
que os microcomputadores, embora alguns minicomputadores sejam destinados
a um único usuário, muitos são capazes de controlar centenas de terminais. Este
tipo de equipamento representa uma solução mais econômica para empresas que
necessitam de um computador com uma capacidade de processamento maior,
mas não tem capital ou não querem investir em um mainframe. Os principais
fabricantes destes equipamentos são: DEC, IBM, HP e Data General (Figura 3).
Figura 3: Imagem de um Minicomputador.
� Estações de trabalho: as estações de trabalho ou Workstation parecem um
computador pessoal e geralmente são utilizadas por apenas uma pessoa. Diferem
dos computadores em duas áreas. Sua arquitetura é baseada na tecnologia RISC
e pelo sistema operacional que funciona (Figura 4).
Figura 4: Imagem de uma Estação de Trabalho.
� Computadores pessoais: podem ser chamados de computadores pessoais,
microcomputadores ou micros e se referem a pequenos computadores
encontrados, em geral, em escritórios, salas de aula e nos lares. O termo PC
representa Personal Computer nome dado ao computador fabricado pela IBM
em 1981.
Os computadores pessoais são do tipo:
1- Desktop: são computadores de mesa e é onde se coloca as ferramentas que mais
se usa. O recurso está presente nos sistemas operacionais System 7 (Macintosh)
e Windows a partir do 95 (PC), sendo usado na posição horizontal, tendo como
característica ocupar pouco espaço ( Figura 5 a) ).
2- Notebook ou laptop: é um computador, leve, utilizado em diferentes lugares com
facilidade, possui todas as funcionalidades de um computador de mesa (PC),
funciona também alimentado por baterias, o que permite flexibilidade em seu
uso ( Figura 5 b) ).
3- PDAs (Personal Digital Assistant): são computadores de dimensões reduzidas,
com grande capacidade e possibilidades de interconexão com computadores
pessoais. Possuem grande quantidade de memória e diversos softwares.
a) b)
Figura 5: Ilustração de um Computador Pessoal (a) e Notebook ou Laptop (b).
10
3
O COMPUTADOR NO BRASIL
A introdução de computadores no Brasil se deu em duas etapas. A
primeira etapa data do início dos anos 70, a partir de algumas experiências na UFRJ,
UFRGS e UNICAMP.
Em 1972, foi construído na USP o primeiro computador nacional, seguido, em
1974, do projeto G-10, na USP e na PUC do Rio de Janeiro, incentivado pela Marinha
de Guerra, que necessitava de equipamentos para seu programa de nacionalização de
eletrônica de bordo. A segunda etapa iniciou-se em 1976 caracterizada pelo
crescimento de uma indústria nacional, por meio da criação de uma reserva de
mercado na faixa de minicomputadores, para empresas nacionais. Entretanto, a
tecnologia utilizada inicialmente era estrangeira.
A era da tecnologia está avançando cada vez mais e a presença da informática
nos dias atuais deve ser encarada como aliada, enriquecendo a discussão de novas
questões. Segundo Santos Vieira, “As profundas e rápidas transformações, em curso no
mundo contemporâneo, estão exigindo dos profissionais que atuam na escola, de um
modo geral, uma revisão de suas formas de atuação.
O computador pode ser utilizado como um instrumento que consolida e
aprofunda o que esta sendo aprendido. Para tanto, faz-se necessário que propostas
criativas sejam elaboradas de forma a permitir ao educando desenvolver uma atitude
crítica na interpretação dos dados por ele fornecidos.
Para MARÇAL FLORES (1996), “A Informática deve habilitar e dar
oportunidade ao aluno de adquirir novos conhecimentos, facilitar o processo
ensino/aprendizagem, enfim ser um complemento de conteúdos curriculares visando o
desenvolvimento integral do indivíduo.”
Os primeiros projetos neste sentido, ocorreram no setor educacional entre o
MEC (Ministério da Educação e do Desporto), a SEI (Secretaria Especial de
Informática), CNTq (Conselho Nacional de Pesquisas Científicas) e a FINEP
(Financiadora de Estudos e Projetos), que desencadearam uma série de reuniões
técnicas, seminários, simpósios nacionais e elaboraram documentos de avaliação e
discussão a respeito da utilização de computadores no processo ensino – aprendizagem,
assim como, seus impactos na estrutura educacional do País. Após levantamento e
análise, desenvolveram o Projeto Educom – Informática na Educação, um trabalho da
comissão Especial de Informática na Educação, criada em 1983.
As novas tecnologias da informação vêm assumindo uma presença cada vez
mais forte nas mais diversas esferas da atividade humana, incluindo a economia, a
administração pública, a ciência, a cultura e o lazer.
São diversas as propostas que têm sido desenvolvidas para a utilização das novas
tecnologias de informação na educação e elas são uma das forças determinantes do
processo de mudança econômica, social e cultural que se desenvolve na sociedade
contemporânea, levando-a a caminhar rapidamente para um novo tipo de organização
social.
O trabalho com o computador na escola pode ensinar o aluno a aprender com
seus erros e a aprender junto com seus colegas, trocando suas produções e comparando-
as. No entanto, o bom uso que se possa fazer do computador na sala de aula, também
depende da escolha de softwares, em função dos objetivos que se pretende atingir e da
concepção de conhecimento e de aprendizagem que orienta o processo.
Nos últimos anos o desenvolvimento tecnológico tem facilitado de várias
maneiras a vida diária de cada um de nós. Os alunos interagem com um mundo repleto
de recursos e as escolas não podem ignorar esta realidade. É necessário estimular o
estudante a conviver com a tecnologia e prepará-lo para enfrentar desafios diariamente.
O computador pode desempenhar um papel importante nessa tarefa, pois quando
empregado criteriosamente, se transforma numa ferramenta auxiliar, de valor
inestimável para o aprendizado e em uma fonte de estímulo à criatividade inesgotável,
além de contribuir para tornar mais fácil e atraente o processo ensino-aprendizagem,
oferecendo uma alternativa à rotina livro/caderno e criando um maior envolvimento dos
alunos com as disciplinas alimentando todo o processo.
Para Valente (2002), a informática contribui como um recurso auxiliar no
processo de ensino e aprendizagem, no qual o foco é o aluno. Neste sentido, a
tecnologia faz parte da vida do aluno.
Estes recursos, além de motivar os alunos, são possibilidades de instituir uma
nova forma de aprendizagem, com uma linguagem muito próxima a dos alunos e com
possibilidade de retorno imediato sobre sua produção, permitindo inclusive, que cada
aluno avance de acordo com seu próprio ritmo..
3.1 Ações Governamentais: Informática no Brasil
Para entendermos melhor a situação do Brasil perante esta realidade,
descreveremos de forma objetiva, segundo Tajra, os principais momentos da Política da
Informática no Brasil e, em seguida, as principais ações governamentais no intuito de
implantar a Informática Educacional nas escolas públicas, visto que a informática será
uma grande aliada para as futuras economias. Esta visão é retratada nos Parâmetros
Curriculares Nacionais de Matemática do Ensino Fundamental.
Datas e ações
� 1965 - O Ministério da Marinha brasileira tinha interesse em desenvolver um
computador com “Know-how” próprio.
� 1971 -O Ministério da Marinha, por intermédio do Grupo de Trabalho Especial
– GTE – e o Ministério do Planejamento tomaram a decisão de construir um
computador para as necessidades navais no Brasil.
� 1972 - As questões de importações e exportações da Informática foram
transferidas para a CAPRE – Coordenação de Atividades de Processamento
Eletrônico, ligada ao Ministério do Planejamento.
� 1977 - Primeiro confronto entre o Brasil e interesses estrangeiros, pela falta de
uma definição explícita da reserva de mercado em relação aos mini e
microcomputadores – IBM e Burroughs.
� 1979 - As ações da CAPRE foram transferidas para a SEI (Secretaria Especial
de Informática) ligada ao CSN (Conselho de Segurança Nacional). Esta decisão
acarretou inúmeras discussões pelo fato de a CSN estar ligada às opressões da
ditadura militar.
� 1984 - É aprovada a Lei de Informática, a qual impôs restrições ao capital
estrangeiro, tornou legal a aliança do Estado com o capital privado nacional.
Essa lei tinha uma previsão para 8 anos, tempo estimado para que a indústria
nacional alcançasse maturidade visando à competitividade internacional.
� 1985 - Faltam recursos humanos capacitados para o sistema de ciência e
tecnologia. A partir daí, o governo passou a intensificar os Investimentos na área
de educação de 1º e 2 º graus. (PCNs, p.49)
Cabe aqui ressaltar que antes de 1984, a produção brasileira de informática já se
colocava entre a dos países que mais cresciam no cenário mundial (entre os 10 maiores
do mundo) e 60% da indústria nacional trabalhava com equipamentos desenvolvidos no
próprio país. Entre 1984 e 1987, o Brasil apresentava a maior taxa de crescimento
mundial e, em 1987, tornou-se o sexto maior mercado de microcomputadores,
superando a Itália e a Suécia (Oliveira, 1997 in Tajra, 1998).
O governo brasileiro iniciou várias ações no sentido de instalar computadores na
área educacional de 1º e 2º graus da rede pública, visando, assim como outros países, a
melhoria da qualidade de ensino nas escolas, de tal forma que fosse possível garantir
aos alunos o acesso ao conhecimento de uma tecnologia bastante utilizada na sociedade
moderna.
Para analisarmos melhor os passos que o governo brasileiro tomou uma relação
à Política Educativa, é mostrado no quadro seguinte através dos dados extraídos na
íntegra do livro “Informática na Educação: professor na atualidade”.
� 1979 - A SEI efetuou uma proposta para os setores: educacional, agrícola, saúde
e industrial, para a viabilização de recursos computacionais em suas atividades.
� 1980 - A SEI criou uma Comissão Especial de Educação para colher subsídios,
visando gerar normas e diretrizes para a área de Informática na educação.
� 1981–Realiza-se oI Seminário Nacional de Informática na Educação (SEI, MEC,
CNPQ) em Brasília, recomendando que as atividades da Informática Educativa
fossem balizadas por valores culturais, sócio-políticos e pedagógicos da
realidade brasileira; que os aspectos técnico-econômicos fossem equacionados
não em função das pressões de mercado, mas dos benefícios sócio educacionais;
não considerar o uso dos recursos computacionais como nova panacéia para
enfrentar os problemas de educação e a criação de projetos piloto de caráter
experimental com implantação limitada, objetivando a realização de pesquisa
sobre a utilização da informática no processo educacional.
� 1982 – Acontece o II Seminário Nacional de Informática Educativa em
Salvador, contando com a participação de pesquisadores das áreas de educação,
sociologia, informática e psicologia. Os quais recomendaram que os núcleos de
estudos fossem vinculados às universidades, com caráter interdisciplinar,
priorizando o ensino de 2º grau, não deixando de envolver outros grupos de
ensino; que os computadores fossem um meio auxiliar do processo educacional,
devendo se submeter aos fins da educação e não determiná-los; que o uso não
fosse restrito a nenhuma área de ensino; a priorização da formação do professor
quanto aos aspectos teóricos, participação em pesquisa e experimentação, além
do envolvimento com a tecnologia do computador e, por fim, que a tecnologia a
ser utilizada seja de origem nacional.
� 1983 - Criação da CE/IE – Comissão Especial de Informática na Educação
ligada a SEI, CSN e à presidência da República. Desta comissão faziam parte
membros do MEC, SEI, CNPQ, Finep e Embratel tendo como missão
desenvolver discussões e implementar ações para levar os computadores às
escolas públicas brasileiras. Criação do Projeto Educom – Educação com
computadores. Foi à primeira ação oficial e concreta para levar os computadores
até as escolas públicas. Foram criados 5 centros piloto, responsáveis pelo
desenvolvimento de pesquisa e pela disseminação do uso dos computadores no
processo de ensino-aprendizagem.
� 1984 - Oficialização dos centros de estudo do Projeto Educom, sendo composto
pelas seguintes instituições: UFPE (Universidade Federal de Pernambuco),
UFRJ (Universidade Federal Rio de Janeiro), UFMG (Universidade Federal de
Minas Gerais) UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul) e Unicamp
(Universidade Estadual de Campinas). Os recursos financeiros para este projeto
eram oriundos do Finep, Funtevê e do CNPq.
� 1986 e 1987 - Criação do Comitê Assessor de Informática para a Educação de 1º
e 2º graus (Caie/Seps), subordinados ao MEC, tendo como objetivo definir os
rumos da política nacional de informática educacional, a partir do Projeto
Educom. As suas principais ações foram: realização de concursos nacionais de
softwares educacionais, redação de um documento sobre a política por eles
definidas, implantação de Centros de Informática Educacional (CIEs) para
atender cerca de 100.000 usuários, em convênio com as Secretarias Estaduais e
Municipais de Educação; definição e organização de cursos de formação de
professores dos CIEs e efetuar a avaliação e reorientação do projeto Educom.
� 1987 - Elaboração do Programa de Ação Imediata em Informática na Educação,
o qual teve, como uma das suas principais ações, a criação de dois projetos;
Projeto Formar, visando à formação de recursos humanos, e o Projeto Cied,
visando à implantação de Centros de Informática e Educação. Além destas duas
ações, foram levantadas as necessidades dos sistemas de ensino, relacionadas à
informática no ensino de 1º e 2º graus, foi elaborada a Política de Informática
Educativa para o período de 1987 a 1989 e, por fim, foi estimulada a produção
de softwares educativos. Ainda, em 1987, o projeto Cied desenvolveu-se em
três linhas: Cies – Centros de Informática na Educação Superior, Cied – Centros
de Informática na Educação de 1º e 2º graus e Especial e Ciet – Centros de
Informática na Educação Técnica (Ciet).
� 1995 até a atualidade - Criação de Proinfo, projeto que visava à formação de
NTEs (Núcleo de Tecnologias Educacionais) em todos os estados do País. Esses
NTEs eram compostos por professores que deveriam passar por uma capacitação
de pós-graduação referente à informática educacional, para que pudessem
exercer o papel de multiplicadores desta política. Todos os estados receberão
computadores, de acordo com a população de alunos matriculados, nas escolas
com mais de 150 alunos.
Vale ressaltar que os centros-piloto do projeto Educom, apesar de terem uma
espinha dorsal comum, tiveram caminhos diferentes, que resumidamente, apresentamos
da seguinte forma:
1- Universidade Federal do Rio de Janeiro: foi orientado pela Coordenação de
Informática na Educação Superior – Cies / Educom / UFRJ (Faculdade de
Educação) – em três grandes áreas: tecnologia educacional, tecnologia de
softwares educacionais (estas áreas correspondiam a cerca de 80% das pesquisas
deste centro) e investigação sobre os efeitos sociais, culturais, éticos no processo
educacional acarretados pelo uso do computador. Sua proposta inicial era
voltada para o ensino de 2º grau.
2- Universidade Federal de Minas Gerais: foi orientado pelo Departamento de
Ciências da Computação atuando nas áreas de informação de escola,
desenvolvimento e avaliação de Programas Educativos pelo Computador,
capacitação de recursos humanos e utilização da informática na educação
especial. A formação de recursos humanos está relacionada à
interdisciplinaridade, à visão construtivista no processo de ensino-aprendizagem
e ao estudo das implicações sócio-político-culturais da incorporação dos
computadores no ambiente educacional.
3- Universidade Federal de Pernambuco: é orientado pelo Centro de Educação.
Inicialmente suas atividades eram voltadas para a formação de recursos
humanos, o desenvolvimento de competências para análise de programas
educativos e a análise do potencial da utilização da linguagem Logo. Entretanto,
nestes últimos anos, as atividades deste centro estão direcionadas para formação
de recursos humanos, informática na educação especial e atividades de educação
musical com o uso de computadores.
4- Universidade Federal do Rio Grande: desde 1970, o laboratório de estudos
cognitivos vem realizando experiências com a informática educativa no intuito
de avaliar a contribuição do computador no processo de aprendizagem, além de
pesquisar a sua utilização na educação de crianças deficientes. Em 1973, o
departamento de informática iniciou pesquisas e trabalhos para o projeto
Educom, no qual o LEC passou a orientar suas atividades para a introdução do
Logo como recurso de aprendizagem do aluno, elaboração de um modelo de
interação cognitiva entre o professor e o aluno no trabalho do computador,
produção de materiais e formação de professores para o trabalho com o
computador na linha construtivista.
5- Universidade Estadual de Campinas: é a pioneira no uso do computador no
processo de ensino-aprendizagem. Sua linha de atuação não abrangeu a área de
desenvolvimento de softwares, por achar que não tinha estrutura para competir
com as empresas privadas. Seus trabalhos foram voltados para a utilização da
linguagem Logo, priorizando esta linguagem na formação de recursos humanos,
realização de atividades nas escolas de 1º e 2º graus, visando à investigação do
potencial do uso de computadores no processo de ensino-aprendizagem.
(TAJRA, 1998)
A partir de todas estas iniciativas, iniciaram vários movimentos em âmbitos
estaduais e municipais em várias cidades do Brasil. Mas, o mais ambicioso e atuante
projeto de informática educativa, tendo como ponto de impulso o governo federal, é o
PROINFO, o qual apresenta a seguinte proposta:
O Programa Nacional de Informática na Educação(PROINFO) é uma iniciativa que está sendodesenvolvida pela secretaria de Educação a distância (SEED/MEC), para introduzir a tecnologia deinformática na rede pública de ensino. A proposta dainformática educativa é uma forma de aproximar a culturaescolar dos avanços de que a sociedade já vemdesfrutando, com a utilização das redes técnicas de armazenamento, transformação, produção e transmissãode informações.O PROINFO abrangerá o ensinofundamental e médio e terá como base, em cada unidade de federação, Núcleos de Tecnologia Educacional (NTE). Os NTEs serão estruturas descentralizadas, de apoio ao processo de informatização das escolas, auxiliando tanto no processo de incorporação eplanejamento da nova tecnologia, quando no suporte técnico e na capacitação dos professores e das equipes administrativas das escolas . (TAJRA: 1998)
Como vimos são muitos os projetos para a incorporação da tecnologia na prática
educacional.
18
4
A IMPORTÂNCIA DAINFORMÁTICA NA EDUCAÇÃO
Segundo Daniels (1995), o ser humano usa números desde os mais remotos
tempos, sendo o computador resultado da necessidade crescente de cálculos exatos e
rápidos. Sua história tem origem desde os povos primitivos, com a versão primitiva do
ábaco.
No século XVII, foi inventada pelos germanos e franceses a primeira máquina
de somar, que funcionava com engrenagens e rodas interligadas. No século XIX,
Charles Babbage, projetou uma máquina a vapor que calcularia raízes quadradas e
cúbicas, além de outras funções exponenciais (Daniels. 1995).
Com o chegada da eletricidade vieram as calculadoras elétricas baseadas em
cartões perfurados e reles (dispositivo de controle de ligar e desligar). O primeiro
computador moderno não foi trabalho de uma só pessoa, mas sim resultou de
experimentos feitos nas décadas de 30 e 40 na Inglaterra, nos Estados Unidos e na
Alemanha, sendo desenvolvido principalmente para uso científico, objetivando a
segurança do Estado em planos de defesa nacional e, posteriormente de exploração
espacial. Após a guerra, o computador deixou de ser apenas do uso da alta ciência e do
exército, e entrou no mundo mais amplo dos negócios, da pesquisa industrial e
universitária.
Foi na década de 60 que as pesquisas se voltaram para a construção de
microcomputadores. Nessa mesma década surgiu a idéia de se utilizar o computador na
educação, apesar da tecnologia não estar muito desenvolvida e a interação com o
usuário não ser muito atraente. Foi desenvolvido o sistema Logo, no MIT – Instituto de
Tecnologia de Massachussets, por Seymour Papert, que até hoje é considerado um
modelo de software educacional.
A tecnologia da informação, que até então, era privilégio de pessoas altamente
técnicas e com finalidades bem definidas, passou a ter fins diversos em função das
necessidades de cada indivíduo, grupo social e instituição.
Segundo FRÓES :
A tecnologia sempre afetou o homem: das primeiras ferramentas, por vezes consideradas como extensões docorpo, à máquina a vapor, que mudou hábitos e instituições, ao computador que trouxe novas e profundas mudanças sociais e culturais, a tecnologia nosajuda, nos completa, nos amplia.... Facilitando nossasações, nos transportando, ou mesmo nos substituindoem determinadas tarefas, os recursos tecnológicos oranos fascinam, ora nos assustam...
Dados mais recentes mostram que o uso da Tecnologia na Educação é
amplamente discutido. Para Gonçalves Lima (1994) a tecnologia é muito mais que
apenas equipamentos, máquinas e computadores. A organização funciona a partir da
operação de dois sistemas que dependem um do outro de maneira variada. Existe um
sistema técnico, formado pelas técnicas e ferramentas e utilizadas para realizar cada
tarefa. Existe também um sistema social, com suas necessidades, expectativas, e
sentimentos sobre o trabalho. Os dois sistemas são simultaneamente otimizados quando
os requisitos da tecnologia e as necessidades das pessoas são atendidos conjuntamente.
Assim, é possível distinguir entre tecnologia (conhecimento) e sistema técnico
(combinação especifica de máquinas e métodos empregados para obter um resultado
desejado).
Libâneo questiona a atuação e formação do profissional da educação, e diz que é
imprescindível que o governo dê subsídios para a implantação das tecnologias na
educação, e ofereça condições aos profissionais da educação para capacitarem-se,
proporcionando condições de acompanhar as inovações que vem ocorrendo. Ele
comenta sobre a implantação da tecnologia na educação afirmando que:
“Os fatos contemporâneos ligados aos avançoscientíficos e tecnológicos, à globalização da sociedade,à mudança dos processos de produção e suasconsequências na educação, trazem novas exigências à formação de professores, agregados às que já se punhamaté este momento” (Libâneo. 2000; 76).
Almeida (1988), embora defenda a entrada da informática na educação, entende
que algumas preocupações devem ser colocadas antes de se inserir o computador nas
escolas. Inicialmente deve-se diagnosticar a realidade educacional de forma a se
visualizar os problemas prioritários que afetam a educação brasileira e que a solução do
problema está na formação, na capacitação e na melhoria do nível econômico dos
professores. Para ele:
“A informática pode contribuir neste processo decapacitar educadores e educandos, de melhorar o nível de ensino e de lançar recursos e atenção para a tãocarente escola brasileira” (Almeida. 1988; 10l).
A era da informação requer profunda revisão do sistema educativo. Sobre isto
Paolo Lollini afirma que:
A era da informática requer profunda revisão do sistema educativo. Sua tarefa é formar as novas gerações, respeitando a sua natureza e tendo consciência de suasnecessidades, que estão mudando, e a escola não pode ignorar isso” (Lollini. 1991; 15).
Ramon de Oliveira defende a utilização do computador na escola, mas para que
esta se efetive ele afirma que deve haver capacitação contínua de professores, e que há a
necessidade do governo dar manutenção constante aos equipamentos de informática.
Para este autor:
A Tecnologia na Educação não poderá ser vista comoredentora da educação, mas sim, como um elemento a mais a contribuir na construção de uma escola que,embora se perceba determinada, pode desenvolvermecanismos que contribuam na superação de suas limitações” (Oliveira. 1997; 12-13).
Tajra, também defende a implantação das tecnologias educacionais, e vê a
necessidade de se formar alunos, de modo a torná-los cidadãos conscientes de seus
direitos e deveres. A autora em seus estudos na área de informática, diz que após várias
análises, percebeu que “não existe um modelo universal de utilização da informática na
área educacional” (Tajra. 1998)
Seymour Papert (1994), seguidor das ideias de Jean Piaget, defende o uso do
computador na escola, considerando-o uma ferramenta para a construção do
conhecimento e para o desenvolvimento do aluno. Com o objetivo de possibilitar o uso
pedagógico do computador, Papert criou a linguagem de programação Logo, que
permite a criação de novas situações de aprendizagem. Assim Papert em relação á
aprendizagem relata:
Não faz muito tempo e até mesmo hoje, em diversaspartes do mundo, os jovens aprendiam habilidades que poderiam utilizar pelo resto de suas vidas em seutrabalho. Hoje em dia, nos países industrializados, a maioria das pessoas tem empregos que não existiamquando elas nasceram. A habilidade mais importante na determinação do padrão de vida de uma pessoa já se tornou a capacidade de aprender novas habilidades de
assimilar novos conceitos, de avaliar novas situações, de lidar com o inesperado. Isso será crescentemente verdadeiro no futuro: a habilidade competitiva será a habilidade de aprender (Papert. 1994; 05).
Embora a informática seja uma tecnologia que tenha surgido para fazer os cálculos
de guerra e para atender as necessidades das indústrias, hoje evoluiu e foi apropriada para
outros setores da economia. Essa revolução certamente não deixou de afetar a educação.
A sua utilização, como ferramenta, traz uma enorme contribuição para a prática
escolar em qualquer nível de ensino. Informática na educação é hoje uma das áreas mais
fortes da tecnologia educacional. De acordo com Almeida & Prado:
Hoje é consenso que as novas tecnologias de informação e comunicação podem potencializar a mudança do processo de ensino e de aprendizagem eque, os resultados promissores em termos de avançoseducacionais relacionam-se diretamente com a ideia douso da tecnologia a serviço da emancipação humana, dodesenvolvimento da criatividade, da autocrítica, daautonomia e da liberdade responsável. (1999, p.1).
Nesta perspectiva, o computador deve ser visto como uma ferramenta que poderá contribuir
no processo da aprendizagem e a escola como parte do mundo, para cumprir sua função
de contribuir para a formação de indivíduos que possam exercer plenamente sua
cidadania, participando dos processos de transformação e construção da realidade, deve
estar aberta a incorporar novos hábitos, comportamentos, percepções e demanda.
22
5
O ENSINO ASSISTIDOPOR COMPUTADOR
Nos dias de hoje, a tecnologia está presente em todos os lugares, tornando-se um
aparelho comum em nosso meio social e em todos os campos estão sendo utilizados
estes instrumentos. Na educação não seria diferente.
Embora seja um recurso fabuloso devido a sua grande capacidade de
armazenamento de dados e a facilidade na sua manipulação não se pode esquecer que
este equipamento não foi desenvolvido com fins pedagógicos. Desta forma, o mesmo só
será uma excelente ferramenta, se houver a consciência de que possibilitará mais
rapidamente o acesso ao conhecimento, através do seu uso de maneira mais dinâmica,
como auxiliador de professores e alunos, para uma aprendizagem mais consistente.
Sobre isto Valente diz:
Para a implantação dos recursos tecnológicos de formaeficaz na educação são necessários quatro ingredientesbásicos: o computador, o software educativo, oprofessor capacitado para usar o computador como meioeducacional e o aluno”, sendo que nenhum se sobressai ao outro. O autor acentua que, “o computador não é mais o instrumento que ensina o aprendiz, mas a ferramenta com a qual o aluno desenvolve algo e,portanto, o aprendizado ocorre pelo fato de estarexecutando uma tarefa por intermédio do computador.(1993,p.13).
Quando o próprio aluno cria, faz, age sobre o software, decidindo o que melhor
solucionaria seu problema, torna-se um sujeito ativo de sua aprendizagem, permitindo a
construção e reconstrução do conhecimento, tornando a aprendizagem uma descoberta.
Neste contexto, o grande desafio da atualidade consiste em que tanto professor
quanto aluno explorarem ao máximo todos os recursos que a tecnologia apresenta, de
forma a colaborar mais e mais com a aquisição de conhecimento.
Existem inúmeros jogos e softwares, que cultivam no ambiente educacional uma
prazerosa aliança entre diversão e aprendizado. Programas de processamento de texto,
planilhas, manipulação de banco de dados, construção e transformação de gráficos,
sistemas de autoria, calculadores numéricos, são aplicativos extremamente úteis tanto ao
aluno quanto ao professor. Talvez estas ferramentas constituam uma das maiores fontes
de mudança do ensino e do processo de manipular informação. As modalidades de
softwares educativos descritas acima podem ser caracterizadas como uma tentativa de
computadorizar o ensino tradicional. (VALENTE, 1999)
A proposta mais antiga e uma das mais elaboradas encontram-se nos programas
tutoriais e programas de prática. O primeiro funciona como um livro e o segundo
procura treinar o aluno na resolução de exercícios adequados a matéria estudada.
Apesar de apresentar efeitos sofisticados facilmente se torna monótono e pouco
contribui para as aquisições mais globais e mais essenciais que constituem os principais
objetivos da educação. Trata-se de uma forma extremamente óbvia de usar o
computador na medida em que se adequa facilmente às representações sociais
dominantes sobre o que é ensinar e o que é aprender.
O computador pode ainda ser utilizado como uma ferramenta de trabalho aberta
e flexível, para o armazenamento e processamento de informações, em numerosas
profissões. Diversos programas utilitários são de aprendizagem relativamente simples e
permitem a execução de uma variedade de tarefas.
Uma calculadora pode também ser considerada como uma ferramenta para fazer
cálculos numéricos, cálculos simbólicos ou gráficos de funções. A calculadora e o
computador encerram grandes possibilidades para o ensino da Matemática. Estes
instrumentos, usados como ferramentas, podem ajudar a fazer de maneira mais rápida,
eficiente e rigorosamente muitas das coisas que já antes se faziam, mas permitem
também que se façam coisas novas.
De acordo com diversas correntes atuais, da psicologia cognitiva, o
conhecimento desenvolve-se, sobretudo através do uso das ideias na tentativa de
compreender situações e resolver problemas concretos. Esta visão apoia-se na
perspectiva de Vygotsky, para quem o conhecimento resulta de interiorização pelos
indivíduos de ferramentas culturais já pré- existentes na sociedade. Neste sentido o
computador, como uma nova ferramenta cultural pode ser um elemento fundamental na
aprendizagem.
Tudo isso mostra, por si só, que o uso deste tipo de software não garante uma
boa utilização do computador. É preciso ter em atenção qual a natureza das propostas
que se fazem aos alunos e qual o ambiente de aprendizagem em que eles as irão realizar.
A utilização do computador como suporte da criação de novos contextos
educativos, com programas envolvendo situações problemáticas e mesmo alguns jogos
educacionais usados com imaginação podem constituir atividades de aprendizagem
envolventes e estimulantes.
25
6
CONCLUSÕES
Ao longo deste trabalho falamos sobre produção de conhecimento, prática
pedagógica e computador.
Para que haja na relação professor/aluno, o efeito de maior relevância na
produção de conhecimento, precisa-se antes de tudo que as ferramentas a serem
utilizadas neste processo dêem condições de proporcionar o efeito que se espera.
O computador não é um instrumento próprio da Escola e os alunos estão prontos
a utilizá-los em outros contextos. Na produção do conhecimento, o professor tem o
papel de criar situações para que o próprio aluno o produza, dando significado e sentido
do que fazer e para quê fazer. Por isso é que se deve dar o verdadeiro sentido ao
processo ensino/aprendizado, fortalecendo a importância do papel do professor na
qualificação pessoal do aluno.
A escola deve continuar investindo na orientação aos alunos a se tornarem
críticos, e deve desenvolver capacidades cognitivas que visem à formação de
pensamento próprio.
Discutir sobre o conhecimento é refletir a respeito da pratica pedagógica, para
que essa reflexão ajude na construção de uma educação voltada para a formação ativa,
criativa, crítica e transformadora, pois o objetivo da educação é criar pessoas com
espírito crítico, capazes de fazer coisas novas, e não repetir o que outras gerações
fizeram.
A incorporação do computador como recurso pedagógico só tem sentido se
contribuir para a melhoria da qualidade do ensino. Portanto, é necessário que o
professor atue valorizando os interesses e as necessidades de seus alunos, procurando
utilizar os conhecimentos cotidianos como ponto de partida de seu trabalho pedagógico
mantendo-se sempre atualizado, pois as inovações são constantes e o profissional da
educação precisa acompanhá-las. No entanto, é necessário que o Governo dê condições
para o professor ter uma contínua formação, uma vez que estes demonstram ter interesse
para isso e estão conscientes dessa necessidade.
É necessário, contudo, uma cuidadosa reflexão por parte de todos que compõem
a comunidade escolar, para que a tecnologia possa de fato contribuir para a formação de
indivíduos competentes, críticos, conscientes e preparados para a realidade em que
vivem e, diante dos avanços tecnológicos; pensar em novas formas de educar e
comunicar. Para isto, é útil enxergar as tecnologias de comunicação e as possibilidades
como mecanismos para entender o conhecimento humano.
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29
A
QUESTIONÁRIO
Questionário
Quanto ao uso do professor na preparação das aulas:1. Você utiliza a Internet na preparação de suas aulas?
( ) Sim ( ) Não
2. Se utiliza, qual a freqüência?( ) Em todas as aulas( ) Semanalmente ( ) Mensalmente
Quanto às aulas:3. Você utiliza a Internet como uma ferramenta pedagógica durante as suas aulas?
( ) Sim ( ) Não
4. Se utiliza, qual a freqüência? () Em todas as aulas( ) Semanalmente ( ) Mensalmente
5. Na sua opinião, qual o fator que dificulta a utilização da Internet na sala de aula?( ) A falta do conhecimento sobre a ferramenta (Internet)( ) A confiabilidade quanto as Informações contidas na Internet ( ) O medo do plágio( ) As opiniões contraditórias que veiculam na Internet