COMUNICAÇÃO EM SAÚDE - cosemssp.org.br · Revolta da Vacina. 1910- Biotônico Fontoura, um dos...
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1903 – Campanha sanitarista
Oswaldo Cruz batalhões de mata-mosquitos contra a febre amarela.
Vacinação obrigatória para
combater a varíola.
Pagamento para 5 ratos por dia
Revolta da Vacina.
1910- Biotônico Fontoura, um dos medicamentos mais antigos ainda em circulação. Jeca Tatu - Almanaque Fontoura: 100 milhões de exemplares distribuídos.
1960- Expansão dos meios de
comunicação. No regime militar,
coordenadorias de comunicação
social
1988 - Movimentos sociais lutam pelo
poder de fala
Cenário do SUS
Movimento de reforma sanitária
Constituição de 88. SUS, a mais
avançada política social do país
Saúde como direito de cidadania
e dever do estado
19
19,5
20
20,5
21
21,5
22
22,5
23
2010 2011 2012 2013 2014
20,37 20,47
21,38
22,11
22,94
% APLICACAO MUNICIPALFonte: SIOPS/MS
Dados do Cosems: 23% da receita dos municípios vai para a saúde
São Paulo destina 12,5% da receita para a saúde
Os municípios respondem por 60% das consultas especializadas
53% das internações de média complexidade
32% das internações de alta complexidade
SP e Rondônia não financiam o SAMU
Subfinanciamento - O Brasil ocupa a 72ª posição em
investimento na saúde pública, segundo a OMS, em
ranking envolvendo 193 países.
Financiamento estrutural do SUS
Para o SUS universal, integral e equânime, as três esferas de governo destinam por dia R$ 2,9/pessoa(R$ 1.063,151 percapita/ano). Esses recursos se destinam a serviços de proteção, promoção e recuperação da saúde.
Os planos de saúde destinam por dia R$ 7,7/pessoa (R$ 2.818,00 per capita/ano) e são beneficiados por isenções fiscais e empréstimos a juros subsidiados e sem a garantia plena de serviços.
Judicialização, surpresas nos gastos
Tendências: população crescente de
idosos e doentes crônicos, problemas
ambientais, das farmacodependências e
estilos de vida decorrentes da
modernidade e da urbanização
Foram criadas 3 novas UBSs. Outras 29
foram construídas, reformadas e
ampliadas. Cobertura de 100% dos
agentes comunitários. Ampliação da
Estratégia de Saúde da Família (133
equipes)
PADRONIZAÇÃO DA ESTRUTURA E SERVIÇOS DAS UBS CONSULTÓRIOS ODONTOLÓGICOS EM TODAS AS UBS ESPAÇO CRIANÇA
SALA MEDICAÇÃO
Todas as UBS são
equipadas com
equipamentos e
mobiliários novos.
A cidade oferece atendimento odontológico nas Unidades
Básicas de Saúde, conta com três centros de especialidades
odontológicas, atende 85 mil alunos da rede municipal, mais de 20 mil próteses já foram entregues. O índice de cáries
entre as crianças de 5 anos de idade é menor que as taxas
do Brasil e do estado de São Paulo.
SAÚDE BUCAL
Foram criados 8
CAPS 24 horas,
6 residências
terapêuticas,
2 repúblicas
terapêuticas,
Consultório na
Rua, Nutrarte
Desativação do
Manicômio
Lacan.
SAÚDE MENTAL
Em 2015, São Bernardo atingiu o índice de
mortalidade infantil de 8,5 por mil nascidos
vivos, recorde na história da cidade. Em
2009, essa taxa era de 12,7 mortes.
CUIDADO MATERNO-INFANTIL
Inauguração do Hospital de Clínicas Municipal em
2013.
Ambiência, humanização. Com 110 leitos, O HC
realiza cirurgias gerais, cardíacas, neurocirurgias e
também em otorrinolaringologia e
ortopedia/traumatologia.
Impressora (impressão de cartazes,
folhetos, folders, cadernos, certificados,
relatórios etc)
Secom – rádio no Portal e comunitárias
Portal Secom
Boletim do Complexo Hospitalar
Sinalização de prédios públicos
Comunicação em Saúde
Comunicação é uma das estratégias para enfrentar a os
desafios para a consolidação do SUS.
Público heterogêneo: abordagens específicas e
linguagem adequada para os diferentes atores sociais.
Pesquisa OPAS e OMS, de 1997
sobre divulgação da saúde na mídia.
No Brasil, os veículos pesquisados dedicavam apenas 5,9% de seu espaço total a temas de saúde. Revistas
(16%) e rádios (5,28%), jornais diários (1,9%) e televisão
(0,4%). A abordagem quase sempre era negativa.
Pesquisa do Ministério de Ciência e
Tecnologia, em 2006
60% se interessam por medicina e saúde.
Dos entrevistados, 12% recorrem a revistas
e jornais e 9% utilizavam a Internet;
Já no Estado de São Paulo, os interessados
são 80,9%,
Panorama da mídia Banalização da notícia
Vazamentos seletivos (Satiagraha arquivada)
Çoncentração familiar na propriedade dos meios
de comunicação
Propriedade cruzada, proibida em alguns países
Jornalismo e entretenimento
Editorialização da informação
Uniformização da notícia
Pensamento hegemônico
Baudrillard: desaparecimento das
fronteiras entre ficção e realidade,
mídia com capacidade de criar fatos e
gerar a opinião pública.
A mídia seleciona as informações,
explica e interpreta a realidade.
Ausência de pluralidade
Espaços desiguais na cobertura
Necrófila insaciável : o escritor Rubem Fonseca,
em Mandrake (2005): “No dia seguinte os jornais
já não dão destaque [...] Os mortos têm que ser
renovados, a imprensa é uma necrófila
insaciável”.
Crescimento das redes sociais– agressões,
pedidos pessoais, mas termômetro de satisfação
popular
Espetacularização da notícia (backdrop,
paineis gigantes, montagem de mesa,
filmagem etc, nomes das operações policiais
(Satiagraha,Lava Jato,). Filmagem das
abordagens
Exploração da dor alheia
Dramatização das notícias
Prejulgamento
Jornais menores, meros captadores de anúncios
Arrogância
Pauta já fechada
Os afáveis
Repórteres despreparados, mas com opinião
Pedir informações próximo ao dead line, final da
tarde
Estagiários
Ignora por completo os direitos de privacidade
eo princípio da presunção da inocência.
Não aprendemos com a Escola Base.
Guerra na mídia Paulo Henrique Amorim, Renato Rovai
e Reinaldo Azevedo, Merval Pereira
Veja x Carta Capital
Globo – caso Miriam Dutra
Datena e Resende dão opinião sobre política, pena de morte e defendem justiçamento
Fabíola Gadelha – Rabo de Arraia inaugura quadro, no qual força a entrada da unidade de saúde, de câmera ligada, sem cortes
Celso Russomano – “Patrulha do consumidor”
Eli Corrêa Filho – “O repórter do povo” -Rádio Capital
Visão preconceituosa da mídia sobre o SUS
Destaca os aspectos negativos do SUS - filas, mortes, macas
no corredor e não fala positivamente sobre o SUS. Amplifica a
ideia distorcida de que o SUS não funciona.
Mas o SUS é responsável por 95% dos transplantes, 100% da
vacinação, 85% dos procedimentos de alta complexidade,
Pesquisa do Datafolha de 2015 mostrou que a saúde privada é pior avaliada que o SUS, mas isso não ficou claro na matéria da Folha.
“Para 6 em cada 10 brasileiros, saúde no país é péssima”
60% acham a saúde péssima. Quando se avalia o SUS, o número cai para 54%.
Na avaliação da saúde em geral, 24% dão nota zero; para o SUS são 18%.
O levantamento apontou que nos últimos dois anos, 92% da população brasileira buscou atendimento no SUS e 89% da população conseguiu ser atendida pelo sistema público
Para os entrevistados que disseram ter utilizado algum serviço do SUS, 26% consideram a qualidade do atendimento como ruim ou péssimo; 44% avaliam como regular; e 30% considera a qualidade boa ou excelente.
O prof. Eduardo Fagnani, do Instituto de Economia da
Unicamp,analisou matéria da Folha de São Paulo, de
dezembro de 2013, “ Ineficiência marca gestão do
SUS, diz Banco Mundial”.
O professor encontrou no relatório original: “Nos últimos 20 anos, o Brasil tem obtido melhorias
impressionantes nas condições de saúde, com
reduções dramáticas de mortalidade infantil e o
aumento na expectativa de vida. Igualmente importante, as disparidades geográficas e
socioeconomicas tornaram-se muito menos
pronunciadas“.
As críticas eram “desafios a serem enfrentados no futuro”.
Influência política na saúde
Bancada dos planos de saúde e das indústrias de medicamentos
Estudo da Faculdade de Medicina da USP e Laboratório de Economia Política da Saúde da UFRJ:
Em 2010, os planos de saúde doaram 12 milhões de reais para campanhas eleitorais de 157 candidatos de vinte partidos. Em 2014, as doações chegaram a 55 milhões. A maior fatia foi para o PMDB, com 28,52% dos recursos, PSDB (18,1%) e PT (14,5%).
Pesquisa sobre a legislação
Brindes
Slogan e logo
Personalização nos releases e nas
publicações
Aumento da demanda da imprensa e das
redes sociais
Matérias insufladas por agentes políticos
Uso do computador, telefone e outros
equipamentos da secretaria
Material de propaganda no local de
trabalho
Cidade de 800 mil habitantes e não há monopólio da comunicação
TVs regionais com pouca penetração, jornais semanais, uma rádio.
Diário do Grande ABC faz oposição ao governo. Nâo há espaço para matérias positivas.
Matéria do programa
Patrulha do Consumidor
Fralda descartável e botom
Reportagem de cerca de 45 minutos, com reportagem editada e música de fundo, tribunal com meia dúzia de pessoas (todos contra e só um com algum conhecimento da área de saúde).
Ligaram para o telefone ao vivo, sem avisar antes.
Cirurgias de catarata – período inicial
convulsivo. Com o tempo as coisas
vão se acalmando.
Momento 1 – notas mais curtas, a
antecipação da divulgação,
transparência, atender a imprensa,
(jogo de recusas e aceitação, notas),
Mutirão, enucleação, evisceração,
vitrectomia.
Todo o apoio aos familiares,
indenização
Imagem do Hospital de Clínicas-
hospital de excelência
Repórter da Globo– cerca de 40
minutos conversando, 30 segundos de
exibição
Recuperação da imagem
Contribuir para a consolidação do SUS por meio de estratégias de Comunicação que revelem a importância da saúde pública
Promover a participação popular
Não restringir o foco da Comunicação às ações mais tradicionais.
Não impor um modelo de comunicação verticalizado. Ouvir os usuários e as comunidades que se beneficiam dos serviços de saúde, bem como os trabalhadores da saúde.
Gerar ações proativas junto ao público interno para despertar comprometimento, motivação, conscientização, valorização, integração e cooperação entre as equipes de saúde.