CONCEIÇÃO A. TURINI CCI – Londrina [email protected] PRINCÍPIOS BÁSICOS DE TOXICOLOGIA CURSO DE...
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CONCEIÇÃO A. TURINICONCEIÇÃO A. TURINICCI – LondrinaCCI – Londrina
[email protected]@uel.br
PRINCÍPIOS BÁSICOS DE TOXICOLOGIA
CURSO DE ATUALIZAÇÃO EM TOXICOLOGIA
PRINCÍPIOS BÁSICOS DE TOXICOLOGIAPRINCÍPIOS BÁSICOS DE TOXICOLOGIA
CONTEÚDOCONTEÚDO
Histórico e objetivo da ToxicologiaHistórico e objetivo da Toxicologia
Divisão da ToxicologiaDivisão da Toxicologia
Áreas e aspectos da ToxicologiaÁreas e aspectos da Toxicologia
Conceitos básicosConceitos básicos
Fases da intoxicaçãoFases da intoxicação
Características da exposição a xenobióticosCaracterísticas da exposição a xenobióticos
Toxicocinética: absorção, distribuição, Toxicocinética: absorção, distribuição, armazenamento, eliminação armazenamento, eliminação
ToxicodinâmicaToxicodinâmica
Espectro dos efeitos tóxicosEspectro dos efeitos tóxicos
CONCEITO DE TOXICOLOGIACONCEITO DE TOXICOLOGIA
É o estudo da interação entre agentes É o estudo da interação entre agentes
químicos e sistemas biológicos com o químicos e sistemas biológicos com o
objetivo de determinar, objetivo de determinar,
quantitativamente, o potencial dos quantitativamente, o potencial dos
agentes químicos em produzir danos que agentes químicos em produzir danos que
resultam em efeitos adversos em resultam em efeitos adversos em
organismos vivosorganismos vivos
(BALLANTYNE, 1999)(BALLANTYNE, 1999)
RESENHA HISTÓRICARESENHA HISTÓRICA
Fonte: Klaassen et al. (1986)
““Todas as substâncias são tóxicas; não existe Todas as substâncias são tóxicas; não existe uma só que não seja”. uma só que não seja”.
““A dose certa é o que diferencia o veneno do A dose certa é o que diferencia o veneno do remédio”remédio”
PARACELSUS (1493 -1541)PARACELSUS (1493 -1541)
EVOLUÇÃO DA TOXICOLOGIAEVOLUÇÃO DA TOXICOLOGIA
CiênciasCiências
BásicasBásicas
QuímicaQuímicaBiologiaBiologiaFisiologiaFisiologia
FarmacologiaFarmacologiaPatologiaPatologiaMedicinaMedicina
TOXICOLOGIATOXICOLOGIAGeralGeral
Áreas Áreas fundamentaisfundamentais
AnalíticaAnalítica ExperimentalExperimental
Áreas Áreas aplicadasaplicadas
ENSINOENSINO
SocialSocial
TOXICOLOGIA REGULATÓRIATOXICOLOGIA REGULATÓRIA
AlimentosAlimentos
MedicamentosMedicamentos
ClínicaClínica
AmbientalAmbiental ECOTOXICOLOGIAECOTOXICOLOGIA
OcupacionalOcupacional
Fonte: Repetto, 1997Fonte: Repetto, 1997
ToxicologiaToxicologiade alimentosde alimentos
ToxicologiaToxicologiaambientalambiental
Toxicologia deToxicologia demedicamentosmedicamentos
ToxicologiaToxicologiaocupacionalocupacional
ToxicologiaToxicologiasocialsocial
ClínicoClínico AnalíticoAnalítico LegislaçãoLegislação Investigação Investigação
ASPECTOSASPECTOS
Áreas de AtuaçãoÁreas de Atuação
Toxicologia AmbientalToxicologia Ambiental
Estuda os efeitos nocivos Estuda os efeitos nocivos
causados pela interação entre os causados pela interação entre os
agentes químicos contaminantes agentes químicos contaminantes
do ambiente – do ambiente – água, solo, arágua, solo, ar - -
com o organismo com o organismo
Áreas de AtuaçãoÁreas de Atuação
Toxicologia OcupacionalToxicologia Ocupacional
Estuda os efeitos nocivos Estuda os efeitos nocivos
produzidos pela interação produzidos pela interação
entre os agentes químicos e entre os agentes químicos e
os contaminantes do os contaminantes do
ambiente de trabalho ambiente de trabalho
com o indivíduo expostocom o indivíduo exposto
Áreas de AtuaçãoÁreas de Atuação
Toxicologia de AlimentosToxicologia de Alimentos
Estuda as condições em que Estuda as condições em que
os alimentos podem ser os alimentos podem ser
ingeridos, sem causar danos ingeridos, sem causar danos
ao organismoao organismo
Áreas de AtuaçãoÁreas de Atuação
Toxicologia de Medicamentos Toxicologia de Medicamentos
e Cosméticose Cosméticos
Estuda os efeitos nocivos Estuda os efeitos nocivos
produzidos pela interação de produzidos pela interação de
medicamentos ou cosméticos medicamentos ou cosméticos
com o organismo, decorrentes de com o organismo, decorrentes de
uso inadequado ou da uso inadequado ou da
suscetibilidade individualsuscetibilidade individual
Áreas de AtuaçãoÁreas de Atuação
Toxicologia Social
Estuda os efeitos nocivos decorrentes do uso não médico de drogas ou fármacos, causando prejuízo ao próprio indivíduo e à sociedade
Áreas de Atuação
CONCEITOS BÁSICOS EM TOXICOLOGIA
Agente tóxico ou toxicanteAgente tóxico ou toxicante
Substância química capaz de causar dano a um sistema Substância química capaz de causar dano a um sistema biológico, alterando uma função ou levando-o à morte, biológico, alterando uma função ou levando-o à morte, sob certas condições de exposição.sob certas condições de exposição.
XenobióticoXenobiótico
Termo usado para designar substâncias químicas Termo usado para designar substâncias químicas estranhas ao organismo. Não possuem papel fisiológico estranhas ao organismo. Não possuem papel fisiológico conhecido.conhecido.
Toxina Toxina
Refere-se à substância tóxica produzida por um sistema Refere-se à substância tóxica produzida por um sistema biológico (plantas, animais, fungos e bactérias).biológico (plantas, animais, fungos e bactérias).
VenenoVeneno
CONCEITOS BÁSICOS EM TOXICOLOGIACONCEITOS BÁSICOS EM TOXICOLOGIA
Termo de uso popular utilizado para designar a Termo de uso popular utilizado para designar a substância química, ou mistura de substâncias substância química, ou mistura de substâncias químicas, que provoca a intoxicação ou a morte químicas, que provoca a intoxicação ou a morte com baixas doses. com baixas doses.
Segundo alguns autores, é um termo utilizado Segundo alguns autores, é um termo utilizado especificamente para designar substâncias especificamente para designar substâncias provenientes de animaisprovenientes de animais e plantas, nos quaise plantas, nos quais teriam importantes funções de autodefesa ou de teriam importantes funções de autodefesa ou de predação.predação.
Ex. animais: veneno de cobra, de abelhaEx. animais: veneno de cobra, de abelha
plantas: comigo-ninguém-pode, saia branca plantas: comigo-ninguém-pode, saia branca
CONCEITOS BÁSICOS EM TOXICOLOGIACONCEITOS BÁSICOS EM TOXICOLOGIA
FármacoFármaco
Toda substância de estrutura química definida capaz Toda substância de estrutura química definida capaz de modificar ou explorar o sistema fisiológico ou de modificar ou explorar o sistema fisiológico ou estado patológico, em benefício do organismo estado patológico, em benefício do organismo receptor.receptor.
DrogaDroga
TToda substância capaz de modificar ou explorar o oda substância capaz de modificar ou explorar o sistema fisiológico ou estado patológico, utilizada sistema fisiológico ou estado patológico, utilizada com ou sem intenção de benefício do organismo com ou sem intenção de benefício do organismo receptor. receptor. A palavra droga tem aceitação popular para A palavra droga tem aceitação popular para designar fármacos, medicamentos, matéria-prima de designar fármacos, medicamentos, matéria-prima de medicamentos, alucinógenos e agentes tóxicos.medicamentos, alucinógenos e agentes tóxicos.
DoseDose
CONCEITOS BÁSICOS EM TOXICOLOGIACONCEITOS BÁSICOS EM TOXICOLOGIA
A A quantidade total de substância à qual um quantidade total de substância à qual um
organismo é expostoorganismo é exposto. Usualmente a dose . Usualmente a dose
corresponde à quantidade total de material que corresponde à quantidade total de material que
penetra em um organismo por uma via específica de penetra em um organismo por uma via específica de
exposição.exposição.
““Qualquer efeito tóxico é proporcional à Qualquer efeito tóxico é proporcional à dose”dose”
ToxicidadeToxicidade
Capacidade inerente a um agente tóxico Capacidade inerente a um agente tóxico
de produzir um efeito deletério no de produzir um efeito deletério no
organismo. Ou seja, é a medida relativa organismo. Ou seja, é a medida relativa
do potencial tóxico da substância.do potencial tóxico da substância.
CONCEITOS BÁSICOS EM TOXICOLOGIACONCEITOS BÁSICOS EM TOXICOLOGIA
Dose Letal 50 (DLDose Letal 50 (DL5050) )
Dose, obtida estatisticamente, em mg/kg, de uma Dose, obtida estatisticamente, em mg/kg, de uma determinada substância, necessária para matar determinada substância, necessária para matar 50% de uma população de animais50% de uma população de animais
CONCEITOS BÁSICOS EM TOXICOLOGIACONCEITOS BÁSICOS EM TOXICOLOGIA
AGENTEAGENTE DLDL5050 (mg/kg) (mg/kg)
Etanol 10.0002Cloreto de sódio 4.000Sulfato ferroso 1.500
Morfina 900Estricnina 2Nicotina 1
Dioxina (TCDD) 0,001Toxina botulínica 0,00001
TOXICIDADETOXICIDADE
CLASSIFICAÇÃOCLASSIFICAÇÃO
Extremamente tóxica: DL50 < ou = 1 mg/kgExtremamente tóxica: DL50 < ou = 1 mg/kg
Altamente tóxica: DL50 > 1 a 50 mg/kgAltamente tóxica: DL50 > 1 a 50 mg/kg
Moderadamente tóxica: DL50 > 50 a 500 mg/kgModeradamente tóxica: DL50 > 50 a 500 mg/kg
Levemente tóxica: DL50 > 0,5 a 5 g/kgLevemente tóxica: DL50 > 0,5 a 5 g/kg
Relativamente não tóxica: DL50 acima de 5 g/kgRelativamente não tóxica: DL50 acima de 5 g/kg
CONCEITOS BÁSICOS EM TOXICOLOGIACONCEITOS BÁSICOS EM TOXICOLOGIA
CONCEITOS BÁSICOS EM TOXICOLOGIACONCEITOS BÁSICOS EM TOXICOLOGIA
Risco = Toxicidade X ExposiçãoRisco = Toxicidade X Exposição
Termo que traduz a probabilidade Termo que traduz a probabilidade estatística de uma substância química estatística de uma substância química provocar efeitos nocivos em condições provocar efeitos nocivos em condições definidas de exposiçãodefinidas de exposição
Substância com alta toxicidade mas baixa exposição baixa probabilidade de causar intoxicações
CONCEITOS BÁSICOS EM TOXICOLOGIACONCEITOS BÁSICOS EM TOXICOLOGIA
Efeito tóxicoEfeito tóxico
Alteração anormal, indesejável ou nociva, Alteração anormal, indesejável ou nociva, decorrente da exposição a substâncias decorrente da exposição a substâncias potencialmente tóxicas.potencialmente tóxicas.
Ação tóxicaAção tóxica
Maneira pela qual um agente tóxico exerce Maneira pela qual um agente tóxico exerce sua atividade sobre as estruturas teciduais.sua atividade sobre as estruturas teciduais.
CONCEITOS BÁSICOS EM TOXICOLOGIACONCEITOS BÁSICOS EM TOXICOLOGIA
Antídoto e AntagonistaAntídoto e Antagonista
Agente capaz de neutralizar ou reduzir os Agente capaz de neutralizar ou reduzir os efeitos de uma substância potencialmente efeitos de uma substância potencialmente tóxica.tóxica.
AntídotoAntídoto é a sustância que se opõe ao é a sustância que se opõe ao efeito tóxico, atuando sobre o próprio efeito tóxico, atuando sobre o próprio toxicantetoxicante
AntagonistaAntagonista é a s é a substância que exerce ubstância que exerce uma ação oposta à do agente tóxico uma ação oposta à do agente tóxico (agonista)(agonista)
PORTANTOPORTANTO
Antídoto: mecanismos de açãoAntídoto: mecanismos de ação
• • neutralizaçãoneutralização
-- antígeno-anticorpoantígeno-anticorpo
• • impedir absorçãoimpedir absorção
-- adsorção (carvão ativado, Terra de Füller)adsorção (carvão ativado, Terra de Füller)
- ligação com proteína (albumina, clara de ovo)- ligação com proteína (albumina, clara de ovo)
• • quelaçãoquelação
- metais (Pb-EDTA)- metais (Pb-EDTA)
CONCEITOS BÁSICOS EM TOXICOLOGIACONCEITOS BÁSICOS EM TOXICOLOGIA
Antagonista: mecanismos de açãoAntagonista: mecanismos de ação
Antagonista específico:Antagonista específico:
atua sobre o mesmo receptor que o toxicante, atua sobre o mesmo receptor que o toxicante, competindo com ele. O resultado é função das competindo com ele. O resultado é função das concentrações respectivas.concentrações respectivas.
Antagonista inespecífico:Antagonista inespecífico:
não atua sobre o mesmo receptor. Estimula uma não atua sobre o mesmo receptor. Estimula uma atividade orgânica contrária à induzida pelo atividade orgânica contrária à induzida pelo toxicante. toxicante.
CONCEITOS BÁSICOS EM TOXICOLOGIACONCEITOS BÁSICOS EM TOXICOLOGIA
CLASSIFICAÇÃO DOS AGENTES TÓXICOSCLASSIFICAÇÃO DOS AGENTES TÓXICOS
•Características químicas: Características químicas:
aminas aromáticas, hidrocarbonetos halogenados,
álcoois
•Características físicas: Características físicas:
sólidos, líquidos, gases, vapores, partículas
• Estabilidade ou reatividade química: Estabilidade ou reatividade química:
explosivo, inflamável, oxidante, radioativo
CLASSIFICAÇÃO DOS AGENTES TÓXICOSCLASSIFICAÇÃO DOS AGENTES TÓXICOS
•Ação tóxica:Ação tóxica:
local - irritanteslocal - irritantes
sistêmica - asfixiantes, depressores,sistêmica - asfixiantes, depressores,
hepatotóxicos, carcinogênicoshepatotóxicos, carcinogênicos
Potencial de toxicidade:Potencial de toxicidade:
extremamente tóxicos, moderadamente tóxicos
Usos:Usos:
praguicidas, solventes, aditivos alimentares
CLASSIFICAÇÃO DOS AGENTES TÓXICOSCLASSIFICAÇÃO DOS AGENTES TÓXICOS
Efeitos tóxicos: Efeitos tóxicos:
carcinogênicos, mutagênicos, teratogênicos
hepatotóxicos, nefrotóxicos, neurotóxicos
• Mecanismo de ação:Mecanismo de ação:
anticolinesterásicos, metemoglobinizantes
FASES DA INTOXICAÇÃO
Fonte: Moraes et al., 1991 apud Paoliello (2003)
. absorção
. distribuição
. eliminação
. biotransformação
Dose e/ou concentraçãoDose e/ou concentração
Via de introduçãoVia de introdução
Duração e freqüência da exposiçãoDuração e freqüência da exposição
Propriedades físico-químicas das substânciasPropriedades físico-químicas das substâncias
Fatores relacionados à suscetibilidade individualFatores relacionados à suscetibilidade individual
I – Fase de ExposiçãoI – Fase de Exposição
Depende:Depende:
Fase de contato das superfícies externas ou internas do Fase de contato das superfícies externas ou internas do organismo entram em contato com o toxicante.organismo entram em contato com o toxicante.
I – Fase de ExposiçãoI – Fase de Exposição
Dose e/ou ConcentraçãoDose e/ou Concentração
““Quanto maior a dose/concentração maior o efeito”Quanto maior a dose/concentração maior o efeito”
Ex: 100 mg cocaína - efeito XEx: 100 mg cocaína - efeito X
2 x 50 mg cocaína - efeito Y2 x 50 mg cocaína - efeito Y
AGENTE TÓXICO + SISTEMA BIOLÓGICOAGENTE TÓXICO + SISTEMA BIOLÓGICO
EFEITO TÓXICOEFEITO TÓXICO
I – Fase de ExposiçãoI – Fase de Exposição
IntravenosaIntravenosa
RespiratóriaRespiratória
DérmicaDérmica
IntraperitonialIntraperitonial
Sub-cutâneaSub-cutânea
IntramuscularIntramuscular
IntradérmicaIntradérmica
OralOral
Intensidade do Intensidade do Efeito Tóxico Efeito Tóxico
X X Rapidez de RespostaRapidez de Resposta
= superior a= superior a
Via de introduçãoVia de introdução
... Via Respiratória... Via Respiratória
... Via Oral... Via Oral
... Via Dérmica... Via Dérmica
Via de introduçãoVia de introdução
... Via Respiratória... Via Respiratória
... Via Oral... Via Oral
... Via Dérmica... Via Dérmica
DURAÇÃO E FREQÜÊNCIA DA EXPOSIÇÃO
AgudaAguda
SobreagudaSobreaguda
SubcrônicaSubcrônica
CrônicaCrônica Administração Administração única única
(repetida < 24 h)(repetida < 24 h)
Exposição repetidaExposição repetida < 1 mês< 1 mês
Exposição repetidaExposição repetida > 1 mês e < 3 meses> 1 mês e < 3 meses
Exposição repetida > 3 meses
I – Fase de ExposiçãoI – Fase de Exposição
Propriedades físico-químicas das substânciasPropriedades físico-químicas das substâncias
SolubilidadeSolubilidade
Pressão de vaporPressão de vapor
Constante de ionizaçãoConstante de ionização
Tamanho da partículaTamanho da partícula
Reatividade químicaReatividade química
EstabilidadeEstabilidade
Coeficiente de partiçãoCoeficiente de partição
I – Fase de ExposiçãoI – Fase de Exposição
Fatores relacionados ao organismoFatores relacionados ao organismo
AbsorçãoAbsorção
DistribuiçãoDistribuição
BiotransformaçãoBiotransformação
Espécie Espécie
IdadeIdade
Sexo Sexo
Peso Peso
Diferenças genéticasDiferenças genéticas
Estado de saúdeEstado de saúde
Estado nutricionalEstado nutricional
Condições metabólicasCondições metabólicas
II – Fase de ToxicocinéticaII – Fase de Toxicocinética
Inclui todos os processos envolvidos na Inclui todos os processos envolvidos na relação entre a disponibilidade química e a relação entre a disponibilidade química e a concentração do toxicante nos diferentes concentração do toxicante nos diferentes tecidos do organismo tecidos do organismo
Intervêm nesta fase:Intervêm nesta fase:
• • AbsorçãoAbsorção
•• DistribuiçãoDistribuição
•• ArmazenamentoArmazenamento
•• BiotransformaçãoBiotransformação
• • ExcreçãoExcreção
II – Fase de ToxicocinéticaII – Fase de Toxicocinética
ABSORÇÃOABSORÇÃO
ConceitoConceito:: é o processo de transferência do agente químico do local de administração para a circulação geral. Esse processo se dá através das membranas biológicas.
EXTERIOREXTERIOR
FLUIDO INTERSTICIALFLUIDO INTERSTICIAL
PLASMAPLASMA
FLUIDO INTERSTICIALFLUIDO INTERSTICIAL
FLUIDO INTRACELULARFLUIDO INTRACELULAR
respiratóriarespiratória
digestivadigestiva
ocularocular
pelepele
mucosamucosaMembranaMembrana
Membrana capilarMembrana capilar
Membrana capilarMembrana capilar
Membrana capilarMembrana capilar
Passos da AbsorçãoPassos da Absorção
Via de introduçãoVia de introduçãoCaracterística da membranaCaracterística da membrana
Fatores relacionados Fatores relacionados à substância químicaà substância química
Fatores relacionados aoFatores relacionados aoorganismoorganismo
Fatores que influenciam a AbsorçãoFatores que influenciam a Absorção
Fonte: Repetto, 1997.
CARACTERÍSTICA DA MEMBRANACARACTERÍSTICA DA MEMBRANA
TRANSPORTE ATRAVÉS DA MEMBRANATRANSPORTE ATRAVÉS DA MEMBRANA
1.Transporte passivo1.Transporte passivo Difusão simplesDifusão simples FiltraçãoFiltração
2. Transportes especializados2. Transportes especializados
Transporte ativoTransporte ativo
Difusão facilitadaDifusão facilitada
EndocitoseEndocitose
MECANISMOS DE TRANSPORTE MECANISMOS DE TRANSPORTE Transporte PassivoTransporte Passivo
- contínuo movimento de moléculas e íons em líquidos ou gases
- depende da lipossolubilidade, gradiente de concentração, coeficiente de partição óleo-água e grau de ionização
Difusão simples Difusão simples
Membrana lipídica
intracelularextracelularextracelular
Toxicante Toxicante Toxicante Toxicante
Ex: álcoois, medicamentosEx: álcoois, medicamentos
• depende do tamanho, carga e forma das partículasdepende do tamanho, carga e forma das partículas
FiltraçãoFiltração
extracelular intracelularextracelular intracelular
Toxicante Toxicante Toxicante Toxicante
membranamembrana
celularcelular
MECANISMOS DE TRANSPORTE MECANISMOS DE TRANSPORTE Transporte PassivoTransporte Passivo
Transporte Ativo Transporte Ativo
Requer um “transportador” Requer um “transportador”
Realiza-se contra gradiente de concentraçãoRealiza-se contra gradiente de concentração
Implica gasto de energia (ATP)Implica gasto de energia (ATP)
Utilizado apenas por substâncias de peso Utilizado apenas por substâncias de peso molecular elevado, hidrossolúveis ou molecular elevado, hidrossolúveis ou ionizadasionizadas
Mecanismo utilizado por ácidos e bases Mecanismo utilizado por ácidos e bases fortesfortes
MECANISMOS DE TRANSPORTE MECANISMOS DE TRANSPORTE Transporte EspecializadoTransporte Especializado
TRANSPORTE ATIVO TRANSPORTE ATIVO
Líquido extra-celular
Citoplasma
Sítios de fixação de K+
Bomba K+/ Na+
Sítios de fixação de Na+
Fonte: http://sis.nlm.nih.gov/enviro/toxtutor/Tox2/index.html
Difusão facilitadaDifusão facilitada
• a favor de um gradiente de concentração
• depende de transportador que torna a substância a ser transposta solúvel em lipídios
MECANISMOS DE TRANSPORTE MECANISMOS DE TRANSPORTE Transporte EspecializadoTransporte Especializado
DIFUSÃO FACILITADADIFUSÃO FACILITADA
Líquido extra-celularPartícula insolúvel em
lipídios
Proteína transportadora
Citoplasma
Fonte: http://sis.nlm.nih.gov/enviro/toxtutor/Tox2/index.html
• ocorre por quebra da tensão superficial de ocorre por quebra da tensão superficial de vacúolos e formação de vacúolos e formação de vesículas fagocíticas vesículas fagocíticas ou pinocíticasou pinocíticas
Ex: proteínas de alto peso molecularEx: proteínas de alto peso molecular
MECANISMOS DE TRANSPORTE MECANISMOS DE TRANSPORTE Transportes EspecializadosTransportes Especializados
EndocitoseEndocitose
ENDOCITOSEENDOCITOSE
Líquido extra-celular
Citoplasma
Membrana
Fonte: http://sis.nlm.nih.gov/enviro/toxtutor/Tox2/index.html
Hidrossolubilidade: OH, COOH, NH2 , SH, C=O Lipossolubilidade : alquílicos, fenílicos,
naftílicos, halogênios, acetil (CH3COO-)
Solubilidade
Fatores relacionados à substância química Fatores relacionados à substância química
Grau de ionização do toxicanteGrau de ionização do toxicante
• valores de pKavalores de pKa (logaritmo negativo da constante (logaritmo negativo da constante de dissociação) do toxicantede dissociação) do toxicante
• pH do meiopH do meio (plasma, estômago, intestino, urina (plasma, estômago, intestino, urina etc.) etc.)
determinarão a proporção entre formas Ionizadas (I) determinarão a proporção entre formas Ionizadas (I) e Não Ionizadas (NI) nos compartimentose Não Ionizadas (NI) nos compartimentos
Fatores relacionados à substância químicaFatores relacionados à substância química
EQUAÇÃO DE HANDERSON-HASSELBACHEQUAÇÃO DE HANDERSON-HASSELBACH
Grau de ionização do toxicanteGrau de ionização do toxicante
pH do meiopH do meio pKa do toxicantepKa do toxicante
para ácidos fracos: Rpara ácidos fracos: RCOOH COOH RCOO RCOO-- H H++
pKa - pH =pKa - pH =
para bases fracas: Rpara bases fracas: R NH NH33+ + RNH RNH22 H H++
pKa - pH pKa - pH ==log log I I
NINI
log log NINI
[I][I]
Onde:
I = forma ionizada
NI = forma não ionizada
PlasmaPlasma(pH = 7,4)(pH = 7,4)
R-COOHR-COOH
R-COOR-COO-- + H+ H++
NINI
II
Suco gástrico(pH = 1,4)
R-COOH
R-COO- + H+
NI
I
10210-4
Composto ácido: AAS (pKa = 3,4)Composto ácido: AAS (pKa = 3,4)
M
E
M
B
RA
N
A
EstômagoEstômago(pH = 1,4)(pH = 1,4)
R-NHR-NH33
R-NHR-NH2 2 + H+ H++
II
NN II
Intestino(pH = 6,4)
R-NH3
R-NH2 + H+
I
NI
10-1104
Composto básico: anilina (pKa = 5,4)Composto básico: anilina (pKa = 5,4)
M
E
M
B
RA
N
A
?
Passagem de um compartimento a outro segundo o pH
pH alto pH baixo
BASESBASES ÁCIDOSÁCIDOS
Fonte: Repetto, 1997
MMEEMMBBRRAANNAA
Fortes ÁCIDOS pKa BASES FracosFortes ÁCIDOS pKa BASES Fracos
Cafeína*Cafeína*DapsonaDapsonaOxazepan*Oxazepan*Nitrazepan*Nitrazepan*DiazepanDiazepanQuininaQuininaQuinidinaQuinidinaClordiazepóxidoClordiazepóxidoProfoxifenoProfoxifenoReserpinaReserpinaKanamicinaKanamicinaLidocaínaLidocaínaQuininaQuininaQuinidinaQuinidinaMeperidinaMeperidinaProcainamidaProcainamidaEfedrinaEfedrinaAnfetaminaAnfetaminaTolazolinaTolazolinaMecamilaminaMecamilaminaGuanetidinaGuanetidina
00
11
22
33
44
55
66
77
88
99
1010
1111
1212
1313
1414
PenicilinasPenicilinasÁcido salicílicoÁcido salicílicoÁcido acetilsalicílicoÁcido acetilsalicílicoWarfarinaWarfarinaTolbutamidaTolbutamidaSulfadimetoxinaSulfadimetoxinaFenobarbitalFenobarbitalTiopentalTiopentalFenitoínaFenitoínaTeofilinaTeofilinaGlutetimidaGlutetimida*Nitrazepan*Nitrazepan*Oxazepan*Oxazepan
CafeínaCafeínaFracosFracos FortesFortes
Valores aproximados de pKa de alguns ácidos e basesValores aproximados de pKa de alguns ácidos e bases
VIAS DE INTRODUÇÃO
Agente Agente tóxicotóxico
Barreira Biológica
Sistema Sistema biológicobiológico
Cutânea
Gastrintestinal
Alveolar
Vascular
Hemato-encefálica
Placentária
ABSORÇÃO CUTÂNEA
• Dificultada pelo extrato córneo
Fatores que influenciam Ligados ao agente
lipossolubilidade, grau de dissociação, peso lipossolubilidade, grau de dissociação, peso
molecular, volatilidade, viscosidademolecular, volatilidade, viscosidade
Ligados ao indivíduo
região da pele, integridade da pele, região da pele, integridade da pele,
pilosidades locais, vascularizaçãopilosidades locais, vascularização
Ligados às condições de contato ou da exposição
duração e tipo do contato, temperatura local duração e tipo do contato, temperatura local
da pele e do ambienteda pele e do ambiente
ABSORÇÃO CUTÂNEA
ABSORÇÃO GASTRINTESTINAL
• Fatores que influenciamFatores que influenciam
Relacionados ao toxicante
- lipossolubilidade
- dissociação
- propriedades irritativas
e eméticas
- resistência ao pH estomacal,
enzimas digestivas e enzimas
da microflora intestinal
Estado de plenitude ou vacuidade GI
Interação físico-química entre compostos no conteúdo intestinal
• 100% via oral• 50% via retal• 0% via
sublingual
EFEITO DA PRIMEIRA PASSAGEM OU ELIMINAÇÃO PRÉ-SISTÊMICA
ABSORÇÃO PULMONAR
• Extensa área de absorção
área alveolar ~90 m2
• Rápida intoxicação
pulmão coração
• Absorção
Gases
Vapores
Partículas sólidas e
líquidas
P ar alveolar > P sangue: absorçãoP ar alveolar > P sangue: absorçãoP ar alveolar < P sangue: eliminaçãoP ar alveolar < P sangue: eliminação
ABSORÇÃO PULMONAR
Alvéolos
Partículas > 5 m remoção mecânica
Partículas 1-5 m remoção mucociliar
Partículas < 1 m absorção
ABSORÇÃO PULMONAR MATERIAL PARTICULADO
II – Fase de ToxicocinéticaII – Fase de Toxicocinética DISTRIBUIÇÃO/ARMAZENAMENTO DOS TOXICANTESDISTRIBUIÇÃO/ARMAZENAMENTO DOS TOXICANTES
FATORES LIGADOS AO AGENTE TÓXICO FATORES LIGADOS AO AGENTE TÓXICO
• • lipossolubilidade - lipossolubilidade - quanto maior a lipossolubilidade mais
rápida a chegada aos órgãos-alvo
• grau de ionização – grau de ionização – quanto menor a ionização maior a absorção
• afinidade com moléculas orgânicas – afinidade com moléculas orgânicas – quanto maior a afinidade mais lenta a distribuição aos órgãos-alvo
Ex: CO e Hb, chumbo e ossos, clorados e tecido adiposo, Ex: CO e Hb, chumbo e ossos, clorados e tecido adiposo,
metais e grupos SHmetais e grupos SH
• grau de oxidação do toxicantegrau de oxidação do toxicante
Ex: AsEx: As3+3+ (cumulativo) e As (cumulativo) e As5+ 5+ (eliminado)(eliminado)
II – Fase de ToxicocinéticaII – Fase de Toxicocinética
DISTRIBUIÇÃO/ARMAZENAMENTO DOS TOXICANTESDISTRIBUIÇÃO/ARMAZENAMENTO DOS TOXICANTES
FATORES LIGADOS AO ORGANISMOFATORES LIGADOS AO ORGANISMO
• Alta irrigação do órgão (fígado, baço, rins, pulmões)Alta irrigação do órgão (fígado, baço, rins, pulmões)
• Conteúdo hídrico (rins) ou lipídico (SNC) do órgãoConteúdo hídrico (rins) ou lipídico (SNC) do órgão
• Capacidade de biotransformação do órgãoCapacidade de biotransformação do órgão
Ex: DDT Ex: DDT DDE (menor biotransformação) DDE (menor biotransformação)
Complexação de agentes tóxicos com proteínasComplexação de agentes tóxicos com proteínas
Fonte: Repetto, 1997
II – Fase de ToxicocinéticaII – Fase de Toxicocinética
DISTRIBUIÇÃO DOS AGENTES TÓXICOSDISTRIBUIÇÃO DOS AGENTES TÓXICOS
BARREIRAS BIOLÓGICASBARREIRAS BIOLÓGICAS
Hemato-encefálica:Hemato-encefálica: passagem depende da afinidade passagem depende da afinidade por células do SNC e da lipossolubilidade do agente por células do SNC e da lipossolubilidade do agente tóxico.tóxico.
Ex: álcoois, drogas de abuso, nicotina, praguicidas Ex: álcoois, drogas de abuso, nicotina, praguicidas organofosforados, solventes orgânicos, CO, metais organofosforados, solventes orgânicos, CO, metais pesadospesados
II – Fase de ToxicocinéticaII – Fase de Toxicocinética
DISTRIBUIÇÃO DOS AGENTES TÓXICOSDISTRIBUIÇÃO DOS AGENTES TÓXICOS
BARREIRAS BIOLÓGICASBARREIRAS BIOLÓGICAS
PLACENTÁRIA:PLACENTÁRIA: estrutura altamente vascularizada (tecidos estrutura altamente vascularizada (tecidos maternos e fetais)maternos e fetais)
Funções:Funções: trocas gasosas, passagem de nutrientes, excreção de trocas gasosas, passagem de nutrientes, excreção de
metabólitos fetais, controle hormonal do fetometabólitos fetais, controle hormonal do feto
Passagem de toxicantes: Passagem de toxicantes:
- por difusão passiva, facilitada, transporte ativo e filtraçãopor difusão passiva, facilitada, transporte ativo e filtração
- depende da lipossolubilidade e peso molecular do composto depende da lipossolubilidade e peso molecular do composto
- depende da circulação e do metabolismo placentáriodepende da circulação e do metabolismo placentário
- pode ocorrer passagem em todas as fases da gestaçãopode ocorrer passagem em todas as fases da gestação
Ex: etanol, metais, drogas de abuso (BEBÊS COM SÍNDROME DE Ex: etanol, metais, drogas de abuso (BEBÊS COM SÍNDROME DE ABSTINÊNCIA)ABSTINÊNCIA)
II – Fase de ToxicocinéticaII – Fase de Toxicocinética
SÍTIOS DE SÍTIOS DE ARMAZENAMENTOARMAZENAMENTO
PROTEÍNAS PLASMÁTICASPROTEÍNAS PLASMÁTICAS- Maior parte dos toxicantes distribuem-se ligados à Maior parte dos toxicantes distribuem-se ligados à
albuminaalbumina (ligações reversíveis) (ligações reversíveis)
Ex: fármacos de caráter ácido: fenobarbital, ácido valpróicoEx: fármacos de caráter ácido: fenobarbital, ácido valpróico
- - lipoproteínaslipoproteínas: têm maior peso molecular e são lipossolúveis : têm maior peso molecular e são lipossolúveis Ex: fármacos de caráter básico - imipramina, clorpromazina, Ex: fármacos de caráter básico - imipramina, clorpromazina, propranololpropranolol
• FORMA LIGADA - farmacologicamente inativaFORMA LIGADA - farmacologicamente inativa
• FORMA LIVRE - farmacologicamente ativa FORMA LIVRE - farmacologicamente ativa
explica a toxicidade do paration explica a toxicidade do paration paraoxon (predomínio paraoxon (predomínio da forma livre)da forma livre)
IMPORTÂNCIAIMPORTÂNCIA
II – Fase de ToxicocinéticaII – Fase de Toxicocinética
SÍTIOS DE SÍTIOS DE ARMAZENAMENTOARMAZENAMENTO
• fígadofígado
• rinsrins
• lipídios (solventes, organoclorados, lipídios (solventes, organoclorados,
cocaína, THC)cocaína, THC)
• ossosossos
• cabeloscabelos
• leite materno, entre outrosleite materno, entre outros
II – Fase de ToxicocinéticaII – Fase de Toxicocinética
BIOTRANSFORMAÇÃOBIOTRANSFORMAÇÃO
Conceito:Conceito:
Conjunto de Conjunto de alterações químicas (ou estruturais)alterações químicas (ou estruturais) que que
as substâncias sofrem no organismo, geralmente por as substâncias sofrem no organismo, geralmente por
processos enzimáticos, para formar derivados processos enzimáticos, para formar derivados mais mais
polarespolares e e mais hidrossolúveismais hidrossolúveis, resultando quase , resultando quase
sempre na diminuição ou perda da sua toxicidade e sempre na diminuição ou perda da sua toxicidade e
facilitando a eliminação renal. facilitando a eliminação renal.
I N ATI VOS( destoxifi cação)
ATI VOS( bioativação)
METABÓLI TOS
XEN O BI Ó TI CO
BIOTRANSFORMAÇÃOBIOTRANSFORMAÇÃO
METABÓLITOS TÓXICOSMETABÓLITOS TÓXICOS
BIOATIVAÇÃO E DESTOXIFICAÇÃO DO BIOATIVAÇÃO E DESTOXIFICAÇÃO DO
PARACETAMOLPARACETAMOL
Glicunonidação Paracetamol Sulfatação
Metabólito eletrofílicoMetabólito eletrofílico
reativoreativo
Glutationa Proteínas hepáticas
Destoxificação Morte celular
Citocromo P450
CONSEQÜÊNCIAS DA BIOTRANSFORMAÇÃOCONSEQÜÊNCIAS DA BIOTRANSFORMAÇÃO
Favorecer a eliminação por formação de Favorecer a eliminação por formação de compostos mais polarescompostos mais polares
Reduzir a toxicidade do agente tóxico (caso Reduzir a toxicidade do agente tóxico (caso mais freqüente)mais freqüente)
• Transformar o produto original em compostos Transformar o produto original em compostos mais ativosmais ativos
FATORES QUE MODIFICAM A FATORES QUE MODIFICAM A BIOTRANSFORMAÇÃOBIOTRANSFORMAÇÃO
constitucionaisconstitucionais• FATORES INTERNOSFATORES INTERNOS condicionaiscondicionais
indução enzimáticaindução enzimática• FATORES EXTERNOSFATORES EXTERNOS
inibição enzimáticainibição enzimática
-OH
FASE IFASE I FASE IIFASE II
BENZENO FENOL FENIL SULFATOBENZENO FENOL FENIL SULFATO
-OSO3H
FASES DA BIOTRANSFORMAÇÃOFASES DA BIOTRANSFORMAÇÃO
BIOTRANSFORMAÇÃOBIOTRANSFORMAÇÃO
DO DO
TOXICANTETOXICANTE
PRODUTO HIDROSSOLÚVELPRODUTO HIDROSSOLÚVEL
MUITO POLARMUITO POLAR POUCO POLARPOUCO POLAR
FASE IFASE I
(POLARIZAÇÃO)(POLARIZAÇÃO)__ __
FASE IIFASE II
(CONJUGAÇÃO)(CONJUGAÇÃO)__ XX
ELIMINAÇÃOELIMINAÇÃO X X XX
POSSIBILIDADES TOXICOCINÉTICAS DAS POSSIBILIDADES TOXICOCINÉTICAS DAS SUSTÂNCIAS QUÍMICASSUSTÂNCIAS QUÍMICAS
BIOTRANSFORMAÇÃOBIOTRANSFORMAÇÃO
DO DO
TOXICANTETOXICANTE
PRODUTO LIPOSSOLÚVELPRODUTO LIPOSSOLÚVEL
METABOLIZÁVELMETABOLIZÁVELPOUCO POUCO
METABOLIZÁVELMETABOLIZÁVEL
FASE IFASE I
(POLARIZAÇÃO)(POLARIZAÇÃO)XX
FASE IIFASE II
(CONJUGAÇÃO)(CONJUGAÇÃO)XX
ELIMINAÇÃOELIMINAÇÃO X X SEQÜESTROSEQÜESTRO
FÍSICO-QUÍMICOFÍSICO-QUÍMICO
POSSIBILIDADES TOXICOCINÉTICAS DAS POSSIBILIDADES TOXICOCINÉTICAS DAS SUSTÂNCIAS QUÍMICASSUSTÂNCIAS QUÍMICAS
II – Fase de ToxicocinéticaII – Fase de Toxicocinética
EXCREÇÃO / ELIMINAÇÃOEXCREÇÃO / ELIMINAÇÃO
ConceitoConceito::
ExcreçãoExcreção - processo pelo qual uma substância - processo pelo qual uma substância é expulsa do organismoé expulsa do organismo
Eliminação por biotransformaçãoEliminação por biotransformação - processo - processo pelo qual as substâncias mudam de estrutura, pelo qual as substâncias mudam de estrutura, mas continuam no organismo sob a forma de mas continuam no organismo sob a forma de metabólitosmetabólitos
II – Fase de ToxicocinéticaII – Fase de Toxicocinética
EXCREÇÃO / ELIMINAÇÃOEXCREÇÃO / ELIMINAÇÃO
VIASVIAS::
Renal (através da urina)Renal (através da urina) Pulmonar (através do ar expirado)Pulmonar (através do ar expirado) Biliar (através da bile)Biliar (através da bile) SuorSuor SalivaSaliva LeiteLeite Gastrintestinal (pelas fezes)Gastrintestinal (pelas fezes)
Fonte: Repetto, 1997Fonte: Repetto, 1997
Efeito do pH urinário sobre a reabsorção e Efeito do pH urinário sobre a reabsorção e excreção de uma substância ionizadaexcreção de uma substância ionizada
ParedeParede Urina pHUrina pH
PlasmaPlasma tubulartubular ácidoácido
HX HX H H++ + X + X--
Urina pHUrina pH ParedeParede
básicobásico tubular tubular PlasmaPlasma
XX-- + H + H++ HX HX
Á
C
I
D
O
S
F
R
A
C
O
S
FASE III – TOXICODINÂMICAFASE III – TOXICODINÂMICA
Compreende os mecanismos de Compreende os mecanismos de
interação entre as moléculas do interação entre as moléculas do
toxicante e os sítios de ação, toxicante e os sítios de ação,
específicos ou não, dos órgãos e, específicos ou não, dos órgãos e,
conseqüentemente, o aparecimento conseqüentemente, o aparecimento
de desequilíbrio homeostáticode desequilíbrio homeostático
Organismo OrganismoSítio de Ação
Efeito tóxico
Dose administradado toxicante
Concentraçãoadequada
Alterações bioquímicase fisiológicas
Bioativação
Estágios potenciais no desenvolvimento de Estágios potenciais no desenvolvimento de toxicidade após a exposição a toxicantestoxicidade após a exposição a toxicantes
ToxicanteToxicante
Alcance doAlcance do órgãoórgão
Interação com aInteração com amolécula-alvomolécula-alvo
Alteração doAlteração doambiente biológicoambiente biológico
Disfunção celularDisfunção celular
ToxicidadToxicidad
ee
DanoDano
Fonte: Gregus & Klaassen (2001) apud Paoliello; Silva, 2003Fonte: Gregus & Klaassen (2001) apud Paoliello; Silva, 2003
AbsorçãoAbsorção
Distribuição para o alvoDistribuição para o alvo
ReabsorçãoReabsorção
AtivaçãoAtivação
Eliminação pré-sistêmicaEliminação pré-sistêmica
Distribuição longe do alvoDistribuição longe do alvo
ExcreçãoExcreção
DestoxificaçãoDestoxificação
Fonte: Gregus & Klaassen (2001) apud Paoliello; Silva, 2003Fonte: Gregus & Klaassen (2001) apud Paoliello; Silva, 2003
Local de exposição: pele, trato GI, trato respiratório, placentaLocal de exposição: pele, trato GI, trato respiratório, placenta
ToxicanteToxicante
Processo de alcance do toxicante no sítio-alvo de açãoProcesso de alcance do toxicante no sítio-alvo de ação
Molécula-alvoMolécula-alvo (proteína, lipídio, ácido nucléico e (proteína, lipídio, ácido nucléico e
macromolécula) ou macromolécula) ou sítio-alvosítio-alvo de ação de ação
Toxicante finalToxicante final
XXXXXXXX
• Xenobiótico original chumbo, tetrodotoxina, cianetochumbo, tetrodotoxina, cianeto
• Metabólito do xenobiótico fluorocitrato (fluoracetato), ácido oxálico fluorocitrato (fluoracetato), ácido oxálico
(etilenoglicol)(etilenoglicol)
• Espécies reativas de oxigênio ou de nitrogênio OHOH (paraquate)(paraquate)
• Compostos endógenos bilirrubina deslocada da albumina pela bilirrubina deslocada da albumina pela
sulfonamidasulfonamida
DESENCADEADORES DO EFEITO TÓXICO
CLASSIFICAÇÃO DOS TOXICANTES CLASSIFICAÇÃO DOS TOXICANTES QUANTO AOS SEUS MODOS DE AÇÃOQUANTO AOS SEUS MODOS DE AÇÃO
• InespecíficosInespecíficosefeito depende de suas propriedades efeito depende de suas propriedades
físico-químicasfísico-químicasácidos ou bases que são irritantes e ácidos ou bases que são irritantes e
corrosivos nos tecidos de contatocorrosivos nos tecidos de contato
• EspecíficosEspecíficosefeito mais seletivo pois atuam em efeito mais seletivo pois atuam em
uma “estrutura-alvo” (enzimas, uma “estrutura-alvo” (enzimas, moléculas transportadoras, canais moléculas transportadoras, canais iônicos, ácidos nucleicos, etc)iônicos, ácidos nucleicos, etc)
• Distribuição seletiva
Porosidade do endotélio capilarPorosidade do endotélio capilar favorece acúmulo e ação de xenobióticos nos favorece acúmulo e ação de xenobióticos nos
rins e fígadorins e fígado
Transporte de membrana especializadoTransporte de membrana especializado paraquate entra no pneumócito através de uma paraquate entra no pneumócito através de uma
proteína carreadoraproteína carreadora
Ligação a compostos intracelularesLigação a compostos intracelulares
FATORES QUE DETERMINAM A SELETIVIDADE DE AÇÃO
III – Fase de ToxicodinâmicaIII – Fase de Toxicodinâmica
Ação sobreAção sobre Estrutura celularEstrutura celular
• Destruição total da célulaDestruição total da célula
• Alteração da membrana celularAlteração da membrana celular
• Alteração das organelas celularesAlteração das organelas celulares
III – Fase de ToxicodinâmicaIII – Fase de Toxicodinâmica
Ação sobreAção sobre FunçãoFunção celularcelular
Interação com receptoresInteração com receptores
Inibição da fosforilação oxidativaInibição da fosforilação oxidativa
Complexação com biomoléculasComplexação com biomoléculas componentes enzimáticoscomponentes enzimáticos proteínasproteínas lipídioslipídios ácidos nucléicosácidos nucléicos
Perturbação da homeostase do cálcioPerturbação da homeostase do cálcio
Interferência nas funções de membranasInterferência nas funções de membranas
Interações com ReceptoresInterações com Receptores
Receptores: macromoléculas Receptores: macromoléculas
situadas nas membranas celulares, situadas nas membranas celulares,
no citoplasma ou no núcleono citoplasma ou no núcleo
Interações com ReceptoresInterações com Receptores
Atropina: bloqueia os receptores Atropina: bloqueia os receptores muscarínicos da acetilcolina muscarínicos da acetilcolina
Interações com ReceptoresInterações com Receptores
Bloqueio da junção neuromuscular por Bloqueio da junção neuromuscular por venenos neurotóxicosvenenos neurotóxicos
Complexação com biomoléculas Complexação com biomoléculas
COMPONENTES ENZIMÁTICOSCOMPONENTES ENZIMÁTICOS
• Praguicidas organofosforados e carbamatos Praguicidas organofosforados e carbamatos – – inibem a enzima acetilcolinesteraseinibem a enzima acetilcolinesterase
• Chumbo: Chumbo: inibição da síntese do hemeinibição da síntese do heme
Complexação com biomoléculasComplexação com biomoléculas
Fenda Fenda sináptica sináptica colinérgica colinérgica normalnormal
Complexação com biomoléculas Complexação com biomoléculas
COMPONENTES ENZIMÁTICOSCOMPONENTES ENZIMÁTICOS
Complexação com biomoléculasComplexação com biomoléculas
Inibição de colinesterases por inseticidas organofosforadosInibição de colinesterases por inseticidas organofosforados
Fonte: Mídio; Silva (1995), apud Paoliello; Silva, 2003
Complexação com biomoléculas Complexação com biomoléculas
COMPONENTES ENZIMÁTICOSCOMPONENTES ENZIMÁTICOS
Complexação com biomoléculasComplexação com biomoléculas
Inibição de colinesterases por inseticidas carbamatosInibição de colinesterases por inseticidas carbamatos
Fonte: Mídio; Silva (1995), apud Paoliello; Silva, 2003
Complexação com biomoléculas Complexação com biomoléculas
COMPONENTES ENZIMÁTICOSCOMPONENTES ENZIMÁTICOS
Complexação com biomoléculas Complexação com biomoléculas
COMPONENTES ENZIMÁTICOSCOMPONENTES ENZIMÁTICOS
Efeito do Efeito do chumbo na chumbo na síntese do síntese do
hemeheme
Complexação com biomoléculas Complexação com biomoléculas
PROTEÍNAS / ÁCIDOS NUCLEICOSPROTEÍNAS / ÁCIDOS NUCLEICOS
AFLATOXINA B1 AFLATOXINA B1 2,3 – EPÓXIDO2,3 – EPÓXIDO DNA DNA
Sulfato PARACETAMOLPARACETAMOL Glicuronato
N-acetil p-benzoquinona-iminaN-acetil p-benzoquinona-imina
(Intermediário tóxico)(Intermediário tóxico)
Ácido Mercapiturico Morte celular
BIOATIVAÇÃOBIOATIVAÇÃO
•EEstresse oxidativo –s sofre ciclo redox–a aceita e- da redutase, originando radical que então transfere esse e- extra ao O2, formando ânion superóxido e regenerando o composto original. Através deste ciclo, 1 molécula do xenobiótico pode gerar muitos anions superóxido
Redução do oxigênio molecular através do ganho de 4 elétrons
Complexação com biomoléculas Complexação com biomoléculas
LIPÍDIOSLIPÍDIOS
Inibição da fosforilaçãoInibição da fosforilação oxidativaoxidativa
interferências com a produção de energia celular interferências com a produção de energia celular
(ATP mitocondrial) (ATP mitocondrial)
GRUPO IGRUPO I
Substâncias que interferem na liberação de hidrogênio
para a cadeia de transporte de elétrons
Exemplo: fluoracetato de sódio inibe o Ciclo de Krebs
e a produção de co-fatores reduzidos
Inibição da fosforilaçãoInibição da fosforilação oxidativaoxidativa
CIA = ácido cítrico FUA = ácido fumárico
ICA = ácido isocítrico MAA = ácido málico
CGA = ácido cetoglutárico OXA = ácido oxalacético
SUA = ácido succínico
FLUORACETATOFLUORACETATO
Inibição da fosforilaçãoInibição da fosforilação oxidativaoxidativa
Substâncias que inibem o transporte de elétrons
pela cadeiade transporte,
até serem receptados pelo oxigênio
Exemplo: cianeto
interferências com a produção de energia celular interferências com a produção de energia celular
(ATP mitocondrial) (ATP mitocondrial)
GRUPO IIGRUPO II
Inibição da fosforilaçãoInibição da fosforilação oxidativaoxidativa
CIANETOCIANETO
Inibição da fosforilaçãoInibição da fosforilação oxidativaoxidativa
Substâncias que interferem na liberação de oxigênio no
transportador final de elétrons (citocromo oxidase)
Exemplos:
Monóxido de carbono carboxiemoglobina
Agentes metemoglobinizantes metemoglobina
GRUPO IIIGRUPO III
interferências com a produção de energia celular interferências com a produção de energia celular
(ATP mitocondrial) (ATP mitocondrial)
Inibição da fosforilaçãoInibição da fosforilação oxidativaoxidativa
CARBOXIEMOGLOBINACARBOXIEMOGLOBINA
Inibição da fosforilaçãoInibição da fosforilação oxidativaoxidativa
nitritonitrito anilina anilina
toluidinastoluidinas nitrobenzeno nitrobenzeno
antimaláricosantimaláricos nitrotolueno nitrotolueno
antibióticosantibióticos anestésicos locais anestésicos locais
FeFe++++ FeFe++++++
METEMOGLOBINAMETEMOGLOBINA
Perturbação da homeostase do cálcioPerturbação da homeostase do cálcio
Fonte: Repetto, 1997Fonte: Repetto, 1997
Perturbação da homeostase do cálcioPerturbação da homeostase do cálcio
aumento do influxo de cálcio
liberação intracelular de cálcio
inibição da saída pela membrana plasmática
Dioxinas, aldeídos, peróxidos, metais, nitrofenóis, entre outros
Interferência nas funções de Interferência nas funções de membranasmembranas
DDTDDT – ação neurotóxica por bloqueio dos – ação neurotóxica por bloqueio dos canais de Nacanais de Na++
Solventes orgânicosSolventes orgânicos – efeitos depressores – efeitos depressores do SNC por alteração da fluidez da do SNC por alteração da fluidez da membranamembrana
IV – Fase ClínicaIV – Fase Clínica
É a É a fase em que há evidências de sinais fase em que há evidências de sinais
e sintomas, ou ainda alterações e sintomas, ou ainda alterações
patológicas detectáveispatológicas detectáveis mediante provas mediante provas
diagnósticas, caracterizando os efeitos diagnósticas, caracterizando os efeitos
nocivos provocados pela interação do nocivos provocados pela interação do
toxicante com o organismotoxicante com o organismo
Forma de Forma de
transportetransporte
Forma Forma ativaativa Forma Forma
ativaativa
PRODUTOS PRODUTOS NOCIVOSNOCIVOS
AbsorçãoAbsorção
Fluido extracelularFluido extracelular
Drogas em forma Drogas em forma ativaativa
Drogas em forma de Drogas em forma de transportetransporte
Produtos inativosProdutos inativos
Local de açãoLocal de ação
principalprincipal
Local de ação Local de ação
secundáriosecundário
EstímuloEstímulo
EstímuloEstímulo
RelaçãoRelaçãoestímuloestímulo
efeitoefeito
RelaçãoRelaçãoestímuloestímulo
efeitoefeito
EfeitosEfeitoscolateraiscolaterais
Efeito Efeito
terapêutico terapêutico ou tóxicoou tóxico
Ativação Ativação metabólicametabólica
Degradação Degradação
metabólicametabólica
XENOBIÓTICO
XENOBIÓTICO
Ligado a proteínasLigado a proteínas
SUBSTÂNCIASUBSTÂNCIATÓXICATÓXICA PELE OU MUCOSAPELE OU MUCOSA TECIDO CELULARTECIDO CELULAR
ÓRGÃOÓRGÃO
Fonte: Ballantyne et al., 1999 apud Paoliello, 2003
FIGURA-BASE PARA A CLASSIFICAÇÃO GERALFIGURA-BASE PARA A CLASSIFICAÇÃO GERAL DOS EFEITOS TÓXICOSDOS EFEITOS TÓXICOS
VIA DE EXPOSIÇÃOVIA DE EXPOSIÇÃO ABSORÇÃOABSORÇÃO
TOXICIDADE LOCALTOXICIDADE LOCAL TOXICIDADE SISTÊMICATOXICIDADE SISTÊMICA
ESPECTRO DOS EFEITOS TÓXICOSESPECTRO DOS EFEITOS TÓXICOS
Efeito localEfeito local Efeito sistêmicoEfeito sistêmico
efeito reversívelefeito reversível efeito irreversívelefeito irreversível
Efeito imediatoEfeito imediato Efeito tardioEfeito tardio
alterações genéticasalterações genéticas mutagênicosmutagênicos carcinogênicoscarcinogênicos teratogênicosteratogênicos
MECANISMOS DE INTERAÇÕESMECANISMOS DE INTERAÇÕES
• Toxicocinéticofenilbutazona e varfarinabicarbonato e barbituratos
• Toxicodinâmicoálcool e benzodiazepínicosopióides e naloxona
• Químicometais e quelantes
Resultado da interação
Sinergismo
Diminuição do efeito
Antagonismo
Aumento do efeito
Adição Potenciação
Farmacológico FuncionalFisiológico
Químico
Competitivo Não Competitivo
ILUSTRAÇÃO DOS DIFERENTES TIPOS DE INTERAÇÕES
InteraçãoEfeito do agente A
Efeito do agente B
Efeito de A + B
Adição 20% 30% 50%
Sinergismo 20% 30% 100%
Potenciação 0% 30% 50%
Antagonismo 20% 30% 5%
Fonte: modificado de: http://www.sis.nlm.nih.gov/enviro/toxtutor/Tox1/a42.htm
ANTAGONISMO FARMACOLÓGICO COMPETITIVO
• O antagonista compete com o agonista pelo receptor
• O antagonismo pode ser revertido aumentando-se a concentração do agonista
Agonista Antagonista competitivo
Antagonista não competitivo
Agonista
ANTAGONISMO FARMACOLÓGICO NÃO COMPETITIVO
A ligação do antagonista altera o sítio de ligação do agonista, impedindo-o de se ligar
O antagonismo não pode ser revertido aumentando-se a concentração do agonista
ANTAGONISMO FISIOLÓGICO FUNCIONAL
• Agentes atuam em diferentes receptores produzindo efeitos opostos que se contrabalançam
DDT e benzodiazepínicos
DDT DDT fechamento canais Na fechamento canais Na++ hiperexcitabilidade neuronalhiperexcitabilidade neuronal
Benzodiazepínicos Benzodiazepínicos ação do GABA ação do GABA depressão neuronaldepressão neuronal
ANTAGONISMO QUÍMICO
• Interação química direta entre dois agentes
metais e quelantes
INTOXICAÇÃOINTOXICAÇÃO
Processo patológico causado por substâncias Processo patológico causado por substâncias químicas e caracterizado por desequilíbrio químicas e caracterizado por desequilíbrio fisiológico secundários a modificações fisiológico secundários a modificações bioquímicas no organismobioquímicas no organismo
Processo evidenciado por sinais e sintomas Processo evidenciado por sinais e sintomas ou mediante exames laboratoriaisou mediante exames laboratoriais
CLASSIFICAÇÃO DA INTOXICAÇÃOCLASSIFICAÇÃO DA INTOXICAÇÃO
INTOXICAÇÃO AGUDA (a curto prazo): consiste no aparecimento de um quadro clínico patológico decorrente de exposição única ou múltipla, num período não superior a 24 h
INTOXICAÇÃO SOBREAGUDA: exposições freqüentes ou repetidas, num período de vários dias ou semanas, antes do aparecimento dos sintomas
INTOXICAÇÃO CRÔNICA (a longo prazo): exposições freqüentes ou repetidas (geralmente baixas doses), durante um longo período de tempo.
Manifestações clínicas: acúmulo do tóxico ou adição de efeitos
Quanto à duração da exposição
CLASSIFICAÇÃO E EVOLUÇÃO DA INTOXICAÇÃO EM FUNÇÃO DO TEMPO
Fonte: Repetto, 1997
INTOXICAÇÃO A LONGO PRAZO:
ACUMULAÇÃO DO TOXICANTE NO ORGANISMO
Fonte: Lauwerys & Lauenne apud Chasin; Azevedo, 2003
INTOXICAÇÃO A LONGO PRAZO:
SOMA DOS EFEITOS DO TOXICANTE
Fonte: Lauwerys & Lauenne apud Chasin; Azevedo, 2003
CLASSIFICAÇÃO DAS INTOXICAÇÕESCLASSIFICAÇÃO DAS INTOXICAÇÕES
Quanto à intensidade dos efeitosQuanto à intensidade dos efeitos
LEVE:LEVE: geralmente é reversível com o término da geralmente é reversível com o término da exposiçãoexposição
MODERADA:MODERADA: as lesões podem ser reversíveis e as lesões podem ser reversíveis e irreversíveis, sem morte ou lesão grave irreversíveis, sem morte ou lesão grave permanentepermanente
GRAVE:GRAVE: há lesão irreversível, podendo levar à há lesão irreversível, podendo levar à mortemorte
CLASSIFICAÇÃO DA INTOXICAÇÃOCLASSIFICAÇÃO DA INTOXICAÇÃO
Quanto à forma de atuaçãoQuanto à forma de atuação
LOCAL:LOCAL: o efeito ocorre no local do primeiro contato do agente tóxico com o organismo (ingestão de ácidos, inalação de vapores irritantes)
SISTÊMICA:SISTÊMICA: o efeito tóxico ocorre distante do local de penetração do agente após absorção pela corrente sangüínea (efeito nefrotóxico do cádmio)
COMPORTAMENTO CINÉTICO DO AGENTE COMPORTAMENTO CINÉTICO DO AGENTE TÓXICO NO ORGANISMOTÓXICO NO ORGANISMO
TOXICANTETOXICANTE
Vias de introdução
Absorção
DISTRIBUIÇÃO (SANGUE)DISTRIBUIÇÃO (SANGUE)
Tóxico livre Tóxico combinadoTóxico livre Tóxico combinado
Produto de biotransformaçãoProduto de biotransformação
CINÉTICACINÉTICA
InteraçãoInteração
EfeitosEfeitosEliminaçãoEliminação BiotransformaçãoBiotransformação
ACUMULAÇÃOACUMULAÇÃO
Combinado LivreCombinado Livre
DINÂMICADINÂMICA
SÍTIO DE AÇÃOSÍTIO DE AÇÃO
(receptores)(receptores)
Você pode ser um Você pode ser um toxicologista em duas lições toxicologista em duas lições fáceis...fáceis...
(Arnold Lehman, 1955)(Arnold Lehman, 1955)
... cada uma de dez anos... cada uma de dez anos..