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ESTRUTURA DO PARÁGRAFO

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  • ESTRUTURA DO

    PARGRAFO

  • PARGRAFO DISSERTATIVO

    EXPOSITIVO

    Caracteriza-se pelo objetivo nicode discorrer sobre um tema nosentido meramente informativo.

    EXEMPLO: Pode-se dissertar sobre oaborto nos planos cientfico, jurdicoe moral, sem, entretanto, defenderposies particulares.

  • PARGRAFO DISSERTATIVO

    ARGUMENTATIVO

    Transcende o intuito da simplesinformao.

    Libera reflexes sobre algo natentativa de persuadir o receptorde que aquele raciocnioverbalizado correto, merecedorde aceitao.

  • PARGRAFO DISSERTATIVO

    EXPOSITIVOA Cano de Massa

    A Cano de Massa alcanou, nos ltimosanos, no Brasil, uma difuso jamaisexperimentada por qualquer outramanifestao cultural, graas aodesenvolvimento dos meios de comunicao,especialmente o rdio, a televiso e asgravaes em cd. De caractersticasnitidamente urbanas com marcada atuaonas grandes cidades, ela vem exercendocrescente influncia tambm nas reas rurais.(JAMBEIRO, Othon. Cano de Massa. Textoadaptado.)

  • PARGRAFO DISSERTATIVO

    ARGUMENTATIVOA Pena de Morte

    Enquanto no ficar demonstradocabalmente que a pena de morte o meiomais eficaz na luta contra o crime, no tem ohomem o direito de invoc-la. De todas aspenas, a que mais se reveste do carter devingana. a lex talionis: vida por vida. Aohomicdio ilcito responde-se com o homicdiolegal e friamente executado. repetir comKoestler: Uma vida no vale nada, mas nadavale uma vida (MAGALHES, Noronha. DireitoPenal. Texto adaptado.)

  • DISSERTAO

    EXPOSITIVA

    A CANO DEMASSA

    Objetiva-seapenasapresentarinformaessobre a difusoda cano demassa em nossopas.

    ARGUMENTATIVA

    A PENA DEMORTE

    Objetiva-seprovar aineficincia dapena de mortecomo meio decombate criminalidade.

  • PARGRAFO NARRATIVOAs principais caractersticas de um texto narrativo so:

    predominantemente figurativo - Isto - usa

    predominantemente termos concretos.

    dinmico - Tem relaes de anterioridade e de

    posterioridade.

    Segue ordem cronolgica - Ordem do relgio.

    Narrando os fatos desde o incio at o final.

    Pode ser narrado em primeira ou terceira pessoa. Em

    primeira pessoa o narrador participa dos fatos. Em

    terceira pessoa o narrador no participa dos fatos.

    Os tempos verbais mais utilizados so: Presente,

    Imperfeito e Futuro.

    narracao_PT1.ppt

  • Cenas de horror em Realengo

    Na manh desta quinta-feira, 7 de abril, um jovem

    de 24 anos entrou na Escola Municipal Tasso da

    Silveira, em Realengo, Zona Oeste da cidade,

    dizendo ter sido convidado para dar uma palestra

    aos alunos. Ele subiu trs andares do prdio e

    entrou numa sala onde 40 alunos da nona srie

    assistiam a uma aula de Portugus, abrindo fogo

    contra os estudantes com idades entre 12 e 14

    anos. Testemunhas relatam um verdadeiro

    massacre. Wellington Menezes de Oliveira teria

    mirado contra a cabea dos estudantes, com a

    clara inteno de mat-los.

  • Cenas de horror em Realengo

    Quase trinta alunos foram baleados e mais

    de 10 morreram. Aps o ataque, o assassino

    deixou uma carta de teor fundamentalista

    no local. O texto continha frases

    desconexas e incompreensveis, com

    menes ao Islamismo e at mesmo

    prticas terroristas. Em seguida, ele se

    matou dando um tiro na prpria cabea.

  • PARGRAFO DESCRITIVOAs caractersticas de um texto descritivo:

    No importante a ordem dos relatos, portanto,

    no h progresso temporal.

    No traz transformaes nos seus relatos.

    um texto figurativo (composto por termos

    concretos).

    Todas as ocorrncias so simultneas. Se inverter a

    ordem dos relatos, nada muda.

    Predominam verbos de estado. (ter, estar, sustenta,

    ser, etc). Os tempos verbais predominantes so o

    presente e o imperfeito.

  • O CORTIO (..) E todo aquele retintim de ferramentas, e o

    martelar da forja, e o coro dos que l em cima

    brocavam a rocha ..., e a surda zoada ao longe,

    que vinha do cortio, ... tudo dava a ideia de uma

    atividade feroz, de uma luta de vingana e de

    dio. Aqueles homens gotejavam de suor,

    bbados de calor, ... pareciam um punhado de

    demnios revoltados na sua impotncia contra o

    gigante que os contemplavam com desprezo,

    ...deixando sem um gemido que lhe abrissem as

    entranhas de granito. (..)

  • O pargrafo uma unidade de composio constituda

    por um ou mais de um perodo, em que se desenvolve

    determinada ideia central, ou nuclear, a que se agregam

    outras, secundrias, intimamente relacionadas pelo

    sentido e logicamente decorrentes dela.

    (...) esse conceito se aplica a um tipo de pargrafo

    considerado como padro, e padro no apenas no

    sentido de modelo, de prottipo, que se deva ou que

    convenha imitar, dada a sua eficcia, mas tambm no

    sentido de ser frequente, ou predominante, na obra de

    escritores sobretudo modernos de reconhecido

    mrito. (Othon M. Garcia. Comunicao em prosa

    moderna. R. de Janeiro: FGV, 1988, p.203)

  • Em geral, o pargrafo-padro, aquele de estrutura mais

    comum e mais eficaz, o que justifica seja ensinado aos

    principiantes consta, sobretudo na dissertao e na

    descrio, de duas e, ocasionalmente, de trs partes: a

    introduo, representada na maioria dos casos por um

    ou dois perodos curtos iniciais, em que se expressa de

    maneira sumria e sucinta a ideia-ncleo ( o que

    passaremos a chamar daqui por diante de tpico frasal);

    o desenvolvimento, isto , a explanao mesma dessa

    ideia-ncleo; e a concluso, mais rara, mormente nos

    pargrafos pouco extensos ou naqueles em que a ideia

    central no apresenta maior complexidade. (Othon M.

    Garcia. Comunicao em prosa moderna. R. de Janeiro:

    FGV, 1988, p.206)

  • Escolha do tema

    Delimitao do tema

    Fixao do objetivo

    Elaborao da frase-ncleo ou tpico frasal (suas

    diferentes feies)

    Plano de desenvolvimento (seleo e ordenao de

    ideias)

    Elaborao do desenvolvimento (as vrias formas de

    desenvolvimento)

    Elaborao da frase de concluso

  • A DELIMITAO DO TEMA

    A delimitao do assunto, feita com adjuntos adnominais e adverbiais, no capricho do autor.

    uma forma que lhe possibilita tratar do assunto com maior profundidade e eficcia. Permite-lhe total controle do assunto. (Andrade/Medeiros. Curso de Lngua

    Portuguesa. S. Paulo: Atlas, 1997, p.225)

    Cabe a quem vai escrever optar por uma entre as vrias possibilidades de delimitao do assunto.

    Essa opo deve ser feita com base nos conhecimentos, experincias e interesses de quem vai escrever: no se pode escrever bem sobre um tema que no se conhece bem, de que no se tem

    experincia ou pelo qual no se tem interesse. (Magda B. Soares e Edson N. Campos. Tcnica de redao. S. Paulo: Ao Livro Tcnico, 1987, p.49)

  • Exemplo

    Assunto: A televiso

    Delimitao: A realidade na televiso

  • CARACTERSTICAS E VANTAGENS DA DELIMITAO

    Torna o tema menos genrico

    As ideias passam por um processo de afunilamento

    Mais facilidade para controlar o assunto sobre o qual se est escrevendo

    Melhor definio sobre quantidade e variedade das ideias

    Melhor sintonia entre as escolhas e o conhecimento/interesse do autor

  • CARACTERSTICAS E VANTAGENS DA DELIMITAO

    Imposio de uma ordem ao assunto

    Estabelecimento dos limites do pargrafo

    Possibilidade de tratar o assunto com maior profundidade e eficcia

    Favorece a criao de ideias

    Mesmo assunto permite diferentes delimitaes

  • A FIXAO DO OBJETIVO

    Determinar para qu se vai escrever sobre determinado assunto, com que finalidade, para atingir

    quais objetivos, uma etapa indispensvel no planejamento do ato de escrever. (Magda B. Soares e Edson N. Campos. Tcnica de redao. S. Paulo: Ao

    Livro Tcnico, 1987, p.56)

    Um procedimento comumente indicado como tcnica para melhorar o desempenho na redao estabelecer um objetivo para alcanar em cada um dos pargrafos. Qual a finalidade do texto? Onde se pretende chegar?

    (Andrade/Medeiros. Curso de Lngua Portuguesa. S. Paulo: Atlas, 1997, p.225)

  • Exemplo

    Assunto: A televiso

    Delimitao: A realidade na televiso

    Fixao do objetivo: Mostrar que a televiso

    no fornece uma reproduo fiel da

    realidade.

  • Caractersticas e vantagens da fixao do objetivo

    Facilita a seleo das ideias e sua ordenao

    Indica o para qu escrever sobre determinadoassunto

    Oferece direo ao assunto

    O texto se desenvolve em funo do objetivoestabelecido

    Serve de controle de fidelidade do pensamento

    Mantm o trabalho nos limites da linha escolhida

    Auxilia na manuteno da unidade e da coerncia

  • ELABORAO DA FRASE-NCLEO OU TPICO FRASAL

    Constitudo habitualmente por um ou dois perodos curtos iniciais, o tpico frasal encerra de modo geral e conciso a ideia-ncleo do pargrafo.

    , como vimos, uma generalizao, em que se expressa opinio pessoal, um juzo, se define ou se

    declara alguma coisa. (Othon M. Garcia. Comunicao em prosa moderna. R. de Janeiro:

    FGV, 1988, p.206)

  • ELABORAO DA FRASE-NCLEO OU TPICO FRASAL

    Depois que o assunto foi delimitado, depois que o objetivo que dever orientar o pargrafo foi

    especificado, pode-se comear a escrever. importante redigir, em primeiro lugar, uma ou mais frases que traduzam o objetivo escolhido. Essa ou essas frases iniciais do pargrafo so o que se pode chamar de

    frase-ncleo. (Magda B. Soares e Edson N. Campos. Tcnica de redao. S. Paulo: Ao Livro Tcnico, 1987,

    p.62)

  • Elaborao da frase-ncleo ou tpico frasal

    O tpico frasal semelhante ao lead de um texto jornalstico: orienta o desenvolvimento do

    pargrafo e possibilita ao redator manter-se coerente com as ideias expostas. Essa frase inicial policia o desenvolvimento das ideias para que o

    pargrafo no fuja do objetivo determinado. (...) O tpico frasal introduz o assunto, ainda que de

    forma geral. Portanto, uma frase sinttica que traa a direo que o desenvolvimento deve seguir. Ele indica ao autor os limites das ideias que pode

    explanar no pargrafo. (Andrade/Medeiros. Curso de Lngua Portuguesa. S. Paulo: Atlas, 1997, p.227)

  • EXEMPLO

    Assunto: A televiso

    Delimitao: A realidade na televiso

    Fixao do objetivo: Mostrar que a televisono fornece uma reproduo fiel darealidade.

    Frase-ncleo ou tpico frasal:

    A tev, apesar de nos trazer uma imagemconcreta, no fornece uma reproduo fielda realidade.

  • CARACTERSTICAS E VANTAGENS DA ELABORAO DA FRASE-NCLEO OU TPICO

    FRASAL Indica a delimitao do assunto e o objetivo que o dirige

    Encerra de modo geral e conciso a ideia-ncleo do pargrafo

    Trata-se de um generalizao que expressa uma opinio pessoal, um juzo, define ou declara alguma coisa

    Trata-se de um raciocnio dedutivo

    Constitui um meio eficaz de expor ou explanar ideias

    Garante a objetividade, a coerncia e a unidade do pargrafo

    Define o propsito do pargrafo e evita digresses

  • CARACTERSTICAS E VANTAGENS DA ELABORAO DA FRASE-NCLEO OU TPICO

    FRASAL Funciona como um controle de fidelidade ao objetivo

    fixado Mantm o pargrafo nos limites do objetivo fixado

    Facilita o resumo ou sumrio de um texto Serve de orientao para o leitor

    Capta o interesse do leitor, prendendo-lhe a ateno Assemelha-se ao lead de um texto jornalstico

    Em sntese: a) controla a fidelidade ao objetivo b) garante a coerncia das ideias com esse objetivo c)

    orienta e prende a ateno daquele que vai ler o trabalho

  • DIFERENTES FEIES DA FRASE-NCLEO OU TPICO FRASAL

    Admitindo-se como recomendvel essa tcnica de se iniciar o pargrafo com o tpico frasal, resta-nos

    mostrar algumas da suas feies mais comuns. H vrios artifcios, que a leitura dos bons autores

    contemporneos de preferncia nos pode ensinar. Conhec-los talvez contribua para abreviar aqueles

    momentos de indeciso que precedem o ato de redigir as primeiras linhas de um pargrafo. Ora, o tpico

    frasal lhe facilita a tarefa, porque nele est a sntese do seu pensamento, restando-lhe fundament-lo. (Othon

    M. Garcia. Comunicao em prosa moderna. R. de Janeiro: FGV, 1988, p.208)

  • DECLARAO INICIAL O conhecimento nasceu como uma extenso do corpo,

    para ajud-lo a viver. O corpo sentiu dor, e a dor f-lousar a inteligncia a fim de encontrar uma receita parapor fim dor. O corpo sentiu prazer, e o prazer f-lousar a inteligncia a fim de encontrar uma receita pararepetir a experincia de prazer. Esse o incio doconhecimento. Foi assim que nasceu a cincia. (RubemAlves, Folha de S. Paulo, 12.09.99.)

  • DECLARAO INICIAL

    O hbito de correr, benfico para o corao, os

    pulmes e a manuteno da forma fsica,

    tambm origina srios problemas,

    principalmente, ortopdicos.

  • DECLARAO INICIALEXAGERO NA DOSE

    meritrio o esforo do Ministrio da Sade paraprevenir a transmisso da Aids entre usurios de drogasinjetveis. A mais recente campanha com tal fim, noentanto, exagera na dose ao apelar a imagens como ade papel higinico, absorvente feminino e preservativousados. A intenso fazer uma associao direta comos perigos do compartilhamento de seringasdescartveis, fato responsvel por um tero dos casosda doena registrados em Porto Alegre. Ao chocar opblico-alvo pela crueza da temtica, porm, os cartazesda campanha correm o risco de agredi-lo moralmente eafast-lo dos programas de preveno.

    Zero Hora, 27 de junho de 2013

  • DEFINIO Estilo a expresso literria de ideias ou

    sentimentos. Resulta de um conjunto de dotes externos ou internos, que se fundem num todo harmnico e se manifestam por modalidades de

    expresso a que se d o nome de figuras. (Augusto Magne, Princpios..., p.39. In: Othon M. Garcia. Comunicao em prosa moderna. R. de Janeiro:

    FGV, 1988, p.209)

  • DEFINIO O homem no existncia: ausncia. a

    definio perfeita da falta de algo interior,

    indefinvel e misterioso. Todos ns, seres

    humanos, somos, no entanto, excees, por

    nossa individualidade e essncia nicas;

    excees de um nica regra, trao de igualdade,

    a que chamamos de solido. a solido a regra

    de nossa existncia. Em funo dela buscamos

    viver, na tentativa incessante de nos

    completarmos.

  • DIVISO Um presidente impopular cria dois tipos de

    ministros. Um faz o tipo compadecido. to prestativo quanto incuo. Outro, faz o gnero eu-saio-inteiro. Cata e guarda as migalhas do poder esfarelado, supondo que poder vir a junt-las. Terminado o governo, descobre que juntou po

    dormido. As duas espcies j podem ser vistas nas cerimnias de Braslia (Elio Gaspari, Folha de S.

    Paulo, 15.09.99., p.9).

  • ALUSO HISTRICA

    Conta-se que Boabdil, ltimo rei mouro de Granada, vencido pelos cristos, ao lanar um olhar de despedida bela cidade andaluza, do alto de uma das colinas que a circundam, no se conteve e chorou. Sua me, que o

    acompanhava, em vez de reconfort-lo, teria, ao contrrio, dirigido ao prncipe estas palavras cruis:

    Chora, meu filho, como mulher, a cidade que no soubeste defender como homem (...) (Jefferson Peres,

    A Crtica, 06.12.87.)

  • ALUSO HISTRICA

    Na mitologia grega, Prometeu o tit que rouba o fogodos deuses e por eles condenado a um suplcio eterno.Preso a uma rocha, uma guia devora-lheconstantemente o fgado. Trata-se de uma lendaaltamente simblica e aplicvel poca atual. O fogo aalude ao conhecimento, tcnica. Por esseconhecimento, por essa tcnica, paga o ser humano umpreo s vezes muito alto. Isso particularmenteverdadeiro no campo da medicina, sustenta, em artigopublicado no New England Journal of Medicine, ogeriatra James S. Goodwin (Universidade do Texas).

    Zero Hora, 12 de julho de 2013.

  • INTERROGAO

    Onde esto os melhores programas da TV a

    cabo? Que programas merecem que se reserve

    um bom tempo para a televiso? Quais as

    diferenas entre canais que oferecem

    programao do mesmo gnero? Onde

    encontrar bons documentrios, filmes inditos,notcias ao vivo, transmisses esportivas?

  • INTERROGAO

    Ser que com novos impostos que a

    sade melhorar no Brasil? Os contribuintes j

    esto cansados de tirar dinheiro do bolso para

    tapar um buraco que parece no ter fim. A cada

    ano, o cidado lesado por novos impostos para

    alimentar um sistema que s parece piorar. (Textoadaptado)

  • Quem poderia supor Miss Brasil 2001totalmente binica?

  • A FORMULAO DO DESENVOLVIMENTO DO PARGRAFO

    Ao escrever um pargrafo, devemos, pois, antes de desenvolver a frase-ncleo, selecionar os aspectos que sero apresentados e orden-los: devemos construir

    um plano de desenvolvimento das ideias. O plano ser um instrumento de controle do desenvolvimento:

    evitar a incluso de aspectos ou detalhes desnecessrios ou incoerentes com objetivo e

    assegurar a presena de todos os aspectos ou detalhes exigidos pelo objetivo. Alm disso, o plano,

    determinando a ordem em que sero apresentados os aspectos ou detalhes, garantir uma boa estruturao do pargrafo. (Magda B. Soares e Edson N. Campos. Tcnica de redao. S. Paulo: Ao Livro Tcnico, 1987,

    p.73)

  • EXEMPLO

    Assunto: A televiso

    Delimitao: A realidade na televiso.

    Objetivo: Mostrar que a televiso no fornece umareproduo fiel da realidade.

    Frase-ncleo ou tpico frasal: A tev, apesar denos trazer uma imagem concreta, no fornece umareproduo fiel da realidade.

  • DESENVOLVIMENTO

    Uma reportagem de TV, com transmisso direta, o resultado de vrios pontos de vista: 1) do realizador, que

    controla e seleciona as imagens num monitor; 2) do produtor, que poder efetuar cortes arbitrrios; 3) do

    cameraman, que seleciona os ngulos de filmagem; 4) finalmente, de todos aqueles capazes de intervir no

    processo de transmisso. Por outro lado, alternando sempre os closes (apenas o rosto de um personagem no vdeo, por exemplo) com cenas reduzidas (a vista geral de uma multido), a televiso no d ao espectador a

    liberdade de escolher o essencial ou o acidental, ou seja, aquilo que ele deseja ver em grandes ou pequenos

    planos.

  • CARACTERSTICAS DO DESENVOLVIMENTO

    Trata-se da explanao da ideia principal do pargrafo contida na frase-ncleo.

    Trata-se da fundamentao, de maneira clara e convincente, do objetivo fixado pelo autor.

    Trata-se da exposio dos pormenores que iro constituir o corpo do pargrafo.

    Consiste na seleo e ordenao das ideias que iro dar sequncia frase-ncleo.

  • ALTERNATIVAS DE DESENVOLVIMENTO DO PARGRAFO

    A elaborao de pargrafos no pode ficar jungida a normas muito restritas. Um pargrafo pode apresentar mais de uma faceta ao mesmo tempo, de acordo com a natureza do assunto, o tipo de composio, o estilo do escritor. As formas de desenvolvimento que se citam

    tm carter didtico; visam a oferecer ao aluno subsdios para o aprendizado. (Maria Margarida de Andrade/Antonio Henriques. Lngua portuguesa:

    noes bsicas para cursos superiores. S. Paulo: Atlas, 1999, p.105)

  • ENUMERAO

    H constantes alagaes nas ruas e bairros de Manaus e so duas as principais causas. A primeira devido a

    cidade estar localizada margem do rio, o que significa dizer que vrias ruas foram construdas sobre os

    igaraps. A segunda consequncia da primeira, pois a populao mora prximo a esses igaraps e joga lixo dentro dele. Portanto, quando chove, o acmulo de lixo faz com que a gua transborde, inudando ruas e casas

    (Lorena M. N. Tomas).

  • ENUMERAO

    Recentes desenvolvimentos tecnolgicos tornarampossvel uma nova forma de comunicao humana: acomunicao de massa. Essa forma se diferencia dasanteriores pelas seguintes e principais caractersticas: dirigida a audincias relativamente grandes,heterogneas e annimas; as mensagens sotransmitidas publicamente, na maior parte das vezesprogramadas para atingir simultaneamente a maioriados membros da audincia, e tm carter transitrio; ocomunicador tende a operar dentro de umaorganizao complexa que pode envolver grandesdespesas. Essas condies tm consequnciasimportantes para as atividades tradicionais que sodesempenhadas por comunicadores na sociedade.(Charles R. Wright, Comunicao de Massa)

  • CONFRONTO

    Poltica e politicalha no se confundem, no se parecem, no se relacionam uma com a outra. Antes se negam, se excluem, se repulsam mutuamente. A poltica a arte de

    gerir o Estado, segundo princpios definidos, regras morais, leis escritas, ou tradies respeitveis. A politicalha a indstria e o explorar a benefcio de interesses pessoais.

    Constitui a poltica uma funo, ou conjunto das funes do organismo nacional; o exerccio normal das foras de uma nao consciente e senhora de si mesma. A politicalha, pelo contrarrio, o envenamento crnico dos povos negligentes

    e viciosos pela contaminao de parasitas inexorveis. A poltica a higiene dos pases moralmente sadios. A

    politicalha, a malria dos povos de moralidade estragada. (Rui Barbosa, apud Lus Viana Filho)

  • CONFRONTO No se pode imaginar contraste mais violento do que o existente entre

    as duas regies. De um lado, a terra escura, pegajosa, mida, cavada desulcos ou embebida de gua, com rvores frutferas, mangueiras,laranjeiras, canaviais, rios limosos. De outro lado, um caos de pedrascinzentas cravadas em desordem no cho de argila seca, rachado pelosol, e vastas extenses de areia ardente. No litoral, a riqueza davegetao exuberante, de um verde quase negro, com razesmergulhadas nos pntanos e o cimo muitas vezes coroado de brumasmatinais - plantas que arrebentam de seiva, mel, de perfumes. Noserto, a caatinga, como lhe chamavam os ndios, com uma vegetaode cactos, de moitas espinhosas, de ervas raquticas, amarelas,calcinadas, de rvores esquelticas com folhas raivosamente eriadas,transformadas em espinhos ou arestas, de rvores ventrudas que socomo odres para reter sob a casca rugosa a maior quantidade possvelda mesquinha gua da chuva. paisagem voluptuosa da cana-de-acar, em que tudo tentao de vadiar, de dormir, de sonhar, de amar,ope-se esta paisagem dura, angulosa, trgica. (Roger Bastide, Brasil:terrra de contrastes)

  • CITAO DE EXEMPLOS

    A cidade de Manaus possui lugares muito bonitos de se visitar. O Teatro Amazonas e a Praia da

    Ponta Negra, por exemplo, no devem deixar de estar no roteiro de visitas. O primeiro, mais

    sofisticado, encanta os olhos com sua beleza rica do perodo ureo da borracha; o segundo convida a

    um passeio informal e possui uma vista linda do Rio Negro. Quem visita Manaus no esquece suas

    belezas

  • RESPOSTA INTERROGAO Para que servem, afinal, as novelas? De certa maneira, para

    servir de espelho sociedade que as inspira. Mas basta aparecer uma personagem que no esteja de acordo com a imagem que a sociedade idealiza sobre si mesma e chovem

    os pedidos moralizantes para tirar a personagem do ar. Homossexualismo, por exemplo, no pode: na ltima novela

    de Silvio de Abreu, Torre de Babel, explodiram o casal vivido por duas atrizes. Agora, em Laos de Famlia, o alvo

    a Capitu, interpretada pela atriz Giovanna Antonelli. Garota de programa que se d bem no um bom exemplo

    pras famlias. Por outro lado, personagens sacanas, ladres, corruptos, de carter duvidoso, canalhas de toda espcie,

    ah!, isso pode. Novela o espelho da sociedade? sim, mas com filtro moral. (Cludio Parreira, Revista Bundas, n.59,

    01.08.2000, p.8)

  • RESPOSTA INTERROGAO

    Voc quer aprender a elaborar um pargrafo-padro? Se sua resposta for sim, primeiro escolha um tema sobre qualquer assunto; depois, delimite esse tema, isto , v desdobrando-o em partes menores at chegar naquela que voc domina, conhece profundamente. Ento, estabelea um objetivo. Nele deve estar inserido o motivo que o levou a redigir o pargrafo. Agora, sim, elabore uma frase bem interessante sobre o assunto delimitado, daquelas frases misteriosas que estimulam a curiosidade e a sensibilidade das pessoas. Em seguida, explique claramente os seus pontos de vista e os seus conhecimentos, sempre orientado pelo objetivo. Finalmente, conclua o seu pargrafo traando uma opinio sucinta que lembre ao leitor o seu tema e o seu objetivo. Dessa forma, praticamente impossvel no chegar elaborao de um pargrafo que possa ser tomado como padro (Elen Mara dos Santos)

  • ELABORAO DA FRASE CONCLUSIVA

    A concluso do pargrafo consiste numa retomada do objetivo expresso na frase-ncleo ou, ainda, numa recapitulao dos detalhes que compuseram o seu

    desenvolvimento. Em outros termos, o autor reorganiza resumidamente os diversos aspectos da fase

    de desenvolvimento em uma frase final, que fecha o texto. Trata-se de uma representao sucinta ou geral

    do objetivo proposto na fase de introduo (frase-ncleo) e dos aspectos ou detalhes particulares

    explicitados na fase de desenvolvimento. (Magda B. Soares e Edson N. Campos. Tcnica de redao. S.

    Paulo: Ao Livro Tcnico, 1987, p.83)

  • CARACTERSTICAS E VANTAGENS DA FRASE CONCLUSIVA

    Retoma o objetivo fixado na frase-ncleo ou tpico frasal.

    Recapitula conjunto de detalhes que fazem parte do desenvolvimento.

    Reorganiza resumidamente, em uma frase, os diversos aspectos da fase de desenvolvimento.

    Apresenta implicaes ou inferncias da frase-ncleo ou tpico frasal ou do desenvolvimento.

  • EXPRESSES DE TRANSIO QUE, DE PRAXE, ARTICULAM O DESENVOLVIMENTO

    CONCLUSO

    DESSA FORMA, DE ACORDO COM ISSO, CONSEQUENTEMENTE

    COMO CONSEQUNCIA, EM DECORRNCIA, PORTANTO

    ENTO, ASSIM, EM SNTESE,

    EM SUMA, AFINAL, POR CONSEGUINTE.

    LOGO, POR ISSO, ETC.

  • A tev, apesar de nos trazer uma imagem concreta, nofornece uma reproduo fiel da realidade.

    Uma reportagem de TV, com transmisso direta, oresultado de vrios pontos de vista: do realizador, quecontrola e seleciona as imagens num monitor; do produtor,que poder efetuar cortes arbitrrios; do cameraman, queseleciona os ngulos de filmagem; finalmente, de todosaqueles capazes de intervir no processo de transmisso. Poroutro lado, alternando sempre os closes (apenas o rosto deum personagem no vdeo, por exemplo) com cenasreduzidas (a vista geral de uma multido), a televiso no dao espectador a liberdade de escolher o essencial ou oacidental, ou seja, aquilo que ele deseja ver em grandes oupequenos planos.

    Dessa forma, o veculo impe ao receptor a sua maneiraespecialssima de ver o real. (Muniz Sodr, A comunicaodo grotesco)

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  • O processo de construo do pargrafo

    Exemplo 1

    Tema: A corrupo

    Proposta de delimitao: 1) A corrupo no Brasil2) A corrupo na cidade de So Paulo 3) Os casos de corrupo envolvendo o ex-prefeito Celso Pitta

    Estabelecimento do objetivo: Identificar ecomentar os casos mais graves de corrupoenvolvendo o ex-prefeito de So Paulo Celso Pitta.

    Frase-ncleo:

    Muitos so os casos de corrupo envolvendo oex-prefeito de So Paulo Celso Pitta, mas alguns serevestem de maior gravidade.

  • Desenvolvimento:

    Em 1996, por exemplo, a emisso de R$ 3,2 bilhesem ttulos para pagar dvidas de R$ 1,9 bilho, comdesvio da diferena para outros fins, representa umasituao limite, uma vez que fere frontalmente o quedetermina a Constituio. J em 1997, o caso ficouconhecido como frangogate, em que a prefeitura de S.Paulo comprava frangos de uma empresa pertencente mulher do ex-prefeito Paulo Maluf, diz muito bem afalta de lisura e do favorecimento envolvendo recursospblicos. No fica para trs, por sua vez, a descobertafeita em 1999 de que a prefeitura descumpriasistematicamente a Lei Orgnica do Municpio, queestipula em 30% o percentual a ser aplicado emeducao, fato que gerou prejuzos irreversveis,principalmente para a populao mais carente.

  • Frase Conclusiva:

    Os casos aqui arrolados, entretanto,

    representam apenas a ponta de um iceberg

    que esconde o verdadeiro perfil de alguns

    homens que administram a coisa pblica em

    nosso pas.

  • Tema: A linguagem

    Proposta de delimitao: A linguagem do corpo

    Estabelecimento do objetivo: Mostrar que a linguagem do corpo sensual, engraada e sensvel.

    Frase-ncleo:Ela pode ser sensual, engraada e sensvel. Calma... no a mulher ideal, a linguagem do corpo.

    Plano de desenvolvimento das ideias:

    A linguagem do corpo :

    sensual

    engraada

    sensvel

  • Desenvolvimento:

    sensual quando em um encontro, por exemplo,um casal utiliza olhares intensos, gestoscalculados e expresses corporais atrevidas paraexpressar suas emoes. engraada quandoum humorista, para dar o correto tom de suapiada, faz caretas, imitaes e at mmicas com ointuito de fazer o espectador rir. , finalmente,sensvel quando um ator, ao final do espetculo,curva-se diante do pblico para agradecer osaplausos, que tambm identificam a sensibilidadedo pblico para afirmar que est satisfeito com aapresentao.

  • Frase Conclusiva:

    Tais exemplos de linguagem corporal nos

    levam concluso de que as palavras so

    dispensveis quando o corpo consegue supri-

    las.