Concreto Armado I - Aula 1 · PDF filesulqflsdo lghld hqyroylgd qd fuldomr h frqfhsomr gh xpd...

66
Professor Daniel Dias

Transcript of Concreto Armado I - Aula 1 · PDF filesulqflsdo lghld hqyroylgd qd fuldomr h frqfhsomr gh xpd...

Page 1: Concreto Armado I - Aula 1 · PDF filesulqflsdo lghld hqyroylgd qd fuldomr h frqfhsomr gh xpd hvwuxwxud txdotxhu txh vhmd r pdwhuldo hqyroylgr p d gh uhdol]du d wudqvplvvmr gdv fdujdv

Professor Daniel Dias

Page 2: Concreto Armado I - Aula 1 · PDF filesulqflsdo lghld hqyroylgd qd fuldomr h frqfhsomr gh xpd hvwuxwxud txdotxhu txh vhmd r pdwhuldo hqyroylgr p d gh uhdol]du d wudqvplvvmr gdv fdujdv

Por onde começar? QUAL O OBJETIVO A SER ALCANÇADO PELAS

NOSSAS ESTRUTURAS?

O QUE É RELEVANTE SER ESTUDADO PARA ATINGIRMOS ESSE OBJETIVO?

QUAIS AS INFORMAÇÕES NECESSÁRIAS A SEREM ESTUDADAS?

QUAL O PROCESSO ENVOLVIDOS NA ANALISE E A TEORIA ENVOLVIDA?

Page 3: Concreto Armado I - Aula 1 · PDF filesulqflsdo lghld hqyroylgd qd fuldomr h frqfhsomr gh xpd hvwuxwxud txdotxhu txh vhmd r pdwhuldo hqyroylgr p d gh uhdol]du d wudqvplvvmr gdv fdujdv

Bases de Cálculo

A principal ideia envolvida na criação e concepção de uma estrutura, qualquer que seja o material envolvido, é a de realizar a transmissão das cargas ou ações ao longo de toda a estrutura sem comprometer a segurança e a utilização.

Para entender esse processo deve-se conhecer o compreender como atuam os Esforços ao longo da estrutura. A identificação dos esforços existentes em cada elemento existente é fundamental para atingir o objetivo estipulado a estrutura.

E o mais importante, a estrutura será projetada, construída e utilizada, portanto deve-se haver um cuidado especial em analisar todas as etapas envolvidas para não gerar custos desnecessários em nenhum desses processos.

Qual o Objetivo das nossas estruturas?

Page 4: Concreto Armado I - Aula 1 · PDF filesulqflsdo lghld hqyroylgd qd fuldomr h frqfhsomr gh xpd hvwuxwxud txdotxhu txh vhmd r pdwhuldo hqyroylgr p d gh uhdol]du d wudqvplvvmr gdv fdujdv

Bases de Cálculo

Cargas ou ações são as forças externas que atuam sobre um determinado sistema estrutural e que provocam tensões.

Esforços são as forças desenvolvidas internamente no corpo e que tendem a resistir às cargas.

Deformações são as mudanças das dimensões geométricas e da forma do corpo solicitado pelos esforços.

As cargas ou ações atuantes sobre as estruturas, definidas por Normas específicas, de maneira geral, podem ser classificadas em: Permanentes (CP ou G), Acidentais ou Variáveis (CA ou Q), Vento (CV) e Excepcionais (CE):

Classificação dos Esforços

Page 5: Concreto Armado I - Aula 1 · PDF filesulqflsdo lghld hqyroylgd qd fuldomr h frqfhsomr gh xpd hvwuxwxud txdotxhu txh vhmd r pdwhuldo hqyroylgr p d gh uhdol]du d wudqvplvvmr gdv fdujdv

Cargas Permanentes: Peso próprio dos elementos constituintes da estrutura. Peso próprio de todos os elementos de construção permanentemente

suportados pela estrutura – pisos, paredes fixas, coberturas, forros, revestimentos e acabamentos.

Peso próprio de instalações, acessórios e equipamentos permanentes.

Cargas Acidentais: Sobrecargas de utilização, devidas ao peso das pessoas. Sobrecargas devidas ao peso de objetos e materiais estocados. Sobrecargas provenientes de cargas de equipamentos específicos –

ar condicionado, elevadores. Sobrecargas provenientes de empuxos de terra e de água e de

variação de temperatura.

Classificação dos Esforços

Bases de Cálculo

Page 6: Concreto Armado I - Aula 1 · PDF filesulqflsdo lghld hqyroylgd qd fuldomr h frqfhsomr gh xpd hvwuxwxud txdotxhu txh vhmd r pdwhuldo hqyroylgr p d gh uhdol]du d wudqvplvvmr gdv fdujdv

Cargas de Vento:

As cargas provenientes da ação dos ventos nas estruturas são das mais importantes e, suas considerações e aplicações, estão contidas em norma específica – NBR 6123 : Forças Devidas ao Vento em Edificações.

Cargas Excepcionais:

Cargas ou ações, provenientes de outros fatores:

vibrações: ressonância ou vibração senoidal contínua e transiente ou vibração passageira.

explosões, incêndios, choques de veículos, efeitos sísmicos, enchentes, etc.

Classificação dos Esforços

Bases de Cálculo

Page 7: Concreto Armado I - Aula 1 · PDF filesulqflsdo lghld hqyroylgd qd fuldomr h frqfhsomr gh xpd hvwuxwxud txdotxhu txh vhmd r pdwhuldo hqyroylgr p d gh uhdol]du d wudqvplvvmr gdv fdujdv

Bases de Cálculo

Esforços Atuantes Internos

Força Normal (N) :

é a componente perpendicular à seção transversal das peças, que podem ser de tração (+) se é dirigida para fora da peça ou de compressão (-) se é dirigida para dentro da peça.

Essa força será equilibrada por esforços internos (esforços resistentes) e se manifestam sob a forma de tensões normais, que serão de tração ou compressão segundo a força N seja de tração ou de compressão.

Força Cortante (Q) –

é a componente que tende a fazer deslizar uma porção da peça em relação à outra e por isso mesmo provocar corte.

Essa força será equilibrada por esforços internos e é denominada tensão de cisalhamento.

Classificação dos Esforços

Page 8: Concreto Armado I - Aula 1 · PDF filesulqflsdo lghld hqyroylgd qd fuldomr h frqfhsomr gh xpd hvwuxwxud txdotxhu txh vhmd r pdwhuldo hqyroylgr p d gh uhdol]du d wudqvplvvmr gdv fdujdv

Bases de Cálculo

Esforços Atuantes Internos

Momento Fletor (Mf ou M)

é a componente que tende a curvar o eixo longitudinal da peça e será equilibrada por esforços internos que são tensões normais.

Momento Torsor (Mt)

é a componente que tende a fazer girar a seção da peça em torno do seu eixo longitudinal e será equilibrada por esforços internos denominadas tensões de cisalhamento.

Classificação dos Esforços

Page 9: Concreto Armado I - Aula 1 · PDF filesulqflsdo lghld hqyroylgd qd fuldomr h frqfhsomr gh xpd hvwuxwxud txdotxhu txh vhmd r pdwhuldo hqyroylgr p d gh uhdol]du d wudqvplvvmr gdv fdujdv

Introdução De forma a atender as necessidades do projeto o engenheiro deve

atentar-se para aos seguintes itens:

Escolher o material mais adequado para a materialização de um dado tipo de construção levando em conta: segurança, economia, durabilidade e as características do projeto;

Cuidado: Muitas vezes o material “mais barato ou de baixo custo” não possuem controle de qualidade e podem gerar custos maiores.

Conhecer os sistemas estruturais e as propriedades dos materiais envolvidos, isoladamente ou associados;

Utilizar o material escolhido de forma mais eficiente e eficaz possível, ou seja, efetuando um dimensionamento seguro, econômico e com o melhor desempenho possível.

Page 10: Concreto Armado I - Aula 1 · PDF filesulqflsdo lghld hqyroylgd qd fuldomr h frqfhsomr gh xpd hvwuxwxud txdotxhu txh vhmd r pdwhuldo hqyroylgr p d gh uhdol]du d wudqvplvvmr gdv fdujdv

NBR 6118 / 2014 Norma que rege o projeto de estruturas de concreto armado

Page 11: Concreto Armado I - Aula 1 · PDF filesulqflsdo lghld hqyroylgd qd fuldomr h frqfhsomr gh xpd hvwuxwxud txdotxhu txh vhmd r pdwhuldo hqyroylgr p d gh uhdol]du d wudqvplvvmr gdv fdujdv

Introdução Exigências de Durabilidade segundo a NBR6118:

As estruturas de concreto armado devem ser projetadas e construídas de modo que, sob as condições ambientais previstas na época do projeto e quando utilizadas conforme preconizado em projeto, conservem sua segurança, estabilidade e aptidão em serviço durante o prazo correspondente à sua vida útil:

Vida útil de projeto é o período de tempo durante o qual se mantêm as características da estrutura de concreto sem intervenção significativas, desde que atendidos os requisitos de uso e manutenção prescritos pelo projetista e pelo construtor.

A durabilidade das estruturas é altamente dependente das características do concreto e da espessura e qualidade do concreto do cobrimento da armadura.

Page 12: Concreto Armado I - Aula 1 · PDF filesulqflsdo lghld hqyroylgd qd fuldomr h frqfhsomr gh xpd hvwuxwxud txdotxhu txh vhmd r pdwhuldo hqyroylgr p d gh uhdol]du d wudqvplvvmr gdv fdujdv

Introdução ESCOLHA DO CONCRETO

A NBR6118/14 correlaciona a escolha das especificações mínimas para o concreto com base na:

Identificação da Classe de agressividade mais adequado para o ambiente (CAA):

Page 13: Concreto Armado I - Aula 1 · PDF filesulqflsdo lghld hqyroylgd qd fuldomr h frqfhsomr gh xpd hvwuxwxud txdotxhu txh vhmd r pdwhuldo hqyroylgr p d gh uhdol]du d wudqvplvvmr gdv fdujdv

Introdução ESCOLHA DO CONCRETO

Definido o grau de agressividade ambiental, utilizamos a tabela 7.1 abaixo para correlacionar essa informação com as características mínimas exigidas:

Page 14: Concreto Armado I - Aula 1 · PDF filesulqflsdo lghld hqyroylgd qd fuldomr h frqfhsomr gh xpd hvwuxwxud txdotxhu txh vhmd r pdwhuldo hqyroylgr p d gh uhdol]du d wudqvplvvmr gdv fdujdv

Introdução ESCOLHA DO CONCRETO

A classe de agressividade ambiental também é utilizada como parâmetro para definir o cobrimento

Page 15: Concreto Armado I - Aula 1 · PDF filesulqflsdo lghld hqyroylgd qd fuldomr h frqfhsomr gh xpd hvwuxwxud txdotxhu txh vhmd r pdwhuldo hqyroylgr p d gh uhdol]du d wudqvplvvmr gdv fdujdv

Bases de Cálculo

Deformações / Deslocamentos

O influxo das cargas ou esforços atuantes provocam deformações / deslocamentos em torno dos eixos transversais da seção da peça.

As peças estruturais devem ter capacidade de se manter em condições estáveis plásticas em relação a estas deformações e, por conseguinte, existem valores pré-determinados que estipulam limitações para essas deformações /deslocamentos.

Peças sujeitas a cargas uniformemente distribuídas ou mesmo pontuais sofrem como consequência dessas cargas, deformações em torno do eixo solicitado.

É sempre necessário verificar se as deformações ocasionadas nas peças estruturais não ultrapassem as deformações permissíveis.

Classificação dos Esforços

Page 16: Concreto Armado I - Aula 1 · PDF filesulqflsdo lghld hqyroylgd qd fuldomr h frqfhsomr gh xpd hvwuxwxud txdotxhu txh vhmd r pdwhuldo hqyroylgr p d gh uhdol]du d wudqvplvvmr gdv fdujdv

Bases de Cálculo

A estrutura é considerada segura quando apresenta condições de suportar, sem atingir um estado limite, as ações mais desfavoráveis ao longo de sua vida útil da obra em condições adequadas de funcionalidade

Além da previsão de todas as ações, do projeto adequado, é necessário também que a estrutura tenha uma reserva de resistência, garantida por coeficientes de segurança adequados.

Um estado limite ocorre sempre que a estrutura deixa de satisfazer um de seus objetivos.

Os métodos de avaliação de uma estrutura descritos até hoje são: método das tensões admissíveis, método da ruptura, método probabilístico e semi-probabilístico.

Critérios de Dimensionamento

Page 17: Concreto Armado I - Aula 1 · PDF filesulqflsdo lghld hqyroylgd qd fuldomr h frqfhsomr gh xpd hvwuxwxud txdotxhu txh vhmd r pdwhuldo hqyroylgr p d gh uhdol]du d wudqvplvvmr gdv fdujdv

Bases de Cálculo

A segurança das estruturas é afetada por uma série de fatores, por exemplo, as variabilidades das ações, das resistências e das deformabilidades, imperfeição de execução e erros teóricos de analise.

Esses fatores são de natureza aleatória e através de um tratamento estatístico podem ser representados por: valores médios, desvios padrão e valores característicos.

O nível de segurança das nossas estruturas está na probabilidade da resistência (R) ser alcançada pela solicitação (S). Quanto maior a segurança mais cara a nossa estrutura.

A aplicação desse método para verificação é praticamente inviável pela complexidade.

Método Probabilístico

Page 18: Concreto Armado I - Aula 1 · PDF filesulqflsdo lghld hqyroylgd qd fuldomr h frqfhsomr gh xpd hvwuxwxud txdotxhu txh vhmd r pdwhuldo hqyroylgr p d gh uhdol]du d wudqvplvvmr gdv fdujdv

Bases de Cálculo

É um método híbrido onde são introduzidos dados estatísticos e conceitos probabilísticos, na medida do possível. A verificação consistem em:

As ações e resistências são consideradas através de seus valores característicos, os quais apresentam 5% de probabilidade de serem ultrapassados para o lado desfavorável;

A condição de segurança é atendida quando Sd≤Rd;

Método Semi-Probabilístico

Page 19: Concreto Armado I - Aula 1 · PDF filesulqflsdo lghld hqyroylgd qd fuldomr h frqfhsomr gh xpd hvwuxwxud txdotxhu txh vhmd r pdwhuldo hqyroylgr p d gh uhdol]du d wudqvplvvmr gdv fdujdv

Bases de Cálculo

A estrutura atinge seu Estado limite quando:

perde a estabilidade;

em um de seus pontos o material atinge a tensão de ruptura;

há uma deformação plástica excessiva.

O conceito de segurança abrange o estado limite ao longo de sua vida útil e às condições de funcionalidade.

Por isso, existem os dois tipos de estados limites: estados limites últimos (ELU) e estados limites de serviço (ELS).

Método dos Estados Limites

Page 20: Concreto Armado I - Aula 1 · PDF filesulqflsdo lghld hqyroylgd qd fuldomr h frqfhsomr gh xpd hvwuxwxud txdotxhu txh vhmd r pdwhuldo hqyroylgr p d gh uhdol]du d wudqvplvvmr gdv fdujdv

Bases de Cálculo

O método dos estados limites utilizado para o dimensionamento dos componentes de uma estrutura exige que nenhum estado limite aplicável seja excedido quando a estrutura for submetida a todas as combinações apropriadas de ações.

Por ações entendem-se todas as cargas (G, Q, CV, CE) que provocam tensões na estrutura.

Quando a estrutura não mais atende aos objetivos para os quais foi projetada, um ou mais estados limites foram excedidos.

Os estados limites últimos estão relacionados com a segurança da estrutura sujeita às combinações mais desfavoráveis de ações previstas em toda a sua vida útil.

Os estados limites de utilização estão relacionados com o desempenho da estrutura sob condições normais de serviço.

Método dos Estados Limites

Page 21: Concreto Armado I - Aula 1 · PDF filesulqflsdo lghld hqyroylgd qd fuldomr h frqfhsomr gh xpd hvwuxwxud txdotxhu txh vhmd r pdwhuldo hqyroylgr p d gh uhdol]du d wudqvplvvmr gdv fdujdv

Estados Limites

O conceito chave envolvido é o de esgotamento da capacidade de resistência da estrutura como um corpo rígido em um todo, cada elemento e a consideração de efeitos de segunda ordem.

Como um corpo rígido é o conceito de que mesmo que por conta de uma fatalidade ou patologia em um ponto da estrutura, a estrutura como um todo permanece resistindo aos carregamentos, sem que ocorra um o colapso das demais peças. Esse efeito é conhecido com colapso progressivo.

Todos os elementos da estrutura devem ser dimensionados considerando-se atender aos esforços atuantes. É a ideia de que a união de cada elemento isolado trabalha para atender um todo.

Os efeitos de segunda ordem de maneira simplifica consiste em avaliar a mudança nos esforços atuantes em cada peça e no conjunto todo após a deformação devido as cargas iniciais atuantes.

Estados Limites Ultimo

Page 22: Concreto Armado I - Aula 1 · PDF filesulqflsdo lghld hqyroylgd qd fuldomr h frqfhsomr gh xpd hvwuxwxud txdotxhu txh vhmd r pdwhuldo hqyroylgr p d gh uhdol]du d wudqvplvvmr gdv fdujdv

Estados Limites

Está envolvido com o conceito de durabilidade da estrutura, a

aparência, o conforto dos usuários e a funcionalidade.

Todos esses conceitos são facilmente associados ao “dia-a-dia” da

utilização da estrutura enquanto ela atua em sua finalidade.

Evita-se, assim, a sensação de insegurança dos usuários de uma obra na

presença de deformações ou vibrações excessivas, ou ainda, prejuízo de

componentes não estruturais como alvenarias e esquadrias.

A ocorrência do Estado Limite de Serviço ocasiona numa avaliação

estrutural para averiguar as condições de uso, para saber se a mesma pode

continuar a ser utilizada (com ou sem intervenções).

Estados Limites de Serviço

Page 23: Concreto Armado I - Aula 1 · PDF filesulqflsdo lghld hqyroylgd qd fuldomr h frqfhsomr gh xpd hvwuxwxud txdotxhu txh vhmd r pdwhuldo hqyroylgr p d gh uhdol]du d wudqvplvvmr gdv fdujdv

Solicitação x Resistência

De uma forma genérica, para qualquer material estrutural (aço, madeira, concreto, vidro, etc.), o princípio fundamental deste método é que a resistência de cálculo (Rd) de cada componente ou conjunto da estrutura deve ser igual ou superior à solicitação de cálculo (Sd).

A resistência de cálculo é determinada para cada estado limite e é igual a divisão da resistencia caracteristica (Rk) pelo coeficiente de minoração (γm), ou seja, Rd = Rk/ γm. Portanto:

Onde:

Sd = solicitação de cálculo

Rk = resistência característica do material

γ = coeficiente de minoração do material

Método dos Estados Limites

Sd < Rd = Rk / γ material

Page 24: Concreto Armado I - Aula 1 · PDF filesulqflsdo lghld hqyroylgd qd fuldomr h frqfhsomr gh xpd hvwuxwxud txdotxhu txh vhmd r pdwhuldo hqyroylgr p d gh uhdol]du d wudqvplvvmr gdv fdujdv

Solicitação x Resistência

No método dos estados limites, ainda, as ações devem ser majoradas de um coeficiente de majoração das ações (γF )

Onde:

Sd = solicitação de cálculo

S = esforço nominal

γF = coeficiente de majoração das ações

Devemos seguir as recomendações da norma NBR 8681 - Ações e Segurança nas Estruturas, e da NBR 6118: 2014 – Projeto de Estruturas de Concreto, combinando as cargas e os coeficientes de majoração especificados para cada uma delas.

Método dos Estados Limites

Sd = γF * S < Rd

Page 25: Concreto Armado I - Aula 1 · PDF filesulqflsdo lghld hqyroylgd qd fuldomr h frqfhsomr gh xpd hvwuxwxud txdotxhu txh vhmd r pdwhuldo hqyroylgr p d gh uhdol]du d wudqvplvvmr gdv fdujdv

Método dos Estados Limites

Os coeficientes de minoração das resistências são indicados por γm, sendo γc para o concreto e γs para o aço.

Estados Limites Últimos (ELU)

Concreto: γc = 1,4 fcd = fck / 1,4

Aço: γs = 1,15 fyd = fyk / 1,15

Estados Limites de Serviço (ELS)

Concreto: γc = 1,0

Aço: γs = 1,0

Coeficientes de ponderação das resistências

Page 26: Concreto Armado I - Aula 1 · PDF filesulqflsdo lghld hqyroylgd qd fuldomr h frqfhsomr gh xpd hvwuxwxud txdotxhu txh vhmd r pdwhuldo hqyroylgr p d gh uhdol]du d wudqvplvvmr gdv fdujdv

Estado Limite Último (ELU)

No cálculo dos esforços solicitantes, devem ser identificadas e quantificadas todas as ações passíveis de atuar durante a vida da estrutura e capazes de produzir efeitos significativos no comportamento da estrutura .

Com vistas aos Estados limites últimos, as ações podem ser quantificadas por seus valores representativos, que podem ser valores característicos, valores característicos nominais, valores reduzidos de combinação e valores convencionais excepcionais.

a) Valores característicos (Fk)

Os valores característicos quantificam as ações cuja variabilidade no tempo pode ser adequadamente expressa através de distribuições de probabilidade.

Valores Representativos

Page 27: Concreto Armado I - Aula 1 · PDF filesulqflsdo lghld hqyroylgd qd fuldomr h frqfhsomr gh xpd hvwuxwxud txdotxhu txh vhmd r pdwhuldo hqyroylgr p d gh uhdol]du d wudqvplvvmr gdv fdujdv

Estado Limite Último (ELU)

b) Valores reduzidos de combinação

Os valores reduzidos de combinação são empregados quando existem ações variáveis de naturezas distintas, com possibilidade de ocorrência simultânea. A NBR 6118:2014 estabelece para o cálculo do valor reduzido de combinação um coeficiente ψ0 que leva em conta o fato de que é muito pouco provável que essas ações variáveis ocorram simultaneamente com seus valores característicos.

Assim, os valores reduzidos de combinação são determinados a partir dos valores característicos através da expressão ψ0* Fk .

c) Valores convencionais excepcionais

São os valores arbitrados para as ações excepcionais. Em geral, esses valores são estabelecidos através de acordo entre o proprietário da construção e as autoridades governamentais que nela tenham interesse.

Valores Representativos

Page 28: Concreto Armado I - Aula 1 · PDF filesulqflsdo lghld hqyroylgd qd fuldomr h frqfhsomr gh xpd hvwuxwxud txdotxhu txh vhmd r pdwhuldo hqyroylgr p d gh uhdol]du d wudqvplvvmr gdv fdujdv

Os valores de cálculo Fd das ações são obtidos a partir dos valores representativos, multiplicando-os pelos respectivos coeficientes de ponderação γf .

No Estado Limite Último (ELU) considera-se que:

Os valores-base para verificação são os apresentados nas Tabelas 11.1 e 11.2, para γf1.γf3 e γf2, respectivamente.

Coeficientes de ponderação das ações

γf = γf1 γf2 γf3

Estado Limite Último (ELU)

Page 29: Concreto Armado I - Aula 1 · PDF filesulqflsdo lghld hqyroylgd qd fuldomr h frqfhsomr gh xpd hvwuxwxud txdotxhu txh vhmd r pdwhuldo hqyroylgr p d gh uhdol]du d wudqvplvvmr gdv fdujdv

Estado Limite Último (ELU)

Page 30: Concreto Armado I - Aula 1 · PDF filesulqflsdo lghld hqyroylgd qd fuldomr h frqfhsomr gh xpd hvwuxwxud txdotxhu txh vhmd r pdwhuldo hqyroylgr p d gh uhdol]du d wudqvplvvmr gdv fdujdv
Page 31: Concreto Armado I - Aula 1 · PDF filesulqflsdo lghld hqyroylgd qd fuldomr h frqfhsomr gh xpd hvwuxwxud txdotxhu txh vhmd r pdwhuldo hqyroylgr p d gh uhdol]du d wudqvplvvmr gdv fdujdv

Combinações de Ações Entende-se combinações de ações (ou carregamento) o conjunto das

ações que têm probabilidade não desprezível de atuarem simultaneamente sobre a estrutura, durante um determinado período de tempo pré-estabelecido.

Pode ser de longa duração ou transitório, conforme seu tempo de duração.

Em cada tipo de carregamento, as ações devem ser combinadas de diferentes maneiras, a fim de que possam ser determinados os efeitos mais desfavoráveis para a estrutura.

Devem ser estabelecidas tantas combinações quantas forem necessárias para que a segurança seja verificada em relação a todos os possíveis estados limites (últimos e de serviço).

Page 32: Concreto Armado I - Aula 1 · PDF filesulqflsdo lghld hqyroylgd qd fuldomr h frqfhsomr gh xpd hvwuxwxud txdotxhu txh vhmd r pdwhuldo hqyroylgr p d gh uhdol]du d wudqvplvvmr gdv fdujdv

Combinações de Ações As perguntas a serem feitas são as

seguintes:

As ações variáveis e excepcionais podem atuar simultaneamente com as ações permanentes?

Qual é a probabilidade de que essas ações atuem simultaneamente?

Qual situação será a mais crítica no dimensionamento?

Temos que testar todas as possibilidades que possam vir a ser críticas no dimensionamento estrutural.

Page 33: Concreto Armado I - Aula 1 · PDF filesulqflsdo lghld hqyroylgd qd fuldomr h frqfhsomr gh xpd hvwuxwxud txdotxhu txh vhmd r pdwhuldo hqyroylgr p d gh uhdol]du d wudqvplvvmr gdv fdujdv

Efeitos mais desfavoráveis

COMBINAÇÕES ÚLTIMAS

COMBINAÇÕES DE SERVIÇO

Combinações de Ações

Page 34: Concreto Armado I - Aula 1 · PDF filesulqflsdo lghld hqyroylgd qd fuldomr h frqfhsomr gh xpd hvwuxwxud txdotxhu txh vhmd r pdwhuldo hqyroylgr p d gh uhdol]du d wudqvplvvmr gdv fdujdv

Combinações de Ações Na teoria de Estado Limite pode-se distinguir os seguintes tipos de

carregamento passíveis de ocorrer durante a vida da construção:

a) Carregamento Normal

O carregamento normal decorre do uso previsto para a construção, podendo-se admitir que tenha duração igual à vida da estrutura.

b) Carregamento Especial

O carregamento especial é transitório e de duração muito pequena em relação à vida da estrutura. Este tipo de carregamento decorre de ações variáveis de natureza ou intensidade especiais, cujos efeitos superam os do carregamento normal. O vento é um exemplo de carregamento especial.

Page 35: Concreto Armado I - Aula 1 · PDF filesulqflsdo lghld hqyroylgd qd fuldomr h frqfhsomr gh xpd hvwuxwxud txdotxhu txh vhmd r pdwhuldo hqyroylgr p d gh uhdol]du d wudqvplvvmr gdv fdujdv

Combinações de Ações c) Carregamento Excepcional

O carregamento excepcional decorre da atuação de ações excepcionais, sendo, portanto, de duração extremamente curta e capaz de produzir efeitos catastróficos. Por exemplo, um terremoto uma explosão ou o impacto de um veículo.

d) Carregamento de Construção

O carregamento de construção é transitório, refere-se à fase de construção, sendo considerado apenas nas estruturas em que haja risco de ocorrência de estados limites já na fase executiva.

Este tipo de carregamento deve ser considerado apenas para determinados tipos de construção, para as quais não possam ser tomadas, ainda na fase de concepção estrutural, medidas que anulem ou atenuem os efeitos.

Page 36: Concreto Armado I - Aula 1 · PDF filesulqflsdo lghld hqyroylgd qd fuldomr h frqfhsomr gh xpd hvwuxwxud txdotxhu txh vhmd r pdwhuldo hqyroylgr p d gh uhdol]du d wudqvplvvmr gdv fdujdv

Combinações de Ações d) Carregamento de Construção (continuação)

Devem ser estabelecidas tantas combinações quantas forem necessárias para a verificação das condições de segurança em relação a todos os estados limites que são de se temer durante a fase de construção.

Como exemplo, tem-se: cimbramento e descimbramento.

A NBR 6118: 2014 em seu item 11.8.2.4 para facilitar o calculista, elaborou uma tabela (11.3), baseada na NBR 8681, das combinações últimas usuais.

Page 37: Concreto Armado I - Aula 1 · PDF filesulqflsdo lghld hqyroylgd qd fuldomr h frqfhsomr gh xpd hvwuxwxud txdotxhu txh vhmd r pdwhuldo hqyroylgr p d gh uhdol]du d wudqvplvvmr gdv fdujdv
Page 38: Concreto Armado I - Aula 1 · PDF filesulqflsdo lghld hqyroylgd qd fuldomr h frqfhsomr gh xpd hvwuxwxud txdotxhu txh vhmd r pdwhuldo hqyroylgr p d gh uhdol]du d wudqvplvvmr gdv fdujdv
Page 39: Concreto Armado I - Aula 1 · PDF filesulqflsdo lghld hqyroylgd qd fuldomr h frqfhsomr gh xpd hvwuxwxud txdotxhu txh vhmd r pdwhuldo hqyroylgr p d gh uhdol]du d wudqvplvvmr gdv fdujdv

Combinação Última Normal / Especial ou de Construção

onde:

Fgk representa as ações permanentes diretas

Fεk representa as ações indiretas permanentes como a retração Fεgk e variáveis

como a temperatura Fεqk

Fqk representa as ações variáveis diretas das quais Fq1k é escolhida principal

Tipos de Combinação

Estado Limite Ultimo (ELU)

Page 40: Concreto Armado I - Aula 1 · PDF filesulqflsdo lghld hqyroylgd qd fuldomr h frqfhsomr gh xpd hvwuxwxud txdotxhu txh vhmd r pdwhuldo hqyroylgr p d gh uhdol]du d wudqvplvvmr gdv fdujdv

Estado Limite de Serviço (ELS)

Os valores de cálculo Fd das ações são obtidos a partir dos valores representativos, multiplicando-os pelos respectivos coeficientes de ponderação γf . Em geral, o coeficiente de ponderação das ações para Estados Limites de Serviço é dado pela expressão:

Onde:

γf2 tem valor variável conforme a verificação que se deseja fazer

(ver Tabela 11.2):

γf2 = 1 para combinações raras;

γf2 = ψ1 para combinações frequentes;

γf2 = ψ2 para combinações quase permanentes.

Coeficientes de ponderação das ações

γf = γf2

Page 41: Concreto Armado I - Aula 1 · PDF filesulqflsdo lghld hqyroylgd qd fuldomr h frqfhsomr gh xpd hvwuxwxud txdotxhu txh vhmd r pdwhuldo hqyroylgr p d gh uhdol]du d wudqvplvvmr gdv fdujdv
Page 42: Concreto Armado I - Aula 1 · PDF filesulqflsdo lghld hqyroylgd qd fuldomr h frqfhsomr gh xpd hvwuxwxud txdotxhu txh vhmd r pdwhuldo hqyroylgr p d gh uhdol]du d wudqvplvvmr gdv fdujdv

Estado Limite de Serviço (ELS)

A NBR 6118:2014, no item 11.8.3, estabelece quais as ações que devem ser consideradas para a verificação dos Estados limites de utilização ou serviço.

quase permanentes: podem atuar durante grande parte do período de vida da estrutura, e sua consideração pode ser necessária na verificação do estado-limite de deformações excessivas;

frequentes: repetem-se muitas vezes durante o período de vida da estrutura, e sua consideração pode ser necessária na verificação dos estados-limites de formação de fissuras, de abertura de fissuras e de vibrações excessivas. Podem também ser consideradas para verificações de estados-limites de deformações excessivas decorrentes de vento ou temperatura que podem comprometer as vedações;

Combinações de Serviço

Page 43: Concreto Armado I - Aula 1 · PDF filesulqflsdo lghld hqyroylgd qd fuldomr h frqfhsomr gh xpd hvwuxwxud txdotxhu txh vhmd r pdwhuldo hqyroylgr p d gh uhdol]du d wudqvplvvmr gdv fdujdv

Estado Limite de Serviço (ELS)

raras: ocorrem algumas vezes durante o período de vida da estrutura, e sua consideração pode ser necessária na verificação do estado-limite de formação de fissuras.

Com isso, a NBR 6118:2014 dispôs em uma tabela (11.4) as combinações possíveis para cada situação, sendo atribuídos fatores de redução para a combinações(contidos na tabela 11.2):

ψ1 fator de redução combinação frequente.

ψ2 fator de redução quase permanente.

Combinações de Serviço

Page 44: Concreto Armado I - Aula 1 · PDF filesulqflsdo lghld hqyroylgd qd fuldomr h frqfhsomr gh xpd hvwuxwxud txdotxhu txh vhmd r pdwhuldo hqyroylgr p d gh uhdol]du d wudqvplvvmr gdv fdujdv
Page 45: Concreto Armado I - Aula 1 · PDF filesulqflsdo lghld hqyroylgd qd fuldomr h frqfhsomr gh xpd hvwuxwxud txdotxhu txh vhmd r pdwhuldo hqyroylgr p d gh uhdol]du d wudqvplvvmr gdv fdujdv

Estado Limite de Serviço (ELS)

QUASE PEMANENTES (CQP)

ELS-DEF (deformações excessivas): Concreto Armado (C.A.)

ELS-D (descompressão): Concreto Protendido (C.P.) com protensão limitada

Fd,ser = ∑ Fgi,k + ∑ ψ2 j Fqj,k

Fd, ser é o valor de cálculo das ações para combinação de serviço;

Fgi,k representa as ações permanentes diretas

Fqj,k representa as ações variáveis diretas quase permanentes

(Vide Tabela 11.2 da NBR 6118)

Combinações de Serviço

Page 46: Concreto Armado I - Aula 1 · PDF filesulqflsdo lghld hqyroylgd qd fuldomr h frqfhsomr gh xpd hvwuxwxud txdotxhu txh vhmd r pdwhuldo hqyroylgr p d gh uhdol]du d wudqvplvvmr gdv fdujdv

Estado Limite de Serviço (ELS)

QUASE PEMANENTES (CQP) – Tabela 11.2 da NBR 6118

Combinações de Serviço

Page 47: Concreto Armado I - Aula 1 · PDF filesulqflsdo lghld hqyroylgd qd fuldomr h frqfhsomr gh xpd hvwuxwxud txdotxhu txh vhmd r pdwhuldo hqyroylgr p d gh uhdol]du d wudqvplvvmr gdv fdujdv

Estado Limite de Serviço (ELS)

FREQUENTES (CF)

ELS-W (Abertura de fissuras): C.A e C.P com protensão parcial

ELS-F (Formação de fissuras): C.P com protensão limitada

ELS-D (Descompressão): C. P. com protensão completa

ELS-VE (Vibrações excessivas): C.A e C.P com carregamento dinâmico

ELS-CE (Deformações excessivas): Vedações decorrentes de vento

Fd,ser = ∑ Fgi,k + ψ1 Fq1,k + ∑ ψ2 j Fqj,k

Fd, ser é o valor de cálculo das ações para combinação de serviço;

Fgi,k representa as ações permanentes diretas

Fq1,k representa a ação variável direta frequente escolhida como a principal

Fqj,k representa as ações variáveis diretas quase permanentes

(Vide Tabela 11.2 da NBR 6118)

Combinações de Serviço

Page 48: Concreto Armado I - Aula 1 · PDF filesulqflsdo lghld hqyroylgd qd fuldomr h frqfhsomr gh xpd hvwuxwxud txdotxhu txh vhmd r pdwhuldo hqyroylgr p d gh uhdol]du d wudqvplvvmr gdv fdujdv

Estado Limite de Serviço (ELS)

FREQUENTES (CF) – Tabela 11.2 da NBR 6118

Combinações de Serviço

Page 49: Concreto Armado I - Aula 1 · PDF filesulqflsdo lghld hqyroylgd qd fuldomr h frqfhsomr gh xpd hvwuxwxud txdotxhu txh vhmd r pdwhuldo hqyroylgr p d gh uhdol]du d wudqvplvvmr gdv fdujdv

Estado Limite de Serviço (ELS)

RARAS (CR)

ELS de formação de fissuras: C. P. com protensão completa

Fd,ser = ∑ Fgi,k + Fq1,k + ∑ ψ1 j Fqj,k

Fd, ser é o valor de cálculo das ações para combinação de serviço;

Fgi,k representa as ações permanentes diretas

Fq1,k representa a ação variável direta rara escolhida como a principal

Fqj,k representa as ações variáveis diretas frequentes

Combinações de Serviço

Page 50: Concreto Armado I - Aula 1 · PDF filesulqflsdo lghld hqyroylgd qd fuldomr h frqfhsomr gh xpd hvwuxwxud txdotxhu txh vhmd r pdwhuldo hqyroylgr p d gh uhdol]du d wudqvplvvmr gdv fdujdv

Estado Limite de Serviço (ELS)

RARAS(CR) – Tabela 11.2 da NBR 6118

Combinações de Serviço

Page 51: Concreto Armado I - Aula 1 · PDF filesulqflsdo lghld hqyroylgd qd fuldomr h frqfhsomr gh xpd hvwuxwxud txdotxhu txh vhmd r pdwhuldo hqyroylgr p d gh uhdol]du d wudqvplvvmr gdv fdujdv

EXEMPLOS DE COMBINAÇÕES USUAIS NO ELS

Verificação de flechas em edifícios residenciais de CA: CQP

Sobrecarga (q): = Fgk+ 0,3 Fqk

ψ2q

Fd,ser

Vento (w) :

2 q

0 2 w

Verificação da abertura de fissuras edifícios residenciais de CA: CF

= Fgk + 0,3 Fwk + 0,3 Fqk Fd,ser (Vento: principal)

= Fgk+ 0,4 Fqk

ψ1q

Fd,ser (Sobrecarga: principal)

ψ 1w ψ 2q

Page 52: Concreto Armado I - Aula 1 · PDF filesulqflsdo lghld hqyroylgd qd fuldomr h frqfhsomr gh xpd hvwuxwxud txdotxhu txh vhmd r pdwhuldo hqyroylgr p d gh uhdol]du d wudqvplvvmr gdv fdujdv

Método dos Estados Limites

Resumindo uma estrutura pode ser considerada segura se possuir:

Resistência

Estabilidade

Durabilidade

Muitos fatores influenciam a segurança:

Variabilidade das ações e das resistências

Importância da estrutura Custo dos danos

Imprecisões geométricas

Imprecisões / Incertezas dos métodos de cálculo

Conceito de Segurança

Page 53: Concreto Armado I - Aula 1 · PDF filesulqflsdo lghld hqyroylgd qd fuldomr h frqfhsomr gh xpd hvwuxwxud txdotxhu txh vhmd r pdwhuldo hqyroylgr p d gh uhdol]du d wudqvplvvmr gdv fdujdv

Método dos Estados Limites

Uma estrutura é segura se possuir condições de suportar todas as ações possíveis de ocorrer, durante sua vida útil, sem atingir um estado de insegurança ou inadequação para o uso.

A idéia básica do método dos estados limites é:

a) Majorar ações e esforços solicitantes (valores representativos das ações), resultando nas ações e solicitações de cálculo, de forma que a probabilidade desses valores serem ultrapassados é pequena;

b) Reduzir os valores característicos das resistências dos materiais, resultando nas resistências de cálculo, com pequena probabilidade dos valores reais atingirem esse patamar;

c) Equacionar a situação de ruína, fazendo com que o esforço solicitante de cálculo seja igual à resistência de cálculo.

Conceito de Segurança

Page 54: Concreto Armado I - Aula 1 · PDF filesulqflsdo lghld hqyroylgd qd fuldomr h frqfhsomr gh xpd hvwuxwxud txdotxhu txh vhmd r pdwhuldo hqyroylgr p d gh uhdol]du d wudqvplvvmr gdv fdujdv

Método dos Estados Limites

1. Determinar os valores de cálculo do momento fletor na seção do meio do vão da viga abaixo. As cargas G1 e G2 são permanentes e as cargas Q1 e Q2 são variáveis não simultâneas.

Coeficientes de ponderação

a) Calcular para combinações normais e excepcionais.

G1 = 100 kN, G2 = 30 kN, Q1 = 60 kN e Q2 = 20 kN

b) Calcular para combinações normais e excepcionais.

G1 = 80 kN, G2 = 50 kN, Q1 = 40 kN e Q2 = 40 kN

Page 55: Concreto Armado I - Aula 1 · PDF filesulqflsdo lghld hqyroylgd qd fuldomr h frqfhsomr gh xpd hvwuxwxud txdotxhu txh vhmd r pdwhuldo hqyroylgr p d gh uhdol]du d wudqvplvvmr gdv fdujdv

Método dos Estados Limites

1. Determinar os valores de cálculo do momento fletor na seção do meio do vão da viga abaixo. As cargas G1 e G2 são permanentes e as cargas Q1 e Q2 são variáveis não simultâneas.

Momentos no meio do vão:

Q1 e Q2 não são simultâneas, então:

Coeficientes de ponderação

Mgk = +2G1 - 3 G2

Mqk1 = +2Q1

Mqk2 = - 3 Q2

Page 56: Concreto Armado I - Aula 1 · PDF filesulqflsdo lghld hqyroylgd qd fuldomr h frqfhsomr gh xpd hvwuxwxud txdotxhu txh vhmd r pdwhuldo hqyroylgr p d gh uhdol]du d wudqvplvvmr gdv fdujdv

Coeficientes de ponderação

Método dos Estados Limites

Page 57: Concreto Armado I - Aula 1 · PDF filesulqflsdo lghld hqyroylgd qd fuldomr h frqfhsomr gh xpd hvwuxwxud txdotxhu txh vhmd r pdwhuldo hqyroylgr p d gh uhdol]du d wudqvplvvmr gdv fdujdv

Método dos Estados Limites

1. Combinação 1 (normais)

cargas permanentes γg = 1,4 / cargas acidentais γq = 1,4 desfavorável

cargas permanentes γg = 1,0 / cargas acidentais γq = 1,4 favorável

Mdmax = 1,4 (2G1 – 3 G2 + 2 Q1) condição desfavorável

Mdmin = 1,0 (2G1 – 3 G2) +1,4 ( -3 Q2) condição favorável

2. Combinação 2 (Excepcionais)

cargas permanentes γg = 1,2 / cargas acidentais γq = 1,0 desfavorável

cargas permanentes γg = 1,0 / cargas acidentais γq = 1,0 favorável

Mdmax = 1,0 (2G1 – 3 G2 )+ 1,0( 2 Q1) condição desfavorável

Mdmin = 1,0 (2G1 – 3 G2 -3 Q2) condição favorável

Coeficientes de ponderação

Page 58: Concreto Armado I - Aula 1 · PDF filesulqflsdo lghld hqyroylgd qd fuldomr h frqfhsomr gh xpd hvwuxwxud txdotxhu txh vhmd r pdwhuldo hqyroylgr p d gh uhdol]du d wudqvplvvmr gdv fdujdv

Método dos Estados Limites

2) Determinar o diagrama de momentos fletores da viga de um edifício comercial, apresentada abaixo, considerando combinação última normal e combinação quase permanente de serviço. g1 e g2 são ações permanentes diretas enquanto q1 e q2 são ações variáveis diretas.

Coeficientes de ponderação

Page 59: Concreto Armado I - Aula 1 · PDF filesulqflsdo lghld hqyroylgd qd fuldomr h frqfhsomr gh xpd hvwuxwxud txdotxhu txh vhmd r pdwhuldo hqyroylgr p d gh uhdol]du d wudqvplvvmr gdv fdujdv

Método dos Estados Limites

2) ELU - Combinação Última Normal

combinação 1 (q2 como ação principal)

Fd = γg (g1 + g2) + γq ( q2 + 0,7 q1) γg = 1,4 ; γq= 1,4

Coeficientes de ponderação

Page 60: Concreto Armado I - Aula 1 · PDF filesulqflsdo lghld hqyroylgd qd fuldomr h frqfhsomr gh xpd hvwuxwxud txdotxhu txh vhmd r pdwhuldo hqyroylgr p d gh uhdol]du d wudqvplvvmr gdv fdujdv

Método dos Estados Limites

2) ELU - Combinação Última Normal

combinação 2 (q1 como ação principal)

Fd = γg (g1 + g2) + γq ( q1 + 0,7 q2) γg = 1,4 ; γq= 1,4

Coeficientes de ponderação

Page 61: Concreto Armado I - Aula 1 · PDF filesulqflsdo lghld hqyroylgd qd fuldomr h frqfhsomr gh xpd hvwuxwxud txdotxhu txh vhmd r pdwhuldo hqyroylgr p d gh uhdol]du d wudqvplvvmr gdv fdujdv

Método dos Estados Limites

2) ELS - Combinação quase permanente

Fd,ser = ∑Fgi,k + ∑ ψ2 j Fqj,k

Fd = (g1 + g2) + 0,4 ( q2 + q1)

Coeficientes de ponderação

Page 62: Concreto Armado I - Aula 1 · PDF filesulqflsdo lghld hqyroylgd qd fuldomr h frqfhsomr gh xpd hvwuxwxud txdotxhu txh vhmd r pdwhuldo hqyroylgr p d gh uhdol]du d wudqvplvvmr gdv fdujdv

Método dos Estados Limites

2) ELS - Combinação Frequente

Fd,ser = ∑Fgi,k + ψ1 Fq1,k +∑ ψ2 j Fqj,k

Fd = (g1 + g2) + 0,6 q1 + 0,4( q1 + q2)

Coeficientes de ponderação

Page 63: Concreto Armado I - Aula 1 · PDF filesulqflsdo lghld hqyroylgd qd fuldomr h frqfhsomr gh xpd hvwuxwxud txdotxhu txh vhmd r pdwhuldo hqyroylgr p d gh uhdol]du d wudqvplvvmr gdv fdujdv

Método dos Estados Limites

2) ELS - Combinação rara

Fd,ser = ∑Fgi,k + Fq1,k +∑ ψ1 j Fqj,k

Fd = (g1 + g2) + q1 + 0,6( q1 + q2)

Coeficientes de ponderação

Page 64: Concreto Armado I - Aula 1 · PDF filesulqflsdo lghld hqyroylgd qd fuldomr h frqfhsomr gh xpd hvwuxwxud txdotxhu txh vhmd r pdwhuldo hqyroylgr p d gh uhdol]du d wudqvplvvmr gdv fdujdv

Ações Permanentes Cargas fornecidas por peso específico

Concreto Simples: 24KN/m³

Concreto Armado: 25 KN/m³

Argamassa: 19 KN/m³

Alvenaria de tijolo maciço: 18 KN/m³

Alvenaria de tijolo furado (cerâmico): 13 KN/m³

Alvenaria de bloco de concreto: 13 KN/m³

Enchimento com entulho: 15 KN/m³

Enchimento com argila expandida: 9 KN/m³

Enchimento com terra: 18 KN/m³

Cargas fornecidas por unidade de área (m²) Revestimento de pisos: 1KN/m²

Telhado de barro: 0,7 KN/m²

Telhado de fibrocimento: 0,4 KN/m²

Telhado de alumínio: 0,3 KN/m²

Impermeabilização de pisos: 1,0 KN/m²

Divisória de madeira: 0,2 KN/m²

Caixilho de ferro: 0,3 KN/m²

Caixilho de alumínio: 0,2 KN/m²

Page 65: Concreto Armado I - Aula 1 · PDF filesulqflsdo lghld hqyroylgd qd fuldomr h frqfhsomr gh xpd hvwuxwxud txdotxhu txh vhmd r pdwhuldo hqyroylgr p d gh uhdol]du d wudqvplvvmr gdv fdujdv

Ações Acidentais Edifício Residencial

Dormitórios, salas, cozinhas e banheiros: 1,5 KN/m²

Despensas, áreas de serviços e lavanderias: 2,0 KN/m²

Forros sem acesso a pessoas: 0,5 KN/m²

Escadas sem acesso ao público: 2,5 KN/m²

Corredores sem acesso ao público: 2,0 KN/m²

Garagens (sem considerar impacto): 3,0 KN/m²

Terraços sem acesso ao público: 2,0KN/m²

Edifício Comercial Salas de uso geral e banheiros: 2,0 KN/m²

Escadas com acesso ao público: 3,0 KN/m²

Corredores com acesso ao público: 3,0 KN/m²

Terraços com acesso ao público: 3,0 KN/m²

Forros e Garagens: Idem ao residencial

Restaurantes: 3,0 KN/m²

Bancos Escritórios e banheiros: 2,0 KN/m²

Salas de diretoria: 1,5 KN/m²

Page 66: Concreto Armado I - Aula 1 · PDF filesulqflsdo lghld hqyroylgd qd fuldomr h frqfhsomr gh xpd hvwuxwxud txdotxhu txh vhmd r pdwhuldo hqyroylgr p d gh uhdol]du d wudqvplvvmr gdv fdujdv

Ações Acidentais Escolas

Salas de Aula: 3,0 KN/m²

Auditórios: 5,0 KN/m²

Escadas e Corredores: 4,0 KN/m²

Outras salas: 2,0 KN/m²

Bibliotecas Salas de leitura: 2,5 KN/m²

Salas para depósito de livros: 4,0 KN/m²

Salas com estantes de livros: 6,0 KN/m²

Cinemas e Teatros Palco: 5,0 KN/m²

Plateia com assentos fixos: 3,0 KN/m²

Plateia com assentos móveis: 4,0 KN/m²

Banheiros: 2,0 KN/m²

Hospitais Dormitórios, enfermarias, salas de cirurgias e banheiros: 2,0 KN/m²

Corredores: 3,0 KN/m²

As demais cargas não detalhadas devem ser estudadas conforme cada caso.