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    CON ECTI V OS – PREP OSI ÇÕES E CON JUN ÇÕESOlá, pessoalHoje nosso assunto será a função e o emprego dos conectivos –conjunções e preposições.Ao lado dos pronomes, esses elementos são responsáveis porestabelecer o nexo entre os vocábulos de uma oração e entre asorações, períodos e parágrafos em um texto.Por questões didáticas, iremos alterar a nossa forma de apresentação.Como o assunto é grande, para não corrermos o risco de deixar defora alguma conjunção ou preposição, apresentaremos nessa primeiraparte os conceitos a serem relembrados para, em seguida,resolvermos as questões de prova.PREP OSI ÇÕESSão palavras invariáveis que, colocadas entre duas outras,estabelecem uma relação de subordinação de uma em relação à outra.Também podem surgir isoladamente, conhecidos como sintagmasavulsos preposicionados ( Com sua licença, por favor ). Pode-seentender, todavia, que o antecedente, nesses casos, está elíptico.Preposição em adjunto adverbial

    Sobretudo na fala, pode ocorrer, também, a elipse da preposição,especialmente em adjuntos adverbiais “Neste/Este fim de semana , ireiao litoral”, “Chegarei (no) domingo.”, “A lista dos aprovados sairá(n)esta semana ainda.”.Contudo, se o adjunto adverbial vier sob a forma de oração, apreposição antes do pronome relativo correspondente ÉOBRIGATÓRIA. Isso já foi considerado um erro em inúmeras questõesde prova da ESAF: “No momento que ele chegou, todos se retiraram.” – o correto seria “em que”. Olhe só a propaganda de uma grande seguradora do país: “É o seguroque socorre você no momento que você mais precisa.”. Para correção,deve-se empregar a preposição antes do pronome que : “...nomomento em que você mais precisa.”.Preposição em complemento nominal e complemento verbalQuando a preposição é exigência de um nome (adjetivo, substantivoabstrato ou advérbio) e o complemento está sob a forma oracional, apreposição deve anteceder a conjunção integrante que dá início aocomplemento nominal: “Tenho a convicção de que estamos nocaminho certo.” (“Tenho a convicção disso .” - alguém tem convicção

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    de alguma coisa) , “Somos favoráveis a que todos sejam nomeadosrapidamente” (“Somos favoráveis a isso .” - alguém é favorável aalguma coisa).Há, também, quem defenda a omissão da preposição emcomplementos nominais sob a forma oracional. Celso Luft, em seuDicionário Prático de Regência Nominal, observa que “ é viável a elipseda preposição antes do q u e ” – Exemplo: “Estou certa que me hás decompreender.” .Em relação à omissão da preposição em complementos verbais, jáhouve questão de prova e nela se aceitou a omissão da preposição emobjeto indireto oracional (comentário à questão 19 da Aula 5 – AFRF2003: “Não nos esqueçamos que a construção ...” – verbo esquecer-

    se é transitivo indireto com a preposição de ).Assim, determinadas construções verbais (convencer-se, lembrar-se,esquecer-se, assegurar-se, duvidar, concordar, discordar, torcer), apreposição poderia ser omitida no complemento verbal oracional:

    “Concordamos (com) que todos devem ser aprovados .”, “Duvidamos(de) que alguém venda mais barato.” (essa era a propaganda dasCasas Sendas, no RJ, alguém aí se lembra disso?).Mas, em relação à omissão da preposição em complementosnominais, até hoje, a banca não adotou esse mesmo posicionamento.Em todas as vezes, a ESAF considerou um erro essa omissão. Porém,como prudência e caldo de galinha não faz mal a ninguém, casoapareça uma questão como essa, em que o complemento nominaloracional estiver sem a preposição, tome cuidado: desenhe umacaveira ao lado da opção e continue lendo a questão até o fim. Se nãosurgir nada “mais errado”, essa deve ser a resposta.

    Mais algumas peculiaridades no uso das preposições.De acordo com a norma culta, o sujeito das orações reduzidas deinfinitivo devem ter a preposição separada do sujeito – “ Apesar de elasnão saberem a matéria, tiveram um bom resultado. ”.Modernamente, aceita-se a contração da preposição com o pronomeou artigo do sujeito – “Está na hora da onça beber água.”.CUIDADO! Para analisar adequadamente a construção, devemosdispor os termos da oração na ordem direta. Veja esse exemplo:- “Para ____ estar aqui é um prazer imenso.” – você preencheria com

    “eu” ou “mim”? Bem, se você raciocinou que “quem fala ‘para mimfazer’ é índio”, está redondamente enganado.

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    Devemos perguntar ao verbo quem é o seu sujeito: o que é um prazerimenso? Resposta: estar aqui . Então, colocando os termos na ordemdireta (SUJEITO – VERBO – COMPLEMENTO):

    “ESTAR AQUI (sujeito) é um prazer para ____ .”Agora ficou mais fácil, não é? Após preposição, coloca-se um pronomeoblíquo, desde que esse pronome não seja o sujeito de uma formaverbal. Então, devemos completar com mim . Na ordem original seria

    “Para mim estar aqui é um prazer imenso.”. Uma vírgula após mim cairia bem, já que iria mostrar que esse pronome não é o sujeito doverbo estar , que, aliás, é impessoal (“Para mim, estar aqui é umprazer.”). Todavia, essa vírgula não é obrigatória (mas isso é outroassunto...).

    Outro teste: “O amor entre ____ e ____ morreu.” (eu / mim – tu / ti).Como você completaria? Bem, se após preposição, devemos empregaro pronome oblíquo, ficaria “O amor entre mim e ti morreu.”. Estácorreto.Então, preencha agora: “Entre ____ pedir e ____ fazeres, há grandedistância.” (eu / mim – tu / ti). Como fica agora?Como o pronome que irá ocupar a primeira lacuna será o sujeito doverbo pedir, só podemos colocar um pronome reto (é quem exerce asfunções de sujeito e de predicativo do sujeito - aula sobre pronomes).

    O mesmo acontece com o sujeito do verbo fazer . Assim, a forma é “Entre eu pedir e tu fazeres, há grande distância.”.

    CON JU N ÇÕESSão vocábulos de função estritamente gramatical, utilizados para oestabelecimento da relação entre dois termos na mesma oração ouentre duas orações, que formam um período composto.Período Simples – apresenta a oração absoluta.Período Composto – apresenta mais de uma oração, que podemestar em coordenação (independentes) ou em subordinação (umaexerce função sintática na outra – relação de dependência).As conjunções podem ser usadas em orações coordenadas (conjunçõescoordenativas) ou subordinadas (conjunções subordinativas).Primeiro conceito importante: não se classifica uma oração somentepela conjunção introduzida por ela. Deve-se observar o valor que essaconjunção emprega ao período para, somente então, classificá-la.Or a ção A b so lu t a – é a oração que forma um período simples. Hásomente uma oração no período.

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    O r a çõe s Co o r d e n a d a s – são orações independentes entre si. Não exercem função sintática umas nas outras. Chamam-se assindéticasas orações que não são introduzidas por conjunção. As que recebemconjunção coordenativa se chamam sindéticas (síndeto = ligação) .As conjunções coordenativas podem ser aditivas, adversativas,alternativas, conclusivas ou explicativas. O r a çõe s S u b o r d i n a d a s – são orações que, como o nome já diz, sesubordinam, ou seja, exercem função sintática em outra oração. Porisso, falamos em oração principal e oração subordinada. Essa funçãosintática pode ser própria de um substantivo (oração subordinadasubstantiva), de um adjetivo (oração subordinada adjetiva) ou de umadvérbio (oração subordinada adverbial):

    - A d j e t i v a s – do mesmo modo que os adjetivos fazem referênciaa substantivos (calça clara, roupa velha), os pronomes relativosse referem a substantivos presentes em orações antecedentes -são os referentes. Por isso, os pronomes relativos dão início aorações subordinadas adjetivas, que podem ser restritivas(restringir o conceito do substantivo) ou explicativas (explicar seuconteúdo, alcance ou conceito).- S u b s t a n t i v a s - As orações subordinadas substantivas (também

    já vimos) são iniciadas pelas conjunções integrantes. Uma boadica para identificar uma oração subordinada substantiva (e,conseqüentemente, a conjunção integrante) é substituir a oraçãoiniciada pela conjunção pelo pronome substantivo I S SO .Exemplos:1 - “Eu quero | q u e v o c ê m e d e i x e e m p a z .” – “Eu queroI S S O .” – Então, “ que você venha ” equivale a um substantivo ( Euquero s o s s e g o ./Eu quero p a z .) – é, portanto, uma oraçãosubordinada substantiva. A função sintática exercida pelosubstantivo é objeto direto (Eu quero i s s o ), e por isso a oraçãose chama: oração subordinada substantiva objetiva direta.

    2 - “É preciso | q u e v o c ê p r e s t e b a s t a n t e a t e n ção . ” – “É preciso I S SO .” – “que você preste bastante atenção” é umaoração subordinada substantiva. Como o pronome exerce a funçãode sujeito ( I s s o é preciso ), a oração se chama: oraçãosubordinada substantiva subjetiva. - A d v e r b i a i s - Finalmente, as orações subordinadas adverbiaisapresentam uma conjunção adverbial, que pode expressar umadas seguintes circunstâncias: causa, comparação, concessão,condição, consecução, conformidade, finalidade,proporcionalidade, temporalidade .

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    CONJUN ÇÕES COORD ENA TI VA S:• ADITIVAS – possuem a função de adicionar termos ou orações

    de mesma função gramatical – e , n e m , n ão s ó . .. m a s t a m b ém( sér i e s ad i t i v a s en fát i c a s ) • ADVERSATIVAS – estabelecem uma relação de contraste entre

    os termos ou orações – m a s , c o n t u d o , t o d a v i a , e n t r e t a n t o ,n o e n t a n t o , p o r ém , e n q u a n t o

    • ALTERNATIVAS – unem orações independentes (coordenadas),indicando sucessão de fatos que se negam entre si ou que sãomutuamente excludentes (a ocorrência de um exclui a do outro)– o u , o r a , n e m , q u e r , s e j a ( r e p e t i d o s o u n ão )

    • CONCLUSIVAS – exprimem conclusão em relação à(s)oração(ões) anterior(es) – p o i s ( n o m e i o d a o r a çãos u b o r d i n a d a ) , p o r t a n t o , lo g o , p o r i ss o , a s si m , p o rc o n s e g u i n t e

    • EXPLICATIVAS – a oração subordinada explica o conteúdo daoração principal – p o i s ( n o i n íc i o d a o r a ção s u b o r d i n a d a ) ,p o r q u e , q u e , p o r q u a n t o

    CO N J U N ÇÕE S S U B O R D I N A T I VA S :INTEGRANTES – são apenas duas (graças a Deus!) – q u e e s e –iniciam orações subordinadas substantivas e exercem funçõessintáticas próprias dos substantivos – sujeito, objeto direto, objetoindireto, complemento nominal, predicativo do sujeito, agente dapassiva etc.ADVERBIAIS – iniciam orações subordinadas adverbiais.

    • CAUSAIS – a oração exprime causa em relação a outra oração –p o r q u e , p o i s , q u e , u m a v e z q u e , j á q u e , p o r q u a n t o , d e s d eq u e , c o m o , v i s t o q u e , p o r i s so q u e

    • COMPARATIVAS – subordinam uma oração a outra por meio decomparação ou confronto de idéias – q u e , d o q u e( a n t e c e d id a s p o r e x p r e s s õe s m a i s, m e n o r , m e l h o r , p io re t c ) , ( t a l ) q u a l , a s s im c om o , b e m c o m o

    • CONCESSIVAS – apresentam idéias opostas às da oraçãoprincipal – e m b o r a , a p e sa r d e , m e s m o q u e , a in d a q u e ,p o s t o q u e , c o n q u a n t o , m e s m o q u a n d o , p o r m a i s q u e

    • CONSECUTIVAS – apresentam a conseqüência para um fatoexposto na oração principal – ( t a n t o / t a m a n h o ( a ) / t ão ) q u e ,d e s o r t e q u e , d e m o d o q u e , d e fo r m a q u e , d e m a n e i r a q u e

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    • CONFORMATIVAS – expressam conformidade em relação aofato da oração principal – c o n f o r m e , s e g u n d o , c o n s o a n t e ,

    c o m o ( n o s en t i d o d e co n f o r m e )

    • FINAIS – apresentam a finalidade dos atos contidos na oraçãoprincipal – a f im d e ( q u e ) , p a r a q u e , p o r q u e , q u e

    • PROPORCIONAIS – expressam simultaneidade eproporcionalidade dos fatos contidos na oração subordinada emrelação aos fatos da oração principal – à p r o p o r ção q u e , àm e d id a q u e , q u a n t o m a is ( t a n t o ) , q u a n t o m e n o s( m a is / m e n o s)

    • TEMPORAIS – indicam o tempo/momento da ocorrência do fatoexpresso na oração principal – q u a n d o , en q u a n t o , lo g o q u e ,a g o r a q u e , t ão l o g o , a p e n a s , t o d a v e z q u e , m a l , s e m p r eq u e

    Para a prova, duas providências são necessárias: a memorização dosignificado de algumas dessas conjunções (especialmente assublinhadas, que não estão no nosso linguajar cotidiano); análise docontexto para que identifique a circunstância expressa pela oraçãosubordinada. Não basta memorizar essa lista (aliás, essa providência éinfrutífera). Útil é compreender as circunstâncias em que devam ser

    empregadas.Vamos, agora, à prática.

    QUESTÕES DE PROVA DA ESAF01 - ( AFRF 2002.2) Em artigo publicado na década de noventa, oprofessor Paul Krugman explicava que todos aqueles países quefalavam inglês haviam tido um desempenho econômico acima damédia de seus vizinhos e que o inglês estava se tornando rapidamentea língua franca dos negócios, do turismo e da internet. Assim, os

    processos de fusão de empresas, tão comuns naquele tempo, sóteriam sucesso se utilizassem o inglês como língua de integração dascorporações. Essa visão nos preocupou quando resolvemos integrartodas as áreas de consultoria espalhadas pela América Latina em umaúnica divisão de consultoria. Mas ficou uma pergunta no ar: “quelíngua oficial adotar”? O espanhol ou o português acirraria a rivalidadeque já era bastante grande no campo dos esportes. Adotar o inglêsteria a vantagem da neutralidade e da facilidade de interação comnossos colegas de outras regiões, mas com perda significativa naagilidade da comunicação e no andamento das reuniões. Foi adotada

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    então uma postura única: haveria três línguas oficiais. Essa pequenasutileza significava, na verdade, que todos eram obrigados a entenderas três línguas, mas poderiam se expressar no idioma em que sesentissem mais à vontade. Hoje, cinco anos depois, sentimos que essadecisão foi fundamental para o nosso processo de integração, e a liçãoaprendida é que muitas vezes a criatividade local pode ser mais efetivaque verdades importadas.(José Luiz Rossi, Integração cultural na América Latina, CLASSEESPECIAL, 89/2001, com adaptações)Julgue os itens abaixo, em relação ao emprego das estruturaslingüísticas do texto.I - As duas ocorrências da conjunção “que”(l.2 e 4) têm a função dedemarcar o início das duas orações ligadas por “e”(l.4), mas,sintaticamente, o segundo que pode ser omitido.II - A preposição “em”(l.9), exigida pelas regras de regência do verbo

    “integrar”(l.8), pode sofrer contração com o artigo que a segue, semprejudicar a correção e as idéias do texto.

    Itens CORRETOSComentário.

    I - A oração principal “o professor Paul Krugman explicava” possuiduas outras subordinadas, na função de complementos verbais(objetos diretos). São elas:1 – “que todos aqueles países que falavam inglês haviam tido umdesempenho econômico acima da média de seus vizinhos”;2 – “que o inglês estava se tornando rapidamente a língua francados negócios, do turismo e da internet”.Como as duas exercem a mesma função sintática em relação àmesma oração principal, a segunda conjunção integrante pode ser

    omitida sem prejuízo gramatical para o período.O mesmo ocorre com preposições que regem termos de mesmafunção sintática, como mencionado no comentário à questão 16da Aula 5 – Regência Verbal.Essa questão foi anulada na prova, pois houve indicação incorretada linha em que se encontrava a primeira conjunção. Na prova,em vez de se indicar a linha 2, onde se encontrava a conjunçãoantecedente a “todos aqueles países”, indicou-se a linha 3, ondeestava presente, não uma conjunção, mas o pronome relativo que em “aqueles países que falavam inglês”. Isso mostra como é

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    importante ao candidato saber diferenciar o pronome relativo daconjunção. Na dúvida, releia o comentário à questão 2 da Aula 5 –Regência.

    II – Na passagem “Essa visão nos preocupou quando resolvemosintegrar todas as áreas de consultoria espalhadas pela AméricaLatina em uma única divisão de consultoria.”, a preposição podeser contraída com o artigo indefinido subseqüente – numa únicadivisão .

    02 - (Técnico IPEA/2004)A Grande Depressão não foi apenas a maior crise de desemprego da

    História, mas também a primeira crise de desemprego nas grandesdemocracias ocidentais que se abateu sobre um eleitorado constituído,principalmente, por trabalhadores ameaçados pelo desemprego ouvítimas diretas dele. O corpo político havia mudado. Não levar emconta os interesses objetivos do eleitorado era um suicídio políticocerto.

    (Adaptado de J. Carlos de Assis, A Crise da Economia enquanto Crisedo Trabalho)

    Em relação ao texto, julgue a assertiva abaixo.a) O emprego de “mas também”(l.2) está sintática e semanticamentevinculado ao emprego de “não ... apenas”(l.1).

    Item CORRETO.Comentário.Estamos diante de uma série aditiva enfática. Já falamos sobre isso, láem concordância verbal (questão 1, item e da Aula 3 – ConcordânciaParte 1).Trata-se de uma série que, além de atribuir um valor aditivo(corresponde à conjunção e), busca enfatizar seus elementos. Observeque, se usássemos a conjunção e , não conseguiríamos destacar ospredicativos da Grande Depressão – “ A Grande Depressão foi a maiorcrise de desemprego da História e a primeira que se abateu sobre umeleitorado constituído, principalmente, por trabalhadores ameaçados

    pelo desemprego ou vítimas diretas dele. ”.Também são séries aditivas enfáticas: “ não só... mas também”, “nãosó... como”, “não somente... assim como ”, “tanto...quanto” (esteúltimo, exemplo do mestre Evanildo Bechara).

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    03 - ( Técnico IPEA/ 2004) Assinale a opção que corresponde a erro

    gramatical, de coesão ou de coerência textual.É relevante (1) o fato de que (2), na idade de ouro do capitalismo,nos 25 anos do pós-guerra, entre os países industrializados, de cada(3) dez empregos criados, seis o (4) eram no setor público. Essainformação não deve surpreender, não obstante (5) a principalcaracterística do estado de bem-estar social é a existência de umserviço público de qualidade e em quantidade suficiente.(Adaptado de J. Carlos de Assis, A Crise da Economia enquanto Crisedo Trabalho)

    a) 1b) 2c) 3d) 4e) 5

    Gabarito: EComentário.A conjunção “não obstante ” tem valor adversativo, equivalente a “ noentanto ”, “contudo ”, “entretanto ”.O uso inadequado de uma conjunção prejudica a coesão textual eprejudica o nexo do texto.A segunda oração do período (“ a principal característica do estado debem-estar social é a existência de um serviço público de qualidade eem quantidade suficiente ”) apresenta valor explicativo em relação àprimeira (“Essa informação não deve surpreender ”). Por isso, deve-seusar uma conjunção coordenativa explicativa, como porque, pois. A

    oração é explicativa (e não causal) por trazer uma explicação para aafirmação da oração assindética (sem conjunção).É muito tênue a linha divisória entre oração subordinada causal e aoração coordenada explicativa.Algumas dicas, colhidas aqui e ali, podem ajudar na classificação daoração. Compilei-as aqui e vamos analisá-las, uma a uma:1 – na explicativa, normalmente há uma pausa, marcada no texto poruma vírgula antes da conjunção (como se observa na passagem); noentanto, se a oração principal for extensa, também é possível o

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    emprego da vírgula antes da conjunção causal ( ou seja, essa dica nãoajuda muito...) ;

    2 – após orações no imperativo, as orações são explicativas: “Nãovenha, pois não estarei sozinha.” (essa dica funciona mesmo! );3 – enquanto a oração coordenada explicativa é independente daoração assindética, a oração subordinada causal exerce a funçãosintática de adjunto adverbial na oração principal ( esse é o conceito e,

    por isso, foi mencionado – no fundo, não ajuda muito.) ;4 – se for possível a troca do “porque” pelo “que”, a oração éexplicativa. Comparemos: “ Não gostava muito de estudar, porque afamília não deu um bom exemplo.” – não posso substituir pelo que =

    é causal. / “É bom você vir logo, porque não estou com muita paciência.” – posso substituir pelo que = é explicativa . ( na minhaopinião, essa dica merece nota 7 – muitas vezes funciona mas podefurar...) .De qualquer forma, para a resolução das questões da ESAF, essesconhecimentos podem ajudar mas não são imprescindíveis. Nessaquestão, por exemplo, bastava que você percebesse que, na lacuna,não caberia a conjunção não obstante , concorda?Mas isso só iria acontecer se você não tivesse caído na armadilha daESAF e marcado o item (4) como errado. Ele está CERTO. Vejamos.O segmento é: “ entre os países industrializados, d e c a d a (3) dezempregos criados, seis o (4) eram no setor público ”.Esse “o” sem flexão pode ter sido objeto de MUITAS dúvidas. Algumaspessoas podem ter pensado que o pronome fazia referência a

    “empregos” e, por isso, deveria ser “os”, e não “o”.Mas, se eu já adiantei que essa opção está correta, por que será que o

    “o” não se flexionou?Você se lembra do vicário? Pois é. É esse o caso. Esse pronomedemonstrativo o está substituindo a idéia “empregos eram criados”.Veja como fica a troca: “ de cada dez empregos criados, seis e r a mc r i a d o s no setor público”. Assim como os pronomes “isso, isto,aquilo”, esse pronome demonstrativo na função vicária também nãovaria – permanece neutro, sem flexão de gênero ou número.Mais um bom exemplo para compreensão do termo vicário: “ Eu

    prometi que seria fiel e vou s ê- l o (vou ser fiel). ”. Mesmo que oadjetivo fosse feminino e plural, o pronome vicário continuaria sendo

    “o” (neutro): “Nós, mulheres, prometemos que seríamos vitoriosas evamos sê-lo .”. Por isso, está correto o pronome “o” do item (4).

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    04 - ( Analista IRB/2004) Fazer pesquisa é ofício que exige dedicação e

    paciência, ____1_____ os resultados são lentos e incertos. Além disso,por genial que seja um cientista, não é possível produzir conhecimentosozinho. Há o contexto de criação, a comunidade científica nacional einternacional ____2____ se discutem os resultados e ____3____ seexpõem métodos e técnicas desenvolvidas em prol do saber. Demaneira marcante há a formação de discípulos, ____4_____ iniciaçãocientífica, quando o estudante ainda está nos cursos de graduação, aodoutorado e pós-doutorado.______5_______, é sumamente relevanteo debate de idéias em favor do objeto de estudo.(Adaptado de Roseli Fischmann, Ciência, democracia e direitos,Correio

    Braziliense, 26/01/2004)Assinale a opção que preenche corretamente as lacunas do texto.

    1 2 3 4 5

    a) já que de que para aqual da Por todas elas

    b) pois comquem em que para a Tais níveis

    c) porque na qual para aqual desde a Em todos essesníveisd) porquanto a que da qual com a Naquelase) vez que onde de que pela Em certos níveis

    Gabarito: CComentário.Iremos comentar cada uma das lacunas.1ª) Devemos empregar uma conjunção causal pois a segunda oração(subordinada) apresenta o motivo de ser necessário ter dedicação epaciência ao fazer pesquisas. Todas as sugestões são válidas.2ª) “Comunidade” é um grupo de pessoas e, por extensão, o localonde elas se encontram.Por isso, com ela se discutem os resultados (considerando a primeiraacepção) ou nela se discutem os resultados (de acordo com asegunda).

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    Não se empregam as preposições:- “de”: haveria alteração semântica com o emprego dessa preposição:

    “não se discutem resultados da comunidade” - os resultados são docientista;-“a”: a regência do verbo discutir não admite essa preposição;aceitam-se as preposições em, sobre, com e de (esta em outrosentido).(Restam as opções b , c e e .) 3ª) “Métodos e técnicas desenvolvidas em prol do saber são expostosà / para a comunidade”. Como a preposição para é dissílaba,devemos usar o pronome relativo “a qual” – para a qual . Na acepção

    de “lugar”para “comunidade científica”, aceita a preposição em – emque. Não é cabível a preposição de .(Restam, agora, b e c .)4ª) O que irá determinar o preenchimento desta lacuna é a expressãosubseqüente “ ao doutorado e pós-doutorado ”. Percebe-se assim,uma enumeração que teve início em “iniciação científica”. A preposiçãoque irá estabelecer essa seqüência lógica é “de” ou “desde” – “ desdea / da iniciação científica, quando o estudante ainda está nos cursosde graduação (oração explicativa), ao / até o doutorado e pós-doutorado”. Como a alternativa a (que sugere para esta lacuna aforma “da”) já foi eliminada, restou somente a opção c.

    05 - ( Oficial de Chancelaria/2002)Além de estabelecer um parâmetro esportivo até aqui intransponível,Pelé é parte de uma outra epopéia. Sem ele, talvez o Brasil nãotivesse derrotado nem o complexo de inferioridade de sua sociedadeem geral nem o racismo velado que se manifestava até no futebol.Com Pelé, brasileiro e negro, foi possível vencer um e outrocomplexos. Nós, jornalistas brasileiros, temos uma dívida enorme com

    Pelé. Vários companheiros – e eu mesmo – já escapamos de situaçõesdelicadas, usando a palavra mágica “Pelé”, em países remotos nosquais a palavra Brasil não faz o menor sentido, a não ser quandoassociada a Pelé. Sem ele, talvez alguns de nós até poderíamos termorrido. Não é assim que alguém marca uma época?

    (Clovis Rossi, F o l h a d e S . P a u l o , 7/04/2002)Em relação ao texto assinale a opção incorreta.

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    a) A palavra “epopéia”(l.2) está sendo utilizada em sentido figurado,pois não se refere a um poema longo, mas a uma ação ou série deações grandiosas.b) A eliminação da primeira ocorrência de “nem”(l.3) e a substituiçãoda segunda(l.4) por e mantêm a correção sintática do período.c) Os termos “brasileiro e negro”(l.5) e “jornalistas brasileiros”(l.6)exercem função sintática idêntica.d) Pode-se, sem alterar a correção do período, substituir “nos quais”(l. 8 a 9) por em que .e) A transformação do trecho “nos quais a palavra Brasil”(l.8 a 9) pornos quais falar no Brasil dispensa outras transformações no texto .

    Gabarito: EComentário.A troca sugerida no item e retira do texto o vocábulo “palavra”,referente do adjetivo “associada” em “a não ser quando associada aPelé”. Com isso, houve prejuízo para a coesão textual (“ em paísesremotos nos quais falar no Brasil não faz o menor sentido, a não serquando a s s o c i a d a a Pelé” ).

    Comentários aos itens corretos :a) Em sentido denotativo (com “d” de “dicionário), é um “ poema delongo fôlego acerca de assunto grandioso e heróico” . Em sentidoconotativo (figurado) é “ uma ação ou série de ações heróicas ”(definição do “Aurélio”).A diferença entre sentido denotativo e conotativo já foi objeto devárias questões de prova, inclusive neste último concurso para oTribunal de Contas da União (provas em 21 e 22 de janeiro de 2006 –próxima questão a ser comentada).b)A conjunção aditiva negativa nem significa “e não”. Por isso, suaretirada de uma oração – que já apresenta um advérbio de negação –e, em seu lugar, a colocação da conjunção “ e” não provocariam errogramatical, tampouco prejuízo para a coerência textual:

    “Sem ele, talvez o Brasil não tivesse derrotado o complexo deinferioridade de sua sociedade em geral e o racismo velado que semanifestava até no futebol .”

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    c) Tanto “brasileiro e negro” quanto “jornalistas brasileiros” exercem afunção de aposto em relação ao termo que sucedem, respectivamente,Pelé e nós .d) A troca do pronome relativo “os quais” pelo “que” (ambosacompanhados da preposição em ) não modifica a correção do período:

    “... em países remotos e m q u e a palavra Brasil não faz o menorsentido... ”.

    06 - ( ACE TCU/2006) Em relação ao texto, assinale a opção incorreta .As barreiras regulatórias vão da dificuldade burocrática de abrir umempreendimento ao custo tributário de mantê-lo em funcionamento.No Brasil, representam 11% da muralha antidesenvolvimento eresultam, na maioria das vezes, da mão pesada do Estado – criador delabirintos burocráticos, de onerosa e complexa teia de impostos e debarreiras comerciais.

    (Adaptado de R e v i st a Ve j a , 7 de dezembro de 2005.)a) A substituição de “da” (l.1) por desde a mantém a correçãogramatical do período.b) A substituição de “ao” (l. 2) por até o mantém a correçãogramatical do período.

    c) As formas verbais “representam” (l.3) e “resultam” (l. 4) referem-sea “As barreiras regulatórias” (l.1).d) A expressão “mão pesada” (l. 4) está sendo empregada em sentidoconotativo.e) A expressão “teia” (l. 5) está empregada em sentido denotativo.

    Gabarito: EComentário.

    As preposições desde e de servem para o estabelecimento limites,sejam reais - físicos ou não – como em “ do Oiapoque ao Chuí ”, sejamreferentes a uma enumeração – “ As barreiras regulatórias vãod a / d e sd e a dificuldade burocrática de abrir um empreendimento...” .Por sua vez, tanto a preposição a como até são usadas emcontraposição àquelas – “... a téo / a o custo tributário de mantê-loem funcionamento.” .Observe a questão de paralelismo sintático – se houver artigo após aprimeira preposição (seja ela desde ou de ), deve-se empregar artigo

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    após a segunda ( até ou a). Então, em construções como “ Hoje emdia, compra-se de tudo na farmácia – de perfume a roupa – atéremédio.” . Considerando que antes do primeiro elemento foi colocadasomente a preposição (de), o mesmo deve ser feito em relação aosegundo (sem crase, por não haver artigo). E mande o corretorortográfico e gramatical do Word pro inferno!!!Por isso, estão corretas as proposições dos itens a e b .Tanto a expressão “mão pesada” quanto “teia” estão usadas emsentido conotativo (figurado).Assim, a opção e está incorreta , pois “teia”, em sentido denotativo,significa o entrelaçamento de fios.

    (TRF/2003) Leia o texto abaixo para responder à questão 07.O panorama da sociedade contemporânea sugere-nos incontáveisabordagens da ética. À medida que a modernidade — ou a pós-modernidade — avança, novas facetas surgem com a metamorfose doespírito humano e sua variedade quase infinita de ações. Mas, falarsobre ética é como tratar da epopéia humana. Na verdade, está maispara odisséia, gênero que descreve navegações acidentadas, lutas econtratempos incessantes, embates de vida e morte, ilusões de falsosvalores como cantos de sereias, assédios a pessoas e a propriedades,interesses contraditórios de classes dominantes figuradas pelosdeuses, ora hostis ora favoráveis. As aventuras de Ulisses sintetizam erepresentam o confronto de ideais nobres e de paixões mesquinhas.Não obstante narram-se também feitos de abnegação, laços defidelidade entre as pessoas e suas terras, lances de racionalidade eemoção, a perseverança na reconquista de valores essenciais. Osmitos clássicos são representações de vicissitudes humanas esituações éticas reais.

    (Adaptado de José de Ávila Aguiar Coimbra, Fronteiras daÉtica, SãoPaulo: Senac, 2002, págs.17 e 18)

    07 - Em relação ao texto, assinale a opção correta .a) Em “sugere-nos”(l.1) o pronome enclítico exerce a mesma funçãosintática do “se” em “narram-se”(l.12).b) Ao se substituir “À medida que”(l.2) por À medida em que ,preservam-se as relações semânticas originais do período.c) A preposição “com”(l.3) está sendo empregada para conferir a idéiade comparação entre “novas facetas”(l.3) e “metamorfose do espíritohumano”(l.3-4).

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    d) A expressão “Na verdade, está mais para odisséia”(l.6) e asinformações que se sucedem permitem a inferência de que

    “epopéia”(l.5) não traria a noção de dificuldades, fracassos.e) O período permaneceria correto se a preposição na expressão

    “confronto de ideais”(l.11) fosse, sem outras alterações no período,substituída por entre .

    Gabarito: DComentário.Enquanto ‘epopéia’ traz somente a idéia de uma luta, ‘odisséia’ indicauma série de dificuldades bem mais complexas do que em umasimples luta. Está correta, portanto, essa afirmação da letra d.As incorreções das demais opções são:a) Em “sugere-nos”, o pronome exerce a função sintática de objetoindireto. Para a análise, não adianta a troca do pronome nos por “anós” , uma vez que os pronomes ele(s), ela(s), nós e vós , quandooblíquos, são obrigatoriamente precedidos de preposição. Há duasformas de se comprovar a função direta ou indireta dos pronomes me,te, se, nos e vos – trocar o pronome pelo nome (por exemplo:

    “sugere ao analista incontáveis abordagens da ética ”) ou análise daregência do verbo (sugerir alguma coisa a alguém). Assim, verificamosque a função sintática é de objeto indireto. Já o pronome “se” em “ narram-se também feitos de abnegação ” éapassivador – o verbo narrar é transitivo direto, existe a idéia passiva(feitos são narrados ) e está acompanhado do pronome “se”. Portanto,a afirmação está incorreta .b) Não existe a conjunção “à medida em que ”; existem as conjunções

    “à medida que ” (proporcional) e “ na medida em que ” (causal).c) A preposição “com”, na passagem, equivale a “a partir de” –origem: “ novas facetas surgem c o m / a p a r t i r d a metamorfose doespírito humano e sua variedade quase infinita de ações.” .e) Se houvesse a troca da preposição de pela preposição entre , serianecessária a retirada da preposição de antes de “paixões mesquinhas”– “representam o confronto e n t r e ideais nobres e d e paixõesmesquinhas ”. Como a opção indica não ser necessária mais nenhumaalteração, está incorreta a proposição.

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    (TRF/2003) A ciência moderna desestruturou saberes tradicionais, e seu

    paradigma mecanicista, que encara o mundo natural como máquinadesmontável, levou a razão humana aos limites da perplexidade,porquanto a fragmentação do conhecimento em pequenos redutosfechados se afasta progressivamente da visão do conjunto. Aexcessiva especialização das partes subtrai o conhecimento do todo.Daí resulta a dificuldade teórica e prática para que o espírito humanose situe no tempo e no espaço da sua existência concreta.

    (José de Ávila Aguiar Coimbra, Fronteiras da Ética, SãoPaulo: Senac,2002, p. 27)

    08 - Em relação ao texto, julgue a assertiva abaixo.- Ao se substituir a conjunção “porquanto”(l.4) pela conjunçãoporque , as relações sintáticas e semânticas do período são mantidas.

    Item CORRETO.Comentário.A conjunção porquanto é equivalente à conjunção porque , seja comvalor causal ou explicativo.

    09 - ( Oficial de Chancelaria/2002 ) Assinale a opção em que uma dasduas sugestões não preenche corretamente a lacuna correspondente.A diplomacia defende e projeta no exterior os interesses nacionais,

    _____1______que ela procura melhorar a inserção internacional dopaís que representa. ____2____ ela não cria interesses

    ____3_____pode projetar o que não existe. O país que se encontrapor trás da diplomacia é o único elemento _____4________ela podeoperar.______5________, a diplomacia só poderá responderadequadamente às transformações do cenário internacional se essas

    transformações forem, de alguma forma, internalizadas pelo país.(Adaptado de www.mre.gov.br, Comissão de Relações Exteriores daCâmara dos Deputados)a) 1 - da mesma forma / do mesmo modob) 2 - Entretanto / Todaviac) 3 - nem / tão poucod) 4 - a partir do qual / com base em quee) 5 - Por isso / Por conseguinte

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    Gabarito: C

    Comentário.Todas as opções são válidas, por estarem adequadamente grafadas eempregadas, exceto o advérbio tampouco , que equivale a “tambémnão” ou “muito menos”. Não é aceita pela norma culta a colocação daconjunção nem antes desse advérbio, por ele já apresentar valor denegação.

    “Tão pouco”, combinação do advérbio de intensidade (tão) com o(também) advérbio “pouco”, remete à idéia de “pequena quantidade”– “Nunca comi tão pouco!” ou “Tenho tão pouco interesse em assistir

    ao ‘Big Brother’ que prefiro estudar Português!” .Algumas palavras podem ser classificadas como advérbios deintensidade, como adjetivos e/ou também como pronomes indefinidos:bastante, pouco, muito, menos . O que irá nos auxiliar nessaclassificação é o conceito apresentado na aula de apresentação – sesão variáveis ou invariáveis.Como vimos, os advérbios são palavras invariáveis, enquanto que osadjetivos e os pronomes se flexionam em gênero e/ou número. Vejasó:- “pouco” – advérbio (“Você tem estudado pouco”); adjetivo (“Nãose aborreça com essa coisa pouca.” – coisa pequena ); pronome indefinido (“Tenho poucos livros de Direito Constitucional” – emquantidade pequena ou insuficiente).- “bastante” – advérbio (“Você tem estudado bastante.” / “Essevolume está bastante alto.”); adjetivo (“Tenho livros bastantes.” –livros que bastam, que são suficientes ); pronome indefinido (“Tenhobastantes livros de Direito Constitucional.”- em grande quantidade).- “muito” - advérbio (“Você tem estudado muito.” / “Esse volumeestá muito alto.”); pronome indefinido (“Tenho muitos livros de

    Direito Constitucional.”- em grande quantidade).

    (Gestor Fazendário MG/2005 )A economia brasileira apresentou um bom desempenho ano passado,incentivada, principalmente, por anterior queda nos juros e pelocrescimento das vendas do país no exterior. ____(a)___este ano, umdesses motores está ausente. ___(b)___ o Banco Central, paracombater a inflação, vem elevando seguidamente a taxa básica, hojesituada em 19,25% ao ano. ____(c)____, os juros altos estão

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    contribuindo para frear o crescimento econômico, mas não ainflação._____(d) _____o ganho com a queda da inflação é pequeno,se comparado à perda no crescimento econômico. Não se defende pormeio dessa comparação, o aumento da produção a qualquer custo.

    _____(e)_____o objetivo é expor a atual ineficácia do aumento dos juros sobre a inflação. O outro motor importante para o crescimentode 2004 (as exportações brasileiras), no entanto, continua presenteeste ano, com ótimo desempenho.

    (Inflação e crescimento. Opinião.Correio Braziliense, 9 de abril de2005, com adaptações)

    10 - Desconsiderando o emprego de letras maiúsculas e minúsculas,assinale a opção que, ao preencher a lacuna, mantém o texto coeso,

    coerente e gramaticalmente correto .a) Haja vista queb) Apesar dec) Entretantod) Emborae) Tão pouco

    Gabarito: CComentário.No terceiro período do texto, informa-se que “o Banco Central, paracombater a inflação, vem elevando seguidamente a taxa básica” de

    juros. Na oração seguinte, iniciada pela lacuna (c), afirma-se que os juros altos não estão freando a inflação. Essas duas afirmaçõessituam-se em campos semânticos opostos. Por isso, deve-se empregaruma conjunção adversativa, como “entretanto”.As demais opções estão incorretas .a) Nessa lacuna, deve-se empregar uma conjunção de valoradversativo ( entretanto, todavia, contudo ), e não a locução adverbial

    “haja vista”, que corresponde a “considerando, tendo em vista”. Sobrea flexão desta expressão, lembramos que o vocábulo “vista”permanece invariável, enquanto que o verbo pode ficar no singular(acompanhado ou não de preposição) ou concordar com o termosubseqüente (“ Haja vista os resultados / Haja vista aos resultados /Hajam vista os resultados”) .b) A oração iniciada por esta lacuna irá apresentar uma explicaçãopara a afirmação presente no período anterior (“ um desses motores

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    está ausente ”). Por isso, não pode ser empregada a conjunção “apesarde” – concessiva.

    d) O emprego da conjunção “embora”, além de causar erro na flexãoverbal do verbo ser – “Embora o ganho (...) é pequeno ” (correto =seja ), prejudicaria a coesão textual em virtude da ausência de umaoração principal. O mais apropriado seria empregar expressões como

    “além disso”, “ademais”, de forma a introduzirem informaçõesadicionais à passagem anterior.e) Não existe a conjunção “tão pouco”, mas o advérbio “tampouco”que equivale a “muito menos”, “menos ainda”, imprópria para apassagem.

    11 -( Assistente de Chancelaria/2002 ) Assinale a opção em que aomenos um dos conectivos propostos para preencher a lacuna provocaincoerência textual ou erro gramatical.O Brasil é um país grande, diversificado _____(a) visto como umapromessa que parece nunca se realizar. O potencial existe,

    _______(b) há algo bloqueando o Brasil. Acho que é uma combinaçãode fatores como o sistema político e o modo de trabalhar do cidadão,pouco engajado nos problemas da sociedade, ______(c) é muitofreqüente o brasileiro eleger políticos por seu nível de popularidade,

    sem avaliar seus programas e ações. É um país muito importante paraa economia mundial, _____(d) sermos sempre decepcionados. É, _______(e), um desafio delicado entender por que as coisas nãoacontecem rapidamente no Brasil.

    (Michel Porter, Veja, 5/12/2001, com adaptações)a) e / masb) entretanto / masc) já que / poisd) embora / apesar dee) contudo / portanto

    Gabarito: DComentário.As conjunções embora e apesar de, a despeito de estarem situadasno mesmo campo semântico, levam o verbo a conjugações distintas.Enquanto que a conjunção ‘ apesar de ’ exige o verbo no infinitivo

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    (sermos ), a conjunção ‘ embora ’ leva a flexão verbal ao subjuntivo(sejamos ).

    Provocou-se, portanto, erro de natureza gramatical (conjugaçãoverbal) o emprego da conjunção “embora”.Em relação às demais opções:a) O valor da conjunção é verificado na construção. No primeiroperíodo do texto, a idéia adversativa (que tanto pode ser apresentadapela conjunção e quanto pela mas ) reside na oposição entre osadjetivos “grande” e “diversificado” e o fato de ser “uma promessa queparece nunca se realizar”. Assim, essa conjunção e tem valoradversativo, como em: “ Ela queria que eu fosse e eu não fui.”. Logo,as duas conjunções podem ser empregadas nessa lacuna.b) Na segunda lacuna, as duas opções empregam valor adversativo aoperíodo: entretanto / mas.c) Na terceira, justifica-se o pouco engajamento do cidadão ao fato deele não avaliar os programas e as ações dos políticos e, com isso,elege-os de acordo com sua popularidade. Assim, tanto pode serusada a conjunção já que como pois.d) Apesar a importância do país na economia mundial, nós, brasileiros,sempre sofremos decepções ( nem me fale nisso... ). Esse valoradversativo tanto pode ser apresentado pela conjunção “ embora ”quanto pela apesar de . O problema foi de conjugação verbal. Esteitem está INCORRETO.e) No último período, pode-se apresentar uma conclusão, com oemprego da conjunção “ portanto ” ou estabelecer uma idéia contráriaao fato de ser um país tão importante, a partir do emprego daconjunção “contudo ”.

    12 - ( TRF/2003) Quem não declarou no ano passado está classificadopela Receita como “pendente”. Embora não tenha o CPF cancelado

    agora, sua situação será considerada irregular perante a Receita. Ocancelamento do documento pode significar muitos problemas, pois oCPF passou a ser mais solicitado do que a carteira de identidade. Semele, é impossível abrir uma conta bancária, comprar a prazo, prestarconcurso público. Caso ganhe em uma loteria, também será impedidode retirar o prêmio.

    (Correio Braziliense, 16/2/2002, com adaptações)Analise a assertiva abaixo, a respeito das estruturas lingüísticas dotexto.

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    a) Mantêm-se as relações semânticas e a correção gramatical aosubstituir “Embora”(l.3) por Apesar de.

    Item INCORRETO.Comentário.Como já vimos, há necessidade de se alterar a forma verbal para oinfinitivo – “A p e s a r d e n ão t e r o CP F c a n c e l a d o a g o r a , . .. ” .

    (TRF/2000)O setor comercial “online” cresce mais de 30% ao ano. À primeira

    vista, parece que o consumidor é beneficiado por produtos maisbaratos. O problema é que o preço baixo é conseguido à custa deconcorrentes, que são obrigados a pagar impostos, e de governos, queperdem receita fiscal. Apesar de estar crescendo muito, o comércioeletrônico ainda é pequeno em relação ao comércio total, o que faz asdistorções econômicas e fiscais serem menores.

    (Robert J. Samuelson, Exame, 22/03/2000, com adaptações)

    13 - O texto permanece correto se forem feitas as seguintes

    substituições, exceto :a) o que faz / os quais fazem(l. 6)b) à custa de / tendo como base o prejuízo de (l.3 e 4)c) Apesar de estar / Embora esteja (l.5)d) em relação ao / em comparação com(l.6)e) ao ano / por ano(l.1)

    Gabarito: A Comentário.A expressão ‘o que’ na passagem de linhas 6 e 7, tem a função deretomar a idéia já expressa no período anterior (“ o comércio eletrônicoainda é pequeno em relação ao comércio total ”). O pronomedemonstrativo que a compõe equivale a “isto”, “isso” ou “aquilo” e ficasem flexão de gênero ou número. Essa é a função vicária de que játratamos na questão 03 – item d desta aula.Mais uma vez (item c ), estabelece-se uma relação entre as conjunçõesconcessivas a p e s a r d e e e m b o r a , desta vez com correção.

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    ( AFRF 2002.1)

    O homem é moderno na medida das senhas de que ele é escravo parater acesso à vida. Não é mais o senhor de seu direito constitucional deir-e-vir. A senha é a senhora absoluta. Sem senha, você fica sem seupróprio dinheiro ou até sem a vida. No cofre do hotel, são quatroalgarismos; no seu home bank , seis; mas para trabalhar nocomputador da empresa, você tem que digitar oito vezes, letras ealgarismos. A porta do meu carro tem senha; o alarme do seu,também. Cada um de nossos cartões tem senha. Se for sensato, vocêpercebe que sua memória não pode ser ocupada com tanta baboseirainútil. Seus neurônios precisam ter finalidade nobre. Têm que guardar,

    sim, os bons momentos da vida. Então, desesperado, você descarregatudo na sua agenda eletrônica, num lugar secreto que só senha abre.Agora só falta descobrir em que lugar secreto você vai guardar asenha do lugar secreto que guarda as senhas.

    (Alexandre Garcia, Ab r e - t e s ésa m o , com adaptações)14 – Julgue a proposição abaixo, em relação aos elementos do texto.c) Respeitam-se as regras de regência da norma culta ao empregar apreposição de em vez de que na expressão verbal “Têm que” (l.10).

    Item CORRETO.Comentário.Uma locução verbal pode apresentar, entre o verbo principal e oauxiliar, uma preposição ( acabei de chegar, chego a tremer, acabo defazer, tenho de aceitar ). No meio da locução, no lugar da preposição,foi usada a palavra que : “ter que guardar”. Segundo a norma culta,deveria ser “ter de guardar”. Quando no lugar de uma preposição,usa-se um vocábulo de outra classe, a esse se dá o nome de

    “preposição acidental”. O mesmo acontece em “ Eu a tenho como uma

    irmã” , em que a palavra “como” (pronome, conjunção ou advérbio)está usada no lugar de uma preposição (“ Eu a tenho por uma irmã” ).

    15- ( TFC SFC/2000) Assinale o item que não preenche a lacuna dotexto com coesão e coerência.

    Os historiadores dizem que a troca de e-mails , o download de fotosdos amigos ou as reservas para as férias feitas pelo computadortalvez sejam divertidos, ______________ a Internet não pode ser

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    comparada a inovações como a invenção da imprensa, o motor avapor ou a eletricidade.

    (Adaptado de Negócios Exame, p.94)a) contudob) no entantoc) entretantod) todaviae) porquanto

    Gabarito: EComentário.Enquanto as conjunções “contudo”, “no entanto”, “entretanto” e

    “todavia” estão no campo semântico da oposição, “porquanto” écausal (“ P o r q u a n t o não terem sido muitos os aprovados, foirealizado outro concurso.” ).

    (Procurador BACEN/2002)Uma crise bancária pode ser comparada a um vendaval. Suas

    conseqüências são imprevisíveis sobre a economia das famílias e dasempresas. Os agentes econômicos relacionam-se em suas operaçõesde compra, venda e troca de mercadorias e serviços, de modo que, acada fato econômico, seja ele de simples circulação, de transformaçãoou de consumo, corresponde, ao menos, uma operação de naturezamonetária realizada junto a um intermediário financeiro, em regra umbanco comercial, que recebe um depósito, paga um cheque, descontaum título ou antecipa a realização de um crédito futuro. A estabilidadedo sistema que intermedeia as operações monetárias, portanto, éfundamental para a própria segurança e estabilidade das relaçõesentre os agentes econômicos.

    (www.bcb.gov.br)16 - Julgue a assertiva abaixo.e) Caso a posição da conjunção “portanto”(l.9) seja alterada para oinício ou fim do período, prejudica-se a coerência e a correçãogramatical do trecho.

    Item INCORRETO.

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    Comentário.A posição da conjunção portanto em relação à oração subordinada

    adverbial a que pertence não altera nem prejudica a coerência textualou a correção gramatical, desde feitos os ajustes na pontuação.O exposto na assertiva se aplica a outra conjunção – pois . No meio daoração e isolada por vírgulas, a conjunção pois é classificada comoconclusiva (“Esse assunto não tem importância. Devemos, pois, retirá-lo da pauta.” ). Caso seja colocada no início, passa a ter um valorexplicativo (“Iremos retirar o assunto da pauta, pois ele não temimportância.” ). Talvez a intenção da banca tenha sido levar ocandidato à confusão de uma conjunção com a outra.

    (Procurador BACEN/2002)O Brasil tem o maior e mais complexo sistema financeiro da AméricaLatina, com 208 bancos, que se distribuem por mais de 17 milagências e aproximadamente 15 mil postos de atendimento adicionais.Contudo, o desenvolvimento desse imenso complexo, nos últimostrinta anos foi profundamente marcado pelo crônico processoinflacionário que predominou, nesse período, na economia brasileira. Alonga convivência com a inflação possibilitou às instituições financeirasganhos proporcionados pelos passivos não-remunerados, como os

    depósitos a vista e os recursos em trânsito, o que compensouineficiências administrativas e perdas decorrentes de concessões decréditos que foram se revelando, ao longo do tempo, de difícilliquidação.

    (www.bcb.gov.br)17 - Assinale a opção em que a substituição sugerida está de acordocom as idéias do texto e não exige outras transformações no textopara assegurar a correção gramatical.a) “que se distribuem”(l.2) / os quais seriam distribuídos

    b) “o que compensou”(l.9) / compensadasc) “possibilitou às instituições financeiras ganhos”(l.7 e 8) / permitiuque as instituições financeiras ganhassemd) “como os depósitos a vista”(l.9) / como, também, os depósitos avistae) “Contudo, o desenvolvimento desse imenso complexo”(l.4) / Odesenvolvimento de tal sistema, todavia,

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    Gabarito: EComentário.

    Estão incorretas as seguintes opções:a) na transposição de voz ativa sintética (que se distribuem) para aanalítica (os quais seriam distribuídos), houve alteração indevida dotempo verbal – de presente do indicativo para futuro do pretérito doindicativo);b) novamente, a função do pronome demonstrativo “o” em “o quecompensou” retoma o que foi mencionado anteriormente (“possibilitouàs instituições financeiras ganhos proporcionados pelos passivos não-remunerados”) e, por isso, não tem o valor adjetivo da forma

    “compensadas”, como sugerido na alternativa;c) alterando-se como proposto, o período seria: “A longa convivênciacom a inflação permitiu que as instituições financeiras ganhassemproporcionados pelos passivos não-remunerados, como os depósitos avista e os recursos em trânsito”. Percebe-se, assim, grave prejuízo àcoesão e coerência textuais, pois os termos “proporcionados pelopassivos não-remunerados”, que complementavam o substantivo

    “ganhos”, retirado na substituição sugerida, ficaram sem nexo na novaestrutura.d) a palavra denotativa de inclusão “ também ”, para que não hajaprejuízo na coerência textual, depende da existência de um primeiroelemento ao qual o segundo elemento iria se relacionar. Contudo,verifica-se que o sintagma “depósitos a vista” é o primeiro da série,não admitindo, portanto, o uso de “também”.Aproveitamos para comentar a forma não acentuada de “a vista”nessa passagem. Alguns autores de renome exigem, para aacentuação de locuções adverbiais femininas, a existência deambigüidade no período. O mesmo se aplica à expressão “à distância”.Consideram que essa locução adverbial somente seria acentuada sehouvesse determinação da distância (“ à distância de 10 metros” ).Usada em sentido genérico, não receberia acento ( “ensino adistância”) .No entanto, como mencionado na aula sobre crase, a posiçãomajoritária da doutrina aponta para a acentuação das locuçõesfemininas, sejam elas adverbiais, adjetivas, conjuntivas ouprepositivas, posição essa que tem, inclusive, o aval do consagradoprofessor Celso Luft (“ A tendência da língua é acentuar o ‘a’ inicial daslocuções femininas – adverbiais, prepositivas e conjuntivas -, mesmoquando não é crase”) .

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    Se, na hora da prova, uma dessas locuções femininas não estiveracentuada, cuidado! Observe as demais opções, pois, como a ESAFnão indica bibliografia, pode ser que estejam seguindo a linha deautores que exigem ambigüidade para o emprego do acento grave.

    (TRF/2002.1)18 - Assinale a opção que, ao preencher as lacunas, torna o textosintaticamente incorreto.

    ___________ na execução de programas sociais no Nordeste, ______no desenho das relações entre centros de pesquisa e empresas, umdos maiores problemas sempre foi o de garantir que os recursos

    cheguem ao seu destino e que sejam usados com inteligência.(Gilson Schwartz)a) Seja / sejab) Tanto / quantoc) Conquanto/ oud) Tanto / comoe) Quer/ quer

    Gabarito: CComentário.Enquanto que as sugestões das opções a , b , d e e são conjunçõesalternativas ou comparativas, a conjunção “conquanto” é concessiva(equivalente a “ embora ”, “apesar de ”), o que prejudicaria a coesãotextual.

    19 - ( TRF/2002)

    O CPF é hoje um dos documentos mais utilizados no Brasil. Foi criadoem 1965, com o objetivo de identificar o contribuinte – pessoa física –perante a Secretaria da Receita Federal e para que ela tivesse ummaior controle dos contribuintes brasileiros. Com o passar do tempo,instituições financeiras e o comércio passaram a exigir o número dodocumento para fazer várias operações, como financiamentos, porexemplo. Enquanto o CPF é uma forma de identificação docontribuinte, a carteira de identidade tem a finalidade de identificar ocidadão por meio da Secretaria de Segurança Pública.

    (Correio Braziliense, 16/2/2002, com adaptações)

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    Assinale a opção correta a respeito do emprego das palavras eexpressões no texto.

    a) A preposição “com”(l.2) agrega ao substantivo “objetivo” uma idéiade modo, como na expressão com vagar .b) A preposição “para”(l.3), na sentença em que ocorre, introduz um

    julgamento, uma opinião.c) O emprego do infinitivo flexionado, fazerem , no lugar de

    “fazer”(l.6) mantém a coerência textual e a correção gramatical.d) A preposição de, em “controle dos contribuintes”(l.4), estabeleceentre os nomes que liga uma relação semântica correspondente a oscontribuintes que controlam .

    e) O valor semântico do conectivo “Enquanto” (l.7) corresponde ao deuma conjunção alternativa.

    Gabarito: CComentário.Em relação à resposta correta (gabarito), já houve comentário na aulasobre verbos (Aula 2 – questão 34).O que nos interessa hoje é comentar os demais itens, que exploram

    conceitos acerca do emprego de preposições e de conjunções.a) O valor da preposição com na passagem é causal (para identificar ocontribuinte - causa – criou-se o CPF – conseqüência ) e não demodo, como em “com vagar (lentidão), ele chegou aqui.”.Assim como acontece com a conjunção, o valor da preposição só podeser determinado no contexto. Por exemplo, a preposição com , além dovalor causal, pode ter os seguintes aspectos: companhia (“Fui morarcom o meu pai.”), preço (“Você pagou com traição a quem lhe deu amão.”), instrumento ou meio (“Ele me bateu com o martelo.”),matéria (“Com farinha e água, faz-se a massa.”), modo (“Com muitotato, dei-lhe a notícia.”), tempo (“Saímos da festa com o raiar dodia.”), estado (“Com lágrimas nos olhos, despedi-me.”). Esta lista ésomente exemplificativa. Há tantas outras situações possíveis. Porisso, deve-se analisar o contexto.b) A idéia expressa pela preposição para é de finalidade.d) Essa é exatamente a diferença entre as funções sintáticas deadjunto adnominal e complemento nominal. A primeira (adjuntoadnominal) é exercida pelo elemento que completa um substantivoconcreto (porta de ferro) ou um substantivo abstrato com idéia

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    ativa ; a segunda (complemento nominal) é exercida pelo elementoque completa um adjetivo (Esse material é útil aos alunos.), umadvérbio (O deputado votou favoravelmente ao projeto.) ousubstantivo abstrato com idéia passiva.Vemos que o termo que complementa um substantivo abstrato tanto pode exercer a função tanto de adjunto adnominal quanto decomplemento nominal. O que irá diferenciar uma da outra? O valoratribuído ao termo, se ativo ou passivo. Por exemplo:

    “A invasão do exército” – o exército invade (ativo) ou éinvadido(passivo)? Ele invade, pratica a ação. Então sua função éadjunto adnominal.

    “A invasão da cidade” – a cidade invade (ativo) ou é invadida(passivo)? Ela é invadida, sofre a ação. Então sua função écomplemento nominal.Na questão, a expressão é “controle do contribuinte”. A depender docontexto, pode-se classificar o complemento como adjunto adnominal(valor ativo) ou complemento nominal (valor passivo).A idéia apresentada no texto é que a Receita Federal exerce umcontrole do contribuinte. Como ele irá sofrer a ação (valor passivo),essa expressão exerce a função sintática de complemento nominal. Emvirtude dessa relação semântica, está incorreta a troca por “ os

    contribuintes que controlam ”.Quer uma ajuda para memorizar essa regra de identificação da funçãosintática? Então lá vai: substantivo Abstrato com complemento devalor Ativo – a função é de Adjunto Adnominal (tudo com A).e) O que determina o valor da conjunção é o seu emprego. Aconjunção “enquanto” pode ter um valor temporal (“Enquanto euestudo Matemática, desenvolvo o meu raciocínio.” ou “Enquanto eudito, você escreve.” – fatos simultâneos ) ou adversativo (“ João éestudioso, enquanto seu irmão não é.” – fatos opostos ). Condena-se aexpressão “enquanto que”, que deve ter sido influenciada pelaconjunção equivalente “ao passo que”. Pior ainda é o uso dessaexpressão no lugar de “na qualidade de” ou “na condição de” – “ Eu,enquanto chefe do Departamento, ordeno que saia.”. Querendo falarbonito, muita gente a usa por aí. SOCORRO! Não vamos complicar oque podemos simplificar: usa-se “como” e ficará tudo certo – “ Eu,como chefe do Departamento,...”. Na passagem “ Enquanto o CPF é uma forma de identificação docontribuinte, a carteira de identidade tem a finalidade de identificar ocidadão por meio da Secretaria de Segurança Pública ”, os fatos são

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    simultâneos e não alternativos, como indica a opção. Logo, tambémestá incorreta.

    20 - ( ACE TCU/2006) Assinale a asserção falsa acerca da estruturaçãolingüística e gramatical do texto abaixo.Nem o “sim” nem o “não” venceram o referendo, e quem confiar noresultado aritmético das urnas logo perceberá a força do seu engano.O vencedor do referendo foi o Grande Medo. Esse Medo latente,insidioso, que a todos nos faz tão temerosos da arma que o alheiopossa ter, quanto temerosos de não ter defesa alguma na aflição. Seum lado ou outro aparenta vantagem na contagem das urnas, não fazdiferença. O que importa é extinguir o Grande Medo. E nem um ladonem outro poderia fazê-lo. Todos sabemos muito bem porquê.(Jânio de Freitas, Fo l h a d e S . P a u l o , 24/10/2005 – com adaptações.)a) Para o texto não apresentar nenhuma incorreção de ordemsintática, a concordância do sujeito composto ligado por “nem... nem”(l. 7 e 8) deve ser feita com o verbo no plural, tal como se fez naocorrência do mesmo sujeito composto, na primeira linha do texto.b) Apesar de sua posição deslocada na frase, o advérbio “logo” (l. 2)dispensa a colocação de vírgulas em virtude de ser de pouca monta,de pouca proporção.c) Um medo “latente, insidioso” (l.3 e 4) é um medo não manifesto,encoberto, enganador, traiçoeiro, pérfido.d) O trecho contido nas linhas de 4 a 5 admite a seguinte reescritura,sem que se incorra em erro de linguagem: “... que nos faz a todosnão só temerosos da arma que o outro possa ter, mas tambémtemerosos de ficarmos indefesos na angústia.”e) A última palavra do texto merece reparo. Há duas expressões que asubstituiriam com a devida correção gramatical: 1) por quê e 2) oporquê .

    Gabarito: AComentário.Mais uma vez, relembramos que o valor da conjunção deve ser aferidono contexto em que se encontra. A conjunção “nem”, na primeirapassagem do texto, apresenta valor aditivo, equivalente a dizer que “ O“sim” e o “não” n ão v e n c e r a m o referendo.” – quem venceu foi umterceiro – o medo. Já na passagem de linhas 7 e 8, tem valoralternativo – ou (qualquer dos lados) – “um lado ou outro poderia

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    fazê-lo.” – qualquer um dos dois poderia fazê-lo. Por isso, manteve-seno singular.

    Em relação aos demais itens corretos , devemos comentar:b) na aula sobre pontuação veremos que expressões adverbiais curtase de fácil entendimento dispensam a colocação de vírgulas, como fez oautor no trecho de linha 2. Portanto, está correta essa proposição.e) “porque” e “por que” recebem acento circunflexo quando tônicos.Isso ocorre em duas situações – a primeira, quando usado na funçãode um substantivo – o porquê – ou, a segunda, quando interrogativo,sob a forma direta ou indireta, ao fim da oração, estando subentendidaa expressão “por qual motivo”, “por qual razão” – “ Não veio p o rq u ê ?”, “Você não veio e todos sabemos p o r q u ê ”. A formaapresentada no texto não encontra respaldo na gramática normativa –a forma correta seria por quê .

    21 - ( TFC SFC/2000) Indique a seqüência que preenche corretamenteas lacunas.

    A Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura(Unesco) estima que há 880 milhões de analfabetos adultos e 115milhões de jovens em idade escolar fora da escola, entre a populaçãomundial. A Unesco, _______, não divulgou os números para cadapaís pesquisado. Em setembro do ano passado, o Ministério daEducação divulgou os dados mais recentes sobre o Brasil, _______14,7% da população entre 14 e 49 anos de idade continuaanalfabeta. Houve uma grande redução do problema, _____, há 20anos, mais de 30% da população naquela faixa etária não sabia ler eescrever.O Ministério relacionou a queda dos índices de analfabetismo com oaumento da escolaridade: em 1980, apenas 49% das crianças entre7 e 14 anos estavam na escola, percentual que subiu para 96% noano passado. O Brasil reduziu pela metade o percentual deanalfabetos na população, _______ dobrou o número de crianças emidade escolar nas salas de aula. Esse avanço é relevante, ______ asimples alfabetização já não é mais suficiente para a conquista deemprego num mercado de trabalho competitivo.

    (O Estado de S. Paulo - Notas e Informações, 22/4/2000, p.A3)a) porém, onde, pois, porque, contudob) entretanto, apesar de, já que, por que, masc) apesar de, entretanto, pois, por que, mas

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    d) no entanto, onde, apesar de, já que, por quee) pois, porque, apesar de, já que, entretanto

    Gabarito: AComentário.1ª lacuna) Das opções apresentadas, podem ser colocadas entrevírgulas as seguintes conjunções: porém, entretanto, no entanto epois. Contudo, esta última deve ser eliminada por não atender aosentido do texto. Deve-se empregar, nessa lacuna, uma conjunção devalor contrário, já que o texto informa que, apesar ter sido estimado onúmero de analfabetos na população mundial, não foram divulgadosos números para cada país pesquisado – idéia adversativa.(Restam as opções a , b e d .)2ª) Como há um referente indicando lugar (Brasil), deve-se usar opronome relativo onde .(Restam as opções a e d .)3ª) 1ª informação: houve redução no percentual de analfabetos; 2ªinformação: dobrou o número de crianças em idade escolar nas salasde aula. As idéias se complementam. Portanto, não são contrárias.Então, elimina-se a opção d que apresenta sugestão de preenchimentocom apesar de (conjunção concessiva). A melhor conjunção é pois (explicativa) – a resposta é a letra a.4ª) “ A p e s a r d e relevante, a alfabetização não é suficiente para aconquista de emprego num mercado competitivo”. As idéias, portanto,são contrárias, admitindo-se o emprego da conjunção contudo.

    22 - ( AFPS/2002) Depois de quase 1.400 turnos de votação ________praticamente todas as palavras do documento, a AssembléiaGeral da ONU aprovou, no dia 10 de dezembro de 1948, a DeclaraçãoUniversal dos Direitos Humanos. Passados 53 anos, o desrespeito e odesprezo _______vida ainda continuam mundo______ , nosmassacres de periferia, nas lutas do campo ou no trabalho infantil. Osabusos estão estampados ________ dias nos jornais. Esse fluxo derelatos é em si um tributo à Declaração, _________ possibilitoudiscussão séria sobre o tema e incentivou forte movimentointernacional pelos direitos humanos.

    (Almanaque Brasil, dezembro de 2001, com adaptações)

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    Para completar corretamente o trecho acima é necessário inserir, pelaordem, os seguintes termos:

    a) de - à - afora - todos - em queb) sobre - por a - afora - todos os - com quec) de - pela - a fora - todos - por qued) sobre - pela - afora - todos os - quee) em - à - a fora - todos - com que

    Gabarito: DComentário.1ª) A preposição que melhor preenche esta primeira lacuna é sobre (documento sobre o qual houve quase 1.400 turnos de votação).Restam as opções b e d .2ª) Os substantivos desrespeito e desprezo regem as preposiçõespor, para (com), de e a (a forma “por a” – item b - leva àcontração: pela ). Elimina-se a letra b . Resposta: d.3ª) A preposição cabível nesta lacuna é afora (equivalente a “por todaa extensão – no tempo e no espaço”). Essa preposição e outras, comoperante, após, dentre , são derivadas da combinação de doiselementos, respectivamente a + fora, per + ante, a+pós,de+entre . Hoje em dia, entendem-se como preposições simples.Há outras que se mantém sem contração – p a r a co m / p o r e n t r e . Aparecem lado a lado e a interpretação do elo semântico que elasdefinem se dá pela composição dos sentidos individuais de cadapreposição.4ª) “Todos os dias” equivale a diariamente, dia a dia (advérbio quenão se confunde com o substantivo “dia-a-dia” = “cotidiano”).Algumas palavras têm seu sentido alterado se, numa expressão comoessa, estiverem sem o artigo. Exemplo: “toda mulher” – qualquermulher; “toda a mulher” – a mulher inteira; “todo mundo” – todas aspessoas; “todo o mundo” – o mundo inteiro.5ª) Como o pronome relativo que , que faz referência a “DeclaraçãoUniversal dos Direitos Humanos”, exerce a função sintática de sujeitoem “possibilitou discussão séria sobre o tema” e, por isso, não podeestar regido por preposição alguma.A ordem é, portanto: sobre, pela (por + a), afora, todos os, que .

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    23 – ( AFRF/1998) Escreva diante de cada texto, adaptado de AliomarBaleeiro, o número do operador lógico que preenche corretamente alacuna:

    ( ) É característica da taxa a especialização do serviço em proveitodireto ou por ato do contribuinte, ____________, na aplicação doimposto, não se procura apurar se há qualquer interesse, direto ouindireto, por parte de quem o paga.

    ( ) Em 1896, Amaro Cavalcânti ponderava que a palavra ‘taxa’, semembargo de ser igualmente usada como sinônimo geral de impostos,não devia ser assim entendida ou empregada; ________________,na sua acepção própria, designa o gênero de contribuição que osindivíduos pagam por um serviço diretamente recebido.

    ( ) O pagamento das taxas é facultativo; é, por assim dizer, o preço doserviço obtido e _____________ em que cada um o exige ou deletira proveito.

    ( ) As taxas se devem revestir sempre do caráter de contraprestaçãoinerente a essa espécie de tributos. Ao adotar-se interpretaçãooutra, malograr-se-ão todas as cautelas da Constituição, queestabeleceu e quer uma rígida discriminação de competência,

    ___________, prevendo a reedição de velhos abusos fiscaismascarados com o nome de taxas, preceituou proibição inequívoca.

    ( ) As despesas de administração da justiça poderiam ser pagas

    convenientemente por uma contribuição particular, __________ quea ocasião o exigisse.( ) Enquanto pelas taxas, o indivíduo procura obter um serviço que lhe

    é útil pessoalmente, o Estado, _____________, procura, peloimposto, os meios de satisfazer as despesas necessárias daadministração.

    ( ) Os clássicos, assim como os contemporâneos, não divergem sobre anoção básica de taxa, ___________ se separem acerca de outrospontos acessórios.

    (1) embora(2) ao passo que(3) à medida(4) tanto assim que(5) na medida(6) visto como(7) ao contrário

    A seqüência numérica correta é:a) 6, 5, 1, 3, 4, 7, 2b) 1, 7, 5, 4, 2, 3, 6

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    c) 2, 6, 5, 4, 3, 7, 1d) 1, 3, 2, 6, 5, 7, 4e) 2, 5, 6, 7, 4, 3, 1

    Gabarito: CComentário.Muitas vezes, o critério de seleção da prova não é “saber mais”, mas

    “saber resolver a prova, com o máximo de acertos, no menor tempopossível”. Mas será que isso é possível? Sim.O que eu quero dizer com isso? O candidato pode dominar umassunto, mas, se na hora da prova, ele gastar muito tempo comdeterminada matéria, vai faltar tempo em outra. Você já deve terouvido lamentações como “eu sabia, mas não tive tempo de resolver aprova – chutei tudo.”. É lastimável quando isso acontece. É para evitarisso que, além de abordarmos o conteúdo da disciplina, temos aobrigação de mostrar como resolver uma prova de maneira maissimples.Questões como essa, por exemplo, devem ser resolvidas de formaobjetiva. Não adianta ler todas as opções e testar conectivo porconectivo até encontrar a ordem correta. Certamente, acabariaacertando, mas não conseguiria resolver tudo de Matemática,Estatística, Informática... e o desfecho você já deve imaginar, não é?Como eu faria, ou melhor, como eu faço:1º) busquei a menor oração – terceiro segmento: “ O pagamento dastaxas é facultativo; é, por assim dizer, o preço do serviço obtido e

    _____________ em que cada um o exige ou dele tira proveito .”Há uma preposição em antecedendo o que. Essa preposição não éexigida pelos termos subseqüentes exigir ou tirar proveito . Então,só poderia ser exigência da conjunção omitida. Com isso, elimino,mesmo sem ler o período, as seguintes opções: embora, ao passo que

    (já tem o “que”), à medida (não existe a conjunção “à medida emque ”), tanto assim que (também já tem o “que”), visto como (nãoadmitiria o complemento “em que”), ao contrário (também nãoadmitiria o complemento “em que”). O que restou? A conjunção “ namedida em que ” – causal. Lendo o fragmento do texto, ela seencaixa perfeitamente.Vou às opções e vejo quais indicam o nº 5 ( na medida ) na terceiraposição – b e c . A essa altura, já estou com 50% de chances deganhar o ponto.

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    2º) passo a analisar outro segmento pequeno – o último: “ Osclássicos, assim como os contemporâneos, não divergem sobre anoção básica de taxa, ___________ se separem acerca de outros

    pontos acessórios. ” e vou testar as sugestões dos itens b e c .O verbo no subjuntivo “ se separem” ajuda na seleção da conjunção. Aprimeira (de acordo com a ordem de c ) já se encaixa com perfeição –a conjunção embora leva o verbo para o subjuntivo e atende à relaçãoantagônica estabelecida pelas expressões “ não divergem ” e “seseparem ”. Já a opção b sugere a colocação da conjunção “vistocomo”. Acontece que, além do prejuízo na coerência textual, o verbodeveria estar no indicativo ( visto como se separam ) e não nosubjuntivo. Resolvida a questão em menos de dois minutos – gabarito:C.Por questões didáticas, iremos analisar as demais lacunas.1ª) CUIDADO! Não é a conjunção que está entre vírgulas (o quepoderia levar muita gente a preencher com “ao contrário”), mas aexpressão “na aplicação do imposto”. De um lado, fala-se nacaracterística da taxa – ser um tributo de caráter contraprestacional(“em proveito direto ou por ato do contribuinte ”); de outro, oimposto, em que não há essa contrapartida estatal (“ não se procuraapurar se há qualquer interesse, direto ou indireto, por parte de quemo paga” ). Assim, expressões em campos semânticos opostos devem

    ser ligadas por conjunções adversativas ou concessivas: como “embora” já foi usado, resta-nos “ ao passo que ”.2ª) À oração “ não devia ser assim entendida ou empregada ”,segue uma oração de valor causal. Das opções apresentadas, asconjunções com esse valor são: “visto como” (equivalente à conjunção

    “visto que”) e “na medida em que”. Como esta, além de estardesfalcada do seu “em que”, já foi usada na terceira lacuna, a únicaforma possível é visto como .3ª) Já foi comentada.

    4ª) Agora, a oração a ser introduzida pela conjunção tem valorconsecutivo: “ t a n t o a Constituição previu a reedição de velhos abusosmascarados com o nome de taxas, q u e preceituou proibiçãoinequívoca” – tanto assim que .5ª) Nesse período, estabelece-se a noção de proporcionalidade – asdespesas poderiam ser pagas à medida que a ocasião o exigisse – àmedida (o “que” já faz parte do segmento, auxiliando a identificação).6ª) Novamente, idéias opostas: de um lado, o caráter individualistadas taxas (“um serviço que lhe é útil pessoalmente”); de outro, ocaráter generalista do imposto (“satisfazer as despesas da

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    administração”). Por isso, está correta a colocação da expressão aocontrário.

    7ª) Também já comentada.

    Com essa, encerramos o assunto de hoje.Bons estudos para vocês.

    LISTA DAS QUESTÕES COMENTADAS.01 - ( AFRF 2002.2) Em artigo publicado na década de noventa, oprofessor Paul Krugman explicava que todos aqueles países que

    falavam inglês haviam tido um desempenho econômico acima damédia de seus vizinhos e que o inglês estava se tornando rapidamentea língua franca dos negócios, do turismo e da internet. Assim, osprocessos de fusão de empresas, tão comuns naquele tempo, sóteriam sucesso se utilizassem o inglês como língua de integração dascorporações. Essa visão nos preocupou quando resolvemos integrartodas as áreas de consultoria espalhadas pela América Latina em umaúnica divisão de consultoria. Mas ficou uma pergunta no ar: “quelíngua oficial adotar”? O espanhol ou o português acirraria a rivalidadeque já era bastante grande no campo dos esportes. Adotar o inglêsteria a vantagem da neutralidade e da facilidade de interação comnossos colegas de outras regiões, mas com perda significativa naagilidade da comunicação e no andamento das reuniões. Foi adotadaentão uma postura única: haveria três línguas oficiais. Essa pequenasutileza significava, na verdade, que todos eram obrigados a entenderas três línguas, mas poderiam se expressar no idioma em que sesentissem mais à vontade. Hoje, cinco anos depois, sentimos que essadecisão foi fundamental para o nosso processo de integração, e a liçãoaprendida é que muitas vezes a criatividade local pode ser mais efetivaque verdades importadas.(José Luiz Rossi, Integração cultural na América Latina, CLASSEESPECIAL, 89/2001, com adaptações)Julgue os itens abaixo, em relação ao emprego das estruturaslingüísticas do texto.I - As duas ocorrências da conjunção “que”(l.2 e 4) têm a função dedemarcar o início das duas orações ligadas por “e”(l.4), mas,sintaticamente, o segundo que pode ser omitido.

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    II - A preposição “em”(l.9), exigida pelas regras de regência do verbo “integrar”(l.8), pode sofrer contração com o artigo que a segue, semprejudicar a correção e as idéias do texto.

    02 - (Técnico IPEA/2004)A Grande Depressão não foi apenas a maior crise de desemprego daHistória, mas também a primeira crise de desemprego nas grandesdemocracias ocidentais que se abateu sobre um eleitorado constituído,principalmente, por trabalhadores ameaçados pelo desemprego ouvítimas diretas dele. O corpo político havia mudado. Não levar emconta os interesses objetivos do eleitorado era um suicídio políticocerto.

    (Adaptado de J. Carlos de Assis, A Crise da Economia enquanto Crisedo Trabalho)

    Em relação ao texto, julgue a assertiva abaixo.a) O emprego de “mas também”(l.2) está sintática e semanticamentevinculado ao emprego de “não ... apenas”(l.1).

    03 - ( Técnico IPEA/ 2004) Assinale a opção que corresponde a errogramatical, de coesão ou de coerência textual.

    É relevante (1) o fato de que (2), na idade de ouro do capitalismo,nos 25 anos do pós-guerra, entre os países industrializados, de cada(3) dez empregos criados, seis o (4) eram no setor público. Essainformação não deve surpreender, não obstante (5) a principalcaracterística do estado de bem-estar social é a existência de umserviço público de qualidade e em quantidade suficiente.(Adaptado de J. Carlos de Assis, A Crise da Economia enquanto Crisedo Trabalho)a) 1

    b) 2c) 3d) 4e) 5

    04 - ( Analista IRB/2004) Fazer pesquisa é ofício que exige dedicação epaciência, ____1_____ os resultados são lentos e incertos. Além disso,por genial que seja um cientista, não é possível produzir conhecimento

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    sozinho. Há o contexto de criação, a comunidade científica nacional einternacional ____2____ se discut