Conexão Fachesf nº 1

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Revista corporativa da Fundação Chesf de Assistência e Seguridade Social

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sumá

rio Ponto de vista | 6 Cláudio Lira

Especial | 8Estatuto do Idoso

Educação Previdênciária | 10É tempo de ser previdente

Artigo | 17 Rogério Cardoso

Planejamento e Gestão | 18 Sem fronteiras

No Consultório | 20O que você sabe sobre o Câncer de próstata?

Pergunte ao doutor | 21

Seu dinheiro | 22Orçamento familiar

Artigo | 24Maria Elizabete Silva

Teste | 25Você planeja financeiramente seu futuro?

Noticiário geral | 27

Central de Relacionamento | 29Ligados em atender bem

Foco no Participante | 32Pescadora de histórias

Mundo Animal | 35Gato, o melhor amigo?

Artigo | 37Synara Rillo

Cultura e Lazer | 38Praça Chora Menino

Especial | 40Dia do Participante

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editorialAperfeiçoar, cada dia mais, a comunicação com você, nosso Participante. Esse tem sido um dos principais desafios da Fachesf, em especial nos últimos três anos, quando vários esforços foram concentrados no sentido de tornar o processo comunicativo mais eficaz e em sintonia com o mercado das Entidades Fechadas de Previdên-cia Complementar.

Um importante marco nessa trajetória aconte-ceu em 2005, com a publicação do Jornal da Fachesf que, após um período em inatividade, voltou a ser editado. A decisão foi bem recebida pelos Participantes: apenas dois anos após seu retorno, o Jornal foi apontado como o canal de maior interesse de 90% dos Aposentados e Pen-sionistas, de acordo com a Pesquisa de Perfil e Opinião realizada em outubro de 2007.

Apesar do excelente resultado, nossa inquieta-ção em buscar novas fórmulas, no entanto, não

[exp

edien

te] Revista Conexão Fachesf

Editada pela Assessoria de Comunicação Institucional

[Editora Geral] Laura Jane Lima [Editora Executiva] Nathalia Duprat [Reportagem e Redação] Nathalia Duprat | Laura Jane Lima [Fotografia]Acervo Fachesf | Damião Santana [Colaboraram nesta edição] Juliana Gomes | Contacta Comunicação, com as ma-térias: Idosos: conhecer a lei e exigir direitos; O que você sabe sobre o câncer de próstata; Orçamento familiar: um dever de casa; Ligados em atender bem; A história de um nome singular.Rakel Azevedo, assistente de produção

[Tiragem] 11 mil exemplares[Redação] Rua do Paissandu, 58 – Boa Vista Recife – PE | CEP: 50070-210Telefone: (81) 3412.7508 / 7509[E-mail] [email protected]

Fundação Chesf de Assistência e Seguridade Social | Fachesf Clayton Ferraz de Paiva · Presidente Luiz Ricardo da Câmara Lima · Dir. Adm. e Finanças Robstaine Alves Saraiva · Diretor de Benefícios

[Projeto Gráfico e Diagramação]Fátima Finizola | Corisco Design

[Impressão]Gráfica Santa Marta

* Os artigos assinados não refletem, necessariamente, a opinião da Conexão Fachesf

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editorial

[con

exão

]Quando o planejamento de criação de mais um veículo de comunica-ção começou a ganhar forma, uma decisão foi tomada antes de tudo: o nome da revista deveria ser escolhido através de uma promoção interna, abrangendo empregados, estagiários e prestadores

de serviço da Fundação. Para a Assessoria de Comunica-ção Institucional, era fundamental envolver, desde o iní-cio, aqueles que conhecem a Fachesf como ninguém e que seriam capazes de compreender a essência de um produto que busca total identificação com seu público.

[o n

ome]

parou. Motivada por números revelados tam-bém durante a Pesquisa (73% dos entrevistados afirmaram ter o hábito de ler freqüentemente as notícias publicadas pela Fundação), a Dire-toria Executiva entendeu que havia chegado o momento certo para mais um desafio: lançar um veículo de comunicação, mais amplo e fo-cado em questões como cultura previdenciária, saúde e educação financeira, assuntos que têm sido fortemente discutidos por todos aqueles que se preocupam com qualidade de vida hoje e no futuro.

Após um cuidadoso planejamento editorial, o fruto desse trabalho chega agora em suas mãos. É com grande satisfação e entusiasmo que apre-sentamos a você, caro leitor, o primeiro núme-ro da revista Conexão Fachesf, um canal criado para aproximar a Fundação dos seus Participan-tes e fortalecer essa parceria que já existe há mais de três décadas.

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A proposta foi bem recebida na casa e, após a aná-lise das 86 sugestões apresentadas, a revista Conexão Fachesf foi oficialmente batizada, a partir de uma idéia apresentada pelas colaboradoras Marinalva Ferreira de Melo e Kilvaneide Costa da Silva, ambas funcionárias da empresa Soll, que presta serviços terceirizados de lim-peza e manutenção.

O resultado fortaleceu um lado da Fundação que, talvez, muitos desconheçam, mas é vivido de forma intensa no dia-a-dia da entidade. “Aqui podemos participar de tudo, mesmo não sendo funcionários. Isso faz com que nos sintamos importantes e, acima de tudo, ouvi-dos”, afirmou Kilvaneide Costa, que ganhou o apoio da companheira, Marinalva: “Por isso escolhemos a palavra Conexão. Sentimos que estamos ligadas com a Fachesf e queremos que os Participantes tenham a mesma sen-sação. Isso é algo que não tem preço”.

A sua publicação será alternada com o Jornal da Fachesf, de modo que, a cada período, um dos dois veículos seja divulgado. Pensando também nos custos finais de produção, nossa proposta é que, a partir do n.º 2, as despesas com impres-são do material sejam totalmente cobertas pela venda de espaços publicitários.

Confira, nas páginas a seguir, o que preparamos para a edição de lançamento da Conexão Fa-chesf. Além de ter acesso a informações sobre previdência, orçamento familiar, saúde, cultura e lazer, você, nosso leitor, vai poder participar ati-vamente da construção deste projeto, através de depoimentos, sugestões, elogios e críticas. Par-ticipe, escreva para a gente: [email protected]. Esta é a sua revista.

Boa leitura!Editora Geral

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“O momento é bastante favorável”Cláudio Lira

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CF. Qual o principal papel do Conselho Delibe-rativo na governança da Fachesf?

CL. O Conselho Deliberativo é o órgão máxi-mo da estrutura organizacional da Fachesf, sendo responsável pela definição da política geral de administração da entidade e de seus planos de benefícios. A solidez e sobrevivência de uma instituição ou empresa são suportadas pela credibilidade que têm junto aos seus pú-blicos interno e externo. Fatos recentes de má gestão e escândalos em grandes corporações (como a Enron, Worldcom e Tyco) trouxeram para cena a necessidade de repensar as gover-nanças dessas corporações. Uma instituição é composta de pessoas, ativos financeiros, físicos e intelectuais, rede de relacionamento, mar-ca, etc. E o processo de governança de tudo isto é bastante complexo, sendo necessário um grande número de instrumentos organi-zacionais, tais como: comitês, procedimentos, auditorias, estruturas, processos e outros. No caso da Fachesf, alguns desses instrumentos já existem; podemos citar os comitês de Recursos Humanos, Ética e Planejamento. Porém não te-mos ainda uma verdadeira política de gover-nança corporativa. A definição dos princípios para melhores práticas deverá entrar em pauta nas discussões dentro da casa, envolvendo os empregados, o Conselho e a Diretoria. Esses princípios são fundamentais para que tenha-

mos uma fundação mais transparente e imune aos riscos, principalmente os financeiros, a que estão expostos todos os fundos de pensão.

CF. A Secretaria da Previdência Complemen-tar (SPC) está em processo de implantação de uma proposta para Certificação dos Dirigen-tes dos fundos de pensão, que deve entrar em vigor no início de janeiro de 2009. O que você acha da proposta?

CL. Acredito que qualquer processo que venha agregar mais competência e profissionalismo aos gestores dos fundos é sempre bem vindo. Não sei se, necessariamente, deva ser através de certificação. Devemos ter cuidado com certos modismos que, mais tarde, podem se mostrar frustrantes. Nem todas as instituições têm as mesmas características. Dentro da previdência complementar, temos os planos de entidades abertas e fechadas, cada um com suas peculia-ridades. As leis complementares 108 e 109/2001 já explicitam as qualificações mínimas que de-vem ter os dirigentes das entidades, porém nem sempre é possível que um conselheiro, no início de sua gestão, possua todos os requisitos solici-tados. Esse fato não é de todo agravante. Além do que, dificilmente, há descontinuidade brusca das políticas de um fundo diante de mudança de parte dos seus dirigentes. Considero que, para melhoria profissional dos gestores, é necessário

Atual Chefe de Gabinete da Diretoria de Operação da Chesf, Cláudio Lira entrou na Companhia ainda como estagiário, em 1977. Desde então, o engenheiro eletricista passou por diversos setores, tendo sido coordenador de equipes na área de Planejamento e Programa-ção da Operação Energética da Companhia e atuado no Centro de Operações. Em 2003, foi indicado pela Patrocinadora à presidência do Conselho Deliberativo da Fachesf, cargo para o qual foi recente-mente reconduzido, até 2012. Confiante no trabalho que a atual gestão da Fundação tem exercido, Cláudio Lira conversou com a re-vista Conexão Fachesf sobre o momento por que passa a entidade e tudo o que tem sido feito para enfrentar os desafios futuros.

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que tenhamos disponível uma grade de cursos e treinamentos para os novos, e atualização para os mais experientes. CF. Nos últimos três anos, a Fachesf tem traba-lhado na modernização da sua gestão, aperfei-çoando, inclusive, sua estrutura organizacional. Como você avalia essas mudanças?CL. A Fundação hoje é, certamente, uma enti-dade muito mais preparada para enfrentar seus desafios. Todos os esforços da Diretoria Executi-va, com o envolvimento dos gestores e empre-gados, estão sendo dirigidos para consolidar a Visão de ser reconhecida como referência na-cional na concepção e administração de planos de previdência e na prestação de serviços de saúde e assistência social, ampliando o seu mer-cado de atuação.

CF. Na sua opinião, como o Participante pode contri-buir para a consolidação da Fachesf?CL. O Participante é o princi-pal agente nesse processo. Por isso, faz-se necessário co-nhecer bem sua Fundação, sua Missão, Visão e Valores; entender seu funcionamento, as legislações que a regula, os limites e restrições da en-tidade. Tais informações, jun-tamente com a consciência dos direitos e deveres do Par-ticipante, contribuirão para o fortalecimento de nossa instituição. É preciso que todos utilizem os meios de comunicação disponíveis para su-gerir e expressar suas satisfações e frustrações. Também é importante manifestar-se através de representações sindicais e a Aposchesf, e, principalmente, acionar o instrumento mais democrático que temos, a eleição, para que os dirigentes eleitos representem os verdadeiros direitos da coletividade.

CF. O que você espera do seu novo mandato? Quais os principais desafios dessa nova gestão do Conselho Deliberativo?CL. No ano passado, a Fachesf completou 35 anos de existência. Durante esse período, gran-des mudanças ocorreram, tanto no âmbito re-gulatório, quanto no perfil dos Participantes.

No Relatório Anual 2007, por exemplo, consta a evolução da entidade ao longo desse perío-do. Inúmeros desafios foram vencidos e outros estão por vir, envolvendo questões de saúde e previdência. Estamos prontos para vencê-los? A certeza é de que precisamos nos preparar. A lon-gevidade dos nossos Participantes, a regulação cada vez mais rígida e as incertezas do mundo exterior, principalmente no mercado financeiro, são fatores que vão exigir de nós, gestores, mais qualificação e competência. Nosso papel é ga-rantir uma assistência à saúde com um padrão de qualidade compatível com a capacidade de pagamento dos Participantes. No tocante à pre-vidência, o objetivo maior é manter o desem-penho dos rendimentos patrimoniais igual ou superior às metas atuariais. Assim estaremos ga-rantindo um futuro mais seguro para todos nós.

CF. E com relação a Fachesf, quais as perspectivas para os próximos anos?CL. A Fachesf é uma instituição bastante sólida. Comparativa-mente com outras entidades de previdência complemen-tar, somos a maior do Nordes-te e uma das 20 maiores do Brasil. Ao longo dos últimos anos, temos conquistado re-sultados bastante favoráveis, com rendimentos superiores, tanto em relação à meta atua-rial, quanto ao mercado, o que

demonstra o compromisso e a competência do nosso quadro técnico. Em relação ao futuro, estamos em um momento bastante favorável. As perspectivas para o País mostram-se extre-mamente promissoras, apesar de certa turbu-lência no cenário internacional. As empresas do setor elétrico têm apresentado resultados altamente positivos e a Patrocinadora Chesf, que se destaca entre as melhores dentro da holding, tem renovado seu quadro de pessoal. Isso é muito saudável para a Fundação, pois representa novos Participantes. Alguns outros desafios já foram citados e, com certeza, serão superados pela competência e pela qualidade técnica do nosso corpo funcional. A Fachesf continuará sendo uma empresa sólida, que ga-rante o futuro dos seus Ativos e Assistidos, nas questões de saúde, previdência e assistência. Esta é a minha expectativa.

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“A Fachesf continuará sendo uma empresa sólida, que garante o futuro dos seus Ativos e Assistidos, nas questões de saúde,

previdência e assistência.”

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Estatuto do IdosoConhecer a Lei para exigir direitos

Em 1º de janeiro de 2004, depois de sete anos tramitando no Congresso, entrava em vigor a Lei 10.741. Mais conhecida como Estatuto do Idoso, a norma — sancionada em outubro de 2003 — re-presentou, na época, uma grande vitória de todos os setores sociais e governamentais que lutavam para garantir mais dignidade às pessoas da terceira idade, assegurando-lhes seus direitos e a aplicação de penas severas para os infratores. Anos depois, entretanto, muitos ainda desconhecem o Estatuto, o que contribui para que diversos artigos da lei, in-felizmente, não sejam cumpridos.

Pensionista da Fachesf, Janete de Oliveira, 66, con-fessa que faz parte desse grupo: “Só ouvi falar por alto. Na verdade, nunca me interessei pelo assunto. Sei que a lei trouxe benefícios para os idosos, mas admito que não me preocupei em conhecer seu conteúdo”. O desinteresse, entretanto, tem justifi-cativa, uma vez que, diante do histórico de discri-minação social contra pessoas acima dos 60 anos, muitos, inconscientemente, resistem à idéia de que estão envelhecendo.

Felizmente, em contrapartida, há quem conheça a fundo a lei e luta, dia a dia, para fazer valer todos os artigos, parágrafos e incisos que ela assegura. Um exemplo de cidadão que aciona o Estatuto sempre que necessário é o Participante Assistido Senildo Si-queira, 68. Segundo ele, que se orgulha de ter uma cópia do documento, é importante que todos, ido-sos ou não, leiam e entendam seu conteúdo. “Muitas pessoas são lesadas e ficam caladas porque desco-nhecem seus direitos”, revelou.

Sally Rocha, 71, também exerce sua cidadania. A Par-ticipante Assistida afirma que acompanha as notícias pela televisão e jornal e conhece bem o que a lei re-serva para quem desrespeitar suas regras: “Tenho a carteira especial para ônibus e sempre que vejo que tem alguém descumprindo a lei, reclamo; principal-mente nos transportes públicos, em que alguns jo-vens insistem em ocupar os assentos preferenciais”. Segundo ela, o fato de muitos idosos ainda não co-nhecerem o Estatuto é, na verdade, uma questão cultural, que precisa ser mudada: “As pessoas preci-sam procurar o acesso à informação”, explicou.

Com a validação do Estatuto do Idoso, um grande passo foi dado. Mas ainda existe uma distân-cia grande entre a Lei e a realidade das pessoas aci-ma de 60 anos no Brasil. E para que essa situação seja modificada, a discussão sobre os direitos da terceira idade precisa ser ampliada e amplamente divulgada nos meios de comunicação. Somente uma mobili-zação permanente da sociedade, mais consciente e organizada, será capaz de transformar o olhar sobre o envelhecimento da população brasileira e assegurar dignidade para todos.

Nesse debate, é essencial ainda que sejam considera-das, de forma séria e consistente, soluções de políti-cas públicas em previdência, pois, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, em 2050, a expectativa de vida no País deve aumentar para 81,3 anos, média equivalente aos japoneses. Portan-to, antes que esse tempo chegue, é preciso ensinar, a geração de hoje, como se preparar para um futuro tranqüilo e com uma boa qualidade de vida.

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Conheça importantes benefícios do Estatuto

Menos jovens e mais idosos

mais idosos

Os maiores de 65 anos têm direito ao transporte coletivo público gratuito. Antes do Estatuto, apenas algumas cidades garantiam esse benefício aos idosos. A carteira de identida-de é o comprovante exigido.

Cabe ao Poder Público distribuir gra-tuitamente remédios aos idosos, principalmen-te os de uso continuado (hipertensão, diabetes, etc.), assim como próteses e órteses.

Quem discriminar o idoso, impe-dindo ou dificultando seu acesso a operações bancárias, aos meios de transporte ou a qual-

Segundo dados do IBGE, em 2050, seremos 259,8 milhões de brasileiros e nossa expec-tativa de vida vai aumentar para 81,3 anos.

Em 1980, a população brasileira dividia-se, igualmente, entre os que tinham acima ou abaixo de 20,2 anos. Em 2050, essa idade mediana será de exatos 40 anos.

Em 2000, cerca de 30% dos brasileiros tinha de zero a 14 anos, enquanto os maiores de 65 representavam 5% da população; em 2050, esses dois grupos etários se igualarão: cada um deles representará 18% da popula-ção brasileira.

Em 2000, o Brasil tinha 1,8 milhão de pes-soas com 80 anos ou mais; em 2050, esse contingente poderá ser de 13,7 milhões.

O Fachesf-Saúde é formado hoje por um universo de 40% de beneficiários acima dos 50 anos de idade.

Os atuais avanços da medicina e a melhoria nas condições gerais da população contribuíram para elevar a expectativa de vida dos brasileiros. Atrelado a isso, está a diminuição da taxa de fecundidade, devido à popularização de méto-dos anticoncepcionais. A entrada da mulher no mercado de trabalho (agora com menos filhos) e o índice ainda elevado de mortalidade infantil, também têm colaborado para que a população de idosos cresça no País.

Para conhecer o Estatuto na íntegra, acesse

www. faches f . com.b r

quer outro meio de exercer sua cidadania, pode ser condenado. A pena varia de seis meses a um ano de reclusão, além de multa.

É proibida a discriminação por ida-de e a fixação de limite máximo de idade na contratação de empregados, sendo passível de punição quem o fizer.

Compreende o aten-dimento preferencial imediato e individualizado junto aos órgãos públicos e privados prestado-res de serviços à população.

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É tempo de ser previdenteSaiba por que é preciso se programar para a aposentadoria

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O que você espera fazer quando parar de trabalhar? Passar mais

tempo com a família, voltar a estudar, conhecer outros lugares,

dedicar-se a um projeto social ou ter a segurança de uma casa

própria? Sejam quais forem suas expectativas, manter um bom

padrão financeiro, após o período ativo de trabalho, é um grande

desafio para milhões de pessoas no mundo inteiro.

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Na aposentadoria, há uma tendência natural de redução na receita familiar, principalmente devi-do à perda dos benefícios, diretos e indiretos, oferecidos pelas empresas aos seus funcionários. Diante do acúmulo de contas a pagar (como financiamentos de imóveis, impostos, taxas e gastos, principalmente, com saúde), muitas pes-soas se vêem envolvidas em pesadas dívidas que comprometem o orçamento doméstico e afetam sua qualidade de vida.

No Brasil, durante décadas, prevaleceu a con-cepção de que caberia ao Estado, através da Pre-vidência Social, a proteção financeira ao cidadão que se aposentasse. Acreditava-se que a grande massa de jovens trabalhadores existente seria capaz de suprir o regime previdenciário nacional por muitos anos, beneficiando aqueles que se afastassem do mercado de trabalho.

Mas a população envelheceu e os diversos mo-mentos de instabilidade econômica do País contribuíram para o enfraquecimento da previ-dência oficial, deixando milhares de brasileiros inseguros acerca do futuro. E, o que é pior, com pouquíssima ou nenhuma consciência da im-portância de planejar o amanhã: as pessoas, em geral, acostumaram-se a se preocupar apenas com o consumo imediato e apostar tudo no

presente, ignorando que o único meio de asse-gurar tranqüilidade e conforto na terceira idade é cuidando do dia de hoje.

Nos Estados Unidos e em alguns países da Eu-ropa, no entanto, essa questão é atenuada gra-ças aos investimentos que seus governantes vem fazendo, há decadas, para a consolidação de uma cultura previdenciária, através de ações que estimulam os cidadãos, desde muito jovens, a investirem parte de seus recursos na formação de um fundo de reservas.

Apesar de tardiamente, esse pensamento tem ganhado força também no Brasil. Prova disso é o crescimento que o sistema fechado de pre-vidência complementar do País vem apresen-tando nos últimos anos. De acordo com dados da Abrapp (Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar), atual-mente o segmento conta com 6,5 milhões de participantes que acreditaram no potencial do sistema e hoje experimentam uma nova pers-pectiva de vida: são trabalhadores que optaram por construir, durante o presente, a tranqüilida-de financeira do futuro, com compromisso, pla-nejamento e responsabilidade.

Também denominadas de fundos de pensão, as Entidades Fechadas de Previdência Complementar (EFPCs) são organizadas por em-presas patrocinadoras ou instituidores (associa-ções de classe, sindicatos e cooperativas), com o objetivo de administrar planos de benefícios de caráter previdenciário, garantindo aos seus par-ticipantes uma renda extra após determinado período. Ou seja, mediante contribuição mensal de parte do seu salário, a pessoa acumula uma espécie de reserva que lhe será restituída na for-ma de benefícios de suplementação, seja na sua aposentadoria ou como pensão familiar.

Além de ser uma garantia de não contar apenas com o que é pago pela Previdência Oficial (hoje limitado ao teto máximo de R$ 3.038,99), a previ-dência complementar fechada é um importante instrumento da política de recursos humanos para as empresas: ao participar do custeio dos planos de benefícios, as organizações reforçam sua preocupação com o futuro dos trabalha-dores e sua qualidade de vida.

No Brasil, durante décadas, preva-leceu a concepção de que caberia ao Estado, através da Previdência

Social, a proteção financeira ao cidadão que se aposentasse.

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Nos últimos anos, o segmento vem se consolidan-do como um dos mais importantes mecanismos de complementação de rendimento do cidadão brasileiro. Deve-se isso principalmente às rígidas normas que regulam o setor, que cobram gestões cada vez mais eficientes e responsáveis por parte dos dirigentes, e a uma maior estabilização da economia, que deu mais condições à população de planejar seus orçamentos mensais.

Hoje o sistema fechado de previdência comple-mentar brasileiro é o oitavo no ranking mundial, em volume de recursos administrados, atrás apenas de Estados Unidos, Reino Unido, Japão, Holanda, Austrália, Canadá e Suíça; segundo dados da Secretaria de Previdência Comple-mentar (SPC), o setor tem atualmente mais de 370 entidades registradas no País, que operam um patrimônio total de R$ 460 bilhões e pagam mais de 600 mil benefícios de aposentadoria e pensão através da administração de mais de mil planos previdenciários.

Por essas razões, a formação dos fundos de pen-são tem sido um assunto cada vez mais presente na pauta de reivindicações dos trabalhadores, evidenciando a tomada de consciência a res-peito da crescente importância da proteção pre-videnciária para toda a família.

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Disponível a princípio apenas a grupos ligados

por vínculo empregatício, em 2001, a previdência

complementar fechada passou a agregar também

trabalhadores ligados por vínculo associativo. Isto

é, mesmo sem a figura de empresa patrocinadora,

os trabalhadores — através de sindicatos, coopera-

tivas, associações e órgãos de classes — puderam

criar suas próprias entidades de previdência com-

plementar ou participar de planos de benefícios em

fundações já existentes.

Conhecidos como Planos de Instituidores, o novo

segmento, criado pela Lei 109/2001 e regulamentado

em 2003, já é um dos que mais crescem no País. Hoje

já existem mais de 20 entidades fechadas do tipo as-

sociativo e 150 planos de previdência administrados

por fundos de pensão. Ao total, são 100 mil novos par-

ticipantes que movimentam ativos garantidores dos

planos de benefícios da ordem de R$ 235 milhões.

Planos de Instituidores conquistam mercado

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Para você, o que significa participar da Fachesf?

Fundada em 1972 para atender aos empre-gados da Chesf, a Fachesf opera hoje um universo de quase 13 mil pessoas, entre

Participantes Ativos e Assistidos. Por mês, são pagos quase R$ 15 milhões em

benefícios para 5.592 Aposentados e 1.760 Pensionistas. Confira a seguir o que os

Participantes têm a falar sobre a Fundação que, aos 36 anos de existência, é a maior Entidade Fechada de Previdência Comple-

mentar do Norte/Nordeste do Brasil.

“Tenho consciência de que o que recebo é pro-porcional ao valor que contribuí durante meu período de trabalho. Mas, pouco ou muito, a suplementação é garantida e complementa a minha renda familiar. Lembro que, na época em que entrei na Chesf, não tínhamos muitas infor-mações sobre o que receberíamos no futuro, mas já sabíamos que era importante manter uma previdência. Costumo dizer que não se pode ter o segundo andar sem que exista o primeiro. En-tão é preciso antes ter um emprego, um salário que nos mantenha. Mas logo em seguida, vem a consciência de poupar para estar preparado quando a aposentadoria chegar. Tento orientar meus filhos que estão começando a vida agora a seguir o exemplo.”

Mário é aposentado desde 1991. Adora dan-çar, futebol e ir à praia com os amigos.

Mário Maciel Silva Recife (PE)

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“Em 1972, quando a Fachesf foi fundada, eu já imaginava que a Previdência Social não me da-ria condições para conservar meus padrões de moradia e saúde, pois, com a idade, nossas des-pesas aumentam bastante. Optei pelo plano de previdência da Fundação e consegui manter a estabilidade, mesmo depois da aposentadoria. Embora não conheça os detalhes dos bene-fícios que hoje são oferecidos pela entidade, aconselho a todos os empregados da Chesf a investirem em uma condição digna de sobrevi-vência no futuro.”

Judith está aposentada e há 18 anos, em seus momentos de lazer, gosta de passear com a família e encontrar seus muitos sobrinhos.

Judith Barreto Salvador (BA)

Dorgival Dias de Carvalho

Salvador (BA)

“Assim que entrei na Chesf, tornei-me Partici-pante da Fachesf. Na época, meu desejo já era assegurar a tranqüilidade da minha família, de-pois que me aposentasse. Hoje sei que foi uma decisão acertada: mantive-me seguro e sem grandes estresses. Recomendo que todos os empregados sigam meus passos.”

Aposentado há 13 anos, Dorgival ainda mantém os amigos feitos em Paulo Afonso. Ele gosta de viajar com a família e freqüen-tar teatros e cinema.

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“Quando entrei na Chesf, em 2002, decidi aderir a um plano de previdência complementar para garantir uma aposentadoria tranqüila. Sei que, depois que paramos de trabalhar, nosso padrão de vida tende a cair, por não termos mais acesso a alguns benefícios ofertados somente ao pes-soal da ativa. Minha expectativa é de minimizar esta queda ou até mesmo evitá-la, através da su-plementação que receberei da Fachesf, somada a outros rendimentos — invisto também em ações, fundos de ações, títulos públicos do Go-verno e até mesmo poupança. Acho essencial ter um bom planejamento financeiro. Pena que grande parte da população ainda desconheça a importância de uma previdência privada. Procu-ro me manter sempre atualizado e leio todos os informes da Fundação, além de revistas e jornais especializados.”

Quando se aposentar, Bruno pretende via-jar, curtir a família e ir a jogos do Sport Clu-be do Recife.

“Um dos meus maiores arrependimentos foi não ter ingressado na Fachesf assim que entrei na Chesf, em 1974. Na época, achava que a Funda-ção servia apenas àqueles que desejavam retirar empréstimos. Mas em 2001, quando percebi que, durante a velhice, seria bastante difícil con-seguir bancar todas as minhas despesas familia-res (principalmente as de assistência médica), voltei atrás e aderi ao Plano CD. Acredito que to-dos os brasileiros devem refletir o quanto antes sobre a importância de uma previdência priva-da, porque, depois da aposentadoria, acontece quase sempre uma queda no poder aquisitivo da população e logo os reflexos disso aparecem. Sei que, daqui para frente, precisarei contribuir o maior tempo possível para garantir um mínimo de conforto e qualidade de vida, mas estou con-fiante. Faço outros investimentos e quero poder arcar com os custos dos estudos dos meus três filhos, Marlon, Maiara e Maíra.”

Josimar espera, na aposentadoria, viajar bas-tante, dançar, ler bons livros e jogar xadrez, sinuca e dominó.

Josimar Luis de SouzaPaulo Afonso (BA)

Bruno Costa de Oliveira

Recife (PE)

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Não são boas as perspectivas dos trabalhadores que, ao se aposentarem, contam apenas com a renda do INSS. A dura realidade da Previdência Oficial brasileira não reserva, para esses cidadãos, um futuro onde a qualidade de vida pode ser man-tida, pois as remunerações pagas são inferiores ao último salário do segurado ainda em atividade.

Estatísticas mostram que, dos aposentados brasileiros, apenas 1% se auto-sustenta, en-quanto os outros 99% precisam trabalhar, de-pendem de parentes ou vivem da caridade de terceiros. Por isso a importância da Previdência Complementar. Mas para que ela produza al-gum efeito na renda futura, é necessário que se comece cedo a programá-la.

No passado, a consciência previdenciária para os novos empregados da Chesf era definida pelos colegas de trabalho da sua área: se os veteranos cultivavam simpatia pela Fachesf, o novato logo aderia; caso contrário, os antigos funcionários influenciavam os demais com a idéia equivo-cada de que mais valia a pena construir uma poupança própria, sem participar da Fundação.

Outro fator que estimulava a adesão dos recém-contratados pela Companhia era a disponibili-dade dos planos de saúde e empréstimos. Os mais antigos devem se lembrar dos inúmeros exemplos de colegas que viveram as situações acima. Raros eram os que realmente se preocu-pavam com sua aposentadoria e eventuais pen-sões para suas famílias.

Com o tempo, muita coisa mudou. Os progra-mas de integração promovidos entre a Chesf e a Fachesf — através de uma série de palestras — aos poucos, despertaram os novos funcionários para a importância da Fundação. A consciência de que é preciso pensar no futuro não como uma fase da vida que só vai acontecer daqui a 25, 30 ou 35 anos, mas como uma fase que virá e que deve ser planejada e construída a partir deste momen-to, vem se consolidando entre os chesfianos.

Isso ficou evidente durante o último mês de maio, quando o processo de alteração na contribuição do Plano CD alcançou uma expressiva procura dos Participantes. Dos Ativos, cerca de 20% op-tou pela mudança (um resultado 91% maior em relação a 2007), tendo mais de 98% aumentado o percentual contributivo. No que diz respeito aos empregados da Fachesf, quase 37% decidiu pela mudança, alterada para percentuais mais eleva-dos por 98% dos Participantes.

O resultado demonstra que as ações desen-volvidas pela Fachesf, principalmente a partir do Planejamento Estratégico 2004 (como o incen-tivo ao uso dos simuladores disponíveis na in-ternet e a realização de campanhas para evitar a retirada da reserva de poupança do Plano), vem surtindo um efeito real em relação ao incen-tivo da cultura previdenciária dentro da Chesf. Com isso, a Fundação demonstra que, há anos, está ciente do seu papel social junto aos Partici-pantes e vem atuando de forma alinhada com a recente orientação da Secretaria de Previdên-cia Complementar (SPC), no sentido de mostrar que, de fato, o futuro já começou.

Os chesfianos e a consciência previdenciária Rogério Cardoso

Engenheiro civil e gerente

de Concessão de Benefícios da FachesfRogério Cardoso ·

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Sem fronteiras

Criadas na década de 1970, as Agências Fachesf desempenham um importante papel na estrutura de atendimento da Fundação. Subordinadas à Central de Relacionamento (BCR) desde 2006, são elas que atendem aos Participantes em diversas cidades do Brasil, oferecendo-lhes todo o suporte necessário, com o mesmo padrão de qualidade da sede. Nesta primeira edição da revista Co-nexão Fachesf, você vai conhecer um pouco de cada regional e saber quem são os agentes responsáveis por repre-sentar a Fundação Brasil afora, ajudan-do diariamente a Fachesf a contribuir para a melhoria da qualidade de vida de mais de 40 mil pessoas, entre Parti-cipantes Ativos, Assistidos, Pensionistas e seus dependentes.

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O que você sabe sobre o câncer de próstata?

Você sabia que, até o final de 2008, o total de ca-sos novos de câncer de próstata estimados para o Brasil é de 49.530? Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), esse número corres-ponde a um risco estimado de 52 incidências a cada 100 mil homens, de uma doença que já é a mais freqüente em todas as regiões do País e a sexta mais comum no mundo, entre os diversos tipos de câncer.

Preocupada com esses dados alarmantes, a Fa-chesf, através da sua Superintendência de Saúde (PSS) realizou um levantamento, em julho deste ano, no qual constatou que cerca de 160 usuários do Plano Fachesf-Saúde foram diagnosticados com algum tipo de câncer e, destes, 29% apre-sentaram câncer de próstata; ou seja: a cada 116 usuários do sexo masculino, com idade igual ou superior a 50 anos, pelo menos um tem câncer prostático.

Considerado uma doença da tercei-ra idade — cerca de 75% dos casos no mundo ocorrem a partir dos 65 anos —, o câncer prostáti-co tem sua origem desconhecida. O que se sabe, segundo aponta a maioria dos especialistas, é que alguns fatores influenciam no seu aparecimento,

como a genética, os desequilíbrios hormonais e uma alimentação carregada de gordura animal, carne vermelha e cálcio.

É preciso estar sempre atento a esses fatores, prin-cipalmente à medida que a idade ficar mais avan-çada, uma vez que a previsão é de que os casos aumentem no futuro, já que a expectativa de vida tende a crescer, devido ao progresso da medicina e de outras áreas relacionadas à saúde. Além disso, é essencial manter-se prevenido e realizar exames periódicos, pois em sua fase inicial, a doença não causa sintomas e é nesse estágio que, quando tra-tada de forma correta, resulta em cura.

Mesmo cientes da importância desse acompa-nhamento, muitos homens, entretanto, ainda resistem ao exame, por incluir o toque retal. Se-gundo o médico e superintendente de saúde, Ge-raldo von Sohsten, é imprescindível que esse teste seja feito, junto com o PSA (análise do sangue) e a ultra-sonografia. “Não há sentido de, por conta de uma visão equivocada, expor-se aos riscos de uma doença que tem chance de ser curada quan-do diagnosticada precocemente”, explicou.

Quando o preconceito é deixado de lado, o pa-ciente ganha muito mais, pois se a doença for detectada na fase inicial, quando a pessoa ainda não sente dores, ela pode ficar curada sem nunca ter se queixado do problema. Por outro lado, se o câncer estiver em estágio avançado, o paciente começa a apresentar várias manifestações, como perda de peso, falta de apetite, queixas urinárias e dores musculares localizadas.

De acordo com Geraldo von Sohsten, além da pre-venção anual, hábitos saudáveis devem ser adqui-ridos: evitar fumo e álcool em excesso e ter uma alimentação balanceada com muitas fibras, frutas e verduras. A cura definitiva do câncer de próstata existe, basta prestar atenção ao próprio corpo, dei-xar o preconceito de lado e seguir as orientações médicas, sempre que recomendado.

Doença é apontada como o sexto tipo de câncer mais comum

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O que você sabe sobre o câncer de próstata?

Você tem alguma dúvida sobre saúde que gostaria de esclarecer? Conte para a gente. Mande sua pergunta para o e-mail [email protected] ou envie uma carta para a Assessoria de Comunicação Institucional da Fachesf, rua do Paisandu, 58, Boa Vista, Recife/PE – CEP 50.070-200.

A cada edição, médicos da Fachesf e profissionais convidados da rede cre-denciada responderão as questões levantadas pelos leitores.

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OrçamentoFamiliarUm dever de casa

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Elaborar um orçamento familiar não é uma tarefa fácil. Devido às oscilações econômicas vividas no País durante muitos anos, grande parte dos brasileiros não se habituou à práti-ca de controlar as finanças domésticas, fator fundamental para quem pretende concretizar projetos a médio e longo prazo.

E erra quem pensa que tais planos devem ser feitos apenas para conquistar grandes objetivos, como a compra de uma casa, um carro novo ou a viagem dos sonhos. Para viver com um mínimo de estabilidade e segurança, também é preciso se programar financeiramente.

O maior e mais comum problema em se tratando dessa questão se dá porque as pessoas, em ge-ral, gastam mais do que ganham e comprome-tem até mesmo os salários dos meses seguintes. Com isso, as dívidas aumentam gradativamente, resultando na sensação de que todo o dinheiro ganho com o trabalho é usado apenas para pa-gar contas e prestações.

Quem leva o orçamento familiar a sério, entre-tanto, sabe eleger prioridades, controlar a renda doméstica e entender melhor os próprios hábi-tos de consumo. Não é fácil mudar velhos cos-tumes rapidamente, mas a adoção de pequenos gestos no dia-a-dia pode ser o ponto de partida para uma vida melhor e mais disciplinada finan-ceiramente. Confira ao lado algumas dicas para aprender a planejar melhor sua renda.

Dica

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O primeiro passo para controlar o orçamen-to é identificar como o dinheiro está sendo gasto. Discrimine as despesas fixas, como luz, gás, água, telefone, plano de saúde, alimentação. Em seguida, liste as despesas eventuais: remédios, consertos em geral, cabeleireiro, oficina mecânica, lazer, presta-ções, taxas e impostos.

Com esse levantamento, você deve projetar o orçamento para os próximos meses, con-siderando as despesas sazonais, como volta às aulas, IPVA, licenciamento, datas come-morativas, férias para a família. Lembre que elas podem representar um gasto substan-cial em seu orçamento.

Enumere suas receitas (salário, rendas, abo-nos) e registre o valor líquido recebido.

Faça um balanço das receitas e despesas mensais: subtraia as despesas das receitas e administre o restante de forma conscien-te e responsável.

Sempre que possível, reserve uma parcela de suas receitas para aplicar na poupança ou em outros investimentos, como as Con-tribuições Voluntárias ao Plano CD, caso você esteja na Ativa.

Estatísticas do IBGE revelam a importância do orçamento familiarSegundo dados da última Pesquisa de Orça-mento Familiar realizada pelo IBGE (2002/2003), a média do rendimento total do brasileiro é de R$ 1.789,66. Em todo o País, cerca de 34% da po-pulação afirmou ter alguma dificuldade de che-gar ao fim de mês com o rendimento familiar, enquanto apenas 4,9% alegou ter facilidade. Os maiores comprometimentos com a renda men-sal são: habitação (29,2%), alimentação (17,1%) e transporte (15,1%).

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Maria Elizabete Silva Planejar orçamentos não é um bicho de sete cabeças

Todos sabemos o quanto parece complicado ado-tar práticas de controle financeiro pessoal. Basta nos lembrarmos dos depoimentos de amigos, co-legas de trabalho ou vizinhos, alegando que esse tipo de orçamento é apenas para as pessoas que têm muito dinheiro ou para quem entende de contabilidade. Também é comum ouvirmos fra-ses do tipo: “Não preciso de planejamento. Tenho tudo na cabeça”.

Começaremos este artigo, no entanto, esclare-cendo que parte dos eficientes controles orça-mentários adotados nas empresas ou defendidos por acadêmicos são oriundos de observações re-alizadas, no dia-a-dia, por pessoas comuns (donas de casa, trabalhadores, estudantes). Além disso, é preciso ter em mente que o planejamento da renda doméstica deve ser incorporado e ajustado ao perfil de cada família individualmente, conside-rando suas peculiaridades e hábitos de consumo.

Tendo explicado esses pontos, vamos às outras di-ficuldades no quesito orçamento familiar. Muitos trabalhadores não entendem por que eles, que tiveram ou têm uma vida profissional estruturada, que sempre tomaram decisões acertadas, com incontáveis proposições criativas para solução de

seus problemas, não conseguem se planejar antes de gastar dinheiro.

Para pessoas assim, podemos dizer que existem diversas explicações. Uma delas passa pelo cam-po da psicologia, uma vez que muita gente utiliza o cartão de crédito além da conta por não sentir o desembolso imediato do dinheiro. Há ainda aque-les que não suportam a idéia de controle porque, na verdade, não querem constatar o que já sabem: os gastos são bem superiores aos rendimentos.

Independentemente de quais sejam os fantasmas que atrapalham o controle do orçamento familiar, pouco adiantará se apenas um membro da família estiver preocupado em acertar as contas. Todos precisam se sentir parte integrante das decisões, e os problemas, necessidades e metas devem ser nivelados, de modo que os esforços permaneçam canalizados em uma única direção.

Outro fator importante é que cada um fique res-ponsável por uma medida no exercício do equi-líbrio das finanças. Quando iniciei esta prática na minha família, a princípio imaginei que a única tarefa da minha filha, na época com quatro anos de idade, fosse apagar a luz do quarto ao sair. Po-rém, lembrei de um antigo cofrinho, que lhe ren-deu uma nova medida: “Sempre nos pergunte se há moedas sobrando, para guardar no porquinho e depois aplicar na poupança”. Até hoje, quatro anos depois, ela mantém a prática, que ajudou a desenvolver, na nossa família, a importância de evitar o desperdício de recursos.

No início das atividades de planejamento orça-mentário, é fundamental que não haja nenhuma dúvida sobre a necessidade e os benefícios de um controle financeiro doméstico. A resistência é um fator natural e deve ser esperado; quanto maior a família, maior essa probabilidade. Para que esse fator não prejudique o trabalho a ser desenvolvido, todas as ações devem ser ado-tadas de forma equilibrada, evitando situações que venham beneficiar pessoas isoladamente ou acarretar sacrifício apenas para alguns. Na próxi-ma edição, abordaremos o passo-a-passo para um planejamento orçamentário familiar simples e eficiente. Boa reflexão a todos.

Contabilista e

gerente econômico-financeira da FachesfMaria Elizabete Silva ·

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1. Você já leu revistas ou livros sobre planeja-mento de finanças pessoais?

Leio freqüentemente e assino revistas especializadas Li um ou dois livros Nunca li, mas estou começando a querer saber mais sobre o temaNão, não me interesso pelo tema

2. Você costuma conversar sobre investimen-tos ou já consultou alguém especializado?

Procuro sempre conhecer a opinião de especialistas Normalmente converso sobre o assunto com amigosRaramente falo sobre finançasNão falo sobre o assunto

3. Você faz algum tipo de planejamento men-sal, com uma previsão das suas receitas e despesas?

Planejo e acompanho cuidadosamente minhas receitas e despesas Faço apenas um planejamento básico do que recebo e do que vou gastar no mês Apenas anoto meus gastosNão faço nenhum tipo de planejamento ou acompanhamento mensal

Você planeja financeiramente

4. Quando “sobra” algum dinheiro no final do mês o que faz com ele?

Invisto toda a quantia Separo uma parte para uso pessoal e guardo o restante na conta bancáriaQuito as minhas dívidasCompro algo que quero muito

5. Nos últimos doze meses, quantas vezes você “entrou” no cheque especial ou atrasou paga-mentos no cartão de crédito?

NenhumaUma única vezAté cinco vezesMais de cinco vezes

6. Como você lida com suas dívidas?

Não tenho dívidasPlanejo minhas dívidas e sempre sei como pagá-las no tempo certoSinto que as dívidas estão começando a sair do meu controleMeu maior problema atual são minhas dívidas, que não sei como pagar

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seu futuro?24 · 25

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7. Você faz contribuições voluntárias no seu Plano CD da Fachesf?

Sim, regularmenteRaramente. Apenas quando sobra algum dinheiro extraNunca fiz, mas pretendo começar a fazerNão, e não pretendo

8. Você pensa em aumentar seu percentual de contribuição ao Plano CD nos próximos dois anos?

Sim, certamenteAinda estou estudando a possibilidadeNão sei nada sobre essa questãoNão, acho desnecessário

9. Você consegue utilizar cartões de crédito sem perder o controle das suas finanças?

Uso freqüentemente meus cartões de crédito e nunca tive problemasUso o cartão apenas quando preciso par-celar despesasRaramente utilizo cartões de crédito, pois pago tudo à vistaNão possuo cartões de crédito

10. Quando pensa no seu orçamento mensal, como você se sente?

Muito tranqüilo TranqüiloIndiferenteAngustiado ou preocupado

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Parabéns! Você demonstrou ter um exce-lente controle sobre sua vida financeira: gosta de se manter bem informado, não comete excessos de consumo e estuda as melhores formas de investir seu dinheiro. Planejar o futuro, para você, é uma preo-cupação constante, seja para aumentar seu patrimônio ou realizar os seus sonhos de sua família.

Você está no caminho certo. Embora se descuide em alguns aspectos, você tem consciência de que é importante plane-jar as finanças, equilibrando receita e des-pesa. Analise quais são os pontos em que pode melhorar e informe-se de forma mais adequada sobre o assunto. Com algumas mudanças de comportamento, você pode conquistar mais estabilidade no futuro.

Atenção. Suas respostas demonstram total indiferença sobre sua vida financeira. Você não se preocupa com o futuro, não faz es-forço algum para planejar gastos e não tem interesse em aprender mais sobre o assun-to. Está na hora de começar a organizar me-lhor seu dinheiro. Converse com alguém especializado e trace algumas metas a cur-to, médio e longo prazos.

Muito cuidado. Você tem uma grande di-ficuldade para lidar com seu dinheiro. Se continuar nesse caminho, possivelmente terá sérias complicações financeiras no fu-turo. Para evitar que o problema se trans-forme em uma bola de neve, pare, repense suas atitudes e, se necessário, adote medi-das radicais na forma que gasta seu dinhei-ro. Sempre é tempo de começar a fazer um planejamento.

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Chesf indica novos conselheiros

Após a Eleição realizada no primeiro semestre do ano, em julho, foi a vez da Chesf indicar os nomes dos novos Conselheiros da Fachesf. No Conselho Deliberativo, o engenheiro eletricista e Chefe de Gabinete da DO, Cláudio Araújo Lira, foi reconduzido à presidência, junto com seu su-plente, José Lopes de Andrade Filho, engenhei-ro eletricista e Secretário Geral da Companhia. Para o Conselho Fiscal, foram indicados Luciano Lamarque Barbosa, engenheiro eletricista e Su-perintendente de Suprimentos, e seu suplente, o contador, Denilson Veronese da Costa, Asses-sor do Departamento de Contabilidade. Todos devem permanecer no cargo até julho de 2012.

Reginaldo Novaes na presidência do Gremes

O Gerente de Regulação da Fachesf, o médico Reginaldo Novaes, assumiu a presidência do Gre-mes (Grupo de Empresas de Autogestão em Saú-de), entidade sem fins lucrativos que representa as empresas de autogestão em Pernambuco.

Fundado há 26 anos, o Gremes surgiu da neces-sidade das organizações que possuíam assis-tência médico-odontológica própria se unirem para evitar a elevação dos custos hospitalares. Atualmente o Grupo possui 24 empresas filiadas e representa cerca de 180 mil vidas em todo o Estado. Reginaldo Novaes permanecerá no car-go até fevereiro de 2010.

Fachesf entre as finalistas do Salão do Design

O Relatório Anual 2007 da Fachesf, distribuído em abril deste ano, foi um dos finalistas do Salão Per-nambuco Design 2008. O documento, produzido pela Fundação em parceria com a Corisco Design, foi selecionado na categoria Projeto Editorial. Ao total, o evento teve mais de 600 inscritos.

O PE Design é um conjunto de ações realizadas pela Associação Profissional dos Designers de Pernambuco, com o intuito de divulgar a ex-celente qualidade dos trabalhos desenvolvidos na área, em todo o Estado. A mostra do Salão acontece de 9 de outubro a 9 de novembro, no shopping Paço Alfândega, no Recife (PE). O evento é aberto ao público.

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l O mosquito da dengue está na nossa mira

Diante do recente surto de dengue, ocorrido em diversos Estados do País, a Fundação lançou o Programa Fachesf de Sensibilização e Combate à Dengue, cujo objetivo é formar agentes multi-plicadores que ajudem a disseminar informações sobre a doença e contribuam na erradicação do mosquito transmissor.

O projeto já desenvolveu uma série de ações, to-das voltadas à conscientização de empregados, colaboradores e Participantes. Em julho, mais de 700 Ativos, Assistidos e Pensionistas respon-deram uma enquete promocional, realizada no site da Fundação; destas, cerca de 26% declarou já ter contraído o vírus da dengue.

Fundação promove debate sobre previdência e aposentadoria

Com o objetivo de reforçar, junto aos Partici-pantes, a importância da cultura previdenciária e de um acompanhamento sistemático de seus Planos, a Fachesf, através da sua Diretoria de Benefícios (DB), deu início, em setembro, a uma série de discussões com os funcionários da Pa-trocinadora Chesf.

Durante os encontros, que representam mais uma ação da Fundação no aprofundamento do tema “Educação Previdenciária”, o diretor Robstaine Saraiva apresenta o atual cenário dos fundos de pensão no Brasil e no mundo, fala sobre plane-jamento da aposentadoria e explica os procedi-mentos para a correta utilização dos simuladores de benefícios disponibilizados pela Fachesf.

Para que todos tenham acesso ao debate, a DB está disponibilizando agenda para a programação de reuniões por departamentos, na Sede da Chesf, regionais e divisões descentralizadas. As reuniões podem ser solicitadas através dos ramais (Hicom) 621.7521 / 7520, com Sandra Passos, ou pelo email benefí[email protected].

II Semana de Saúde Fachesf acontece em novembro

Controle do estresse, equilíbrio pessoal, prevenção ao câncer, envelhecimento e vida saudá-vel. Esses são alguns dos temas a ser apresentados durante a II Semana de Saúde Fachesf, que acontece de 11 a 14 de novem-bro, na sede da Fundação.

A primeira edição do evento — lançado em 2007, como parte das comemorações dos 35 anos da Fachesf — contou com uma significa-tiva presença de Participantes Ativos e Assisti-dos, sendo considerado por todos um excelente meio para adquirir conhecimentos sobre saúde e bem-estar, através das palestras ministradas por profissionais da área. As inscrições serão abertas no próximo dia 13 outubro e as vagas são limitadas. Podem parti-cipar Ativos, Assistidos, Pensionistas e seus de-pendentes. No último dia da Semana de Saúde, haverá aferição de pressão e glicose e vacinação contra a gripe. Informações e inscrições: (81) 3412.7503, na secretaria da Superintendência de Saúde (PSS).

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Ligados em atender bemCentral de Relacionamento muda cultura da Fundação

Em setembro de 2008, a Central de Relacio-namento da Fachesf (BCR) comemorou dois anos de serviços prestados aos seus Partici-pantes. Nesse período, o setor mudou a cul-tura de atendimento realizado pela Fundação, atuando de forma centralizada e oferecendo mais comodidade a todos os Ativos, Assisti-dos, Pensionistas e seus dependentes.

Segundo Valcenir Lisboa, gerente da BCR, o pro-jeto de planejamento e implantação da Central envolveu, na época, diversos segmentos da Fachesf, uma vez que quase todas as áreas são acionadas diariamente para atender as mais va-riadas solicitações dos Participantes. “A sincronia e o patrocínio das três diretorias e da superin-tendência foram determinantes para o sucesso da Central”, explicou o gestor.

Atualmente um dos maiores desafios da BCR consiste em continuar buscando processos de melhoria que reflitam na qualidade do serviço desenvolvido. Por essa razão, foram adquiridas sofisticadas ferramentas de gestão de relaciona-mento com o cliente e realizados treinamentos com todos os profissionais da área. Hoje a Cen-tral mantém atualizado um completo banco de dados com informações essenciais para o atendi-mento personalizado de cada Participante.

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Para dar conta da enorme demanda diária de solicitações e chamadas, a Central conta com quatro áreas estratégicas:

Formada por 16 profissionais, a equipe é dividida em dois grupos: um deles é responsável pelo atendimen-to aos Participantes de todos as localidades de atuação da Fachesf, seja para tirar dúvidas, pres-tar orientações ou solucionar problemas; o outro atua na regulação médica, autorizando procedi-mentos médicos junto à Rede Credenciada.

Para aqueles que pre- ferem ser atendidos pessoalmente na sede da Fachesf, no Recife, a BCR disponibiliza seis profis-sionais, todos preparados para interagir com os Participantes e atender suas solicitações.

Equipe composta por três técnicos, responsáveis por atualizar diariamente os sis-temas de dados da BCR e esclarecer, junto aos Participantes, todas as solicitações e dúvidas pendentes. O Suporte também responde os e-mails recebidos através do canal Fale Conosco, no site da Fundação.

Ainda pouco conhecido dos Participantes, a equipe, formada por duas Assis-tentes Sociais, desenvolve um trabalho interno e externo de orientação e suporte aos Ativos, Assistidos e Pensionistas da Fundação.

Pensando em agilizar ainda mais os processos do setor, Valcenir Lisboa revela que a Fachesf está trabalhando para aumentar o número de entrada das ligações, o que evitará congestio-namentos nas linhas telefônicas. Para quem pre-cisar ligar para a Central, o gerente dá uma dica: “O turno da manhã recebe mais ligações do que o turno da tarde, quando o fluxo e o tempo de espera são menores. Os melhores horários estão entre 10h30 e 12h30 e após as 16h”. Vale lem-brar que a Central de Relacionamento funciona de segunda a sexta-feira, das 7h30 às 18h30.

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Funcionárias da BCR, Vera Henriques e Carla Linden conquistaram uma relação de confian-ça dentro da Fachesf. Assistentes Sociais por formação, são elas que realizam o atendimento de Serviço Social na Sede da Fundação e intera-gem com as assistentes da Chesf (Sede e áreas descentralizadas). Seu trabalho é visitar sema-nalmente os Participantes em regime de inter-namento hospitalar, nas principais unidades do Recife (Português, Esperança, São Marcos, Me-morial São José, Santa Joana e Jaime da Fonte) ou nas demais unidades, quando acionadas. Le-vando palavras de carinho e apoio, elas intera-gem com médicos, equipes de enfermagem e auditores da Fachesf, priorizando a qualidade e agilidade do atendimento a todos os usuários e seus familiares.

Na Pesquisa de Perfil e Opinião realizada em 2007, entretanto, cerca de 42% do universo de Participantes da Fundação declarou não saber avaliar a qualidade do Serviço Social prestado pela Central de Relacionamento. Segundo Vera Henriques, isto é justificável diante de uma ava-liação que foi realizada somente pelos Partici-pantes que já utilizaram o serviço.

A ação do serviço social

O serviço Social da Fachesf é hoje a área estratégica responsável por garantir bem-estar e conforto a quem passa por momentos críticos pessoais ou de saúde, e precisa de um acompanhamento diferenciado até mesmo pa-ra acessar aos benefícios oferecidos ou admi-nistrados pela Fachesf, tais como PAP, Fachesf-Saúde, Seguro, Empréstimo Saúde, Previdência, Pensão (INSS/Fachesf), auxílio-doença e suple-mentação de auxílio-doença.

Vera Henriques e Carla Linden prestam assistên-cia aos Participantes e seus familiares, orientan-do-os sobre seus direitos, documentos impor-tantes e medidas necessárias para a solução de problemas que venham a ocorrer durante ou decorrente do internamento. Além disso, elas atuam como uma espécie de agentes fiscaliza-dores dos planos de saúde, estimulando o uso consciente dos benefícios.

De acordo com as assistentes sociais, o vínculo estabelecido com os Participantes acompanha-dos é tão intenso que, muitas vezes, elas passam a ser reconhecidas como amigas ou parte das famílias que visitam. “Eles se sentem importan-tes quando a gente vai lá; não há qualquer tipo de resistência, somos sempre bem recebidas”, finaliza Carla, com um sorriso no rosto de quem se entusiasma com o trabalho que faz.

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Nunca soube dizer exatamente quando começou meu interesse pela literatura. Fui uma adolescente que gostava das aulas de português, tirava boas no-tas em redação e inventava personagens e histórias para os filmes que via no cinema. Jamais, no entanto, havia imaginado que as letras me levariam a viven-ciar um mundo novo. Na verdade, hoje acredito que essa ligação sempre existiu. Apenas estava adorme-cida. Até que despertou.

Foi durante os meus últimos cinco anos na Chesf. As-sistente Social por formação, eu já havia trabalhado em diversas cidades a serviço da Companhia, até ser transferida para a Divisão de Desenvolvimento Orga-nizacional (DADO), na sede (Recife-PE), onde fiquei até minha aposentadoria, em 1999.

Na época, o setor assumiu a coordenação do proje-to Fazer Crescendo, uma ação de responsabilidade social desenvolvida em parceria com a Fundação da Criança e do Adolescente (Fundac), uma instituição do Governo de Pernambuco que lida com jovens em situação de risco. Nossa missão era preparar os adolescentes para exercerem a função de auxiliares administrativos e dar-lhes alguma oportunidade de conseguir um emprego que os afastassem das ruas e das drogas. Desde o início do projeto, soube que precisava ir além de instruir aqueles jovens a usar o computador ou passar um fax. Eles não tinham sequer o básico; a maioria havia sido criada em favelas, vinha de es-colas públicas e não fazia idéia de como se portar socialmente. Mais do que aprender atividades buro-cráticas, eles eram carentes de atenção, de alguém que falasse sua língua e pudesse apresentar-lhes um mundo que não conheciam.

Apesar da minha boa vontade, no entanto, o apren-dizado não fluía, pois os meninos tinham dificulda-des para entender o que eu dizia. Foi quando resol-vi usar o teatro para chegar até eles: fiz o roteiro de algumas peças e consegui incentivá-los a participar das montagens de pequenos espetáculos. No co-meço, não foi fácil, pois tínhamos muitas limitações. Naquele tempo, nós nem sabíamos ainda, mas es-távamos fazendo algo que mudaria para sempre as nossas vidas.

Enérgica, batalhadora, humana. Essa é Si Cabral. Conheça a história da Participante da

Fachesf que descobriu, depois da aposentadoria, um talento natural para lidar com as palavras e

tornou-se uma premiada escritora.

Pescadora de HistóriasO relato de uma participante que reinventou a própria vida

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Quando minha aposentadoria chegou, tive pena de deixar os meninos e abandonar um projeto que havia sido meu xodó por quase cinco anos. Mas era meu momento. Eu estava com 50 anos de idade e 30 anos de serviço prestados. Precisava cuidar mais de mim, da minha família. No entanto, para não perder o ânimo que essa experiência tinha me proporciona-do, decidi me matricular no curso de Artes Cênicas da Universidade Federal de Pernambuco.

Depois de quatro anos de curso e diversas peças, en-tretanto, abandonei as aulas. Na época, eu passava muito tempo envolvida com as ati-vidades acadêmicas e pouco parava em casa. Vivia cansa-da. Meu marido e meus filhos novamente cobravam minha atenção e achei que era hora de pôr fim a mais um ciclo. Mas não demorou para que um novo tivesse início.

Aconteceu naturalmente. Eu estava em casa lendo jornal quando vi uma nota sobre um curso de literatura com o renomado escritor Raimundo Carrero. Sempre gostei de observar as pessoas nas ruas, nos mercados e imaginar o que elas pensavam e sentiam. Não sabia se eu tinha potencial para escre-ver de verdade, mas resolvi participar.

Foi lá que conheci o Grupo Literário Celina de Holan-da, que se reunia regularmente no Espaço Pasárgada (casa onde o poeta pernambucano Manuel Bandeira viveu grande parte de sua infância) e do qual até hoje faço parte. Costumo dizer que foi junto das pessoas do Grupo que alcei meu vôo literário. Lá não havia professor, todo mundo escrevia seus textos e lia os dos outros. Trocávamos impressões, sugestões, críti-cas. E de tanto ler e ouvir o que outras pessoas sen-tiam e pensavam, fui apurando os ouvidos e aprimo-rando minha escrita.

Desse aprendizado, começaram a surgir alguns frutos. O primeiro deles foi o livro Cartas para 11 mulheres, escrito junto com as integrantes do Ce-lina de Holanda. Em seguida, veio a participação em um concurso literário promovido pela Edito-ra Litteris, do Rio de Janeiro (que resultou no livro O que as mulheres estão escrevendo), e um convite para participar da antologia O rio e seus poetas, no qual publiquei uma poesia sobre os rios da minha

cidade natal, Camaragibe (PE). Depois disso, não parei mais: enfrentei as dificuldades de todo escri-tor desconhecido e lancei meu primeiro livro solo, A grande roda da vida, de contos, crônicas e poemas. Esse foi o estímulo que eu precisava para retornar à universidade, desta vez, para estudar literatura.

Já de volta ao mundo acadêmico, publiquei Memó-rias de Camaragibe, pela Editora Universitária — ago-

ra sem os grandes sacrifícios da experiência anterior — e parti-cipei da antologia Seleções do Século 21, com o conto A ponta da rama. Depois disso, vieram outros concursos literários, em várias cidades do Brasil; onde houvesse chance de mostrar o meu trabalho, eu estava lá. Foi essa persistência que me deu o que considero minha maior conquista: a participação no li-vro Panorâmica do Conto em Per-nambuco, ao lado de mais 114 autores nascidos ou ligados ao Estado, como Gilberto Freyre, Nelson Rodrigues e Clarice Lis-pector. Demorei a acreditar que meu nome estava ali!

Mesmo sem nunca ter programado nada, hoje con-sigo me sentir uma escritora de verdade. Sou uma contadora de histórias. E devo muito disso aos traba-lhos voluntários que faço desde que me aposentei, e também à Fachesf, que me deu tranqüilidade e tem-po livre para assumir novas responsabilidades. De-pois de tanto tempo voltada para minha própria vida, quando saí da Chesf, resolvi que era hora de retribuir a Deus as coisas boas que sempre recebi e procurei quem pudesse ajudar.

De lá para cá, já trabalhei com dependentes quími-cos, idosos, crianças, deficientes visuais. Tento levar um pouco de arte para perto das pessoas, amenizar seu sofrimento, a solidão. No final do dia, nada é me-lhor do que a sensação de ter despertado o sorriso de alguém. É isso o que levamos daqui.

E depois de tantos ciclos vividos, acho que virei uma espécie de pescadora: armo meu espinhel no mar e espero o que sairá dali. Enquanto contemplo as coi-sas que acontecem a minha volta, permaneço alerta às oportunidades que podem aparecer e nunca per-co de foco quem eu sou, o que vivi, o que posso fazer pelo outro. Estou sempre disposta a recomeçar. De novo. E mais uma vez.

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A dedicação e a fidelidade que o cão tem pelo seu dono certamente contribuíram para que o animal conquistasse a posição de melhor amigo do homem. Apesar de o título ser totalmente lí-cito e indiscutível, há quem defenda que essa honrosa posição seja dividida com os gatos, afi-nal, esses animais também podem ser grandes companheiros, verdadeiros amigos do peito para muita gente.

No decorrer da história da humanidade, o gato passou por diversos altos e baixos: foi venerado no Egito como uma divindade e, séculos depois, perseguido como encarnação das forças do mal. Envoltos numa aura mística e de superstições, os felinos domésticos até hoje são vítimas de inúmeros preconceitos, fundamentados qua-se sempre por mero desconhecimento e visão equivocada de pessoas que nunca conviveram com esses animais.

Na verdade, os gatos são seres mansos e inofen-sivos que, diferentemente dos cães, defendem o seu território apenas de outros felinos. Sensíveis, eles buscam o conforto de um lar, a proteção, a companhia e o amor de um dono. Seus movimen-tos elegantes e sua incontestável independência cativam a todos que os estimam e acolhem. Em troca, retribuem com dedicação e docilidade, transformando-se em fiéis companheiros, tran-qüilos e silenciosos, pelo resto de suas vidas.

Não é à toa que, a cada dia que passa, um maior número de pessoas se rende ao charme e encanto desses felinos. Além de dependerem pouco dos seus donos, os gatos não precisam de grandes espaços para viver; exercitam-se sozinhos, são inteligentes e têm um aguçado senso de limpeza, sendo considerados os mais limpos animais domésticos.

É por essas e outras que, da próxima vez que al-guém questionar sobre quem é o melhor amigo do homem, deve-se pensar duas vezes, levar em conta todas as considerações acima e reconhecer que, sim, esse papel também pertence aos gatos.

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“Tenho um gato que se chama Paco. Sou apaixo-nada por ele. Os gatos são animais muito inde-pendentes e quase não dão trabalho. Paco é tão fiel quanto um cão. Apesar de ter a liberdade para dar umas voltinhas pelas redondezas, sempre re-torna para casa. Outra coisa interessante é que ele vive harmoniosamente com os meus cachorros. Essa convivência pacífica se deve muito por insis-tência dele que, com jeitinho, conseguiu ganhar a confiança dos meus cães. Adoro criar gatos; é uma distração e uma companhia. Quando estou costurando ou bordando, Paco está sempre por perto. Com outras pessoas é a mesma coisa: muito carinhoso, ele acaba conquistando a todos. Quem nunca criou gatos, não tem idéia de como eles são encantadores.”

Célia Almeida Pinheiro de Souza · Aposentada e Pensionista

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Maneki Neko, amuleto da sorteMuito conhecido de quem freqüenta lojas orientais, o Maneki Neko, gato com uma ou ambas as patas erguidas, é um dos mais famo-sos símbolos da sorte na cultura japonesa. Na língua milenar, Maneki significa boas vindas e Neko, gato.

Uma das versões mais populares sobre a ori-gem do amuleto surgiu por volta do ano de 1640. A história conta que um monge do tem-plo Goutokuji criava uma gata chamada Tama, que costumava ficar horas junto à porta do templo. Certo dia, quando um samurai Naotaka passava em frente ao local, caiu uma tempes-tade, que o levou a se abrigar embaixo de uma árvore. Enquanto esperava a chuva passar, Nao-taka avistou Tama sentada, com uma das patas dianteiras levantada, causando a impressão que acenava para ele.

Maravilhado com a proeza, o samurai resolveu ver o felino de perto. Enquanto corria até o tem-plo, um raio fulminante caiu na árvore que, há pouco, o abrigara. Refeito do susto, Naotaka logo achou que o animal salvara a sua vida e, imediatamente, entrou no templo para fazer uma prece de agradecimento; ao observar a po-breza do prédio, resolveu doar todo o dinheiro que trazia consigo.

Desse dia em diante, a família de Naotaka e todo o povo de Goutokuji passaram a freqüentar o templo, trazendo prosperidade ao local. Para homenagear Tama, foi esculpida no local uma estátua da gata reproduzindo o gesto. Hoje, infinitas versões da estatueta circulam mundo afora, sendo colocada nas janelas ou entrada de estabelecimentos comerciais para atrair sorte e bons ventos.

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Synara Rillo Um novo olhar sobre os animais de companhia

Como médica veterinária atuando na clínica de cães e gatos há 22 anos, sempre foquei minha conduta profissional em questões comportamentais (ações e reações condicionadas), pois entendo que essas questões são as precursoras dos maiores males orgâ-nicos desses animais, de onde advém, a meu ver, o maior e, em tese, o único distúrbio comportamental dos cães e gatos: a ansiedade.

Isso ocorre devido aos excessivos apegos sentimen-tais dos seres humanos sobre os animais e também por um total desconhecimento das pessoas de como funcionam suas mentes e de como ocorrem suas capacidades de aprendizado e assimilação jun-to a atual civilização, profundamente urbanizada, que em nada condiz com o mundo animal.

Há 15 anos, não se via tanto apego e necessidade das pessoas de ter animais como companheiros sociais afetivos. Acredito que isso aconteceu em face de um mundo egoísta e consumista ao extremo, onde o progresso evolutivo do homem deixa-o cada vez mais solitário, ansioso e cheio de ilusões sentimen-tais. No meu ponto de vista, esses animais vieram — de forma equivocada — substituir as relações huma-nas como um todo.

A solidão e suas enormes ramificações são o abismo que as pessoas mais temem em cair. Até mesmo aquelas que têm um núcleo familiar sólido, perce-bem-se, muitas vezes, sozinhas e perdidas. Isso fez

com que seus animais de companhia perdessem o valor de benfeitores sociais que exerceram desde a pré-história, quando acompanhavam os homens nas caçadas e serviam como limpadores do meio ambiente (comendo os restos das carcaças), além de serem guardiões, pelas suas fortes características de senso territorial.

Entendo que essa característica de benfeitores sociais deveria ser resgatada. Os cães, por exemplo, podem ajudar na busca de pessoas perdidas ou farejar dro-gas e objetos; podem ainda servir como guiadores de cegos, como co-terapeutas na recuperação emo-cional de autistas, esquizofrênicos e crianças com dificuldades motoras ou hiperativas e, sem dúvida nenhuma, como simples companheiros.

Entretanto, percebo que houve uma distorção nesse potencial de benfeitor social que o cachorro, princi-palmente, exerce. Sem medo de errar, cerca de 95% das pessoas atribuem senso sentimental aos animais de companhia, vendo-os com capacidades huma-nas (antropomorfização). Essa situação é a maior geradora de maus tratos indiretos aos cães e gatos, pois eles não têm capacidades sentimentais, mas ca-pacidades emocionais condicionadas (e bastante re-forçadas junto ao cotidiano do proprietário), em que fazem leituras sobre seus gestuais, esperando, com isso, nada mais do que a recompensa desse compor-tamento condicionado.

Os cães, mais que os gatos, têm uma atenção cons-tante sob seu dono para responder aos estímulos de memória condicionada. Isso os tem tornado neuroti-zados, levando a somatizações orgânicas que trazem danos significativos a eles e aos seus donos, que so-frem ao ver seu animal doente, além de projetarem-se com suas dores sentimentais.

Talvez esse artigo soe vago a alguns, mas é uma in-trodução ao que virá em outros, onde cada ponto deste será mais explicado. Fica aqui uma “inquietude positiva” e uma possibilidade de um novo pensar so-bre tema tão atual e vasto.

Synara Rillo é autora de Cães, donos e dores huma-nas, participa do programa de rádio O outro lado dos animais (radiobras.com.br) e mantém um site (www.synararillo.com.br), destinado ao debate sobre animais de companhia.

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Médica Veterinária

Synara Rillo ·

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Uma pesquisa da Fundação Joaquim Nabuco revelou que, nos dias 14, 15 e 16 de setembro de 1831, ocorreu a Revolta Setembrizada, onde sol-dados insubordinados praticaram arrombamen-tos, roubos e atrocidades no centro do Recife. Nesse período, muitas pessoas morreram. Os corpos foram enterrados em uma parte da região que na época se chamava Sítio do Mondego.

Uma crença sobre a origem do nome da Praça é que, a partir desse acontecimento, o lugar foi considerado mal assombrado e quem passasse à noite pelo Sítio, ouvia um choro de menino. Por esse motivo, o local onde os corpos foram enterrados ficou conhecida como Chora Meni-no (o local em questão ficava na divisa dos bair-ros da Boa Vista e das Graças). A área que com-preendia todo o Sítio do Mondego atualmente faz parte de uma importante via pública, a Rua do Paissandu. Em uma parte do Sítio, foi criada a Praça Chora Menino.

Existe ainda a versão de vários historiadores so-bre um convento de freiras, edificado no mesmo local onde hoje funciona o Instituto Nossa Sen-hora de Fátima, defronte da Praça. Para recolher crianças abandonadas, o convento encravou no muro principal uma grande roda de madeira. A mães que não tinham condições de criar seus fil-hos recém-nascidos, colocavam as crianças sob a roda e, em seguida, tocavam uma sineta, para avisar. Enquanto o mecanismo não era girado, levando os bebês para dentro do recinto, ouvia-se o choro muito forte deles, o que chamava a atenção das pessoas que passavam. Daí, a praça ter sido chamada de Chora Menino.

Praça Chora MeninoA história de um nome singular

Arborizada, agradável e antiga. Essa é a Chora Menino, a 206ª praça do Recife. Muitas pes-soas passam por ela diariamente, mas será que conhecem as histórias que deram origem ao seu nome tão singular?

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Recente reforma tornou a praça um lugar ainda mais agradável e aconchegante

O nome tomou uma dimensão tão grande que, em 29 de maio de 1843, foi publicado o primeiro exemplar do Jornal Chora Menino. Até hoje a Praça causa curiosidades. Sem dúvida, é uma das principais e mais belas do Recife. E foi em frente a essa charmosa Praça que a Fundação começou a construir sua história na Cidade, em 1975, após ter sido transferida do Rio de Janeiro.

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São 33 anos de atuação da Fachesf no Recife, com o privilégio de estar situada em frente a esse lugar histórico e enigmático. Com isso, os Participantes desfrutam de uma agradável área para passar o tempo, conversar e esperar ôni-bus, enquanto a Praça vai se renovando a cada dia, causando olhares de admiração.

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Dia do ParticipanteUm encontro para recordar

Quando a manhã do dia 3 de setembro chegou ao fim, a Fachesf escreveu mais um capítulo em sua história. Pelo segundo ano consecutivo, Par-ticipantes de diversas localidades do País foram recebidos na sede da Fundação, no Recife, para representar simbolicamente um universo de quase 13 mil pessoas — entre Ativos, Assistidos e Pensionistas — e receber todas as honras em homenagem ao Dia do Participante Fachesf.

Os visitantes foram selecionados a partir de um sorteio realizado entre os mais de 800 cupons recebidos pela Assessoria de Comunicação Ins-titucional e tiveram a oportunidade de vivenciar um dia especial: além de conhecer um pouco da estrutura organizacional da Fundação, conversar com diretores e gestores e tirar dúvidas sobre pre-vidência, saúde e assistência, descobriram quan-tos significados pode ter a palavra PARTICIPAR.

Esse foi o foco do vídeo institucional (leia mais na pg. 42) apresentado para celebrar o mo-mento de integração entre a Fachesf e seus Participantes e lembrar a importância de fazer parte de uma entidade fechada de previdência complementar; mais do que a possibilidade de

desfrutar de serviços como planos de saúde e empréstimos, contribuir para um fundo de pen-são é um investimento no futuro e na garantia de uma vida mais tranqüila.

A programação agradou os visitantes. “Foi maravi-lhoso o cuidado com que tudo foi planejado para nos receber. Gostei muito de conhecer as insta-lações, os outros Participantes e, principalmente, a Central de Relacionamento, que foi um grande benefício para nós que moramos longe da Sede”, disse Tânia Nascimento, de Salvador (BA).

Convidado especialmente para o encontro por ser o Participante mais antigo em termos de re-cebimento de benefício, Almir Zotollo, de Sal-vador, foi categórico: “Sou Assistido da Fachesf há mais de 30 anos e, durante todo esse tem-po, nunca recebi minha suplementação com atraso. Isso é a maior prova de que a Fundação faz o seu trabalho de forma séria e eficiente”. O depoimento emocionou os funcionários e ges-tores. No Dia do Participante, foi um deles que deu a Fachesf o maior presente que a entidade poderia receber: o reconhecimento pelas mais de três décadas de serviços prestados.

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Abiracilda Gomes Loiola Cavalcanti Olinda (PE)

Adilvo Carvalho Gomes de Sá Recife (PE)

Antônia Eloi Gomes Olinda (PE)

Apolônio Guilherme Costa de Melo Recife (PE)

Cleide Almeida Gomes Recife (PE)

Cleonice Peres de Carvalho Paiva Recife (PE)

Diógenes José Botelho de Oliveira Recife (PE)

Elza Tomaz da Silva Recife (PE)

Francisca Bezerra Grilo Sales Olinda (PE)

Gabriel R. do Nascimento Campina Grande (PB)

Genúzia Batista Lisboa Santos Paulo Afonso (BA)

Gildete Silva Ribeiro Petrolina (PE)

José Ananias de Carvalho Paulo Afonso (BA)

José Félix de Lima Cumaru (PE)

José Pedro Martins Recife (PE)

Sueli Conceição Gila de Andrade Recife (PE)

Tânia Mª do Nascimento Oliveira Salvador (BA)

Tranquelino Monteiro Recife (PE)

Warwick João TavaresNatal (RN)

Célia Melo de Andrade Recife (PE)

Convidado Especial Almir Zotollo | Salvador (BA)

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Luis Ricardo da Câmara LimaDir. de Adm. e Finanças

“Para a Fachesf, é uma satisfação comemorar o Dia do Participante e ter a oportunidade de mostrar um pouco do trabalho que fazemos. É muito im-portante que todos os Ativos, Assistidos e Pen-sionistas conheçam a fundo o papel e os processos da Fundação. E, para isso, colocamo-nos sempre à disposição para prestar esclarecimentos e tirar dúvidas. Em 36 anos, a Fachesf nunca teve seu nome associado a qualquer caso de escândalo ou falta de ética. Nosso desafio diário é honrar o com-promisso assumido com todos os Participantes.”

Clayton PaivaPresidente

“Falar sobre o Dia do Participante é resgatar tam-bém nossas origens, nos idos dos anos 1970, quando se começou a pensar na estruturação de planos de previdência complementar. Naquela época, acabávamos quase sempre prejudicados no momento da aposentadoria e precisávamos de alguma segurança para manter uma boa quali-dade de vida. Desde então, essa tem sido a preocu-pação diária da Fachesf com seus Ativos, Assistidos e Pensionistas: oferecer tranqüilidade e segurança para todos que investiram nessa promessa. No Dia do Participante, gostaríamos de ter a chance de juntar todo mundo e comemorar mais um ano de muito trabalho e diversas conquistas. Mas como somos um universo de quase 13 mil pessoas, os 20 sorteados representaram simbolicamente esse papel. No futuro, esperamos que mais e mais Par-ticipantes possam dividir conosco as alegrias de um momento tão especial.”

Robstaine SaraivaDiretor de Benefícios

“Este é o segundo ano em que temos a oportu-nidade de estreitar um relacionamento que existe

há mais de três décadas. E é também um orgulho poder dividir com os Participantes o bom momen-to por que passa a Fachesf. O patrimônio que con-quistamos até hoje tem nos proporcionado muita tranqüilidade para continuar aperfeiçoando nossos serviços e oferecer sempre algo novo. Nosso dever é contribuir para a melhoria na qualidade de vida de Participantes e seus dependentes e dar-lhes condições de desfrutar as coisas boas da vida.”

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Quantos significados uma paravra pode ter?Nathalia Duprat

Quando começa a integrar um fundo de pensão, você passa a ser chamado de Participante. Mas você sabe o que, de fato, significa participar? Se-gundo os dicionários da língua portuguesa, partici-par significa tomar parte, compartilhar, associar-se pelo pensamento ou pelo sentimento, envolver-se em algo ou em alguma coisa. No dia a dia, entre-tanto, participar vai muito além de tudo isso.

Seu verdadeiro sentido está no modo como en-caramos o universo que nos rodeia; como perce-bemos, nos menores detalhes, a grandiosidade da vida, os momentos únicos que não voltam, a certeza de que o amanhã sempre pode ser tão bom ou melhor do que o hoje e que, para isso, é preciso viver intensamente o presente.

Participar é abraçar o compromisso de viver por inteiro as oportunidades e sentimentos. Sem pressa, mas também sem perder um só minuto; com vontade de subir um degrau de cada vez, sabendo que, lá em cima, há um sonho, a con-firmação da esperança que não se desfez, mes-mo diante de tantos que não acreditaram e dis-seram ser um desejo impossível. Fazemos parte do mundo, do primeiro ao último dia de toda a nossa existência, mas só participamos com ver-dade da vida quando aprendemos a investir com paixão em tudo o que cremos.

Aprendemos a ser participantes dentro de uma família. É nela que assumimos os nossos primei-ros papéis. Somos avós, pais, filhos, irmãos, netos, companheiros. É assim que descobrimos que es-tar perto de quem amamos é a única proteção contra todo o mal, todas as ameaças, todos os desequilíbrios que vez por outra fazem a corda ficar bamba e o coração intranqüilo.

Entre amigos, entendemos que, para participar da vida uns dos outros, é preciso ter atitude, res-peito, confiança. Honestidade. Participar também é dar espaço ao outro. É torcer de corpo e alma para times rivais, mas unidos na alegria de querer vencer. É apostar em lados contrários da mesma moeda, sem esquecer que haverá sempre al-guém que vai ganhar e outro que vai perder.

Crescemos participando de relações que nunca se encerram, apenas mudam. Aprendemos a ser alunos, professores, colegas de trabalho. Parcei-ros que a vida ora aproxima, ora afasta, de acordo com nossos gestos, vontades, ou, apenas, devido ao curso dos acontecimentos.

Participar significa acreditar que não há certe-zas absolutas, que não existe alguém que nun-ca mude e que cada dia é uma nova chance de recomeçar. Isso também se chama liberdade. De poder fazer escolhas, traçar rotas, dormir e acor-dar cada manhã com a segurança de que o futu-ro reserva a melhor das recompensas: o sossego.

Pais participam do universo de seus filhos. Fi-lhos reconstroem o mundo de seus pais. Giram todos juntos na roda-gigante da vida, colhendo aquilo que foi deixado pelo caminho. E partici-par é semear o bem. É cuidar da própria saúde e aproveitar o que cada idade tem a oferecer. Da infância, quando tudo é inocência, à juventude e suas alegrias despreocupadas; da maturidade dos tempos adultos à segurança e sabedoria que somente a boa idade pode revelar.

Participar também é pensar a vida e planejar o fu-turo. É ser previdente. É ser responsável. É acredi-tar na consolidação de um desejo que começou em abril de 1972 e passou a se chamar Fachesf, hoje um porto seguro para milhares de pessoas, em diversos Estados do País.

Um verdadeiro participante tem, enfim, o dom de dominar as palavras e transformar um simples verbete de dicionário em um compromisso de ser feliz. Hoje e sempre.

Fachesf. Há mais de três décadas, participando da sua vida e protegendo você!

Parte deste texto foi utilizado na produção do vídeo “Quantos significados uma palavra pode ter?”, uma homenagem da Fundação ao Dia do Participante Fachesf 2008.

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