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  • 8/17/2019 Conferencia Didier Weill Transcrição

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    Um mistério mais longínquo que o inconscienteAlain Didier-Weill1

    Boa noite.Estou muito feliz de estar aqui com vocês essa noite. Esecialmente

    com !auro" com quem comecei um discuss#o ontem $ noite" %em regada" ea resen&a de !arco" com quem ten'o uma longa amizade desde ((. Emuita saudade de estar r)*imo a Bett+" tra%al'amos muito ,untos noassado e ac'o que nos con'ecemos na sala de esera do acan.

    ou retomar alguns elementos da discuss#o de ontem. /entando recolocar no resente o fato de sermos constituídos de três

    su%stancias 'eterogêneas0 o coro - nossa materialidade - a suerfície daele e a fala. Essas três s#o aquilo que acan nomeou sim%)lico" imaginrioe real. Estou num aís aonde a mesti&agem arece rofundamenterealizada. 2ostaria de arofundar essas su%st3ncias" como n)s a vivemos.4ada uma dessas su%stancias s#o ocasi5es de fa%ricar aquilo quec'amamos de sintoma.

    a6 7 coro. 7 coro esa" torna-se esado" se di8culta su%ir umaescada. De-ress#o. 9uando sentimos a ress#o do eso. A sicanlisetenta fazer o que ode. 7 Ato artístico ode agir so%re o sintoma e terresultados que a sicanlise n#o necessariamente tem. 7 tio de artista queenso aqui é o dan&arino. Estes ensinam que o 'omem e a mul'er odemvoar como ssaros" erdendo a causa da deress#o.

    %6 :ele. A ele envolvida or um véu que é a ele" ode ser muitodesagradvel. 4amo da nossas aarências. :ara gerar essa aarênciasomos guiados elo ol'ar do 7utro. !uito tocantemente o ol'ar do 7utroreenvia a seguinte mensagem0 ;eu quero que você se,a de acordo com a%oa forma

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    temos uma fal'a em nossa fala recon'ecemos que e*istem artistas quetomam o lugar do sicanalista neste caso.

    :or e*emlo na oesia" a oesia é o modo de retomar a fala" ela fazouvir a mMsica do ser. E nada mais misterioso do que a mMsica que se fazouvir ela fala. e escutamos alguém falar odemos ouvir odemos ouvirnotas de mMsica com as quais um tal ou tal fala. = uma verdadeira'armonia inconsciente que ela%ora esse mistério. e vocês ouvem falar umgeneral ou cait#o" n#o ' nen'uma mMsica em sua voz - se for um %omgeneral. :recisaria de um oeta ara tentar restituir um mistério erdido aí.

    9uando falava de imagem" esqueci de falar" quando a imagem é malconduzida" o que acontece é que o su,eito sente" erce%e odesaarecimento do segredo do qual fala. A imagem o que ele erde"através da visi%ilidade e invisi%ilidade. 7 analista ode ter tra%al'o emrestituir a invisi%ilidade. :ode se inclinar so%re o oder do intor" o intorcom algumas cores torna visível o invisível.

    e,a que essa tríade que faz com que se,amos seres mesti&o nos levaa um desequilí%rio vivo. @)s temos dois és ara andar" mas somos três"

    ara que eles se sustentem é necessrio uma oerao síquica articularque oderíamos c'amar de recalque originrio - que acan tentou mostrardurante grande arte de sua vida através da toologia. Esse segredooriginrio nomeado recalque originrio é um ato que acan nomeou comoum %uraco. Usando o ver%o latino. @a origem do 'umano. iat lu*. Buraco@egro.

     /erceiro ver%o do gêneses que acan modi8cou. Esse %uraco acann#o falava com alavras. @o %uraco caiam todas as alavras. Ent#o nomomento em que utilizou a toologia oderia demonstrar o que éindemonstrvel. 4omo o Ceal" o sim%)lico e o imaginrio estavam enodadossegundo um n) muito original. Um enodamento segundo qual os três anéisse enodam de uma forma que se cortamos um os três se searam. @#o é o

    n) olímico em que se cortamos os outros continuam. Esse no%orreameano. oi encontrado or acan no %ras#o da família %orromeo naidade média. E que 4'arles Borromeu tin'a esse e8gie que de três fazia um"como ai" 8l'o e esírito santo. ale a ena sa%er que Borromeu era umgrande inquisidor.

    De volta ao que acontece na rimeira inf3ncia. 9uando ainda n#o 'fala. @#o ' fala" ' algo de e*tremamente vivo que é seu 7l'ar. 7 ol'ar deum recém-nascido" se ol'amos ol'os nos ol'os" estuefateante a maneiracomo ele ol'a você. Ele ode fazer crer que você é e*traordinrio. !asnesse temo da vida ele est maravil'ado com o que vê. !as como ele ve oCeal? 4omo ele vê? er que ele vê o real como o vemos? 4ontornos que

    d#o forma? 7u ser que vê como um cu%ista" como :icasso via? 7u comoequenos ontos como o ontil'ismo na intura? @#o sa%emos como vê...mas como o maior intor da éoca de :icasso" que considerava que amel'or coisa que oderia l'e acontecer" seria conseguir retomar o ol'ar deum recém-nascido. :icasso disse isso ao 8nal de sua vida. A Mnica coisa queo interessou era reencontrar esse ol'ar originrio" um ol'ar que areendeuma a%ertura a%soluta" que n#o conce%e o fec'amento" a%ertura a%solutado inconsciente. Deve ser um gênio como :icasso ara reencontrar esseol'ar. :odemos fazê-lo. !as n#o temos coragem de ol'ar como se ol'avaoriginariamente.

    !as ao mesmo temo que ' o ol'ar desse recém-nascido. = ummodo como ele est a%erto a sonoridade. Durante todo um temo ele ouve

    o %arul'o que est ao redor dele como um caos. Bordélico. sso n#o faznen'um sentido ara ele. :odemos comarar quando vamos escutar uma

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    orquestra. @o momento em que o maestro antes de levantar a %aqueta eque todos come&am a tocar ao mesmo temo. 4acofonia. 9uandoo%servamos o %e%ê. Durante todo um temo ele est no caos. E ' um %elomomento em que se c'ega numa 'armonia comleta" e que ele resondede um modo ertur%ado.

    A 'armonia n#o é uma nota s#o três notas tocadas ,untas. :ode serdissonante ou ressonante. sso nos coloca a quest#o de como ele ouve oque ' de musical na voz da m#e. :ois sem que ela sai%a ela transmitemMsica quando fala de amor ara seu %e%e. @ossa ergunta é0 ser que eleescuta um canto de amor ou outro canto?

    Eu gostaria de l'es transmitir que a raz#o ela qual a voz da m#e ét#o imortante é que de início ela se faz ouvir" se a m#e est derimida oualegre. e est derimida" se ela é trgica" o %e%ê entende comletamente.Desse onto de vista" odemos ensar que reud ensinou que otraumatismo originrio" vin'a do que a vis#o ermitia ver" da ordem se*ual.@)s odemos ensar no que ' de traumatismo do que ouve o recém-nascido da voz da m#e.

    @a origem da 'armonia" or e*emlo" que os gregos inventaram" elesinventaram sete notas musicais" cada modo corresondia a um deusdiferente. Entre esses sete modos" 'avia dois. 7 modo d)rico e o frígio. 7d)rico é o modo de Aolo. 7 modo frígio é o de Dionísio.

    @)s odemos nos instruir ela intuio de @ietzsc'e" o conNito trgicomais radical é entre conNito entre a mMsica frígia e a d)rica. @ietzsc'etentou conciliar essas duas divindades. Uma" Aolo que é do mundo dasformas visíveis e Dionísio que reside so%re a desmesura musical. econsideramos que a voz d esses dois modos musicais e*iste. @#o 'escol'a quando escutamos mMsica. >?6

    A escala musical tem oito notas. As notas musicais tem aarticularidade" seu conNito. 7u os modos se resolvem" ou 8cam na m#e

    num estado de conNito trgico.De outro modo" digo esses detal'es ara n)s. @o modo frígio de

    Dionísio ' uma nota articular. E essa nota articular estava no meio domodo. 9uando tocada na idade média os adres da igre,a tin'am umfrisson. :orque essa nota trazia uma disson3ncia que fazia com que atrindade crista D) !i ol - você comreenderia a trindade da igre,a. 7 quesurreender os adres da igre,a" as ditas %ru*as come&avam a dan&ar ecantar essa nota de Dionísio" sol %e mol - os adres tin'am medo orque atrindade crista vacilava desse modo. @ota dia%)lica. ) o dia%o oderia daressa nota. Essa interdio durou muitos séculos. @os surreende que voltouno século seguinte0 o ovo que era escravo no !ississii que inventaram o

    Blues. E o %lues é a nota dia%)lica que toda a estrutura do %lues se realiza.Esses dois semitons odem mudar um ovo. aem da escravid#o aracom%atentes da li%erdade.

    :ara n)s analistas" isso é muito imortante" a voz dos nossosanalisastes" normalmente" ou ela ermanece idêntica $ do general"'armonia consoante" orque quando três notas s#o consonantes" dan dandan dan n#o ' nen'uma mudan&a... e aca%a. 9uando tem as notas do%lues %em tocadas" é reciso ter uma sequência se n#o a gente desmaia.

    7%servava com vocês" no come&o do %e%ê" como reud fez umaalus#o" aenas uma vez" so%re o 'omem que admirava mais que todos"eonardo da inci" e*licou orque eonardo era um gênio" de acordo comreud" tin'a o esanto original" a maior arte das essoas erde o esanto

    original" com a relao que tiveram com os ais foi angustiante. reud dizia

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    que eonardo era 'omosse*ual" n#o tin'a ro%lema com seu ai" ele tin'atoda a atitude ara ser um 'omem esantado ermanentemente.

    Agora gostaria de a%ordar a a%ertura. A orel'a %em a%erta" esseesanto no ol'ar" tudo isso desmorona quando aarece o traumatismo. :araentender o que é o traumatismo" deve-se imaginar que o inconscienterimordial é uma rede de signi8cante sim%)licos que se ligam uns aosoutros como uma rede de escador. A ideia de que a rede este,a na agua" osei*es entram na rede" se os %uracos s#o grandes os ei*es saem" se os%uracos s#o equenos n#o saem. A mal'a do sim%)lico. 7 traumatismoodemos considerar que é um esgar&amento um rasgamento dessa mal'a.Ela n#o contem nada mais que a agua" orque o ei*e sim%oliza o futuroo%,eto" no momento do traumatismo" esse rasgo é catastr)8co" o Ceal n#oode ser suortado elo sim%)lico que foi rasgado.

    A entrada no traumatismo ara reud est ligada ao fato de que acrian&a insiste em uma cena se*ual incestuosa >um arênteses" acanquestiona essa ideia de reud" orque o traumtico ara ele é algo que estna voz da m#e. e ele ouve ele 8ca traumatizado6. 7 ro%lema é que reud

    a,udou a entender a entrada no traumatismo" mas n#o a sair dotraumatismo. igni8ca que o %e%e deve recosturar a rede. Essa costura"como falar? De onde como ela vem?

    Ela vem do signi8cante mais enigmtico de acan. Escreveu0 dogrande A %arrado. A %arrado signi8ca0 n#o ' signi8cante. Esse signi8cante"' e n#o '" ao mesmo temo. Ai que vai se decidir o futuro dessa crian&a.Ele encontra nos ais esse signi8cante. Um signi8cante que n#o é como osoutros. Ele diz duas coisas contradit)rias em uma s).

    A gente ode ter uma ideia de um signi8cante quando estamosc'orando na frente de um tumulo de um ente querido" ele est l e aomesmo temo n#o est l. Esse do grande A %arrado é uma criao. Umamaneira de se aoiar so%re um novo signi8cante. Esse novo signi8cante n#o

    é misterioso ele est disonível. As essoas com relao a criao s#oessoas que colocam toda sua loucura e energia ara reencontrar essesigni8cante e fazer alguma coisa com ele. :ara dar uma ideia dessa criaoacan falava do asse.

    4riticando a :A" que nomeava novos analistas or oderes'ierrquicos. 7 come&o de acan foi entrar em conNito com essa nomeao.7 que roOs foi dizer0 qualquer que se,a o analista que articule o de A%arrado se torna um assante da sicanlise. 9uer dizer o modo como essesigni8cante é articular" acan dava um grande lugar aos ,ovens" orque elefez um comentrio" a sicanlise n#o é como os %ons vin'os queenvel'ecem %em. !uito ossível que analistas vel'os n#o se,am caazes de

    serem assantes. 9uer dizer" analistas muito renomados" muito reseitados"acan n#o os considerava como assantes da sicanlise. P muito ossívelser um assante or um dado instante" orque n#o é de uma vez or todas"é necessrio uma insistência" que e diferente de reetio.

    nsistência" nomeada assim ela seguinte raz#o" o rimeiro asso queum 'umano e*iste é a E*-istencia. @#o é su8ciente ara sustentar tudo" énecessrio que se,a con8rmada" que insiste" e diz sim de sim. :odemoserce%er que mesmo que de um resultado ositivo. E ossível que o su,eitose desdiga.

    A erseveran&a é o terceiro termo. 7 ser que erseverar vai sercondenado" vai ser queimado. Um 'omem ode semre fazer 1 erro. !as seerseverar n#o 'aver erd#o. :ara seu %em" elo amor de sua alma é

    reciso queimar.

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    A oerao que se roduz em de A %arrado" reud e acane*aminaram como se deu o original" o originrio" de duas formas diferentes0

    reud é traumatismo se*ual.acan o traumatismo é anterior ao se*o.7 traumtico ara acan é que um %e%ê ossa ser tomado or um

    signi8cante" que o equeno mamífero que é se torna um 'umano. Ummamífero se satisfaz com um mamilo. :ara um %e%e" ' uma interruo"um desaarecimento do instinto" e o aarecimento em seu lugar da uls#o.4onsequência do signi8cante siderante.

    acan quando reNete so%re o originrio ele usa a alavra 8los)8caer. nsirado em =eidegger. Ele diz isso. E*iste um im. 9ue se falaBe,a'ung. 9uanto esse sim do signi8cante. 9ue aarece o er. Emarticular" os ré-socrticos" que falaram de uma maneira maravil'osa doser. Emédocles era um mestre ra reud. :ara acan" =erclito.

    P outra etaa. Ele a%andona o voca%ulrio do ser. 7 originrio seria aalteridade a%soluta. Ele se aoia so%re o ensamento %í%lico. Poca em quetoma aulas com um ra%ino. Ele assa da origem grega ara a origem

    %í%lica. Diz ele sim ara o ser. @#o é o mesmo que dizer sim ao outro. 7sdois" n#o ' um mais verdadeiro que o outro.A quest#o do signi8cante siderante aarece com muitos conNitos em

    sicanalise. Um dos maiores conNitos é dizer quando uma anlise aca%ou. Pmuito imortante orque ara a :A" se aca%ou se tornou analista. 7analista que diz isso. P uma quest#o de rincíio de autoridade. acan" eramuito autoritrio" mas ao mesmo temo gozava muito da li%erdadea%soluta" e ara falar de 8m de anlise" ele disse nos Mltimos temos de seuensino0 o analista deve ermitir esse 8m" e ara ermitir esse 8m" o analistan#o est l ara interretar" ara e*licar" esta l ara fazer umainterretao siderante. 7 que quer dizer que os signi8cante sideram?

    @o 8m de seu ensino ele retorna a quest#o da siderao. Ele falou no

    come&o de uma maneira suer8cial. Ele relem%ra como fala no come&o. Asiderao uma alavra que o reud retém ara falar do c'iste. az umcomentrio genial" no instante que alguém faz" conta algo que vai se revelarum c'iste" se o ouvinte ri" se o ouvinte ouve a alavra" ele n#o ri logo emseguida" ' um temo logico recedente" no momento ele é estue8cado"estuefato. @esse instante" recede o come&o do riso. @esse momento" naclareza da mente" que o ouvinte entende e ri. @o temo anterior" dasiderao" o ouvinte n#o entende nada" est comletamente erdido" reudusa alavra Q alavras0 e*eriência do incomressível" imossível"ine*licvel. Q alavras que freud emrega sem sa%er que acan retomariaara falar do signifante do Ceal. :orque ' uma 8nalidade na sicanlise

    n#o comreender tudo. Anlises longas onde tudo se e*lica... mas osintoma n#o foi tratado.acan de maneira oosta a reud. Ao da siderao. 7 mais longe

    ossível do ser. Ent#o esse signi8cante siderante. Eles s#o enigmticos....

    Bett+ !ilan0 seria %om o Alain falar da relao entre a maneira com queacna tra%al'ava a ontuao e a ideia de signi8cante siderante"interromendo a sess#o...

    Essa >sua considerao6 toca a raz#o orque acan foi e*comungado. Araz#o é que fazia" escandia as sess5es analíticas. De uma maneira oderiaser muito curta ou muito longa. 7 ro%lema é que a mquina que é o rel)gio

    n#o ode decidir so%re a interruo. As essoas que muita criticavamacan or causa dessa escans#o n#o erce%iam que se acan mantin'a

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    essa atividade da escans#o or meio dessa escans#o ele intervin'a nosuereu. Esse algo que é 8*o no suereu. !as a siderao ode d um %omgole. !as o ro%lema é que é necessrio reetir. :or isso a alavrainsistência se,a %oa ara de8nir a ratica de acan. e tivesse temo falariamais so%re esse tema. /rata-se de comreender o que é esse amigo inimigoque se c'ama suereu.

    Bett+ !ilan0 o que signi8ca um assante articular o signi8cante do A%arrado?

    P enigmtico até mesmo ara acan. e é ;=< e A %arado é ;@#o=

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    )era que era genial. 7 livro se c'ama ;a voz do an,o< que fala dascantoras. 7 ro%lema é que o livro dele saiu ao mesmo temo do seuedido de asse. Cesultado0 o livro foi saudado or mMsicos renomados"críticos diziam que ele renovava o estudo da musicologia" ao mesmo temo"o ,Mri do asse n#o o recon'eceu com um assante. Eis aqui o aarecimentoda censura. :or arte das essoas" n#o 'ouve censura" saudaram o livrocomo algo esecial" diferente.

    4on'e&o muitos outros artistas" ao 8m da anlise" n#o conseguemn#o roduzir algo" essa roduo faz no domínio artístico? :or essa raz#oque acredito na a8nidade entre arte e sicanalise. E que os analistas temmuito a arender com o artista.

    Bett+0 entendo o assante e o de A %arrado como um articular" quando seaceita e se roduz o arado*o.

    !auro !endes0 de que maneira a voz toca a a%ertura e o inconsciente?

    Eu diria que a voz ode evolui" n#o é a todo temo a mesma. Eodemos ouvir que a medida que o tra%al'o analítico avan&a" faz mais ouviruma =armonia" até mesmo mais notas de mMsica... a coisa a qual eu soumais sensível" é quando ouvimos numa voz" a nota da revolta... A nota dosadres diabolicus musicalis" um semitom ode mudar a mentalidade de umovo e de um su,eito. Enquanto esse semitom n#o for emitido" ' um certotemor que odemos ter em fazê-lo ouvir. @a r)ria mMsica de nossa voz"indeendente do que ela diz.

    !auro0 como você situa a voz do fanatismo?

    :rimeiro ensei na voz de Adolf =itler. Em relao a voz de um

    cantor... que ossui um amlo leque 'armOnico... uma vez um estudioso davoz de =itler ensava que n#o 'avia mais de duas notas em seus discursos.:ara gritar n#o e reciso muitas notas.