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CURSOS PROFISSIONAIS DE NÍVEL SECUNDÁRIO Técnico de Gestão do Ambiente P P R R O O G G R R A A M M A A Componente de Formação Técnica Disciplina de C C o o n n s s e e r r v v a a ç ç ã ã o o d d a a N N a a t t u u r r e e z z a a Escolas Proponentes / Autores E P Amar Terra Verde Ana Margarida Faria (Coordenadora) E T Artística e Profissional Vale do Minho Xavier Alves (Coordenadora) E P António Lago Cerqueira Sara Gomes (Coordenadora) E P Agrícola de D. Dinis – Paiã Inácia Oliveira (Coordenadora) Direcção-Geral de Formação Vocacional 2004

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CURSOS PROFISSIONAIS DE NÍVEL SECUNDÁRIO

Técnico de Gestão do Ambiente

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Componente de Formação Técnica

Disciplina de

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E P Amar Terra Verde Ana Margarida Faria (Coordenadora)

E T Artística e Profissional Vale do Minho Xavier Alves (Coordenadora)

E P António Lago Cerqueira Sara Gomes (Coordenadora)

E P Agrícola de D. Dinis – Paiã Inácia Oliveira (Coordenadora)

Direcção-Geral de Formação Vocacional

2004

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TÉCNICO DE GESTÃO DO AMBIENTE

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Parte I

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Índice: PPáággiinnaa

1. Caracterização da Disciplina ……. ……. … 2

2. Visão Geral do Programa …………. …...... 3

3. Competências a Desenvolver. ………. …. 4

4. Orientações Metodológicas / Avaliação …. 5

5. Elenco Modular …….....………………........ 7

6. Bibliografia …………………. …………. …. 8

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1. Caracterização da Disciplina A disciplina de Conservação da Natureza integra-se na Componente de Formação Técnica do Curso Profissional de Técnico de Gestão do Ambiente, com uma carga horária de 300 horas, distribuídas preferencialmente pelos 3 anos do curso. O presente documento destina-se a servir de objecto orientador de gestão do programa da disciplina de Conservação da Natureza do Curso de Técnico de Gestão do Ambiente (nível III). Deste modo procedeu-se a uma reorganização do respectivo programa numa estrutura modular adequada à especificidade desta modalidade.

Num contexto de rápidas mudanças económicas, sociais e culturais, em que a globalização é disso uma consequência, tem vindo a tornar-se cada vez mais premente a adopção de uma visão de desenvolvimento sustentável. Nesta perspectiva pretende-se garantir a satisfação das necessidades das gerações presentes não comprometendo o futuro das gerações vindouras. A problemática da Conservação da Natureza faz parte do nosso quotidiano cada vez com maior acuidade e, consequentemente, existe uma cada vez maior ambiguidade de conceitos. Para um técnico de Gestão do Ambiente é fundamental a clareza de conceitos, a sua aplicabilidade e as estratégias para a sua implementação não podem ser dúbias.

As questões ambientais, a deterioração do habitat humano e as acções imprescindíveis a tomar para melhorar o ambiente em que vivemos exigem, cada vez mais, a formação de profissionais com conhecimentos na área da Conservação da Natureza.

As decisões a tomar por futuros técnicos de Gestão do Ambiente dependerão de inúmeros efeitos sobre a distribuição e abundância das espécies e em ultima análise, sobre a protecção e conservação.

Mesmo através de uma análise superficial constata-se que um dos principais meios que pode levar a uma conservação da Natureza é a adopção de medidas de Gestão dos Recursos Naturais integradas, de impacte estudado, e ponderadas sensatamente.

Nesta área disciplinar pretende-se que os alunos adquiram os conhecimentos de base (saber) necessários à obtenção da sensibilidade suficiente (mudança de atitudes) para poderem colaborar em equipas de Gestão integrada dos Recursos Naturais, ou outras, tendo em vista a Conservação da Natureza (saber fazer) ou para poderem funcionar como vectores de informação transmitindo esses conhecimentos às equipas de gestão, sensibilizando-as (saber ensinar).

Todos os temas abordados nesta disciplina poderão auxiliar os técnicos na busca de soluções para os problemas ambientais e na tomada de decisões conformes com o equilíbrio ecológico e o desenvolvimento sustentável.

A abordagem do presente programa, exige uma prática de experimentação e de contacto com o ambiente, no sentido de formar técnicos com alguma experiência para enfrentarem as exigências do mercado de trabalho. Um aspecto considerado fundamental foi a ligação dos conteúdos da disciplina de Conservação da Natureza à realidade nacional. Destinando-se os alunos principalmente ao mercado de trabalho nacional, é importante que estes conheçam a realidade natural do país.

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2. Visão Geral do Programa A disciplina insere-se na componente de formação técnica do Curso Profissional de Técnico de Gestão do Ambiente e destina-se proporcionar aprendizagens técnicas que correspondam às exigências de uma formação de nível secundário e de uma qualificação de nível 3. Os processos de ensino e de aprendizagem deverão ser orientados para a compreensão global da Conservação da Natureza, quer na identificação do seu objecto de estudo, quer na exploração articulada dos conhecimentos que engloba actualmente. O programa consta de um conjunto de módulos cuja abordagem sequencial poderá não ser totalmente respeitada. No entanto os módulos I e II deverão ser pré requisitos dos restantes. Cada módulo é composto por uma apresentação, que reflecte o resumo dos temas abordados no módulo., os objectivos definidos para o módulo, os conteúdos e a bibliografia aconselhada. Todas as sugestões e actividades sobre os conteúdos são para alcançar os objectivos propostos. No entanto, é necessário salientar que o professor tem liberdade para explorar cada conteúdo, tendo em conta o contexto escolar, as características e motivações dos seus alunos. A cada módulo foi atribuída uma determinada carga horária, que deverá funcionar de orientação para a planificação do professor e para guiar o próprio trabalho do aluno. No módulo 1 – Ecologia I – abordam-se alguns temas básicos da Ecologia, com ênfase nos factores que afectam a distribuição dos organismos vivos, dando especial atenção ao enquadramento local / peninsular. Percepção do papel do Homem nos processos da Biosfera e das consequências das suas acções sobre os sistemas naturais.

No módulo 2 – Ecologia II – abordam-se temas como Ecologia das Populações. Propriedades; crescimento populacional e mecanismos de regulação, relações inter e intra especificas. Ecologia das comunidades; estrutura de uma comunidade; o efeito da perturbação; sucessão.

No módulo 3 – Recursos Hídricos – aborda-se de uma forma sumária os Recursos Hídricos existentes em Portugal, adquirindo os princípios fundamentais dos recursos hídricos, nos domínios físico e químico. Análise do ciclo hidrológico: precipitação, intercepção, evaporação, transpiração; evapotranspiração, infiltração e escoamento superficial. Propriedades dos aquíferos. Escoamento subterrâneo. Propriedades físicas e químicas da água; qualidade da água.

O módulo 4 – Recursos Florísticos I – o estudo é centrado na biologia das plantas, nomeadamente na sua evolução, noções gerais de histologia, organografia e fisiologia vegetal e os processos de propagação das plantas.

No módulo 5- Recursos Florísticos II – aborda-se de uma forma sumária as espécies arbóreas e arbustivas espontânea e exótica da Península Ibérica e em particular em Portugal, bem como a área de distribuição. No módulo 6 – Recursos Florestais – pretende-se dar a conhecer uma panorâmica da composição florestal em Portugal e da sua classificação e gestão. Realça-se a importância das florestas quer para a economia do país, quer para o ambiente. O módulo 7 – Recursos Faunísticos – é centrado no estudo da vida animal, origem, evolução e caracterização.

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O módulo 8 – Recursos Energéticos – permite o estudo dos diferentes recursos energéticos, renováveis e não renováveis, bem como a sua valorização de forma sustentada. No módulo 9 – Agricultura de Conservação – faz a introdução à agricultura biológica. No módulo 10 – Áreas Protegidas – abordam-se as diferentes tipos de áreas protegidas e a sua importância para a conservação dos recursos. O módulo 11 – Estratégias de Conservação – permite o estudo da situação nacional, comunitária e internacional em termos de conservação, tendo em conta as políticas de conservação e respectivos instrumentos de implementação e fiscalização. No módulo 12 – Ecoturismo – abordam-se as diferentes modalidades de turismo, salientando-se a sua importância como impulsionador do desenvolvimento. Avalia-se o impacte em termos de protecção do património paisagístico e/ou cultural, valorizando-o

3. Competências a Desenvolver

Os alunos, ao longo dos diferentes módulos, devem desenvolver competências como as que seguidamente se apresentam. . Desenvolver o sentido de responsabilidade e de consciência crítica necessários à sua participação activa como indivíduo e como técnico, face aos desafios ambientais que se colocam. . Promover a formação de técnicos conscientes que a resolução dos problemas relativos à conservação exige a contribuição de vários campos da ciência. . Compreender conceitos, leis, teorias e modelos que permitam uma visão geral da Conservação da Natureza, bem como um formação técnica básica para a sua integração no mundo do trabalho e/ou desenvolvimento de estudos posteriores. . Participar nas tomadas de decisão relativas à conservação da natureza. . Aplicar conceitos, leis, teorias e modelos às situações reais e quotidianas, adoptando estratégias de resolução de problemas. . Desenvolver o pensamento crítico e ajuizar das suas implicações no desenvolvimento sustentável. . Desenvolver qualidades próprias de trabalho, tais como o rigor, a ordem, a estruturação, capacidade crítica e autocrítica, a busca de informação, a curiosidade pelo saber, contrastação de resultados e a abertura a novas ideias. . Utilizar com autonomia os processos de pesquisa documental, bibliográfica e experimental. . Argumentar, de forma responsável e persuasiva a partir de evidências. . Identificar e compreender as relações e funções desenvolvidas por diferentes grupos de seres vivos como mecanismos de adaptação ao meio e evolução, insistindo na relação entre estrutura e função a todos os níveis biológicos.

. Adquirir competências ambientais que permitam assegurar um desenvolvimento sustentável.

. Desenvolver o sentido de cooperação, o respeito e o espírito de equipa necessários ao exercício de uma cidadania interventiva.

. Relacionar ideias, permitindo a passagem do conhecimento teórico para a prática.

. Desenvolver o sentido de criatividade e a imaginação na utilização das TIC, nomeadamente as relacionadas com a conservação e gestão de recursos naturais.

. Utilizar instrumentos de medição e análise no âmbito da disciplina.

. Analisar, interpretar e avaliar evidências recolhidas quer directamente, quer indirectamente.

. Assegurar um conjunto de conhecimentos, métodos e técnicas que permitam aos futuros técnicos abordar os problemas de uma forma cientificamente sustentada. . Utilizar técnicas de trabalho de campo e métodos de investigação experimental na área da Conservação da Natureza. . Utilizar a abstracção e o raciocino lógico na procura de soluções. Pretende-se que o desenvolvimento das competências contemple, de forma integrada, os domínios conceptual, procedimental e atitudinal.

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4. Orientações Metodológicas / Avaliação

No que respeita aos aspectos metodológicos/avaliação, considera-se os professores, os alunos e a escola, como um todo, tendo sempre em conta alguns aspectos: Centrar os processos de ensino nos alunos Todo o processo de ensino/aprendizagem deve ser tido numa perspectiva construtivista da aprendizagem, isto é, focalizado no aluno respeitando os seus conhecimentos prévios e ritmos de aprendizagem, assim como valorizar as suas vivências e pretensões, pois estes aspectos condicionam, de modo decisivo, o sucesso das suas aprendizagens. O professor deverá assumir um papel de moderador, orientador e facilitador das aprendizagens, ao contrário de um simples transmissor de informação.

Valorizar a realização de actividades práticas A componente prática deverá ser parte integrante e fundamental dos processos de ensino e aprendizagem dos conteúdos de cada módulo.

O trabalho prático deve ser entendido como um conceito abrangente que engloba actividades de natureza diversa, que vão desde as que se concretizam no espaço real de sala de aula, àquelas que exigem laboratório ou as saídas de campo e visitas de estudo. Os alunos deverão desenvolver e/ou aperfeiçoar competências tão diversificadas como, a utilização de instrumentos ópticos (microscópio óptico, lupa), sistemas automáticos para recolha de dados (sensores), instrumentos de medição em laboratório e no campo, Tecnologias de Informação e Comunicação nomeadamente os Sistemas de Informação Geográfica, a apresentação e interpretação de gráficos de dados, mapas, tabelas, elaboração de memórias descritivas e interpretativas de actividades práticas (laboratoriais, saídas de campo, visitas de estudo, entre outras), a pesquisa autónoma de informação em diferentes suportes, não esquecendo o reforço das capacidades de expressão e compreensão e o recurso às novas tecnologias de informação.

Montagem, utilização e interpretação de modelos análogos à natureza. As abordagens práticas deverão, sempre, integrar as dimensões teóricas e praticas da Conservação da Natureza, assim como o trabalho cooperativo entre alunos. Ao professor caberá aferir e decidir o grau de abertura das tarefas, ponderando as competências que os alunos já possuem e as que pretendem desenvolver, bem como o tempo e os recursos disponíveis. Independentemente do tipo de abordagem, deve-se atribuir especial importância ao desenvolvimento de actividades que impliquem os alunos na planificação e realização de tarefas. Explorar relações explícitas e recíprocas entre Ciência, Tecnologia e Sociedade A organização de actividades de ensino e aprendizagem, que valorizam o contacto com a realidade, tem um maior significado para os alunos, facilitam o desenvolvimento integrado de competências saber-ser, saber-fazer, saber-estar.

Utilizando técnicas de debate, interacção de grupo, dramatização (Role-play) e exercício de tomada de decisão, para explorar situações quotidianas de âmbito local, regional, nacional ou internacional, ou mesmo casos históricos que envolvam controvérsias, possibilitam a organização de processos de aprendizagem interessantes para que se possam atingir os objectivos propostos. Este tipo de estratégias são indispensáveis para a compreensão efectiva das questões em análise, pois permitem-lhes reflectir e desenvolver o espírito crítico e argumentativo, possibilitando formar

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cidadãos capazes de assumirem posturas críticas e responsáveis em questões de natureza técnica/tecnológica com impacte ambiental.

Promover a identificação e exploração de situações problemáticas abertas Os processos de ensino-aprendizagem devem centrar-se em problemáticas com significado para os alunos, ou seja, organizados numa perspectiva de resolução de problemas, isto é, uma aprendizagem através da resolução de problemas, aprendizagens através de situações-problema, estudos de caso (como por exemplo, a identificação e descrição dos impactes humanos sobre o meio ambiente e propostas de possíveis soluções). A compreensão do problema implica a opção de vários caminhos para a sua resolução, para isso é necessário a formulação de questões, articuladas e progressivamente mais simples, susceptíveis de orientar a definição de percurso de aprendizagem intencionais. A resolução de problemas deverá incluir o desenvolvimento de actividades de planificação, pesquisa, de informação, execução de actividades práticas, avaliação de resultados. Todo este grau de abertura das propostas deverá ser criteriosamente ponderado pelos professores, tendo em conta as competências do grupo turma. Rentabilizar situações de aprendizagem não formal A realização de visitas de estudo, saídas de campo, actividades de observação são estratégias fortemente aconselháveis, para atingir com sucesso os objectivos da disciplina, uma vez que permite o contacto directo com a realidade que irão encontrar futuramente na sua vida profissional. Realização de saídas de campo para observação e interpretação de fenómenos naturais, visitas de estudo realizadas a parques temáticos, parques e reservas naturais, museus, a exploração de informação veiculada por revistas, livros, notícias, pode contribuir para mostrar a importância da conservação da natureza, promovendo o desenvolvimento de hábitos de análise crítica da informação.

Integrar a avaliação nos processos de ensino aprendizagem Ao longo de todo o programa, é necessário avaliar o nível de profundidade a que os diferentes conceitos devem ser explorados, devendo ter-se em consideração a formação de base que os alunos possuem, nomeadamente ao nível da Biologia. Alguns módulos surgem integrados numa disciplina de Conservação da Natureza porque os conteúdos não estão contemplados na disciplina de Biologia e Geologia, como é o caso do módulo 4. Ensinar, aprender e avaliar são, na realidade processos interdependentes e inseparáveis. As actividades de avaliação devem ser entendidas como parte integrante dos processos educativos. De acordo com as propostas metodológicas do programa, os processos de avaliação deverão integrar as dimensões teóricas e práticas do ensino da Conservação da Natureza. Assim, a avaliação não se pode restringir à aquisição de conhecimentos, mas integrar um domínio muito mais abrangente relativos à forma como tal aconteceu, os procedimentos realizados, as destrezas desenvolvidas e as atitudes reveladas. De uma forma geral, propõe-se uma avaliação, que salvaguarde os seguintes aspectos: - Uma avaliação deverá revestir-se de carácter diagnóstico, formativo e sumativo interdependentes e devidamente articuladas. - Uma avaliação inicial, de carácter diagnóstico a ser desenvolvida no início de cada módulo que proporcionará decisões relativas à planificação e à adopção de medidas relativas à realização de actividades;

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- Uma avaliação formativa possibilita o acompanhamento permanente da qualidade dos processos de ensino e de aprendizagem, fornecendo elementos que o professor deverá utilizar para reforçar, corrigir e incentivar a aprendizagem dos alunos que, deste modo, são considerados parte activa em todo o processo. Esta avaliação permite aos alunos receber feedback dos seus desempenhos, bem como informações que os ajudem a identificar as suas dificuldades e potencialidades.

Nesta perspectiva, avaliar é uma tarefa permanente e complexa que supõe o uso de diferentes técnicas e instrumentos: -realização de fichas de avaliação diagnostica, formativa e sumativa; -avaliação contínua dos alunos ao longo das sessões de trabalho de grupo, quer pela observação

do empenho na realização de tarefas e actividades experimentais, saídas de campo, quer pela execução de relatórios; -fornecimento de grelhas e outros esquemas conceptuais (V de Gowin,) onde os alunos registarão e interpretarão os seus resultados experimentais e mapas conceptuais para completarem e relacionarem conceitos específicos da disciplina.

-elaboração, individual ou em grupo, de trabalhos de pesquisa sobre os temas a tratar; -exploração de situações-problema;

-avaliação prática sobre a utilização de instrumentos de observação, registo e análise no laboratório e no campo;

-avaliação de posturas, interesse e empenho durante a realização de visitas de estudo; -entrevista individual ou em grupo.

5. Elenco Modular

Número Designação

Duração de referência

(horas)

1 Ecologia I 20

2 Ecologia II 25

3 Recursos Hídricos 20

4 Recursos Florísticos I 35

5 Recursos Florísticos II 36

6 Recursos Florestais 18

7 Recursos Faunísticos 26

8 Recursos Energéticos 20

9 Agricultura de Conservação 18

10 Áreas Protegidas 28

11 Estratégias de Conservação 36

12 Turismo sustentável 18

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6. Bibliografia Bernardo, João Manuel (1995), Ecologia das Populações e das Comunidades. Universidade Aberta. Caeiro, Teresa (1998), Turismo Sustentável, Lisboa: Universidade Nova de Lisboa. Ferreira J. et all (1996), Manual de Agricultura Biológica, Agrobio, Lisboa, Portugal. Ferreira, Joaquim (1999), Planeta Frágil, Lisboa: Ipamb. Gass, I., Smith, P. e Wilson, R. (1978), Vamos compreender a Terra, Coimbra: Almedina. Henriques, Pedro Castro (1999), Retratos. Rede Nacional de Áreas Protegidas em Portugal Continental, M. Ambiente. Lisboa. Henriques, Pedro Castro (1996), Parques e Reservas Naturais de Portugal, Lisboa. Verbo Editora. Hutchinson, David (2000), Educação Ecológica, Porto Alegre: Editora ARTEMED. Loureiro, Aloísio M., (1991),Cultura das principais espécies florestais utilizadas em Portugal, 2º Edição, Série didáctica, UTAD. Nogueira, V. (2000),Educação Ambiental. Introdução ao Pensamento Ecológico, Lisboa. Odum , E. P. (1997), Fundamentos de Ecologia (Trad. 5ª Ed.), Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian. Wetzel, R.G. (1993), Limnologia, Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian Silva, João (1992), Conservação da natureza, indicações dos principais textos do direito interno comunitário e internacional. ICN. Recursos na Internet: (activos em Julho de 2005) www.agroportal.pt www.aprh.pt www.ambienteonline.pt www.bio.ua.pt www.dao.ua.pt www.geopor.pt www.icn.pt www.igm.pt www.inag.pt www.des.min-edu.pt www.min-agricultura.pt/ www.naturlink.pt

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Parte II

MMóódduullooss

Índice: Página

Módulo 1 Ecologia I 10

Módulo 2 Ecologia II 14

Módulo 3 Recursos Hídricos 18

Módulo 4 Recursos Florísticos I 21

Módulo 5 Recursos Florísticos II 25

Módulo 6 Recursos Florestais 27

Módulo 7 Recursos Faunísticos 29

Módulo 8 Recursos Energéticos 31

Módulo 9 Agricultura de conservação 33

Módulo 10 Áreas Protegidas 36

Módulo 11 Estratégias de Conservação 38

Módulo 12 Turismo Sustentável 41

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MÓDULO 1

Duração de Referência: 20 horas

1. Apresentação

Tratando-se do primeiro módulo do programa, assume especial relevância a familiarização dos alunos com os conceitos básicos da disciplina, bem como com as metodologias de trabalho.

Os dois primeiros módulos da disciplina de Conservação da Natureza dão maior ênfase à Ecologia, enquanto ciência que considera os complexos problemas ambientais actuais. Os módulo de Ecologia foram elaborados seguindo uma abordagem problematizadora e experimental da distribuição da fauna e flora e dos complexos problemas que se colocam neste domínio. Estes módulos destinam-se à sensibilização dos alunos para a importância do domínio de conhecimentos de Ecologia, para a participação activa dos cidadãos nos processos de tomadas de decisão, nomeadamente os que envolvem questões de natureza ambiental. Estes módulos assumem-se como elementos integradores e articuladores das aprendizagens a desenvolver nos módulos seguintes, na medida em que deverá permitir o levantamento de questões e/ou problemas orientadores das aprendizagens previstas para esses módulos.

O módulo 1 visa uma introdução ao estudo da Ecologia, com ênfase nos factores que afectam a distribuição dos organismos vivos, dando especial atenção ao enquadramento local / Peninsular. Percepção do papel do Homem nos processos da Biosfera e das consequências das suas acções sobre os sistemas naturais.

O seu início destina-se essencialmente a efectuar o enquadramento do tema no conjunto de saberes prévios dos alunos e a recuperar um conjunto de conhecimentos estruturantes e essenciais para aprendizagens futuras.

O estudo da ecologia como ciência visa delimitar o âmbito de estudo da disciplina e a complexidade dos problemas abordados. Permitirá perceber os factores que determinam a distribuição e abundância dos organismos.

O estudo de um ecossistema real e próximo dos alunos permitirá constatar a variedade de componentes (bióticos e abióticos) que o caracterizam. Facilitará, também, a interferência de aspectos relativos à sua organização, bem como os factores que o podem desequilibrar e por em risco a conservação das suas espécies. Os fluxos de energia nos ecossistemas tem como principal objectivo relacionar a passagem da matéria através dos níveis tróficos do ecossistema com fluxos de energia. Este módulo permite aprendizagem de conceitos, assim como a reflexão sobre o impacte das actividades humanas nos ecossistemas.

Ecologia I

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Módulo 1: Ecologia

2. Objectivos de Aprendizagem No final do presente módulo os alunos devem ter desenvolvido os conhecimentos, procedimentos e atitudes que seguidamente se enunciam. - Adquirir noções básicas de Ecologia. - Conhecer o conceito de Ecosfera, Biosfera, Hidrosfera, Atmosfera e Litosfera.

- Conhecer os diferentes níveis de organização biológica.

- Reconhecer a Ecologia como uma ciência que se dedica ao estudo das interrelações que determinam a distribuição e abundância dos organismos.

- Distinguir hipótese de especulações.

- Caracterizar as etapas do método científico. - Relacionar o método científico com as vias dedutivas e indutivas.

- Aplicar o método científico em situações problemáticas de carácter ecológico.

- Valorizar a importância da Ecologia na sociedade actual e no futuro do Homem.

- Compreender que os organismos têm necessidade de manter o seu ambiente interno em equilíbrio, dispondo para isso de mecanismos internos.

- Analisar o efeito de alguns factores abióticos sobre os organismos. - Relacionar a capacidade e os limites de adaptação dos organismos aos diferentes factores abióticos com a sua distribuição.

- Compreender que o tempo é um dos factores determinantes da variabilidade ambiental.

- Discutir o conceito de adaptação.

- Discutir a noção de ecossistema.

- Relacionar a componente biótica e abiótica do ecossistema. - Estabelecer a relação entre os vários componentes estruturais da comunidade biótica (autotróficos, heterotróficos e decompositores).

- Compreender a importância dos processos de decomposição na remobilização dos nutrientes.

- Analisar a estrutura trófica dos ecossistemas.

- Distinguir produção de produtividade. - Discutir o significado ecológico dos vários destinos da energia nos organismos autotróficos e heterotróficos.

- Relacionar o conceito de eficiência ecológica com os níveis tróficos num ecossistema e com o número de organismo por nível trófico.

- Analisar pirâmides ecológicas de biomassa e de energia.

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Módulo 1: Ecologia

3. Âmbito dos Conteúdos

- Níveis de organização Biológica Ecologia como ciência:

- natureza dos problemas abordados em Ecologia; - aplicação do Método Científico. Os organismos e o meio ambiente:

- o ambiente interno dos organismos;

- distribuição dos organismos como reflexo da variabilidade ambiental. Estrutura e funcionamento dos ecossitemas:

- noção de ecossistema;

- componentes estruturais dos sistemas ecológicos: componente biótica e abiótica;

- estrutura trófica dos ecossistemas. Fluxos de energia nos ecossitemas:

- Produção e produtividade;

- produção primária;

-produção secundária.

4. Bibliografia / Outros Recursos

-Carapeto,Cristina (1994), Ecologia Princípios e Conceitos, Universidade Aberta.

-Carapeto,Cristina (2004), Fundamentos de Ecologia, Universidade Aberta. -Dodson, S. I. et al (1998), Ecology, Oxford: Oxford University Press. -Molles, M. C. (2002), Ecology. Concepts and Applications, McGrawhill. 586 pp; Smith, R. L. & Smith T. M. (2002), Elements of ecology, 4th Edit. Benjamin Cummings Publis. Comp. 555 pp.; Smith, R. L. (1995), Ecology and Field Biology, HarperCollins. 740 pp. - Krohne, D. T. (2001), General ecology (2ª Ed), Pacific Grove: Brooks/Cole. - Odum , E. P. (1997), Fundamentos de Ecologia (Trad. 5ª Ed.), Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian. Smith, Robert Leo (1998), Elements of ecology. 4th ed , Menlo Park: The Benjamin-Cummings.

Recursos:

Fórum Ambiente, Lisboa: Publicações Ecoesfera.

National Geographic Magazin,: Washington, Editorial Offices of the National Geographic Magazine.

Recursos Disponíveis na Internet: (Activos em Julho de 2005)

www.ai-geostats.org

www.naturlink.pt

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Módulo 1: Ecologia

Equipamentos:

Computadores

Microscópio óptico Terrários e aquários e equipamento de apoio

Lupas Binoculares

Câmaras de vídeo e/ou máquinas fotográficas digitais

Televisor

Vídeo ou leitor DVD

Redes, pinças, frascos Kits colorímetricos para análise de solos e de água Guias de identificação de fauna e flora (Guias FAPAS)

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MÓDULO 2

Duração de Referência: 25 horas

1. Apresentação

Este módulo surge na sequência do anterior – Ecologia I – complementando-o. È um módulo predominantemente prático, cujo principal objectivo é colocar os alunos em contacto com a realidade de campo, que está associada aos trabalhos em Ecologia.

O módulo inicia-se por uma abordagem à Ecologia das Populações, que permitirá aos alunos adquirir um conjunto de procedimentos e técnicas utilizadas para estimar parâmetros das populações silvestres. Para além disso, serão também abordados os princípios que regulam a distribuição, crescimento e dimensão das populações.

Segue-se com a Ecologia de Comunidades, ao longo deste tema serão desenvolvidos aspectos estruturais e funcionais das comunidades biológicas e o seu dinamismo temporal. Pretende-se essencialmente que os alunos fiquem habilitados a caracterizar comunidades naturais nos aspectos relativos à estrutura, diversidade e dominância. Estando o módulo de Ecologia II integrado num Curso de Gestão do Ambiente, considerou-se de grande importância a inclusão de conteúdos dedicados aos principais sistemas naturais ibéricos, portanto estes farão, certamente, parte dos projectos de trabalho que os alunos irão integrar na sua futura vida profissional. Este tema destina-se a sensibilizar os alunos, para a grande diversidade de sistemas ecológicos existentes na Península Ibérica e para a necessidade de os preservar. Pretende-se com o conteúdo Grandes Ambientes Naturais que seja efectuada uma abordagem global do planeta Terra, com uma apresentação dos grandes biomas mundiais e a sua ligação às grandes regiões climáticas.

O conteúdo Biogeografia da Península Ibérica deverá proceder-se à apresentação dos sistemas naturais ibéricos mais característicos. As principais características de cada um dos sistemas e os factores abióticos mais relevantes para a sua estruturação deverão ser abordados de uma forma sumária.

Ecologia II

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Módulo 2: Ecologia II

2. Objectivos de Aprendizagem

No final do presente módulo os alunos devem ter desenvolvido os conhecimentos, procedimentos e atitudes que seguidamente se enunciam. - Discutir o conceito de população biológica e as dificuldades práticas da sua delimitação temporal e espacial. - Analisar a importância da variabilidade dos indivíduos de uma população face a alterações do meio externo. - Caracterizar os parâmetros básicos de uma população. - Analisar o significado funcional da estrutura etária de uma população. - Distinguir abundância de densidade e densidade bruta de densidade ecológica. - Distinguir e interpretar o significado ecológico dos diferentes tipos de distribuição de uma população no espaço. - Caracterizar os diferentes tipos de interacções entre populações. - Distinguir crescimento exponencial de logístico. - Discutir a influência das interacções entre populações e de diversos factores físicos sobre a regulação do crescimento populacional. - Compreender a natureza da comunidade enquanto unidade de estudo. - Compreender que as comunidades são unidades biológicas dinâmicas em termos temporais e espaciais. - Relacionar os conceitos de espécie dominante e espécie-chave com a composição e estrutura de comunidades. - Distinguir os conceitos riqueza específica e diversidade específica. - Analisar a estrutura vertical e horizontal de comunidades aquáticas e terrestres. - Distinguir bordadura de ecótono. - Relacionar a estrutura de comunidades terrestres com as principais formas de crescimento das plantas. - Discutir a importância da zonação e dos efeitos de bordadura sobre a estrutura e dinâmica das comunidades. - Compreender a importância de alguns factores físico-químicos (luz, temperatura e oxigénio) na estruturação de comunidades aquáticas. - Conhecer de forma elementar o padrão de estruturação vertical de lagos temperados. - Compreender o processo de evolução de comunidades ao longo do tempo. - Relacionar os conceitos de sucessão ecológica, comunidade pioneira, comunidades intermédias e comunidade clímax. - Distinguir sucessão primária de secundária. -Caracterizar sumariamente os principais biomas mundiais. - Relacionar os biomas mundiais com o clima. - Conhecer a biogeografia básica de Portugal. - Relacionar a posição geográfica da Península Ibérica com a diversidade de sistemas ecológicos que a caracterizam. - Caracterizar sumariamente a estrutura e funcionamento dos principais sistemas naturais existentes em Portugal. - Analisar algumas das principais ameaças à integridade dos sistemas naturais.

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Módulo 2: Ecologia II

3. Âmbito dos Conteúdos

Ecologia das populações

- A população como unidade de estudo

- Parâmetros de uma população

- Distribuição no espaço

- Interacções entre populações

- Crescimento e regulação natural do tamanho das populações

Ecologia das comunidades

- A comunidade como elemento de estudo

- Dominância ecológica

- Diversidade de espécies

- Estrutura vertical - Estrutura horizontal

- Evolução de comunidades

Grandes ambientes naturais

- Os biomas terrestres

- Sistemas naturais da Península Ibérica - A Península Ibérica nos grandes sistemas globais

- Biogeografia da Península Ibérica

4. Bibliografia / Outros Recursos

- Begon, M. et al (1998), Ecología: Individuos, poblaciones y comunidades, Barcelona: Ed. Omega,

S. A. - BERNARDO, João Manuel (1995), Ecologia das Populações e das Comunidades, Universidade Aberta. - Odum , E. P. (1997), Fundamentos de Ecologia (Trad. 5ª Ed.), Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian. - Koe, T. (1996), Trabalhos práticos de Ecologia vegetal. Série Didáctica. UTAD. - Pité, M. T. (2000), Populações e comunidades, Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian. - Margalef, R. (1991), Ecologia, Barcelona: Ed. Omega. - Matthey, W., Della Santa, E., Wannenmacher, C. (1984), Manuel Pratique d'Ecologie. Lausanne: Payot. - Smith, R. L. et al (2000), Elements of ecology (5ª Ed), Menlo Park: The Benjamin/Cummings Publishing Company. - Sacarrão, G. F. (1991), Ecologia e Biologia do Ambiente. I – A vida e o ambiente, Lisboa: Biblioteca Universitária. Publicações Europa – América.

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Módulo 2: Ecologia II

Outros recursos:

Vídeos das temáticas em causa

Saídas de campo

Equipamentos:

Computadores

Microscópio óptico

Terrários e aquários e equipamento de apoio Lupas Binoculares

Câmaras de vídeo e/ou máquinas fotográficas digitais

Televisor

Vídeo ou leitor DVD

Redes, pinças, frascos

Kits colorímetricos para análise de solos e de água Guias de identificação de fauna e flora (Guias FAPAS)

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MÓDULO 3

Duração de Referência: 20 horas

1. Apresentação

Antes de iniciar o estudo do módulo deve ser feito o diagnóstico dos conhecimentos que os alunos possuem relativamente aos conceitos cuja construção se iniciou no Ensino Básico e que são essenciais para o desenvolvimento deste tema. Assim, devem ser objecto de revisão os conhecimentos relacionados com o funcionamento do ciclo hidrológico e a sua importância na circulação geral da atmosfera.

Neste módulo importa compreender a importância da água como componente essencial dos sistemas naturais e como recurso insubstituível na quase totalidade das actividades humanas e deve centrar-se na análise das disponibilidades hídricas em Portugal e dos problemas relacionados com a sua utilização. É, ainda, importante salientar, que as reservas futuras de água dependem, por um lado, da capacidade para conservar, reutilizar e racionalizar a sua utilização e, por outro, da cooperação internacional, no sentido de uma gestão integrada deste recurso finito e vulnerável.

2. Objectivos de Aprendizagem

No final do presente módulo os alunos devem ter desenvolvido os conhecimentos, procedimentos e atitudes que seguidamente se enunciam.

- Reconhecer o papel do ciclo hidrológico na manutenção do equilíbrio da Terra.

- Relacionar a variação da precipitação com a altitude e a disposição do relevo.

- Relacionar as disponibilidades hídricas com a quantidade e o tipo de precipitação.

-Conhecer o conceito de bacia hidrográfica, caudal, leito estival e de cheia, caudal de ponta, tempo de concentração. - Caracterizar a rede hidrográfica de Portugal.

- Relacionar o regime dos cursos de água com a irregularidade da precipitação.

- Conhecer os factores que interferem na variação de caudal dos cursos de água.

- Conhecer os problemas implicados nas secas e nas inundações e as medidas de minimização dos seus efeitos, bem como a problemática da sua prevenção e detecção precoce.

- Reconhecer a importância da qualidade da água doce disponível. - Conhecer a lei da água bem como os instrumentos envolvidos na sua implementação e fiscalização.

- Equacionar os riscos na gestão dos recursos hídricos.

- Inferir a necessidade de estabelecer acordos internacionais na gestão dos recursos hídricos.

- Debater medidas conducentes ao controlo da quantidade e qualidade da água.

- Debater a importância do ordenamento das albufeiras e das bacias hidrográficas.

Recursos Hídricos

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Módulo 3: Recursos Hídricos

3. Âmbito dos Conteúdos

- Ciclo da água

- Disponibilidades hídricas: águas superficiais e subterrâneas

- Especificidades do clima português - Recurso hídricos em Portugal: rios, lagoas, albufeiras e oceanos

- Cursos de água lênticos e lóticos

- Cursos de água oligotróficos, mesotróficos e eutróficos. Processo de eutrofização

- Usos e qualidade da água

- Água como recurso: Padrões de Consumo

- Problemas de escassez e excesso de água. Secas e Inundações: causas e consequências - Conceito de bacia hidrográfica, caudal, leito estival de cheia, caudal de ponta, tempo de concentração

- Lei da água: intrumentos e organismos

- Gestão dos recursos hídricos

4. Bibliografia / Outros Recursos

Alencoão, A. e Reis, A. ( 2002), Fisiografia de bacias hidrográficas. Série Didáctica. UTAD.

Brito, R. S. (1994), Perfil Geográfico, Lisboa: Editorial Estampa.

Custódio, E. & Lamas, M. R., Hidrologia subterrânea (Ed. Omega, 2 vol., Barcelona, 1983.

Lencastre, A. & Franco, F., Lições de Hidrologia (2nd ed., Universidade Nova de Lisboa,

1992). Freeze, R. A. & Cherry, J. A., Groundwater (Prentice-Hall, Inc., 1979).

Daveau, S. (1995), Portugal Geográfico. Porto: Sá da Costa Editora.

Medeiros, C. A. (1996), Geografia de Portugal: ambiente natural e ocupação humana- uma Introdução,

Lisboa: Editorial Estampa.

Daveau, S. (1987-1991), Geografia de Portuga, Lisboa: Sá da Costa Editora.

Ferreira, J. P. C. et al. (1998), Caracterização dos sistemas hidrológicos de Portugal Continental e

avaliação das suas reservas hídricas, in Desenvolvimento de um Inventário das Águas Subterrâneas

de Portugal. vol. 2, Lisboa: Laboratório Nacional de Engenharia e Ciência.

Margalef, R. (1983), Limnología. Barcelona: Ed. Omega, S. A.

Ribeiro, O. et al. (1987-1991), Geografia de Portugal, 4 Volumes. Lisboa: Sá da Costa Edições.

Tullot, I. (2000),Climatologia de España y Portugal (2ª Ed.), Salamanca: Ediciones Universidad

Salamanca.

Wetzel, R.G. (1993),Limnologia, Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian

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Módulo 3: Recursos Hídricos

Recursos Disponíveis na Internet: (Activos em Julho de 2005)

www.aprh.pt – Associação Portuguesa dos Recursos Hídricos www.aprofgeo.pt www.inag.pt - Instituto da água www.iambiente.pt – Instituto do Ambiente Outros recursos:

- Mapas: geográficos; climáticos, hidrográficos, …

- Duarte, Jorge M., Portugal, um retrato natural: os rios – vídeo, ICN, 1994

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MÓDULO 4

Duração de Referência: 35 horas

1. Apresentação

No desenvolvimento do processo evolutivo a multicelularidade atingiu o seu máximo de especialização morfológica e fisiológica ao nível das plantas. O sucesso das plantas na exploração de ambientes terrestres ocorreu por mudanças graduais de estrutura, verificando-se mesmo que o aumento de complexidade e, consequentemente, de diversidade abre novas perspectivas de adaptação às condições do meio.

As formas de reprodução, sexuada ou assexuada, utilizadas pelas diferentes espécies de seres vivos condicionam a variabilidade das populações.

Os ciclos de vida dos organismos apresentam grande diversidade em função das particularidades de cada espécie. O estudo comparativo de exemplos permite identificar aspectos que distinguem alguns tipos de ciclos de vida, salientando a diversidade de estratégias encontradas pelos seres vivos para assegurar o sucesso reprodutivo e fazer face aos desafios que o meio lhes impõe.

O módulo proporciona ao aluno alargar os seus conhecimentos sobre plantas, nomeadamente permite o estudo das briófitas: características gerais; reprodução e ciclos de vida; estudo da morfologia e estrutura. Estudo das Pteridófitas: características gerais; aspectos da evolução do gametófito e do esporófito; reprodução e cíclos de vida; morfologia e estrutura. Estudo das Espermatófitas: orgãos vegetativos, flores, frutos; polinização, fecundação, formação de sementes; alternância de gerações e e fases nucleares; características gerais; reprodução e ciclos de vida; estudo da morfologia e anatomia da raíz, caule e folhas das gimnospérmicas, e das angiospérmicas (monocotiledóneas e dicotiledóneas).

Recursos Florísticos I

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Módulo 4: Recursos Florísticos I

2. Objectivos de Aprendizagem

No final do presente módulo os alunos devem ter desenvolvido os conhecimentos, procedimentos e atitudes que seguidamente se enunciam.

- Identificar características dos principais grupos de plantas.

- Interpretar dados relativos à história evolutiva de alguns grupos de plantas.

- Identificar características específicas das Angiospérmicas que permitem explicar o sucesso evolutivo destas plantas. - Aplicar os princípios da taxonomia vegetal: classificação taxonómica.

- Conhecer os principais tecidos que constituem as plantas.

- Compreender que a morfogénese se mantém durante toda a vida da planta através da actividade dos meristemas.

- Relacionar as características dos diferentes tecidos definitivos primários com as funções que desempenham. - Identificar estruturas primárias de órgãos de Monocotiledóneas e de Dicotiledóneas. - Identificar cada um dos elementos constituintes da planta. - Perceber o funcionamento de cada um dos elementos constituintes das plantas.

- Analisar a morfologia dos elementos constituintes da planta e perceber a sua importância para a identificação da espécie.

- Compreender processos de captação e transporte de substâncias ao nível da raiz. - Compreender mecanismos explicativos do movimento da água e solutos no sistema xilémico.

- Analisar a hipótese do fluxo sob pressão como possível explicação para o transporte da seiva floémica.

- Estabelecer relações entre a continuidade do sistema vascular e o movimento de substâncias na planta. - Compreender a importância de cada um dos elementos constituintes da planta nos fenómenos vitais.

- Conhecer a importância dos processos de reprodução assexuada.

- Compreender a vantagem biológica da Reprodução sexuada.

- Compreender as diversas formas de propagação das plantas: princípios e práticas.

- Compreender as principais técnicas de reprodução vegetativa.

- Compreender os mecanismos básicos que caracterizam a divisão celular. - Interpretar e comparar diferentes tipos de ciclos de vida, no que respeita às estratégias reprodutoras utilizadas, alternância de fases nucleares.

- Interpretar o significado evolutivo do desenvolvimento progressivo da geração esporófita e redução da geração gametófita no ciclo de vida das plantas.

- Avaliar o contributo da fecundação independente da água e da disseminação por sementes na capacidade de sobrevivência no meio terrestre. - Reconhecer a importância da mitose no mundo vivo.

- Analisar a complementaridade da meiose e da fecundação na reprodução sexuada.

- Compreender em que medida a meiose e a fecundação constituem fontes de variabilidade genética.

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Módulo 4: Recursos Florísticos I

3. Âmbito dos Conteúdos

- Introdução: evolução das plantas

- Taxonomia Vegetal: técnicas de identificação por Chaves Dicotómicas

- Histologia Vegetal: tipos de raízes, caules, folham, flores e frutos

- Morfologia Vegetal: raiz, caule, folhas

- Fisiologia Vegetal - Processos de reprodução: assexuada e sexuada

- Ciclo celular

- Ciclos Biológicos de algumas plantas

- Técnicas de reprodução de plantas em viveiros

4. Bibliografia / Outros Recursos

- Bhattacharyya, B. e Johri, B. (1998), Flowering Plants. Taxonomy and Phylogeny, Springer-Verlag. New Delhi.

- Campbell, N., Mitchel, L., Reece, E. (1999), Biology (5ª Ed.), Menlo Park, Benjamin/Cumming Publishing Company.

- Carlile, M. e Watkinson, S. (1994), The Fungi, Academic Press. London.

- Lee, R. (1999), Phycology, 3ª edição, Cambridge University Press. Cambridge.

- Raven, P., Evert, R., Eichhorn, S. (1999), Biology of Plants (6ª Ed.), New York, W.H. Freeman: Worth. - Koe, T., 1996, Trabalhos práticos de Ecologia vegetal, Série Didáctica. UTAD.

- Salisbury L. e C. Ross , Plant Physiology, 4 th ed, 1994. Wadsworth Co.

- Taiz, L. e E Zeiger , Plant Physiology, 3rd ed, 2002. Sinauer Ass.

- Van den Hoek, C., Mann, D. e Jahns, H. (1995) Algae. An Introduction to Phycology, Cambridge University Press. Cambridge.

- Viegas, Wanda S., Cecílio, Leonor Morais, (1998) Biologia. Biologia vegetal. Plantas.

Recursos disponíveis na Internet: (activos em Julho de 2005)

http://student.biology.arizona.edu/scionn/biology.html http://www.gvta.on.ca/flora/taxonomy.html#top http://web1.manhattan.edu/fcardill/plants/intro/test.html

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Módulo 4: Recursos Florísticos I

Material Básico de Laboratório

Material de vidro corrente (lâminas, lamelas, vidros de relógio, tubos de ensaio, provetas, caixas de petri…)

Material em plástico (frasco lavadores, gobelés, tinas, tabuleiros…)

Lamparinas e demais material indispensável ao aquecimento de objectos em segurança

Material básico de dissecação (tesoura, bisturi, agulhas, pinças…)

Instrumentos ópticos: microscópio e lupas binoculares

Corantes/reagentes Papel de limpeza

Papel de filtro

Material Biológico

Sementes de diferentes tipos de espécies vegetais;

Exemplos de plantas que podem ser estudadas: Briófitas; Pteridófitas, Espermatófitas, Espermatófitas, Gimnospérmicas, e das Angiospérmicas (monocotiledóneas e dicotiledóneas).

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MÓDULO 5

Duração de Referência: 36 horas

1. Apresentação

As plantas estão em interdependência com o meio em que vivem e que nunca devemos introduzir qualquer espécie, onde quer que seja, sem atender às características ecológicas locais.

È importante o conhecimento das populações clímax climática mais frequentes em Portugal, bem como a área de distribuição das diferentes taxones e os diferentes agrupamentos em que se incluem.

O estudo de um jardim, parque, etc, próximo dos alunos permitirá constatar a variedade de espécies arbóreas e arbustivas da nossa flora.

Nestas saídas de campo deverão proceder-se à recolha de pequenas amostras de plantas, com o intuito de construir o seu próprio herbário onde deverão estar identificadas as principais espécies estudadas ao longo das aulas.

2. Objectivos de Aprendizagem

No final do presente módulo os alunos devem ter desenvolvido os conhecimentos, procedimentos e atitudes que seguidamente se enunciam.

- Compreender as diversas características ecológicas da planta.

- Compreender a inter-relação entre as plantas e o meio.

- Entender o coberto vegetal enquanto recurso natural. - Caracterizar um determinado coberto vegetal.

- Conhecer as principais zonas de distribuição Fitogeográfica bem como as diversas espécies que o caracterizam.

- Identificar e caracterizar sob o ponto de vista ecológico as principais espécies vegetais arbóreas e arbustivas espontâneas em Portugal. - Conhecer a área de distribuição de cada uma das espécies vegetais arbóreas e arbustivas da nossa flora.

- Caracterizar sob o ponto de vista ecológico as principais espécies vegetais arbóreas e arbustivas da nossa flora.

- Identificar e caracterizar as principais espécies exóticas existentes em Portugal.

- Identificar e caracterizar as principais espécies de plantas aromáticas e medicinais. - Saber proceder a inventários florísticos e levantamento de coberto vegetal.

- Conhecer os conceitos de fenologia, abundância, dominância, frequência e sociabilidade quando atribuídos a comunidades vegetais.

- Conhecer algumas técnicas de conservação, monitorização e gestão de outros tipos de coberto vegetal.

- Conhecer algumas técnicas para acelerar o processo de estabilização ecológica de um coberto introduzido.

- Compreender a importância da manutenção e gestão da planta após a sua instalação.

- Analisar a importância da poda nas árvores ornamentais.

- Analisar alguns dos diversos tipos de poda: a poda de formação, a poda de manutenção.

- Conhecer as formas e as técnicas de projecção, construção e conservação de um jardim.

Recursos Florísticos II

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Módulo 5: Recursos Floristicos II

3. Âmbito dos Conteúdos

- Noções de fitossociologia

- O coberto vegetal como recurso recurso natural, levantamento e inventário

- As principais espécies arbóreas e arbustivas, espontâneas e exóticas existentes em Portugal

- Plantas aromáticas e medicinais

- Métodos de recolha e secagem - Técnicas de conservação, monitorização e gestão de vegetação de dunas, sapais, montanhas, matas ribeirinhas e de outros tipos de coberto vegetal

- Técnicas de estabilização ecológica de um coberto introduzido

- Técnicas de projecto, construção e conservação de um jardim

4. Bibliografia / Outros Recursos

Blanco Castro, E. et al (1997), Los bosques ibéricos. Una interpretacón geobotánica, Barcelona: Editorial Planeta, S.A.

Outros Recursos:

Atlas Fapas: espécies vegetais

Vídeos

Visitas de estudo e saídas de campo

Herbário

Recursos disponíveis na Internet: (Activos em Julho de 2005)

www.parquebiologico.pt

www.utad.pt www.icn.pt

http://www.arbolesornamentales.com/ www.naturlink.pt

http://plantsdatabase.com/ http://arvores.cjb.net/

http://www.arborium.net/final/index2.html

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MÓDULO 6

Duração de Referência: 18 horas

1. Apresentação

O modo como o Homem interage com a floresta tem sofrido grandes modificações. A atitude das antigas sociedades humanas para com as florestas – nessa altura florestas naturais – foi a de as destruir, quer para utilizar os seus produtos, quer para aumentar a área disponível para a agricultura e o pastoreio.

Portugal sendo um país essencialmente florestal, tem necessidade de formar técnicos com alguns conhecimentos capazes de gerir este bem, aptos a trabalhar nas nossas florestas, ensinando a produzir com qualidade e a respeitar a natureza que ainda resta. Este módulo exige uma forte componente prática, possibilitando aos alunos um contacto directo com a floresta. Com a realização de trabalhos práticos procurar-se-á, a partir de exemplos aplicativos, proporcionar uma aprendizagem virada para o desenvolvimento de instrumentos de gestão e monitorização de povoamentos florestais;

Neste módulo é valorizado o estudo das interacções nos ecossistemas florestais, concretizando o conceito e perspectivas de sustentabilidade na prática florestal e da conservação da natureza pela actividade florestal.

2. Objectivos de Aprendizagem

No final do presente módulo os alunos devem ter desenvolvido os conhecimentos, procedimentos e atitudes que seguidamente se enunciam.

-Identificação e caracterizar os principais recursos florestais.

- Conhecer técnicas de gestão dos espaços florestais como perspectiva do uso múltiplo destes.

- Conhecer técnicas associadas à instalação, gestão e ordenamento dos recursos florestais.

- Proporcionar formação sobre os problemas associados à protecção da floresta: factores bióticos e abióticos.

- Adquirir conhecimentos sobre a prevenção, protecção e defesa da floresta contra incêndios ao nível dos proprietários florestais (públicos e privados), bem como a sensibilização da população em geral.

- Proporcionar aos alunos as bases necessárias para o planeamento e execução de inventários florestais nos seus diversos níveis – nacional, regional, unidade de gestão e povoamento.

- Avaliar e monitorizar os indicadores de sustentabilidade da floresta.

Recursos Florestais

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Módulo 6: Recursos Florestais

3. Âmbito dos Conteúdos

- Principais espécies de interesse florestal

- Caracterização da utilização actual e potencial do solo

- Distribuição geográfica da floresta e das espécies florestais

- Sistemas de Produção Florestal

- Técnicas de instalação dos povoamentos florestais - Análise dos impactes ambientais em acções de arborização

- Principais problemas associados ao declínio da floresta mediterrânea

- Incêndios florestais – gestão da vegetação arbustiva, técnica de fogo controlado; planeamento de combate

- Recuperação e requalificação

4. Bibliografia / Outros Recursos

- Andreesen, T. et al, Propostas para a Qualificação Estética e Ecológica das Florestas em

Portugal, ISA UTL.

- Avery, T.E. e Burkhart, H.E. (1994), Forest Measurements, 4ª Ed., McGraw-Hill Book Company,

New York.

- Loureiro, Aloísio M. (1991), Cultura das principais espécies florestais utilizadas em Portugal, 2º

Edição, Série didáctica, UTAD.

- Husch, B.( 1971) Planificación de un inventário florestal, FAO Estudios de silvicultura y

productos forestales nº17, Organização das Nações Unidas para a Agricultura e

Alimentação,Roma.

- Rego, F.( 2001), Florestas Públicas.

Recursos disponíveis na Internet: (activos em Julho de 2005)

www.naturlink.pt

http://www.uark.edu/campus-resources/cotinus/

http://www.efn.com.pt/index.html (Estação Florestal Nacional, Portugal)

http://www.spcf.pt/ (Sociedade Portuguesa de Ciências Florestais, Portugal)

http://www.dgrf.min-agricultura.pt/

http://www.isa.utl.pt/cadeiras/silvic1/

www.naturlink.pt

www.agroportal.pt

Outros recursos:

- Duarte, Jorge M., Portugal, Um retrato natural: matas e florestas – vídeo, ICN, 1994 - Florestas de Portugal - DGF

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MÓDULO 7

Duração de Referência: 26 horas

1. Apresentação

Este módulo integrado numa disciplina deste âmbito, necessita de se fundamentar e apoiar em conhecimentos de outras disciplinas nomeadamente Biologia e, regra geral, em todas as disciplinas da área técnica.

A noção de variedade de espécies animais existentes local por local, país por país, o conhecimento do seu comportamento, da sua interdependência e dos perigos resultantes do extermínio de qualquer membro deste vastíssimo e complexo conjunto que constitui o reino animal; as múltiplas e fundamentais relações deste com o reino vegetal ou com o meio físico em que ambos se desenvolvem e do qual estritamente dependem estão na base dos conteúdos deste módulo.

O conhecimento destes aspectos justifica uma compreensão e consequentemente uma intervenção mais cautelosa e consciente do homem em relação a qualquer elemento deste reino.

Neste módulo, como nos anteriores, privilegiam-se aprendizagens através de métodos activos.

2. Objectivos de Aprendizagem

No final do presente módulo os alunos devem ter desenvolvido os conhecimentos, procedimentos e atitudes que seguidamente se enunciam. - Compreender a importância deste elemento no ecossistema. - Distinguir diferentes tipos de animai. - Conhecer as noções básicas de taxonomia animal. - Analisar o comportamento animal. - Conhecer as necessidades fisiológicas e etológicas dos animais. - Conhecer as relações dos animais com o seu habitat. - Compreender a dinâmica do Reino Animal. - Conhecer elementos de identificação da nossa fauna selvagem, bem como das marcas da sua presença. - Conhecer alguns elementos da nossa fauna cinegética e piscícola, bem como os principais animais em risco de extinção ou ameaçados, na Península Ibérica em particular e no mundo.

- Compreender a necessidade de existir uma gestão adequada dos espaços naturais e das populações faunísticas.

- Adquirir conhecimentos sobre as espécies cinegéticas e as metodologias de gestão das suas populações e de maneio do habitat.

Recursos Faunísticos

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Módulo 7: Recursos Faunisticos

3. Âmbito dos Conteúdos

- Os animais e os outros seres vivos - Princípios elementares da classificação dos animais

- Noções básicas de sistemática e taxonomia; Invertebrados e Vertebrados

- Classificação dos Recursos faunísticos

- Relações entre os animais e os habitats

- Fauna cinegética e píscicola: animais em vias de extinção - Técnicas de gestão de recursos faunísticos

- Gestão dos recursos cinegéticos e píscicolas

- Legislação: regime cinegético; períodos, processos e meios de caça; planos de ordenamento e exploração cinegética

4. Bibliografia / Outros Recursos

- Blondel, J. & Aronson, J. (1999), Biology and Wildlife of the mediterranean region, Oxford: Oxford University Press.

Recursos disponíveis na Internet: (activos em Julho de 2005)

http://anthro.palomar.edu/animal/kingdoms.htm

www.naturlink.pt

Recursos:

Guias de campo – Guias FAPAS

Saída de campo

Visita de estudo a alguns refúgios da vida selvagem

Simulação de modelos de Crescimento de Populações;

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MÓDULO 8

Duração de Referência: 20 horas

1. Apresentação

Este módulo tem como principal objectivo proporcionar o estudo das diversas formas de energia utilizadas pela humanidade, assim como melhorar a compreensão de como a energia é importante para a sociedade moderna.

Desta forma, pretende-se que os alunos fiquem a conhecer as mais variadas formas de energia, incluindo as renováveis e não renováveis, bem como as estratégias de gestão dos recursos energéticos.

2. Objectivos de Aprendizagem

No final do presente módulo os alunos devem ter desenvolvido os conhecimentos, procedimentos e atitudes que seguidamente se enunciam.

- Dominar o conceito de Recurso Energético. - Conhecer os principais recursos energéticos do passado e actuais.

- Conhecer energias renováveis vs não-renováveis.

- Relacionar as desigualdades no consumo de energia com os níveis de desenvolvimento das regiões.

- Explicar a dependência de Portugal relativamente aos recursos energéticos.

- Conhecer estratégias de minimização dos consumos e dos efeitos negativos do consumo, bem como de optimização da exploração e consumo dos recursos energéticos. - Equacionar as implicações financeiras e ambientais da introdução e/ou intensificação das energias renováveis.

- Conhecer alguns vectores de actuação, orientadores de uma estratégia de Gestão dos Recursos Energéticos.

- Conhecer alguns normativos reguladores, bem como instrumentos de actuação mais frequentes em matéria de Recursos Energéticos. - Reconhecer a importância da integração de Portugal na Política Energética Comum.

Recursos Energéticos

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Módulo 8: Recursos Energéticos

3. Âmbito dos Conteúdos

- Conceito de Recurso Energético - Energias renováveis vs não renováveis

- Ciclo da energia

- Recurso Energético

- As unidades Industriais e os Processos de Transformação

- Recursos Energéticos do passado e do presente: sol, madeira, carvão, petróleo, etc. - Energias alternativas: solar, eólica, geotérmica, biogás, etc.

- Os 3R’s : Redução, Reutilização, Reciclagem aplicados aos Recursos Energéticos

- Estratégia de Gestão dos Recursos Energéticos/Conservação: Planeamento Energético

- Estudos de impacte ambiental; Avaliação do impacte ambiental

- Normativos reguladores; Instrumentos e estratégias de actuação

4. Bibliografia / Outros Recursos

-Publicações do IGM (Instituto Geológico e Mineiro): Recursos geotérmicos em Portugal Continental,

1998;.

- Afgan, N.H., Carvalho, M.G., Sustainable Assessment Method for Energy Systems - Indicators,

Criteria and Decision Making Procedure, Kluwer Acad. Publ. 2000.

- Chamley, H. (2002), Environnements géologiques et activités humaines, Paris: Vuibert.

- Gass, I., Smith, P. e Wilson, R. (1978), Vamos compreender a Terra, Coimbra: Almedina.

- Miller Jr G. (2002), Introducción a la ciencia ambiental – desarrollo sostenible de la Tierra – un

enfoque integrado (5ª Ed.), Madrid: THOMSON Editores Spain.

- Press, F. & Siever, R. (1999), Understanding Earth. New York: W. H. Freeman and Company.

- Shenoy, Heat Exchange Network Synthesis - Process Optimization by Energy and Resource

Analysis, Gulf Publ. Corp. 1995.

- Sorensen, Renewable Energy, 3ª ed, Elsevier 2004.

- Bennett M. R. & Doyle P. (1997), Environmental Geology. Geology and the human environment.

Recursos disponíveis na Internet: (activos em Julho de 2005)

http://www.geopor.pt http://www.meteo.pt/sismologia/sismos.html). (http://www.dga.min-amb.pt/atlas/index.html). http://www.apgeologos.pt/index.htm http://www.dct.uminho.pt/rpmic. http://www.igm.pt Sítio do Instituto Geológico e Mineiro (IGM) onde é possível encontrar informação sobre recursos naturais. http://www.brgm.fr Sítio da responsabilidade do Bureau des Recherches Géologiques et Miniéres (BRGM), apresenta informação sobre recursos no subsolo.

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TÉCNICO DE GESTÃO DO AMBIENTE

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MÓDULO 9

Duração de Referência: 18 horas

1. Apresentação

A Agricultura de Conservação trata um conjunto de conteúdos que por um lado podem ser

considerados com interesse para a formação do indivíduo enquanto cidadão e por outro lado

pretendem ser um veículo de sensibilização e consciencialização para a importância das questões da

agricultura no mundo.

O módulo de Agricultura de Conservação tendo em conta o referencial de formação, inicia o

conhecimento da Agricultura de Conservação e dá lugar ao conhecimento de dinâmicas heterogenias

transversais como contributos para a aquisição e execução de projectos. Esta temática encontra uma

justificação profunda nas novas directivas comunitárias, quer em matéria de agricultura, onde foi

introduzido o conceito de ecocondicionalidade, quer em matéria de ambiente onde muitas vezes os

sectores agrícola e florestal caem no esquecimento.

A política de desenvolvimento rural (reconhecida na Agenda 2000 como o "segundo pilar" da PAC, ao

mesmo título que a política dos mercados) comporta medidas especificamente orientadas para o

ambiente, as medidas agro-ambientais, que prevêem pagamentos para compromissos que vão além

das boas práticas agrícolas. Tais medidas constituem um instrumento privilegiado em matéria de

ambiente, uma vez que são obrigatórias em todos os programas de desenvolvimento rural, baseando-

se no compromisso consciente e voluntário dos agricultores a favor de uma agricultura mais "verde".

Nesta óptica, o ambiente não é visto como um "acréscimo", mas como uma dimensão essencial do

desenvolvimento agrícola e rural e da vida sócio-profissional dos agricultores. Constituindo o primeiro

elo da cadeia de produção, estes últimos são assim investidos de uma responsabilidade importante -

que deve ser valorizada - na boa gestão dos recursos naturais. A concessão das ajudas directas fica

subordinada ao respeito de normas ambientais, de segurança alimentar, de saúde animal e vegetal,

de bem-estar animal, correspondentes a 18 Directivas Comunitárias, e ainda ao cumprimento de

exigências de manter as terras agrícolas em boas condições agronómicas e ambientais. É

conveniente notar que uma agricultura mais respeitadora do ambiente não é sinónimo de retorno a

métodos arcaicos. A título de exemplo, a agricultura biológica (que constitui uma das vias da

agricultura sustentável) recorre a técnicas fitossanitárias avançadas, embora naturais, para evitar a

utilização de pesticidas. A investigação realizada em centros universitários e institutos agrícolas tem

um papel-chave a desempenhar na promoção de técnicas agronómicas inovadoras e conformes aos

imperativos do ambiente e da saúde, bem como às normas de qualidade. Estes princípios estão de

acordo com as novas directivas comunitárias.

Agricultura de Conservação

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TÉCNICO DE GESTÃO DO AMBIENTE

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Módulo 9: Agricultura de Conservação

2. Objectivos de Aprendizagem

-Contribuir para a formação integral do cidadão.

- Dar a conhecer o percurso da Agricultura de Conservação.

- Sensibilizar para a tomada de consciência do mundo sobre as problemáticas ambientais que a

agricultura convencional provoca.

- Compreender o conceito de Agricultura de Conservação e as suas várias vertentes.

- Compreender o conceito de Agricultura em modo de Produção Biológico e em Produção ou

Protecção Integrada.

- Sensibilizar para a tomada de consciência do aluno e do mundo sobre a necessidade de integração

de problemáticas ambientais e agrícolas.

- Ter em conta os princípios que regulam o conceito de agricultura de conservação.

- Reflectir sobre as estratégias de adaptação da agricultura convencional com vista à sua conversão

para agricultura de conservação.

- Contribuir para a redução dos custos económicos dos projectos agrícolas simultaneamente com a

redução dos impactos ambientais através da aplicação de estratégias de Gestão Ambiental nesta

área.

- Estabelecer procedimentos que visam a Gestão Ambiental Agrícola com vista à Certificação

Ambiental nesta área.

- Conhecer a forma de realizar projectos de agricultura de conservação aplicáveis às suas várias

vertentes.

3. Âmbito dos Conteúdos

- Conceito, Historia e Documentação sobre Agricultura de Conservação

- Evolução do conceito sobre Agricultura de Conservação

- O panorama Internacional e Nacional

- O Novo quadro europeu agrícola 2006-2013 – O conceito de Ecocondicionalidade.

- A importância da estratégia de Agricultura de Conservação

- Conceitualização de uma estratégia Nacional de Agricultura de Conservação

- Projectos de Estratégias Nacionais

- Plano Nacional para a Agricultura Biológica

- Identificação de problemáticas nacionais em termos de poluição agrícola

- Identificação de problemáticas nacionais em termos de factores limitantes à Agricultura de

Conservação

- Projectos de renome Internacional e Nacional

- Medidas Agro Ambientais - Ruris

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TÉCNICO DE GESTÃO DO AMBIENTE

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Módulo 9: Agricultura de Conservação

4. Bibliografia / Outros Recursos

- Ferreira J. et all (1996), Manual de Agricultura Biológica, Agrobio, Lisboa, Portugal. - Hutchinson, David (2000), – Educação Ecológica, Porto Alegre: Editora ARTEMED. - Nogueira, V. (2000), Educação Ambiental. Introdução ao Pensamento Ecológico, Lisboa. Plátano Editora. - Paiva, J. A. R. (1998), A Crise Ambiental, Apocalipse ou Advento de uma Nova Idade (I), Coimbra: Liga de Amigos de Coninbriga. - Primavesi, Ana, Agricultura de Conservacione, 1995. Universidade de Ancona, Itália. - Recursos disponíveis na Internet (activos em Julho de 2005) http://ministerio da agricultura.pt/ ruris http://eisfoam.com -http://portal.unesco.org

- Modo de Produção Biológico

- Produção Integrada

- Protecção Integrada .

- Projectos e equipamentos em Agricultura de Conservação

- Pesquisa

- Elaboração de um projecto de Agricultura de Conservação

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MÓDULO 10

Duração de Referência: 28 horas

1. Apresentação

Atendendo a que o ritmo actual de extinções no planeta é 100 vezes superior à média paleontológica, para inverter esta tendência uma das estratégias consiste em afectar uma proporção significativa do território a uma gestão para conservação. Em Portugal, as áreas protegidas ocupam 7,2% do território nacional atendendo a que a proposta nacional para os sítios Natura 2000 aumentou, em 14.1%, a área afecta à conservação.

As áreas protegidas nascidas da vontade de preservar e animar os meios naturais e humanos ainda equilibrados, tem ainda por vocação fazer conhecer melhor as ligações do homem com o meio, através do património local.

Esta protecção do património e salvaguarda da qualidade de vida, não podem resultar unicamente de medidas de regulamentação e de interdições. Há, que paralelamente, estimular uma educação ambiental pois essa constitui a maneira de conduzir as pessoas, em todos os níveis, a tomarem decisões socialmente correctas. Todas estas temáticas estão na base dos conteúdos deste módulo, bem como a classificação desses espaços privilegiados para um desenvolvimento sustentável dessas acções. As paisagens, as técnicas agrícolas e artesanais, os modos de vida, as formas de organização social, testemunham a adaptação secular das populações aos seus territórios e facetas de culturas variadas e dinâmicas.

2. Objectivos de Aprendizagem

- Conhecer a história da criação de espaços protegidos como estratégia de conservação da natureza.

- Compreender os objectivos que lhe estão inerentes. - Conhecer e saber caracterizar as Áreas Protegidas de Portugal bem como as respectivas

potencialidades e debilidades.

- Conhecer a legislação nacional sobre áreas protegidas e as suas principais diferenças para com as estrangeiras.

- Conhecer alguns Parques Nacionais mais importantes do Mundo em geral, da Europa e da Península Ibérica em particular.

- Conhecer as principais actividades que causam impacte ambiental nas áreas protegidas.

- Compreender alguns planos de ordenamento das áreas protegidas.

- Conhecer o Plano Natura 2000 e a forma de aplicação da Estratégia Nacional de Conservação.

- Conhecer algumas das principais técnicas de gestão conservação e animação de uma área protegida.

- Conhecer in loco uma área protegida em profundidade.

Áreas Protegidas

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Módulo 10: Áreas Protegidas

3. Âmbito dos Conteúdos

- Evolução, objectivos, classificação e tipos de áreas protegidas - Rede Nacional de Áreas Protegidas

- Principais Áreas Protegidas em Portugal

- Funções do SNPRCN (Serviço Nacional de Parques e Reservas de Conservação da Natureza)

- Gestão das Áreas Protegidas

- Legislação Nacional sobre as Áreas Protegidas

- O estatuto da área protegida enquanto estratégia global de conservação - Os principais estatutos de Protecção do Património humano e natural

- Conhecimento das características, valores, potencialidades e debilidades das Áreas Protegidas

- Gestão da conservação e gestão da animação e alguns investimentos necessários

4. Bibliografia / Outros Recursos

- Araújo, M. (1999), Distribution patterns of biodiversity and the design of a representative reserve network in Portugal. Diversity and Distributions 5: 151-63.

- Araújo, M. e Williams, P. (no prelo), Selecting areas for species persistence using occurrence data. Biological Conservation.

- Farinha, João Carlos (2000), Percursos. Paisagens & Habitat de Portugal, Lisboa. Assírio & Alvim Editora.

- Henriques, Pedro Castro (1999), Retratos. Rede Nacional de Áreas Protegidas em Portugal Continental, M. Ambiente. Lisboa.

- Henriques, Pedro Castro (1996), Parques e Reservas Naturais de Portugal, Lisboa. Verbo Editora.

- Myers, N. et al. Biodiversity hotspots for conservation priorities, Nature 403: 853-58.

- Pimm, S. e Lawton, J. (1998), Planning for biodiversity. Science 279: 2068-69.

- Soulé, M. e Sanjayan, M. (1998), Conservation targets: do they help? Science 279: 2060-61.

- Williams, P e Araújo, M. (submetido), Using probabilities of persistence to select important areas for biodiversity.

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MÓDULO 11

Duração de Referência: 36 horas

1. Apresentação

Este módulo permite que os alunos tenham conhecimento de que se extinguirão entre 15 e 25% das espécies mundiais nos próximos 20 anos. A maioria das extinções vão ocorrer nos ecossistemas tropicais, muito ricos em espécies e vão continuar a extinguir-se muitas espécies que não foram ainda descobertas. A destruição dos habitats é uma das causas de decréscimo brutal de efectivos e das extinções. Ao enfatizar estes e outros problemas o módulo permite contextualizar o aparecimento das estratégias de conservação como consequência dos riscos que afectam o planeta.

2. Objectivos de Aprendizagem

- Conhecer os grandes riscos que ameaçam a Terra enquanto Ecossistema. - Compreender as principais causas de modificação ambiental.

- Explicar o que é conservação da natureza.

- Compreender a origem, evolução, etapas e conteúdos do processo de conservação e a sua importância actual.

- Compreender a necessidade de proteger e conservar. - Entender políticas de Conservação e respectivos instrumentos de implementação e fiscalização.

- Analisar as etapas de uma política de conservação.

- Conhecer a situação nacional, a situação comunitária e a situação mundial em termos de conservação.

- Conhecer alguns dos movimentos conservacionistas nacionais e estrangeiros.

- Conhecer algumas das estratégias de conservação mais correntes, bem como a sua eficácia relativa. - Entender as estratégias de Conservação e a gestão integrada dos recursos naturais como seu -vector.

- Compreender os meios alternativos com vista a um desenvolvimento sustentável.

- Compreender a necessidade de estratégias de desenvolvimento sustentável.

Estratégias de Conservação

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Módulo 11: Estratégias de Conservação

3. Âmbito dos Conteúdos

- Riscos que ameaçam a Terra

Crescimento demográfico, buraco na camada de ozono, aquecimento global e efeito de estufa (Inversão Térmica, ilhas de calor, Fenómeno El Niño), chuvas ácidas, OGM.

- Politicas de conservação: instrumentos e recursos - Convenções, Protocolos. Objectivos e Aplicações. Convenção Internacional para a Protecção das Plantas; Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies de Fauna e Flora Selvagem Ameaçadas de Extinção (Convenção CITES);Convenção sobre Zonas Húmidas de Importância Internacional (Convenção de Ramsar); Convenção sobre a Conservação de Espécies Migratórias Selvagens (Convenção de Bona); Convenção Relativa à Conservação da Vida Selvagem e dos Habitats Naturais da Europa (Convenção de Berna); Convenção sobre Diversidade Biológica (CBD) - Protocolo de Biossegurança de Cartagena; Convenção para a Protecção do Património Mundial, Cultural e Natural; Acordo Internacional sobre as Madeiras Tropicais; Convenção que Cria a União Internacional para a Conservação da Natureza e dos seus Recursos (UICN / IUCN); Convenção Europeia para a Protecção dos Animais de Abate; Convenção Europeia para a Protecção dos Animais em Transporte Internacional; Convenção Europeia para a Protecção dos Animais nos Locais de Criação – Protocolo de 1992; Convenção Europeia para Animais Domésticos; Convenção Relativa à Conservação da Vida Selvagem e dos Habitats Naturais da Europa; Convenção sobre Conservação das Espécies Migratórias Selvagens (CMS) – Acordo para a Conservação de Morcegos na Europa (Eurobats); Convenção sobre Conservação das Espécies Migratórias Selvagens (CMS) –Acordo sobre as Aves Aquáticas Migradoras Afro-Euroasiáticas (AEWA) ; Convenção sobre Conservação das Espécies Migratórias Selvagens (CMS) –Acordo sobre a Conservação dos Cetáceos no Mar Negro, Mar Mediterrâneo e Área Atlântica Adjacente (ACCOBAMS); Convenção para a Regulação da Actividade Baleeira; Convenção sobre o Estabelecimento da Protecção das Plantas Europeias e Mediterrâneas. - Movimentos conservacionistas nacionais e estrangeiros tais como as ONGA, UICN, WWF, GREENPEACE, Quercus, LPN, GEOTA , SPEA, etc. - Situações nacional, comunitária e mundial. - Instrumentos nacionais/internacionais de salvaguarda do património natural.

• Estatutos de conservação definidos pelo UICN • Livros Vermelhos • Estratégia Nacional da Conservação da Natureza e da Biodiversidade

• Estratégia Mundial para a Conservação (UICN) • Estratégia Nacional Desenvolvimento Sustentável • Estratégia de desenvolvimento sustentável da EU • Rede Nacional de Áreas Protegidas • REN e AIA • Sítios Natura 2000 - Directiva de Habitats e Directiva de Aves

-Instrumentos Económicos Projecto Life

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Módulo 11: Estratégias de Conservação

4. Bibliografia / Outros Recursos

- Alves, J. et al (1998), Habitats de Portugal, ICN, Lisboa. - Farber, P.L. (2000), Finding Order in Nature: The Naturalist Tradition from Linnaeus to E.O. Wilson, Johns Hopkins University Press.

- Groombridge, B. & M.D. Jenkins (2002), World Atlas of Biodiversity: Earth's Living Resources in the

21st century, University of California Press, Berkeley. México: Printice Hall. - Nebel, B. J. & Wright, R. T. (1999), Ciencias Ambientales – Ecología y desarrollo sostenible (6ªEd.). - Silva, Margarida (2003), Alimentos Transgénicos. Um guia para consumidores cautelosos, Lisboa. Universidade Católica Editora.

- Silva, João (1992), Conservação da natureza, indicações dos principais textos do direito interno comunitário e internacional. ICN.

- Wilson, E. (1987), Biodiversidade, Rio de Janeiro: Editora Nova fronteira S.A. Recursos disponíveis na Internet (activos em Julho de 2005)

www.icn.pt – Instituto da Conservação da Natureza

www.iambiente.pt

www.naturlink.pt www.confagri.pt

www.europarc.org

Outros recursos:

- Conservação da biodiversidade – textos e anexos. ICN, 1997

Page 42: Cons Nat

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MÓDULO 12

Duração de Referência: 18 horas

1. Apresentação

A introdução ao Turismo Sustentável trata um conjunto de conteúdos que, por um lado, podem ser

considerados com interesse para a formação do indivíduo enquanto cidadão e, por outro lado,

pretende preparar o aluno para uma área pertinente em Portugal.

O módulo de Turismo Sustentável inicia uma introdução ao ecoturismo nas várias vertentes com

ênfase no turismo de natureza e no turismo rural – tipos de turismo mais adaptados a esta abordagem.

Dá lugar ao conhecimento de dinâmicas transversais como contributos para a aquisição e execução

dos projectos.

2. Objectivos de Aprendizagem

- Contribuir para a formação integral do cidadão.

- Dar a conhecer o historial do Turismo Sustentável .

- Sensibilizar para a tomada de consciência do aluno e do mundo sobre a necessidade de integração

de problemáticas ambientais e turísticas.

- Compreender o conceito de ecoturismo e das suas várias vertentes.

- Reflectir sobre as estratégias de adaptação do turismo existente com vista à sua conversão para

ecoturismo.

- Contribuir para a redução dos custos económicos dos emprendimentos turísticos simultaneamente

com a redução dos impactos ambientais através da aplicação de estratégias de gestão ambiental

nesta área.

- Estabelecer procedimentos que visam a gestão ambiental turística com vista à certificação ambiental.

- Promover a produção e realização de materiais.

- Ter em conta os princípios que regulam o conceito de Turismo Sustentável.

- Compreender as finalidades de uma estratégia de Turismo Sustentável.

- Compreender o quadro axiológico que se pretende fazer passar em Turismo Sustentável.

- Desenvolver o conceito de nova ética ambiental.

- Promover comportamentos e atitude sustentáveis.

- Criar uma postura crítica e reflexiva na base das vivências.

- Conhecer a forma de realizar projectos de Turismo Sustentável aplicáveis às suas várias vertentes.

Turismo Sustentável

Page 43: Cons Nat

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Módulo 12: Turismo Sustentável

3. Âmbito dos Conteúdos

- Conceito, História e Documentação sobre Turismo Ambiental

- Evolução do conceito sobre Turismo Ambiental

- A importância da estratégia de Turismo Ambiental

- Vertentes de Turismo Ambiental

- Projectos de estratégias nacionais

- Identificação de problemáticas nacionais em termos de sensibilização

- Pesquisa-produção, trabalho de campo e na sala

- Financiamento de projectos a Nível Nacional e Europeu

- Elaboração de um projecto de Turismo Ambiental

4. Bibliografia / Outros Recursos

- Caeiro, Teresa (1998), Turismo Sustentável , Lisboa: Universidade Nova de Lisboa. - Ferreira, Joaquim (1999), Planeta Frágil, Lisboa: Ipamb. - Henriques, Rodrigues, Cunha, Reis, Mendo Castro, Arlindo, Filipa, João (1999), Educação para a cidadania, Lisboa: Plátano.

- Hutchinson, David (2000), Educação Ecológica, Porto Alegre: Editora ARTEMED. - Osório, Carlos (2000), Ética y educación en valores sobre el medio ambiente para el siglo XXI, Revista Iberoamericana. 10.

- Paiva, J. A. R. (1998,) A Crise Ambiental, Apocalipse ou Advento de uma Nova Idade (I), Coimbra: Liga de Amigos de Coninbriga.

Recursos disponíveis na Internet: (activos em Julho de 2005) http://poe.pt/Sivetur http://poe.pt/piter http://poe.pt/prime

http://portal.unesco.org

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TÉCNICO DE GESTÃO DO AMBIENTE

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Índice Geral

Parte I – Orgânica Geral Página

1. Caracterização da Disciplina 2

2. Visão Geral do Programa 3

3. Competências a Desenvolver 4

4. Orientações Metodológicas / Avaliação 5

5. Elenco Modular 7

6. Bibliografia 8

Parte II – Módulos

Módulo 1 Ecologia I 10

Módulo 2 Ecologia II 14

Módulo 3 Recursos Hídricos 18

Módulo 4 Recursos florísticos I 21

Módulo 5 Recursos florísticos II 25

Módulo 6 Recursos Florestais 27

Módulo 7 Recursos Faunísticos 29

Módulo 8 Recursos Energéticos 31

Módulo 9 Agricultura e conservação 33

Módulo 10 Áreas Protegidas 36

Módulo 11 Estratégias de Conservação 38

Módulo 12 Turismo Sustentável 41