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Aconselhamento Prático Bíblico Autor Dr. Jaime Morales Herrera Un curso del Seminario Internacional de Miami Miami International Seminary 14401 Old Cutler Road Miami, FL 33158 305-238-8121 ext. 315 email, [email protected] web site, www.MINTS.ws 1 1

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Aconselhamento Prático Bíblico

AutorDr. Jaime Morales Herrera

Un curso delSeminario Internacional de Miami

Miami International Seminary14401 Old Cutler Road

Miami, FL 33158305-238-8121 ext. 315email, [email protected] site, www.MINTS.ws

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CONTEÚDO

Guia para estudanteFormulário para informe de leitura

INTRODUÇÃO

Lição 1: princípios bíblicos para aconselhar

Lição 2: conselhos e os problemas humanos

Lição 3: A Bíblia e a psicologia

Lição 4: Características, habilidades e técnicas nos aconselhamentos

Lição 5: Fases do aconselhamentos

Lição 6: Considerações para aconselhar em diversos contextos

Lição 7; Aconselhamentos, emoções e sentimentos

Apêndice 1: Formulário de informação básica familiar

Apêndice 2: Folha de atenção no aconselhamentos

Conclusão

Lista de referências

Bibliografia anotada

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GUIA PARA ESTUDANTE

I Generalidades

Nome do curso: aconselhamento prático bíblicoNome do autor: Jaime Morales HerreraÁrea: Estudos Ministeriais, estudos pastorais.

II. Propósito O propósito deste curso é para que o estudante possa conhecer e aplicar os

princípios bíblicos acerca do aconselhamento bíblico.

III. Resumo descritivo do curso Neste curso se analizarão diversos princípios que possam ser tratados no

aconselhamento, além do mais, o estudante poderá conhecer um perfil, as técnicas e os passos necessários para realizar um aconselhamento de forma efetiva.

IV. Materiais O material básico é o presente manual. Como leitura adicional o estudante

poderá ler alguns dos materiais que aparecem na bibliografia anotada que está no final deste manual.

V. Objetivos a. Conhecimentos * Conhecer os fundamentos bíblicos do aconselhamento. * Conhecer os diversos tipos de aconselhamentos proposto pelo autor.

* Conhecer as características, habilidades e técnicas que deve manejar um conselheiro.

b. Atitudes * Apreciar a palavra de Deus como a base indispensável para o aconselhamento cristão. * Interiorizar a idéia da suficiência das escrituras para o aconselhar. * Dar o lugar adequado para as emoções em nossas vidas como crentes ou em nossos aconselhados.

c. Habilidades * Aplicar diversas técnicas de aconselhamentos. * Aplicar diversas recomendações para as etapas de uma sessão de aconselhamento. * Dar lugar adequado à ciência da psicologia em nossas vidas e ministério.

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VI. Metodologia do curso Em sua forma presencial o curso assumirá um enfoque eclético combinando o método magistral com metodologias mais participativas. Recomenda-se o uso casos para por em prática pouco a pouco o aprendido, como a prática de aconselhamento entre os estudantes.

VII. Estrutura do curso O curso em sua forma presencial disporá de oito horas de conferência e sete horas de trabalho supervisionado por um professor auxiliar. Tanto o professor conferencista como o auxiliar devem ser designados pela MINTS.

VII. Requisitos* O aluno assistirá 15 horas de aula.* O aluno cumprirá com suas tarefas (questionários no final de cada lição).* O aluno se familiarizará com as leituras relacionadas com o tema.* O aluno participará de um projeto especial.* O aluno realizará um exame final.

IX. Avaliação*Assistência e participação. 15%. Um ponto por cada assistência a uma hora de aula. Este curso em sua forma presencial tem 15 sessões de uma hora acadêmica com cinqüenta minutos cada uma. * Questionários ao final de cada lição. 15%. Por responder o questionários ao final de cada lição do presente módulo o estudante receberá 2 pontos por cada um.* Informe de leitura adicional obrigatória. 20%. Os alunos do programa de licenciatura deverão ler 300 páginas, e devem entregar um informe de leitura de três páginas. Os alunos do programa de mestrado lerão 500 páginas, e deverão entregar um informe de leitura de 5 páginas. As leituras podem ser tomadas da bibliografia anotada no final deste manual. Para este informe de leitura o estudante deverá utilizar o “Formulário de informes de leitura” previsto neste manual. Utilize a letra Arial 10, verdana 11 ou Times New Roman 12, em espaço normal. * Projeto especial final. 30%. Como projeto final a pessoa aconselhará a outra. Espera-se que ao menos se realize uma sessão normal de aconselhamento com uma pessoa real. Em seu informe não deve colocar o nome da pessoa senão um pseudônimo, mas lembre-se, o caso deve ser real, não pode ser inventado. Para efeito deste projeto, deverá apresentar seu informe conforme a “Folha de atenção de aconselhamento” que está no apêndice 2 do presente manual. O estudante deverá transcrever a “Folha de atenção de aconselhamento” com todas as suas anotações do caso, e nas páginas posteriores explicar as diferentes anotações. Deve colocar portada ao trabalho. A extensão do trabalho deve ser em sete páginas, incluindo a portada e a “Folha de atenção de aconselhamento” transcrita. * Exame final. 20%. O aluno demonstrará por meio deste o domínio dos conceitos e conteúdos do curso.

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=Formulário para informe de leitura

Nome do estudante: _______________________________Nome do professor: _______________________________Curso: Aconselhamento bíblico pastoral Nível:________________

Ficha bibliográfica de leitura

ResumoFaça uma síntese da leitura, sem mesclar com suas opiniões pessoais.

Aplicações para vida pessoal e ministério

Opinião sobre a leitura É claro, preciso, confuso, bem documentado, fora de contexto, muito simples, muito profundo, antibíblico, muito técnico, etc.? Respalde sua opinião com argumentos.

Nota: Os espaços em branco são guias, lembre-se que o informe a nível de licenciatura é de três páginas e mestrado é de cinco páginas.

INTRODUÇÃO

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O presente curso aborda a temática do aconselhamento bíblico e cristão dando prioridade fundamental a palavra de Deus, reconhecendo que este é um ministério que ser desenvolvido por toda a igreja, algo que se comprova mais adiante nas páginas deste curso. Por outro lado, faço nota de que o aconselhamento é um ministério que faz parte do fazer discípulos, isto é, faz parte do ide de Jesus. Por meio do aconselhamento estamos discipulando de forma individual os crentes, para que estes possam aplicar as Escrituras nos problemas diários. Deste modo, este manual é útil para todos que trabalham no ministério, pastores, missionários, evangelistas, pastores de jovens, mestres de escolas dominicais, líderes de ministério (mulheres, homens, crianças, jovens, recém-casados, etc.), professores, mestres, conselheiros e demais pessoas de escolas cristãs. Em geral, para toda igreja. Assim como a grande comissão de fazer discípulos é um chamado para toda congregação, o trabalho de aconselhamento é um chamado que nenhum crente pode evitar.

LIÇÃO 1Princípios bíblicos para aconselhar

Objetivos1. Compreender que o aconselhamento bíblico deve basear-se em uma visão

de um mundo segundo as Escrituras.2. Compreender que as Escrituras são as que fundamentam nossos conselhos

e vidas cristãs.

Introdução

Os termos conselhos e aconselhamento não pertencem ao espanhol segundo a Real Academia Espanhola, pelo menos não na conotação que damos a ela. Esses vocábulos são uma tradução do jargão evangélico da palavra inglesa counseling, uma palavra que descreve uma das funções mais importantes do ministério pastoral e de todos os membros de uma igreja. Com expressão “aconselhamento bíblico” me refiro aquela que tem como fundamento as Sagradas Escrituras. Com isto quero dizer que a Bíblia que define as motivações, os objetivos e as estratégias do aconselhamento. São as Escrituras que nos dão o fundamento teórico para a prática de aconselhar. Com isto não me refiro somente a parte espiritual, senão todas as partes do ser humano porque somos seres integrais. Às vezes cremos que como cristãos podemos aconselhar só no campo espiritual, mas segundo as Escrituras todas as coisas são espirituais, todas estão inter-relacionadas. Um problema de ira é espiritual, um problema matrimonial é espiritual, etc. A Bíblia é suficiente para mudar vidas, não somente os problemas espirituais (Salmo 119).

O conselheiro bíblico

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Hoje em dia existe a idéia generalizada de que os únicos que podem dar os conselhos são os psicólogos, psiquiatras, orientadores ou outros profissionais das ciências sociais. Porém a Bíblia diz outra coisa, ela afirma que o conselho não é exclusivo para os espertos ou profissionais. O aconselhamento não é uma ciência é uma questão espiritual. A Bíblia diz que o aconselhamento pode ser dado por parte de toda a igreja (Rm 15:1, 14; Ga 6:1-2; Cl 3:16; I Ts 4:18; 5:11; Hb 3:13; Tg 5:16). Adams, o expressa da seguinte maneira: “Deus chama a cada um para aconselhar a outros em algum ponto, algum tempo, sobre algo”. Com respeito a Gálatas 6:1, Adams continua dizendo: “A ordem é clara: todos têm que restaurar qualquer irmão ou irmã a quem Deus tenha colocado providencialmente em nosso caminho a cada dia”. O aconselhamento bíblico é parte do discipulado cristão que Deus nos chama fazer na Grande Comissão (Mt 28:19-20) como parte do Ide de Jesus, este nos diz que devemos fazer discípulos em todas as nações. E parte do discipulado cristão é ajudar os crentes que se conduzam segundo a Palavra de Deus, e uma forma de fazer isto é mediante o aconselhamento bíblico. Assim, que o mandamento da Grande Comissão é para todos os crentes, o aconselhamento também é um mandamento para todos os crentes. John McArthur por sua parte o descreve da seguinte maneira “desde os tempos dos apóstolos, o aconselhamento era realizado na igreja como uma função natural da vida espiritual do corpo de Cristo”. Depois de tudo o Novo Testamento manda aos crentes: “admoestai-vos uns aos outros”; “exortai-vos uns aos outros”; “animai-vos uns aos outros, edificai-vos uns aos outros”; “confessai-vos vossas ofensas uns aos outros, e orai uns pelos outros, para que sejais curados”. Todos em um momento ou outro necessita do conselho do outro, ou damos conselhos a outros. Isto é um ministério mútuo entre crentes. Supostamente, o cristão leigo não deve buscar problemas entre os irmãos para resolver, isto é ser um intrometido, o que vem a ser pecado (2 Ts 3:11), mas sim, deve aconselhar quando Deus colocar alguém em seu caminho. É uma necessidade que cada ministério da igreja deve realizar pastores, missionários, mestres de escolas dominicais, pastores de jovens, líderes de homens e mulheres, etc. Cada um destes ministérios tem sob seu cargo a responsabilidade de uma parte do corpo de Cristo, e estes tem a necessidade de receber conselhos bíblicos. Por suposto, nego que possa haver especialistas em aconselhamento bíblico, e que alguns casos poderiam precisar, tampouco há quem pense que aconselhamento seja exclusivo destes últimos, a igreja em si é uma comunidade terapêutica. Atkinson e Field nos dizem “A igreja deveria constituir a melhor comunidade terapêutica do mundo. A diferença de qualquer outra, centrada em um conselheiro psicólogo e seus clientes, a igreja não é uma comunidade artificial. Enfatiza aceitação (Rm 15:7); o perdão (Ef 4:32); a compaixão (Fl 2:1; Cl 3:12) e a graça; isto é um amor incondicional e divino (Jo 3:34,35; Rm 12:9, 10; I Co 13; Ga 5:13). Estas qualidades nascem do ato de tem recebido a aceitação, o perdão, a compaixão e a graça de Cristo. Portanto se crê numa

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verdadeira comunhão... A verdadeira comunhão deve oferecer segurança, e ser o terreno perfeito para sarar as feridas e alcançar a maturidade”. Agora, como disse anteriormente considero que pode haver especialista em aconselhamento bíblico, e um que é chamado a isto é o pastor da igreja. O pastor é essencialmente chamado para a tarefa de aconselhar, além do chamado para pastorear a igreja, isto inclui o trabalho de aconselhamento. Adams menciona “se bem que todo cristão tem de ser um conselheiro para seu irmão cristão. A obra de aconselhar, como uma vocação especial é designada particularmente ao pastor”. O pastor foi chamado ao aconselhamento como sua função ou ofício dentro da igreja, além do trabalho da pregação. Ao pastor Deus que lhe tem dado a carga e a autoridade para exercer o aconselhamento. Adams menciona que os pastores são chamados a “buscar os problemas da igreja, com intenção de cortá-los pela raiz. Como pastores não se requer que se façam cargo dos problemas com os quais tropeçam em seu caminho, senão que vigiem sobre as almas de cada membro” (Hb 13:17). Por outro lado, há pessoas com dons especiais dentro da igreja que podem auxiliar o pastor em situações específicas. Por exemplo, pode ser que tenha pessoas que Deus tenha dotado com uma mordomia excelente em finanças, portanto, o pastor pode recorrer a elas quando encontrar uma pessoa com problema nesta área.

O conselho e a bíblia

No aconselhamento bíblico a revelação de Deus nas Escrituras tem preponderância. Deus se revelou a nós através da bíblia, isto é o que os teólogos chamam de “revelação especial”. Assim, Deus nas Escrituras nos revela de forma especial as verdades sobre si mesmo, e sobre a relação do homem em quatro dimensões: sua relação com Deus, sua relação consigo mesmo, sua relação com o próximo e sua relação com a criação. Não há ninguém que conheça o homem do que Deus que o criou, e este se têm revelado nas Sagradas Escrituras para guiar-nos nos assuntos práticos das Escrituras. Assim, as Escrituras é a única fonte de autoridade para resolver nossos problemas espirituais (Sl 119:9; 24,98-100; Jo 3:16-17). O aconselhamento sem as Escrituras é um aconselhamento sem o Espírito Santo. II Tm 3:16 nos diz que as Escrituras é útil para aperfeiçoar os santos, mediante ao que podemos considerar os meios de aconselhamento bíblico: ensino, repreensão e instrução. Deus é o único e verdadeiro conselheiro, nós somente somos seus porta-vozes. Adams nos diz: “Somente a palavra de Deus pode nos dizer como temos de mudar. Somente na Bíblia se pode achar a descrição veraz do homem, sua situação apurada e difícil e a solução que Deus dá em Cristo. Somente as Escrituras pode nos dizer que tipo de pessoas temos de ser. Somente Deus pode mandar, dirigir e dar o poder para efetuar as mudanças apropriadas que vão permitir que os homens, aos quais Ele redime, que se renovem de sua própria imagem corrompida pela queda.”

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A Palavra de Deus é suficiente para conduzir-nos numa vida piedosa. A Palavra trata de tudo que precisamos. Não há um versículo para cada tema, isso seria muito simples, mas fala sobre todos os temas. Podemos resumir isto na expressão ‘na Bíblia não está tudo, mas fala de tudo’. A Bíblia não é uma enciclopédia para irmos a ela com a atitude de obter informações é incorreto. Ela não está acomodada assim. Obviamente, há temas na Palavra de Deus que se têm versículos concretos, mas em muitos casos contamos com princípios bíblicos, e isto tem de ser explicado as pessoas. A Bíblia diz para pensarmos biblicamente e visualizemos desde a perspectiva da escrituras. Contudo, o aconselhamento cristão deve ser feito a partir de uma cosmo visão bíblica verdadeira. Portanto, seus conceitos sobre Deus, Jesus Cristo, o homem, o pecado, os meios da graça, a vida e do mundo em geral; devem partir das Sagradas Escrituras.

O aconselhamento e o ser humano

O aconselhamento bíblico deve partir de uma antropologia bíblica e não de uma humanista ou de outro tipo. Recomendo que um conselheiro cristão tenha lido livros e tenha tido cursos de antropologia bíblica, já que é essencial o entender como Deus vê o ser humano para poder aconselhá-lo de maneira adequada. Continuando, cito aqui alguns princípios que vem da Bíblia sobre o ser humano:

1. Os seres humanos foram criados com a necessidade de conselho, isso da parte da humanidade, desde Gêneses vemos um Deus que mostra como o homem deve viver. Deus é chamado de Maravilhoso Conselheiro (Is 9:6).

2. O homem foi criado por Deus a sua imagem e semelhança para agradar a Deus; ainda que esta imagem tenha sido distorcida pelo pecado desde a queda. Do contrário do que dizem os psicólogos humanistas, o homem não é um animal, não age por instintos (instinto sexual, instinto de sobrevivência) senão por decisões. O homem não tem as respostas dentro de si mesmo; nem é autônomo como proclama o humanismo, especialmente a linha de Carl Rogers. O único que tem as respostas é Deus e Ele as tem revelado através de sua Palavra nas Sagradas Escrituras. O homem é totalmente dependente de Deus que o criou, e o tem dado a vida e o tem deixado viver, o homem definitivamente necessita de Deus.

3. O homem não é naturalmente bom senão que é pecador. O pecado é uma transgressão da lei divina, uma afronta contra Deus (I Jo 3:6; Sl 7:11). Muitos dos problemas humanos como o alcoolismo e a homossexualidades não deve ser taxado como “enfermidades”, o faz este conceito é tirar a própria responsabilidade. Mitos dos problemas do ser humano são originados do pecado (hamartiagênico, isto é, engendrados pelo pecado) da pessoa seja este passivo ou ativo; e ainda quando o sujeito passivo é responsável por suas reações pecaminosas. Nunca como conselheiro devemos minimizar o pecado;

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lembremos que é uma rebelião contra Deus, e tem que ser levado seriamente. Para o humanista Carl Rogers os conselheiros devem ajudar os clientes para que aceitem seus pensamentos negativos, os admitam e os validem. Para o conselheiro bíblico os pensamentos negativos são pecados e o chama para a confissão de pecados e ao arrependimento.

4. O homem é responsável por seus problemas; os problemas não devem abaixar a auto estima (Ef 5:29; Rm 12:2) nem são produtos dos pecados do demais. Há quem culpe a sociedade ou outros; a Bíblia diz que eu sou o responsável por meus próprios pecados (Jr 31:29-30); desde o Éden o homem busca esconder-se do que enfrentar seus problemas e além do mais, lança a culpa em outro. A responsabilidade é a capacidade de responder a cada situação da vida segundo os mandamentos de Deus.

5. Em nossa condição pecadora não somos aceitos por Deus (Sl 58:3; Rm 3:10-18; Sl 7:11); portanto, a pessoa ímpia não deve aceitar tal como ela é; nem crer que Deus a aceita como ela é. Ainda que afirmemos paradoxalmente que “Deus ama o pecador e odeia o pecado”, isto não implica que Deus aceita o pecador. O Salmo 7:11 nos diz que Deus está irado com o ímpio todos os dias. Agora bem, é certo que os cristãos são aceitos por Deus “no Amado” (Ef 1:6), que levou nossas culpas e nos aceita porque nossos pecados foram perdoados, e também como cristãos devemos aceitar-nos uns aos outros somente porque somos irmãos em Cristo (Rm 15:7); mas, neste tipo de aceitação não existe nenhum tipo de implicação que nos digam que não se pode fazer juízo sobre o pecado. Mateus 7:1-5 condena os juízos ilegítimos; a Bíblia nos ensina a julgar de forma específica (Jo 7:24). Lembremos que, o “aceitar” o comportamento pecaminoso ante os olhos da pessoa aconselhada é o mesmo que aprová-lo.

O aconselhamento e a santificação

O único tratamento para o pecado é a justificação pela fé e a santificação progressiva por meio do Espírito Santo. O homem deve confessar seu pecado, arrepender-se aceitar o perdão de Deus. De fundo o aconselhamento bíblico é uma aplicação dos meios de santificação. Sproul nos menciona do papel santificador do Espírito Santo “É tarefa do Espírito Santo fazer-nos santos. Ele nos consagra. O Espírito Santo cumpre o papel santificador. Ser santificado é ser santo ou justo. A santificação é um processo que começa no instante em que nos convertemos em cristãos. O processo continua até a nossa morte quando o crente é feito justo pela última vez, completamente e para sempre”. A santificação nas Escrituras é um estado mas também é um processo. De certa forma somos santos e igualmente Deus nos está santificando. Nenhum cristão pode afirmar “é eu que sou assim”, isso é negar o processo de santificação. Nós como crentes estamos sendo santificados. Estamos em construção, Deus está trabalhando em nossas vidas. O aconselhamento do

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ponto de vista da santificação é mostrar a pessoa que Deus está mudando ela ou ele através das circunstâncias, e não mudar as circunstâncias. A santificação implica em mudanças pessoais. Todo homem pode mudar com a ajuda de Deus (Mt 19:25-26). O mudar hábitos não é fácil mas é possível, os cristãos não pode dizer que não pode (I Co 10:13; Fl 4:13). Lembremos que não há nada impossível para Deus. A personalidade pode ser mudada, Deus nos dá excelentes exemplos nas Escrituras de homens totalmente transformados como Israel, Pedro e Paulo. Não se deve permitir que uma pessoa alegue de que ela é assim e que não se pode fazer nada a respeito. “O remédio de Deus para os problemas dos homens é a confissão” (Pv 28:13); este deve ser primeiramente a Deus e depois as pessoas afetadas; a Bíblia demanda restituição. Além do mais, confessar de que se tem pecado contra outra pessoa e pedir-lhe perdão, é bom, se isto for possível, solicitar sua ajuda para romper as velhas pautas e estabelecer novos padrões bíblicos.

O aconselhamento e o Espírito Santo

O Espírito Santo é conselheiro por excelência, e chamado por João “paracleto” (conselheiro) e por Isaías de “o Espírito de conselho” (Is 11:2). Ele é o autor da Palavra e, portanto, opera por meio da palavra de Deus (Jo 3:5; 15:3; Ef 5:26). Para que o aconselhamento seja realmente cristão, tem que ser levada em harmonia com a obra regeneradora e santificadora do Espírito de Deus; recordemos que o Espírito Santo junto com A Palavra produz as mudanças (Hb 4:12; 6:13; At 20:32). John MacArthur nos diz “o novo nascimento é a obra soberana do Espírito Santo (Jo 3:8). E todo aspecto do verdadeiro crescimento espiritual na vida do crente é produzido por ele, utilizando as Escrituras (Jo 17:17). O conselheiro que passa por alto este ponto experimentará o fracasso, frustração e desalento. Só o espírito Santo pode obter mudanças fundamentais no coração; portanto, Ele é o elemento indispensável em todo aconselhamento bíblico efetivo. O conselheiro, armado com a banda bíblica, pode oferecer direção e passos objetivos para a mudança. Contudo, ao menos que o Espírito Santo esteja obrando no coração do aconselhado, qualquer mudança aparente será ilusório, superficial e temporário, e os mesmos problemas ou piores reaparecerão em breve”. Nas palavras de Jay Adams: “Se o aconselhar for um aspecto da outra santificação, então o Espírito Santo, cuja obra principal no homem regenerado é santificá-lo, tem que ser considerado como a pessoa mais importante no contexto de aconselhar, significa que a função do conselheiro é simplesmente declarar o que Deus diz, as mudanças correspondem somente ao Espírito de Deus. Daí a importância de ter uma boa pneumatologia.

O aconselhamento e a glória de Deus

A meta do aconselhamento não é que a pessoa se sinta melhor senão que sinta a glória de Deus. (Ef 1:6, 12, 14; 3:21; I Co 10:31). A sua segunda meta é aperfeiçoar aos santos (Ef 4:11-16). Ao ser como Cristo, Deus será

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glorificado. O objetivo do aconselhamento não é simplesmente o resolver os problemas, senão de como vamos viver a vida, como Adão ou como Cristo, de uma maneira que demos liberdade a nossa natureza pecaminosa ou de uma maneira que agrade a Deus. Se Carl Rogers chama seu sistema de terapia centrada no cliente, os crentes têm o aconselhamento centrado em Deus. O marido Bobgan expressa assim “no lugar de centrar-se nos problemas ou procurar revelar o que há em seus corações, o pastor e sua congregação devem ocupar-se ativamente na santificação, crescendo no fruto do Espírito, aprendendo a andar no Espírito, tendo Jesus por centro da atenção e fazendo-se semelhante a Ele, que é a meta de nossas vidas”. O conselheiro não está para remover os problemas senão para que a pessoa se submeta a vontade de Deus; não estão para que as pessoas se sintam bem, senão para que haja mudanças em suas vidas e sejam santificados; tem que conduzir e exortar as pessoas para que as suas normas de comportamento se conformem com as normas bíblicas; só desta forma se glorificará a Deus. Isto especialmente quando toma forma noutética, isto é, de exortação por pecado. O êxito no aconselhamento é medido em relação de que se Deus é ou não glorificado; não importa se a pessoa tenha gostado ou não. Lembre-se que o conselheiro não trata de impor suas próprias regras senão as normas de Deus; e deve ser cuidadoso em não confundir ambas. Para evitar a dependência do conselheiro se deve por meio do modelado e a prática supervisionada (hoje se fala mentoria, nos tempos neotestamentários se falaria de discipulado); ensinar as pessoas a usar as Escrituras por sua própria conta a fim de dar respostas aos seus próprios problemas. Uma forma de iniciar isto é promover o desenvolvimento de devocionais pessoais (que supostamente inclua leitura e meditação da Bíblia) nos aconselhados. O aconselhamento bíblico não consiste em escutar para que a pessoa se sinta bem; a Bíblia chama o conselheiro para escutar; mas isto é antes de responder (Pv 18:13). Escutar é interessante no que o outro diz e responder de uma maneira adequada de acordo com as normas divinas. O humanista Carl Rogers menciona que o terapeuta deve estar alerta e responder aos sentimentos expressados do cliente e ao conteúdo intelectual. Para Rogers o terapeuta deve evitar contestar e responder ao sentimento acompanhado pelas expressões. Refere-se que o importante é compreender o sentimento do aconselhado e não responder ao que realmente está dizendo. Isto não é realmente escutar, é somente intermediar os sentimentos da pessoa que normalmente estão associados ao pecado. O aconselhado está esperando uma resposta bíblica e sábia para poder aplicar no problema. Por outro lado, o simples cartaz não é objetivo do aconselhamento bíblico senão que as pessoas se sujeitem à vontade de Deus. Isto é o que realmente glorificará a Deus. O aconselhamento bíblico neste caso é totalmente oposto ao aconselhamento humanista. Por exemplo, para o conselheiro humanista Carl Rogers um dos elementos centrais da terapia é a descarga emocional, isto é, a liberação dos sentimentos. Para ele esta descarga emocional ou liberação dos sentimentos se volta ao propósito essencial do aconselhamento. Mas como conselheiros cristãos sabemos que realmente a descarga emocional não tem

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sentido se a pessoa o faz com o fim em si mesmo, e não com a motivação de agradar a Deus. Segundo Rogers quando o conselheiro mostra uma simpatia vigiada ante as atitudes expressadas pelo cliente e reconhece e esclarece seus sentimentos, a entrevista está centrada no cliente, no pecado do cliente, e não como deve ser as coisas. A entrevista deva ter no centro a Deus e não a pessoa. Quando colocamos no centro as pessoas estamos sendo humanistas, quando colocamos no centro a Deus estamos sendo cristãos. Por outro lado, Adams nos diz que “cada conselheiro deve ver claramente que tudo que faz no aconselhar não só o faz para o aconselhado senão também para Cristo e sua igreja”.

O aconselhamento, a esperança e a soberania de Deus.

A esperança verdadeira está fundada nas Escrituras (Rm 4:18; II Pe 1:4). Adams menciona que “num sentido, todo aconselhado necessita de esperança. O pecado produz seus efeitos de abatimento e desânimo nas vidas de todos. Todo cristão está desanimado em um ou em outra ocasião. Com freqüência, esta atitude deteriora no pecado com a falta de esperança”. Por outro lado, os psicoterapeutas só podem infundir falsa esperança (Pv 10:28; 11:7). Quando as coisas não têm sentido para os seres humanos, para Deus tem sentido. Ele sabe o que está fazendo em sua soberania, e é algo em que os crentes podem repousar (Rm 8:28). O conselheiro humanista não tem o recurso da soberania de Deus, só os conselheiros bíblicos podem dar alento em meio às situações de crises onde se crê que as coisas não têm sentido. Nos casos de Jô, José (Gn 50:20), Sadraque, Mesaque e Abdenego (Dn 3:17) são testemunhas da soberania de Deus sobre os teus filhos. Podemos confiar que a soberania de Deus é suprema. Há esperança no Deus soberano. Nas palavras de Jay Adams “se Deus é soberano, a vida não é absurda; tem um desígnio, um significado, um propósito”. Deus tem o controle de tudo, Ele é quem permite que o mundo se transborde. Portanto a esperança é realista. Romanos 8:28 diz que todas as coisas cooperam para o bem, não que tudo vai ser “cor de rosa”. Ainda quando que a verdadeira esperança aguarda que um bem resulte de provas, não procura negar a realidade do pecado nem do sofrimento e dor que essas provas podem causar. Nosso objetivo é ensinar as pessoas que vêem as coisas como Deus as vê, desde a perspectiva dele. Tem que ensinar não só olhar o lado mal das coisas, senão o que Deus deseja cumprir através da dificuldade.

Conclusão Temos visto de que como as Sagradas escrituras é o fundamento da obra de aconselhamento. Elas são indispensáveis para a tarefa de aconselhamento que deve ser realizada por toda igreja, especialmente para aqueles que Deus tem chamado para o serviço pastoral. Estudemos e meditemos na Palavra para que conduza nossas vidas e nos ajude a conduzir a outros.

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Perguntas para a lição 1

Complete 1. O aconselhamento_______________ é aquela que tem como fundamento as Sagradas Escrituras.

2. Muitos dos problemas humanos são __________________, isto é, engenhados pelo pecado. 3. O único tratamento para o pecado é a justificação pela fé e a____ ___________ progressiva por meio do Espírito Santo. 4. A meta do aconselhamento não é para que a pessoa se sinta melhor senão a __________________ de Deus. Falso ou verdadeiro 5. Segundo o autor, o aconselhamento deve ser dado somente pelos profissionais. ( ) 6. Segundo o autor, o aconselhamento faz parte da Grande Comissão. ( ) 7. Segundo o autor, tem que ir a Bíblia como se fosse uma enciclopédia. ( ) 8. Segundo o autor, a santificação nas escrituras é um estado, mas também um processo. ( ) 9. O conselheiro humanista tem o recurso da soberania de Deus. ( ) 10. Segundo o autor, o cartaz é um dos objetivos do aconselhamento bíblico. ( )

Lição 2

Aconselhamento e os problemas humanos

Objetivos 1. Conhecer os tipos de problemas de que trata a Bíblia 2. Compreender o que a Bíblia nos diz acerca dos problemas humanos 3. Conhecer três tipos de aconselhamento que o autor considera que podem ser usados em diversas circunstâncias.

Classificação dos problemas humanos

Há diversas formas de se classificar os problemas humanos. Josh McDowell em seu manual para conselheiros de jovens os divide em áreas como problemas emocionais, as relações com outros, problemas familiares, problemas sexuais, abusos, adicionais, transtornos, assuntos educativos, problemas físicos e a vocação. Para Adams só há três fontes específicas de problemas na vida: atividade demoníaca (principalmente possessão), pecado pessoal, outros interpessoais como os matrimoniais, familiares, etc. Muitas vezes o aconselhado irá buscar assessoria para resolver um problema de seus filhos, seu cônjuge, um subordinado a seu serviço, etc. Em geral, podemos classificar os problemas em duas grandes áreas: problemas orgânicos e não orgânicos. Os problemas orgânicos são do campo da medicina, os problemas não orgânicos são do campo do aconselhamento

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pastoral. Não há base bíblica para reconhecer a existência de uma disciplina distinta chamada psiquiatria ou psicoterapia. Realmente não existem problemas “mentais” não orgânicos. Escrevo mentais entre aspas, devido a que realmente deveriam chamar-se problemas cerebrais, já que os problemas mentais surgem de um mau funcionamento do cérebro humano, e não da mente. O doutor em medicina Robert Smith o explica assim que a mente usa o cérebro, mas ela não é o cérebro. Tumores, feridas, derrames cerebrais, etc., podem afetar parte do cérebro e afetar o modo de pensar e atuar da pessoa, mas estas não são enfermidades mentais senão orgânicas que podem ser provadas em laboratórios. Elas podem ser as causas de que o cérebro esteja enfermo, mas não a mente. Se bem que as partes afetadas do cérebro não estão disponíveis para mente, a mente não está enferma. Neste caso há um dano cerebral, mas não uma enfermidade mental. O conceito de mente enferma é uma teoria não provada cientificamente. É importante então, poder definir se o problema é orgânico ou não, se há suspeita de que o problema possa ser orgânico o melhor é o conselheiro enviar ao médico para uma revisão médica. Também, não há o que duvidar de que o ser humano é um todo, isto é, que sua dimensão física está estreitamente relacionada com sua dimensão espiritual (II Co 4:16), portanto, há enfermidades físicas que podem vir de causas não orgânicas. Por exemplo, uma pessoa pode ter colite à causa do estress, ou pode ter alucinações por não poder dormir bem, e isto devido a culpas de certos pecados. “Os problemas psicossomáticos são verdadeiros problemas somáticos (do corpo) que são resultado direto de uma dificuldade psíquica interna”. As enfermidades psicossomáticas são enfermidades reais, mas causadas por uma questão não orgânica devido a integridade do ser humano. Por outro lado, um desequilíbrio na nutrição pode afetar a conduta, por exemplo, a cafeína e o açúcar são normalmente estimulantes. A falta de exercícios, certas enfermidades e medicamentos podem sortir efeitos em nossa conduta. Também é sábio que uma pessoa que é alcoólica, drogado ou que tenha sofrido algum tipo d abuso é recomendável que receba algum tipo de tratamento médico para ajudá-lo em meio ao seu problema. Por outro lado, só podem ser aconselhadas as pessoas que estão em estado sóbrio. “As pessoas que tomam drogas ou bebidas alcoólicas não deveriam ser aconselhadas até que estejam livres da influência da droga. Deve aprender algo sobre as drogas, de modo que reconheça se a pessoa obra ou fala sob influência da mesma. Neste caso a conversa é inútil. Quando as drogas interferem, o aconselhado tem de ir ao médico e pedir que se reduza ou elimine a dose. O aconselhar só é possível com pessoas sóbrias”. Ainda que a bíblia não seja uma enciclopédia para que possamos recorrê-la a um índice sobre os problemas, ainda assim ela fala de todos os problemas humanos. Sempre vamos encontrar na Bíblia princípios para tratar nossos problemas e os dos aconselhados. Adams menciona assim: “tal como o conselheiro cristão sabe que não há nenhum problema único que não tenha sido mencionado claramente nas Escrituras, sabe também que há uma solução bíblica para cada problema”.

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Em I Corintios 10:13, Paulo nos diz que não há problema que não seja comum aos demais. Ninguém pode alegar que seu problema é diferente ou especial. Os elementos básicos do problema que está enfrentando não são significadamente diferente daqueles que outros tenham enfrentado. Cristo enfrentou os problemas que muitos têm enfrentado; igualmente aos numerosos crentes que tem enfrentado os mesmos problemas e têm saído firmes. Isto é importante para dar alento e esperança. Tipos de aconselhamento Em meu caso vou formular que há três tipos de aconselhamento cristão que podem ser utilizadas em diversas ocasiões com problemas não orgânicos:

Aconselhamento noutético ou de admoestação O aconselhamento noutético é um termo acunhado pelo Dr. Jay Adams, vem do grego nouteteo ou nouthesia que significa: admoestar, advertir, instruir. A palavra nouteteo ou nouthesia se refere à “instrução da palavra”, tanto para alento como, em caso necessário, de repreensão ou de recriminação. Significa por em mente, admoestar (At 20:31; Rm 15:14; I Co 4:14; Cl 1:8; Cl 3:16; exortando-vos” na Reina Valera 1960; admoestando-vos na VM; I Ts 5:12, 14; II Ts 3: 15). Se traduz exortando-vos em Cl 3:16. Com aconselhamento noutético ou de admoestação me refiro aquela na qual se deve exortar a um irmão por um pecado cometido. O que buscamos com a mesma é que a pessoa regre sua vida no que diz respeito às escrituras. Incluem-se neste caso as pessoas que necessitam ser restauradas.

Aconselhamento paraklético ou de consolo

O termo aconselhamento paraklético o acunho baseando-me no termo grego “parakaleo” que significa “chamar de lado”. Se traduz com o verbo consolar em Mt 2:18; 5:4; Lc 16:25; At 15:32; 16:40; 20:12; II Co 1:4, duas vezes; v. 6; 2:7; 7:6,7,13; 13:11; Ef 6:22; Cl 2:2; I Ts 3:7. É traduzido “alentar” em I Ts 4:18, aparece como animar em I Ts 5:11, “animai-vos uns aos outros”, “confortar” em Cl 4:8 e II Ts 2:17. É importante que o termo “Parakletos” é o mesmo que se traduz como “Consolador” e se usa para Jesus Cristo e logo para o Espírito Santo. Significa literalmente “chamar de lado, em ajuda de um”, e sugere a capacidade ou adaptabilidade de prestar ajuda. Usava-se nas cortes de justiça para denotar a um assistente legal, um defensor, um intercessor, advogado, geralmente, que advoga pela causa de outros, um intercessor, advogado, como em I Jo 2:1, do Senhor Jesus. Em seu sentido mais amplo, um que socorre que consola. Cristo foi isso para os seus discípulos, pela implicação de suas palavras “outro” Consolador, isto é, da mesma classe, ao falar do Espírito Santo (Jo 14:16). Em 14:26; 15:26; 16:7 o chama de Consolador.

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Com este termo me refiro aquele aconselhamento que consiste em dar alento e apoio em meio as situações difíceis da vida, que são parte da mesma. Por exemplo, as diferentes situações de perda como a morte de um ente querido, um irmão enfermo no hospital, entre outros.

Aconselhamento jodegotica ou de guia

Este termo também é de minha autoria, e me baseio na palavra grega “jodegos” que significa “guia no caminho” (jodos, caminho; jegeomai, conduzir, guiar). Este termo se usa de forma literal em At 1:16, de guiar os cegos (Mt 15:14; Lc 6:39); de guiar às fontes de água da vida (Ap 7:17). Também se usava figurativamente em (Mt 15:14; 23:16,24; Jo 16:13; Rm 2:19). Com este tipo de aconselhamento me refiro aqueles casos onde se ajuda a tomar uma decisão à pessoa conforme as Escrituras. Também é aplicável quando uma pessoa ocupa algum tipo de acessória para resolver um problema de um terceiro, ou sobre um assunto de outra natureza. Como exemplos disso podemos citar aqueles que têm a ver com questões de decisões vocacionais ou ocupacionais acerca de seu projeto de vida e questões acadêmicas, por exemplo, a pessoa não sabe que profissão seguir, a pessoa tem problema na escolha do emprego, a escolha de qual universidade assistir, a pessoa que não tem claramente o seu chamado para o ministério cristão. Quando um conselheiro tem que dar um conselho acerca destes casos vocacional-ocupacionais, chamo isto de “pastoral acadêmico” ou “pastoral vocacional”. Se desejar mais informação sobre tema acesse o curso de MINTS “pastoral acadêmica e vocacional”.

Conclusão

Neste capítulo temos observado o que as Escrituras dizem sobre os problemas humanos. Vimos que os problemas humanos têm diferentes causas e, portanto, diferentes formas de enfrentar os problemas. Como conselheiro devemos ter a sabedoria para discernir de como abordaremos cada caso. Esta sabedoria só Deus pode dá-la através da sua Palavra e por meio do Espírito Santo. Firmemos-nos sempre em Deus, na bíblia e no Espírito Santo, Ele é quem nos capacita para a obra.

Perguntas para a sessão 2

Seleção única 1. Segundo o autor, os problemas orgânicos são no campo da: a. Aconselhamento pastoral b. Medicina c. psicologia 2. Segundo o autor, os problemas não orgânicos são no campo da: a. Psicologia b. Aconselhamento pastoral

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c. Medicina 3. A palavra grega “nouteteo” significa: a. Admoestar b. Guia no caminho c. Chamar de lado 4. A palavra grega “parakaleo” significa: a. Admoestar b. Chamar de lado c. Guia no caminho 5. A palavra grega “jodegos” significa: a. Guia no caminho b. Chamar de lado c. Admoestar

Falso ou verdadeiro 6. Há enfermidades físicas que podem vir de causas não orgânicas. ( ) 7. A Bíblia é uma enciclopédia onde podemos recorrer com um índice sobre os problemas. ( ) Associe o tipo de aconselhamento a sua definição 8. Aconselhamento noutético 9. Aconselhamento paraklético 10. Aconselhamento jodegótico ( ) Onde se ajuda a pessoa a tomar uma decisão conforme as Escrituras ( ) Onde se exorta a um irmão por um pecado cometido ( ) Dar alento e apoio em meio as situações difíceis da vida

Lição 3

A Bíblia ante a psicologia

Objetivos 1. Compreender que tipo de relação tem que guardar entre a psicologia e as Escrituras. 2. Conhecer os diversos problemas que tem a psicoterapia quando a confrontamos com a Bíblia.

Introdução

Porque falar sobre a Bíblia e a psicologia em curso de aconselhamento bíblico? Porque esta disciplina está cada vez mais inundando nosso contexto. Cada vez mais é freqüente ver os irmãos em Cristo recorrerem aos conselhos dos psicoterapeutas em detrimento dos pastores ou outros cristãos. Constantemente veremos as pessoas falar e pensar de forma psicológica, e isto cada vez mais com os crentes. Constantemente em nosso jargão utilizamos os termos psicológicos como auto-estima, complexo, transtorno, etc. Portanto, não podemos simplesmente ignorar este fenômeno como se não existisse.

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Gary Almy inclusive chega a dizer “a igreja parece estar enamorada por doutores de psicologia e psiquiatria, que tomam cada vez mais lugar na liderança em meio dela. Já não é um grau teológico que permite um exercer responsabilidade na igreja, escola ou instituto bíblico, senão mais um grau em psicologia”. Tanto tem afetado o cristianismo que aqueles que querem ajudar as pessoas buscam primeiro se preparar em psicologia que nos trabalhos pastorais. Precisamente enquanto estava escrevendo este manuscrito tive um encontro com um ex-companheiro de seminário. Este companheiro há muitos anos se formou no seminário teológico, e hoje é um pastor de jovens em uma igreja conservadora em meu País. O que me surpreendeu um pouco foi o que encontrei na universidade estudando psicologia. Ele me explicava que decidiu estudar essa carreira para poder dar terapia aos jovens com os quais trabalhava, já que considerava que com os conhecimentos teológicos não poderia ir mais além com seus problemas. Para ele era uma forma de trabalhar mais “profundamente” com os problemas de seus jovens mediante a psicologia, a qual ele via como uma ferramenta para seu ministério. Casos como estes são comuns em nossas igrejas. Nesta anedota podemos notar várias coisas, em primeiro lugar o ensinamento generalizado de que as Escrituras não é suficiente para aconselhar, e em segundo lugar, a elevação da psicologia ao lado das Escrituras.

A declaração da insuficiência das Escrituras

Considera-se que os conhecimentos teológicos e as Escrituras não são suficientes para atender os diversos problemas que se apresentam na vida diária, já que alguns são muitos “profundos”, e nisto as Escrituras fica curta, e seria muito simplista resolvê-lo desta maneira. Muitos pastores hoje se sentem incapacitados para dar conselhos em muitas áreas da vida das pessoas. Willian Mcdonald o expressa da seguinte forma: “Em contradição a II Timóteo 3:16, 17, a Bíblia já é considerada suficiência como base para o aconselhamento. Necessitamos psicoterapia. Já não se confia no Espírito Santo para que se produza as mudanças necessárias na vida dos crentes. Os anciãos já não são competentes para orientar. Tem que enviar as pessoas a um terapeuta profissional. Isto apesar do ato de que Deus nos deu na palavra e mediante o Espírito todo necessário para vida e a piedade (II Pe 1:3).” Além do mais, esta postura dá demasiada importância ao conselheiro humano quando realmente quem produz as mudanças é Deus; o único especialista que provoca a mudança é o Espírito Santo As Escrituras afirma que toda igreja está na posição de dar aconselhamento (Rm 15:1, 14; Ga 6:1-2; Cl 03h16min; I Ts 4:18; 5:11; Hb 3:13; Tg 5:16) e que especialmente o pastor um o chamado dentro da igreja (Hb 3:17). Creio que a melhor maneira de aprender a dar conselho é capacitar-se em um seminário teológico para aprender a ter um bom conhecimento e uso das Escrituras.

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A elevação da psicologia ao lado das Escrituras Vê-se claramente que a disciplina de psicologia como um aliado ao ministério. Inclusive poderíamos dizer que se põe a psicologia ao lado das Escrituras, dando a entender que as “verdades” da psicologia complementam as verdades das Escrituras. Agora nos perguntamos pode a psicologia ser uma aliada do aconselhamento? As verdades das Escrituras podem ser complementadas com as verdades da psicologia? Vamos analisar vários pontos antes de dar respostas às estas perguntas.

O objeto de estudo da psicologia

A palavra psicologia etimologicamente significa estudo ou tratado da alma, curiosamente segundo o dicionário da Real Academia Espanhola, a psicologia é uma parte da filosofia que trata da alma, suas faculdades e suas operações. A Associação Psicológica Americana (APA) define a psicologia como a ciência que estuda a mente e a conduta, não somente a humana senão a animal. Observando tanto a sua definição etimológica como a sua definição atual podemos nos dar conta de que tanto a alma como a conduta humana são áreas que a Bíblia trata amplamente. Não há ninguém que conheça a alma do ser humano tão claramente como aquele que é seu criador. Nem o ser humano mesmo conhece a si mesmo como o criador. Por outro lado, as Escrituras descreve amplamente a conduta do ser humano, as razões para sua conduta e as soluções para as mesmas. As Escrituras foi dada por Deus para que soubesse como se comportar e como conduzir-se na vida. Em outras palavras, as Escrituras descreva como o homem deve se comportar. Ainda que a Bíblia não seja um manual de arquitetura, nem de biologia, nem de outra ciência humana, podemos afirmar baseando na definição atual de psicologia que a Escritura é o melhor manual de psicologia. “A que parte pode dirigir-se uma pessoa para que possa obter os dados necessários para fazer frente aos pontos principais no aconselhar, a saber, o problema de como amar a Deus e o problema de como amar o próximo?” Portanto, realmente as Escrituras trata da conduta humana e de prescrições de soluções para esta, o único verdadeiramente capacitado para fazer este tipo de função é o crente em Cristo, e especialmente os pastores ordenados por Deus. O aconselhamento não é uma ciência, é algo espiritual, portanto, corresponde a igreja e não ao mundo.

A graça comum e as contribuições humanas

A graça comum ou gratia communis é aquela que se estende a todos os homens, em contraste da graça salvadora ou gratia particularis que se limita aos eleitos. Por meio da gratia communis podemos aceitar o que muitos teóricos não regenerados têm produzido. Ainda que não tenha sido produzido por crentes, nem sido dedicado de forma consciente para a glória de Deus; Deus em sua obra de graça comum neste mundo os tem capacitado para fazer

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contribuições valiosas para a cultura e para a edificação da igreja. “Se algo é verdade, é verdade de Deus”. João Calvino, um dos grandes reformadores do século XVI, nos diz que “toda verdade vem de Deus; consequentemente, se os homens perversos têm dito algo que seja certo e justo, não devemos rechaçá-lo porque vem de Deus”. Quando lemos os autores pagãos vemos neles esta admirável luz da verdade que resplandece em seus escritos, isto deve servir de testemunho de que o entendimento humano, por mais que seja caído e degenerado de sua integridade e perfeição, entretanto, não deixa de estar adornado e ainda enriquecido de dons de Deus. Se reconhecemos que o Espírito de Deus é a única fonte e manancial da verdade, não rejeitaremos, nem menosprezaremos a verdade onde quer que a encontremos, a não ser que queremos fazer uma injuria ao Espírito de Deus, porque os dons do Espírito não podem ser menosprezados sem que Ele mesmo seja menosprezado e rebaixado. Assim seguindo o principio bíblico de “examinando tudo, retendo o bem, abstendo-nos de toda espécie de mal” (I Ts 5:21-22), podemos utilizar alguns elementos da psicologia como auxiliar do aconselhamento, isto especialmente da psicologia em seu sentido descritivo, isto é, quando o que faz a psicologia é descrever o que Deus tem criado. Por exemplo, por meio da psicologia evolutiva podemos compreender de melhor maneira o desenvolvimento do ser humano para poder melhor atender suas necessidades específicas segundo sua etapa de vida, seja na infância, na adolescência, quando adulto e na velhice. Outro exemplo, poderia ser a psicologia educativa que nos ajuda a compreender os diversos estilos de aprendizagem, inteligências múltiplas, necessidades educativas especiais dos estudantes para poder integrá-los melhor no meio acadêmico. Portanto, ainda que a psicologia se dedique a observar, descrever e classificar a conduta humana, podemos, retomar aquilo que não contradiga as verdades escriturais; porque ainda seus métodos de descrever e classificar o comportamento humano, em ocasiões, estão muito distante de conformar-se ao modelo bíblico. Um exemplo disto é que no atual DSM não está classificada a “orientação” homossexual como um problema, senão que seria um problema se a pessoa não se sente bem com sua “orientação”.

A psicoterapia

Como crentes temos diversos problemas com a psicologia quando queremos tomá-la em sentido prescritivo, isto é, quando falamos de psicoterapia, já que como mencionei em parágrafos anteriores, a única fonte que pode prescrever a conduta humana e conduzi-las são as Sagradas Escrituras. Inclusive posso afirmar em base que os psicoterapeutas estão invadindo um terreno que corresponde aos pastores e conselheiros bíblicos. Antes dizia que “se algo é verdade, é verdade de Deus”, mas com isso quero dizer o que realmente é verdade. A psicoterapia não é uma ciência exata, existem dezenas de posições teóricas, posso citar alguns: psicanálise, condutismo, terapia centrada na pessoa, análise transacional, terapia racional-emotivo-condutal, logo terapia, etc. pelo que não tem uma posição absoluta

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como tem as Escrituras, senão caem no relativismo pós moderno do nosso mundo atual. McArthur descreve assim “a psicologia não é um corpo uniforme de conhecimento científico como a termodinâmica ou a química orgânica. Quando falamos de psicologia, nos referimos a uma coleção completa de idéias e teorias, muitas delas contraditórias. A psicologia nem sequer tem provado ser capaz de tratar com eficácia a mente humana e nem seus processos mentais e emocionais”. A psicologia é em muitos casos uma pseudociência, já que em muitas ocasiões não utiliza verdadeiros métodos de investigação, senão simplesmente a opinião da sociedade. Os esposos Bobgan afirmam que “as teorias de acessoramento psicológico são conjunto de opiniões humanas ajeitadas em marcos teóricos. São invenções baseadas na percepção dos teóricos e em suas experiências pessoais. Estas teorias servem de casa de espelhos para refletirem em suas próprias experiências pessoais”. Entre os diversos os diversos problemas que tem a psicoterapia podemos citar:

Sua cosmo visão é humanista Sua visão de mundo situa-se no centro o ser humano e não a Deus. Para o humanismo o principal é a dignidade do homem e não a glória de Deus como é para fé cristã. Para a maioria deste sistema o homem é essencialmente bom, e ele não pode encontrar sua própria verdade e resolver seus problemas. Em troca a cosmo visão bíblica afirma que o homem é pecador, e que necessita de Deus e de sua palavra para se orientar na vida. A medida que a cosmo visão bíblica busca a santificação, o humanismo busca o desenvolvimento pessoal; as Escrituras busca a glória de Deus e o humanismo a auto realização. Os motivos e metas são distintos. Muitos têm afirmado que psicologia é em si uma religião ao pressupor um sistema de crenças tão complexo que poderia comparar-se a um sistema religioso. O psiquiatra húngaro Thomas Szasz menciona “a psicologia não tão só uma religião que pretende ser uma ciência, é de fato uma falsa religião que procura destruir a verdadeira... psicoterapia é um nome que soa científico, moderno, para que estaria acostumado a chamar-se a “cura das almas”... com o declive da religião e o crescimento da ciência no século dezoito, a cura de almas (pecadoras), que era parte integral das religiões cristãs, foi denominada cura de mentes (enfermas), e passou a fazer parte integral da medicina”.

Os diferentes sistemas são reducionistas Com isto me refiro aos que apresentam como verdade sua própria postura e inclusive como se fosse a única exclusiva. Existem diversos sistemas psicológicos: psicanálise, condutismo, terapia centrada nas pessoas, análise transacional, terapia racional emotiva direcional e um punhado mais de sistemas. Curiosamente nenhum está de acordo com o outro. Jay Adams nos faz a pergunta: “Se os médicos estivessem tão divididos e confusos, lhes confiaríamos nossos corpos?”. Os sistemas psicológicos tem coisas que são “verdades”, mas nem toda verdade. Aplicá-los de forma copleta seria irresponsabilidade já que a maioria deles vão em sentido totalmente oposto ao bíblico. Recordemos que essa

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“verdade” parcial que tem é ao mesmo tempo uma mentira parcial, portanto, não é uma verdade real. Muitas vezes o que faz o mal chamado “psicoterapeutas cristão” é fazer um sincretismo entre a fé e o paganismo humanista. Isto é jugo desigual que Deus condena. Os Bobgan dizem: “praticamente sempre os que exercem a psicoterapia chamam “assessoramento bíblico” ao que fazem, ainda quando o exercícios desta tem a ver mais com as teorias e terapias seculares que com a Bíblia”.

A psicoterapia é determinista Muitos pecados são chamados enfermidades ou resultado do contexto, tirando a responsabilidade pessoal do homem ante estas condutas pecaminosas, e, portanto, privando as pessoas de uma solução verdadeira e pronta, desde a perspectiva divina. McArthur diz que “ao pecado o chamam de enfermidade, por isso que as pessoas pensam que precisam de terapia e não de arrependimento. Ao pecado comum se lhes chama de conduta aditiva ou compulsiva”. Por outro lado, John Bettler nos diz “o salvar os pecadores é o trabalho que Deus se ocupa. Se você está servindo em nome de Deus, então você também tem que se ocupar nesta obra. O problema é que já não temos pecadores. Temos vítimas. Temos filhos adultos de alcoólicos. Temos codependentes. Mas não temos pecadores, não necessitam de salvação. Em vez disto, necessitam de recuperação”. Os exemplos são muitos, um homem adultera, é porque faz parte da crise dos quarenta; outro se embebeda mas não tem culpa porque tem a enfermidade do alcoolismo; outro rouba e diz ser cleptomaníaco, outro tem um problema e é culpa dos pais que não o educaram bem. As mulheres são “vítimas inocentes”, cujos equívocos são por causa dos maridos maus, e por ter sido abusada quando meninas, ou um desequilíbrio químico. Todas as formas de evitar a responsabilidade, tal como fizeram Adão e Eva desde o momento da queda, colocando a culpa no outro. Ao dizer que o pecado é uma enfermidade, declaram que realmente não há cura para ele. Por exemplo, os alcoólicos têm que declarar que sempre serão alcoólicos, e isto é muito comum nos alcoólicos anônimos. Igualmente ao considerar a homossexualidade simplesmente como uma alternativa sexual a mais, estão deixando o ser humano sem esperança.Mas ao tratar estes males como pecado tal e como declara as Escrituras há uma esperança, há redenção em Cristo Jesus, “nem os fornicários, nem os idólatras, nem os adúlteros, nem os afeminados, nem os que se deitam com varões, nem os ladrões, nem os avarentos, nem os bêbados, nem os maldizentes, nem os fraudulentos, herdarão o reino de Deus. E nisto errais alguns; mas já haveis sido lavados, e haveis sido santificados, já haveis sido justificados no nome do Senhor Jesus, e pelo Espírito de Deus” (I Co 6:10-11). “De modo que se alguém está em Cristo nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo”. (II Co 5:17).

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Conclusão A psicologia humanista é uma forma a mais de como o ser humano busca autonomia e sua independência de Deus. Algo que o homem busca desde a queda em Gênesis. Parafraseando o que sucedeu em Gênesis podemos afirmar que o ser homem afirma “eu serei o meu conselheiro independente de Deus, sabendo o bem e o mal”. O ser humano preferiu seguir o conselho de satanás e o reinterpretou de uma outra cosmo visão (a do inimigo); hoje em dia não é diferente, queremos o conselho humano da psicologia, queremos ser o nosso próprio conselheiro de uma cosmo visão diferente. Já não nos é suficiente o conselho de Deus em sua Palavra.

Perguntas para a sessão 3

Falso ou Verdadeiro 1. Segundo o autor, as Escrituras não é suficiente para aconselhar. ( ) 2. Segundo o autor, o aconselhamento não é uma ciência, é algo espiritual, portanto, corresponde à igreja e não ao mundo. ( ) 3. Segundo o autor, podemos utilizar alguns elementos da psicologia como auxiliar ao aconselhamento, isto especialmente da psicologia em seu sentido descritivo. ( ) 4. Segundo o autor, a Palavra de Deus afirma que o homem é essencialmente bom e pode encontrar em si mesmo as respostas para seus problemas. ( ) 5. Segundo o autor, os sistemas psicológicos têm coisas que são “verdades”, mas nem todas são verdades. ( ) 6. Segundo o autor, ver o pecado como uma enfermidade ajuda que se veja como curável. ( ) 7. Segundo o autor, muitas vezes o que se faz o mal chamado “psicoterapeutas cristãos” é fazer um sincretismo entre a fé e o paganismo humanista. ( )

Complete 8. A palavra psicologia etimologicamente significa tratar da ________________________. 9. A associação psicológica americana (APA) define a psicologia como a ciência que estuda a mente e a _____________. 10. Por meio da graça ___________ podemos aceitar o que os muitos teóricos não regenerados têm produzido.

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LIÇÃO 4

Características, Habilidades e Técnicas em Aconselhamento.

Objetivos 1. Conhecer uma série de características e habilidades que o conselheiro bíblico deve possuir. 2. Conhecer diversas técnicas que o conselheiro pode usar em seu trabalho de aconselhamento.

Introdução Faz alguns anos que se puseram em moda os perfis de personalidades para postos vocacionais, daí surgiu a teoria de traços, segundo o qual para um tipo especifico de oficio se necessitava de uma personalidade especifica. Agora pergunto, necessitamos de algum tipo de personalidade para ser conselheiros? Minha resposta é sim. A única personalidade que se necessita para ser conselheiro, é a do Senhor Jesus Cristo, por isso temos que seguir crescendo e mudando a cada dia. Na continuação analisaremos uma série de características, habilidades e técnicas que deve ter e manejar o conselheiro bíblico.

Características do conselheiro bíblico

Integridade Para Roger Smalling a integridade é a virtude fundamental do líder cristão. Esta virtude é vital para o conselheiro bíblico, por isso dedico o maior espaço entre as características que anoto. Este deve ter consistência entre nas suas palavras e ações. Seus atos devem ser congruentes com o conselho bíblico, a diferença do psicólogo que orienta de maneira que não crê de forma pessoal e que nunca aplicaria em sua vida. Nisso tem que se reconhecer o mito de que o conselheiro deve ser perfeito. Segundo este mito os pastores e conselheiros devem ter uma vida matrimonial perfeita, uma vida espiritual perfeita, etc. Ninguém é perfeito, todos são pecadores. Todos são pacientes, um paciente aconselha outro paciente, o médico é o Senhor. Devemos reconhecer que o pecado também influi na vida do conselheiro. Não podemos dizer nada ao conselheiro, pois é uma área frágil em nossa vida. Inclusive o aconselhado pode tentar e dar idéias para pecar. Por isso é importante, seguir o conselho de Paulo a Timóteo “tem cuidado de ti mesmo” (I Tm 4:16) e o versículo em I Corintios 10:12 “quem pensa que está de pé, cuide-se para que não caia”. Por isso, o conselheiro deve estar alimentando sua vida, e deve estar em constante mudança ao ser tocado pela palavra. Vamos falar em aconselhar outros em áreas que são debilitadas para nós, pelo que devemos trabalhar em

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nossos problemas, e se for necessário remeter a outro, enquanto isso se trabalhará com ele. O conselheiro bíblico também deve saber reconhecer seus próprios limites. Deve reconhecer quando não se tem a competência para tratar de um caso particular e remeter a outro conselheiro. Em algumas ocasiões não saberemos o que fazer com o caso, ou poderemos manejá-lo, por exemplo, nem todos podem aconselhar um estuprador. Assim em muitos casos será necessário remeter a pessoa a outro conselheiro para que possa atendê-lo melhor. Adams menciona que não devemos remeter o aconselhado a outro simplesmente com um meio para evitar nossa própria responsabilidade no assunto. “Há de se lembrar que Deus o colocou, providencialmente, ao cristão que erra em seu caminho, para que a ele você ministre”. O remeter desta maneira não é ético nem cristão. Por outro lado, é importante reconhecer que o que se diga em aconselhamento é confidencial ainda que se diga abertamente. Ainda que o conselheiro não esteje obrigado por lei a seguir o sigilo ou o segredo profissional como os psicólogos ou os advogados; o conselheiro que guarda a devida confidencia será considerado íntegro. Por outro lado, como nossa visão principal é buscar a glória de Deus, em algumas ocasiões o que agrada a Deus é que rompamos a confidencia quando há de denunciar um abuso. Por outro lado, não devemos dar lugar ao que se possa por em dúvida nossa integridade por um mau testemunho, pelo que recomendo que nunca se dê conselho a uma pessoa do sexo oposto em lugares isolados. Uma alternativa para que isso não se suceda é co-conselheira, isto é, dar conselhos entre duas pessoas, se é casado é o ideal.

Humildade O aconselhamento é imprescindível, não sabemos que caso se nos vai apresentar para atendermos e isso nos pode dar medo. Isto mostra a nossa incapacidade, já que muitas vezes não sabemos “por onde entrar no assunto”, por isso temos que esperar em Deus. Temos que lembrar que Deus tem o controle, Ele sabe o que vai acontecer. Devemos reconhecer a soberania de Deus e ao mesmo tempo nossa pequenez. Ele se aperfeiçoa na nossa debilidade (II Co 2:4-6). Não devemos nos sentir competentes por nós mesmos senão lembrar que Deus não elege os capacitados, Ele capacita os eleitos. Ele é quem nos faz competentes. Temos que reconhecer que é Ele que obra através de nós. Nós somos canais.

Bondade (Rm 15:14) Segundo Adams esta qualidade se refere a “atitude boa no coração de interesse e afeto pelos demais. É um desejo de ajudar e dar a mão a outros em sua necessidade; uma boa vontade que te impulsiona para os outros sem interesse egocêntrico”. O conselheiro deve ser um homem ou mulher disposto a ajudar os outros em meio os problemas. Como os que nos move é o interesse genuíno pela pessoa e não o dinheiro (como acontece com muitos psicólogos), não nos preocupa o tempo que damos a pessoa e a Deus.

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Respeito O respeito é considerar os outros digno de honra, e a bíblia constantemente nos chama a isto (Rm 12:10; Fl 2:3; I Pe 2:17). Preste atenção nos aconselhados; mantenha um volume de vos adequado e estabeleça um contato visual com as pessoas com quem está falando. Devemos crer nos aconselhados (I Co 13:7). Não miniminize os problemas do aconselhado. Mantenha em confidencia.

Conhecimento da Palavra (Rm 15:14; Cl 3:16) Um bom conselheiro bíblico tem que conhecer a Palavra de Deus, sendo esta direção e conteúdo de seu aconselhar. Por isso deve se conhecer os princípios da Palavra de Deus para podê-los aplicá-los em diversas situações da vida. Este conhecimento só se obtém com o estudo contínuo das Sagradas Escrituras de forma constante. Adams o expressa da seguinte maneira “como o aconselhar é um ministério da Palavra, e como o Espírito Santo muda às pessoas pela Palavra, é essencial um conhecimento sempre crescente da Palavra”. Os aconselhados podem ter dificuldades, devidas às crenças incorretas, por isso que é necessário que o conselheiro conheça a Palavra para poder discernir o erro e corrigi-lo de maneira adequada. Por outro lado, o conhecimento da Palavra não só deve ser teórico, deve ser o produto de experiências, temos que viver. Não podemos falar somente em teoria da Palavra temos que conhecer no viver diário, tem que aplicá-la em nossas vidas, para que se faça viva em nós e assim possuamos um verdadeiro da mesma.

Sabedoria (Cl 3:16) As Escrituras, especialmente o livro de Provérbios, nos diz que o temor do Senhor é o principio da sabedoria (Pv 1:7; 2:5; 9:10; Jó 28:28; Sl 111:10). Podemos visualizar o temor do Senhor, como “uma preocupação consciente de agradar a Deus em todos os aspectos da vida”. Esta é uma atitude que todo conselheiro deve ter. Agora também, a sabedoria é poder aplicar a Palavra em diversas situações da vida cotidiana. Adams menciona “não é suficiente que você e seu aconselhado, conheçam o que meramente Deus diz; devem aprender a encarnar e dar forma a verdade e a crença na vida de cada dia. Quanto mais capaz é no uso e, especialmente, no por em prática a verdade bíblica no viver de cada dia, mais apto será para fazer o outro a fazê-lo”.

Fé O conselheiro deve ser um homem de fé e esperança, que crê firmemente nas promessas escriturais. Ele deve confiar nas escrituras para poder dar esperança para quem não tem. Tem que estar convencido de que as Escrituras é a verdade e estar disposto e ser capaz de conduzir a outros às suas promessas com segurança e convicção.

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Autoridade O conselheiro deve ter autoridade, não dele, mas dado por Deus. A autoridade do conselheiro repousa nas Sagradas Escrituras. Seja um pastor (I Ts 5:12,13) ou membro que aconselha, exerce a autoridade que Deus lhe tem conferido (Cl 3:16; Rm 15:14).

Autenticidade (II Co 4:2) Sejamos sinceros com nossas capacidades e limitações (I Co 2:1-3). Reconheçamos nossas próprias debilidades (II Co 1:8; II Co 10: 13). Sejamos sinceros acerca das metas e o programa que temos para o aconselhado. Temos que ser transparente em cada momento com o aconselhado.

Habilidades do conselheiro

Ouvido ativo Tem que escutar os fatos (Pv 18:13) mas escute-los de maneira ativa (Pv 18:15). Isto custa muito aos pregadores, pois estão tão acostumados a falar que lhes custa escutar. Mas tem que escutar o aconselhado se realmente desejamos ajudá-lo.

Empatia cristã Falo empatia cristã dado que é diferente da mundana. Na empatia mundana não está Deus, é somente uma técnica para entender as pessoas. Na empatia cristã o que move é o amor. Tem que se pensar de como nos sentiríamos no lugar do aconselhado e identificarmos com o seu problema. Isto é olhar com compaixão como fez Jesus. Ao conselheiro bíblico o que lhe move é a compaixão pelos demais. Jesus é o melhor exemplo disso (Mt 9:35-38; Mc 10:21; Lc 7:11-15; Jo 11:33-35). Ver ao outro como se fosse alguém futuramente (I Tm 5:1-2) e tratá-lo como se fosse um da nossa própria família. E supostamente, dando-nos conta de nossa própria pecaminosidade (Ga 6:1). Mack dá as seguintes sugestões para mostrar compaixão: Dizer que se preocupa com eles (Fl 1:8) Orar com eles e por eles (Cl 4:12,13) Alegrar e entristecer com eles (Rm 12:15) Tratá-los com gentileza e ternura (Mt 12: 20) Usar de delicadeza com eles (Pv 15:23) Ter graça ao falar com ele (Cl 4:6) Seguir amando-os e aceitando-os ainda que tenham rejeitado o conselho

(Mc 10: 21) Perdoar por qualquer coisa que tenham feito (Mt 18: 21-22) Estar disposto a suprir qualquer necessidade física se for necessário (I Jo

3:17) Ainda que o mundo nos diga que não temos que nos envolver emocionalmente com o paciente, a bíblia diz para envolver emocionalmente (não sentimentalmente). Tem que compartilhar a carga sem tirar-lhe a responsabilidade. Lembremos da Escrituras “alegrai com os que se alegram e chorai com os que choram”.

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Hospitalidade Devemos ter o dom da hospitalidade, gerar confiança para que as pessoas se aproximem para pedir conselho, especialmente, se está em funções pastorais. Sinceramente tem pastores que dá medo de aproximar-se, que não geram esse suporte necessário para ter confiança (Pv 27:6). Nas palavras de Wayne Mack “somos mais receptivos ao conselho de alguém que sabemos que está com e por nós. Eles podem falar com franqueza a respeito de nossos defeitos e ainda que incomodemos temporariamente, pronto entenderemos que só estão nos ajudando porque tem interesse em nós. Contrariamente, se alguém a quem nos sentimos estranho ou inimigo vem a criticar, nossa tendência é-nos por na defensiva e suspeitar de suas motivações”.

Uso da Palavra Tem que interpretar a palavra corretamente, em harmonia com o resto das Escrituras. Um curso de hermenêutica é essencial para um bom conselheiro bíblico. “Se não temos o cuidado de entender a Palavra de Deus com exatidão, podemos terminar dando uma instrução parecida com a da bíblia sem sê-la na realidade”. Tem que ter o cuidado de não confundir a Palavra com nossas próprias idéias.

Mentoria Um conselheiro deve ser o mentor ou um discipulador no sentido de que deva ensinar ao aconselhado a aplicar as verdades das Escrituras em sua vida por si mesmo. Isto ajuda a não criar uma dependência do conselheiro.

Técnicas de aconselhamento

Técnicas para reunir informação É necessário conhecer os aconselhados para poder determinar suas necessidades reais e poder atender melhor as pessoas. Em muitos casos, o aconselhado será um familiar, um amigo, um aluno, ou simplesmente um irmão na fé. Se a relação futura for bastante óbvia se conhecerá a pessoa, mas nem sempre será assim. Haverá ocasiões onde o aconselhado é pouco conhecido pelo conselheiro, pois este último deve de usar diversas técnicas para reunir informação acerca dos mesmos. Entre as diversas técnicas para reunir informação podemos mencionar:

A observação É fixar a atenção nas pessoas, fenômenos, atos ou situações para descrever o que se captou. Pode ser espontânea ou planificada. É importante que a observação deva ser objetiva - descrever os atos como se apresentam - e seletiva - dirigida a captar aspectos significativos. Em sessões de aconselhamento se deve observar muito bem o aconselhado, tanto em suas expressões, gestos e posturas, como o tom como dizem as palavras. “Algumas expressões de seu rosto revelam claramente nojo, dor ou

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outras emoções. Outras vezes movem suas cadeiras para mais perto ou mais longe que quando entraram em casa. As vezes um casal movem suas cadeiras para distanciar-se um do outro. Outras ocasiões as famílias se orientam em si mesmas de um modo que revelam que está com boas relações e que não está; ou qual dos filhos é favorecido pelos pais. O aconselhado em certo momento esfrega os braços na cadeira ou olha o piso quando o conselheiro menciona algo em particular”. É recomendável ter um registro de observações, em forma descritiva (sem interpretar). Um tipo de registro pode ser o registro anedótico que se utiliza em educação. Um exemplo de registro anedótico:

Data Observador Situação Incidente Comentário

Expedientes Este tipo de instrumento se utiliza especialmente quando se dá aconselhamento de maneira formal, sejam pastores, conselheiros educativos, etc. Proporciona uma visão progressiva do desenvolvimento dos aconselhados. Inclusive os dados pessoais, antecedentes familiares, história escolar, dados sobre saúde, resultado de teste, etc.

Entrevista É a conversação entre duas ou mais pessoas, uma forma dinâmica para buscar informação entre o entrevistado e o entrevistador. Segundo Adams, devido que o aconselhar é autoritário, tem que ser direcionado. A palavra que se usa no Novo Testamento para aconselhar (nouthesia) implica direção escritural, portanto, o tipo de entrevista deve ser dirigida, guiada pelo mesmo conselheiro.

Formulários, inventários e testes Os formulários, inventários e testes também são boas formas de recolher informação acerca da pessoa. No apêndice 1 deste manual há um formulário para copiar informação da pessoa.

Técnicas para usar em uma entrevista ou sessão de aconselhamento

Retroalimentar e resumir Uma das formas onde se há mais mal entendidos é na comunicação falada. O retroalimentar é uma forma de assegurar para que não haja uma interpretação errônea. Basicamente, é dizer ao aconselhado em nossas palavras o que se entendeu acerca o que este último disse. Podemos dizer algo assim, “irmão fulano, o que eu entendi foi...” ou algo similar. Isto também ajuda a resumir o problema para sua posterior análise.

Perguntar

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Eu recomendo fazer perguntas naturais, isto é, perguntas que nos ajudem a analisar melhor o problema. O melhor é utilizar perguntas abertas para que estas tirem maior informação para analisar o problema. Dado que já sabemos que a razão de que as pessoas entram em problemas é o pecado, a ênfase deve cair em “o que?” e não em “por quê?”. O “por quê?” leva a especular e a evitar a própria responsabilidade, em contrário de “o que?” leva a solucionar os problemas. Ex. O que se fez? O que você está fazendo? O que se pode fazer para ratificá-lo? O que se pode fazer nesta situação? O que Deus pede para fazer nesta situação? Quais deveriam ser as futuras respostas?

Tomada de notas O conselheiro pode tomar notas no meio da sessão. Isto é bom especialmente quando o problema for muito grande, e surgem várias coisas que você considera que devem ser tratadas em outra sessão. Também é bom levar ao final da sessão um registro para colocá-lo no expediente, especialmente quando se trata de aconselhamento formal.

O silêncio O bom conselheiro sabe manejar os silêncios. Sabe quando é o momento onde se pode dar a oportunidade ao aconselhado para pensar em suas ações para uma decisão, ou por se estar duvidando algum detalhe. Smalling o chama de “pausa incômoda”. Deste modo, o silencio pode ser importante em um momento determinado.

Desabituação e reabituação Muitas vezes um aconselhado quando tem problemas com sua conduta, necessita mudar hábitos pecaminosos por outros que não são, e isto chamamos de dinâmica de desabituação e reabituação, e de forma bíblica podemos chamar de “despojar do velho homem, e vestir do novo homem” (Ef 4:17-32). Pelo que o conselheiro muitas vezes em um plano fazer uma lista de coisas para despojar e outras para vestir o aconselhado. Isto é, tirar hábitos pecaminosos e substituí-los por condutas cristãs.

As tarefas ou trabalhos para a casa O deixar tarefas é uma forma de ajudar ao aconselhado a resolver seus problemas. Com isso se ganha tempo de trabalho para o conselheiro, e ao mesmo tempo estimula o aconselhado a não depender tanto do conselheiro, já que o conselheiro o está discipulando para que ele mesmo possa resolver seus próprios problemas segundo os métodos de Deus.

Entre as múltiplas tarefas a sugerir, estão: O estudo ou leitura de certas passagens bíblicas ou de temas relacionados

com o problema. Fazer um devocional pessoal, baseado em provérbios, e anotar os

versículos relacionados com o problema.

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Ler livros ou artigos designados ou ouvir alguma mensagem gravada e escrever o que tem aprendido.

A oração, não só de forma regular, senão como parte da solução de um problema. Por exemplo, se pode designar a um aconselhado quando estiver desanimado que faça uma oração (Lc 18:1).

Fazer um diário onde o aconselhado escreva suas reações e manifestações para um problema em particular.

As folhas de desabituação/reabituação. Listas de pecados próprios, forças, dons, habilidades, formas de

compadecer-se um do outro, etc. Testes ou inventários de algum tipo. Por exemplo, o questionário Houst-

wagner sobre dons espirituais. Horários, planos e pressupostos, etc. As mesas de diálogo: os membros de cada família se sentam em uma mesa

a cada noite a falam sobre os seus problemas. As regras são simples: O pai chama para a mesa, e em geral, como cabeça do lar, está encarregado da reunião. A mãe deve atuar como secretária e anotar as coisas. O diálogo se abre com uma oração. Se estuda a bíblia durante o diálogo, para descobrir a vontade de Deus com respeito as questões entre os participantes. É conveniente iniciar com os próprios erros e falar como corrigi-los.

Modelos e entrevistas (Fl 4:9; 3:17), isto é, mostrar a outra pessoa de como uma família ou pessoa resolve seus problemas. Outro exemplo seria uma entrevista com uma família e que esta contasse como criaram seus filhos tão obedientes.

Tomas uma segunda lua de mel para renovar votos matrimoniais.

Conclusão O que vimos neste capitulo é o mais similar a um perfil para um conselheiro cristão. Enumeramos toda uma série de características, habilidades e técnicas que deve manejar o conselheiro cristão, ainda que muitas das técnicas especialmente dependessem do formal ou informal que seja o contexto onde oferece o conselho. Não desanime de você não corresponde ao perfil, lembre-se de que é Ele que nos capacita para a obra e que Ele se aperfeiçoa nas nossas fraquezas.

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Perguntas para a lição 4

Verdadeiro ou Falso

1. O conselheiro bíblico nunca orientaria de forma no que não crê pessoalmente e que nunca aplicaria a sua vida. ( ) 2. O conselheiro bíblico deve ter uma vida espiritual perfeita. ( ) 3. O autor recomenda que a ênfase das perguntas deva cair no “por que”.( ) 4. O autor diz que em uma sessão de aconselhamento nunca se deve tomar notas. ( ) 5. Um bom conselheiro deve manejar os silêncios. ( )

Sessão única 6. A empatia segundo o autor é umaa. característicab. habilidadec. técnica

7. A integridade segundo o autor é uma a. característicab. habilidadec. técnica

8. A observação segundo o autor é uma:a. característicab. habilidadec. técnica

9. O ouvir ativo segundo o autor é uma:a. característicab. habilidadec. técnica

10. O perguntar segundo o autor é uma:a. característicab. habilidadec. técnica

LIÇÃO 5

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FASES DO ACONSELHAMENTO

Objetivos 1. Conhecer diferentes partes que pode ter uma sessão ou um processo de aconselhamento. 2. Conhecer diversas recomendações para abordar cada uma das partes que sugerem.

Introdução

Neste capítulo analisaremos uma série de fases sugeridas que possa ter uma sessão ou um processo de aconselhamento. Faço a diferença entre duma sessão e um processo, porque há assuntos em aconselhamentos que se poderia resolver em uma só sessão de aconselhamento, portanto, haverá outros casos onde nos damos conta de que o problema necessita ser tratado em mais de uma sessão e inclusive deve ser dividido em problemas menores que deve ser tratados separados, este último é o que chamamos de processo de aconselhamento. O autor resume nestas fases para propósitos práticos, mas em nenhum momento sugere que esta é a única maneira de resolvê-la, senão buscar somente oferecer uma guia para a ação no aconselhamento.

Preparação prévia

Refiro-me como preparação prévia ao que sucede antes da sessão de aconselhamento. O que se deve fazer primeiramente um conselheiro cristão é orar por si mesmo e por seus aconselhados. Por outro lado, se é uma sessão informal como ocorre muitas vezes entre irmãos em Cristo, isto se refere ademais em preparar o ambiente; e se o tipo de aconselhamento é um pouco mais estruturado e formal como que realizam os pastores e outros tipos de conselheiros bíblicos em instituições cristãs consistirá ademais de manter um ambiente adequado, o revisar expedientes. Com respeito ao ambiente, se deve tratar de que seja propício para o momento de aconselhamento. Se for aconselhamento entre irmãos na fé pode ser realizado na igreja, na escola dominical, um lar, etc. Se for um pouco formal no caso de um pastor ou um conselheiro de uma instituição cristã ou igreja o melhor é que se faça em um escritório. Se for necessário de que o ambiente seja cômodo para o aconselhado, que tenha confidencias, que não tenha muitos detalhes para que funcionem como distração nem tampouco vazio para que não seja frio. Por outro lado, o ambiente deve promover um bom testemunho, o ideal é de que seja fechado para que haja confidência desde que haja grandes janelas para que todos que estão de fora vejam o que está acontecendo dentro. Lembro-me quando eu trabalhei como conselheiro em um colégio cristão, tive uma grande ajuda da instituição, que me proveram um escritório de que teria um bom ambiente devido que suas paredes e ao mesmo tempo tinha uma grande janela que dava para fora, de onde se podia ver tudo o que acontecia lá

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dentro. Quem quer que trabalhe com adolescentes sabe como estas coisas são delicadas, e que facilmente pode mal interpretar os fatos de que um conselheiro esteja só em seu escritório com uma estudante, pois este tipo de previsões é adequado para preservar o testemunho cristão. Por outro lado, se manusear o aconselhamento formal, é bom antes de receber uma pessoa é revisar o expediente do mesmo, para conhecer seus antecedentes pessoais e familiares, e familiarizar com a problemática prévia que se tem apresentado. Inicio da sessão

Nesta parte se saúda a pessoa, pode haver uma apresentação pessoal de ambas as partes (em caso de não se conhecerem), e em caso de ser necessário muitas vezes quebrar o gelo com algumas perguntas não tão relacionadas com o problema. Na maioria das vezes as pessoas simplesmente irão falar dos problemas e nos pedir conselho diretamente. Semelhantemente podemos ajudar com a frase “em que posso ajudar” ou algo similar. O inicio também é um bom momento para orar pedir direção e sabedoria de Deus para tratar o problema. Se for a primeira sessão tem que se reconhecer que é de suma importância, já que a primeira estabelecem-se normas, e em muitos casos só se conta com uma só reunião para trabalhar um problema. Pode ser bom analisar quais as circunstâncias em que veio a pessoa, já que a pessoa veio de forma voluntária atuará de maneira muito diferente se a mesma veio remitida por outra, ou o pior dos casos se veio obrigado por outra. É importante que o conselheiro determine neste momento se o aconselhado é cristão ou não, se não for, é melhor iniciar com o que chamamos de pré-conselho, isto é, apresentar o evangelho. Por outro lado, se você se dá conta de que o caso de aconselhamento múltiplo, isto é, que este apresente outras ou outras, é melhor deter na sessão e solicitar que na próxima vez venha com as pessoas implicadas no problema. Por exemplo, isto pode suceder quando uma pessoa tem problemas com o cônjuge, ou quando o matrimonio tem um problema com o filho adolescente. O melhor é que a pessoa venha com o esposo ou esposa para resolver o problema, ou que o casal traga o filho adolescente. Por outro lado, tem que se reconhecer que nem sempre é possível conseguir que os dois afetados venham ao aconselhamento. Assim, um caso como este que tem falar da pessoa que está presente e não sobre a outra que não está (o falar de outra pessoa é pecado de murmuração, e alem do mais, não serve de nada). Tem que concentrar o caso em falar de como a relação da pessoa presente com a ausente é correta diante de Deus. Em caso de ser um segunda sessão, se pode pedir a tarefa deixada na sessão anterior. Jay Adams se refere a isto: “ao principio de cada sessão o conselheiro pede o trabalho de casa dado na sessão anterior. Algumas vezes tem que dedicar a metade da sessão neste assunto, inclusive toda sessão”. É importante sempre iniciar pontualmente as sessões já que isto reflete a pessoa como verdadeiro interesse em ajudar a pessoa neste problema.

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Desenvolvimento da sessão

Coleta de dados Nesta parte a pessoa irá contar ao conselheiro seu problema. Pode em muitos casos o conselheiro fazer perguntas ao aconselhado para ter melhor visão do problema. No caso de ser uma situação de crise, as perguntas do conselheiro serão as chaves. Aqui é de suma importância que se maneje bem a tomada de notas para que se possam reconhecer os dados de uma maneira precisa. Tem que se ter dados suficiente para não se ter má interpretação tal como fez Eli quando viu Ana; ou como os amigos de Jô; por isso é de suma importância dar ouvidos ao aconselhado e reunir informação sobre a situação que enfrenta. Necessitam-se muitas vezes tomar notas de assuntos físicos, como padrões de sonhos, dieta, exercícios, medicação e outros. Considere a situação espiritual da pessoa, as emoções do aconselhado, e outros aspectos que considere importante.

Identificar o problema Nesta etapa o conselheiro deve identificar biblicamente o problema, baseados em dados que conhece. A Bíblia põe nome aos diferentes tipos de problemas humanos, portanto, devemos identificar os termos que utiliza para descrever os problemas que enfrentamos no aconselhamento. Isto nos ajuda a identificar os problemas e sua solução. Em muitas situações o conselheiro notará que não é só um problema, senão vários, ou que o problema é suficientemente amplo para abarcar mais de uma sessão. Pelo que deverá informar ao aconselhado de que o problema levará mais de uma sessão e estruturar o processo em várias reuniões. Assim, o conselheiro e o aconselhado deverão colocar-se de acordo com os objetivos, especialmente se for a primeira sessão. Alem do mais, é importante que o aconselhado se comprometa em levar a cabo o processo de aconselhamento em caso de levar mais de uma sessão. O primeiro problema que apresenta o aconselhado não necessariamente é o que tem maior importância, senão que tenha sido oferecido como sonda para ver como maneja os problemas. Inclusive pode ter sido mencionado simplesmente para ver a reação inicial do conselheiro ante este problema, para ver se menciona o que considera o “mais grave” ou “mais pecaminoso”. Quando identificamos o problema, devemos comunicá-lo ao aconselhado. Aqui saberemos que determinado conselho deveremos utilizar, se é de consolo, de admoestação ou de orientação. De qualquer maneira tem que explicar o problema de maneira bíblica, e fazer que o aconselhado entenda o problema da forma que Deus o vê.

Solucionar o problema

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Logo após identificar o problema do aconselhado do ponto de vista bíblico devemos também buscar uma solução bíblica, e buscar de como levar essa solução bíblica a prática. Supostamente, em muitos casos tem que primeiramente motivar a pessoa para que tome as decisões que manda a Escrituras para poder resolver o problema. Já que consolamos admoestamos ou direcionamos, as pessoas devem tomar a decisão para que haja mudança em suas vidas e comprometer-se a isso. A melhor maneira de levar à prática a solução de um problema é com um plano. Um plano deve incluir o objetivos ou objetivos bíblicos a serem alcançados, tanto a curto ou em longo prazo, e supostamente, as estratégias para alcançar tais objetivos e inclusive a forma de avaliar que se tem cumprido os objetivos e as estratégias. Entre estas estratégias devem incluir questões de horários, métodos, técnicas, procedimentos, etc. Adams diz que o comprometer-se a um plano bíblico é totalmente essencial porque a menos que o aconselhado faça o que Deus requer, o restante é inútil. Desde a primeira sessão o conselheiro deve dar uma resposta bíblica, isto inclui de dar esperança de que o problema tem solução em Cristo, pedir mudança nas condutas pecaminosas, e dar bases bíblicas sobre os diferentes problemas que se enfrentam.

Término da sessão Cada sessão deve ter seu próprio objetivo e agenda, ainda que se deva estar aberto à flexibilidade de alterar, agregar ou propor algo da agenda. Como término da sessão deve resumir o que se tem obtido e decidido na sessão. Podemos designar trabalho para a casa (se for necessário) isto ajuda a pessoa à por em prática o que ela está aprendendo e além do mais, para que seja mais rápido o processo. Se notarmos que se ocuparão outras sessões, podemos estruturar o aconselhado no que vamos tratar na próxima sessão. A oração final deve enfocar sobre o conteúdo vital da hora anterior.

Imediatamente depois da sessão Logo após a reunião o conselheiro deve fazer um resumo escrito do que foi tratado na reunião, e colocá-lo no expediente em caso de aconselhamento formal. Além do mais, se o conselheiro se comprometeu em fazer uma diligencia, deve prepará-la para sessão seguinte, ou para entregá-la ao aconselhado.

Seguimento O seguimento deve dar sempre, independentemente se o processo tratar de uma ou várias sessões. Sempre é recomendável perguntar a pessoa, como foi o plano designado? O que aconteceu com a decisão bíblica tomada? Se obteve o proposto? Quais obstáculos se apresentaram? E também podemos seguir orando pelo aconselhado e seus problemas.

Conclusão

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Temos visto uma série de fases que deve ter uma sessão de aconselhamento e a relação que esta tem com um processo de aconselhamento. Nem todas as sessões irão corresponder a tudo o que se tem mencionado, mas espero que seja um guia para seu ministério.

Perguntas para a lição 5

Falso ou verdadeiro 1. Segundo o autor, falar de um processo de aconselhamento é o mesmo que falar de uma sessão de aconselhamento. ( ) 2. Segundo o autor, a primeira coisa que um conselheiro cristão deve fazer como uma preparação prévia é orar em favor de si mesmo e de seus aconselhados. ( ) 3. Segundo o autor, não importa que a pessoa não seja crente, tem que iniciar o aconselhamento como se ele fosse crente. ( ) 4. Segundo o autor, não é importante tomar nota de dados físicos senão concentrar-se nas coisas espirituais. ( ) 5. Segundo o autor, tem que identificar o nome que a psicologia dá ao problema. ( ) 6. Segundo o autor, a melhor maneira de se levar a prática a solução de um problema é com um plano. ( ) 7. Segundo o autor, o conselheiro não pode desviar do objetivo e agenda que tem para a sessão, porque atrapalharia o processo. ( ) 8. Segundo o autor, não é conveniente deixar trabalho para casa. ( ) 9. O autor recomenda que logo após a sessão o conselheiro deva fazer um resumo escrito do que foi tratado na reunião. ( ) 10. Segundo o autor, não é necessário o seguimento se o processo de aconselhamento abarca só uma sessão. ( )

Lição 6

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Considerações para aconselhar em diversos contextos

Objetivos Conhecer algumas recomendações para abordar casos em diversos contextos que se possam apresentar ao conselheiro bíblico.

Introdução Neste breve capítulo vamos analisar algumas considerações para dar conselhos em diferentes contextos. Serão avaliadas quatro contextos diferentes: 1. As pessoas de diferentes idades 2. Os assuntos interpessoais 3. As situações de crise 4. O aconselhamento aos não crentes

O aconselhamento a pessoas de diferentes idades Em todos os casos tem que se adaptar a linguagem verbal e não verbal e estratégias às características e necessidades do aconselhado. Este é o principio de encarnação das Escrituras. Jesus teve que encarnar-se e Deus teve que revelar sua Palavra na Bíblia para que pudéssemos entendê-lo. Igualmente Paulo fez para ganhar alguns para o evangelho (I Co 9:19-23). Em caso de aconselhamento de crianças tem que considerar que elas descrevem as coisas a sua maneira, que não entendem as coisas abstratas, que tem períodos diferentes de atenção aos dos adultos, etc. Com os adolescentes se pode falar um pouco mais informal que com os adultos, mas sempre tendo os limites adequados, com os adultos manter o nível de respeito adequado especialmente quando se trata de adultos maiores que o conselheiro. Recordemos que em muitos casos quando há menores de idade e o aconselhamento é formal, é bom que os pais conheçam e o que está sendo aconselhado aos seus filhos.

O aconselhamento em assuntos interpessoais Em assuntos interpessoais, se deve preferir o aconselhamento múltipla como norma e não como exceção; isto é para que conselheiro tenha uma visão total do sucedido ao apresentar ambos os lados da questão (Pv 18:17; 14:15) e para chegar a soluções mais efetivas. Na medida das possibilidades todos os afetados devem estar presentes para que conselheiro possa escutar realmente todos os atos. A quantidade de participantes que deveriam estar incluídos parece ser tão grande quanto o número de indivíduos que se acham envolvidos no problema. Cada um deve ouvir o que o outro tem a dizer, a fim de ter uma compreensão do problema dos diversos pontos de vista. Este tipo de aconselhamento é muito comum quando se dá aconselhamento pré-matrimonial ou matrimonial e quando tem que mediar assuntos de resolução de conflitos. Recordo que uma vez atendi um caso de fofoca, onde tive que trazer praticamente dez pessoas ao meu escritório: a pessoa que foi ofendida, a pessoa que provocou a fofoca, e outras mais que escutaram a

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fofoca. Isto para que assunto não passasse a frente e frear realmente o pecado da fofoca. Consideremos o seguinte exemplo de aconselhamento matrimonial segundo as recomendações de Adams: “para começar, os cônjuges tem que vir juntos para serem aconselhados. Não tem nenhum sentido dar-lhes horas separadas a cada um. Não só as citações separadas levam a recolher dados mais parciais e deficientes, ainda falsos, senão como o outro não está presente para retificar e ampliar o que seu cônjuge disse (em conformidade com Pv 18:17), se dá ocasiões para que se criem suspeitas desnecessárias e se propicia uma situação que tende a pessoa que está presente fale mal da outra quando esta não está para o ouvir, o qual está proibido nas Escrituras”.

O aconselhamento e as situações de crises As crises são partes normais da vida do ser humano. Há crises que se apresentam simplesmente pela etapa da vida que atravessa uma pessoa, e outras que são inesperadas. A maioria das Epístolas foi escrita para resolver crises pessoais ou eclesiásticas. Talvez a pior crise que as escrituras apresentam no Antigo Testamento é a de Jó. O pior do caso é que seus amigos não souberam tratar a crise adequadamente. O conselheiro que recebe uma pessoa em crise deve saber como atuar senão tornará a crise maior ainda, e seja como os amigos de Jó. Novamente temos que dizer que o conselheiro bíblico deve basear seu conselho na Palavra, mas nesses casos deve fazê-lo com maior intensidade, já que é necessário confrontar ou consolar. Normalmente uma situação de crise é uma situação de urgência, pelo que realmente o conselheiro deve aplicar são os primeiros socorros para ajudar a pessoa no estado de emergência. Depois se pode dar um acompanhamento pastoral completo. Adams diz que há três elementos a considerar em uma crise: a situação de crise, o individuo em crise e a resposta que tem que dar aos motivos da crise.

A situação de crise A situação de crise deve ser analisada, o conselheiro deve analisar cada uma de suas partes, e dividi-las para poder melhor manejá-las. Isso trará clareza tanto ao conselheiro quanto ao aconselhado. O conselheiro deve esforçar-se em analisar a crise do ponto de vista de Deus, e fazer com que o aconselhado veja da mesma maneira. Adams diz: “Deus é soberano. Não importa quão grave seja a crise ou que pareça, nunca está além da capacidade de Deus para resolvê-la. Além do mais, tampouco está fora do alcance e interesse de Deus. Todo cabelo do aconselhado está contado”. Portanto, a nossa função é fazer com que o aconselhado veja de que Deus está no meio da crise. Isto nos dá a entender que a crise é limitada, “a situação não é perdida nem impossível e nem sem esperança. Nem tampouco está demasiadamente fora de controle”. Jesus está conosco, e isto nos dá a entender que a crise tem um propósito nos planos de Deus. Deus sabe como operar em nossas vidas, assim como o fez na vida de Jó. Por último, o reconhecer que

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Deus está no meio da crise nos alenta porque sabemos que contamos com sua força e sabedoria. O individuo na crise Recomenda-se analisar o indivíduo em crise. Qual é o seu estado? Está totalmente consciente ou não conta com suas faculdades? É cristão ou não-crente? Sua atitude ajuda ou piora o assunto? O que tem feito até agora para resolver a crise? Com que recursos conta?

As respostas aos motivos da crise Recomenda-se neste caso ser totalmente direto devido às condições exaltadas da pessoa. O melhor é orientar a pessoa a tomar um plano de ação. Tem que agir com autoridade bíblica e levar a pessoa a tomar uma decisão e ações que requer em meio à situação de crise. Por outro lado as ações devem ser concretas, isto é, devem dar passos específicos.

O aconselhamento e os não-crentes

Às vezes sucede que pessoas não crentes se aproximam para solicitar conselho a nós como parte da igreja. Não importa se você é um pastor ou simplesmente um membro da igreja, você deve lembrar que o aconselhamento bíblico dirigidas à pessoas não-crentes deve ser evangelística; entendendo que a mesma deve dar a seriedade ao pecado tal como que Deus deu o seu Filho para morrer pelos pecadores. Um não-crente em nenhum momento tem por motivo agradar a Deus, nem tem o Espírito Santo que é o que muda e que santifica; pelo que um conselheiro bíblico está impossibilitado de dar conselho, primeiro deve-se evangelizar para que possam ter o mesmo ponto de partida. “Os que não são crentes não tem o desejo de servir a Cristo como o seu Senhor (I Co 12:13b); não tem a capacidade de entender as Escrituras (I Co 2); e não tem poder para fazer a vontade de Deus (Rm 5:6). Em vez disso, tem um coração de pedra que não pode ser tocado nem modelado até que o Espírito o transforme em um de carne (Ez 11:19). Ao menos que o Espírito regenerador de Deus seja derramado em seu coração e o transforme, o não crente não pode amar a Deus ou ao seu próximo (Rm 5:5), ou seguir algum mandamento de Deus (Ez 11:20)”. Devemos usar nestes casos um “pre-conselho” ou uma fase prévia que inclua o evangelismo da pessoa. Conselho prévio é a tarefa de apresentar a Cristo para as pessoas não-crentes não só como a entrada para a vida eterna como também soluções para seus problemas na vida. Ao dar um conselho prévio a um não crente, o conselho deve deixar bem claro que desde o principio que não começou o aconselhamento que, devido as circunstancias não foi possível fazê-lo. Em todo momento se deve assinalar que nossa orientação é bíblica utilizando as Escrituras como norma autoritária. Se deve mencionar a Deus com freqüência, orar nos momentos adequados e apresentar o evangelho

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dentro do contexto do pecado e suas conseqüências; e mostrar o pecado como origem de seus problemas.

Conclusão Cada caso é distinto, e deve ser tomado de forma independente. Não existem receitas “mágicas” no aconselhamento. De todos os modos, este pequeno capítulo foi escrito para que o conselheiro tenha alguns princípios gerais para tratar os diversos tipos de pessoas em casos diversos. Espero que estas sugestões possam ser avaliadas pelos conselheiros e tomadas em conta na hora de abordar as diversas problemáticas que nos apresentam na lida de aconselhamento.

Perguntas para a lição 6

Falso ou verdadeiro 1. Segundo o autor, as crianças entendem as coisas abstratas. ( ) 2. Para o autor, nas crises, nossa função é fazer com que o aconselhado veja a Deus no meio delas. ( ) 3. Há crise que corresponde a etapa da vida que a pessoa está enfrentando. ( ) 4. Normalmente uma situação de crise é uma situação de urgência. ( )

Complete 5. Há três elementos a serem considerados numa crise: a _____________ de crise, o ___________ na crise e a ____________ que tem de dar aos motivos da crise. 6. O autor chama de aconselhamento________________ o aconselhar de duas ou mais pessoas de forma simultânea dentro do mesmo espaço físico. Esta deve preferir nos assuntos __________ . 7. O autor chama “_____________” a uma fase prévia que inclua o evangelismo da pessoa não-crente.

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Lição 7Aconselhamento, emoções e sentimentos.

Objetivos

1. Compreender o que diz as Escrituras acerca das emoções e os sentimentos. 2. Aplicar uma boa teologia das emoções no aconselhamento.

Introdução Dedico todo um capítulo ao tema das emoções e os sentimentos devido ao que encontramos na pós modernidade, uma era que realça o subjetivo e dispensa o objetivo. Muitas vezes se justifica o pecado e o não arrependimento usando como desculpa as emoções e os sentimentos, pelo que parece me é de suma importância analisar o que nos diz as Escrituras a respeito.

Definindo as emoções e os sentimentos É importante diferenciar emoções e sentimentos. As emoções segundo o Dicionário da Real Academia Espanhola se referem uma alteração de ânimo, intensa e passageira. Isto é, refere-se ao que sentimos em um determinado instante. Entre as diversas emoções primárias podemos citar: a alegria, a tristeza, o medo, etc. Ao contrário, um sentimento é um estado afetivo do ânimo produzido por causas que o impressionam. A diferença das emoções que são instantâneas, os sentimentos é um estado em que a pessoa se encontra.

Teologia das emoções e os sentimentos As emoções e os sentimentos são bons em si mesmos. Deus nos fez assim, e tudo o que Deus faz é bom e tem um propósito e um sentido. Além do mais, tudo o que fez é bom (Gn 1:31). A capacidade de sentir é uma benção de Deus. Mediados por esta capacidades de sentir podemos mostrar afeto, sentir gozo, mostrar compaixão, ter misericórdia, e muitas qualidades assenciais da vida cristã. Por meio do sentir é que podemos cumprir com o mandato “alegrai-vos com que se alegram e chorai com ao que choram” (Rm 12:15). Mas se fazemos da capacidade de sentir o summo bonun da humanidade, isto não é outra coisa que simples e chato hedonismo. Devemos aprender a exercer uma boa mordomia de nossos sentimentos e emoções; isto é parte da Imago Dei do ser humano, nosso deus é um Deus emotivo. Deus é um Deus de gozo, disse Sofonias 3:17 que “Ele se alegrará sobre ti com alegria, calará de amor, se regozijará sobre ti com cânticos”. É um Deus que se ira (Jo 2:13-22), que chora (Jo 11:35), que se compadece (Mt 9:36; 14:14; 15:32) e que em toda as Escrituras nos deixa ver o seu amor para conosco, expressado em sumo grau ao enviar o unigênito a morrer na cruz por nós (Jo 3:16). Por essa capacidade de sentir podemos sentir-nos tristes pelo pecado cometido a outros e por si próprio e desta maneira chegar ao arrependimento; por esta capacidade nos indignamos ante a dor alheia e os males sociais como o racismo, a xenofobia, o machismo, etc.

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Temos que ver as emoções e os sentimentos como aliados e não como inimigos. Deus nos fez desta maneira com um propósito. Cada uma das emoções que sentimos tem um propósito determinado. Existem pessoas que põe ter uma lesão no córtex frontal perdem a capacidade de sentir emoções. Estas têm um humor agradável, mas não são conscientes do uso do tempo já que não sentem a pressão deste, não conhecem suas preferências, nem sentem motivações, não podem entender as emoções dos outros e são desinteressados ou atrevidos na relação com outros. São como o andróide Data de “Viajem nas estrelas: A nova geração” que não podem entender as emoções humanas nem ao menos senti-las. Deus colocou as emoções dentro de nós e tem um propósito no nosso desenvolvimento diário. O medo nos avisa que há um perigo e que devemos fugir, a raiva nos indica que há uma ameaça e nos dá o vigor para defendermos dela, a tristeza busca que nos recuperamos, a alegria nos faz sentir bem e, portanto, nos ajuda a recuperarmos do estress do viver diário e da enfermidade; e assim cada uma das emoções tem sua função em nossa vida. Agora, tem que reconhecer que com a queda do homem depravou também nossas emoções e sentimentos, e que elas têm sido contaminadas com germes do pecado. Por isso, em relação com nossas emoções primárias nos conduzimos muitas vezes de forma pecaminosa, e muitos de nossos sentimentos como o ódio e o ressentimento são verdadeiros pecados segundo a Bíblia.

Os problemas emocionais Não podemos falar biblicamente sobre “problemas emocionais”; quando uma pessoa está deprimida, ansiosa, hostil, etc.; o problema não reside em suas emoções senão na forma como se comporta respondendo as suas emoções. As pessoas se sentem mal por causa de suas más ações (Gn 4: 6-7; I Pe 3: 16). As emoções são boas, são partes do que Deus nos deu. Nosso problema reside em como manuseamos as emoções, isto é, em como atuamos segundo nossas emoções. Supostamente que há emoções condutas que são pecado, mas isso se deve a um manejo pecaminoso de nossas emoções, e por outro lado, há sentimento que também são pecados diante de Deus. Uma mordomia das emoções, inclusive o sentir e o atuar adequadamente. As emoções se devem sentir, mas sem pecar; se reprimirmos as emoções podemos ficar enfermos ou acumular até que explodimos; por isso devem ser expressada de maneira sã. Jesus se irou, mas porque a glória de Deus foi apagada, só Ele pode irar-se sem pecar; ainda, assim as Escrituras nos chama a irar sem pecar (Ef 4:26). Igualmente poderíamos falar de como manejar adequadamente as emoções como a tristeza, o gozo, o medo, etc. Somos responsáveis pelo que sentimos, é um dualismo não responsabilizarmos por isso, como se os sentidos nos dominassem. Recordemos que na Bíblia as palavras referidas a estados internos conotam sempre sua correspondente expressão exterior. Na como visão bíblica os sentimentos e as ações estão estreitamente inter-relacionados. O amor não é só um sentimento senão uma ação, igual a cada aspecto do fruto do Espírito.

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A cultura de hoje em dia põe muita ênfase nos sentimentos; Nós como cristãos que buscamos obedecer a bíblia devemos pensar de forma diferente. Nós cremos que as condutas estão ligadas aos sentimentos, e não que os sentimentos produzem as condutas. Um bom exemplo disso está em Gênesis 4:3-7 onde Deus diz a Caim: Se bem fizeres não estaria exaltado? Hoje em dia uma resposta comum sobre porque não se atua é: É porque não me desce”, isto é somente uma desculpa e uma rebeldia contra Deus, um cristão deve atuar conforme o bem e isto produzira sentimentos positivos.

Conclusão Os sentimentos não devem ser ignorados, Deus nos deixou porque são sinais que evidenciam de que há problemas. Não tem que eliminar as emoções (ainda que sem o manejo destas) senão tratar o problema que perturba as emoções. Deus nos ajude a aconselhar as pessoas para que exerçam de maneira agradável a Deus suas emoções e sentimentos.

Perguntas para a lição 7Complete 1. Uma _________________ é uma alteração do ânimo, intensa e passageira. 2. Um ________________ é um estado afetivo do ânimo produzido por causas que o impressionam. 3. As diferenças das emoções que são ______________ , os sentimentos é um _________________ que está na pessoa.

Seleção única 4. Não é uma emoção a. medo b. alegria c. amorFalso ou verdadeiro 5. As nossas emoções e os sentimentos são bons em si mesmos. ( ) 6. Nosso Deus é um Deus emotivo. ( ) 7. Falar de problemas emocionais tem base nas Escrituras. ( ) 8. Com a queda do homem também se depravou os sentimentos e emoções. ( ) 9. Tem que se ver as emoções e os sentimentos como inimigos. ( )

Apêndice 1Formulário de informação básica familiar

O seguinte formulário tem como objetivo coletar uma série de dados acerca de sua pessoa. Responde ao propósito de ter uma fonte de informação confiável que nos permita desenvolver um programa de atenção em função da necessidade particular de cada crente.

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Ficha de identificação familiar (Se o crente for menor de idade)Mãe PaiNome NomeProfissão ou ofício

Profissão ou ofício

Escolaridade EscolaridadeLugar de trabalho

Lugar de trabalho

Telefone do trabalho

Telefone do trabalho

Telefone residencialCorreio eletrônico

Paimãe

Direção

Informação da pessoaNome telefoneLocal e data de nascimento

Idade

endereçoInformação do núcleo familiarN. de membros na família (incluindo os pais)Nome do cônjuge

Estado atual dos pais

( ) Estável ( ) Divorciados( ) Separados ( ) Viuvez, qual membro

Nomes e idades dos filhosQue outros membros vivem na casaSituação econômica da famíliaComo você qualifica a situação econômica da família( ) Excelente ( ) Muito boa ( ) Boa ( ) Má ( ) Muito máN. de membros que trabalham

Ocupação Parentesco

A casa que ocupam é:( )Alugada ( ) Própria( ) Emprestada ( ) Outro

Quantos anos moram ali?

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Apêndice 2Folha de atenção em aconselhamento

_____________________________________________Igreja: _______________________________________Ministério: ____________________________________ Data: _____/_____/_____ .Início: __________Término: ______________

Folha de atenção em aconselhamento

Número de entrevista: _____________________ Nome do aconselhado: _____________________

Tipo de assunto ( ) Espiritual ( ) Escolar ( ) Conduta ( ) Emoções ( ) Pessoal ( ) Outros (especificar)

Motivo:

Anotações:

Resoluções:

Comentários:

( ) Necessita de seguimento ( ) Seguimento efetuado

Assinatura do conselheiro: _________________________ .

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Apêndice 3

Conclusão

O presente manual oferece um marco teórico bíblico para sustentar o trabalho de aconselhamento cristão. Este analisa os princípios bíblicos que subsidiam como fundamento do aconselhamento para logo ver como se aplica na prática. É minha intenção de que você possa aplicar em seu ministério os princípios e sugestões detalhadas nas páginas deste manual. A você cabe avaliar este material desde os parâmetros bíblicos e definir se aplica ou não os princípios que nele se encontram. Sigamos fazendo o trabalho que Deus tem nos encomendado a todos que formam o Corpo de Cristo, façamos discípulos, e ensinando-os por todos os meios, incluindo o aconselhamento sustentado nas Sagradas Escrituras, para a expansão do reino e para a glória de Deus.

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Bibliografia anotada

Adams, J. (1981). Capacitados para orientar. Gran Rapids: Portavoz. 328 pp. O primeiro livro de Adams, no cunho o termo “aconselhamento noutético”. O livro faz um resumo dos princípios bíblicos no aconselhar. Explica um pouco da história de Adams e sua transição no aconselhamento bíblico.

Adams, J. (1986). Capacitados para restaurar. Barcelona: CLIE. 285 pp. Neste texto Jay Adams faz um texto dirigido aos leigos dando entender que os labores do aconselhamento é questão de toda igreja. É um livro fácil de ler pelo fato de ser dirigido aos crentes da igreja e não aos teólogos.

Adams, J. (1984). A prática do aconselhar. Barcelona: CLIE. 285 pp. Este livro é uma recopilação de várias conferencias e livros de Adams que foram citados em vários seminários teológicos dos Estados Unidos. Toca os temos como a Soberania de Deus e as Escrituras, o manejo de crises no aconselhamento, e o uso das Escrituras no aconselhamento.

Adams, J. (1985). Livro de casos do conselheiro cristão. Barcelona: CLIE. 224 pp. Este manual tem sido designado para o uso nas classes ministeriais de seminários. Contém casos reais modificados para guardar confidencialidade. O livro nos apresenta uma boa forma praticar princípios de aconselhamento bíblico.

Adams, J. (1984). Manual do conselheiro cristão. Barcelona: CLIE. 464 pp. Este manual é muito mais amplo que o livro “Capacitados para orientar”. Adams divide a obra em três sessões, uma que trata das pessoas implicadas no aconselhamento, outra sobre as pressuposições e princípios na prática de aconselhar e por último uma sobre aspectos no processo.

Adams, J. Matrimônio, divórcio e novo matrimônio. Barcelona: CLIE. 194 pp. Neste livro se aborda de forma bíblica o tema do divórcio, o matrimônio e o novo matrimônio. É muito importante devido a grande quantidade de divórcio que se sucedem hoje em dia no povo de Deus, igualmente para analisar o caso de novos convertidos que chegam à fé logo após do divórcio.

Bertolini, M. (2005). Manual de aconselhamento bíblico. Flórida: Editorial Peniel. 274 pp. O autor toma a linha de aconselhamento baseada na forma pré suposicional na Bíblia. Fala de assuntos como quem deve aconselhar os tipos de pecados, a enfermidade, a ação demoníaca e aliar-se com o Espírito Santo para ajudar aos outros.

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Betancourt, E. (1995). Introdução a psicologia pastoral. Barcelona: CLIE. 250 pp. Este pretende direcionar as pessoas interessadas no aconselhamento. Contém uma dupla tarefa: Terapêutica, isto é, assessorar no que se chama “intervenção na crise”, e preventiva, isto é, detectar as necessidades espirituais e físicas das pessoas para assegurar-nos de que cresçam “emocionalmente estáveis”.

Clinebell, H. (1999). Assessoramento e cuidado pastoral. Gran Rapid: Livros desafios. 480 pp. Para o autor o trabalho pastoral deve enfocar-se no crescimento, a maturidade e o desenvolvimento integral da pessoa. Tenta realizar uma síntese da psicologia e da teologia pastoral aplicando-o no ministério da igreja.

Collins, G. (1977). Manual de psicologia cristã. Barcelona: CLIE. 224 pp. O autor busca falar de psicologia desde bases teístas, e busca oferecer ajuda para que uns possam levar as cargas dos outros. Segue a tese de que o aconselhamento deve ser levado por toda a igreja.

Consiglio, W. (1996). O que é homossexualidade? Bogotá: Editorial CLC. 300 pp. Uma reflexão bíblica e científica acerca do problema da homossexualidade, estratégias de esperança para o afetado e sugestões para o conselheiro.

Crabb, L. A arte de aconselhar biblicamente. Miami: UNILIT. 338 pp. Este manual tem conselhos e ajudas práticas para aconselhar aqueles que passam por momentos de aflição. Tem um guia de estudo preparado por FLET.

Dale Pike, G. (2001). Aconselhamento, a outra cara do discipulado. Barcelona: CLIE. 128 pp. O autor apresenta a tese de que o aconselhamento é necessário aos novos convertidos para poderem crescer e que esta é uma parte do discipulado cristão.

Dobson, J. (1998). Enciclopédia de problemas familiares. Barcelona: CLIE. 434 pp. O autor é professor clínico de pediatria. Um manual prático sobre problemas familiares e de juventude. Seu enfoque se baseia no fomento dos valores cristão.

Giles, J. (2003). O ministério do pastor conselheiro. Texas: Editorial Mundo Hispano. 224 pp. Este livro inicia pondo as bases teológicas para o cuidado pastoral e o aconselhamento, logo fala alguns princípios e aplicações práticas deste ministério.

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Hamilton, J. (1975). O ministério do pastor conselheiro. Kansas: Casa Nazarena de publicaciones. 122 pp. Este livro nos fala da função de aconselhar do ministro. Também desenvolve o tema das técnicas e a entrevista em aconselhamento. Por último, dá conselhos para noivos, casados e jovens.

Hightower, J. (2003). O cuidado pastoral desde a cuna até a tumba. Texas: Editorial Mundo Hispano. 161 pp. O livro analisa como dar cuidado pastoral aos crentes desde uma perspectiva bíblica e evolutiva. Dá conselhos para trabalhar com crianças, adolescentes, jovens, adultos e velhos.

Hoff, P. (1981). O pastor como conselheiro. Florida: Editorial vida. 228 pp. Este livro proporciona conceitos básicos da psicologia prática, principais técnicas do aconselhamento pastoral e um estudo sobre os grandes temas da sociedade contemporânea.

Jacobs, M. (2000) Essa voz interior: Uma introdução ao aconselhamento pastoral. Barcelona: CLIE. 336 pp. Estabelece os limites adequados entre o compromisso teológico do pastor e quantas disciplinas na área secular restam a seus serviços no campo do aconselhamento. Com isso, se quer proporcionar aos estudantes de teologia uma correta compreensão do contexto social da lida pastoral, da dinâmica da relação de ajuda e das diferentes atitudes em seu desenvolvimento; aportando uma sólida base de conhecimentos práticos que facilitem sua intervenção.

Jacobs, M. (2004) Escutando. Barcelona: CLIE. 192 pp. Este livro dá uma ênfase no desenvolvimento das capacidades básicas necessárias para uma escuta e uma resposta adequada.

Maldonado, J. (2002). Crises, perdas e consolação na família. Grand Rapids: Livros desafios. 86 pp. Maldonado descreve cada uma das etapas de uma crise. Sugere-nos ademais como atuar para que as pessoas e famílias obtenham sanidade e tirem proveito da vida apesar do sofrimento e das perdas.

McArthur, J. e Mack, W. (1996). Um novo olhar ao aconselhamento bíblico. Tenesse: Editoria Caribe. 384 pp. Os autores escrevem um manual que resume aos princípios e as práticas do aconselhamento cristão em conjunto com a faculdade do seminário onde trabalham. Trazem a história do aconselhamento desde aos tempos bíblicos até o presente, e logo trabalham sobre os diversos temas relacionados ao aconselhamento bíblico.

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McDowell, J. e Hostetler, B. (2000). Manual para conselheiros de jovens. Texas: Editoria Mundo Hispano. 552 pp. Este livro tem sido estruturado com o propósito de permitir que um pai, pastor, líder dos jovens, mestre ou adulto abra o livro no índice de conteúdo, localiza o capitulo que trate o problema em questão e, em uma só sessão de leitura, obtenha uma compreensão profunda do problema e como responder a ele. Um guia completo dos 50 maiores problemas que os jovens enfrentam hoje.

Montilla, R. E. (2004). Vivendo a terceira idade: Um modelo integral de aconselhamento para um bom envelhecimento. Barcelona: CLIE. 274 pp. De uma maneira esplendida tomando em conta o campo da medicina, psicologia, sociologia e teologia, o professor Montilla, apresenta neste livro uma visão integral acerca do processo do envelhecimento e a velhice. Ele postula que este conceito holístico nos ajudará a entender e viver a terceira idade de uma maneira mais plana e satisfatória.

Morales, J. (2002). Aconselhamento de adolescentes e jovens. Miami: MINTS. 88 pp. Neste curso revisam-se de modo geral os problemas mais recorrentes que afetam a juventude cristã.

Morales, J. (2002). Desenvolvimento integral do adolescentes. Miami: MINTS. 200 pp. Este curso apresenta uma analise do processo evolutivo que vive os adolescentes nas diferentes áreas de seu desenvolvimento. É um curso essencial para os pastores que buscam entender aos adolescentes de suas igrejas.

Morales, J. (2006). Pastoral acadêmica e vocacional. Miami: MINTS. 99 pp. Neste curso se aborda uma área um pouco descuidada pelos pastores e conselheiros cristãos, a área intelectual. Oferece sugestões para abordar as diferentes problemáticas acadêmicas, vocacionais e ocupacionais que vivem os jovens de nossas igrejas.

Morales, J. (2007). Pastoral preventiva. Miami: MINTS. 116 pp. Este curso aborda o tema do aconselhamento, mas desde a perspectiva da prevenção, reconhecendo que é prevenir que lamentar. Oferecem uma análise prática dos problemas das drogas, gangues, brigas e outros.

Narramore, C. (1996). Enciclopédia dos problemas psicológicos. Miami: UNILIT, 244 pp. Definições e explicações dos principais problemas sociológicos humanos.

Polischuk, P. (1992). O conselheiro terapêutico. Barcelona CLIE. 160 pp.

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É um manual designado para pastores e conselheiros formais, em resposta à necessidade da preparação ministerial.

Polischuk, P. (1992). A depressão e seu tratamento. Barcelona CLIE. 160 pp. O autor nos apresenta uma análise do tema da depressão e seu tratamento sem deixar de lado a parte espiritual deste problema.

Pruyser, P. (2006). O diagnóstico pastoral. Grand Rapids: Livros desafio. 131 pp. Mostra como os pastores podem usar sua preparação teológica e ministerial para oferecer ajuda a pessoas que sofrem problemas.

Quintero, I. (2005). Não a violência e ao abuso sexual! Miami: MINTS. 169 pp. Neste curso se aborda o tema do abuso sexual desde uma exegese da violação de Tamar. Apresenta desafios e soluções que a igreja pode tomar para enfrentar e diminuir esse flasgelo. Stemateas, B. (2001). Aconselhamento pastoral. Barcelona: CLIE. 320 pp. Neste livro o autor apresenta um enfoque no trabalho de aconselhamento. Trata de realizar uma síntese entre a psicologia e a teologia.

Stamateas, B. (1997). Técnicas de aconselhamento pastoral. Barcelona: CLIE. 168 pp. Este livro complementa seu outro livro. Neste apresenta o desenvolvimento prático no trabalho de aconselhamento, inclusive explicando diversos detalhes. Em geral, faz-se uma revisão de diversas técnicas que podemos utilizar no aconselhamento pastoral.

Taulman, J. (2005). O mestre como conselheiro. Texas: Editorial Mundo Hispano. 94 pp. Apresenta a tese de que os mestres de nossas igrejas além de ensinar devem aconselhar. Proporciona idéias práticas para que os mestres realizem o trabalho de aconselhamento.

Tournier, P. (1997). Medicina da pessoa. Barcelona; CLIE. 304 pp. O autor apresenta a tese de que a enfermidade física nada mais é que uma exteriorização de uma doença espiritual mais profunda. Proclama que saúde da alma é necessária para alcançar a saúde física do corpo da pessoa.

Ward, C. (1984). Manual de Billy Graham Para obreiros cristãos. Minneapolis: World Wide Publications. 297 pp. Um manual que oferece um guia para leigos de como ganhar almas e dar conselhos pessoais. Contém um índice sobre diversos problemas humanos e princípios bíblicos que se possam aplicar em cada caso.

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Page 54: Consejería Bíblica · Web viewPor outro lado, como nossa visão principal é buscar a glória de Deus, em algumas ocasiões o que agrada a Deus é que rompamos a confidencia quando

White, J. (2000). Para uma saúde sexual. Buenos Aires: Ediciones Certezas Argentinas. 366 pp. O livro fala acerca de como a humanidade tem caído no pecado sexual, e nos mostra maneiras para orientar a sexualidade de maneira bíblica para restaurá-la à maneira que Deus deseja.

Wright, N. (1991). Como aconselhar em situações de crise. Barcelona: CLIE. 368 pp. O autor fala de aconselhamento de crise. Expõe que é uma crise, como detectá-la e como deve intervir o conselheiro. Logo, analisa diversas crises comuns como a depressão, o suicídio, o divorcio, a morte, etc.

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