Conselho Regional de Economia de Minas Gerais CORECON-MG · 43.000 EMNs : acima de 1.000.000 de...
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Maria Eulália Alvarenga
Belo Horizonte, 26 de junho de 2015
Conselho Regional de Economia de Minas Gerais –
CORECON-MG
QUEM SÃO OS DONOS DO MUNDO?
Rede de Controle de Poder Corporativo Global 43.000 EMNs : acima de 1.000.000 de ligações de propriedade 40% do controle nas mãos de 147, e “core” altamente conectado entre si 75% do “core” são entidades financeiras 75% da propriedade destas 147 empresas nas mãos das empresas do centro Pouco mais de 50 empresas do setor financeiro detém controle do centro
S. Vitali, J.B. Glattfelder, and S. Battiston (2011) The network of global corporate control
CORPORATOCRACIA: instituições financeiras (bancos), grandes
corporações integradas com conluio governamental - controle eficaz
de imperialismo – principal influencia, de forma mais sutil, nas
economias e políticas mundiais
“Sistema da Dívida”
• Sistema que promove a forma mais sutil e eficaz de
imperialismo
• Banco Mundial, FMI, Agência Americana para o
Desenvolvimento Internacional – USAID e demais bancos
e grandes corporações de governos interligados na “ajuda”
a países com grandes recursos naturais ou em posição
estratégica. Ex: Panamá, Equador, Arábia Saudita, Irã,
Iraque.
“Sistema da Dívida”
• Utilização do endividamento como mecanismo de
subtração de recursos e não financiamento dos Estados
• Se reproduz internacionalmente e internamente, em
âmbito dos estados e municípios
• Dívidas sem contrapartida para a população
• Maior beneficiário: Setor financeiro e grandes
corporações
“Sistema da Dívida”
• Onera geração futuras – serão mantidas como reféns do
sistema da dívida- explora aqueles com recursos mais sem
poder
• o não pagamento da dívida é que dá poder de ação.
“Sistema da Dívida”
“Las políticas que dan forma a nuestra realidad social ya no son elegidas por
población a través de la votación de un determinado programa político, sino
que las imponen organizaciones supranacionales, dominadas por los
acreedores financieros internacionales, que las orientan bajo el único
propósito de redirigir todos los recursos de la economía al pago de la deuda
privada que se está transformando en pública."
www.attac.es/.../se-dice-que-hemos-vivido-por-enci.
• Crise gerada pelo Sistema Financeiro
• Filme Inside Job - “Filme revela como agentes
econômicos permitiram que nações quebrassem e
gerassem um rombo de US$ 20 trilhões”
•Quando a base ruiu:
- queda dos preços dos imóveis;
-inadimplencia dos mutuários - as instituições viram-se
descapitalizadas – tornando-se insolventes.
•Lehman Brothers, Goldman Sacks, City Bank, JP
Morgan, Merrill Lynch, AIG (seguradora), etc.
CONJUNTURA ATUAL – MUNDO
CRISE DO CAPITALISMO
AUDITORIA INÉDITA: Departamento de Contabilidade Governamental dos EUA revelou que US$ 16 trilhões foram
secretamente repassados pelo Banco Central dos Estados Unidos – FED, Federal Reserve Bank - para bancos e corporações
Citigroup: $2.5 trillion ($2,500,000,000,000) Morgan Stanley: $2.04 trillion ($2,040,000,000,000) Merrill Lynch: $1.949 trillion ($1,949,000,000,000)
Bank of America: $1.344 trillion ($1,344,000,000,000) Barclays PLC (United Kingdom): $868 billion ($868,000,000,000)
Bear Sterns: $853 billion ($853,000,000,000) Goldman Sachs: $814 billion ($814,000,000,000)
Royal Bank of Scotland (UK): $541 billion ($541,000,000,000) JP Morgan Chase: $391 billion ($391,000,000,000)
Deutsche Bank (Germany): $354 billion ($354,000,000,000) UBS (Switzerland): $287 billion ($287,000,000,000)
Credit Suisse (Switzerland): $262 billion ($262,000,000,000) Lehman Brothers: $183 billion ($183,000,000,000)
Bank of Scotland (United Kingdom): $181 billion ($181,000,000,000) BNP Paribas (France): $175 billion ($175,000,000,000)
http://www.gao.gov/products/GAO-11-696
Crise gerada pelo Sistema Financeiro
Para Salvar o “mercado” de seus desvarios – socializam
mais uma vez os prejuízos – enfraquecimento dos Estados
Crise do Setor Financeiro é transformada em
CRISE DA DÍVIDA
CONJUNTURA ATUAL – MUNDO
CRISE DO CAPITALISMO
CONJUNTURA GLOBAL
CRISE
FINANCEIRA
SOCIAL
ALIMENTAR
AMBIENTAL
CRISE DE VALORES
EXACERBADO PODER DO “MERCADO” E DA GRANDE MÍDIA
“Sistema da Dívida”
Como opera
• Modelo Econômico
• Privilégios Financeiros
• Sistema Legal
• Sistema Político
• Corrupção
• Grande Mídia
Dominação financeira e graves consequências sociais
“Sistema da Dívida”
Ao invés de aportar recursos, a Dívida Pública passa a ser um
meio de retirar recursos de forma crescente e contínua.
Como opera:
Modelo Econômico e Tributário: Orientado à obediência de ajustes fiscais,
antirreformas, controle inflacionário, arranjos contábeis, aplicação de mecanismos
meramente financeiros outras medidas impostas por organismos internacionais.
Regras Jurídicas: modificação de leis que garantem poderes para o setor financeiro;
prioridade para o pagamento da dívida financeira.
Poder Político: Poder financeiro financia campanhas eleitorais e meios de comunicação;
tecnocracia assume o poder político.
Corrupção: Serve para desviar o conhecimento do domínio financeiro. Viabiliza
aprovação de medidas antissociais.
Com relação as agências de rating. Quem são? Quem paga por seus
serviços? A quem servem?
- Principais são: Standars & Poor’s (S&P), Moody’s e Fitch Ratings.
- São empresas privadas.
- Foram severamente criticadas quando da crise das hipotecas subprime por darem
notações AAA (Triplo A) várias empresas poucos meses antes de ser provado que seus
CDO não valiam absolutamente nada. Ver o documentário “Inside Job”.
- A Standars & Poor’s foi condenada na Austrália por classificar com triplo A(AAA)
títulos do Banco ABN-Amro e depois foi comprovado que não valiam nada. Ver “ La
nota del fraude, de 09-11-2012:
http://agendaglobal.redtercermundo.org.uy/…/la-nota-del-fra…
“
CONJUNTURA GLOBAL
Diante da CRISE DA DÍVIDA
Medidas de austeridade para destinar recursos ao pagamento da dívida:
• Corte de gastos sociais
• Congelamento e redução dos salários
• Demissões
• Reformas da Previdência
• Comprometimento dos Fundos de Pensão
EUROPA: REAÇÃO DA CLASSE TRABALHADORA
Grandes mobilizações e GREVE GERAL
Grécia Irlanda França
Portugal Inglaterra Espanha
Conjuntura Atual – EUROPA
Manifestações contra Troika (Comissão Europeia, o Banco Central Europeu -BCE e o Fundo Monetário Internacional -FMI)
PARADOXO BRASIL
Segundo Aristóteles, filosofo grego (384-322 a.C.), o Estado
existe para prover a boa qualidade de vida, não
simplesmente a vida.
Todos os direitos sociais tem custos financeiros públicos –
somos sós que pagamos temos o direito de escolher o modelo
de estado que queremos – definir as políticas públicas.
PARADOXO BRASIL
Estamos muito
distantes do
Brasil que
queremos
• 7ª economia mundial
• Pior distribuição de renda do mundo http://iepecdg.com.br/uploads/artigos/SSRN-id2479685.pdf
COMPARADO COM GINI index | Data | Table
• 79º no ranking de respeito aos Direitos Humanos – IDH
• Penúltimo no ranking da Educação (Índice Global de Habilidades Cognitivas e Realizações Educacionais )
• 128o no ranking do crescimento econômico
CONJUNTURA BRASIL 2015
• Aumento de tarifas (preços administrados: energia, telefonia, água, combustível, transporte) = aumento dos preços de produtos e serviços
• Elevação da inflação
• Aumento dos juros (sob a justificativa de combater inflação)
• Aumento de tributos para consumidores e trabalhadores
• AJUSTE FISCAL: corte de gastos e direitos sociais, e de investimentos, para destinar recursos para pagar juros
• AJUSTE FISCAL: continuidade das privatizações (CEF, Petrobrás)
• PIB: crescimento nulo ou até negativo (desindustrialização)
Essa conjuntura é pontual ou está estruturada pelo modelo econômico?
Qual é a perspectiva de reajustes salariais e a manutenção dos empregos nessa conjuntura?
BRASIL: MODELO ECONÔMICO EQUIVOCADO
voltado para a concentração de riqueza e renda
• MODELO TRIBUTÁRIO INJUSTO E REGRESSIVO
• SISTEMA DA DÍVIDA
• METAS ESTÉREIS
• Superávit Primário
• Inflação
• DESCONTROLE SOBRE A MOVIMENTAÇÃO DE CAPITAIS
• DESENVOLVIMENTO SOCIOECONÔMICO TRAVADO
• Insuficiência de investimentos em educação, saúde, infraestrutura (energia, saneamento, , transporte)
• Impedimento à realização da necessária reforma agrária
• Desindustrialização
Orçamento Geral da União 2014 (Executado) Total = R$ 2,168 trilhão
Fonte: SIAFI Elaboração: AUDITORIA CIDADÃ DA DÍVIDA
OS NÚMEROS DA DÍVIDA
Por que informamos conjuntamente os gastos com juros e amortizações?
Os dados disponibilizados pelo governo são sobre a
dívida líquida
A dívida que pagamos é a dívida bruta. É sobre ela que
os juros são calculados.
Dados de 2011
OS NÚMEROS DA DÍVIDA
Por que informamos conjuntamente os gastos com juros e amortizações?
O governo NÃO informa esses gastos
separadamente.
Linha 2 - “Juros e encargos da dívida” inclui apenas parte dos juros nominais que pagamos aos detentores dos títulos da dívida brasileira:
Linha 6 - A parcela dos juros nominais correspondente à “atualização monetária” vem sendo classificada como se fosse “Amortizações e Refinanciamento da Dívida”, conforme rubrica a seguir:
Fonte: Siga Brasil - http://www8a.senado.gov.br/dwweb/abreDoc.html?docId=1007801
Inconsistência do Valor informado a título de JUROS
IMPACTO NO ORÇAMENTO PREVISTO PARA 2015
ORÇAMENTO FEDERAL PROPOSTO PELO EXECUTIVO PARA
2015 reserva R$ 1,356 trilhão para os gastos com a dívida
pública, o que corresponde a 47% de tudo que o país vai
arrecadar com tributos, privatizações e emissão de novos títulos,
entre outras rendas.
Este valor representa, por exemplo, 13 vezes os recursos
para a saúde, 13 vezes os recursos previstos para educação ou 54
vezes os recursos para transporte e confirmam, de forma
incontestável, o privilégio do Sistema da Dívida.
Recomendamos a leitura do manifesto disponível em nossa página: http://www.auditoriacidada.org.br/contra-o-ajuste-auditoria-ja/
Dívida Externa
US$ 554 bilhões (R$ 1,476 trilhão,
utilizando-se a cotação do dólar a R$2,66)
Dívida Interna
R$ 3,301 trilhões
Dívida Brasileira
R$ 4,777 trilhões
86,53% do PIB 2014 (5,52
trilhões – dados do IBGE
http://www.auditoriacidada.org.br/wp-content/uploads/2012/04/Numerosdivida.pdf
Números da Dívida em 31/12/2014
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201
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014
Dívida Externa (US$ bilhões)
Fonte: Banco Central - Nota para a Imprensa - Setor Externo - Quadro 51 e Séries Temporais - BC
Década
de 70:
dívida
da
ditadura
Década de 80:
Elevação
ilegal das
taxas de juros
Estatização de
dívidas
privadas
Pagamento antecipado ao
FMI e resgates com ágio
Década de 90:
Plano Brady
0
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3.500
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Dívida Interna (R$ bilhões)
Fonte: Banco Central - Nota para a Imprensa - Política Fiscal - Quadro 35.
Graves indícios de ilegalidade
identificados pela CPI:
Juros sobre juros
Conflito de interesses
Falta de transparência
QUAL O VERDADEIRO PAPEL DA DÍVIDA ?
• Instrumento de financiamento do Estado?
Ou
• Instrumento do Poder financeiro que utiliza a dívida
como um mecanismo de transferencia de recursos do
setor público para o setor financeiro privado?
0
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Orçamento Geral da União - Gastos selecionados (R$ milhões)
Fonte: Secretaria do Tesouro Nacional - SIAFI. Inclui a rolagem, ou “refinanciamento” da Dívida, pois a CPI
da Dívida constatou que boa parte dos juros são contabilizados como tal.
Juros e amortizações da dívida
Previdência e Assistência Social
Pessoal e Encargos Sociais
Saúde e Saneamento
Educação e Cultura
Quem perde e quem ganha
SALÁRIOS DOS SERVIDORES
JUROS DA DÍVIDA PÚBLICA
• Perda salarial histórica
• Reajuste de 5% que sequer repõe a
inflação
• Nem com greve servidores têm
conseguido repor perdas inflacionárias • Defasagem da Tabela do Imposto de
Renda na ordem de 61,42% • Contínua retirada de direitos de ativos,
aposentados e pensionistas • Risco de absorção de papéis podres por
fundos de pensão
• Maiores juros do mundo, historicamente
• SELIC em 12,75%. Títulos sendo vendidos a taxas próximas a 14% ao ano!
• Dívida tem atualização monetária mensal, cumulativa, e em cima desta, os maiores juros reais do mundo
• Isenções fiscais e anistias • Crescentes privilégios financeiros,
garantidos pelo SISTEMA DA DÍVIDA • Criação de produtos financeiros
estruturados que se transformam em papéis podres
Escandaloso crescimento do lucro dos bancos…
Fonte: http://www4.bcb.gov.br/top50/port/top50.asp
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2012
2013
2014
Lucro dos bancos (R$ bilhões)
QUEM MANDA NO SISTEMA DA DÍVIDA
QUAL É A SAÍDA? - ações
EQUADOR – Lição de Soberania
Comissão de Auditoria Oficial criada por Decreto em 2009
- Proposta Soberana de reconhecimento de no máximo 30% da
dívida externa representada pelos Bônus 2012 e 2030
- 95 % dos detentores aceitaram a proposta equatoriana, o que
significou anulação de 70% dessa dívida com os bancos privados
internacionais
- Economia de US$ 7,7 bilhões nos próximos 20 anos
- Aumento gastos sociais, principalmente Saúde e Educação
PORTUGAL
O Tribunal Constitucional de Portugal1 julgou que são inconstitucionais os
cortes orçamentários promovidos pelo governo, no exercício de 2013, os
quais impunham aos cidadãos e, em especial, aos servidores públicos, uma
série de reduções de direitos pecuniários e outros benefícios:
-cortes nos salários e de subsídios a docentes, bolsistas e
pesquisadores;
-suspensão de parte de benefícios a aposentados;
-cortes em auxilio doença e no seguro desemprego.
1 - Acórdão n.º 187/2013
http://www.tribunalconstitucional.pt/tc/acordaos/20130187.html
Argentina
• Lição: consequências de uma renegociação da dívida externa com
bancos privados internacionais sem a realização de auditoria.
• Redução de 75% da dívida renegociada a taxas de juros
elevadíssimas, incidentes sobre o percentual de crescimento do PIB
• “Fundos Abutres” compraram por centavos títulos que ficaram à
margem da renegociação
• Justiça dos EUA garantiu o direito dos “Fundos Abutres” de receber
a totalidade do valor dos títulos e respectivos rendimentos
• Humilhada pela ameaça de confisco de navios e outros bens no
exterior, além de ser colocada em situação de default devido à
cláusula pari passu
GRÉCIA
• – A FORÇA DO POVO GREGO - TROIKA – FMI-UNIÃO
EUROPEIA E BANCO CENTRAL - para salvar o sistema financeiro
– cláusulas que ferem a soberania grega - uma dívida que não
beneficiou o povo.
• - resistência política DO POVO grego, para lutar contra as ordens
draconianas dos donos do capital especulativo.
GRÉCIA
• Utilizam uma companhia criada no auge da crise financeira em 2010,
em Luxemburgo, : EFSF .
• EFSF: um fundo criado pela EU, sob a justificativa de urgente
necessidade de garantir estabilidade financeira na Europa (encontra
encerrado a novos resgates), foi substituído pelo ESM -Mecanismo
Europeu de Estabilidade, criado em 2012 - instrumentos de divida para
que seja possível financiar empréstimos e outras formas de assistência
financeira aos Estados membro da Zona do Euro – sede em Luxemburgo
• Na verdade, EFSF é um veículo para desviar recursos públicos, ou
títulos garantidos pelo países europeus para bancos privados, ao
mesmo tempo em que direciona os ativos tóxicos dos bancos privados
para bancos públicos
ISLANDIA
- Revolta popular -A quebra de seu sistema financeiro gerou um
rombo da ordem US$ 85 a mais de US$ 100 bilhões nos credores
europeus - a população islandesa não concordou;
- em sucessivos plebiscitos – 93% da população decidiu deixar a banca
quebrar, estatizou a sobra e colocou banqueiros na cadeia.
- Depois de amargar um retrocesso superior a 8% do PIB, em 2008,
com taxas de desemprego explosivas de 12%, o país deu as costas aos
mercados e voltou a crescer.
A estimativa para este ano é de uma expansão do PIB 3,5%, com
uma taxa de desemprego que já recuou - em torno de 3,5%.
ISLANDIA
Entrevistado no Fórum Econômico Mundial, em 27/01/2013) o Presidente da Islandia,
Grimsson, “diz ao mundo dos banqueiros, oligarcas financeiros e mega-empresários:
saímos da crise porque ignoramos receitas que ouvimos de vocês”.
- deu uma resposta famosa a uma repórter financeiro quando
perguntado sobre a recuperação de seu País:
“… Fomos suficientemente sábios para não seguir as tradicionais
ortodoxias prevalecentes do mundo financeiro ocidental nos últimos 30
anos. Introduzimos controles de divisas, deixámos os bancos falirem,
proporcionámos apoio aos pobres e não introduzimos medidas de
austeridade como você está a ver aqui na Europa. …”
http://ponto.outraspalavras.net/2013/02/02/o-dia-em-que-o-presidente-da-islandia-zombou-de-davos/
BRASIL
Auditoria da dívida
Prevista na Constituição Federal de 1988 .
Ano 2000 – Plebiscito popular em 3.444 municípios do País, mais de
6 milhões de cidadãos participaram e mais de 95% votaram NÃO à
manutenção do Acordo com o FMI; NÃO à continuidade do
pagamento da dívida externa sem a realização da auditoria prevista
na Constituição Federal e NÃO à destinação de recursos
orçamentários aos especulador.
CPI DA DÍVIDA – CÂMARA DOS DEPUTADOS
Criada em Dez/2008 e Instalada em Ago/2009, por iniciativa do Dep. Ivan Valente (PSOL/SP)
Concluída em 11 de maio de 2010
Identificação de graves indícios de ilegalidade da dívida pública
Relatórios (oficial e alternativo) entregues ao Ministério Público
Federal em maio/2010
Procedimentos Administrativos no
1.00.000.005612/2010-13 1.00.000.003703/2012-86
Belo Horizonte Brasília Rio de Janeiro
São Paulo Porto Alegre Salvador
Percepção da necessidade de mais serviços públicos:
Milhões de pessoas nas ruas em centenas de cidades
Vitória Fortaleza Recife
Florianópolis Natal Manaus
Percepção da necessidade de mais serviços públicos:
Milhões de pessoas nas ruas em centenas de cidades
ESTRATÉGIAS DE AÇÃO
CONHECIMENTO DA REALIDADE
MOBILIZAÇÃO SOCIAL CONSCIENTE
AÇOES CONCRETAS
- Auditoria da Dívida Pública para desmascarar o “Sistema da
Dívida” e democratizar o conhecimento da realidade financeira
- Rever a política monetária e fiscal para garantir distribuição da
renda e justiça social
- TRANSPARÊNCIA e acesso à VERDADE
PUBLICAÇÕES DIDÁTICAS
AUDITORIA DA DÍVIDA
AUDITORIA DA DÍVIDA PÚBLICA – apuração dos compromissos
assumidos pelo setor público (incluindo dívida privada garantida pelo
Estado) perante credores residentes e não-residentes.
TIPOS:
1 - Dívida legítima: Compromissos assumidos pelo setor público nos
termos da lei, em igualdade de circunstâncias entre devedor e credor, e
em benefício (subjetivo/objetivo) do interesse geral;
2 - Dívida ilegítima: Compromissos assumidos pelo setor público nos
termos da lei, mas sem que se verifique a situação de igualdade de
circunstâncias entre devedor e credor, e/ou em prejuízo
(subjetivo/objetivo) do interesse geral; as finanças públicas);
AUDITORIA DA DÍVIDA
TIPOS:
3 - Dívida ilegal: Compromissos contraídos pelo setor público em
violação do ordenamento jurídico aplicável. Ex.: anatocismo;
4 - Dívida odiosa: Compromissos contraídos por regimes autoritários
em prejuízo claro dos interesses dos seus cidadãos;
5 -Dívida insustentável: Compromissos assumidos pelo setor público
cujo pagamento é incompatível com o crescimento e criação de emprego
(o volume de encargos com dívida e juros respectivos asfixia as finanças
públicas).