Constituintes Químicos Da Raiz e Do Talo Da Folha Do Açaí (Euterpe Precatoria Mart., Arecaceae)

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  • Quim. Nova, Vol. 28, No. 4, 610-613, 2005Ar

    tigo

    *e-mail: [email protected]

    CONSTITUINTES QUMICOS DA RAIZ E DO TALO DA FOLHA DO AA (Euterpe precatoria MART., ARECACEAE)

    Ana Lcia Queiroz de Assis GalottaDepartamento de Qumica, Instituto de Cincias Exatas, Universidade Federal do Amazonas, Av. Rodrigo Otvio Jordo Ramos,3000, Campus Universitrio, 69000-000 Manaus - AMMaria Amlia Diamantino Boaventura*Departamento de Qumica, Instituto de Cincias Exatas, Universidade Federal de Minas Gerais, Av. Antnio Carlos, 6627,31270-970 Belo Horizonte - MG

    Recebido em 29/4/04; aceito em 19/11/04; publicado na web em 13/4/05

    CHEMICAL CONSTITUENTS FROM ROOTS AND LEAF STALKS OF AA (Euterpe precatoria MART., ARECACEAE).Phytochemical investigation of the hexane, ethyl acetate and methanolic extracts of roots and leaf stalks of Euterpe precatoriaMart. (aa), afforded stigmast-4-en-6-ol-3-one (3); p-hydroxy benzoic acid (4); 3-O-D-glucopyranosyl-sitosterol (5); -sitosterolpalmitate (6); mixtures of -sitosterol and stigmasterol (1 and 2), -, -amirin and lupeol (7, 8 and 9), friedelin-3-one and 28-hydroxy-friedelin-3-one (10 and 11) and -, -D-glucose (12, 13). Except for 1, 2 and 4, the other isolated constituents are describedin the genus for the first time. Compounds 3 and 5 gave good results in the brine shrimp bioassay, which detects compounds withpotential uses as antitumor agents, pesticides, etc..

    Keywords: steroids; triterpenoids; aa.

    INTRODUO

    A famlia das palmeiras (Arecaceae), conhecida anteriormentecomo Palmae, uma das maiores famlias vegetais do mundo e,pela forma e aspecto, a mais caracterstica da flora tropical1. Aspalmeiras dividem-se em 6 subfamlias, que apresentam 200 gne-ros e 1500 espcies2,3.

    O gnero Euterpe, que congrega cerca de 28 espcies e ocorrenas Amricas Central e do Sul, est distribudo por toda bacia Ama-znica. As trs espcies que ocorrem com maior freqncia sooleraceae, edulis e precatoria4.

    Euterpe precatoria, de ocorrncia natural apenas no estado doAmazonas, conhecida popularmente como aa, aa de terra fir-me, aa solitrio5,6. Esta espcie tem alto potencial econmico,principalmente pelo seu fruto que utilizado na preparao de sor-vetes e sucos, e pelo palmito extrado de seus caules. As folhas soempregadas na cobertura de barracas provisrias e fechamento deparedes. Na etnomedicina, a raiz e o talo da folha so usados con-tra dores musculares e picadas de cobra e a folha, para aliviar do-res no peito6,7. A raiz tambm utilizada no tratamento da malriae contra infeces hepticas e renais3,8. A semente fornece um leoverde escuro, usado popularmente como antidiarrico8.

    Estudos fitoqumicos e farmacolgicos so bastante limitadosneste gnero, sendo que dos frutos de E. oleraceae e E. edulis jforam isolados cidos graxos, esterides e antocianinas9,10. Da raizde E. precatoria foi descrito recentemente o isolamento do cidop-hidroxibenzico e da lignana, diidrodiconiferil dibenzoato, ten-do esta ltima, apresentado uma acentuada atividade anti-malrica11.

    Tendo em vista que a espcie originria do estado do Amazo-nas possui grande importncia econmica, e muito pouco descri-ta na literatura, foi proposto seu estudo para o trabalho de tese deDoutorado da Profa. A. L. Q. de A. Galotta.

    Este trabalho descreve os resultados parciais do estudofitoqumico de fraes obtidas a partir dos extratos hexnicos eacetato de etila da raiz e do talo da folha e do extrato metanlico daraiz de E. precatoria Mart., em que foram identificados uma subs-tncia fenlica, cinco esterides, cinco triterpenos e dois acares.

    PARTE EXPERIMENTAL

    Procedimentos experimentais gerais

    Os espectros na regio do infravermelho foram obtidos comuso de pastilhas de KBr a 1% em aparelho modelo Spectrun 2000FT-IR, da Perkin Elmer. Os espectros de RMN 1H, RMN 13C, DEPT135, HMQC, HMBC e 1H-1H COSY foram obtidos em espectr-metros da Bruker Advance DX-200 e DRX-400. Os deslocamentosqumicos foram registrados em unidade e as constantes deacoplamento dadas em Hz. O tetrametilsilano, TMS, foi usado comoreferncia interna e como solventes, clorofrmio, metanol, piridinae gua deuterados. Os pontos de fuso foram determinados em umbloco Kofler adaptado a microscpio. Os valores, obtidos em grauscentgrados, no foram corrigidos. A deteco das placas de croma-tografia em camada delgada analtica de slica foram feitas porborrifamento com reagente de Lieberman-Bouchard e vanilina/cidosulfrico 20%.

    Material vegetal

    O material botnico foi coletado no Mini Campus da Universi-dade Federal do Amazonas em 09/09/2000 s 9 h. A exsicata foidepositada no Herbrio da mesma Instituio (no. 7297).

    Isolamento dos constituintes

    A partir do p da raiz (1,8 kg) e do talo da folha (2,7 kg), secos,por sucessivas e exaustivas extraes, foram obtidos os extratoshexnicos (1,6 e 3,3 g, respectivamente), em acetato de etila (5,6 e

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    13,9 g, respectivamente) e metanlicos (106,3 e 26,5 g, respectiva-mente). Estes extratos foram submetidos a uma coluna de slicagel, utilizando-se hexano, diclorometano, acetato de etila e metanol,em polaridades crescentes.

    Misturas de -sitosterol (1) e estigmasterol (2) foram isoladaspor cromatografia em coluna de slica gel, a partir de todos os ex-tratos estudados, utilizando-se misturas de hexano/acetato de etila,como eluentes: extratos hexnicos da raiz (32,2 mg/1,6 g de extra-to) e do talo da folha (29,3 mg/3,3 g de extrato); extratos em acetatode etila da raiz (30,3 mg/5,6 g de extrato) e do talo da folha (15,2mg/13,9 g de extrato) e extrato metanlico da raiz (10,3 mg/5,0 gde extrato).

    O estigmast-4-en-6-ol-3-ona (3) foi isolado por cromatografiaem coluna de slica gel, a partir dos extratos hexnicos da raiz(11,9 mg/1,6 g de extrato) e do talo da folha (9,3 mg/3,3 g de extra-to), utilizando-se mistura de hexano/acetato de etila 7:3, comoeluentes. As fraes da raiz, eludas com hexano/acetato de etila6:4, foram novamente fracionadas em slica gel, obtendo-se o ci-do p-hidroxibenzico (4, 9,8 mg) e o 3-O--D- glicopiranosilsitosterol (5, 35,4 mg). Estas duas substncias foram tambm iso-ladas, por cromatografia em coluna de slica gel, a partir do extratoem acetato de etila da raiz (4, 9,0 mg e 5, 31,5 mg/5,6 g de extra-to). Do extrato em acetato de etila da raiz tambm foram isoladoso palmitato de -sitosterila (6, 21,3 mg/5,6 g de extrato) e umamistura (12,3 mg) de - e -amirina (7 e 8) e lupeol (9).

    As fraes, obtidas a partir de primeira coluna do extrato emacetato de etila do talo da folha, foram submetidas a uma colunade slica gel empregando-se como eluentes diclorometano/acetatode etila 9:1. Deste procedimento foram isolados o palmitato de -sitosterila (6, 12,1 mg/13,9 g de extrato) e uma mistura (36,0 mg)de friedelan-3-ona (10) e 28-hidroxi-friedelan-3-ona (11).

    Parte do extrato metanlico da raiz (85,0 g) foi dissolvido em350 mL de metanol e a esta soluo foram adicionados 350 mL declorofrmio. O filtrado (31,8 g) foi cromatografado em coluna deslica gel. A partir das fraes eludas com acetato de etila/metanol

    (7:3) foi obtida uma mistura (22,7 mg) de -D-glicose (12) e -D-glicose (13).

    Estigmast-4-en-6-ol-3-ona (3). Slido branco. Recristalizaoem acetona. P.F. 210-212 C (lit12 208-210 oC).

    3-O--D-glicopiranosil sitosterol (5) Slido branco amorfo.P.F. 289-291 C (lit.13 295-300 oC).

    Palmitato de -sitosterila (6) Slido branco. P.F. 85-88 C (lit.1485-86 oC).

    Teste de atividade citotxica

    O teste de atividade citotxica foi realizado utilizando-seArtemia salina e foi feito de acordo com a metodologia descritapor Meyer et al.15.

    RESULTADOS E DISCUSSO

    A partir dos extratos hexnicos da raiz e do talo da folha, dosextratos em acetato de etila da raiz e do talo da folha e do extratometanlico da raiz foram isoladas, pela utilizao de tcnicascromatogrficas, substncias na forma pura ou de misturas. Comexceo do -sitosterol (1), estigmasterol (2) e cido p-hidroxi-benzico (4), todas as substncias isoladas, apesar de conhecidas,esto sendo descritas pela primeira vez no gnero Euterpe. A pre-sena de triterpenos em Arecaceae relativamente rara; os esteridesso mais freqentes, principalmente -sitosterol e estigmasterol10.

    A identificao estrutural dessas substncias foi baseada naanlise dos dados espectrais e pela comparao destes com dadosde RMN 1H, 13C e tcnicas correlatas descritos na literatura.

    A relao entre o -sitosterol (1) e o estigmasterol (2) nas mis-turas isoladas a partir dos extratos da raiz e do talo da folha de E.precatoria foi obtida atravs dos espectros de RMN 1H; as percen-tagens dos dois constituintes foram calculadas com base naintegrao dos sinais correspondentes aos hidrognios H-6 (-sitosterol + estigmasterol) e H-22 e H-23 do estigmasterol (Tabela1)16. Em levantamento bibliogrfico17 pode ser verificado que o -sitosterol apresenta-se, em geral, distribudo em todas as partesdas plantas e, quando isolado em mistura com o estigmasterol, estpraticamente sempre em maior proporo. Em E. precatoria, estamistura foi encontrada em todas as partes da planta estudadas atagora, mas o interessante que se observou um aumento progres-sivo da proporo de estigmasterol em relao ao -sitosterol apartir da raiz em direo ao talo. O grau de incidncia de luz nabioconverso do -sitosterol em estigmasterol poderia ser consi-derado, neste caso, como o fator determinante. Infelizmente, amaioria dos trabalhos obtidos da literatura no descrevem anlises

    Tabela 1. Intensidades relativas dos sinais dos hidrognios H-6,H-22 e H-23 nos espectros de RMN de 1H e percentagens relativasde -sitosterol (1) e estigmasterol (2) nas misturas obtidas dofracionamento dos extratos de E. precatoria

    Extratos Intensidade Intensidade -sitosterol Estigmasterolrelativa H-6 Relativa (%) (%)

    H-22/H-23

    ERA 0.94 0,74 60,56 39,44ETA 1.00 1,07 46,60 53,40ERM 1,00 0,68 66,10 33,90ERH 0,85 0,77 54,40 45,60

    ERA: extrato em acetato de etila da raiz; ETA: extrato em acetatode etila do talo da folha; ERM: extrato metanlico da raiz e ERH:extrato hexnico da raiz.

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    quantitativas sobre a proporo entre as duas substncias, nos ex-tratos estudados.

    O espectro no Infravermelho de estigmast-4-en-6-ol-3-ona (3)apresentou banda larga com absoro em 3400 cm-1, caractersticade estiramento de grupo hidroxila. A absoro intensa centrada em1690 cm1 foi atribuda presena de grupo cetona de sistema ,-insaturado12. O espectro de RMN 1H apresentou sinais mltiplosna regio entre 0,74-2,55, que foram atribudos a hidrogniosmetlicos, metilnicos e metnicos compatveis com a estrutura deesterides. Alm disso, foram observados sinais relativos a um hi-drognio vinlico ( 5,81, 1H, s) e a um hidrognio geminal a umgrupo hidroxila em ( 4,35, 1H, t, J= 2,70 Hz). Anlise comparati-va dos espectros de RMN 13C e DEPT-135 foi usada para caracteri-zar a presena de seis grupos metila, dez metilnicos, nove metnicose quatro carbonos quaternrios. A presena do grupo carbonila ,-insaturado foi confirmada pelos sinais de carbono em 200,5, 126,3e 168,6. Estes dados, bem como a confirmao do sistema metnicocarbinlico pelo sinal em 73,2, sugeriram a estrutura de um ceto-lcool.

    A anlise das sees expandidas dos mapas de contornosHMBC, HMQC e H-H COSY permitiu determinar a posio dacarbonila em C-3, conjugado com (4-5) e o grupo metnicocarbinlico em C-6. A determinao da configurao relativa dahidroxila em e, conseqentemente, a posio equatorial paraH-6 foram estabelecidas com base na ausncia de sinal de octeto,no espectro de RMN 1H, referente aos acoplamentos entre (H-6/H-7, H-6/H-7, (axial-axial e axial-equatorial, respectivamente) eH-6/H-4, allico, aliadas presena do sinal de H-6 ( 4,35, 1H, t,J= 2,7 Hz), cuja multiplicidade caracteriza o acoplamento com H-7 ( 2,01, 2H, m)18. A comparao desses dados com valores deRMN 1H e 13C encontrados na literatura permitiram a identificaode 3 como estigmast-4-en-6-ol-3-ona12. O espectro de RMN 1Hde 5 apresentou, alm de sinais referentes aos hidrognios de siste-ma esteroidal entre 0,67-2,40, sinais entre 3,49-4,14, caracte-rsticos de hidrognios de natureza glicosdica. A atribuio da con-figurao da glicose foi baseada na observao de um dupletoem 4,61 com constante de acoplamento de 7,4 Hz, diaxial entreH-1e H-2'. Estes dados, alm de sinal em 5,32 (relativo a hidro-gnio olefnico), compatveis com sinais observados no espectrode RMN 13C e DEPT-135 em 140,7 e 121,7 esto de acordo comaqueles da literatura para o 3-O--D-glicopiranosil sitosterol13.

    O espectro no infravermelho do palmitato de -sitosterila (6)apresentou bandas em 1712 cm-1, compatvel com estiramento decarbonila de ster, em 1585 cm-1 relativa a estiramento C-H desistema olefnico e em 721 cm-1 de deformao de ligao (CH2)npara n > 7.Os espectros de RMN 1H, RMN 13C e DEPT-135 permi-tiram propor para 6 a estrutura do carboxilato de -sitosterila[CH3(CH2)nCOOC29H49]. O comprimento da cadeia aliftica de 6foi determinado como n=14, com base na integrao do espectrode RMN 1H e RMN de 13C quantitativo (alm de ser confirmadopor dados da literatura14).

    A identificao de 4 e das misturas de esterides e triterpenos(1 e 2; 7, 8 e 9; 10 e 11) e dos acares 12 e 13 foi feita por anlisedos espectros de RMN e por comparao desses dados com aque-les da literatura16,19-23.

    O espectro de RMN 13C da mistura de 3 triterpenos 7, 8 e 9apresentou sinais relativos a carbonos olefnicos em 124,40 e139,57; 121,70 e 144,50; 109,31 e 150,96, caractersticos de -e -amirina e lupeol, respectivamente20,22.

    A anlise combinada dos espectros de RMN 13C e DEPT135 damistura constituda por 10 e 11 permitiu identificar a friedelan-3-ona (10) como componente principal da mistura21 e a 28-hidrxi-friedelan-3-ona (11) como o componente minoritrio.

    O cido 4 e a mistura de acares 12 e 13 foram identificadosatravs da comparao dos seus dados dos espectros de RMN 13C e1H com aqueles da literatura19,23.

    Teste de citotoxicidade sobre a Artemia salina

    Um mtodo simples, barato e eficiente de determinao detoxicidade aguda de substncias o ensaio sobre a Artemia salinaLeach, um micro crustceo utilizado no estgio larval, muito de-pendente do meio onde se encontra e, portanto, sensvel a bio-ensaios. A tcnica e sua utilizao sistemtica, como meio de seobterem substncias ativas de extratos vegetais, descrita por Meyere colaboradores15. Extratos com DL50

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    As misturas no foram testadas, mas o -sitosterol inativo,de acordo com dados da literatura27,28; - e -amirina apresenta-ram DL50= 200 g/ml29 e DL50= 23 g/ml28, respectivamente; olupeol descrito como possuindo DL50 > 30028 e o cido p-hidroxibenzico, DL50= 260 g/ml30.

    Apesar de as substncias isoladas, descritas neste trabalho se-rem todas j conhecidas, preciso se levar em conta que a espcie,de grande importncia econmica, alm de apresentar inmerasatividades na medicina popular, foi muito pouco estudada; estasso novas informaes, pois este o primeiro relato da presenadessas substncias na espcie. Alm disso, o teste de citotoxicidadesobre A. salina mostrou resultado positivo indito para uma subs-tncia conhecida, mas ainda no testada. Testes mais especficos(atividades anti-tumoral, anti-malrica e pesticida) sero realiza-dos sobre 3.

    Recentemente, Mors e colaboradores31 testaram vrias subs-tncias naturais de diferentes classes, com histrico de neutralizarefeitos dos venenos de cobra. O teste realizado foi aquele do efeitoantiletal sobre o veneno da Bothrops. Os autores observaram quesubstncias amplamente difundidas no reino vegetal como o -sitosterol, estigmasterol e 3-glicopiranosdeo de -sitosterila, den-tre outras, apresentaram 70% de proteo contra o efeito antiletaldeste veneno. A abundncia de esterides nos extratos de E.precatoria pode justificar a ao anti-ofdica atribuda espcie namedicina popular.

    AGRADECIMENTOS

    CAPES, ao CNPq e FAPEMIG por bolsas e por suportefinanceiro.

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