Construção de um modelo de Bacia de Sedimentação · Quando a água congela nas fendas das...
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Biologia e Geologia
10º Ano
Construção de um modelo de
Bacia de Sedimentação
José Carlos Ferreira de Morais
Escola Secundária com 2º e 3º Ciclos Professor Reynaldo dos Santos
Vila Franca de Xira
Construção de um modelo de Bacia de Sedimentação
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Índice
Introdução Teórica 3 Objectivos 4 Material Utilizado 5 Procedimento 5 Resultados 6 Discussão 7 Conclusões 8 Bibliografia 8
Construção de um modelo de Bacia de Sedimentação
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Introdução Teórica
A Terra é um planeta dinâmico, em constante mutação. Para além das alterações provocadas
pelo seu dinamismo interno, consequência do geotermismo, a superfície terrestre muda a sua fisionomia
a cada momento.
Quando as rochas da crosta, em particular as formadas em profundidade, se encontram à
superfície ou próximo dela, ficam sujeitas a pressões e temperaturas muito mais baixas do que as que
presidiram à sua formação, tornando-se vulneráveis à acção dos agentes da Geodinâmica externa. Estes
agentes actuando sobre as rochas, provocam a sua alteração física e química, fenómeno que é designado
por meteorização. Em consequência da meteorização, as rochas superficiais vão sendo desgastadas e os
materiais resultantes transportados para outros locais, sendo este processo denominado erosão.
O grau de alterabilidade das rochas é resultante da interacção entre os factores intrínsecos das
rochas (estabilidade dos minerais, textura, porosidade, existência de fracturas, entre outros), os factores
extrínsecos (natureza e intensidade dos agentes externos) e ainda a duração dos agentes externos (para
o mesmo tipo de agente, a alteração é tanto mais acentuada quanto maior for a duração do agente
actuante).
As rochas expostas aos agentes de Geodinâmica externa experimentam simultaneamente dois
tipos de transformação. Uma alteração química, designada por decomposição ou meteorização química,
em que certos minerais se transformam noutros mais estáveis nas novas condições ambientais, e uma
desagregação mecânica ou meteorização física. Estes dois processos desenrolam-se em conjunto e os
seus efeitos estão inseparavelmente combinados, podendo, no entanto, predominar um ou outro,
conforme as circunstâncias.
Quando a água congela nas fendas das rochas, provoca o seu alargamento
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Em condições de ambiente sedimentar, após a meteorização mecânica e química de uma rochas
os materiais resultantes, sedimentos ou detritos, podem permanecer in situ, formando a fracção mineral
dos solos, ou então experimentam acções de erosão, transporte, sedimentação e por fim diagénese.
É difícil estabelecer a fronteira entre a erosão e o transporte, pois o mesmo agente pode realizar
um ou outro processo, consoante a energia e as dimensões do material desagregado. Todavia, é usual
designar-se por erosão o processo que contribui para o desgaste do relevo, de modo a nivelar a superfície
terrestre. O transporte é o processo que mantém as partículas em movimento, até à sua deposição.
Os principais agentes da Geodinâmica externa envolvidos na evolução dos sedimentos são a
gravidade, a água (escorrência, cursos de água, mares e glaciares) e o vento.
A sedimentação pode ser continental, como no caso dos depósitos glaciários, eólicos, fluviais e
lacustres, ou então marinha.
Se não ocorrer nenhuma perturbação, a sedimentação realiza-se regularmente formando
camadas, geralmente paralelas, que se distinguem pela diferente espessura, pelas dimensões e coloração
dos materiais. Essas camadas constituem os estratos. Por vezes os estratos são, posteriormente,
deslocados da sua posição inicial.
As substâncias dissolvidas nas águas de circulação preenchem os espaços vazios entre os detritos, tornando a rocha mais coerente
Objectivos
A actividade que realizámos consistia na construção de um modelo através do qual pretendíamos:
Simular os processos de erosão, transporte e sedimentação de detritos.
Observar os princípios básicos da formação de estratos.
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Material Utilizado
Para a construção do modelo de bacia sedimentar
utilizámos o seguinte material (foto ao lado):
Baldes
Terra
Tabuleiros
Regador
Peneiras
Pá
Garrafa de água
Pulverizador
Terras de diversos tipos
Água
Aquário
Procedimento
Iniciámos o trabalho recolhendo nos arredores da escola e
com a ajuda de baldes e pás, amostras de diferentes tipos de
terras.
Algumas das terras foram peneiradas para eliminar lixo ou
partículas de maiores dimensões.
Recolhemos ainda algum cascalho que utilizámos para
depositar no fundo do aquário, formando uma pequena
elevação de um dos lados.
Sobre o cascalho depositámos varias camadas de diferentes tipos
de terra, previamente humedecidas e compactámos com a mão.
Terminámos a construção do modelo de elevação com a aplicação
de alguns ramos de plantas, simulando a vegetação.
Com a ajuda de um regador e de garrafas de plástico com a rolha
furada, despejámos água sobre o modelo construído de forma a
simular chuva.
Observámos o resultado da acção da água despejada e esvaziamos de
tempos a tempos a água acumulada no lado oposto do aquário.
Ao longo do procedimento registámos os acontecimentos com auxílio
de uma câmara digital.
Terras recolhidas
Construção da elevação com as camadas de terra
Aspecto final da elevação construída
Material
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Resultados
Aspecto inicial do modelo Inicio do processo de erosão da
1ª camada Deposição de sedimentos e
acumulação de água
Fase mais adiantada do processo de erosão e sedimentação (lateral)
Vista de topo no final do processo de simulação
Vista superior no final da simulação
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Discussão dos Resultados
Esta simulação possibilitou a observação clara dos efeitos da
meteorização por acção da água, da erosão e transporte dos
sedimentos para uma bacia onde estes se depositavam por
acção da gravidade.
Na encosta formavam-se linhas de água onde eram
transportados os sedimentos e onde a acção da erosão era
maior.
A cor dos estratos correspondia ao tipo de detritos existentes á
superfície e sujeitos à erosão durante um determinado período
de tempo. Isto reflectia-se na sequência de cores invertida
dos estratos formados em relação à elevação original.
Bacia de
sedimentação
Estratos recém-
formados a partir
dos sedimentos
transportados
pela água
Estratos iniciais
Zona de meteorização e
erosão por acção da água
O mais antigo dos estratos formados
resultou de sedimentos da camada mais
superficial (mais recente) da elevação.
Cor avermelhada
O mais recente dos estratos formados
resultou de sedimentos da camada mais
profunda (mais antiga) da elevação, e a
última a sofre a acção erosiva da água.
Cor escura.
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Conclusões
Desta actividade podemos retirar as seguintes conclusões:
A chuva pode actuar como agente de erosão e transporte de sedimentos.
A natureza dos estratos reflecte o ambiente da superfície num determinado período.
A sedimentação feita no fundo da bacia aquática, verifica os princípios da horizontalidade e sobreposição
dos estratos.
Bibliografia
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