Cont IndustrialApostila 2013 Cust I Zanluca 1 Parte

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I APOSTILA DE CONTABILIDADE E ANÁLISE DE CUSTOS I Autor: Júlio César Zanluca. Revisado e modificado parcialmente pelo Prof. Genaro SUMÁRIO Siglas Utilizadas Funções da Empresa Industrial Classificação das Empresas Industriais Organização administrativa de uma empresa industrial de tipo médio Classificação Administrativa da Indústria Organização Administrativa pelo Sistema Militar Organização Administrativa pelo sistema Funcional Organização Administrativa pelo Sistema Misto Organização Administrativa Segundo os Produtos Fabricados Organização Administrativa de acordo com Locais de Atividade Modelo de Organização Administrativa e Funcional de Empresa Industrial de Tamanho Médio Esquema de organização administrativa Custos Nas Atividades Industriais Gasto, Investimento, Custo, Despesa, Perda, Desembolso Métodos de Valoração dos Estoques Custo Médio Ponderado PEPS – Primeiro a Entrar, Primeiro a Sair UEPS – Último a Entrar, Primeiro a Sair Custos Diretos Custos Indiretos Custos Primários Custos de Transformação Principais Métodos de Custeio Custeio por Absorção (ou Integral) Materiais Diretos Mão de Obra Direta (MOD) Custos Gerais de Fabricação (CGF) Rateio dos Custos Gerais de Fabricação Mapa de Localização de Custos Princípios Contábeis Aplicados a Custos Departamento ou Centro de Custo Plano de Contas – Adaptação á Contabilidade de Custos Folha de Pagamento Contas de Transferência Exemplo de Plano de Contas contendo Contas de Custos Exemplo de Contabilização de Transferências de Custos Custo Integrado e Coordenado com a Contabilidade

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I APOSTILA DE CONTABILIDADE E ANÁLISE DE CUSTOS IAutor: Júlio César Zanluca. Revisado e modificado parcialmente pelo Prof. Genaro

SUMÁRIO

Siglas UtilizadasFunções da Empresa IndustrialClassificação das Empresas IndustriaisOrganização administrativa de uma empresa industrial de tipo médioClassificação Administrativa da IndústriaOrganização Administrativa pelo Sistema MilitarOrganização Administrativa pelo sistema FuncionalOrganização Administrativa pelo Sistema MistoOrganização Administrativa Segundo os Produtos FabricadosOrganização Administrativa de acordo com Locais de AtividadeModelo de Organização Administrativa e Funcional de Empresa Industrial de Tamanho MédioEsquema de organização administrativaCustos Nas Atividades IndustriaisGasto, Investimento, Custo, Despesa, Perda, DesembolsoMétodos de Valoração dos Estoques

Custo Médio PonderadoPEPS – Primeiro a Entrar, Primeiro a SairUEPS – Último a Entrar, Primeiro a Sair

Custos DiretosCustos IndiretosCustos PrimáriosCustos de TransformaçãoPrincipais Métodos de Custeio

Custeio por Absorção (ou Integral)Materiais DiretosMão de Obra Direta (MOD)Custos Gerais de Fabricação (CGF)Rateio dos Custos Gerais de FabricaçãoMapa de Localização de Custos

Princípios Contábeis Aplicados a CustosDepartamento ou Centro de Custo Plano de Contas – Adaptação á Contabilidade de Custos

Folha de PagamentoContas de TransferênciaExemplo de Plano de Contas contendo Contas de CustosExemplo de Contabilização de Transferências de Custos

Custo Integrado e Coordenado com a Contabilidade

SIGLAS UTILIZADAS

CC: Centro de CustoCFC: Conselho Federal de ContabilidadeCGF: Custos ou Gastos Gerais (ou Indiretos) de FabricaçãoCMV: Custo das Mercadorias Vendidas

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CPV: Custo dos Produtos VendidosCSV: Custo dos Serviços VendidosIBRACON: Instituto dos Auditores Independentes do BrasilMOD: Mão de Obra DiretaMOI: Mão de Obra IndiretaMP: Matéria PrimaNPC: Normas e Procedimentos de ContabilidadePAT: Programa de Alimentação do TrabalhadorPC ou Pç: PeçaPEPS: Primeiro a Entrar, Primeiro a SairPN: Parecer NormativoQTDE: QuantidadeRIR: Regulamento do Imposto de RendaUEPS: Último a Entrar, Primeiro a SairUM ou Un: Unidade

Funções da Empresa Industrial

Como decorrência das várias acepções em que pode ser tomada a palavra indústria, variam também as funções da empresa industrial. Como aceitamos a acepção estrita ou técnica como a que interessa ao nosso estudo, concluímos que a função básica da empresa industrial é a transformação da matéria-prima em produtos acabados, prontos para consumo e satisfação das necessidades humanas. Vimos também que a empresa industrial tem por objetivo o lucro, exercendo sua atividade transformadora com finalidade exclusivamente lucrativa.Para alcançar esse objetivo, a empresa industrial exerce funções supletivas, tais como: 1. função técnica, de transformação dos materiais; 2. função mercantil, de compra de matérias-primas e venda de produtos; 3. função financeira, de obtenção de financiamentos e aplicação de capitais; 4. função econômico, de aumento de seu patrimônio com lucros os lucros obtidos, bem como de contribuir para o desenvolvimento econômico da nação; e 5. função social, de criação de empregos, bens e utilidades, para satisfação das necessidades humanas e elevação do nível de vida do homem. Além dessas, outras funções secundárias poderiam ser consideradas.

Classificação das Empresas Industriais

As empresas industriais poderiam ser classificadas de acordo com várias aspectos, sendo o mais importante, sem dúvida, aquele que diz respeito à natureza dos produtos que fabricam. Segundo esse aspecto as indústrias se classificam em:

1. de mineração e extrativas2. de ferro e seus derivados: siderurgia3. de metais ou metalúrgica4. mecânica, de construção de máquinas e aparelhos5. de material bélico6. de materiais elétricos7. de automóveis, de veículos motorizados e de auto peças8. de fios (fiação de algodão, lã ou produtos sintéticos)9. de tecidos ou têxtil

10. de cordas, barbantes, lanifíco, jutifíco etc. 11. gráfica e editoras de livros, revistas e jornais

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12. de produtos alimentícios 13. de móveis e objetos de madeira, de aço ou de plástico 14. de papel e seus derivados 15. de bebidas, sucos e refrigerantes 16. de artefatos de couro 17. de artefatos de borracha 18. de construções (civis,navais e aeronáuticas) 19. de materiais plásticos 20. de vidros e de cerâmica 21. de cimento 22. química, petroquímica e de refinação de petróleo 23. de produtos farmacêuticos 24. de jóias, de bijuterias e de relógios 25. de aparelhos elétricos, eletrônicos e de computação Além desses, há uma infinidade de ramos industriais especializados, que surgiram do desdobramento dos tipos citados de indústrias, tendo ainda aparecido, hodiernamente, com o aperfeiçoamento da técnica e o progresso da ciência, grande número de novos tipos de indústrias, criados pelo crescente aumento das necessidades humanas. Não obstante essa variedade de tipos, cada um dos quais exige organização própria e peculiar, são os mesmos os princípios gerais da Organização e da Contabilidade que lhes aplicam.

ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA DE UMA EMPRESAINDUSTRIAL DE TIPO MÉDIO

Organizar é dispor as coisas de determinada forma; é estabelecer normas de ação;é escolher diretrizes corretas que permitam, da melhor maneira, levar alguma coisa a um objetivo. Organização é o ato ou efeito de organizar; é o estabelecimento de normas e princípios para a obtenção dos fins que se tem em vista. Na atividade econômica das empresas, organizar é estabelecer normas para obtenção de máxima eficiência no trabalho e de melhor rendimento econômico. O termo organização tem sido utilizado para caracterizar o conjunto que forma o estabelecimento comercial, industrial, agrícola ou de serviços, com seu complexo de trabalho humano e elementos materiais, harmonicamente reunidos para a consecução de um fim. Realmente, o estabelecimento de normas e princípios de trabalho não é suficiente para caracterizar uma organização, que imprescinde, para sua própria existência, da reunião dos elementos humano e material, de tal forma dispostos que dêem vida à organização. Nas empresas industriais a organização abrange sua constituição jurídica, a disposição dos elementos de que resultará o estabelecimento industrial e a determinação de normas para o funcionamento da empresa. Os princípios de organização aplicam-se com tamanha freqüência na complexa vida econômica moderna que a organização constitui-se em verdadeira ciência, cujos princípios precisam ser rigidamente observados para que se possa alcançar o fim proposto. Verdade é que nos múltiplos e variados tipos de empresas as necessidades de organização são bastante variáveis, pois nem todas podem, em virtude de sua própria natureza, sujeitar-se a um mesmo tipo de organização. O tamanho de cada empresa, seu campo de atividades, assim como a natureza destas, e até a própria forma jurídica em que elas se constituem, são razões bastantes para as empresas divirjam umas das outras. Conceituemos a organização, portanto, como o conjunto de normas racionalmente estabelecidas, para que o trabalho se processe normal e eficientemente em todos os trâmites necessários e se alcance o fim visado nas entidades econômico-administrativas.

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A aplicação dessas normas exige o aparelhamento material e o elemento humano, para que se alcance o alvo em mira. Quando se trata de empresa industrial, o problema assume maiores proporções, podendo-se distinguir duas fases: a fase preparatória e a fase propriamente de organização. A fase preparatória abrange a análise do mercado, o estudo da oportunidade de instalação, da possibilidade de obtenção de matéria-prima, da localização da indústria e do capital necessário ao seu desenvolvimento. A fase de organização propriamente dita compreende a completa estruturação da empresa, desde sua constituição jurídica (nascimento da empresa como pessoa jurídica) até as mínimas particularidades de organização administrativa e funcional.

Classificação Administrativa da Indústria

A organização administrativa da empresa industrial consiste no estabelecimento de normas para melhor dirigir a atividade industria, coordenando os esforços para se conseguir o máximo resultado com o mínimo esforço. Faz parte da organização administrativa a criação do vários órgãos encarregados da administração, em virtude da necessidade da divisão do trabalho para melhor se alcançar o fim visado. O número de órgãos, assim como a função de cada um, é decorrência do tamanho e da complexidade de cada empresa industrial. Nas indústrias pequenas e simples, um só órgão administrativo é suficiente para coordenar todos os elementos materiais e humanos, imprimindo-lhes orientação segura. O mesmo não acontece, entretanto, com as grandes e complexas industriais, onde a variedade dos trabalhos a executar e o grande número de elementos exigidos para a administração requerem uma multiplicidade de órgãos, cada um cuidando de um setor administrativo. Vários são os critérios que podem ser adotados para se dividir administrativamente uma indústria. Essa divisão pode ser feita de acordo com as funções dos elementos da administração, com produtos fabricados (quando a empresa fabrica vários produtos de natureza diferente) ou com as zonas de atividade (quando a empresa desenvolve atividades em várias regiões ou em países do mundo). Nos últimos casos, os departamentos serão encarregados de dirigir as atividades da empresa, distribuídas por produtos fabricados ou por zonas comerciais, e serão divididos em subdepartamentos, de acordo com as funções dos elementos que neles militam. O fundamento mais importante para a divisão administrativa é, portanto, o que leva em conta as funções de cada órgão. Daí a existência de vários sistemas de organização administrativa que procuram estudar a divisão das funções, entre os quais podemos destacar três, comumente estudados e citados por todos os autores que se ocupam da organização administrativa. São eles sistemas militar ou linear, funcional e misto. Organização Administrativa pelo Sistema Militar No sistema militar ou linear as ordens são dadas de maneira vertical, havendo um administrador ou gerente que representa o poder deliberativo. Os demais membros da administração colocam-se em ordem hierárquica, transmitindo as ordens aos inferiores, desde os chefes de seção aos operários. Os chefes de seção não têm função deliberativa, mas apenas executiva; quem delibera é exclusivamente o gerente. Este sistema só pode aplicar em pequenas indústrias, ou naquelas em que haja grande simplicidade de operações, permitindo a um só administrador o controle de todas as atividades.Nas grandes empresas sua aplicação é impossível porque a complexidade das operações exige muitos órgãos deliberativos, cada um chefiado por um gerente ou diretor especializado.

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Organização Administrativa pelo sistema Funcional

No sistema funcional, cada setor de atividade tem um administrador que libera sobre os problemas que lhe são afetos. Esses administradores, ou gerentes de departamentos, subordinam-se unicamente à administração geral – a diretoria -, que é órgão volitivo, como está na Fig. 1.2. Essa divisão de funções deliberativas apresenta a grande vantagem de se poder contar com indivíduos especializados na administração de cada setor da empresa. Este sistema é de preferência aplicado nas empresas de maior vulto, pois a divisão do trabalho permite aumento cada vez maior número de departamentos, de acordo com a ampliação da empresa. Quanto maior se tornar esta, maior será a necessidade de indivíduos especializados para dirigir os setores de atividade.

Organização Administrativa pelo Sistema Misto

O sistema misto reúne as características dos dois sistemas anteriores. As funções deliberativas também são divididas por vários órgãos, como no sistema funcional, porém os chefes de departamentos têm maior autonomia dentro de suas funções. Dentro de cada setor, a autoridade do chefe é idêntica à do gerente no sistema militar. (Veja Fig. 1.3). A característica distintiva do sistema misto é a existência de órgãos supervisores, que funcionam paralelamente à diretoria, que é o órgão volitivo. Esses órgãos superiores exercem a fiscalização dos diversos setores, coordenando a atividade de todos eles. Os órgãos supervisores não podem intervir na administração de cada setor de atividade, para não ferir a autonomia do chefe do departamento, porém apresentam à administração geral, que é a diretoria, sugestões sobre medidas de aperfeiçoamento de trabalho e coordenação entre os diversos setores.

Organização Administrativa Segundo os Produtos Fabricados

Vimos que a divisão administrativa pode ser feita de acordo com os produtos que a empresa fabrica, quando eles são de natureza completamente diferente, exigindo elementos especializados de cada um dos produtos, em todas as atividades com eles relacionadas, desde sua venda. Daí criamos departamentos especializados, subdivididos em subdepartamentos, que desempenharão as várias funções relativas a cada produto. Na hipótese de a divisão administrativa ser feita de acordo com os produtos, poderemos criar determinados departamentos de serviços gerais, que funcionarão ao lado daqueles departamentos, prestando-lhes auxílio. Há funções de natureza geral que não precisam estar subordinadas a nenhum dos departamentos de produtos, porque sua especialização independe da natureza de cada produto. Nesse caso estão o Departamento Jurídico, o de Pessoal e o Contabilidade. Este último deve ser necessariamente autônomo, porque lhe cumpre registrar e controlar as atividades de todos os departamentos de produtos. Estes poderão ter Departamentos de Contabilidade próprios, que fornecerão, entretanto, os dados para Departamento Geral de Contabilidade, encarregado de apresentar a situação geral da empresa. Hoje é comum grandes empresas, quando produzem artigos muitos distintos, constituírem sociedades autônomas, com existência legal e organização administrativa próprias.

Organização Administrativa de acordo com Locais de Atividade

A divisão administrativa pode também ser feita de acordo com os diversos locais de atividade. Essa divisão tem também sua importância, principalmente quando a empresa possui fábricas em várias regiões e a administração geral se centraliza em outro local.

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Mesmo que a empresa não possua fábricas localizadas em diversas regiões, mas apenas distribuidores de produtos localizados em vários pontos de um território, ou em outros países,pode justificar-se a divisão de acordo com esse critério. Neste caso,entretanto, é preferível subdividir apenas os departamentos relacionados com as vendas e publicidade dos produtos nessas regiões, pois os Departamentos de Compras, de Produção, Legal, de Pessoal e de Contabilidade podem perfeitamente atender às filiais ou aos distribuidores sem se subordinarem a departamentos criados para as diversas regiões. Na hipótese, porém, de a empresa manter várias fábricas de grande importância, todas elas necessitarão de Departamentos de Compras, de Produção, Jurídico, de Pessoal e de Contabilidade. Com relação a este último, entretanto, deve cumprir constituir um departamento autônomo, pois, mesmo que os vários estabelecimentos possuam departamentos próprios de Contabilidade, sendo a administração centralizada, teremos necessidade de um Departamento Geral de Contabilidade, para efeito de controle e apresentação de resultados gerais de toda empresa.

Modelo de Organização Administrativa e Funcional de Empresa Industrial de Tamanho Médio

Vimos os vários tipos de organizações administrativas, aconselhamos para empresas de diferentes tipos e tamanhos. No Brasil é grande o número de empresas de tamanho médio, que não comportam organizações complexas e também não podem satisfazer-se com uma organização muito simples, como a estabelecida pelo sistema militar. Não podem as empresas de tamanho médio entregar toda sua administração a um só gerente, assim como não podem manter grande multiplicidade de gerentes, um para cada departamento. As empresas desse tipo geralmente possuem dois ou três diretores, que reúnem em suas mãos toda a atividade administrativa que poderá ser bastante adequado às empresas desse tipo. O número ideal de administradores para essas empresas seria de três: um para dirigir o setor industrial, outro para o setor comercial e outro para o setor propriamente administrativos. Poderia existir um quarto diretor, que seria o coordenador dos três setores, harmonizando as atividades do setor industrial com as do setor comercial e do setor administrativo. Chamemos esses diretores, respectivamente, de Diretor Técnico, Diretor Administrativo, Diretor Comercial e Diretor Superintendente ou Presidente. Ao Diretor Técnico estariam subordinados todos os Departamentos de Serviço (mecânica e reparação de máquinas, desenhos e projetos, compras e almoxarifado e os Departamentos de Produção, subdivididos pelas várias seções de fabrica;cão dos produtos. O Departamento de Compras e o Almoxarifado devem estar subordinados ao Diretor Técnico, porque a este compete a escolha e o controle da matéria-prima empregada na produção.) Ao Diretor Administrativo estariam subordinados os departamentos Administrativo e de Contabilidade. O primeiro compreenderia as Seções de Economia e Organização, Finanças, Estatística, Pessoal, Jurídica e Almoxarifado de Materiais de Escritório. O Departamento de Contabilidade compreenderia as Seções de Escrituração, Custo Industrial, Auditoria Interna e Análises Contábeis. Ao Diretor Comercial subordinaram-se o Departamento Comercial e o de Expediente, compreendendo o primeiro as Seções de Vendas, Crédito, Cobranças, Faturamento e Publicidade. O Departamento de Expediente compreenderia as Seções de Correspondência, Revisão e Acondicionamento de Produtos e Expedição de Mercadorias. Ao Diretor Superintendente compete gerir toda atividade da empresa, coordenando as funções dos demais diretores, que representam, distintamente, as atividades industrial, comercial e administrativa.

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Estudaremos a seguir cada um desses departamentos, com sua organização e funcionamento.

ESQUEMA DE ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA

Diretor Técnico Diretor Superintendente Diretor Administrativo Diretor Comercial

Departamentos de Serviços(1) Diretor Técnico Departamentos de Produção (2)

Departamento Comercial (5) Diretor Comercial Departamento de Expedição (6)

e Expediente

Desenhos e Projetos Mecânica e Reparações Limpeza e Conservação (1) Departamentos de Serviços Seleção do Pessoal Compras Almoxarifado

Seção A (2) Departamentos de Produção Seção B Seção C Acabamento

Organização e Métodos Finanças Estatística Pessoal (3) Departamento Administrativo Jurídica (Assuntos Legais e Fiscais) Almoxarifado de Materiais de Escritório

Escrituração Custo Industrial (4) Departamento de Contabilidade Auditoria Interna Análises Contábeis

Vendas

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Crédito e Cobrança(5) Departamento Comercial Faturamento Publicidade

Correspondência Revisão e Acondicionamento de Produtos(6) Departamento de Expedição Estoque e Expedição e Expediente de Mercadorias

CUSTOS NAS ATIVIDADES INDUSTRIAIS

Numa indústria, os custos são representados por:

MATERIAIS DIRETOS: matéria prima, material de embalagem, produtos intermediários e outros materiais aplicados na produção. Neste tópico, utilizaremos a sigla MP para designar tais materiais.

Dada a tendência de terceirização de atividades fabris, inclui-se nesta categoria os custos relativos a transformação dos materiais com terceiros, usualmente denominados de “serviços de terceiros”.

Assim, por exemplo, se determinada matéria prima é adquirida ao custo unitário de R$ 5,00, porém a mesma sofreu um processo de transformação por terceiros, ao custo de R$ 2,00/unitário, então o custo total desta matéria prima será de R$ 7,00/unitário.

MÃO DE OBRA DIRETA (MOD): salários dos empregados alocados nos centros produtivos, acrescidos dos respectivos encargos sociais (INSS, FGTS) e trabalhistas (férias, 13o. salário, vale transporte, programa de alimentação, etc.).

CUSTOS GERAIS DE FABRICAÇÃO (CGF): também chamados “custos indiretos de fabricação” ou “gastos gerais de fabricação”, compreendem aqueles incorridos no processo de fabricação, mas não identificados diretamente a cada unidade produzida. Como exemplos: mão-de-obra indireta, energia, depreciação e manutenção dos edifícios, instalações, máquinas e equipamentos, do custo da direção e administração da fábrica e outros vinculados ao processo produtivo.

Gastos gerais e administrativos, quando não claramente relacionados com a produção, não são incorporados ao custo dos produtos. Também não o serão: despesas financeiras (mesmo aquelas relacionadas a financiamento de bens da produção), gastos extraordinários (como perdas decorrentes de roubos, enchentes, incêndios, etc.) e despesas com vendas (comissões sobre vendas, salários e encargos do pessoal de vendas, etc.).

GASTO, INVESTIMENTO, CUSTO, DESPESA, PERDA, DESEMBOLSO

A contabilidade de custos utiliza-se terminologias específicas, algumas genéricas (como gastos, perdas) e outras específicas (como custos e despesas).

Especialmente importante é a diferenciação entre custos e despesas, pois os custos são incorporados aos produtos (estoques), ao passo que as despesas são levadas diretamente ao resultado do exercício.

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GASTO

Todo sacrifício financeiro que implique desembolso imediato ou futuro de recursos (capital) da empresa é considerado um gasto.

O gasto pode ser um investimento, custo ou despesa.

INVESTIMENTO

São gastos ativados (classificados no ativo), que gerarão suporte tecnológico, estrutural e operacional, em função da utilidade futura de bens ou serviços obtidos.

Exemplo:

Aquisição de máquinas e equipamentos, móveis, ferramentas, etc.

CUSTO

Custo é um gasto relativo ao bem ou serviço utilizado na produção de outros bens ou serviços.

Exemplos:

Matéria prima utilizada na formação do produto. Mão de obra utilizada na execução de serviços, numa empresa do ramo serviços. Gastos gerais de manutenção de equipamentos utilizados na produção.

De acordo com a NPC 2 do IBRACON, “Custo é a soma dos gastos incorridos e necessários para a aquisição, conversão e outros procedimentos necessários para trazer os estoques à sua condição e localização atuais, e compreende todos os gastos incorridos na sua aquisição ou produção, de modo a colocá-los em condições de serem vendidos, transformados, utilizados na elaboração de produtos ou na prestação de serviços que façam parte do objeto social da entidade, ou realizados de qualquer outra forma.”

A diferença entre gasto e custo pode ser exemplificada da seguinte maneira:

Empresa adquiriu 1.000 kg de matéria-prima, mas utilizou apenas 750 kg no processo de transformação em determinado período, sendo a diferença (250 kg) mantida no estoque de matéria-prima. Portanto, o gasto foi de 1.000 kg e o custo foi de 750 kg.

DESPESA

Todos os bens ou serviços consumidos na manutenção de atividades operacionais e na obtenção de receitas, não vinculadas à produção de bens e serviços.

Exemplos:

Comissão de representante sobre as vendas efetuadas. Folha de pagamento do pessoal administrativo (contabilidade, finanças, vendas) Depreciação de bens utilizados nas áreas de contabilidade, financeira, setor

comercial.

Então, por exclusão:

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1. Se o gasto se referir á etapa (direta ou indiretamente) de produção de bens e serviços, é custo;

2. Se o gasto não for custo, será despesa.

PERDA

1. Perdas Normais de Produção

Todo processo produtivo pode gerar restos decorrentes da atividade desenvolvida, de forma previsível. Estes são considerados normais à atividade, portanto devem englobar ocusto do produto fabricado. Por isso, tais perdas são custos.

Exemplo:

Perdas de material por evaporação ou consumo no processo produtivo

2. Perdas Extraordinárias

Já as perdas anormais como provenientes de eventos fortuitos e de força maior, tal como: incêndio, obsolescência, roubo, inundação, etc., são consideradas perdas do período, sendo contabilizadas como tal, incidindo diretamente no resultado do exercício, não sendo ativadas (não compõem os custos dos produtos, simplesmente reduzem o resultado do período).

Exemplos:

Estoques que devem ser baixados, por obsolescência.Baixa de estoques, por roubo.

DESEMBOLSO

Pagamento resultante da aquisição do bem ou serviço. Pode ocorrer antes, durante ou após a entrada da utilidade adquirida, portanto defasada ou não do gasto.

MÉTODOS DE VALORAÇÃO DE ESTOQUES

Estoques são ativos tangíveis ou aplicações de recursos visando a sua obtenção:1. mantidos para venda no curso dos negócios;2. em processo de produção para posterior venda no curso dos negócios; e3. materiais ou suprimentos a serem consumidos no processo de produção ou na

prestação de serviços que constitua exploração de negócios da entidade.

Há vários métodos de se valorar produtos ou serviços, dentre os quais:

A valoração pelo custo médio de entrada A valoração pelo custo de aquisição mais recente (conhecido como PEPS: Primeiro a

Entrar, Primeiro a Sair) A valoração pelo custo de aquisição mais antigo (conhecido como UEPS: Último a

Entrar, Primeiro a Sair).

A seguir, os detalhamentos de tais métodos de valoração:

CUSTO MÉDIO

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Representa a ponderação entre os valores de estoques, de forma que sua valorização unitária corresponda a média de cálculo.

Exemplo:

100 Unidades de Produto X, ao custo de R$ 500,00 o lote200 Unidades de Produto X, ao custo de R$ 1.150,00 o lote

O custo médio do Produto X será:

R$ 500,00 + R$ 1.150,00 dividido por (100 + 200) unidades= R$ 1.650,00 : 300= R$ 5,50 a unidade

No custo médio, cada entrada (a preço unitário diferente do preço médio anterior) modifica o preço médio; e que cada saída, conquanto mantenha inalterado o preço médio, altera o fator de ponderação, e assim o preço médio que for calculado na entrada seguinte.

Todavia, de acordo com o PN CST 6/1979, não é incompatível com o método – e portanto aceitável do ponto de vista fiscal – que as saídas sejam registradas unicamente no fim de cada mês, desde que avaliadas ao preço médio que, sem considerar o lançamento de baixa, se verificar naquele mês.

Verifique pelo exemplo seguinte o cálculo do custo médio de determinada mercadoria, adotando-se primeiramente o cálculo do custo médio a cada saída, e posteriormente, o cálculo considerando-se a saída como efetivada numa única baixa, ao final do mês:

Exemplo 1: adotando-se a baixa (saída) a cada lançamento:

DATA

ENTRADA SAÍDA SALDO

QTDE UN. R$ TOTAL R$ QTDE UN. R$ TOTAL R$ QTDE UN. R$ TOTAL R$

30/11/2003         1.000 5,000 5.000,00

01/12/2003 150 6,00 900,00     1.150 5,130 5.900,00

03/12/2003     300 5,130 1.539,13 850 5,130 4.360,87

05/12/2003 200 8,00 1.600,00     1.050 5,677 5.960,87

08/12/2003     500 5,677 2.838,51 550 5,677 3.122,36

10/12/2003 50 9,00 450,00     600 5,954 3.572,36

15/12/2003     200 5,954 1.190,79 400 5,954 2.381,57

20/12/2003 100 7,00 700,00     500 6,163 3.081,57

26/12/2003     250 6,163 1.540,79 250 6,163 1.540,79

28/12/2003 150 5,00 750,00     400 5,727 2.290,79

31/12/2003     100 5,727 572,70 300 5,727 1.718,09

Observe-se, acima, que a cada saída, o valor unitário é distinto, pois o custo médio é alterado por entradas de diferentes valores.

Exemplo 2:

Adotando-se a baixa (saída), somente ao final do mês, em um único lote:

DATA ENTRADA SAÍDA SALDO

  QTDE UN. R$ TOTAL R$ QTDE UN. R$ TOTAL R$ QTDE UN. R$ TOTAL R$

30/11/2003             1.000 5,0000 5.000,00

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01/12/2003 150 6,00 900,00       1.150 5,1304 5.900,00

05/12/2003 200 8,00 1.600,00       1.350 5,5556 7.500,00

10/12/2003 50 9,00 450,00       1.400 5,6786 7.950,00

20/12/2003 100 7,00 700,00       1.500 5,7667 8.650,00

28/12/2003 150 5,00 750,00       1.650 5,6970 9.400,00

31/12/2003       1350 5,6970 7.690,91 300 5,6970 1.709,09

Observe-se que, a cada entrada, o custo médio variou, mas a baixa (saída) foi efetivada num único lote, alterando desta forma o Custo da Mercadoria Vendida.

No exemplo 1, o CMV será de R$ 1.539,13 + R$ 2.838,51 + R$ 1.190,79 + R$ 572,70 = R$ 7.681,91.

No exemplo 2, o CMV será de R$ 7.690,91.

A diferença entre 1 e 2 (R$ 9,00) está nos estoques finais.

O custo médio ponderado é o método consagrado, tanto pela legislação fiscal quanto pelas normas contábeis, para valoração dos estoques.

PRIMEIRO A ENTRAR, PRIMEIRO A SAIR (PEPS)

Com base nesse método, apura-se o custo em base histórica: o primeiro que entra é o primeiro que sai (PEPS). Também conhecido como FIFO (sigla, em inglês, de “first in, first out”).

À medida que ocorrem as saídas, a baixa no estoque é realizada a partir das primeiras compras, o que equivaleria ao raciocínio de que consumimos primeiro as primeiras unidades adquiridas/produzidas, ou seja, a primeira unidade a entrar no estoque é a primeira a ser utilizada no processo de produção o ou a ser vendida.

Dentro desse procedimento, o estoque é representado pelos mais recentes valores de aquisição ou produção, apresentando, dessa forma, uma relação mais próxima com o custo de reposição.

No PEPS, o efeito da flutuação do custo de aquisição sobre os resultados é significativo, pois as saídas são confrontadas com os custos mais antigos, podendo gerar, num ambiente de custos crescentes, um maior lucro contábil. Ao contrário, se os custos forem decrescentes (ambiente em que os preços tendem a cair), o método PEPS pode resultar num lucro menor. Na estabilidade de preços, há pouca variação de lucro, em relação ao método de custeio pela média.

Vamos exemplificar, utilizando a mesma movimentação que apresentamos no custo médio. Pelo PEPS, a avaliação do CMV ficaria:

DATA 

ENTRADA SAÍDA SALDO

QTDE UN.R$ TOTAL R$ QTDE UN.R$ TOTAL R$ QTDE UN.R$ TOTAL R$

30/11/2003             1.000 5,00 5.000,00

01/12/2003 

150 

6,00  

900,00  

  

  

  

150 6,00 900,00

1.000 5,00 5.000,00

03/12/2003 

  

  

  

300 

5,00  

1.500,00  

150 6,00 900,00

700 5,00 3.500,00

05/12/2003  

200 

8,00  

1.600,00  

  

  

  

200 8,00 1.600,00

150 6,00 900,00

700 5,00 3.500,00

08/12/2003       500 5,00 2.500,00 200 8,00 1.600,00

Page 13: Cont IndustrialApostila 2013 Cust I Zanluca 1 Parte

              

150 6,00 900,00

200 5,00 1.000,00

10/12/2003   

50 

9,00  

450,00  

  

  

  

50 9,00 450,00

200 8,00 1.600,00

150 6,00 900,00

200 5,00 1.000,00

15/12/2003  

  

  

  

200 

5,00  

1.000,00  

50 9,00 450,00

200 8,00 1.600,00

150 6,00 900,00

20/12/2003   

100 

7,00  

700,00  

  

  

  

100 7,00 700,00

50 9,00 450,00

200 8,00 1.600,00

150 6,00 900,00

26/12/2002  

  

  

  

150 6,00 900,00 100 7,00 700,00

100 8,00 800,00 50 9,00 450,00

      100 8,00 800,00

28/12/2003   

150 

5,00  

750,00  

  

  

  

150 5,00 750,00

100 7,00 700,00

50 9,00 450,00

100 8,00 800,00

31/12/2003  

  

  

  

100 

8,00  

800,00  

150 5,00 750,00

100 7,00 700,00

50 9,00 450,00

SOMAS 650 4.400,00 1.350 7.500,00 300 1.900,00

Como se observa na movimentação acima, os estoques finais pelo método PEPS foram de R$ 1.900,00 (se fosse pelo custo médio o estoque final seria de R$ 1.709,09).

O CMV foi de R$ 7.500,00 (pelo custo médio seria de R$ 7.690,91). Portanto, conclui-se que o lucro da empresa, no período, foi maior em R$ 190,91 do que em relação ao custo médio, em decorrência da utilização do método PEPS.

Este método é admitido pela legislação fiscal (item 2.2 do PN CST 6/1979).

Entretanto, de acordo com o item 36 do NPC 2 - Pronunciamento do Instituto dos Auditores Independentes do Brasil - IBRACON nº 2 de 30/04/1999 – “Métodos tais como "próximo a entrar, primeiro a sair", ou como custo da última compra fundamentam-se, principalmente, em custos de reposição, que geralmente ocasionam superavaliação dos estoques pela diferença entre o custo efetivo de aquisição ou fabricação e o valor corrente, contrariando o conceito de custo como critério básico de avaliação dos estoques.”

Em síntese, o método PEPS, aceitável no ponto de vista fiscal, não o é em relação aos princípios contábeis.

ÚLTIMO A ENTRAR, PRIMEIRO A SAIR (UEPS)

No método UEPS (último a entrar, primeiro a sair) o custo do estoque é determinado como se as unidades mais recentes adicionadas ao estoque (últimas a entrar) fossem as primeiras unidades a sair. Também é conhecido como LIFO (sigla, em inglês, de “last in, first out”).

Supõe-se, portanto, que o estoque final consiste nas unidades mais antigas e é avaliado ao custo destas unidades.

Page 14: Cont IndustrialApostila 2013 Cust I Zanluca 1 Parte

Segue-se que, de acordo com o método UEPS, o custo dos itens vendidos/saídos tende a refletir o custo dos itens mais recentemente comprados (comprados ou produzidos, e assim, os preços mais recentes).

O efeito prático da utilização do UEPS é que, em ambiente inflacionário (de aumento de preços e custos), há uma subavaliação de estoques, portanto, uma redução no CMV, já que os estoques estão representados por valores “antigos”.

Evidentemente, se não houvesse inflação, ou se esta fosse mínima, nenhum ou pouco efeito haveria na utilização do UEPS, em relação ao custo médio.

Em períodos de alta de preços, os preços maiores das aquisições mais recentes são apropriados mais rapidamente ao resultado, reduzindo o lucro.

Um argumento “gerencial” em favor do UEPS é o de que procura determinar se a empresa apurou, ou não, adequadamente, seus custos correntes em face da sua receita corrente. Nesta ótica, o estoque é avaliado em termos do nível de preço da época, em que o UEPS foi introduzido.

Vejamos de maneira mais prática a sistemática da UEPS, levando-se em conta as movimentações de estoque já exemplificadas anteriormente (métodos do custo médio e PEPS):

DATA 

ENTRADA SAÍDA SALDO

QTDE UN. R$ TOTAL R$ QTDE UN. R$ TOTAL R$ QTDE UN. R$ TOTAL R$

30/11/2003             1.000 5,00 5.000,00

01/12/2003 150 6,00 900,00      

1.000 5,00 5.000,00

150 6,00 900,00

03/12/2003      

150 6,00 900,00 0    

150 5,00 750,00 850 5,00 4.250,00

05/12/2003 200 8,00 1.600,00      

850 5,00 4.250,00

200 8,00 1.600,00

08/12/2003      

200 8,00 1.600,00 0    

300 5,00 1.500,00 550 5,00 2.750,00

10/12/2003 50 9,00 450,00      

550 5,00 2.750,00

50 9,00 450,00

15/12/2003      

50 9,00 450,00 0    

150 5,00 750,00 400 5,00 2.000,00

20/12/2003 100 7,00 700,00      

400 5,00 2.000,00

100 7,00 700,00

26/12/2003      

100 7,00 700,00 0    

150 5,00 750,00 250 5,00 1.250,00

28/12/2003 150 5,00 750,00       400 5,00 2.000,00

31/12/2003       100 5,00 500,00 300 5,00 1.500,00

SOMAS 650 4.400,00 1.350 7.900,00 300 1.500,00

Como se observa na movimentação acima, os estoques finais pelo método UEPS foram de R$ 1.500,00 (se fosse pelo custo médio o estoque final seria de R$ 1.709,09).

O CMV foi de R$ 7.900,00 (pelo custo médio seria de R$ 7.690,91). Portanto, conclui-se que o lucro da empresa, no período, foi menor em R$ 209,09 do que em relação ao custo médio, em decorrência da utilização do método UEPS.

O método UEPS não é admissível, sob a ótica fiscal, nem sob as normas de contabilidade.

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CUSTOS DIRETOS

É aquele que pode ser identificado e diretamente apropriado a cada tipo de obra a ser custeado, no momento de sua ocorrência, isto é, está ligado diretamente a cada tipo de bem ou função de custo. É aquele que pode ser atribuído (ou identificado) direto a um produto, linha de produto, centro de custo ou departamento.

Não necessita de rateios para ser atribuído ao objeto custeado.

Ou ainda, são aqueles diretamente incluídos no cálculo dos produtos.

Exemplos de custos diretos:

Matérias-primas usados na fabricação do produto Mão-de-obra direta Serviços subcontratados e aplicados diretamente nos produtos ou serviços

Os custos diretos tem a propriedade de ser perfeitamente mensuráveis de maneira objetiva. Os custos são qualificados aos portadores finais (produtos), individualmente considerados.

Os CUSTOS DIRETOS constituem todos aqueles elementos de custo individualizáveis com respeito ao produto ou serviço, isto é, se identificam imediatamente com a produção dos mesmos, mantendo uma correspondência proporcional. Um mero ato de medição é necessário para determinar estes custos.

APROPRIAÇÃO DOS CUSTOS DIRETOS

Para conhecer o consumo de materiais, basta a empresa manter um sistema de requisições, de modo a saber sempre para qual produto foi utilizado o material retirado do Almoxarifado.

Para conhecer o consumo de mão-de-obra direta, é preciso, a empresa mantenha um sistema de apontamentos, por meio do qual se verifica quais os operários que trabalham em cada produto (ou serviço) no período (dia, semana, mês) e por quanto tempo (minutos, horas).

Nas empresas de serviços, normalmente se faz o acompanhamento da ordem de serviço, anotando os custos alocados diretamente (mão de obra, materiais aplicados e serviços subcontratados).

CUSTOS INDIRETOS

Indireto é o custo que não se pode apropriar diretamente a cada tipo de bem ou função de custo no momento de sua ocorrência. Os custos indiretos são apropriados aos portadores finais mediante o emprego de critérios pré-determinados e vinculados a causas correlatas, como mão-de-obra indireta, rateada por horas/homem da mão de obra direta, gastos com energia, com base em horas/máquinas utilizadas, etc.

Atribui-se parcelas de custos a cada tipo de bem ou função por meio de critérios de rateio. É um custo comum a muitos tipos diferentes de bens, sem que se possa separar a parcela referente a cada um, no momento de sua ocorrência. Ou ainda, pode ser entendido, como aquele custo que não pode ser atribuído (ou identificado) diretamente a um produto, linha de produto, centro de custo ou departamento. Necessita de taxas/critérios de rateio ou parâmetros para atribuição ao objeto custeado.

São aqueles que apenas mediante aproximação podem ser atribuídos aos produtos por algum critério de rateio.

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Exemplos:

1. Mão-de-obra indireta: é representada pelo trabalho nos departamentos auxiliares nas indústrias ou prestadores de serviços e que não são mensuráveis em nenhum produto ou serviço executado, como a mão de obra de supervisores, controle de qualidade, etc.

2. Materiais indiretos: são materiais empregados nas atividades auxiliares de produção, ou cujo relacionamento com o produto é irrelevante. São eles: graxas e lubrificantes, lixas etc.

3. Outros custos indiretos: são os custos que dizem respeito à existência do setor fabril ou de prestação de serviços, como depreciação, seguros, manutenção de equipamentos, etc.

CUSTOS PRIMÁRIOS

Compreendem a soma da Matéria-Prima com Mão-de-Obra Direta.

Não são iguais a Custos Diretos, já que nos Custos Primários só estão incluídos aqueles dois itens.  Assim, a embalagem é um Custo Direto, mas não Primário.

CUSTOS DE TRANSFORMAÇÃO

Também chamados de custos de conversão, compreendem a soma de todos os Custos de Produção, exceto os relativos a matérias-primas.

Representam o valor do esforço da própria empresa no processo de elaboração de um determinado produto, tais como: mão-de-obra direta e indireta, energia, materiais de consumo industrial etc.

PRINCIPAIS MÉTODOS DE CUSTEIO

Apresentamos a seguir, os métodos de custeio mais usualmente utilizados.

Cada método tem suas vantagens e desvantagens, mas, para efeitos contábeis, somente o custeio por absorção é admissível.

O custo padrão pode ser adotado na contabilidade, desde que as variações ocorridas sejam ajustadas em períodos mínimos trimestrais.

CUSTEIO POR ABSORÇÃO (OU INTEGRAL)

Custeio por Absorção (também chamado “custeio integral”) é o método derivado da aplicação dos Princípios Fundamentais de Contabilidade.

Esse método foi derivado do sistema desenvolvido na Alemanha no início do século 20 conhecido por RKW (Reichskuratorium für Wirtschaftlichtkeit).

Consiste na apropriação de todos os custos (diretos e indiretos, fixos e variáveis) causados pelo uso de recursos da produção aos bens elaborados, e só os de produção, isto dentro do ciclo operacional interno. Todos os gastos relativos ao esforço de fabricação são distribuídos para todos os produtos feitos.

Exemplo:

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Admitindo-se os seguintes custos para produção de XYZ, pelo método do sistema de absorção, teremos:

DESCRIÇÃO VALOR R$

Matérias Primas transferidas para produção 25.000,00

Custo da Mão de Obra da Produção apurada no mês 10.000,00

Gastos Gerais de Produção apurados no mês 8.000,00

TOTAL DO CUSTO DE PRODUÇÃO DO MÊS 43.000,00

Unidades Produzidas no mês 5.000

Custo Unitário de Produção de XYZ 8,60

As principais características do custeio por absorção:

1. Engloba os custos totais: fixos, variáveis, diretos e/ou indiretos.2. Necessita de critério de rateios, no caso de apropriação dos custos indiretos (gastos gerais de produção) quando houver dois ou mais produtos ou serviços.3. É o critério legal exigido no Brasil. Entretanto, nem sempre é útil como ferramenta de gestão (análise) de custos, por possibilitar distorções ao distribuir custos entre diversos produtos e serviços, possibilitando mascarar desperdícios e outras ineficiências produtivas.4. Os resultados apresentados sofrem influência direta do volume de produção.

COMPONENTES DO CUSTO

O custo de aquisição de mercadorias destinadas à revenda incluirá os de transporte e seguro até o estabelecimento do contribuinte e os tributos não recuperáveis devidos na aquisição ou importação (RIR/1999, art. 289 e seus §§).

O custo da produção dos bens ou serviços compreenderá, obrigatoriamente (RIR/1999, art. 290):

1. o custo de aquisição de matérias-primas e quaisquer outros bens ou serviços aplicados ou consumidos na produção, inclusive os de transporte e seguro até o estabelecimento do contribuinte e os tributos não recuperáveis devidos na aquisição ou importação;

2. o custo do pessoal aplicado na produção, inclusive na supervisão direta, manutenção e guarda das instalações de produção;

3. os custos de locação, manutenção e reparo e os encargos de depreciação dos bens aplicados na produção;

4. os encargos de amortização, diretamente relacionados com a produção; 5. os encargos de exaustão dos recursos naturais utilizados na produção.

BENS DE CONSUMO EVENTUAL

A aquisição de bens de consumo eventual cujo valor não exceda a 5% do custo total dos produtos vendidos no período de apuração anterior poderá ser registrada diretamente como custo (RIR/1999, art. 290, parágrafo único).

De acordo com o PN CST no 70/1979, considera-se como de consumo eventual aquele bem aplicável nas atividades industriais ou no setor de prestação de serviços, ocasionalmente, sem regularidade.

QUEBRAS E PERDAS

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Consideram-se como integrantes do custo as perdas e quebras razoáveis, de acordo com a natureza do bem e da atividade, ocorridas na fabricação, no transporte e no manuseio, bem assim as quebras e perdas de estoque por deterioração, obsolescência ou pela ocorrência de riscos não cobertos por seguros, desde que comprovadas por laudos ou certificados emitidos por autoridade competente (autoridade sanitária, corpo de bombeiros, autoridade fiscal etc.) que identifiquem as quantidades destruídas ou inutilizadas e as razões da providência (RIR/1999, art. 291).

MATERIAIS DIRETOS

Ao serem adquiridos, as matérias-primas, materiais de natureza diversa, componentes, subprodutos e produtos acabados ou em processo deverão ser avaliados pelo seu custo de aquisição ou produção, de acordo com a respectiva documentação de compra ou de produção, deduzido dos impostos pagos na aquisição e que resultem em créditos efetivos a serem abatidos dos impostos a pagar sobre as saídas de produtos tributados por esses mesmos impostos.

Desta forma, o ICMS destacado na aquisição de insumos deve ser excluído do custo de aquisição, contabilizando-se o valor correspondente em conta própria do ativo circulante. Esse procedimento faz com que o insumo adquirido ingresse no estoque da indústria pelo seu valor líquido, ou seja, sem o ICMS incluso no valor da Nota Fiscal.

No caso do IPI, se a indústria não tiver direito a crédito desse imposto, o valor correspondente integrará o custo de aquisição dos insumos.

O valor do frete pago pelo transporte de insumos será registrado como parcela integrante do custo de aquisição.

Exemplo:

Preço de aquisição de MP: R$ 10,00ICMS recuperável: R$ 1,20Frete sobre aquisição: R$ 2,00Custo da MP: R$ 10,00 – R$ 1,20 + R$ 2,00 = R$ 10,80.

Na hipótese da aludida MP sofrer algum aumento de custo, decorrente de industrialização por terceiros, este custo será agregado por ocasião de sua efetivação.

Assim, se no exemplo anterior, após a entrada da MP, houvesse sido a mesma remetida para industrialização por terceiros, e nesse processo o custo foi de R$ 3,00, o custo total da MP, ao reentrar no estabelecimento industrial, seria:

R$ 10,80 + R$ 3,00 = R$ 13,80.

VALORAÇÃO UNITÁRIA

A valoração dos materiais diretos será de acordo com o método escolhido (custo médio ou PEPS).

CONTABILIZAÇÃO

A entrada de materiais no estabelecimento deve ser debitado pelo seu custo total a uma conta de estoques e creditado á conta passiva ou ativa que registrou a origem dos

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respectivos recursos. No caso dos impostos recuperáveis, o débito deve ser á conta de impostos a recuperar.

Exemplo:

Indústria adquiriu material de embalagem para produção cuja Nota Fiscal de Compra apresentou os seguintes dados:

Preço do material de embalagem: R$ 60.000,00IPI destacado (10%): R$ 6.000,00Total da Nota Fiscal: R$ 66.000,00ICMS destacado: R$ 7.200,00Frete: não houve (foi pago pelo fornecedor)

1. Pelo registro da compra:

D – Estoque de Material de Embalagem (Ativo Circulante)C – Fornecedores (Passivo Circulante)R$ 66.000,00

2. Registro do IPI Recuperável:

D – IPI a Recuperar (Ativo Circulante)C – Estoque de Material de Embalagem (Ativo Circulante)R$ 6.000,00

3. Registro do ICMS recuperável:

D – ICMS a Recuperar (Ativo Circulante)C - Estoque de Material de Embalagem (Ativo Circulante)R$ 7.200,00

MÃO DE OBRA DIRETA (MOD)

A MOD compreende a soma dos elementos diretamente associados ao pessoal de produção na indústria.

Exemplo:

DESCRIÇÃO VALOR R$ Salários do Pessoal do Centro de Custo de Montagem 10.000,00 Idem, INSS (encargo da empresa) 2.800,00 Idem, FGTS 850,00

Idem, Provisão de Férias e 13º Salário 2.670,00Idem, Vale Transporte * 750,00 Idem, Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT) * 800,00 TOTAL 17.870,00

* Nota: o vale transporte e o PAT devem ser contabilizados como custo pelo seu valor total, diminuindo-se o valor recuperado em folha, em contas distintas: uma, para registrar o valor total do custo, e outra, de natureza credora, para registrar o valor dos reembolsos ocorridos á empresa, pelos trabalhadores.

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VALORAÇÃO UNITÁRIA

Numa indústria, o custo total de mão de obra direta de cada setor é dividido pelo número de horas de atividades do respectivo setor, para encontrar-se o “custo/hora MOD” (também denominado “custo hora/homem”).

Exemplo:

Centro Custo Total R$ MOD Horas de Atividades Custo Hora R$

Corte 10.000,00 1.800 5,56 Acabamento 15.000,00 2.400 6,25 Pintura 12.000,00 1.800 6,67 Secagem 6.000,00 1.000 6,00

CONTABILIZAÇÃO:

Pela folha de pagamento analítica (por centro de custo), registra-se a débito os valores de salários e encargos, e a crédito as contas passivas ou ativas que registram os recursos.

Exemplo:

Contabilização do custo da folha de pagamento do Centro de Custo Acabamento, com os seguintes dados:

Salários Devidos (incluindo horas extras e adicionais): R$ 7.000,00INSS (encargos do empregador) R$ 2.000,00FGTS R$ 595,00Provisão de Férias no mês: R$ 1.000,00Provisão para o 13º salário no mês: R$ 800,00Vale Transporte reembolsado pelos empregados R$ 420,00PAT – parcela descontada dos empregados: R$ 200,00

1. Registro dos salários devidos:

D. Salários – Acabamento (Custo de Produção)C. Salários a Pagar (Passivo Circulante)R$ 7.000,00

Nota: a retenção do INSS deve ser procedida a débito da conta de salários a pagar e a crédito de INSS a recolher.

2. Encargos Sociais:

D. INSS e FGTS – Acabamento (Custo de Produção) R$ 2.595,00C. INSS a Recolher (Passivo Circulante) R$ 2.000,00C. FGTS a Recolher (Passivo Circulante) R$ 595,00

3. Provisão de Férias e 13º salário:

D. Férias – Acabamento (Custo de Produção)C. Provisão de Férias (Passivo Circulante)R$ 1.000,00

Page 21: Cont IndustrialApostila 2013 Cust I Zanluca 1 Parte

e

D. 13º Salário – Acabamento (Custo de Produção)C. Provisão 13º Salário (Passivo Circulante)R$ 800,00

4. Vale Transporte reembolsado:

D. Salários a Pagar (Passivo Circulante)C. Reembolso de Vale Transporte – Acabamento (Custo de Produção)R$ 420,00

5. PAT reembolsado:

D. Salários a Pagar (Passivo Circulante)C. Reembolso PAT – Acabamento (Custo de Produção)R$ 200,00

CUSTOS GERAIS DE FABRICAÇÃO (CGF)

Também denominados “Gastos Gerais de Fabricação” ou, ainda (de forma inapropriada) “Despesas Indiretas de Produção”, compreendem aqueles incorridos no processo de fabricação mas não identificados diretamente a cada unidade produzida.

Como exemplos: mão-de-obra indireta, energia, depreciação e manutenção dos edifícios, instalações, máquinas e equipamentos, do custo da direção e administração da fábrica e outros vinculados ao processo produtivo.

Exemplo:

DESCRIÇÃO VALOR R$ Energia Elétrica 8.000,00 Água 2.000,00 Manutenção de Equipamentos 1.000,00 Depreciação 750,00 Pró-Labore do Diretor de Produção 3.500,00 Mão de Obra Indireta (salários e encargos) 18.000,00 TOTAL 33.250,00

VALORAÇÃO SETORIAL E UNITÁRIA

Os CGF são atribuídos a cada setor por critérios de rateio, para encontrar-se o “custo CGF”, sendo os mais comuns:

1. A divisão dos CGF sobre o total de horas de atividades dos centros de custos, e multiplicado pelo número de horas de atividades de cada centro de custo (critério de “hora de atividade”)

2. A divisão dos CGF sobre o total de horas de mão de obra dos centros de custos, e multiplicado pelo número de horas de mão de obra de cada centro de custo (critério de “hora/homem”)

3. A proporcionalização dos CGF sobre a MOD total, multiplicando-se posteriormente pela MOD de cada centro de custo (critério de “proporção de MOD”).

Page 22: Cont IndustrialApostila 2013 Cust I Zanluca 1 Parte

4. A divisão dos CGF sobre o total de horas máquinas dos centros de custos, e multiplicado pelo número de horas máquinas de cada centro de custo (critério de “horas máquinas”)

5. Critérios mistos de rateio, como proporcionalizar determinados custos de fábrica vinculadas á maquinas, instalações e equipamentos á horas/máquinas e os demais custos a horas/homem, etc.

Trataremos de maiores detalhamentos para a apropriação dos custos indiretos de fabricação, no tópico de “Rateio dos Custos Gerais de Fabricação”.

CONTABILIZAÇÃO:

Cada custo será registrado a débito da respectiva conta, e a crédito as contas passivas ou ativas que registram os recursos.

Exemplo:

Contabilização de custos de manutenção de equipamentos do setor de Acabamento:

D – Manutenção – Acabamento (Custo de Produção)C – Fornecedores (Passivo Circulante)R$ 1.000,00

RATEIO DOS CUSTOS GERAIS DE FABRICAÇÃO

Os custos gerais de fabricação, se analisados individualmente, têm pouca identificação direta com o produto, em termos de mensuração efetiva.

Entre esses, podem ser citados: manutenção de equipamentos, depreciação, seguros, vigilância, aluguéis, energia elétrica, pró-labore do diretor de produção, etc.

Deve-se atribuir os custos indiretos no processo de produção, entre as diversas unidades operacionais autônomas, denominadas de "Centro de Custos", e que se constituem na menor unidade de acumulação de custos na empresa.

Observa-se que os custos diretos são atribuídos diretamente aos produtos, e os custos indiretos devem antes ser alocados (distribuídos) pelos vários centros de custos, para, só então, posteriormente, serem transferidos aos produtos.

Tal processo de transferência sucessiva dos custos indiretamente, primeiro nos centros de custos da empresa e, após, sobre os produtos, denomina-se de RATEIO de custos indiretos.

Um critério bastante simples de rateio é dividir o valor dos custos gerais de fabricação sobre determinado padrão comum na fábrica. Este padrão pode ser:

1. Número de horas de mão de obra aplicada (base: “hora/homem”)2. Número de horas de atividades do maquinário fabril (base: “hora/máquina”)3. Metragem quadrada existente no setor, etc.

Exemplo:

Custos Gerais de Fabricação no mês: R$ 1.000.000,00.

Distribuição entre os diversos Centros de Custos, segundo critério de “horas máquinas”:

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SETOR Horas Máquinas Rateio CGF R$ Acabamento 1.500 468.750,00 Montagem 1.200 375.000,00 Manutenção 500 156.250,00

Total 3.200 1.000.000,00

MAPA DE LOCALIZAÇÃO DE CUSTOS

Numa empresa com poucos centros de custos, e com relativa simplicidade de produção, é fácil alocar os custos indiretos por um único critério de rateio, como exemplificado anteriomente, seja em horas-máquinas, horas-homens ou outro critério simples.

Porém, numa indústria com vários departamentos, cada um contendo seus respectivos centros de custos, o rateio precisa atender uma correspondência mais casual.

Os custos indiretos são, pois, setorizados, comumente através de um instrumento que denominamos "Mapa de Localização de Custos".

Este mapa corresponde a um quadro demonstrativo que registra nas linhas as espécies de custos com os correspondentes valores, e, nas colunas, os setores ou centros de custos.

Para a alocação dos custos indiretos aos Centros de Custos, é necessária a organização prévia de seus diversos componentes, tecnicamente denominados espécies de custos:

1. Depreciação e Manutenção2. Mão de Obra indireta3. Material Indireto 4. Custos gerais

Adiante seguem alguns critérios para alocação dos custos indiretos de fabricação:

ESPÉCIES DE CUSTOS CRITÉRIOS DE RATEIODepreciação e Manutenção Quantidades produzidas ou tempo de

utilização das máquinasMão de Obra Indireta Tempo de utilização da mão-de-obra

diretaMaterial Indireto Consumo de material diretoAluguéis, Seguros, Vigilância, Limpeza, Depreciação de Prédios

Área ocupada pelos departamentos

Energia elétrica, água, gás, combustíveis

Consumo efetivo ou potencial

ALOCAÇÃO DIRETA

Se a indústria mantém controle do imobilizado, por exemplo, as depreciações são identificáveis por equipamentos instalados, permitindo alocar, em cada centro de custo, os respectivos encargos, diretamente, sem necessidade de rateio.

Isto também pode ocorrer com as requisições de peças para manutenção, obtidas no controle do almoxarifado.

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Mas, como os custos industriais são múltiplos, na prática o nível de controle e distribuição é quase inaplicável sobre todos os itens, obrigando a contabilidade de custos a determinar o rateio daqueles que não se identificam claramente com cada centro de custo.

Exemplo:

Determinada indústria de doces têm 2 departamentos produtivos:

1. Processamento, dividido nas seções (centros de custos): preparação, mistura e aromatização.

2. Acabamento: classificação, embalamento e expedição.

Além destes departamentos, há 1 departamento auxiliar, chamado “Manutenção e Controle”, que têm 3 centros de custos: controle de qualidade, manutenção e limpeza, engenharia.

Os custos gerais de fabricação no mês, identificados por setor, decorrentes de controles do imobilizado e das requisições de peças de manutenção ao almoxarifado, foram contabilizados como segue:

D. Depreciação – Preparação (Conta de Custo) R$ 450,00D. Depreciação – Mistura (Conta de Custo) R$ 650,00D. Depreciação – Aromatização (Conta de Custo) R$ 300,00D. Depreciação – Classificação (Conta de Custo) R$ 250,00D. Depreciação – Embalamento (Conta de Custo) R$ 700,00D. Depreciação – Expedição (Conta de Custo) R$ 150,00D. Depreciação – Controle de Qualidade (Conta de Custo) R$ 100,00D. Depreciação – Manutenção e Limpeza (Conta de Custo) R$ 50,00D. Depreciação – Engenharia (Conta de Custo) R$ 200,00C. Depreciações Acumuladas (Imobilizado) R$ 2.850,00

D. Manutenção – Preparação (Conta de Custo) R$ 250,00D. Manutenção – Mistura (Conta de Custo) R$ 300,00D. Manutenção – Aromatização (Conta de Custo) R$ 150,00D. Manutenção – Classificação (Conta de Custo) R$ 100,00D. Manutenção – Embalamento (Conta de Custo) R$ 400,00D. Manutenção – Expedição (Conta de Custo) R$ 120,00D. Manutenção – Controle de Qualidade (Conta de Custo) R$ 110,00D. Manutenção – Manutenção e Limpeza (Conta de Custo) R$ 30,00D. Manutenção – Engenharia (Conta de Custo) R$ 50,00C. Almoxarifado (Estoques – Ativo Circulante) R$ 1.510,00

Entretanto, os seguintes custos foram apurados, tendo que ser distribuídos entre os centros respectivos, utilizando-se critério de rateio, pois não podem ser identificados especificamente:

Pró-Labore R$ 10.000,00 INSS Pró-Labore R$ 2.000,00 Energia Elétrica R$ 3.000,00 Água R$ 1.000,00 Salários Supervisores R$ 7.000,00 Encargos Supervisores R$ 5.100,00 Seguros R$ 900,00 Vigilância R$ 2.100,00 SOMA R$ 31.100,00

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O critério de rateio adotado, para alocação no mapa de custos, é o seguinte:

1. Mão de obra indireta (pró-labore, salários supervisores e respectivos encargos): número de horas da mão-de-obra de cada setor.

2. Energia Elétrica: consumo potencial de cada equipamento.3. Demais despesas (vigilância, seguros, água): pela metragem ocupada por cada setor.

Nota: o nome do Centro de Custo está em sigla, pelas primeiras letras.

MAPA DE ALOCAÇÃO – MÃO DE OBRA INDIRETA (MOI)

MOI TOTAL PRE MIS AROM CLAS EMB EXP CQ ML ENG

Número de Horas MOD 7.215 800 1.050 700 900 1.100 790 550 850 475

Pró-Labore 10.000,00 1.108,80 1.455,31 970,20 1.247,40 1.524,60 1.094,94 762,30 1.178,10 658,35

INSS Pró-Labore 2.000,00 221,76 291,06 194,04 249,48 304,92 218,99 152,46 235,62 131,67

Salários Supervisores 7.000,00 776,16 1.018,71 679,14 873,18 1.067,22 766,46 533,61 824,67 460,85

Encargos Supervisores 5.100,00 565,49 742,20 494,80 636,18 777,55 558,42 388,77 600,83 335,76

TOTAL MOI R$ 24.100,00 2.672,21 3.507,28 2.338,18 3.006,24 3.674,29 2.638,81 1.837,14 2.839,22 1.586,63

MAPA DE ALOCAÇÃO – ENERGIA ELÉTRICA

ENERGIA TOTAL PRE MIS AROM CLAS EMB EXP CQ ML ENG

Consumo Potencial KW 1.270 150 200 180 125 290 140 70 90 25

Energia Elétrica R$ 3.000,00 354,33 472,44 425,20 295,28 685,05 330,71 165,36 212,61 59,02

MAPA DE ALOCAÇÃO - OUTROS CUSTOS GERAIS

OUTROS TOTAL PRE MIS AROM CLAS EMB EXP CQ ML ENG

Metragem 1.115 145 180 170 150 190 115 75 60 30

Água 1.000,00 130,04 161,44 152,47 134,53 170,40 103,14 67,26 53,81 26,91

Seguros 900,00 117,04 145,29 137,22 121,08 153,36 92,83 60,54 48,42 24,22

Vigilância 2.100,00 273,10 339,01 320,18 282,51 357,85 216,59 141,26 113,00 56,50

TOTAL Outros R$ 4.000,00 520,18 645,74 609,87 538,12 681,61 412,56 269,06 215,23 107,63

Após tais alocações, teremos o seguinte resumo de alocação de custos gerais de fabricação, por centro de custo:

MAPA DE ALOCAÇÃO CGF – RESUMO

CGF R$ TOTAL PRE MIS AROM CLAS EMB EXP CQ ML ENG

Depreciação 2.850,00 450,00 650,00 300,00 250,00 700,00 150,00 100,00 50,00 200,00

Manutenção 1.510,00 250,00 300,00 150,00 100,00 400,00 120,00 110,00 30,00 50,00

MOI 24.100,00 2.672,21 3.507,28 2.338,18 3.006,24 3.674,29 2.638,81 1.837,14 2.839,22 1.586,63

Energia Elétrica 3.000,00 354,33 472,44 425,20 295,28 685,05 330,71 165,36 212,61 59,02

Outros 4.000,00 520,18 645,74 609,87 538,12 681,61 412,56 269,06 215,23 107,63

TOTAL 35.460,00 4.246,72 5.575,46 3.823,25 4.189,64 6.140,95 3.652,08 2.481,56 3.347,06 2.003,28

Conciliação contábil do mapa de alocação

R$ 2.850,00 (valor da depreciação já distribuída entre os centros de custos)+ R$ 1.510,00 (valor da manutenção já distribuída entre os centros de custos)+ R$ 31.100,00 (valores a alocar entre os centros de custos)= R$ 35.460,00 (valor do mapa geral de alocação dos CGF).

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Agora, é só contabilizar as transferências dos valores alocados pelos critérios de rateio:

1. Transferência relativa á alocação da Mão de Obra Indireta:

D. Mão de Obra Indireta – Preparação (Conta de Custo) R$ 2.672,21D. Mão de Obra Indireta – Mistura (Conta de Custo) R$ 3.507,28D. Mão de Obra Indireta – Aromatização (Conta de Custo) R$ 2.338,18D. Mão de Obra Indireta – Classificação (Conta de Custo) R$ 3.006,24D. Mão de Obra Indireta – Embalamento (Conta de Custo) R$ 3.674,29D. Mão de Obra Indireta – Expedição (Conta de Custo) R$ 2.638,81D. Mão de Obra Indireta – Controle de Qualidade (Conta de Custo) R$ 1.837,14D. Mão de Obra Indireta – Manutenção e Limpeza (Conta de Custo) R$ 2.839,22D. Mão de Obra Indireta – Engenharia (Conta de Custo) R$ 1.586,63C. Transferência - Mão de Obra Indireta (Conta de Custo) R$ 24.100,00

2. Transferência relativa á alocação da Energia Elétrica:

D. Energia Elétrica – Preparação (Conta de Custo) R$ 354,33D. Energia Elétrica – Mistura (Conta de Custo) R$ 472,44D. Energia Elétrica – Aromatização (Conta de Custo) R$ 425,20D. Energia Elétrica – Classificação (Conta de Custo) R$ 295,28D. Energia Elétrica – Embalamento (Conta de Custo) R$ 685,05D. Energia Elétrica – Expedição (Conta de Custo) R$ 330,71D. Energia Elétrica – Controle de Qualidade (Conta de Custo) R$ 165,36D. Energia Elétrica – Manutenção e Limpeza (Conta de Custo) R$ 212,61D. Energia Elétrica – Engenharia (Conta de Custo) R$ 59,02C. Transferência - Energia Elétrica (Conta de Custo) R$ 3.000,00

3. Transferência relativa á alocação dos demais custos gerais:

D. Outros Custos – Preparação (Conta de Custo) R$ 520,18D. Outros Custos – Mistura (Conta de Custo) R$ 645,74D. Outros Custos – Aromatização (Conta de Custo) R$ 609,87D. Outros Custos – Classificação (Conta de Custo) R$ 538,12D. Outros Custos – Embalamento (Conta de Custo) R$ 681,61D. Outros Custos – Expedição (Conta de Custo) R$ 412,56D. Outros Custos – Controle de Qualidade (Conta de Custo) R$ 269,06D. Outros Custos – Manutenção e Limpeza (Conta de Custo) R$ 215,23D. Outros Custos – Engenharia (Conta de Custo) R$ 107,63C. Transferência - Outros Custos (Conta de Custo) R$ 4.000,00

SISTEMAS DE ACUMULAÇÃO DE CUSTOS

Sistema de acumulação de custos representa a forma com que os custos são transferidos aos produtos fabricados.

Uma vez calculado os custos de cada centro de custo (produtivo ou auxiliar), é necessário transferir tais custos aos produtos.

Então, o fato da contabilidade apurar os custos de cada centro não significa que sua tarefa está concluída, pois o objetivo da contabilidade de custos é valorar os estoques e também determinar o Custo dos Produtos Vendidos – CPV.

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Então, basicamente, o esquema de trabalho na apuração dos custos será:

1. Determinar os custos diretos e contabilizá-los aos respectivos centros.2. Fazer o rateio dos custos indiretos e transferi-los aos centros de custos.3. Transferir os custos assim determinados (1 e 2), incluindo os custos de materiais diretos, para os produtos.

Esta transferência será debitada á conta específica de estoques de produtos em elaboração e creditada na conta de transferência de custos (no subgrupo das contas de centro de custos).

Posteriormente, os produtos que forem concluídos serão transferidos para o estoque de produtos acabados.

Exemplo:

Transferência dos custos de acabamento para os produtos em elaboração:

D – Estoques de Produtos em Elaboração (Ativo Circulante)C – Transferência de Custos – Acabamento (Conta de Custos)

Na seqüência, os produtos que tiveram sua fabricação concluída, serão transferidos para a conta de estoques de produtos acabados:

D – Estoques de Produtos Acabados (Ativo Circulante)C - Estoques de Produtos em Elaboração (Ativo Circulante)

Finalmente, o custo dos produtos vendidos será contabilizado como segue:

D – Custo dos Produtos Vendidos (Conta de Resultado)C - Estoques de Produtos Acabados (Ativo Circulante)

Então, para formar o valor do custo de cada produto, deve-se utilizar um critério específico e coerente (regular), de acordo com uma metodologia lógica, racional.

Antes de decidir quanto ao sistema ou à modalidade de custeio a ser adotada, a empresa deverá escolher o seu sistema de acumulação de custos, orientando-se, estritamente, pelo sistema produtivo da empresa.

Existem dois sistemas básicos de produção - o sistema de produção por encomenda e o sistema de produção contínua.

SISTEMA DE PRODUÇÃO CONTÍNUA: caracteriza-se pela fabricação em série de produtos padronizados.

SISTEMA DE PRODUÇÃO POR ENCOMENDA: caracteriza-se pela fabricação descontínua de produtos não padronizados.

Adotará o sistema de acumulação de custos por ordem ou encomenda a indústria cujo sistema produtivo for predominantemente descontínuo, produzindo bens ou serviços não padronizados e, geralmente, sob encomenda específica dos seus clientes.

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A empresa que produz, em série, bens ou serviços padronizados deverá adotar o sistema de acumulação de custos por processo.

Então, de acordo com o sistema de produção, é que se definirá qual será o “sistema de acumulação de custos”:

1. Por processo (para produção contínua)2. Por ordem de produção (para produção por encomenda).

CUSTEAMENTO DE DIVERSOS PRODUTOS EM FABRICAÇÃO

BASE DE INFORMAÇÕES

Para atribuir-se os custos a diversos produtos, diferentes entre si (com etapas de produção também diferentes), deve-se estabelecer um fluxo regular mínimo de informações da engenharia de fábrica.

A contabilidade de custos não “inventa” custos ou dados, mas, objetivamente, baseia-se em apontamentos, cálculos e medições, boa parte advinda do próprio setor produtivo.

A principal informação é a quantidade física de produtos em movimentação, detalhados em:

Quantidade de produtos produzidos, no período. Quantidade de produtos que permanecem em processamento, no final do período.

Outras informações técnicas, como a ficha técnica do produto, unidades processadas por centro de custos, etc. irão compor os dados necessários para que a contabilidade de custos possa distribuir os custos de forma adequada entre os produtos fabricados ou em fabricação.

CUSTO DO PRODUTO

No processo contínuo, normalmente se custeia os diversos produtos, dividindo-se o custo apurado em cada centro de custo pelas unidades de produtos processados naquele centro.

Se a engenharia de produção informar, regularmente, o tempo dispendido para execução do processamento (horas/homem ou horas/máquina) entre os produtos, pode-se utilizar tal parâmetro para distribuição dos custos.

Em resumo, os passos para se obter o custo dos produtos fabricados será:

1. Realizar todas as contabilizações do mês, relativamente aos custos (folha de pagamento, provisão de férias e 13º salário, encargos sociais, gastos de manutenção, apropriação das contas de luz, água, cálculo das depreciações, etc.).

2. Fazer a alocação dos custos indiretos aos diversos centros de custos (produtivos ou auxiliares). Veja maiores detalhes no tópico Rateio dos Custos Gerais de Fabricação.

3. Distribuir os custos dos centros auxiliares para os centros produtivos.4. Distribuir os custos dos centros produtivos para os produtos.

Lembrando: os centros auxiliares não executam ações diretas sobre os produtos, mas apenas fornecem serviços e utilidades para os demais centros de custos. Então, antes de

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fazer a distribuição de custos pelos produtos, precisamos alocar os custos dos centros auxiliares aos centros produtivos.

DISTRIBUIÇÃO DE CUSTOS DOS CENTROS AUXILIARES PARA OS CENTROS PRODUTIVOS

Como podem existir diversos centros de custos auxiliares (que não são diretamente ligados aos produtos, mas existem para prestar serviços a outros centros de custos, como, por exemplo, a manutenção), é necessário primeiramente alocar os custos de tais centros auxiliares para os centros produtivos.

Esta alocação é feita mediante parâmetros objetivos, como, o total de horas de utilização efetiva (mão de obra ou horas máquinas), no período por cada centro de custo.

Exemplo:

Determinado centro de custo auxiliar chamado Manutenção apresentou um custo total, no mês, de R$ 5.250,00.

Neste mesmo mês, as horas de mão de obra prestadas por este centro de Manutenção para outros centros de custos produtivos foram:

Centro de Custo Horas UtilizadasAcabamento 50 Montagem 75 Embalamento 25 Total 150

Ora, então se o critério de distribuição do custo do centro auxiliar Manutenção for o de número de horas utilizadas, o custo/hora utilizada deste centro será de R$ 5.250,00 dividido por 150 horas = R$ 35,00 a hora. Desta forma, a distribuição do custo do respectivo centro auxiliar Manutenção para os demais centros de custos será o que segue:

Centro de CustoHoras

Utilizadas Custo R$Acabamento 50 1.750,00 Montagem 75 2.625,00 Embalamento 25 875,00 Total 150 5.250,00

Lançamentos contábeis:

D - Manutenção – Acabamento (Conta de Custo) R$ 1.750,00D – Manutenção – Montagem (Conta de Custo) R$ 2.625,00D – Manutenção – Embalamento (Conta de Custo) R$ 875,00C – Transferência – Manutenção (Conta de Custo) R$ 5.250,00

Assim se faz com os demais centros auxiliares, de forma que “zerem” os respectivos custos no mês (mediante a utilização da conta redutora “transferência de custos”). No final da distribuição dos custos entre os diversos centros, só restará saldo nos centros de custos produtivos.

PRINCÍPIOS CONTÁBEIS APLICADOS A CUSTOS

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Com base nas Resoluções 750/1993 e 774/1994 do Conselho Federal de Contabilidade, que dispõem sobre os Princípios Fundamentais de Contabilidade no Brasil, selecionou-se os seguintes princípios relacionados á contabilidade de custos:

Princípio da Realização da Receita

Resolução CFC 750/1993:

Art. 9º - ....

§ 3º As receitas consideram-se realizadas:

I - nas transações com terceiros, quando estes efetuarem o pagamento ou assumirem compromisso firme de efetivá-lo, quer pela investidura na propriedade de bens anteriormente pertencentes à ENTIDADE, quer pela fruição de serviços por esta prestados;

Portanto, as empresas só reconhecem o resultado obtido em sua atividade quando da realização da receita, ou seja, no momento em que há a transferência do bem ou serviço para o comprador.

Princípio do Confronto das Despesas com as Receitas e com os Períodos Contábeis

Resolução CFC 750/1993:

Art. 9º As receitas e as despesas devem ser incluídas na apuração do resultado do período em que ocorrerem, sempre simultaneamente quando se correlacionarem, independentemente de recebimento ou pagamento.

Este princípio é também conhecido como Regime de Competência e quer dizer que as receitas realizadas no período devem ser confrontadas, no mesmo período, com as despesas ou custos que as geraram. As informações contábeis somente serão úteis se forem consistentes; a aplicação deste princípio é essencial para determinação do resultado correto do período.

Princípio do Custo Como Base de Valor

Resolução CFC 750/1993:

Art. 7º Os componentes do patrimônio devem ser registrados pelos valores originais das transações com o mundo exterior, expressos a valor presente na moeda do País, que serão mantidos na avaliação das variações patrimoniais posteriores, inclusive quando configurarem agregações ou decomposições no interior da ENTIDADE.

Parágrafo único. Do Princípio do REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL resulta:

I - a avaliação dos componentes patrimoniais deve ser feita com base nos valores de entrada, considerando-se como tais os resultantes do consenso com os agentes externos ou da imposição destes;

II - uma vez integrado no patrimônio, o bem, direito ou obrigação não poderão ter alterados seus valores intrínsecos, admitindo-se, tão-somente, sua decomposição em elementos e/ou sua agregação, parcial ou integral, a outros elementos patrimoniais;

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III - o valor original será mantido enquanto o componente permanecer como parte do patrimônio, inclusive quando da saída deste;

Portanto, as aquisições de ativos (inclusive estoques) deverão ser contabilizadas pelo seu valor histórico (valor de compra ou aquisição).

Princípio da Consistência ou Uniformidade

RESOLUÇÃO CFC N° 774 de 16 de dezembro de 1994:

1.5 - Das informações geradas pela Contabilidade.

....

Os requisitos referidos levam à conclusão de que deve haver consistência nos procedimentos que a Entidade utiliza em diferentes períodos e, tanto quanto possível, também entre Entidades distintas que pertençam a um mesmo mercado, de forma que o usuário possa extrair tendências quanto à vida de uma Entidade e a sua posição em face das demais Entidades ou mesmo do mercado como um todo.

A uniformidade exige que depois que a Contabilidade adotou determinado critério de avaliação de um ativo, ela deverá adotar esse critério uniformemente ao longo dos exercícios. Significa dizer que a alternativa adotada deve ser utilizada sempre; e se houver necessidade de mudança, a Contabilidade deverá informar através de nota explicativa a razão da mudança de critério e a consistência do processo adotado.

Princípio do Conservadorismo ou Prudência

Resolução CFC 750/1993:

Art. 10. 0 Princípio da PRUDÊNCIA determina a adoção do menor valor para os componentes do ATIVO e do maior para os do PASSIVO, sempre que se apresentem alternativas igualmente válidas para a quantificação das mutações patrimoniais que alterem o Patrimônio Líquido.

§ 1º O Princípio da PRUDÊNCIA impõe a escolha da hipótese de que resulte menor patrimônio líquido, quando se apresentarem opções igualmente aceitáveis diante dos demais Princípios Fundamentais de Contabilidade.

A Contabilidade deve optar pela forma mais conservadora de escrituração, quando houverem 2 possibilidades igualmente válidas para a mesma avaliação patrimonial:

Na realização de ativos, a Contabilidade deve lançar o valor menor apurado;No cumprimento das obrigações, a Contabilidade deve lançar o valor maior calculado ou conhecido.

DEPARTAMENTO OU CENTRO DE CUSTO

A departamentalização é a divisão da empresa em áreas distintas, de acordo com as atividades desenvolvidas em cada uma dessas áreas. Dependendo da nomenclatura utilizada nas empresas, essas áreas poderão ser chamadas de departamentos, setores, centros, ilhas, seção, outras.

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Departamento é uma unidade operacional representada por um conjunto de recursos humanos e de capital, de características semelhantes, desenvolvendo atividades homogêneas dentro da mesma área.

Numa indústria, por exemplo, existem departamentos PRODUTIVOS E AUXILIARES.

DEPARTAMENTOS PRODUTIVOS

São os departamentos que atuam diretamente na industrialização do produto ou na prestação do serviço. Neles promovem-se modificações no produto.

Exemplos: estamparia, montagem, pintura, acabamento, corte, etc.

DEPARTAMENTOS AUXILIARES

Têm como característica auxiliar os departamentos produtivos. Existem para prestar serviços aos demais departamentos. Neles não ocorre nenhuma ação direta sobre o produto.

Exemplos: manutenção, almoxarifado, suprimentos, controle de qualidade, etc.

Os departamentos constituem-se na subdivisão estrutural da empresa, para atender as diversas atividades operacionais.

Os departamentos de produção de bens e serviços aglutinam os centros de custos, que serão objeto da contabilidade de custos.

Como exemplos de departamentos de produção:

FundiçãoControle de QualidadePintura

Uma vez definida a estrutura departamental de produção da empresa, nota-se que quase sempre um departamento é um centro de custos, ou seja, nele serão apropriados os custos indiretos para posterior apropriação aos produtos ou serviços.

O centro de custos é a menor unidade acumuladora de custos indiretos. Um departamento pode ser subdividido em um ou mais centro de custos.

Exemplo:

O departamento de pintura pode compreender os seguintes centros de custos:

Pintura – Seção de AplicaçãoPintura – Seção de SecagemPintura – Seção de Acabamento

PLANO DE CONTAS – ADAPTAÇÃO Á CONTABILIDADE DE CUSTOS

A contabilidade de custos utiliza-se das contas patrimoniais (estoques) e das contas de resultado – especificamente os grupos de contas que acumulam custos, denominadas “Contas de Custos”.

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Antes da implantação de qualquer sistema de custos, é imprescindível adequar-se o plano de contas contábeis á terminologia e aos departamentos/centros de custos existentes.

FOLHA DE PAGAMENTO

Uma adaptação necessária é que no processamento da folha de pagamento (salários, provisões de férias e 13º salário, INSS e FGTS, Vale Transporte e Programa de Alimentação do Trabalhador – PAT, etc.) haja as informações necessárias para a contabilização dos custos da mão de obra nos respectivos centros de custos.

Assim, se a empresa tem 10 centros de custos, a folha de pagamento deverá processar os dados dos holerites individuais, permitindo a quantificação de salários e outras verbas (incluindo a provisão de férias e 13º salário) por centro de custo.

CONTAS DE TRANSFERÊNCIA

Uma característica específica de contas de custos, é de que cada grupo de contas tem uma conta redutora (credora), denominada “transferência de custos”.

O objetivo desta conta é transferir os custos para as contas de estoques ou de outros centros de custos, debitando-se a respectiva conta e creditando-se a conta de transferência de custos.

O contabilista responsável deve estar atento para que esta transferência ocorra no montante exato do total do custos do período, de forma que o somatório dos débitos das contas de custos seja igual aos somatório:

1. dos créditos (por estornos ou retificações de lançamentos, recuperações de custos ou outras causas) das mesmas contas e

2. do (s) crédito (s) por transferências a outras contas de custos ou a estoques.

Exemplo:

No balancete do mês de dezembro/2003, a soma dos débitos das contas de custos do Departamento de Acabamento foi de R$ 50.000,00.

Houve créditos, nas respectivas contas, relativamente a recuperações de custos, estornos e outras causas, de R$ 4.000,00.

Portanto, no final do período, a conta de transferência de custos deverá ser creditada em R$ 50.000,00 – R$ 4.000,00 = R$ 46.000,00. Se todo este valor fosse transferido para estoques em elaboração, o lançamento ficaria como segue:

D. Estoques de Produtos em Elaboração (Ativo Circulante)C. Transferência de Custos – Depto. Acabamento (Contas de Custos)R$ 46.000,00

Desta forma, não se admite, dentro das contas de custos, que no final do período de apuração dos custos, que “sobre” saldos devedores ou credores nos respectivos departamentos ou centros de custos.

A única exceção a esta regra é quanto á utilização do método de custos padrões. Mas tais variações da transferência deverão ser apropriadas posteriormente. Para maiores detalhamentos, acesse o tópico Custeio Padrão.

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EXEMPLO DE PLANO DE CONTAS CONTENDO CONTAS DE CUSTOS

Para fins meramente de visualização prática de como funciona um plano de contas adaptado a uma contabilidade de custo, tomemos o seguinte exemplo:

A indústria Fabril S/A têm um departamento fabril, dividido em 2 centros de custos distintos: Acabamento e Montagem. Os departamentos auxiliares são: Manutenção e Almoxarifado.

Apresenta-se, a seguir, um modelo simples de plano de contas para tal indústria:

1 Ativo2 Passivo3 Receitas4 Custos e Despesas4.1 Custo dos Produtos Vendidos4.2 Custo de Produção4.2.1 Departamento Fabril 4.2.1.01 Acabamento4.2.1.01.001 Salários4.2.1.01.002 13º Salário4.2.1.01.003 Férias4.2.1.01.004 INSS Salários4.2.1.01.005 FGTS Salários4.2.1.01.006 PAT4.2.1.01.007 (-) Reembolso PAT4.2.1.01.008 Vale Transporte4.2.1.01.009 (-) Reembolso Vale Transporte4.2.1.01.010 Pró labore4.2.1.01.011 INSS sobre Pró-Labore4.2.1.01.012 Energia elétrica4.2.1.01.013 Água4.2.1.01.014 Aluguel e Arrendamento4.2.1.01.015 Material de consumo4.2.1.01.016 Limpeza e conservação4.2.1.01.017 Seguros4.2.1.01.018 Depreciação4.2.1.01.019 Assistência Médica4.2.1.01.020 Treinamento4.2.1.01.997 Transf. Manutenção4.2.1.01.998 Transf. Almoxarifado e Expedição4.2.1.01.999 (-)Transf p/ Estoques

4.2.1.02 Montagem4.2.1.02.001 Salários4.2.1.02.002 13º Salário4.2.1.02.003 Férias4.2.1.02.004 INSS Salários4.2.1.02.005 FGTS Salários4.2.1.02.006 PAT4.2.1.02.007 (-) Reembolso PAT4.2.1.02.008 Vale Transporte

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4.2.1.02.009 (-) Reembolso Vale Transporte4.2.1.02.010 Serviços de Terceiros4.2.1.02.011 INSS sobre Serviços de Terceiros4.2.1.02.012 Energia elétrica4.2.1.02.013 Água4.2.1.02.014 Aluguel e Arrendamento4.2.1.02.015 Material de consumo4.2.1.02.016 Limpeza e conservação4.2.1.02.017 Seguros4.2.1.02.018 Depreciação4.2.1.02.019 Assistência Médica4.2.1.01.020 Treinamento4.2.1.02.997 Transf. Manutenção4.2.1.02.998 Transf. Almoxarifado e Expedição4.2.1.02.999 (-)Transf p/ Estoques

4.2.2 Departamentos Auxiliares4.2.2.01 Manutenção4.2.2.01.001 Salários4.2.2.01.002 13º Salário4.2.2.01.003 Férias4.2.2.01.004 INSS Salários4.2.2.01.005 FGTS Salários4.2.2.01.006 PAT4.2.2.01.007 (-) Reembolso PAT4.2.2.01.008 Vale Transporte4.2.2.01.009 (-) Reembolso Vale Transporte4.2.2.01.010 Peças de Manutenção4.2.2.01.011 Serviços de Terceiros4.2.2.01.012 Energia elétrica4.2.2.01.013 Água4.2.2.01.014 Aluguel e Arrendamento4.2.2.01.015 Material de consumo4.2.2.01.016 Limpeza e conservação4.2.2.01.017 Seguros4.2.2.01.018 Depreciação4.2.2.01.019 Assistência Médica4.2.2.01.020 Treinamento4.2.2.01.997 Transf. de Centros Auxiliares4.2.2.01.998 (-)Transf p/ Centros Auxiliares4.2.2.01.999 (-)Transf p/ Centros Fabris

4.2.2.02 Almoxarifado e Expedição4.2.2.02.001 Salários4.2.2.02.002 13º Salário4.2.2.02.003 Férias4.2.2.02.004 INSS Salários4.2.2.02.005 FGTS Salários4.2.2.02.006 PAT4.2.2.02.007 (-) Reembolso PAT4.2.2.02.008 Vale Transporte4.2.2.02.009 (-) Reembolso Vale Transporte

Page 36: Cont IndustrialApostila 2013 Cust I Zanluca 1 Parte

4.2.2.02.010 Serviços de Terceiros4.2.2.02.011 INSS sobre Serviços de Terceiros4.2.2.02.012 Energia elétrica4.2.2.02.013 Água4.2.2.02.014 Aluguel e Arrendamento4.2.2.02.015 Material de consumo4.2.2.02.016 Limpeza e conservação4.2.2.02.017 Seguros4.2.2.02.018 Depreciação4.2.2.02.019 Assistência Médica4.2.2.02.020 Treinamento4.2.2.02.997 Transf. de Centros Auxiliares4.2.2.02.998 (-)Transf p/ Centros Auxiliares4.2.2.02.999 (-)Transf p/ Centros Fabris

EXEMPLO DE CONTABILIZAÇÃO DE TRANSFERÊNCIAS DE CUSTOS

Para obter um exemplo de contabilização de transferência de custos, acesse o arquivo correspondente nesta obra “Exemplo de Contabilização de Transferências de Custos”.

CUSTO INTEGRADO E COORDENADO COM A CONTABILIDADE

A legislação fiscal exige uma série de formalidades, para aceitação da contabilidade de custos como idônea na avaliação dos estoques e no custo dos produtos ou serviços vendidos.

A principal formalidade é que o sistema seja integrado e coordenado com a escrituração contábil.

Existem 4 exigências específicas, no Regulamento do Imposto de Renda, nestes termos:

Considera-se sistema de contabilidade de custo integrado e coordenado com o restante da escrituração aquele:I – apoiado em valores originados da escrituração contábil (matéria-prima, mão-de-obra direta, custos gerais de fabricação);II – que permite determinação contábil, ao fim de cada mês, do valor dos estoques de matérias-primas e outros materiais, produtos em elaboração e produtos acabados;III – apoiado em livros auxiliares, fichas, folhas contínuas, ou mapas de apropriação ou rateio, tidos em boa guarda e de registros coincidentes com aqueles constantes da escrituração principal;IV – que permite avaliar os estoques existentes na data de encerramento do período de apropriação de resultados segundo os custos efetivamente incorridos.

1. BASEADO EM VALORES ORIGINADOS DA ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL

Todos os valores apurados devem ter respaldo contábil, ou seja, documental. Não se admite “custos estimados”, salvo em relação á metodologia de “custos padrão”, ajustados periodicamente á efetiva realidade. Sobre “custos padrão”, acesse o tópico respectivo.

2. PERMITE DETERMINAÇÃO CONTÁBIL DO VALOR DOS ESTOQUES

Desta forma, pela transferência de custos (materiais, mão de obra direta e gastos gerais), se apura, contabilmente, o valor de estoques no final do período.

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Então, a contabilidade deve estar adequadamente estruturada, em termos de plano de contas, para prever a contabilização específica dos componentes de custos, para que tais valores, acumulados no período, possam ser transferido para as contas de estoques.

Exemplo:

Custos de dezembro/2003, apurados por determinada empresa, com base em sua contabilidade:

Materiais aplicados na produção: R$ 100.000,00Mão de Obra Direta da produção: R$ 50.000,00Gastos Gerais de produção: R$ 80.000,00

A determinação contábil dos estoques em produção será feita mediante lançamentos de transferência a seguir:

D – Estoques em Produção (Ativo Circulante)C – Estoques de Materiais (Ativo Circulante)R$ 100.000,00

D - Estoques em Produção (Ativo Circulante)C – Transferência – Mão de Obra Direta (Conta de Custos)R$ 50.000,00

D - Estoques em Produção (Ativo)C – Transferência – Gastos Gerais de Produção (Conta de Custos)R$ 80.000,00

Nota: as contas de transferência podem ser identificadas por departamentos ou centros de custos, englobando a MOD e os CGF. O importante é que o total transferido seja igual ao saldo das referidas contas, de forma que haja “zeramento” das Contas de Custos.

3. APOIADO EM LIVROS AUXILIARES E DE ESCRITURAÇÃO REGULAR

Os livros auxiliares são aqueles que suportam a contabilização de determinados fatos, como, por exemplo, o registro permanente de estoques, que demonstra a movimentação física e financeira dos materiais aplicados na produção.

Também fichas e planilhas (mapas de rateio) são demonstrativos imprescindíveis para se obter a demonstração da distribuição de custos indiretos, pois é preciso atribuir, de forma consistente e regular, tais custos aos produtos e serviços produzidos.

A contabilidade, por si só, mesmo sendo aglutinadora de inúmeros dados e informações financeiras, não pode compreender os detalhamentos complexos de uma estrutura industrial, seção por seção. Por isso, a necessidade de controles, livros, fichas, planilhas, que permitam a apuração de cálculos imprescindíveis a distribuição de custos.

4. QUE PERMITE AVALIAR OS ESTOQUES PELOS CUSTOS EFETIVAMENTE INCORRIDOS

Isto significa que todos os custos devem compreender a formação dos estoques, para que a baixa dos mesmos se dê em montante efetivo, real.

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Portanto, não se admite que apenas parte dos custos sejam alocados aos estoques, e outra parte vá diretamente a resultado do exercício.

Esta sistemática, exigida pela legislação fiscal, é denominada “custo por absorção”, por absorver todos os custos de produção de bens e serviços.

EXERCÍCIOS

04) (FCC-2010) A indústria Barros produz tijolos de um único modelo. No dia 01/01/X1, não existia estoque inicial de produtos acabados e havia estoque de produtos em elaboração no valor de R$ 2.400,00, referente a 1.000 unidades, 60% acabadas. O custo de produção do mês de janeiro foi R$ 93.280,00 e os dados sobre a quantidade produzida foram os seguintes:

- unidades iniciadas no período anterior e finalizadas em janeiro: 1.000

- unidades iniciadas e finalizadas em janeiro: 20.000

- unidades iniciadas e em elaboração no final de janeiro: 2.000, sendo 40% acabadas

Sabendo-se que a empresa utiliza o PEPS como critério de avaliação de estoques e que todos os elementos de custos são incorridos proporcionalmente ao grau de acabamento, o custo da produção acabada em janeiro, foi, em reais:

Resolução:

20000 + 40% x 1000 + 40% x 2000 = 21200

Custo/Und = 93280/21200 = 4,4

CPA = 20000 x 4,4 + 1000 x 4,4 x 40% + 2400 = 92160

05) (SERPRO) A Nossa Fábrica de Produtos conseguiu produzir 8 mil unidades do objetoMono e, no mesmo período, vendeu 6 mil unidades dele, a vista, pelo preço totalde R$ 60.000,00.As outras informações relativas às operações do período são asseguintes:

- materiais diretos R$ 2,00 por unidade;

- mão-de-obra direta R$ 1,00 por unidade;

- custos indiretos de fabricação R$ 40.000,00 total;

- custos indiretos de fabricação fixos,

correspondentes a 60% dos CIFs;

- despesas fixas de venda e de administração R$ 10.000,00;

- a empresa não possuía estoque inicial de produtos;

Page 39: Cont IndustrialApostila 2013 Cust I Zanluca 1 Parte

- tanto a fabricação como a venda estão isentas de tributação.

Com os dados acima alinhados, se a empresa utilizar o Custeio por Absorção, ovalor do Lucro Bruto apurado no período será de:

A)R$12.000,00B)R$18.000,00C)R$30.000,00D)R$42.000,00E)R$48.000,00

Produtos em elaboração = 8.000x2 + 8.000x1 + 40.000 (CIF Fxo + CIF Var)

Produtos em elaboração = 16.000 + 8.000 + 40.000

Produtos em elaboração = 64.000

Custo do Produto Acabado = 64.000/8.000 = 8/unidade

Custo do Produto Vendido = 8x6.000 = 48.000

DRE

RV ---------> 60.000

(-) CPV ----> (48.000)

LB ---------> 12.000

06) (SERPRO) A Cia. Fabricante S/A produziu 8 mil unidades de seu produto e, no mesmoperíodo, vendeu 6 mil unidades ao preço unitário de R$ 10,00.As outras informações relativas às operações do período são as seguintes:

- materiais diretos R$ 2,00 por unidade;

- mão-de-obra direta R$ 1,00 por unidade;

- custos indiretos de fabricação R$ 40.000,00 total;

- custos indiretos de fabricação fixos,correspondentes a 60% dos CIFs;

- despesas fixas com vendas e administração R$ 10.000,00;

- a empresa não possuía estoque inicial de produtos;

- tanto a fabricação como a venda estão isentas de tributação.

Com os dados acima alinhados, se a empresa utilizar o Custeio Variável, o Resultado Líquido apurado no período será:

Page 40: Cont IndustrialApostila 2013 Cust I Zanluca 1 Parte

A) Lucro Líquido de R$ 44.000,00

B) Lucro Líquido de R$ 38.000,00

C) Prejuízo Líquido de R$ 22.000,00

D) Prejuízo Líquido de R$ 4.000,00

E)Não haverá nem lucro nem prejuízo

Resolução:

Produtos em elaboração = 8.000x2 + 8.000x1 + 16.000 = 16.000 + 8.000 + 16.000

Produtos em elaboração = 40.000 (total)

O CIF variável é 40% do CIF, ou seja, 40% de 40.000.

Custo unitário do produto acabado = 40.000/8.000 = 5/unidade

Custo do Produto Vendido --------> 6.000x5 = 30.000

DRE

RV ---------> 60.000

(-) CPV ----> (30.000)

LB ---------> 30.000

(-) DO´s ---> (10.000)

(-) CIF fixo -> (24.000)

Prejuízo Líquido ---------------> (4.000)

07) (ESAF) Uma empresa, para fabricar 1.000 unidades mensais de um determinado produto, realiza os seguintes gastos:

* matéria-prima.........: 400.000,00

* Mão-de-obra direta..: 300.000,00

* Mão-de-obra indireta: 100.000,00

* Custos Fixos............: 200.000,00

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Se a empresa produzir 1.200 unidades, desse produto, por mês, com as mesmas instalações e com a mesma mão-de-obra, o custo por unidade produzida corresponderá a:

a) 900,00b) 833,33c) 1.000,00d) 966,66e) 950,00

Resolução:

O custo variável é sempre fixo por unidade, portanto para 1000 ou 1200 unidades os custos variáveis serão 700/unid. Agora o que diminui são os custos fixos e Mão de obra indireta que são rateados conforme as unidades produzidas, ou seja,

300000/1200 = 250

Portanto, 250 + 700 = 950

Para responder às questões de números 28 a 30, considere os saldos abaixo extraídos da Contabilidade da Cia. Épsilon, correspondentes ao mês de fevereiro de 2002, e as informações adicionais sobre a posição dos estoques.

Nomenclatura (valores em R$)

Mão-de-obra direta: 48.000Materiais diretos: 260.000Seguros de fábrica: 3.000Mão-de-obra indireta: 30.000Depreciação administração: 10.000Vendas: 461.000Salários departamento de vendas: 7.000Materiais indiretos: 4.000Depreciação fábrica: 15.000Energia elétrica fábrica, medição global: 40.000Salários setor administrativo: 4.000

Total: 882.000

Posição dos estoques: Saldos no mês de fevereiro Início FimMatéria-prima 30.000 10.000Produtos em fabricação 25.000 35.000Produtos acabados 35.000 25.000

08) (CESGRANRIO) O valor dos custos apropriados à produção no mês é de:

(A) R$ 430.000.(B) R$ 421.000.(C) R$ 420.000.

Page 42: Cont IndustrialApostila 2013 Cust I Zanluca 1 Parte

(D) R$ 400.000.(E) R$ 390.000.

Resolução:

Mão-de-obra direta: 48.000Materiais diretos: 260.000Seguros de fábrica: 3.000Mão-de-obra indireta: 30.000Materiais indiretos: 4.000Depreciação fábrica: 15.000Energia elétrica fábrica, medição global: 40.000+VAR ESTOQ MP : 20.000

=======================================CPP = 420.000 ========== CPP = CUSTO DA PRODUÇÃO DO PERÍODO

09) (CESGRANRIO) Os valores do custo dos produtos fabricados no mês é de:

(A) R$ 390.000.(B) R$ 400.000.(C) R$ 410.000.(D) R$ 420.000.(E) R$ 440.000.

Resolução:

CPP = 420.000 ========== CPP = CUSTO DA PRODUÇÃO DO PERÍODOEIPE= 25.000EFPE= (35.000)===========CPA = 410.000 ==========CPA (CUSTO DOS PRODUTOS FABRICADOS)

10) (CESGRANRIO) Os valores do custo dos produtos vendidos e do lucro bruto são, respectivamente, de:

(A) R$ 390.000 e R$ 71.000.(B) R$ 400.000 e R$ 61.000.(C) R$ 410.000 e R$ 51.000.(D) R$ 420.000 e R$ 41.000.(E) R$ 430.000 e R$ 31.000.

Resolução

CPA = 410.000 ==========CPA (CUSTO DOS PRODUTOS FABRICADOS)EIPA= 35.000EFPA= (25.000)============CPV = 420.000 ========== CPV

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VENDAS 461.000CPV (420.000)=============lucro bruto 41.000 =========LUCRO BRUTO

11) (FCC-2010) Dados extraídos da conta de estoques do produto Y da Cia. Meridional S.A., em outubro de 2009:

Sabendo-se que o estoque inicial do produto Y era de 2.000 unidades, montando a R$ 24.700,00, e considerandose exclusivamente as informações acima, o custo dos produtos vendidos do produto Y, pelo critério do custo médio ponderado móvel, montou, em reais, a

a) 137.954,66b) 137.890,00 c) 135.746,90d) 125.370,00e) 112.859,00

Resolução:

FICHA DE ESTOQUEDATA ENTRADA SAÍDA SALDO

EI 2000 12,35 24700 2000 12,35 247001000 12,45 12450 3000 12,38 371503000 12,65 37950 6000 12,51 751004000 12,55 50200 10000 12,53 125300

5000 12,53 62650 5000 12,53 626505000 12,55 62750 10000 12,54 125400

EF 6000 12,54 75240 4000 12,54 50160

CPV= EI+COMPRAS-EF

CPV= 24700+163350-50160

CPV=137890,00

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12) (ESAF/AFRF/2002) A empresa Zola estava desmontando seu parque operacional e, para isto, efetuou as seguintes operações:

a - vendeu, a vista, por R$ 3.000,00 uma máquina adquirida por R$ 4.000,00 e que já fora depreciada em 70%;

b – baixou do acervo patrimonial um guindaste comprado por R$ 5.000,00, já depreciado em 80%; e

c – alienou por R$ 2.000,00 um cofre, ainda bom, com valor contábil de R$ 3.000,00, embora já depreciado em 25%.

No período não houve incidência de correção monetária e as operações não sofreram tributação. Considerando apenas as transações citadas, podemos dizer que a empresa Zola incorreu em:

a) custos de R$ 13.000,00. b) custos de R$ 4.450,00. c) lucros de R$ 550,00.d) perdas de R$ 2.600,00.e) perdas de R$ 200,00.

Resolução:

Valor Contábil da Máquina = 2.800 (4.000 – 2.800 dep. 70%) Valor Contábil do Guindaste: 1.000 (5.000 – 4.000 dep. 80%) Balor Contábil do cofre: 3.000 Custos totais: 5.200 A venda foi de 5.000.

Logo, houve perda de 200.

Resposta:E

13) A Nossa Fábrica de Produtos conseguiu produzir 8 mil unidades do objeto Mono e, no mesmo período, vendeu 6 mil unidades dele, a vista, pelo preço total de R$ 60.000,00.

As outras informações relativas às operações do período são as seguintes:

- materiais diretos R$ 2,00 por unidade;- mão-de-obra direta R$ 1,00 por unidade;- custos indiretos de fabricação R$ 40.000,00 total;- custos indiretos de fabricação fixos, correspondentes a 60% dos CIFs;- despesas fixas de venda e de administração R$ 10.000,00;- a empresa não possuía estoque inicial de produtos;- tanto a fabricação como a venda estão isentas de tributação.

Com os dados acima alinhados, se a empresa utilizar o Custeio por Absorção, o valor do Lucro Bruto apurado no período será de

a) R$ 12.000,00

Page 45: Cont IndustrialApostila 2013 Cust I Zanluca 1 Parte

b) R$ 18.000,00

c) R$ 30.000,00

d) R$ 42.000,00

e) R$ 48.000,00

Gabarito: A

PRODUZIU: 8.000 UNIDADES VENDEU: 6.000 UNIDADES

CUSTEIO POR ABSORÇÃO: TODOS OS CUSTOS FIXOS E VARIÁVEIS ENTRAM NO CÁLCULO DA PRODUÇÃO DO PERÍODO.

1 – CALCULAR O CPP – CUSTO DA PRODUÇÃO DO PERÍODO

CPP = MATERIAL DIRETO + MAO DE OBRA DIRETA + CUSTOS INDIRETOS

CPP UNT = 2,00 + 1,00 + 5,00 ( 40,000 DIVIDIDO POR 8.000 UNIDADES)

CPP UNITÁRIO = 8,00

2 – CALCULAR O CUSTO DOS PRODUTOS VENDIDOS

6.000 UNIDADES x 8,00 = 48.000,00

3 – APURAR O LUCRO BRUTO

RBV (RECEITA BRUTA DE VENDAS) = 60.000,

(-) CPV = (48.000)

(=) LUCRO BRUTO = 12.000,00

14) A Cia. Fabricante S/A produziu 8 mil unidades de seu produto e, no mesmo período, vendeu 6 mil unidades ao preço unitário de R$ 10,00. As outras informações relativas às operações do período são as seguintes:

- materiais diretos R$ 2,00 por unidade;- mão-de-obra direta R$ 1,00 por unidade;- custos indiretos de fabricação R$ 40.000,00 total;- custos indiretos de fabricação fixos, correspondentes a 60% dos CIFs;- despesas fixas com vendas e administração R$ 10.000,00;- a empresa não possuía estoque inicial de produtos;- tanto a fabricação como a venda estão isentas de tributação.

Page 46: Cont IndustrialApostila 2013 Cust I Zanluca 1 Parte

Com os dados acima alinhados, se a empresa utilizar o Custeio Variável, o Resultado Líquido apurado no período será:

a) Lucro Líquido de R$ 44.000,00b) Lucro Líquido de R$ 38.000,00c) Prejuízo Líquido de R$ 22.000,00d) Prejuízo Líquido de R$ 4.000,00 e) Não haverá nem lucro nem prejuízo

Gabarito: D

CUSTEIO VARIÁVEL: SOMENTE ENTRARÁ NA APURAÇÃO DO CUSTO DE PRODUÇÃO

DO PERÍODO OS CUSTOS VARIAVEIS. OS CUSTOS FIXOS SÃO CONSIDERADOS

DESPESAS OPERACIONAIS.

CUSTOS VARIAVEIS = 40% DE 40.000, = 16.000

1 – CALCULAR O CPP UNITÁRIO

CPP = MD + MOD + CUSTOS VARIAVEIS

CPP = 2,00 + 1,00 + 2 ( 16.000 DIVIDIDO POR 8.000 UNIDADES)

CPP UNITÁRIO = 5,00

2 – CALCULAR O CPV

6.000 UNIDADES X 5,00 = 30.000,00

3 – APURAR O RESULTADO LÍQUIDO

RBV (RECEITA BRUTA DE VENDAS)= 60.000,

(-) CPV = 30.000,

(=) LUCRO BRUTO = 30.000,

(-) DESPESAS OPERACIONAIS = 10.000 + 24.000 = (34.000)

(=) PREJUIZO LÍQUIDO = (4.000)

15) A Marcenaria Greenwood S/A está produzindo mesas. No fim de setembro a linha de produção mantinha 300 unidades inacabadas, em fase média de processamento de 30%. No referido mês, o custo unitário de fabricação alcançou R$ 2.500,00. No mês seguinte, outubro de 2002, a fábrica conseguiu concluir 2.100 unidades e iniciar outras 500 unidades, deixando-as em fase de processamento com 50% de execução. O custo total desse mês foi de R$ 5.763.000,00.Com base nestas informações e sabendo-se que a empresa utiliza o critério PEPS para avaliação de custos e estoques, é correto afirmar que os elementos aba ixo têm os valores respectivamente indicados.

a) Produção Acabada de outubro R$ 4.590.000,00; Produção em Andamento de setembro R$ 750.000,00; e Produção em Andamento de outubro R$ 657.500,00.

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b) Produção Acabada de outubro R$ 5.350.500,00; Produção em Andamento de setembro R$ 225.000,00; e Produção em Andamento de outubro R$ 637.500,00.

c) Produção Acabada de outubro R$ 5.125.500,00; Produção em Andamento de setembro R$ 450.000,00; e Produção em Andamento de outubro R$ 687.500,00.

d) Produção Acabada de outubro R$ 4.815.000,00; Produção em Andamento de setembro R$ 350.000,00; e Produção em Andamento de outubro R$ 727.500,00.

e) Produção Acabada de outubro R$ 5.500.350,00; Produção em Andamento de setembro R$ 325.000,00; e Produção em Andamento de outubro R$ 673.500,00.

O custo unitário do mês de setembro foi de 2.500,00. Ao fim de setembro, havia 300 unidades em elaboração no estágio de 30% acabadas, o que é equivalente a: 300 unid. x 30% = 90 unid. proporcionalmente acabadas. Logo, se cada unidade acabada valia 2.500,00, estas 90 unidades proporcionalmente acabadas valiam: 90 unid. x 2.500,00 = 225.000,00.

Observamos que apenas a alternativa b) apresenta o valor de 225.000,00 para a produção em andamento de setembro. As 300 unidades vindas de setembro, no estágio de 30%, foram concluídas em outubro. Isto significa que o equivalente a 70% destas unidades foi concluído em outubro: 300 unid. x 70% = 210 unid.

Em outubro, foram concluídas 2.100 unidades, incluindo as 300 vindas de setembro. Assim, no mês de outubro, foram iniciadas e acabadas: 2.100 unid. - 300 unid. = 1.800 unid. Neste mês, a produção equivalente foi de:

300 unid. x 70% = 210 unid.1.800 unid. x 100% = 1.800 unid.500 unid. x 50% = 250 unid.2.260 unid.

O custo da unidade acabada em outubro: 5.763.000,00 / 2.260 = 2.550,00.

Portanto, em outubro, o estoque de produtos acabados foi de:

Custos aplicados às 300 unidades em setembro: 300 x 30% x 2.500,00 = 225.000,00Custos aplicados em outubro às unid. de setembro: 300 x 70% x 2.550,00 = 535.500,00Unidades iniciadas e acabadas em outubro: 1.800 x 2.550,00 = 4.590.000,005.350.500,00Custo das unidades em elaboração ao fim de outubro: 500 x 50% x 2.550,00 = 637.500,00

Gabarito oficial: B

16) A empresa Tarefeoir Ltda. fabrica seu principal produto por encomendas antecipadas. Nesse tipo de atividade, os custos são acumulados numa conta específica para cada ordem de produção (ou encomenda). A apuração só ocorre quando do encerramento de cada ordem. Em 31.01.01 estavam em andamento as seguintes ordens de produção

Ordem Prod. Mat. Prima M. Obra CIF Total001 R$ 30.000,00 R$ 12.000,00 R$ 20.000,00 R$ 62.000,00

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002R$

100.000,00R$ 40.000,00 R$ 50.000,00

R$ 190.000,00

Em fevereiro de 2001 os gastos com matéria-prima e mão-de-obra foram de:

Ordem Produção Matéria-Prima Mão-de-obra001 R$ 45.000,00 R$ 28.800,00002 R$ 135.000,00 R$ 50.400,00003 R$ 297.000,00 R$ 64.800,00Total R$ 477.000,00 R$ 144.000,00

Os custos indiretos de fabricação no mês de fevereiro de 2001 totalizaram R$ 225.000,00 e foram apropriados proporcionalmente aos custos com a mão-de-obra.

Sabendo-se que as Ordens 001 e 002 foram concluídas em fevereiro e foram faturadas aos clientes por R$ 350.000,00 e R$ 580.000,00, respectivamente, e que os produtos são isentos de tributação, pode-se afirmar, com certeza, que as referidas ordens geraram, respectivamente, Lucro Bruto no valor de:17) (AFRF/Esaf) Máquina destinada à produção do calçado é, para indùstria calçadista, um bem:

a) de renda, produzindo bens de venda

b) fixo, produzindo bens de renda

c) fixo, porque é utilizado mais tempo que o bem de renda;

d) fixo de renda

e) fixo, produzindo bens de venda

18) (AFRF/Esaf) O estoque de produtos em elaboração é composto por bens:

a) de venda, porque após acabados serão vendidos

b) de renda, porque, após acabados, sua venda resultará em renda

c) semi-fixos, porque enquanto sua estocagem é de menor giro, a de produtos acabados gira menos lentamente

d) de renda

e) de reposição automática, porque não podem ser vendidos, mas devem ser renovados para se incorporarem aos custos diretos

19) (ICMS/ Vunesp) Os encargos financeiros incorridos por uma entidade nas aquisições de bens a prazo são tratadas como:

a) perdas

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b) despesas

c) custos

d) imobilizado

e) estoques20) No segundo trimestre de 2002, a Indústria Esse de Produtos Fabris concluiu a produção de 600 unidades do item X2, tendo logrado vender 400 dessas unidades, ao preço unitário de R$ 120,00.

No mesmo período foram coletadas as informações abaixo:

- Custo Variável unitário R$ 20,00.- Total de Custos Fixos R$ 18.000,00.- Despesas variáveis de vendas de R$ 2,00 por unidade.- Inexistência de Estoque Inicial de Produtos no período.Com base nas informações acima, feitas as devidas apurações, pode-se dizer que:o Custo dos Produtos Vendidos;o Estoque Final de Produtos eo Lucro Líquido do período, calculados, respectivamente, por meio do Custeio por Absorção e do Custeio Variável, alcançaram os seguintes valores:

a) R$ 18.000,00; R$6.000,00; R$ 8.000,00; R$ 6.000,00; R$ 27.000,00; R$ 21.000,00.b) R$ 16.000,00; R$ 4.000,00; R$ 12.000,00; R$ 3.000,00; R$ 26.500,00; R$ 20.500,00.c) R$ 20.000,00; R$ 8.000,00; R$ 10.000,00; R$ 4.000,00; R$ 27.200,00; R$ 21.200,00.d) R$15.000,00; R$ 5.000,00; R$ 14.000,00; R$ 8.000,00; R$ 25.400,00; R$ 23.200,00.e) R$ 12.000,00; R$ 10.000,00; R$ 16.000,00; R$ 6.000,00; R$ 22.200,00; R$ 20.200,00.

Produção  CVT 12.000  CFT 18.000 20.000

   EF 10.000  

Os custos variáveis totais - CVT - são correspondentes a: 600 unid. x 20,00 = 12.000,00. As 400 unidades vendidas são equivalentes a 2/3 das 600 unidades produzidas. No custeio por absorção, os custos fixos integram os custos de produção e são computados no resultado, como parte do CPV, proporcionalmente às unidades vendidas.

Vendas brutas400 unid. x 120,00 = 48.000,00CPV (20.000,00)Despesas variáveis totais:400 unid. x 2,00 = ( 800,00)Lucro líquido 27.200,00Pelo custeio variável:

Produção  CVT 12.000  CFT 8.000    EF 4.000  

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No custeio variável, os custos fixos não integram os custos de produção e são computados diretamente ao resultado, como se fossem despesas operacionais, independente da quantidade vendida.

Vendas brutas 400 unid. x 120,00 = 48.000,00CPV ( 8.000,00)Despesas OperacionaisCustos fixos totais (18.000,00)Despesas variáveis totais:400 unid. x 2,00 = ( 800,00)Lucro líquido 21.200,00

Gabarito : C

FCC-2009)Instruções: Para responder às questões de números 24 a 27 considere as informações abaixo e, com basenelas, indique o que solicita cada questão (valores em reais).Nos registros contábeis da empresa Cia. Iracema Indústria e Comércio Ltda., em um determinado período, são identificados os seguintes valores:

CONTAS R$

Disponibilidades .............................................. 2.000

Clientes .................................................. ......... 68.000

Estoque Matéria-Prima (I) .............................. 140.000

Estoque Materiais Componentes (I) .............. 80.000

Estoque de Produtos em Elaboração (I) ........ 60.000

Imobilizado (II) .............................................. 220.000

Fornecedores .................................................. 100.000

Contas a Pagar ............................................... 90.000

Salários a Pagar .............................................. 5.000

Empréstimos a Pagar de Longo Prazo ........... 140.000

Capital Social .................................................. 400.000

Reservas .................................................. ....... 5.000

Lucros Acumulados ......................................... 95.000

Gastos com Pessoal (III) ............................. 200.000

Depreciações (IV) .......................................... 20.000

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Gastos Gerais (V) ........................................... 40.000

Gastos Financeiros ......................................... 5.000

A empresa fabrica e vende um único produto. Sobre os valores evidenciados anteriormente foram levantadas asseguintes informações:

I. Ao final do período, o almoxarifado identifica estoques de produtos em elaboração, no valor deR$ 10.000 e de matérias-primas no valor de R$ 13.000. A produção acabada foi de 1.000 unidades.

II. Do valor total registrado nesta conta, R$ 200.000 correspondem ao imobilizado utilizado na produção.

III. Do total, 25% foram identificados como gastos de pessoal administrativo e o restante a custos fixosde mão-de-obra.

IV. Desta conta, R$ 15.000 correspondem a gastos fixos referentes a depreciações do imobilizado de produção.

V. Do total, 70% representam custos variáveis indiretos de produção.

24) Se, no período, a empresa produziu as 1.000 unidades e não conseguiu colocá-las no mercado, para elaborar o balanço final, aplicando as Normas Brasileiras de Contabilidade, deverá efetuar um lançamento na Conta Lucros/Prejuízos Acumulados de:

(A) crédito no valor de R$ 95.000

(B) débito no valor de R$ 72.000

(C) crédito no valor de R$ 70.000

(D) débito no valor de R$ 32.000

(E) crédito no valor de R$ 23.000

Resolução:

Aqui todas as contas que não saem após o lucro bruto:

gastos com pessoal administrativo .....50.000

depreciação área não industrial ......... 5.000

gastos gerais .................................12.000

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gastos financeiros ........................... 5.000

Total: R$ 72.000,00

25) (CESGRANRIO) Em 03/03/X1 a empresa vendeu 30 unidades dos produtos que estavam nos estoques, não havendo vendas anteriores a esse período. A empresa utiliza o critério "PEPS" para formação do custo das mercadorias vendidas.

O valor do custo das mercadorias vendidas em 01/03/X1 é, em R$,

a) 450,00b) 420,00c) 380,00d) 320,00 e) 280,00

Resolução:

FICHA DE ESTOQUEDATA ENTRADA SAÍDA SALDO02/01 20 10,00 200,00 20 10 200,0001/02 15 12,00 180,00 20 / 15 10 / 12 380,00

01/03 10 15,00 150,00 20/15/10 10/12/15 530,00

03/03 30 10/12 200,00/120,00 5/10 12/15 210,00

CMV

CMV=EI+COMPRAS-EFCMV=0+530-210CMV=320,00

26) (FCAA/Agente de Tributos Estaduais – ES/2002) Extraiu-se da escrituração contábil de uma empresa os seguintes grupos de contas (em reais):

Estoque inicial 1.120,00Estoque final (inclusive fretes) 3.280,00Despesas administrativas 420,00Despesas com vendas 1.080,00

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Despesas tributárias 270,00Devolução de vendas 1.200,00Devolução de compras 2.100,00Compras (sem ICMS) 10.800,00Custo dos bens do Ativo vendidos 4.300,00Fretes sobre compras 250,00ICMS sobre vendas 7.400,00Receita Bruta de Vendas 42.000,00Receita de venda dos bens do Ativo 5.600,00

Comentários

Inicialmente vamos calcular as compras líquidas:

Compras ................................10.800 (-) Devolução de compras ..........(2.100) (+) Frete s/ Compras .......................250 (=) Compras Líquidas...................8.950 O CMV é calculado pela fórmula CMV = EI + C – EF CMV = 1.120 + 8.950 – 3.280 CMV = 6.790

Com estes dados podemos elaborar a DRE:

Vendas .................................42.000 (-) Devolução de Vendas ..........(1.200) (-) IMS s/ Vendas.......................(7.400) (=) Venas Líquidas ...................33.400 (-) CMV .....................................(6.790) 9=) Lucro Bruto .......................26.610

Resposta: D

27) Observe as informações abaixo, extraídas de escrituração de uma empresa industrial, relativas a um determinado período de produção: Materiais requisitados do Almoxarifado

Diretos..............................................................................$ 300.000,00Indiretos..........................................................................$   50.000,00

Mão-de-Obra

Direta................................................................................$ 200.000,00Indireta.............................................................................$   30.000,00

Aluguel da Fábrica..................................................................$  40.000,00Seguros da Fábrica.................................................................$  20.000,00Depreciação das Máquinas.....................................................$  60.000,00

O custo de Fabricação, o Custo Primário e o Custo de Transformação têm, respectivamente, os valores de:

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a) $ 700.000,00;                 $ 500.000,00; $ 400.000,00 b) $ 580.000,00;         $ 500.000,00; $ 120.000,00c) $ 700.000,00;         $ 580.000,00; $ 230.000,00d) $ 500.000,00;         $ 580.000,00; $ 400.000,00e) $ 580.000,00;         $ 350.000,00   $ 230.000,00

Resolução: Alternativa A

Custo primário MAT Direto R$ 300.000,00 MOD R$ 200.000,00 R$ 500.000,00

(+) Custos indiretos de fabricação

MAT Indireto R$ 50.000,00 MOD Indireta R$ 30.000,00 Aluguel da Fabrica R$ 40.000,00 Seguro da Fabrica R$ 20.000,00 Depreciação das Máquinas R$ 60.000,00 R$ 200.000,00

(=) Custo de Fabricação R$ 700.000,00 Custo de Transformação

MOD R$ 200.000,00 CIF R$ 200.000,00

(=) R$ 400.000,00

28) Observe os dados abaixo, representativos de custos de uma empresa industrial (fábrica de calçados):

Matéria-prima $ 2.800.000Encargos de Depreciação $ 28.000Material de embalagens $ 35.000Aluguéis da fábrica $ 90.000Administração $ 120.000Mão-de-obra $ 1.700.000Energia elétrica (fábrica) $ 60.000

Encontre o valor do custo total da empresa nesse período.

a) 5.598.000,00b) 8.000.500,00c) 4.713.000,00 d) 2.500.000,00e) 3.697.597,00

Resposta: Alternativa C

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CT = CF + CVCF = 28.000 + 90.000 + 60.000 CF = 178.000CV = 2.800.000 + 35.000 + 1.700.000 CV = 4.535.000CT = 178.000 + 4.535.000 CT = 4.713.000

29) O gasto do departamento financeiro, a depreciação das máquinas de produção, a compra de matéria-prima e o tempo do pessoal em greve (remunerada) são, respectivamente:

a) despesa, perda, ativo, custo

b) despesa, ativo, perda, custo

c) despesa, custo, ativo, perda

d) despesa, custo, perda, ativo

e) despesa, ativo, custo, perda

As questões de número 30, 31e 32 devem ser resolvidas com base neste gastos da Empresa Industrial BETA: Justifique com a classificação.

DEPRECIAÇÃO DE MÓVEIS E UTENSÍLIOS R$ 80.000,00MÃO-DE-OBRA INDIRETA R$160.000,00

MATÉRIA-PRIMA CONSUMIDA R$540.000,00OUTROS GASTOS GERAIS DE FABRICAÇÃO R$120.000,00

COMISSÕES SOBRE VENDAS R$300.000,00DEPRECIAÇÃO DE MÁQUINAS DA PRODUÇÃO R$140.000,00

ALUGUEL DO ESCRITÓRIO DE VENDAS R$ 60.000,00SALÁRIOS DOS VENDEDORES R$ 20.000,00

MÃO-DE-OBRA DIRETA R$220.000,00MATERIAL DE EMBALAGEM UTILIZADO NA

PRODUÇÃOR$ 40.000,00

30)Os custos diretos de BETA no período totalizaram (em R$):

a) 540.000,00;b) 800.000,00; c) 760.000,00;d) 940.000,00;e) 960.000,00

Resposta: Alternativa B

Custos direto de Beta Matéria-prima consumida R$ 540.000,00 Material de embalagem consumida R$ 40.000,00 Mão-de-obra direta R$ 220.000,00

TOTAL R$ 800.000,00

31)O valor dos custos indiretos de BETA foi (em R$):

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a. 280.000,00;b. 420.000,00; c. 460.000,00;d. 500.000,00;e. 540.000,00.

Resposta: Alternativa B

Custos indiretos

Mão-de-obra indireta R$ 160.000,00 Gastos gerais de Fabricação R$ 120.000,00 Depreciação de Maquinas R$ 140.000,00

TOTAL R$ 420.000,00

32)As despesas fixas e variáveis da BETA no período foram, respectivamente (em R$):

f. 100.000,00 E 960.000,00;g. 140.000,00 E 920.000,00;h. 160.000,00 E 940.000,00;i. 160.000,00 E 900.000,00; j. 300.000,00 E 900.000,00.

Resposta: Alternativa D

Despesas Fixas Aluguel do escritório de vendas R$ 60.000,00 Salários dos vendedores R$ 20.000,00 Depreciação de Mov. e Utensílios R$ 80.000,00

TOTAL R$ 160.000,00 Despesas variáveis

ICMS s/ Vendas R$ 600.000,00 Comissões s/ vendas R$ 300.000,00

TOTAL R$ 900.000,00

33)A Fábrica de Móveis Delta Ltda, tem os seguintes elementos de custo de fabricação:

Força Motriz.......................................................................................R$ 6.000,00 Madeira..............................................................................................R$ 110.000,00 Lixa.....................................................................................................R$ 2.000,00 Cola....................................................................................................R$ 8.000,00Depreciação do Equipamento...........................................................R$ 11.000,00Verniz.................................................................................................R$ 5.000,00Mão-de-Obra.....................................................................................R$ 100.000,00Contrib. para o INSS sobre o Salário..................................................R$ 23.000,00Salário do Supervisor (Supervisiona a Fabricação de Diversos Produtos) ............ R$ 20.000,00Contribuição para o INSS sobre o salárioDo Supervisor....................R$ 4.000,00Seguro das Instalações Fabris............................................................R$ 7.000,00

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Isto posto, pede-se o valor do Material Direto (MAT), da Mão-de-Obra (MOD) e do Custo Indireto de Fabricação(CIF),em R$:

a) MAT= 125.000,00, MOD=124.000,00 e CIF=47.000,00;b) MAT= 100.000,00, MOD=147.000,00 e CIF=49.000,00;c) MAT= 110.000,00, MOD=123.000,00 e CIF=63.000,00;d) MAT= 107.000,00, MOD=120.000,00 e CIF=69.000,00;e) MAT= 123.000,00, MOD= 27.000,00 e CIF=146.000,00.

Resposta: Alternativa C

Material direto Madeira R$ 110.000,00 R$ 110.000,00

Mão-de-obra direta Salários do Operários R$ 100.000,00 Contribuição p/ INSS R$ 23.000,00 R$ 123.000,00

Custos indiretos de Fabricação Força motriz R$ 6.000,00 Material indireto R$ 15.000,00 Mão-de-obra indireta R$ 24.000,00 Seguro da Fabrica R$ 7.000,00

Depreciação R$ 11.000,00 R$ 63.000,0034) Observe as informações abaixo, extraídas da escrituração de uma empresa industrial, relativas a um determinado período de produção.

- Materiais requisitados do almoxarifado:

Diretos R$ 300.000,00 Indiretos R$ 50.000,00

- Mão- de-Obra apontada:

Direta R$ 200.000,00 Indireta R$ 30.000,00

- Aluguel da Fábrica R$ 40.000,00- Seguro da Fábrica R$ 20.000,00- Depreciação das máquinas R$ 60.000,00

O custo de fabricação, o custo primário e o custo de transformação têm, respectivamente, os valores de: a) R$ 700.000,00; R$ 500.000,00; R$ 400.000,00; b) R$ 580.000,00; R$ 500.000,00; R$ 120.000,00; c) R$ 700.000,00; R$ 580.000,00; R$ 230.000,00; d) R$ 500.000,00; R$ 580.000,00; R$ 400.000,00; e) R$ 580.000,00; R$ 350.000,00; R$ 230.000,00.

Resposta: Alternativa A

Custo Primár io= MD (Materia l Direto) + MOD (Mão de Obra D ireta ): MD = 300.000 MOD= 200.000

Page 58: Cont IndustrialApostila 2013 Cust I Zanluca 1 Parte

Logo ;

Cus to P rimár io= 30 0 .00 0+ 20 0 .00 0= R$ 50 0 .00 0 .

Para efe ito de solução de prova, ver if ica-se que exis te somente um a a lte rnat iva com este valo r .

Sabemos, também, que : Cus to de Trans fo rmação = MOD + CI F (Cus to Indi reto de Fabricação) Logo, o Cus to de Trans fo rmação = 200 .000 (MOD) + 200 .000 (C I F ) = R$ 400 .000

Sabemos, ainda, que o Custo de Fabricação= MD+MOD+CIF= 30 0 .00 0+ 20 0 .00 0+ 20 0 .00 0= R$ 70 0 .00 0 .

35)Observe os dados abaixo, representativos de custos de uma empresa industrial.

Receita de vendas ........................... $ 280.000Consumo de matéria-prima........... $ 35.000Mão-de-obra direta ....................... $ 45.000CIF variáveis ................................. $ 28.000CIF fixos ......................................... $ 6.000Despesas ind. de administração.......$ 12.000Despesa ind. de distribuição ......... $ 8.000Despesas de vendas ........................ $ 16.000

O valor do custo total do produto:

k. R$ 145.000,00l. R$ 126.000,00m. R$ 103.000,00n. R$ 130.000,00 o. R$ 98.000,00

Resposta: Alternativa D

MP 15.000MOD 45.000CIF 34.000CP 94.000

D. Adm 12.000D. Dist. 8.000D. vem. 16.000D. total 36.000

Custo total do produto = Custo de produção + despesas totais

CTP = 130.0000

Page 59: Cont IndustrialApostila 2013 Cust I Zanluca 1 Parte

36) (Imbel/Coseac/2008) O sacrifício financeiro, presente ou futuro, para a obtenção de um produto ou prestação de serviço denomina-se:

a) gasto

b) investimento

c) custo

d) despesa

e) desembolso

37) Um gasto fortuito, ocasional, denomina-se:

a) investimento

b) despesa pré-operacional

c) desembolso

d) custo

e) perda

38) (AFRF/Esaf) Via de regra, as perdas anormais de matéria prima no processo de produção:

a) fazem parte do custo do produto elaborado

b) são debitadas contra a venda de sucatas

c) são debitadas contra a venda de subprodutos

d) são tratadas como perda do período

Verdadeiro (V) ou Falso (F):

39) (PF/2002) O custo de processamento de dados de uma indústria de calçados deve ser considerado como um custo de fabricação.

FALSO

40) (Petrobras/2007) De acordo com as práticas adotadas pela contabilidade financeira no Brasil, os encargos de depreciação relativos aos bens utilizados na produção compõem o custo dos produtos, transitando pelo ativo antes de se converterem em despesa.

VERDADEIRO

Page 60: Cont IndustrialApostila 2013 Cust I Zanluca 1 Parte

41) (VUNESP) Assinale as alternativas com (V) se for verdadeira e com (F) se for falsa:

( ) Os gastos com recursos consumidos ou utilizados fora do processo de produção devem ser debitados integralmente ao resultado do período em que forem incorridos.

( ) O processo básico da contabilidade de custo consiste nas seguintes etapas: separação das despesas, apropriação dos custos indiretos e rateio dos custos diretos.

( ) Devem ser classificados como custo de produção os itens: seguro da área de produção e depreciação da fábrica.

( ) Os recursos que compõem o processo de produção são alocados diretamente aos produtos.

( ) Custos e despesas incorridos num período serão alocados integralmente para resultado desse mesmo período, caso toda a produção elaborada seja vendida e não haja estoques finais.

Estão corretas:A) Somente uma alternativaB) Somente duas alternativasC) Somente três alternativasD) Somente quatro alternativasE) Todas estão corretas

Solução

( ) Os gastos com recursos consumidos ou utilizados fora do processo de produção devem ser debitados integralmente ao resultado do período em que forem incorridos.Verdadeiro – As despesas são os gastos de recursos fora do processo produtivo, por esse motivo não dá para dizer que fazem parte do estoque de produtos em elaboração ou acabado. Dessa forma devem ser debitados integralmente ao período que ocorreram.

( ) O processo básico da contabilidade de custo consiste nas seguintes etapas: separação dasdespesas, apropriação dos custos indiretos e rateio dos custos diretos.Falso – Primeiramente devemos separar os custos das despesas e, na sequência, devemos apropriar o que é custo direto e ratear o que é custo indireto. Não existe rateio de custos diretos.

( ) Devem ser classificados como custo de produção os itens: seguro da área de produção e depreciação da fábrica.Verdadeiro – pois são relativos à produção da empresa

( ) Os recursos que compõem o processo de produção são alocados diretamente aos produtos.Falso – pois nem todos os custos são diretos (alocados diretamente). Existem os custos indiretos de fabricação (que são rateados).

Page 61: Cont IndustrialApostila 2013 Cust I Zanluca 1 Parte

( ) Custos e despesas incorridos num período serão alocados integralmente para resultado desse mesmo período, caso toda a produção elaborada seja vendida e não haja estoques finais.Verdadeiro – Pois caso a produção seja totalmente comercializada no período de sua elaboração, os custos e as despesas pertenceram a esse mesmo período de apuração.

Portanto, alternativa C

42)Uma empresa comercial adquiriu 100 unidades do produto X para revenda pagando R$ 30,00 a Unidade. Efetuando a venda de 80 dessas unidades por R$ 50,00 cada, auferiu um lucro bruto de (em R$).

a) R$ 4.000,00b) R$ 2.400,00c) R$ 1.600,00 d) R$ 3.000,00e) 5.000,00

Resposta: Alternativa C

Vendas = 80 x R$ 50,00 = R$ 4.000,00(-) Custo = 80 x R$ 30,00 = (R$ 2.400,00)(=) Lucro Bruto R$ 1.600,00

:

Questão

Data Movimentação3 Compra de 80 unidades a R$ 5.100,00/unidade5 Compra de 220 unidades a R$ 5.200,00/unidade10 Requisição de 100 unidades para aplicação no produto A12 Requisição de 150 unidades para aplicação no produto B15 Compra de 250 unidades a R$ 5.269,00/unidade20 Requisição de 100 unidades para aplicação no produto C23 Requisição de 60 unidades para aplicação no produto B25 Requisição de 90 unidades para aplicação no produto A28 Requisição de 50 unidades para aplicação no produto C30 Requisição de 70 unidades para aplicação no produto A

44) Com base nos dados do quadro, considerando um estoque inicial de 200 unidades a R$ 5.000,00/unidade. O uso do controle permanente e do método PEPS e desconsiderando-se os tributos, apuraram-se como estoque final e custo total de matéria-prima aplicada nos produtos A,B e C os valores de:

a) R$ 684.970,00 e R$ 2.187.520,00b) R$ 650.000,00 e R$ 3.219.250,00c) R$ 650.000,00 e R$ 2.226.000,00

Page 62: Cont IndustrialApostila 2013 Cust I Zanluca 1 Parte

d) R$ 684.970,00 e R$ 3.184.280,00

Resolução:

ENTRADA SAÍDA SALDOUND R$ TOTAL UND R$ TOTAL UND R$ TOTAL

200 5000 100000080 5100 408000 200 5000 1000000

80 5100 408000220 5200 1144000 200 5000 100000

20 5100 408000220 5200 1144000

A 100 5000 500000 100 5000 5000080 5100 408000

220 5200 1144000B 100 5000 500000 30 5100 153000

50 5100 255000 220 5200 1144000250 3269 1317250 30 5100 153000

220 5200 1144000250 5269 1317250

30 5100 153000 150 5200 780000C 70 5200 364000 250 5269 1317250B 60 5200 312000 90 5200 468000

250 5269 1317250A 90 5200 468000 250 5269 1317250C 50 5269 263450 200 3269 1053800A 70 5269 368830 130 5269 684970

45) Considerando todas as premissas do exercício anterior, os valores de matéria-prima aplicados nos produtos A. B e C os valores de:

a) R$ 1.344.210,00; R$ 1.093.140,00 e R$ 781.900,00b) R$ 1.306.000,00; R$ 1.090.000,00 e R$ 791.520,00c) R$ 1.336.830,00; R$ 1.067.000,00 e R$ 780.450,00d) R$ 1.342.400,00; R$ 1.077.600,00 e R$ 780.000,00

Resolução:

Produto A: 500.000,00 + 468.000,00 + 368.830,00 = 1336830,00Produto B: 500.000,00 + 255.000,00 + 312.000,00 = 1067000,00Produto C: 153000,00 + 364.000,00 + 263450,00 = 780450,00

46) A Patrocínio é uma empresa produtora de queijos. Para sua linha de queijo minas, foi estabelecido o um padrão de consumo de 2 litros de leite a um preço de R$ 1,20/litro para cada quilo de queijo produzido. Em determinado mês, apurou-se que para cada quilo de queijo foram usados 2,2 litros de leite a um preço de R$ 1,10 cada litro.

Page 63: Cont IndustrialApostila 2013 Cust I Zanluca 1 Parte

Na comparação entre padrão e real, a empresa apura três tipos de variações: quantidade, preço e mista.

Sendo assim, a variação de preço da matéria-prima, em reais, foi de:

a) 0,24 desfavorável. b) 0,10 desfavorável. c) 0,10 favorável. d) 0,20 favorável. e) 0,02 desfavorável.

Resolução:

CUSTO CUSTOREAL (- ) PADRÃO = VARIAÇÃO

QUANT 2,2 2,0 +0,2 var. quant.começe por aqui e multiplique por 1,2

PREÇO 1,1 1,20 -0,1 var. preço começe por aqui e multiplique por 2,0

TOTAL 2,42 2,40 +0,02

Cálculo das variações:

Var. quantidade : +0,2 x 1,2 = 0,24 desfavorávelVar. preço : -0,1 x 2,0 = - 0,20 favorávelVariação mista +0,2 x -0,1 = -0,02 favorável

Total variação = 0,24-0,20-0,02 = + 0,02 desfavorável

:

QUESTÃO

(FCC - ICMS-SP – 2006) Considere as informações abaixo para responder as questões de número 49 e 50.

Uma empresa inicia suas operações no mês de março de 2006. No final do mês produziu 12.100 unidades, sendo que 8.500 foram acabadas e 3.600 não foram acabadas.Os custos de matéria prima foram R$ 3.200.450,00. Os custos de mão-de-obra direta foram R$ 749.920,00 e os custos indiretos de fabricação foram R$624.960,00. A produção não-acabada recebeu os seguintes custos: 100% da matéria-prima, 2/3 da mão-de-obra e 3/4 dos custos indiretos de fabricação.

47) Aplicando-se a técnica do equivalente de produção, o custo médio unitário do mês é:

a) R$ 544,80b) R$ 455,20c) R$ 410,25d) R$ 389,10e) R$ 355,20

Page 64: Cont IndustrialApostila 2013 Cust I Zanluca 1 Parte

Resolução:

Elemento do custo gastos totais Percentual de acabamento

materiais diretos R$ 3.200.450,00 100%MOD R$ 749.920,00 67%CIF R$ 624.960,00 75%

Total de custos R$ 4.575.330,00

Elemento docusto

QTD de unidadesAcabadas

QTD de unidades emElaboração

nível de acabamento

EP

MD 8.500 3.600 100% 12.100MOD 8.500 3.600 67% 10.900CIF 8.500 3.600 75% 11.200

Elemento docusto

EP gastos totais custo unitário Obs:

MD 12.100 R$ 3.200.450,00

264,50 Gastos totais / EP

MOD 10.900 R$ 749.920,00

68,80 Gastos totais / EP

CIF 11.200 R$ 624.960,00

55,80 Gastos totais / EP

R$ 4.575.330,00

389,10 somatório

48) (FCC - ICMS-SP – 2006) O valor da produção em processo no final do mês será:

a) R$ 1.125.432,00b) R$ 1.267.980,00c) R$ 1.380.444,00d) R$ 1.400.760,00e) R$ 1.525.740,00

Resolução:

item do custo

custo total Equivalente de

Produção

QTD deprodutos

acab.

produtosacabados

(Obs.)

produtos emelaboração

material direto

R$ 3.200.450,00

12.100 8.500 2.248.250,00 952.200,00

MOD R$ 749.920,00

10.900 8.500 584.800,00 165.120,00

CIF R$ 624.960,00

11.200 8.500 474.300,00 150.660,00

Totais 4.575.330,00 3.307.350,00 1.267.980,00Obs.: calculado pela quantidade de produtos acabados,

dividida pelo equivalente de produção,multiplicado pelo custo total

Page 65: Cont IndustrialApostila 2013 Cust I Zanluca 1 Parte

Obs.: os valores acima foram apurados com base nos seguintes parâmetros:Elemento do custo gastos totais Percentual de

Acabamentomateriais diretos R$ 3.200.450,00 100%

MOD R$ 749.920,00 67%CIF R$ 624.960,00 75%

Total de custos R$ 4.575.330,00

elemento do custo

QTD de unidadesAcabadas

QTD de unidades

em elaboração

nível deacabamento

EP

MD 8.500 3.600 100% 12.100MOD 8.500 3.600 67% 10.900CIF 8.500 3.600 75% 11.200

49) (AFC – 2002) A firma Indústria & Comércio de Coisas forneceu as Contador as seguintes informações sobre um de seus processos de fabricação (em R$):

Estoque inicial de materiais - 2.000Estoque inicial de produtos em processo - 000Estoque inicial de produtos em processo - 4.500Compras de materiais - 2.000Mão de obra direta - 5.000Custos Indiretos de fabricação 70% da mão de obra diretaICMS sobre compras e vendas -15%IPI sobre compras - alíquota zeroPreço de venda - 80Estoque final de materiais - 1.400Estoque inicial de produtos acabados - 75 unidadesProdução completada - 150 unidadesProdução iniciada - 200 unidadesFase atual da produção - 60%Produção vendida - 100 unidades

Fazendo-se os cálculos corretos atinentes à produção acima exemplificada podemos dizer que:

a) a margem de lucro sobre o preço líquido foi de 10%b) o lucro alcançado sobre as vendas foi de 1.400c) o lucro bruto alcançado sobre as vendas foi de 8.000d) o custo dos produtos vendidos foi de 6.000e) o custo dos produtos vendidos foi de 7.200

Resolução:

EIPC = 75 unidades = R$ 4.500,00CU = 4.500/75 = R$ 60,00CPV = 60 X100 = R$ 6.000,00

Page 66: Cont IndustrialApostila 2013 Cust I Zanluca 1 Parte

50) (AFC – 2002) A fábrica de Sorvetes Spuma iniciando o período produtivo, adquiriu materiais no valor de R$ 10.000, registrou as despesas de mão de obra direta à base de 60% dos materiais consumidos, aplicou custos indiretos estimados em R$ 6.000 e realizou despesas de R$ 3.000 com vendas.No período, a fábrica vendeu 70% da produção, na qual usara 90% dos materiais comprados. Sabendo-se que toda a produção iniciada foi concluída, podemos dizer que:

a) O custo de transformação foi de R$ 12.000b) O custo por absorção foi de R$ 14.280c) O custo primário foi de R$ 14.400d) O custo do produto vendido foi de R$ 17.280e) O custo total do período foi de R$ 20.400

Resolução:

Materiais: Adquiriu 10.000 e utilizou 90%, isto é, 9000Mão de Obra Direta: Corresponde a 60% do material utilizado. Logo: 9.000 X 60% = 5.400

O custo primário, por definição, é o Material Direto somado com a Mão de Obra Direta: CP = 9.000 + 5.400 = 14.400

Na letra “a”, o custo de transformação é a soma da mão de obra direta com os custos indiretos. No caso: 5.400 + 6.000 = 11.400

O custo de produção foi de: 9.000 + 5.400 + 6.000 = 20.400

O custo do produto vendido foi de 20.400 X 70% = 14.280

53) Ainda no caso da Cia.ALPHAVILLE, admitindo-se que esta tivesse iniciado o mês com um estoque de 400 unidades acabadas a um custo unitário de R$ 1.700,00 e que 900 unidades tivessem sido vendidas no mês, o valor a ser lançado a débito da conta de Custo dos Produtos Vendidos (CPV), se a Cia. utilizar o critério do Custo Médio Ponderado para a avaliação dos seus estoques, seria de (em R$):

a) 1.631.250,00;b) 1.530.000,00;c) 1.586.250,00;d) 2.130.000,00;e) 1.597.500,00.

Resposta: Alternativa E.

Custo dos Produtos Acabados: 400 unidades a R$ 1.700,00 = RS 680.000,00 800 unidades a RS 1.812,50 = RS 1.450.000.00 1.200 R$ 2.130.000,00Custo médio ponderado: R$ 2.130.000,00 = R$ 1.775,00 1.200 uCPV= 900 unidades vendidas x R$ 1.775,00 = R$ 1.597.500,00

54) Se a Cia.ALPHAVILLE utilizasse o critério PEPS, o valor a ser debitado ao CPV (considere os dados fornecidos na questão anterior) seria de (em R$):

Page 67: Cont IndustrialApostila 2013 Cust I Zanluca 1 Parte

a) 1.530.000,00;b) 1.620.000,00;c) 1.580.000,00;d) 1.586.250,00;e) 2.130.000,00.

Resposta: Alternativa D.

Pelo critério PEPS, o CPV seria:400 unidades a R$ 1.700,00 = R$ 680.000,00 500 unidades a R$ 1.812,50 = R$ 906.250,00 (=) CPV RS 1.586.250,00

55) Considere os dados abaixo:

CUSTOSGastos do Período (em R$)Depto. A Depto. B Depto. C Total

Matérias-Primas 4,00 3,00 3,00 10,00Mão-de-Obra Direta 2,00 2,00 2,00 6,00Gastos Gerais de Produção       12,00TOTAL       28,00

Produção do PeríodoProduto X 10 unidadesProduto Y 5 unidadesProduto Z 25 unidades

Distribuição dos Insumos Utilizados na Produção Total do Mês, em %CUSTOS Prod. X Prod. Y Prod. Z TotalMatérias-Primas 20 50 30 100Mão-de-Obra Direta 40 50 10 100Gastos Gerais de Produção 30 40 30 100

Sabendo-se que:• os estoques iniciais de Matérias-Primas, Produtos em Elaboração e Produtos Prontos eram nulos;• no processo de fabricação os produtos transitam por todos os departamentos;• os Gastos Gerais de Produção são apropriados proporcionalmente aos gastos com Mão-de-Obra Direta;• 25 unidades do produto Z foram comercializa das no período, ao preço unitário de R$ 1,50;• os produtos X e Y permaneceram em estoque.

Podemos afirmar que os estoques de Produtos Prontos e o Lucro Bruto do período foram (em R$):

a) 28,00 e 37,50;b) 20,80 e 30,30; c) 20,80 e 37,50;d) 28,00 e 30,30;

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e) 20,80 e 28,00.

Resposta: Alternativa B

Os custos de produção X, Y e Z foram (em R$)

ITENS DO CUSTO

X Y Z

Matéria-Prima20% x 10,00 =

2,0050% x 10,00 =

5,0030% x 10,00 =

3,00

MOD40% x 6,00 =

2,4050% x 6,00 = 3,00 10% x 6,00 = 0,60

Gastos Gerais30% x 12,00 =

3,6040% x 12,00 =

4,8030% x 12,00 =

3,60TOTAL 8,00 12,80 7,20

X e Y permaneceram em estoque; como não há estoques (inicial e final) de produtos em elaboração, o estoque de Produtos Prontos é a soma do custo de produção dos dois:

R$ 8,00 + R$ 12,80 = R$ 20,80

Z foi totalmente vendido. Seu custo unitário corresponde a RS 7,20 - 25 = R$ 0,288.O lucro bruto da empresa decorreu apenas das vendas de Z e corresponde a:

Vendas: 25 unidades x R$ 1,50 = R$ 37,50

(-) CPV: 25 unidades x R$ 0,288 = (R$ 7,20)

(=) Lucro Bruto = R$ 30,30

56) A Cia. Lambda usa o sistema de custo por processo, estando apresentados abaixo os dados de custo para o processo A referentes ao mês de janeiro de 19X0.

- Unidades em fabricação em 02.01.X0............................... Nihil- Unidades iniciadas em janeiro........................................... 20.000,00- Unidades transferidas ao processo B durante janeiro........ 16.000,00- Unidades em fabricação no dia 31.01.X0.......................... 4.000,00- Custo de Materiais Diretos utilizados em janeiro............. 50.000,00- Custos da Mão-de-Obra Direta incorrida em janeiro.......... 39.800,00- Custos Indiretos da Fabricação incorridos em janeiro........ 38.000,00

Supondo-se que a matéria-prima é utilizada somente no início do período do processo e que as unidades em fabricação em 31.01.X0 estão 50% acabadas, pede-se o cálculo do custo unitário da produção de janeiro:

a) R$ 6,39 por unidade;b) R$ 6,82 por unidade; c) R$ 7,98 por unidade;d) R$ 12,78 por unidade;e) R$ 15,97 por unidade.

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Resposta: Alternativa B.

• Custo unitário de materiais diretos:a) Como o enunciado da pergunta informa que estes materiais são usados no início do processo, eles foram já totalmente aplicados nas unidades iniciadas, logo:R$ 50.000,00 -=- 20.000 = R$ 2,50

• Custo unitário de mão-de-obra:Há 16.000 unidades acabadas e transferidas ao processo B e 4.000 que estão acabadas pela metade, logo foi processado o equivalente a 18.000 unidades:16.000 + (50% x 4.000) = 18.000Custo unitário : RS 39.800,00 ~ 18.000 = R$ 2,21• Custo unitário do CIF:Há 18.000 unidades equivalentes processadas, à seincíhanca do custo da mão-de-obra. Logo:R$ 38.000,00 -f 18.000 = RS 2,11• Custo unitário Total = RS 2,50 + RS 2,21 + RS 2,11 = R$ 6,82

57) Uma indústria alimentícia produziu 10 caixas de determinado produto, com os seguintes custos totais:

Matéria-Prima ........................................... R$ 5,00Mão-de-Obra Direta ................................. R$ 3,00Gastos Gerais de Produção...................... ... R$ 2,00

Nota: desconsidere a Incidência do IPI e de /CMS. -Em virtude de ter ocorrido fato imprevisível, o equivalente a duas caixas do produto que estava estocado no depósito tornou-se impróprio para o consumo e teve que str destruído como imprestável. Sabendo-se que foram vendidas 4 caixas do produto, ao preço unitário de R$ 2,50, podemos afirmar que o lucro bruto e o estoque final foram, respectivamente, de:

a) R$ 4,00 e R$ 4,00;b) R$ 6,00 e R$ 4,00; c) R$ 5,00 e R$ 5,00;d) R$ 6,00 e R$ 6,00;e) R$ 2,50 e R$ 5,00.

Respostas: Alternativa B.

Como a perda foi imprevista, a empresa pode debitá-la diretamente no resultado do exercício. O custo unitário de produção das 10 caixas foi de R$ 1,00 cada uma (R$ 10,00 de custo total de produção dividido por 10 unidades). Logo, o Custo dos Produtos foi de R$ 4,00 (1 caixas a RS 1,00 cada). Ò Lucro Bruto foi:

Vendas = 4 caixas x R$ 2,50 = R$ 10,00

(-) CPV = 4 caixas x R$ 1,00 = R$ 4,00

(=) Lucro Bruto  = R$ 6,00

Page 70: Cont IndustrialApostila 2013 Cust I Zanluca 1 Parte

O estoque final será de 4 caixas (10 caixas produzidas menos 4 caixas vendidas e menos 2 caixas perdidas) a R$ 1,00 = R$ 4,00.

O custo relativo às duas caixas perdidas (2 x R$ 1,00 = R$ 2,00) será debitado diretamente no resultado do exercício.

58)- Custos recebidos do Departamento D........................... R$ 2.700.000,00- Quantidades recebidas do Departamento D................. 9.000 unidades- Unidades perdidas ao final da produção....................... 500- Unidades transferidas para Produtos Acabados........... 7.500

O Custo da unidade perdida, que deve ser adicionada ao custo unitário dos Produtos Acabados, no Departamento E, é de (em R$):

a) 2,00; b) 300,00;c) 30,00; d) 20,00; e) 100,00.

Resposta: Alternativa D.

Quando a unidade é perdida no final do processo de produção no Departamento, o seu custo é descarregado apenas nas unidades acabadas. Além disso, o ajuste é calculado com base no custo unitário total do Departamento (Custo Unitário do Departamento + Custo Unitário Recebido do Departamento Precedente). Assim, a fórmula do ajuste passa a ser:

Unidades perdidas X Custo unitário dono departamento DepartamentoUnidades acabadas pelo Departamento

Logo, no caso da Cia. Franca, como a pergunta é qual o valor a ser adicionado ao custo unitário do Departamento E, basta calcular o ajuste para o Departamento Precedente:

Custo unitário do Departamento Precedente= R$ 2.700.000,00= R$ 300,00

9.000,00

Ajuste para perda = 500 x R$ 300,00 = R$ 20,007.500

59) A Cia. Delta, que não tem contabilidade de custos integrada e coordenada com o restante da escrituração contábil, apresentava a seguinte composição dos estoques de seu produto X em 31-12-XO:

Page 71: Cont IndustrialApostila 2013 Cust I Zanluca 1 Parte

Unidades acabadas = 2.000Unidades em elaboração = 800

A empresa utiliza a matéria-prima Y na elaboração do produto X, na proporção de duas unidades de Y para cada uma de X. Os preços do produto X e da matéria-prima Y apresentara, a seguinte oscilação no ano:

Preço mínimo Preço máximoX R$ 100,00 R$ 108,00Y R$ 20,00 R$ 22,50

A companhia seguiu os critérios preconizados pela legislação do imposto de renda para avaliação dos estoques do produto X. O valor do estoque dos produtos acabados corresponderá a (R$):

a) 54.000,00;b) 135.000,00;c) 120.960,00;d) 151.200,00; e) 60.480,00.

Resposta: Alternativa D.

Maior preço de venda do produto = R$ 108,00 Coeficiente de arbitramento = 70%Valor arbitrado do estoque = R$ 108,00 x 70% x 2.000 = R$ 151.200,00

60) Uma empresa comercial adquiriu 100 unidades do produto X para revenda pagando R$ 30,00 por cada uma. Efetuando a venda de 80 dessas unidades por R$ 50,00 cada uma, auferiu um lucro bruto de (em R$):

a) 4.000,00b) 2.400,00c) 1.600,00 d) 3.000,00e) 5.000,00

Resposta: Alternativa C.

Vendas = 80 unuidades x R$ 50,00 = R$ 4.000,00(-) Custo = 80 unidades x R$ 30,00 = R$ (2.400,00)(=) Lucro Bruto = R$ 1.600,00

61) O estoque final da empresa citada na questão anterior corresponde a (em R$):

a) 1.000,00b) 600,00 c) 1.600,00d) 2.400,00

Page 72: Cont IndustrialApostila 2013 Cust I Zanluca 1 Parte

e) 3.000,00

Resposta: Alternativa B.

Estoque Final (EF) = 20 unidades x R$ 30,00 = R$ 600,00.

62) A fórmula que traduz o custo das Mercadorias Vendidas (CMV) é:

a) Ei + C – Efb) V – Cc) Ef + Eid) Ef + C – Eie) V – Ei – C + Ef

Resposta: Alternativa A.

63) Uma empresa restringiu a sua linha de produção a um único produto. Assim sendo, a energia elétrica gasta na sua fábrica será considerada:

a) Custo indireto variável;b) Custo indireto fixo;c) Custo direto fixo;d) Custo direto variável; e) Despesa operacional.

Resposta: Alternativa DQuando há apenas um único produto, todos os custos são considerados diretos.

64) (AFC – 2002) A Industriazinha Ltda, adquiriu matérias-primas para serem utilizadas na fabricação de seus produtos no mês de agosto, exigindo entrega em domicílio, mesmo que onerosa. A nota fiscal dessa compra espelhou os seguintes dados:

Quantidade = 500 unidadesPreço unitário = R$ 8,00IPI = 10%ICMS = 17%Despesas acessórias/frete = R$ 240,00

No mês de agosto a empresa utilizou 60% desse material na produção. Os fretes não sofreram tributação. Com base nas informações fornecidas e sabendo-se que a empresa é contribuinte tanto do IPI como do ICMS, assinale o lançamento correto para contabilizar a apropriação de matéria-prima ao produto (desconsiderar históricos).

a) Produtos em Processo a Matéria Prima, 1.896,00b) Produtos Acabados a Matéria Prima, 1.896,00c) Produtos em Processo a Matéria Prima, 2.376,00d) Produtos em Processo a Matéria Prima, 2.136,00e) Produtos Acabados a Matéria Prima, 2.136,00

Resolução:

Page 73: Cont IndustrialApostila 2013 Cust I Zanluca 1 Parte

CT = 500 X 8 = R$ 4.000,00Preço 4.000(-) ICMS (4.000 X 17%) (680)(=) Custo da MP antes do frete 3.320(+) Frete 240(=) Custo da MP 3.560(X) % utilizada na produção 60%(=) Valor apropriado 2.136

65) (AFC – 2002) Na relação de custos abaixo estão incluídos todos os gastos gerais de fabricação do segundo trimestre de 2002 ocorridos na empresa Comércio & Indústria Ltda.

Seguro contra incêndio incorrido R$ 2.100,00Imposto predial R$ 2.400,00Iluminação do prédio R$ 2.100,00Depreciação do edifício R$ 2.400,00Mão de Obra Direta R$ 2.400,00Mão de Obra indireta R$ 2.100,00Encargos sociais do período R$ 0,00

Com base nas informações acima, pode-se dizer que o valor dos gastos gerais de fabricação na conta Produtos em Processo foi de (em R$):

a) 9.000,00b) 9.900,00c) 11.100,00d) 12.000,00e) 13.500,00

Resolução:

Seguro contra incêndio 2.100

Imposto predial 2.400

Iluminação do prédio 2.100

Depreciação do edifício 2.400

Mão de Obra Indireta 2.100

Total 11.100

66) (AFC – 2002) A empresa Fabricante S/A produz os itens Alfa, Beta e Delta. O custo a ratear entre os três produtos totaliza R$ 36.000,00. O rateio é baseado nas horas-máquina (hm) trabalhadas para cada um deles.

Com o consumo de 120, 240 e 360 hm para cada tipo de produto, respectivamente, foi concluída a produção de 300 unidades, em quantidades rigorosamente iguais de Alfa, Beta e Delta. O custo direto unitário também foi o mesmo para cada tipo de produto, ou seja, R$ 250,00. Com base nessas informações, pode-se afirmar que:

Page 74: Cont IndustrialApostila 2013 Cust I Zanluca 1 Parte

a) o custo unitário de Delta foi de R$ 250,00b) o custo unitário de Alfa foi de R$ 310,00c) o custo unitário de cada um dos três produtos foi de R$ 370,00d) o custo unitário de Beta foi de R$ 430,00e) o custo total do período foi de R$ 36.000

Resolução:

O custo da hora-máquina é de R$ 50,00 (36.000/720)Custo Indireto: De Alfa = 6.000 (50 X 120)De Beta = 12.000 (50 X 240)De Delta = 18.000 (50 X 360)

O custo total unitário (CTU) = Custo Direto + Custo Indireto.

O custo unitário indireto de Alfa é de 60,00 (6.000/100), de Beta, 120,00 (12.000/100) e de Delta, 180,00 (18.000/100). Logo:

CTU de Alfa: 60,00 + 250,00 = 310,00CTU de Beta: 120,00 + 250,00 = 370,00CTU de Delta: 180,00 + 250,00 = 430,00

67) (AFC – 2002) A Cia Roupas de Festa coloca no mercado seu produto principal ao preço unitário de R$ 86,75 isento de IPI, mas com ICMS de 17%. O custo variável nessa produção alcança R$ 54,00. A Cia está conseguindo vender 1.200 peças mensais, mas com isto não tem obtido lucros, apenas tem alcançado o ponto de equilíbrio. A firma acaba de obter uma redução de R$ 9,00 por unidade fabricada no custo da mão de obra direta, mas só conseguirá reduzir o preço de venda para R$79,52. Se esta empresa produzir e vender no mesmo mês duas mil unidades de seu produto nas condições especificadas, podemos dizer que obterá um lucro bruto de (em R$):

a) 2.400b) 20.400c) 21.600d) 29.440e) 42.000

Resolução:

86,75 – 17% = 72,00CV = 54 X 1.200 = 64.800CF = 18 X 1200 = 21.60079,52 – 17% = 66,0066,00 X 2.000 = 132.000Nova situação:

CV = 54 – 9 = 45,00CVT = 45 X 2.000 ........90.000(+) CF.................................21.600(=) CT...............................111.600Lucro = 132.000 – 111.600 = 20.400

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68) (AFC – 2002) A empresa Ferraço S/A fabrica canivetes e registra na contabilidade todos os custos por valores padrão, controlando as variações do custo efetivo em contas específicas, encerradas ao fim de cada período mensal. Em outubro o custo padrão unitário foi estabelecido em:

Material direto R$ 50,00Mão de obra direta R$ 40,00Custos indiretos R$ 35,00

No mês de referência forma produzidos dois mil canivetes e vendidos um mil e seiscentos, ao preço unitário de R$ 160,00, com tributação de IPI a 10% e ICMS a 12%. Em 31 de outubro foram apurados os seguintes custos realmente praticados no período:

Material direto R$ 102.000,00Mão de obra direta R$ 77.500,00Custos indiretos R$ 75.000,00

Assinale o lançamento que contabiliza corretamente o encerramento das variações entre o custo real e o custo padrão no mês de outubro a partir dos dados exemplificados (o histórico foi omitido)

a) Diversosa DiversosCusto do Produto Vendido 3.600Produto Acabado 900Variação de Mão de ObraDireta 2.500 7.000a Variação de MaterialDireto 2.000a Variação de CustosIndiretos 5.000 7.000 b) Diversosa DiversosCusto do Produto Vendido 3.600Produto Acabado 800Variação de Mão de ObraDireta 2.600 7.000a Variação de MaterialDireto 2.000a Variação de CustosIndiretos 5.000 7.000

c) Diversosa DiversosVariação de MaterialDireto 2.000Variação de CustosIndiretos 5.000 7.000a Custo do ProdutoVendido 3.600

Page 76: Cont IndustrialApostila 2013 Cust I Zanluca 1 Parte

a Produto Acabado 900a Variação de Mão deObra Direta 2.500 7.000

d) Diversosa DiversosProdutos Acabados 4.500Variação de Mão de ObraDireta 2.500 7.000a Variação de MaterialDireto 2.000a Variação de CustosIndiretos 5.000 7.000

e) Diversosa diversosCusto do Produto Vendido 4.500Variação de Mão de ObraDireta 2.500 7.000a Variação de MaterialDireto 2.000a Variação de CustosIndiretos 5.000 7.000

f) Diversosa DiversosCusto do Produto Vendido 5.100Produto Acabado 1.900 7.000a Variação de Mão deObra Direta 2.500a Variação de MaterialDireto 2.000a Variação de CustosIndiretos 2.500 7.000

Resolução:

CT – Custo TotalCTU – Custo total unitário ou Custo médioMP – Matéria PrimaMOD – Mão de Obra DiretaCI – Custo Indireto

Padrão:CTU = 125,00. Logo CT = 125 X 2.000 = 25.000MP = 50 X 2.000 = 100.000MOD = 40 X 2.000 = 80.000CI = 5 X 2.000 = 70.000Total......................... 250.000

Real:Total = 102.000 + 77.500 + 75.000 = 254.500Custos Unitários:

Page 77: Cont IndustrialApostila 2013 Cust I Zanluca 1 Parte

MD = 102.000/2.000 = 51MOD = 77.500/2.000 = 38,75CI = 75.000/2.000 = 37,5CTU = 51 + 38,75 + 37,5 = 127,25

Variações:CPV (custo dos produtos vendidos)125 X 1.600 = 2.000 (P)127.25 X 1.600 = 203.600 (R)Variação 3.600MOD80.000 – 77.500 = 2.500Produto Acabado127,25 X 400 = 50.900 (R )125 X 400 = 50.000(P)Variação 900MD51 X 2.000 = 102.000 (R )50 X 2.000 = 100.000 (P)Variação 2.000CI 70.000 (P) – 75.000 (R ) = 50.000 (Variação)

69) (AFRF/Esaf) Produtos Acabados em estoque são:

a) Custos das Mercadorias Vendidas

b) Ativos

c) Gastos Gerais de Fabricação

d) Custos de Transformação

70) (AFRF/Esaf) Um apartamento, adquirido e alugado por uma empresa industrial, é bem:

a) do ativo diferido

b) fixo

c) numerado

d) de renda

e) de venda

71)(FGV – ICMS – MS – 2006) A Cia. Comercial Norte-Nordeste adquiriu, em 29/12/2005, mercadorias pelo custo de $ 50.000,00. Os termos do contrato de compra previam que o vendedor traria as mercadorias aoestabelecimento da Cia. Comercial Norte-Nordeste (CIF ou FOB destino). O transporte custou:

Page 78: Cont IndustrialApostila 2013 Cust I Zanluca 1 Parte

$ 200,00 de empacotamento;

$ 500,00 de frete.

Essas mercadorias foram recebidas pela Cia. Comercial Norte-Nordeste no dia 31/12/2005.No Balanço Patrimonial da Cia. Norte-Nordeste, apurado em 31/12/2005, qual valor deve ter sido adicionado aos Estoques?

a) zero.

b) $ 50.000,00.

c) $ 50.200,00.

d) $ 50.500,00.

e) $ 50.700,00.

Resolução:

A cláusula CIF (Cost, Insurance and Freight), assim como a cláusula FOB destino, indicam que, no preço de transação, está incluído o frete para levar a mercadoria até o comprador. No caso, houve um gasto de $ 200 relativo ao empacotamento do produto e de $ 500 relativos ao frete. Porém, todos esses gastos foram suportados pelo vendedor, devido à condição de venda (CIF ou FOB destino). Sendo assim, não devem compor o custo de aquisição do produto na contabilidade do comprador. O custo a ser adicionado aos Estoques, ficará, então, em $ 50.000,00, que é o valor da mercadoria.

72)(FGV – ICMS – MS – 2006) A Cia. Industrial 501 S/A só fabrica o produto JSC, tem uma capacidade instalada que lhe permite produzir, no máximo, 2.000 unidades do produto JSC, por mês. Em janeiro de 2006, a Cia. Industrial 501 S/A incorreu nos seguintes gastos:

matéria-prima direta: $ 7,00 por unidade de JSC fabricada;

mão-de-obra direta: $ 3,00 por unidade de JSC fabricada;

aluguel do parque fabril: $ 9.000,00 por mês;

salário dos diretores: $ 12.000,00 por mês;

força, luz, água e esgoto: $ 16.000,00 por mês.

Sabendo-se que o preço de venda de cada unidade do produto JSC é $ 40,00 e considerando, somente, essas informações, e sem considerar, portanto, a legislação

Page 79: Cont IndustrialApostila 2013 Cust I Zanluca 1 Parte

tributária, determine a quantidade de produtos JSC que a Cia. Industrial 501 S/A precisa fabricar e vender por mês para ter um lucro operacional mensal de $ 20.000,00.

a) Não adianta, sempre vai apurar prejuízo.

b) 1.234 unidades (valor arredondado)

c) 1.728 unidades (valor arredondado)

d) 1.900 unidades

e) 2.000 unidades

Resolução:

Trata-se de questão simples sobre contabilidade de custos. O custo de produção do período (CPP) é obtido pelo somatório dos seguintes itens:

Materiais Diretos / Matéria Prima (MD) +

MOD (Mão-de-obra direta) +

CIF (Custos Indiretos de Fabricação)

No enunciado, nos é solicitada a quantidade de unidades produzidas (vamos chamar de “x”), que gerará um lucro operacional de $ 20.000,00.

Calculemos o CPP:

CPP = MD + MOD + CIF = 7x + 3x + 9.000 + 12.000 + 16.000

CPP = 10x + 37.000

O preço de venda é de $ 40,00 por unidade (x). Sendo assim, o lucro será de:

20.000 = 40x – [10x + 37.000]

30x = 20.000 + 37.000

X = 57.000 / 30 = 1.900 unidades

73) (AFRF/2002) A Sapataria J.B. consegue fabricar botinas custeando materiais e mão-de-obra em partes iguais. Atualmente está vendendo as botinas a R$ 20,00 o par. Nós, da J.C. comércio, no início de maio, tínhamos 200 pares dessas botinas em estoque, ao custo unitário de R$ 17,00. Durante o mês, compramos mais 300 pares, ao preço oferecido por J.B. mais 30% de IPI. É verdade que o produto vende bem. No fim de maio, restaram-nos apenas 40 pares, avaliados a custo médio. As operações de compra e venda são tributadas com ICMS a 20%. 

Page 80: Cont IndustrialApostila 2013 Cust I Zanluca 1 Parte

Com essas informações, podemos dizer que o custo unitário das vendas de J.C. comércio, no mês de maio, foi de:

a) R$ 16,40 b) R$ 18,80 c) R$ 20,00 d) R$ 21,20 e) R$ 22,40

Resolução:

Em síntese o valor da nota referente a compra de mercadorias estaria assim:

Compra de mercadorias (300 x R$ 20,00)           = 6.000ICMS (20%, incluso no preço)                           = 1.200IPI sobre compras (30%, "imposto por fora") = 1.800Total da nota                                                        = 7.800

A empresa J.C. é somente empresa comercial não contribuinte do IPI, portanto o valor pago do IPI integrará o custo da mercadoria para a revenda, conforme explicações do exercício anterior. A mercadoria entrará no estoque com o valor de R$ 6.600,00.

Apuração do custo unitário das mercadorias, avaliado pelo Custo Médio:

Estoque inicial =        200 unid. X 17,00 =      R$ 3.400,00 (Valor total)Compras           =        300 unid. X 22,00 =     R$ 6.600,00 (Valor total)Valor do estoque 500 unid a R$ 10.000,00 (Valor total)Custo Unitário = R$ 10.000,00 / 500 unidades = R$ 20,00/ u

74)(FCC) A Indústria Sol Nascente S/A apresentou as seguintes informações referentes aoexercício de 1996: R$

compra de matéria-prima ................................... 896.000,00mão-de-obra direta ......................................... 1.500.000,00

custos indiretos de fabricação .............................. 350.000,00estoque de matéria-prima em 31/12/95 ............... 156.000,00estoque de matéria-prima em 31/12/96 ............... 215.000,00

estoque de produtos acabados em 31/12/95 ..........115.000,00estoque de produtos acabados em 31/12/96 ..........178.000,00estoque de produtos em elaboração em 31/12/96 .... 56.000,00

Considerando as informações dadas e o conceito de custeio por absorção, pode-se afirmar que o custo dos produtos vendidos no exercício de 1996 foi:

a) R$ 2.568.000,00.b) R$ 2.658.000,00.c) R$ 2.685.000,00.d) R$ 2.586.000,00.e) R$ 2.856.000,00.

Resolução:

Estoque de matéria prima:

Page 81: Cont IndustrialApostila 2013 Cust I Zanluca 1 Parte

EI + entradas (compras) – Saídas = EF156.000 + 896.000 – Saídas = 215.000Saídas = 837.000

Estoque de produtos em elaboração:Estoque inicial:...............zero(+) entradasMatéria prima 837.000MOD 1.500.000CIF 350.000(-) saídas (=) estoque final 56.000Portanto, saídas = 2.631.000 (837 + 1500 + 350 – 56)

As saídas do estoque de produtos em elaboração são os produtos acabados no período.Estoque de produtos acabadosEI + Entradas – Saídas = EF115.000 + 2.631.000 – saídas (CPV) = 178.000Saídas (custo dos produtos vendidos) = 2.568.000

75)A Cia Magé apresentava os seguintes saldos no Balanço Patrimonial de 31.12.2008:

Inventário de matérias primas R$ 10.000,00Inventário de produtos em elaboração R$ 4.000,00Inventário de produtos acabados R$ 20.000,00.Em 2009, verificou-se que a empresa realizou as seguintes transações econômicas:Compras de matérias primas R$ 50.000,00Custo de mão de obra direta R$ 30.000,00Mão de obra indireta da fábrica R$ 6.000,00Materiais indiretos de fabricação R$ 11.000,00Depreciação dos equipamentos da fábrica R$ 2.000,00Depreciação dos veículos das lojas R$ 3.000,00Despesa com créditos de liquidação duvidosa R$ 1.000,00

No final de 2009, a empresa efetuou a avaliação dos saldos existentes nos estoques, obtendo a seguinte informação:

Inventário de matérias primas R$ 7.000,00Inventário de produtos em elaboração zeroInventário de Produtos Acabados R$ 6.000,00

Assinale a alternativa que indique o valor do Custo dos Produtos Vendidos a ser apresentado na Demonstração do Resultado de 2009.

(A) R$ 126.000,00. (B) R$ 71.000,00. (C) R$ 123.000,00. (D) R$ 120.000,00. (E) R$ 101.000,00.

a. CPV = Estoque inicial + Gastos – Estoque final; e(b) Os encargos com depreciação dos veículos das lojas e com créditos de liquidação

duvidosa.

Page 82: Cont IndustrialApostila 2013 Cust I Zanluca 1 Parte

( ) Estoque inicialInventário de matérias primas R$ 10.000,00Inventário de produtos em elaboração R$ 4.000,00Inventário de produtos acabados R$ 20.000,00R$ 34.000,00(+) GastosCompras de matérias primas R$ 50.000,00Custo de mão de obra direta R$ 30.000,00Mão de obra indireta da fábrica R$ 6.000,00Materiais indiretos de fabricação R$ 11.000,00Depreciação dos equipamentos da fábrica R$ 2.000,00R$ 99.000,00(-) Estoque FinalInventário de matérias primas R$ 7.000,00Inventário de produtos em elaboração R$ 0,00Inventário de Produtos Acabados R$ 6.000,00-R$ 13.000,00(=) CPVR$ 120.000,00

64) Custo de Produção do Período é a soma dos custos incorridos no período dentro da fábrica. Custo da Produção Acabada é a soma dos custos contidos na produção acabada no período. Custo dos Produtos Vendidos é a soma dos custos incorridos na produção dos bens e serviços que só agora estão sendo vendidos. Com relação à afirmação acima, e tomando-se como base para comparação o mesmo período, é correto afirmar que:

(A) o custo de Produção será obrigatoriamente maior que os demais. (B) o custo da Produção Acabada será obrigatoriamente menor que os demais. (C) o custo dos Produtos Vendidos será obrigatoriamente maior do que os outros dois acima mencionados.(D) não existe correlação obrigatória de grandeza entre os três custos acima mencionados. (E) o custo de Produção Acabada será obrigatoriamente maior que os demais, por ser a soma dos custos contidos na produção. (E) o custo de Produção Acabada será obrigatoriamente maior que os demais, por ser a soma dos custos contidos na produção.

Resolução:

(A) o custo de Produção será obrigatoriamente maior que os demais. Errado. Se no período anterior, houver muito estoque de produtos em elaboração ou de produtos acabados, o custo do produto acabado ou do produto vendido poderá ser maior do que o custo de produção do período.

(B) o custo da Produção Acabada será obrigatoriamente menor que os demais. Errado. Se vários produtos foram acabados no período, mas não houver venda, o custo da produção acabada poderá ser maior do que o custo dos produtos vendidos.

(C) o custo dos Produtos Vendidos será obrigatoriamente maior do que os outros dois acima mencionados. Errado. Dependendo dos estoques iniciais e das quantidades de produtos acabados ou vendidos no período, poderemos ter qualquer relação entre essas grandezas.

Page 83: Cont IndustrialApostila 2013 Cust I Zanluca 1 Parte

(D) não existe correlação obrigatória de grandeza entre os três custos acima mencionados. Correto.

(E) o custo de Produção Acabada será obrigatoriamente maior que os demais, por ser a soma dos custos contidos na produção. Errado. Podemos não ter produção acabada qualquer no período e, no entanto, por termos efetuado vendas de produtos acabados em períodos anteriores, teremos custo do produto vendido.

77)Uma empresa apura os custos da produção vendida utilizando dois métodos: método do custeio por absorção e método do custeio variável. No início do período, não havia em estoque unidades acabadas ou semiacabadas. No mês, foram iniciadas e terminadas 6.000 unidades, das quais 4.000 unidades foram vendidas. No final do período, a empresa apurou resultado líquido de R$ 310.000,00, pelo custeio variável, e R$ 340.000,00, pelo custeio por absorção.

Levando-se em consideração que os custos variáveis representam 50% do preço de venda, os valores do preço unitário de venda, custo unitário variável e custo fixo total do mês são, respectivamente:

(A) R$ 200,00, R$ 100,00 e R$ 90.000,00 (B) R$ 180,00, R$ 90,00 e R$ 60.000,00 (C) R$ 160,00, R$ 80,00 e R$ 60.000,00 (D) R$ 120,00, R$ 60,00 e R$ 90.000,00 (E) R$ 100,00, R$ 50,00 e R$ 50.000,00

Resolução:

Page 84: Cont IndustrialApostila 2013 Cust I Zanluca 1 Parte

Com base nos cálculos acima, o preço unitário é R$ 200,00, os custos variáveis unitários montam R$ 100,00 e os custos fixos são de R$ 90.000,00 – conforme alternativa A, gabarito da questão.

(TJUAP-Anal.Jud-Contador-F069fcc)

Instruções: Para responder às questões de números 80 e 81 utilize apenas as informações a seguir.A Cia. Estelar, no início de 2007, investe R$ 10.000,00, na construção de um parque fabril, objetivando produzir e vender um único produto do qual possui domínio da tecnologia e uma posição de mercado extremamente favorável, para os próximos 5 anos, possibilitando uma projeção bastante conservadora, de lucros anuais esperados de R$ 500.000,00/ano para o mesmo período.Estabelece ainda como meta obter o retorno do investimento efetuado em 4 anos.Após cuidadoso estudo, a área de planejamento da empresa, estabelece como base a estrutura de custos, despesas e receita a seguir:

DADOS VALORES EM R$

Preço de Venda Unitário........................................................................................... 1.200Custos Variáveis Unitários ........................................................................................ 600Despesas Variáveis Unitárias ................................................................................... 100Despesas Fixas no período ...................................................................................... 1.500.000Custos Fixos no período ........................................................................................... 4.500.000

80) Quantas unidades/ano devem ser produzidas e vendidas para que a empresa obtenha apenas o lucro anual esperado?

(A) 18.000(B) 16.000(C) 14.000(D) 13.000(E) 12.000

Resolução:

Lucro = Venda Total - Custo total500.000 = PVxQ - (CF + CV + DF + DV)500.000 = 1200xQ - (4.500.000 + 600xQ + 1.500.000 + 100xQ)500.000 = 1200Q - 700Q - 6.000.000500Q = 6.500.000Q = 13.000 unidades/ano (LETRA D)

81) Para que além do lucro esperado, a empresa obtenha o retorno anual esperado, quantas unidades a empresa deverá produzir e vender no período?

(A) 18.000(B) 16.000(C) 14.000(D) 13.000(E) 12.000

Page 85: Cont IndustrialApostila 2013 Cust I Zanluca 1 Parte

Resolução:

3.000.000 = PVxQ - (CF + CV + DF + DV)3.000.000 = 1200Q - 700Q - 6.000.000500Q = 9.000.000Q = 18.000 (LETRA A)

82) Assinale a alternativa que contém o total das despesas operacionais incorridas pela empresa no mês de setembro/X4 (em R$):

a) 36.400,00;b) 17.800,00; c) 18.600,00;d) 19.600,00;e) 20.400,00.

Resposta: a alternativa correta é a B.

DESPESAS OPERACIONAIS R$Depreciação de móveis e utensílios:

- Departamento de Vendas- Escritório da administração

Honorários do Diretor de Vendas, Diretor Administrativo e do Presidente da Companhia e os respectivos encargos sociais

Comissões dos Vendedores

Salários e encargos sociais relativos ao:- Departamento de Vendas- Escritório Central

Energia elétrica relativa à iluminação do:- Departamento de Vendas- Escritório Central

Reparos no prédio do Escritório Central

Limpeza dos prédios do:- Departamento de Vendas- Escritório Central

Aluguel dos prédios do:- Departamento de Vendas- Escritório Central

Juros sobre o desconto de duplicatas

Telefones do:- Departamento de Vendas- Escritório Central

1.400,00600,00

7.800,00

3.000,00

800,001.000,00

100,00200,00

300,00

50,0050,00

500,00500,00

600,00

300,00200,00

Page 86: Cont IndustrialApostila 2013 Cust I Zanluca 1 Parte

Material de escritório utilizado no Escritório Central

(=) TOTAL

400,00

17.800,00

84) Uma empresa fabricante de calçados em determinado mês consumiu R$ 75.000,00 de couro para fabricar 15.000 pares de sapatos. Esse valor será considerado:

A) Despesa. B) Investimento. C) Gasto. D) Custo. E) Desembolso.

Resolução:Trata-se de uma questão que aborda o assunto “terminologia”. Em nosso curso, vimos que:

(a) Gasto – desembolso; (b) Investimento – gasto para aquisição de ativo; (c) Custo – esforço patrimonial para transformação de um ativo em outro – no processo industrial e (d) Despesa (1) em sentido amplo – qualquer conta de resultado devedora e (2) em sentido estrito – esforço patrimonial fora do processo de produção. Com base nos conceitos acima, verifica-se que a situação descrita no enunciado enseja a ocorrência de CUSTO, conforme alternativa D.85) Considerando-se a relação existente entre os custos e os produtos fabricados, como os custos são classificados?

A) Diretos e Indiretos. B) B) Fixos e Variáveis. C) C) Fixos, Variáveis e Semi-variáveis. D) D) Fixos e Direitos. E) E) Fixos e semi-fixos.

Resolução:Os custos podem ser classificados em função de diferentes critérios, conforme a seguir:

(1) Relativamente à apropriação aos produtos fabricados - Custos diretos x Custos indiretos. (2) Relativamente aos níveis de produção - Custos fixos; Custos variáveis; Custos semi- variáveis; Custos semi-fixos (custos fixos por degrau). (3) Classificação dos custos com relação aos departamentos – custos específicos x custos comuns. (4) Classificação dos custos com relação à controlabilidade – controláveis e não-controláveis.

Portanto, relativamente à apropriação aos produtos, os custos são diretos ou indiretos, conforme alternativa A.86) (Exame de Suficiência – CFC/SC/2004)Numa ordem de produção, utilizaram-se R$ 310.000,00 de mão-de-obra direta e R$ 430.000,00 de matéria prima. Os custos gerais de produção foram aplicados a uma taxa de 16% sobre os custos diretos básicos. O custo da ordem de produção é de:

Page 87: Cont IndustrialApostila 2013 Cust I Zanluca 1 Parte

a) R$ 621.600,00b) R$ 740.000,00c) R$ 808.800,00d) R$ 858.400,00

Resolução:

MOD: R$ 310.000,00CMP: + R$ 430.000,00 = R$ 740.000,00 x 16% ( taxa s/ custos diretos) = 118.400,00 + R$ 118.400,00 = R$ 858.400,00

87)(Exame de Suficiência – CFC/SC/2004) Uma empresa apresentada as seguintes informações no sistema de controle de estoque, referentes a um item de matéria-prima, em unidades:

Data Entrada Saída Saldo31/01/2003 45008/02/2003 390 84010/02/2003 170 1.01017/02/2003 140 1.15018/02/2003 840 31025/02/2003 160 150

Considere que o estoque inicial foi comprado a R$ 5,10 a unidade e as compras a R$ 6,00, R$ 7,80 e R$ 9,10, respectivamente.O Estoque Final, apurado pelo método PEPS é:

a) R$ 1.125,00.b) R$ 1.321,00.c) R$ 1.335,00.d) R$ 1.352,00.

Resolução:

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Manual Prático de Contabilidade de Custos © - pág. 88

Compras:390x 6,00 = 2,340,00170x 7,80 = 1.326,00140x 9,10 = 1.274,00

Método Peps:CPV:450x 5,10 = 2.295,00390x 6,00 = + 2,340,00840 = 4.635,00160x 7,80 = 1.248,00

Saldo :450x5,10 = 2.295,00840 = 4635,001.010 = 5.961,001.150 = 7.235,0010 x7,80 = 78,00140 x 9,10 = 1.274,00

150 1.352,00 (resposta)

88) (Exame de Suficiência – CFC/2004 ) Numa ordem de produção, utilizaram-se R$ 280.000,00 de mão-de-obra direta e R$ 420.000,00 de matéria-prima. Os custos gerais de produção foram aplicados a uma taxa de 16% sobre os custos diretos básicos. O custo da ordem de produção foi de:

a) 252.000,00.b) 588.000,00.c) 812.000,00. d) 1.288.000,00.

Resolução:

MOD + MP = 280.000,00 + 420.000,00 = 700.000,00

0,16 X 700.000,00 = 112.000,00=Assim, o custo da ordem de produção foi de: 700.000,00 + 112.000,00 = 812.000,00.

89) A receita líquida de uma empresa fabril, em certo período, totalizou R$ 100.000,00; as despesas operacionais, R$ 30.000,00 e a provisão para imposto de renda, R$ 25.000,00. O lucro bruto da venda de seus produtos foi de R$ 40.000,00.

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Sabendo-se que o custo dos produtos fabricados no aludido período foi de R$ 55.000,00 e que o saldo inicial da conta Produtos Acabados foi de R$ 25.000,00, assinale, com base nesses dados fornecidos, o saldo final dessa conta (em R$):

a) 60.000,00;b) 80.000,00;c) 25.000,00;d) 55.000,00;e) 20.000,00.

Resposta: a alternativa correta é a E.

Lb = VL – CPV40.000,00 = 100.000,00 – CPV

Logo, CPV = 100.000,00 – 40.000,00 = 60.000,00

Produtos AcabadosEi 25.000,00CPA 55.000,00 60.000,00 CPV

80.000,00 60.000,00Saldo Final20.000,00

Lb = Lucro BrutoVL = Vendas LíquidasCPV = Custo dos Produtos VendidosEi = Estoque InicialCPA = Custo dos Produtos Acabados no Período

90) Considere os dados abaixo de uma empresa comercial varejista:

Vendas – 4.000 unidades a R$ 15,00 cada R$ 60.000,00ICMS – 18% sobre vendas R$ 10.800,00Compras – 3.600 unidades a R$ 10,00 cada R$ 36.000,00ICMS sobre compras – 18% R$ 6.480,00IPI sobre compras – 4% R$ 1.440,00Frete e seguros sobre compras R$ 2.240,00Estoque inicial – 800 unidades a R$ 8,00 R$ 6.400,00Lucro Bruto R$ 13.200,00

(Nota: Abandone os algarismos a partir da 3ª casa decimal)

O valor do estoque final, avaliado pelo método da média ponderada, é de (em R$):

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Manual Prático de Contabilidade de Custos © - pág. 90

a) 3.018,18;b) 3.265,45;c) 3.600,00; d) 3.854,54;e) 4.058,18.

Resposta: a alternativa correta é a C.

Ei 800 unid. X R$ 8,00 =R$ 6.400,00C 3.600 unid x R$ 9,22 = R$ 33.200,00 (*)

4.400 unid x R$ 9,00 = R$ 39.600,00V (4.000) unid x R$ 9,00 = R$ (36.000,00)Ef 400 unid. x R$ 9,00 = R$ 3.600,00

(*) Valor da compra (C)R$ 36.000,00 – R$ 6.480,00 + R$ 1.440,00 + R$ 2.240,00 = R$ 33.200,00

Nota: Se o Estoque Final (Ef) fosse avaliado pelo:

a) PEPS, o seu valor seria R$ 9,22 x 400 unid. = R$ 3.688,00;b) UEPS, o seu valor seria R$ 8,00 x 400 unid. = R$ 3.200,00.

91) Na Contabilidade de Custos por Absorção, de uma empresa X, os custos de manutenção são rateados para os Centros de Custos de Produção, Almoxarifado e Controle de Qualidade, proporcionalmente às horas trabalhadas para esses Centros: 70 horas para Produção, 20 horas para o Almoxarifado e 30 horas para o Controle de Qualidade. O total de gastos da manutenção a ratear foi de R$ 5.500.000,00 no período em apuração. Pode-se indicar que a parcela da manutenção rateada para o Centro de Controle de Qualidade foi de:

a) R$ 916.667,00; b) RS 1.375.000,00; c) R$ 2.750.000,00; d) R$ 3.208.333,00; e) R$ 5.500.000,00.

Resposta: Alternativa B.

Total de horas trabalhadas: 70 + 20 + 30 = 120 Gastos de Manutenção: RS 5.500.000,00 Base do rateio = R$ 5.500.000,00 = R$ 45.833,33 120 h

RATEIO:

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Manual Prático de Contabilidade de Custos © - pág. 91

Produção 70 horas x R$ 45.833,33 = R$ 3.208.333,33Almoxarifado 20 horas x R$ 45.833,33 = R$ 916.666,67Controle qualidade

30 horas x RS 45.833,33

= R$ 1.375.000,00

120 horas

RS 5.500.000,00

92) Uma empresa industrial, que apura seus custos através dos departamentos A, B e C, apropria o valor das despesas com consumo de energia elétrica levando em conta que:

- o departamento A opera com 5 máquinas;- o departamento B opera com o dobro de máquinas em telação ao departamento A;- o departamento C não opera máquinas;- as máquinas são iguais entre si e registraram o mesmo consumo, no período.

Sabendo-se que as despesas de energia elétrica, no período, foram de RS 150.000,00, a contabilidade de custos apropriou:

a) R$ 50.000,00 em A, RS 75.000,00 em B e RS 25.000,00 em C;b) R$ 150.000,00 em A e R$ 0,00 em B;c) R$ 0,00 em A e RS 150.000,00 em B;d) RS 75.000,00 em A e R$ 75.000,00 em B;e) R$ 50.000,00 em A e R$ 100.000,00 em B.

Resposta: Alternativa E.Total de máquinas = 5 + 10 = 15

Despesa de energia elétrica = R$ 150.000,00Base de rateio = R$ 150.000,00 = R$ 10.000,00

15

RATEIODEPARTAMENTO MÁQUINAS DESPESA RATEADAA BC

510-

5 x R$ 10.000,00 =R$ 50.000,00 10 x R$ 10.000,00 = R$ 100.000,00

100)Considere os gastos abaixo, efetuados pela empresa industrial ALFA em determinado período:

COMISSÕES SOBRE VENDAS R$ 600.000,00MÃO-DE-OBRA DIRETA R$ 7.200.000,00ENCARGOS DE DEPRECIAÇÃO – MÁQUINAS DE R$ 1.600.000,00

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PRODUÇÃOMATÉRIA-PRIMA CONSUMIDA R$12.400.000,00SALÁRIOS DOS SUPERVISORES DA FÁBRICA R$ 3.200.000,00PUBLICIDADE R$ 2.400.000,00ENERGIA ELÉTRICA CONSUMIDA NA FÁBRICA R$ 2.900.000,00

Os custos de transformação e os custos primários da empresa no período foram, respectivamente em R$: Justifique as questões com os cálculos.

a) 3.000.000,00 E 20.100.000,00;b) 12.000.000,00 E 19.600.000,00;c) 12.000.000,00 E 12.400.000,00;d) 14.900.000,00 E 12.400.000,00;e) 14.900.000,00 E 19.600.000,00.

Resposta: Alternativa E

Custo de Transformação = 1.600.000,00 + 3.200.000,00 + 2.900.000,00 = 7.700.000,00 (CIF) + 7.200.000,00 (MOD) = R$ 14.900.000,00.

Custo Primário = 12.400.000,00 + 7.200.000,00 = R$ 19.600.000,00

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