Contabilidade – Parte 1 Prof. Roberto Chapiro · composição. 10 Demonstração de resultado de...
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Agente de Polcia
Contabilidade Parte 1
Prof. Roberto Chapiro
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Contabilidade
Professor Roberto Chapiro
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Edital
CONTABILIDADE: 1 Conceitos, objetivos e finalidades da contabilidade. 2 Patrimnio: componentes, equao fundamental do patrimnio, situao lquida, representao grfica. 3 Atos e fatos administrativos: conceitos, fatos permutativos, modificativos e mistos. 4 Contas: conceitos, contas de dbitos, contas de crditos e saldos. 5 Plano de contas: conceitos, elenco de contas, funo e 29 funcionamento das contas. 6 Escriturao: conceitos, lanamentos contbeis, elementos essenciais, frmulas de lanamentos, livros de escriturao, mtodos e processos, regime de competncia e regime de caixa. 7 Contabilizao de operaes contbeis diversas: juros, descontos, tributos, aluguis, variao monetria/ cambial, folha de pagamento, compras, vendas e provises, depreciaes e baixa de bens. 8 Balancete de verificao: conceitos, modelos e tcnicas de elaborao. 9 Balano patrimonial: conceitos, objetivo, composio. 10 Demonstrao de resultado de exerccio: conceito, objetivo, composio. 11 Lei n 6.404/1976: alteraes posteriores, legislao complementar e pronunciamentos do Comit de Pronunciamentos Contbeis (CPC). 12 Princpios fundamentais de contabilidade (aprovados pelo Conselho Federal de Contabilidade - CFC - por meio da Resoluo do CFC n 750/1993, atualizada pela Resoluo CFC n 1.282/2010).
BANCA: Cespe
CARGO: Agente de Polcia
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Contabilidade
CONTABILIDADE PARTE 1
1. Conceito
De acordo com o 1 Congresso Brasileiro de Contabilidade, realizado em 1924, a Contabilidade uma cincia que estuda e pratica as funes de orientao, de controle e de registro dos atos e fatos de uma administrao econmica.
Com a definio acima, podemos perceber que a Cincia Contbil:
orienta a administrao nos rumos que a organizao deve seguir;
controla o patrimnio (veremos o conceito de patrimnio mais a frente); e
registra os atos e fatos de uma administrao ao longo do tempo.
Portanto, no Brasil, a Contabilidade uma cincia.
2. Campo de Aplicao
A Contabilidade tem como principal campo de aplicao as aziendas.
Considera-se azienda o patrimnio conjuntamente com o seu administrador, ou seja, com a pessoa que tem disponibilidade e poderes de administrao sobre ele.
AZIENDA = PATRIMNIO + GESTO
Uma azienda pode ter ou no finalidade lucrativa.
Exemplo de azienda sem finalidade lucrativa: Prefeitura do Municpio do Rio de Janeiro.
Exemplo de azienda com finalidade lucrativa: Casas Bahia.
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3. Finalidade
A finalidade da Contabilidade fornecer informaes do patrimnio de uma determinada pessoa a outras pessoas interessadas.
So pessoas interessadas nas informaes contbeis:
pblico interno (administradores e scios controladores); pblico externo (bancos, governo, fornecedores, scios no controladores etc).
Ex1.: Um gerente (pblico interno), para tomar a deciso de continuar ou no a comercializao de determinado produto, certamente necessitar de informaes contbeis sobre o custo de produo ou da aquisio do produto, rentabilidade e etc.
Ex2.: Para liberar um emprstimo bancrio a uma determinada pessoa, o banco (pblico externo) necessita de informaes suficientes que comprovem que o tomador do emprstimo ter condies de quitar a dvida assumida na data prevista no contrato.
De acordo com o Comit de Pronunciamentos Contbeis (CPC 00), o objetivo do relatrio contbil-financeiro de propsito geral1 fornecer informaes contbil-financeiras acerca da entidade que reporta essa informao que sejam teis a investidores existentes e em potencial, a credores por emprstimos e a outros credores, quando da tomada deciso ligada ao fornecimento de recursos para a entidade. Essas decises envolvem comprar, vender ou manter participaes em instrumentos patrimoniais e em instrumentos de dvida, e a oferecer ou disponibilizar emprstimos ou outras formas de crdito.
4. Tcnicas Contbeis
So os procedimentos utilizados pelo contabilista para pr a cincia Contbil em prtica.
So elas:
escriturao (registra os fatos contbeis); demonstrao (expe a situao do patrimnio e suas variaes em determinado
momento); auditoria (verifica se a escriturao e as demonstraes observam as normas brasileiras de
Contabilidade); anlise das demonstraes contbeis. (interpreta as informaes demonstradas)
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5. Objeto da Contabilidade
Quando falamos em objeto de uma cincia, estamos nos referindo ao assunto que esta cincia estuda. Toda cincia tem um objeto de estudo, um assunto a ser tratado. Assim, o objeto de estudo da Contabilidade o patrimnio.
6. Patrimnio
Patrimnio o conjunto de bens, direitos e obrigaes de uma pessoa fsica ou jurdica que possam ser avaliados em moeda.
Os bens podem ser corpreos (materiais tangveis) ou incorpreos (imateriais- intangveis).
Exemplo de bens corpreos (materiais tangveis):
Dinheiro (disponibilidade) Imveis Computadores (hardware) Veculos etc.
Exemplo de bens incorpreos (imateriais intangveis):
Linha telefnica Ponto comercial Programas de computador (software)
So direitos os valores a receber que uma determinada pessoa possui.Ex.: Venda a prazo
Os bens e direitos representam o aspecto positivo do patrimnio.
So obrigaes os valores a pagar que uma determinada pessoa possui.Ex.: Compra a prazo.
As obrigaes representam o aspecto negativo do patrimnio.
6.1 Ativo
Dentro do patrimnio, a soma dos bens e direitos constitui o ativo da empresa.
O ativo ser sempre igual ou superior a zero.
So expresses sinnimas de ativo:
patrimnio bruto capital total aplicado
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De acordo com o Comit de Pronunciamentos Contbeis (CPC 00), ativo um recurso controlado pela entidade como resultado de eventos passados e do qual se espera que fluam futuros benefcios econmicos para a entidade.
ATIVO = BENS + DIREITOS
6.2 Passivo
Dentro do patrimnio, a soma das obrigaes constitui o passivo da empresa.
O passivo ser sempre igual ou superior a zero
So expresses sinnimas de passivo:
capital de terceiros capital alheio
De acordo com o Comit de Pronunciamentos Contbeis (CPC 00), passivo uma obrigao presente da entidade, derivada de eventos passados, cuja liquidao se espera que resulte na sada de recursos da entidade capazes de gerar benefcios econmicos.
PASSIVO = OBRIGAES
6.3 Situao lquida
Situao lquida a diferena entre o ativo (patrimnio bruto) e o passivo (capital de terceiros).
SITUAO LQUIDA = ATIVO - PASSIVO
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A situao lquida pode ser positiva, nula ou negativa.
Situao lquida positiva: Ativo > Passivo (bens e direitos superam as obrigaes)Situao lquida nula: Ativo = Passivo (bens e direitos so iguais as obrigaes)Situao lquida negativa: Ativo < Passivo (as obrigaes superam os bens e diretos)
So expresses sinnimas de situao lquida:
capital prprio patrimnio lquido
De acordo com o Comit de Pronunciamentos Contbeis (CPC 00), patrimnio lquido o interesse residual nos ativos da entidade depois de deduzidos todos os seus passivos
Obs.: A equao patrimonial (SL = A P) pode ser reescrita de vrias formas.
Assim, so equaes equivalentes:
SL = A PA = P + SLP = A SLA P SL = 0
6.4 Representao grfica do patrimnio
Situao positivaA > P; SL > 0
Situao nulaA = P; SL = 0
Situao negativaA
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6.5 Origens e aplicaes de recursos.
Origens (fontes) So os recursos prprios (PL) mais os recursos de terceiros (P) que a empresa conta para manter suas atividades. Assim, as origens esto representadas pelo P + PL (capital total a disposio)
Aplicaes As aplicaes representam o destino dado aos recursos prprios e aos obtidos junto a terceiros. Esses recursos so alocados no ativo da empresa.
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Questes
EXERCCIOS FIXAO
1. A palavra azienda comumente usada em Contabilidade como sinnimo de fazen-da, na acepo de
a) conjunto de bens e haveresb) mercadoriasc) finanas pblicasd) grande propriedade rurale) patrimnio, considerado juntamente
com a pessoa que tem sobre ele pode-res de administrao e disponibilidade.
O patrimnio, que a Contabilidade estuda e controla, registrando todas as ocorrncias nele verificadas.
Estudar e controlar o patrimnio, para for-necer informaes sobre sua composio e variaes, bem como sobre o resultado econmico decorrente da gesto da riqueza patrimonial.
2. As proposies acima indicam, respectiva-mente,
a) o campo de aplicao e o conceito da Contabilidade
b) a finalidade e as tcnicas contbeisc) o objeto e a finalidade da Contabilidaded) a finalidade e o conceito da Contabili-
dadee) o campo de aplicao e o objeto da
Contabilidade
3. Em relao ao patrimnio de uma empresa, certo afirmar:
a) O ativo pode ter valor negativob) O ativo pode ser maior do que o passivo
e a situao lquida juntosc) A situao lquida pode ser maior do
que o ativod) O passivo exigvel no pode ter valor
negativoe) O ativo, o passivo exigvel e a situao
lquida podem ter valores iguais, mes-mo que diferente de zero.
4. Abaixo so dadas diversas situaes patri-moniais. Assinale a que indica a pior situa-o para a empresa:
a) situao lquida igual a zerob) situao lquida igual ao ativoc) situao lquida igual ao passivo exigveld) situao lquida positiva, mas menor
que o passivo exigvele) passivo exigvel maior do que o ativo
5. Entende-se como Ativo e Passivo de uma Entidade, respectivamente:
a) Bens e Direitos e as obrigaes;b) Obrigaes de Valores a Receber e Obri-
gaes Exigveis;c) Bens e Direitos disponveis comunida-
de e as obrigaes;d) Passivo menos Patrimnio Lquido e as
obrigaes;e) Bens e Direitos disponveis aos adminis-
tradores, acrescidos do patrimnio dos acionistas.
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6. A Cia Gama apresenta no seu Balano Pa-trimonial em 31.12.x0 saldo de R$ 900 em Capital Social, R$ 600 em Imveis e R$ 300 em Disponibilidades. Pode-se afirmar que a equao fundamental do patrimnio dessa empresa :
a) Ativo = PL;b) Ativo = Passivo;c) Ativo = Passivo + PL;d) Ativo +PL = Passivo;e) PL = Passivo.
7. Dentre as situaes patrimoniais abaixo, marque a que representa o pior estado pa-trimonial.
a) Ativo = 820,00 Passivo = 790,00.b) Bens = 380,00 Direitos = 120,00 Obrigaes = 520,00.c) Ativo = 80,00. PL = 0,00d) Passivo = 1.200,00. PL = 10,00e) Passivo = 30,00. Ativo = 50,00
8. Uma empresa possui capital alheio no valor de $6.000,00. Sabendo que este correspon-de a 40% do total de recursos disposio da empresa, qual o valor dos recursos apli-cados e do patrimnio lquido, respectiva-mente.
a) 20.000,00 e 8.000,00b) 15.000,00 e 9.000,00c) 12.000,00 e 3.000,00d) 15.000,00 e 6.000,00e) 13.000,00 e 7.000,00
9. Os bens e direitos representam a aplicao dos recursos, as obrigaes e o saldo patri-monial, a fonte dos recursos. Atravs dos elementos do patrimnio indique a alterna-tiva correta:
a) dinheiro em caixa fonte, emprstimo a pagar fonte, situao lquida fonte;
b) valores a receber fonte, emprstimos a pagar fonte, situao lquida fonte;
c) dinheiro em caixa aplicao, valores a receber aplicao, situao liquida aplicao;
d) dvidas a pagar fonte; emprstimo a pagar fonte, situao lquida fonte
10. Num dado momento, seja A o valor do ati-vo, P do passivo e PL o valor do patrimnio lquido de uma entidade. Sejam as equa-es:
I. A P = PLII. P = A PLIII. A + PL = pIV. A P PL = 0
a) Apenas as equaes II e III so equiva-lentes
b) As equaes I e III so equivalentesc) Apenas as equaes I e IV so equiva-
lentesd) Apenas as equaes I, II e IV so equiva-
lentes
11. Em relao ao patrimnio bruto e ao patri-mnio lquido de uma entidade, todas as afirmaes abaixo so verdadeiras, exceto:
a) o patrimnio bruto nunca pode ser in-ferior ao patrimnio lquido
b) o patrimnio bruto e o patrimnio lqui-do no podem ter valor negativo
c) o patrimnio bruto e o patrimnio lqui-do podem ter valor inferior ao das obri-gaes da entidade
d) a soma dos bens e direitos a receber de uma entidade constitui o seu patrim-nio bruto, enquanto o patrimnio lqui-do constitudo desses mesmos bens e direitos, menos as obrigaes
e) o patrimnio bruto pode ter valor igual ao patrimnio lquido
12. Na composio do patrimnio de uma em-presa
a) se o ativo for maior que o passivo exig-vel, a situao lquida tambm o ser
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b) se o passivo exigvel for maior do que a situao lquida, caracteriza-se o cha-mado passivo a descoberto
c) se o ativo e o passivo exigvel tiverem valores iguais, a situao lquida ter valor negativo
d) se o ativo tiver valor igual a zero, a situ-ao lquida tambm o ter
e) se a ordem decrescente de valores for ativo, passivo exigvel e situao lqui-da, a situao lquida ser positiva
13. A situao patrimonial em que os resulta-dos aplicados no ativo so originrios parte de riqueza prpria e parte de capital de ter-ceiros representada pela equao:
a) A = PL ento P = 0b) A = P ento PL = 0c) A > P ento PL > 0d) A < P ento PL < 0e) P = PL ento A = 0
14. Sendo o ativo o dobro do passivo exigvel, se aumentarmos aquele em 40% e dimi-nuirmos este em 20%,o capital prprio ir aumentar em:
a) 100%b) 60%c) 20%d) 50%e) 200%
Gabarito:1. E2. C3. D4. E5. A6. A7. B8. B9. D10. D11. B12. E13. C14. A
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RESULTADO: RECEITAS X DESPESAS
CONSIDERAES INICIAIS
At o presente momento, vimos o que so bens, direitos e obrigaes, ou seja, elementos que compem o patrimnio de qualquer entidade.
Entretanto, durante suas atividades, uma entidade capaz de gerar, alm dos elementos acima mencionados, receitas e despesas que contribuiro para a formao de seu resultado.
Este resultado traduz o desempenho da entidade em um determinado perodo e resultante do confronto entre receitas obtidas e despesas realizadas nesse perodo.
APURAO DE RESULTADO = CONFRONTO DAS RECEITAS COM AS DESPESAS
A Apurao de Resultado pode ser positiva, negativa, ou nula, igual a zero.
Quando as receitas superam as despesas, temos um resultado positivo, ou seja, obtivemos lucro no perodo de apurao.
Se as receitas forem iguais s despesas, nosso resultado igual a zero, ou seja, no apuramos lucro mas tambm no obtivemos prejuzo no perodo de apurao.
Por fim, se as receitas forem inferiores s despesas, porque obtivemos um resultado negativo, ou seja, apuramos um prejuzo no perodo de apurao.
Aps o confronto entre receitas e despesas, o resultado obtido ser transferido para o Patrimnio Lquido da Empresa (Grupo do Balano Patrimonial). Sendo o resultado positivo, haver um aumento da situao lquida da empresa, caso contrrio, uma reduo.
IMPORTANTE: O patrimnio de uma entidade constitudo pelo conjunto de bens, direitos e obrigaes. Estes elementos estaro organizados no Balano Patrimonial (BP), demonstrao contbil que expe a situao patrimonial da empresa.
As Receitas e Despesas NO iro compor esta demonstrao (BP).
A Demonstrao do Resultado do Exerccio (DRE), que veremos mais adiante, a pea em que encontraremos demonstradas as receitas e despesas.
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Os elementos do patrimnio so representados por contas. Contas so ttulos, nomenclaturas ou rubricas que os registram.
No Balano Patrimonial, por exemplo, s teremos as contas que registram os bens, os direitos, as obrigaes e a situao lquida da empresa. So chamadas, portanto, de CONTAS PATRIMONIAS.
As receitas e despesas, assim como os elementos do patrimnio, tambm sero representadas por contas. Estas recebem o nome de CONTAS DE RESULTADO.
As CONTAS PATRIMONIAIS so consideradas contas permanentes. Seus saldos vo acumulando valores ao longo dos perodos de atividade da empresa (Exerccio Social).
Art. 175. O exerccio social ter durao de 1 (um) ano e a data do trmino ser fixada no estatuto.
Pargrafo nico. Na constituio da companhia e nos casos de alterao estatutria o exerccio social poder ter durao diversa.
As CONTAS DE RESULTADO so consideradas contas transitrias. Estas contas acumulam saldos apenas em um determinado perodo pois ao final deste procede-se a apurao do resultado confrontando-se as contas de receitas com as contas de despesas. Durante este procedimento, estas contas so zeradas, encerradas. Por isso, chamamos as contas de resultado de contas transitrias.
CONTAS PATRIMONIAIS = CONTAS PERMANENTESCONTAS DE RESULTADO = CONTAS TRANSITRIAS
Exemplo de conta patrimonial:
Caixa (registra o dinheiro em poder da empresa)
Exemplos de conta de resultado:
Receita de Prestao de Servios (registra a receita obtida na prestao de servio) Despesa de aluguel (registra a despesa com aluguel de imveis)
RECEITAS
Sabemos que a Contabilidade a cincia que estuda, registra e controla o patrimnio tanto das entidades com fins lucrativos como daquelas que no objetivam o lucro. Entretanto, a Contabilidade Geral o ramo da Contabilidade que tem como objeto o patrimnio das empresas comerciais, que so entidades que objetivam o lucro.
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Ora, se para alcanarmos o lucro deveremos ter receitas superiores s despesas, podemos dizer que receitas so variaes patrimoniais positivas que, portanto, aumentaro a situao lquida da empresa.
De acordo com o Comit de Pronunciamentos Contbeis (CPC 00 ), receitas so aumentos nos benefcios econmicos durante o perodo contbil, sob a forma da entrada de recursos ou do aumento de ativos ou diminuio de passivos, que resultam em aumentos do patrimnio lquido, e que no estejam relacionados com a contribuio dos detentores dos instrumentos patrimoniais
Observao: Apesar de as receitas representarem variaes positivas na situao lquida da empresa (PL), temos que ter em mente que estas no estaro presentes no BP, mas sim na Demonstrao de Resultado do Exerccio.
Exemplos:
Receita de Prestao de Servios Receita de Vendas Receita de Aluguis Receita de Juros Etc.
As receitas so consideradas origens de recursos.
DESPESAS
Para gerarmos receitas, necessrio que sejam realizados esforos, sacrifcios. Assim, despesas so os sacrifcios patrimoniais realizados por uma empresa objetivando a obteno de receitas.
Ao contrrio da receita, a despesa diminui o resultado do perodo, sendo considerada uma variao negativa da situao lquida da empresa.
De acordo com o Comit de Pronunciamentos Contbeis (CPC ), despesas so decrscimos nos benefcios econmicos durante o perodo contbil, sob a forma da sada de recursos ou da reduo de ativos ou assuno de passivos, que resultam em decrscimo do patrimnio lquido, e que no estejam relacionados com distribuies aos detentores dos instrumentos patrimoniais.
Observao: Apesar de as despesas representarem variaes negativas na situao lquida da empresa (PL), temos que ter em mente que estas no estaro presentes no BP.
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Exemplos:
Despesa com Salrios Despesa de Juros Despesa de Aluguel Despesa de Seguros Etc.
As despesas so consideradas aplicaes de recursos.
REGIMES DE CONTABILIZAO
REGIME DE CAIXA:
Somente quando houver recebimento e pagamento que ser contabilizada no resultado a receita e a despesa, respectivamente.
No regime de caixa, uma receita de venda, por exemplo, s ser considerada na apurao do resultado quando esta venda for efetivamente recebida.
O mesmo tratamento adotado para as despesas. Estas sero consideradas na apurao do resultado somente quando houver o efetivo desembolso, pagamento.
o regime que adotamos na nossa vida pessoal.
REGIME DE COMPETNCIA:
Receitas e despesas sero contabilizadas no momento em que ocorrerem seus fatos geradores, independentemente de recebimentos ou pagamentos.
No regime de competncia, uma receita de venda, por exemplo, ser considerada na apurao do resultado no perodo em que esta venda acontecer, mesmo que a transao seja feita para recebimento futuro.
O fato gerador de uma venda a entrega das mercadorias ao cliente. Se esse fato aconteceu, deve-se reconhecer a receita na apurao de resultado do perodo em que o fato ocorreu, pois tal receita compete quele perodo (por isso competncia), independente de ter ocorrido o recebimento.
O mesmo tratamento dado s despesas. Se um funcionrio de uma determinada empresa trabalhou os 31 dias do ms de janeiro, o Contador desta empresa deve reconhecer a referida
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despesa em janeiro, mesmo que seja a poltica da empresa pagar os salrios de funcionrios em no ms seguinte ao trabalhado, conforme legislao trabalhista.
No regime de competncia, o recebimento ou pagamento podem at coincidir com o fato gerador da receita e a da despesa, mas o que determinante para a sua contabilizao a ocorrncia do fato gerador.
o regime adotado pelas empresas.
Exemplo prtico:
Uma prestadora de servios apresentava os seguintes saldos em 31/12/X0.
Bens mveis 5.000,00
Capital prprio 5.000,00
Despesa de aluguel 4.000,00
Despesa de juros 2.000,00
Despesa de salrios 3.000,00
Receita de prestao de servio 10.000,00
Valores a pagar 6.000,00
Valores em dinheiro 2.000,00
Valores no banco 5.000,00
1 Faa a apurao de resultado.2 Elabore o Balano Patrimonial.
ESCRITURAO E MTODO DAS PARTIDAS DOBRADAS
Antes de iniciarmos esse novo tpico, importante lembrar que ESCRITURAO a tcnica contbil utilizada para registrar os fatos contbeis de uma entidade.
Fato contbil todo evento que provoca uma mutao no patrimnio, qualitativa ou quantitativa. O registro de um fato contbil realizado atravs das contas, utilizando-se o mtodo das partidas dobradas que veremos mais adiante.
CONTA:
Como j vimos anteriormente, contas so ttulos, nomenclaturas, rubricas que registram tanto os elementos patrimoniais (bens, direitos, obrigaes e patrimnio lquido) quanto os elementos que colaboram para a formao do resultado de uma entidade (receitas e despesas).
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Vimos tambm que as contas que registram os elementos patrimoniais so chamadas de CONTAS PATRIMONIAIS, enquanto que as contas que registram receitas e despesas so chamadas de CONTAS DE RESULTADO.
A demonstrao contbil que em um determinado momento expe a situao patrimonial de uma empresa o Balano Patrimonial.
nesta demonstrao que estaro expostos, atravs das CONTAS PATRIMONIAS, os bens e direitos (ativo), obrigaes (passivo) e situao lquida (patrimnio lquido) de uma entidade.
Assim, o Balano Patrimonial composto somente de CONTAS PATRIMONIAIS, vez que as CONTAS DE RESULTADO estaro organizadas em outra demonstrao contbil, a Demonstrao do Resultado do Exerccio.
BALANO PATRIMONIAL - > CONTAS PATRIMONIAISDRE -> CONTAS DE RESULTADO
As contas, quanto aos elementos que registram, so classificadas da seguinte maneira:
CONTAS PATRIMONIAIS CONTAS DE RESULTADO
CONTAS DO ATIVOCONTAS DO PASSIVOCONTAS DO PL
CONTAS DE RECEITACONTAS DE DESPESAS
OBS: O quadro acima, que separa as Contas Patrimoniais das Contas de Resultado, est de acordo com o que versa a TEORIA PATRIMONIALISTA. esta teoria que prevalece na Contabilidade atual.
PLANO DE CONTAS:
J sabemos que a funo de uma conta a de registrar um elemento patrimonial, ou ento, registrar uma receita ou uma despesa.
Plano de Contas um elenco de contas com suas respectivas funes.
Consiste numa relao de contas (nomenclaturas, rubricas) que devero ser utilizadas pelos profissionais de Contabilidade na hora em que estes forem realizar um registro.
Uma empresa pode ser industrial, comercial, financeira ou de outro ramo qualquer. Cada uma exerce um tipo de atividade. Logo, de acordo com suas atividades que seu Plano de Contas
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ser elaborado. Desta forma, podemos concluir que cada empresa possuir o seu prprio Plano de Contas.
Vale ressaltar que as questes cobradas em concursos pblicos so, geralmente, referentes s empresas comerciais. Estas, ainda que inseridas na mesma atividade, podem apresentar plano de contas diferentes.
EXEMPLO:
No Plano de Contas de uma determinada empresa comercial, os valores a receber provenientes de vendas a prazo sero registrados na conta Clientes. Entretanto, uma outra empresa do mesmo ramo pode registrar o mesmo fato na conta Duplicatas a receber.
PLANO DE CONTAS EXEMPLIFICATIVO
CONTAS DO ATIVO NATUREZA
caixa devedora
banco conta movimento devedora
aplicaes com liquidez imediata devedora
duplicatas a receber e/ouduplicatas emitidas e/ouclientes
devedora
juros a receber devedora
alugueis a receber devedora
adiantamentos a fornecedores devedora
adiantamentos a empregados devedora
despesas antecipadas devedora
adiantamento a diretores devedora
mercadorias devedora
material de escritrio devedora
participaes em coligadas e/ouinvestimento em coligadas e/ouaes de coligadas
devedora
participaes em controladas e/ouinvestimento em controladas e/ouaes de controladas
devedora
obras de arte devedora
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mveis e utenslios devedora
mquinas e equipamentos devedora
veculos devedora
edificaes devedora
terrenos devedora
imveis devedora
marcas e patentes devedora
programas de computador devedora
CONTAS RETIFICADORAS DO ATIVO
proviso para crditos de liquidao duvidosa e/ouproviso para devedores duvidosos
credora
depreciao acumulada credora
amortizao acumulada credora
exausto acumulada credora
CONTAS DO PASSIVO
impostos a pagar e/ouimpostos a recolher credora
duplicatas a pagar e/ouduplicatas aceitas e/oufornecedores
credora
juros a pagar credora
alugueis a pagar credora
seguros a pagar credora
salrios a pagar credora
proviso para impostos credora
proviso para 13 salrio credora
proviso para frias credora
proviso para contingncias credora
adiantamento de clientes credora
receitas antecipadas credora
CONTAS DO PATRIMNIO LQUIDO
capital social credora
reservas de capital credora
ajustes (positivos) da avaliao patrimonial credora
reservas de lucros credora
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CONTAS RETIFICADORAS DO PATRIMNIO LQUIDO
capital social a realizar e/oucapital social a integralizar devedora
ajustes (negativos) da avaliao patrimonial devedora
aes em tesouraria devedora
prejuzos acumulados devedora
CONTAS DE RESULTADO RECEITAS
receita de vendas e/ouvendas credora
receita de prestao de servios e/ouprestao de servios credora
receita de juros e/oujuros ativos credora
receita de alugueis e/oualugueis ativos credora
descontos obtidos credora
CONTAS DE RESULTADO DESPESAS
despesa com impostos sobre vendas e/ouimpostos sobre vendas devedora
despesa com impostos sobre servios e/ouimpostos sobre servios devedora
despesa com impostos e/ouimpostos devedora
descontos concedidos devedora
devoluo de vendas devedora
vendas canceladas devedora
abatimentos concedidos devedora
custo da mercadoria vendida (CMV) devedora
despesa com salrios e/ousalrios devedora
despesa de 13 salrio e/ou13 salrio devedora
despesa com frias e/oufrias devedora
encargos trabalhistas devedora
despesa de juros e/oujuros passivos devedora
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despesas de aluguel e/oualugueis passivos devedora
despesa de seguros e/ouseguros devedora
despesa com depreciao e/ouencargos de depreciao e/oudepreciao
devedora
despesa com amortizao e/ouencargos de amortizao e/ouamortizao
devedora
despesa com exausto e/ouencargos de exausto e/ouexausto acumulada
devedora
despesa de luz, gs, telefone e/ouluz, gs, telefone devedora
despesa com propaganda devedora
Observao:
Toda conta, seguida da expresso a receber uma conta do ativo;Toda conta, seguida de expresso a pagar uma conta do passivo.
Exemplo:
Salrios a pagar Conta do Passivo.Salrios Conta de resultado despesa.
Juros a receber Conta do AtivoJuros ativos Conta de resultado receita (vide o plano de contas acima).
MTODO DAS PARTIDAS DOBRADAS:
Para entendermos como funciona o mtodo das partidas dobradas, ventilaremos alguns conceitos contbeis.
Para toda aplicao haver uma origem correspondente.
Aplicao o destino dado ao recurso.
Origem de onde o recurso veio, podendo ser prprio ou obtido junto a terceiros.
Considerando a estrutura patrimonial de uma entidade, podemos afirmar que as aplicaes feitas em bens e direitos no Ativo tm como origens a soma do Passivo com o PL.
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As despesas so aplicaes de recursos (pra onde o recurso foi).
As receitas so origens de recursos (de onde o recurso veio)
Assim, temos:
ATIVO APLICAO
PASSIVO ORIGEM
PL ORIGEM
DESPESAS APLICAO
RECEITAS ORIGEM
A movimentao de uma conta contbil se d por meio de dbito e crdito. O dbito representa uma aplicao e o crdito a sua origem. Assim, o registro de um fato contbil vai envolver no mnimo duas contas. Uma para registrar para onde o recurso foi (Dbito) e a outra para registrar de onde o recurso veio (Crdito).
APLICAES - > DBITOORIGENS -> CRDITO
Se para cada aplicao existe uma origem, ento, para cada dbito haver um crdito correspondente. Assim funcionar o mtodo das partidas dobradas.
Ao registrar um fato contbil, o contador indicar a conta que est sendo debitada e a conta que est sendo creditada, sendo que o total debitado ser sempre igual ao total creditado.
MOVIMENTAO DAS CONTAS:
Didaticamente, uma conta contbil pode ser representada da seguinte maneira:
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o que chamamos de razonete.
Exemplo.
Contabilize o seguinte fato contbil: Compra a prazo de mveis e utenslios no valor de R$ 5.000,00
Resposta:
Onde eu apliquei o recurso? R: Em bens (ativo)Mas qual foi a origem? R: Fornecedores (passivo)
Assim ficariam os razonetes da contabilizao
Note-se que o fato contbil acima representou um aumento no ativo e no passivo. O primeiro porque houve um acrscimo de um bem. O segundo porque gerou uma obrigao de pagar fornecedores. Quando houve um aumento no ativo, fizemos um dbito na conta mveis e utenslios. Mas para registrar o aumento do passivo, fizemos um crdito na conta fornecedores.
Nesta linha de raciocnio, a movimentao das contas ser da seguinte forma:
CONTAS DBITO CRDITO
ATIVO
PASSIVO e PL
DESPESA
RECEITA
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Portanto, normalmente, as contas do ativo tero saldos devedores. Se houver no ativo contas com saldo credor porque estamos diante de uma conta retificadora do ativo (conta que reduz o valor do ativo).
No passivo e no pl, as contas tero, normalmente, saldos credores. Se houver no passivo ou no pl, contas com saldo devedor porque estamos diante de uma conta retificadora do passivo ou do pl (conta que reduz o valor do passivo ou do pl).
Antes de serem encerradas, as receitas tero saldo credor e as despesas saldo devedor.
BALANCETE DE VERIFICAO:
Quanto ao seu saldo, uma conta pode ser classificada como devedora (saldo do lado do dbito) ou credora (saldo do lado do crdito).
Sabemos que, pelo mtodo das partidas dobradas, para todo dbito haver um ou mais crditos correspondentes, em igual valor (a recproca verdadeira !!!). Com isso, conclumos que o total das contas devedoras ser igual ao total das contas credoras. E essa a finalidade do balancete de verificao, qual seja, verificar se o total dos saldos devedores igual ao total dos saldos credores.
O levantamento do balancete de verificao ajuda ao contador apurar determinados erros de escriturao, entretanto, no so todos os erros que sero identificados neste procedimento.
Ao inverter um lanamento, debitando a conta que seria creditada e creditando a conta que seria debitada, a igualdade entre saldo devedores e credores mantida. H um erro no lanamento que pode no ser identificado no balancete de verificao.
Exemplo de um balancete de verificao em 31/12/x0 antes da apurao de resultado do exerccio:
Contas Devedoras Credoras
Caixa 1.000,00
Bancos c/ movimento 5.000,00
Duplicatas a receber 35.000,00
Duplicatas a pagar 20.000,00
Receita de vendas 30.000,00
Despesas de seguros 4.000,00
Despesas de aluguel 2.000,00
Despesas de energia 400,00
Impostos a pagar 7.000,00
Veculos 30.000,00
Imveis 100.000,00
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Mveis e utenslios 6.000,00
Capital Social 100.000,00
Emprstimos 3.300,00
Financiamentos 20.000,00
Ttulos a pagar 3.100,00
TOTAL 183.400,00 183.400,00
LIVROS CONTBEIS
So nos livros contbeis que uma empresa mantm os seus registros, ou seja, sua escriturao.
OBRIGATRIOS E FACULTATIVOS
Obrigatrios: So os livros exigidos pela legislao vigente. Ex.: Livro Dirio Exigido pelo Cdigo Civil.
Facultativos: So os livros que no so exigidos pela legislao. Sua adoo fica a critrio da entidade.
COMUNS E ESPECIAIS
Comuns: So os livros exigidos das empresas em geral, independentemente das atividades por elas praticadas ou sua forma jurdica. Ex.: Livro Dirio.
Especiais: So os livros que so exigidos apenas de determinadas empresas em razo de sua forma jurdica ou de suas atividades.
PRINCIPAIS E AUXILIARES
Principais: So os livros que contm todos os registros de todos os fatos contbeis ocorridos numa empresa. Ex.: Livro Dirio.
Auxiliares: So os livros que contm os registros dos fatos contbeis de apenas um determinado componente patrimonial. Ex.: Livro Caixa.
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CRONOLGICOS E SISTEMTICOS
Cronolgicos: So os livros que obedecem to-somente a ordem de dia/ms/ano dos registros contbeis. Ex.: Livro Dirio.
Sistemticos: So os livros que se preocupam em sistematizar, organizar as informaes ali registradas de modo a facilitar o trabalho do Contador, sendo assim uma ferramenta mais til ao Contabilista. Ex.: Livro Razo.
FORMALIDADES
A escriturao contbil deve ser executada:
em idioma e em moeda corrente nacionais; em forma contbil; em ordem cronolgica de dia, ms e ano; com ausncia de espaos em branco, entrelinhas, borres, rasuras ou emendas; com base em documentos de origem externa ou interna ou, na sua falta, em elementos
que comprovem ou evidenciem fatos contbeis.
Os livros contbeis obrigatrios, entre eles o Livro Dirio e o Livro Razo,em forma no digital, devem revestir-se de formalidades extrnsecas, tais como:
serem encadernados; terem suas folhas numeradas sequencialmente; conterem termo de abertura e de encerramento assinados pelo titular ou representante
legal da entidade e pelo profissional da contabilidade regularmente habilitado no Conselho Regional de Contabilidade.
Os livros contbeis obrigatrios, entre eles o Livro Dirio e o Livro Razo, em forma digital, devem revestir-se de formalidades extrnsecas, tais como:
serem assinados digitalmente pela entidade e pelo profissional da contabilidade regularmente habilitado;
quando exigvel por legislao especfica, serem autenticados no registro pblico ou entidade competente.
Admite-se o uso de cdigos e/ou abreviaturas, nos histricos dos lanamentos, desde que permanentes e uniformes, devendo constar o significado dos cdigos e/ou abreviaturas no Livro Dirio ou em registro especial revestido das formalidades extrnsecas de que tratam os itens 9 e 10.
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A escriturao contbil e a emisso de relatrios, peas, anlises, demonstrativos e demonstraes contbeis so de atribuio e de responsabilidade exclusivas do profissional da contabilidade legalmente habilitado.
As demonstraes contbeis devem ser transcritas no Livro Dirio, completando-se com as assinaturas do titular ou de representante legal da entidade e do profissional da contabilidade legalmente habilitado.
Livro dirio e livro razo
No Livro Dirio devem ser lanadas, em ordem cronolgica, com individualizao, clareza e referncia ao documento probante, todas as operaes ocorridas, e quaisquer outros fatos que provoquem variaes patrimoniais.
Quando o Livro Dirio e o Livro Razo forem gerados por processo que utilize fichas ou folhas soltas, deve ser adotado o registro Balancetes Dirios e Balanos.
No caso da entidade adotar processo eletrnico ou mecanizado para a sua escriturao contbil, os formulrios de folhas soltas, devem ser numerados mecnica ou tipograficamente e encadernados em forma de livro.
Em caso de escriturao contbil em forma digital, no h necessidade de impresso e encadernao em forma de livro, porm o arquivo magntico autenticado pelo registro pblico competente deve ser mantido pela entidade.
Os registros auxiliares, quando adotados, devem obedecer aos preceitos gerais da escriturao contbil.
A entidade responsvel pelo registro pblico de livros contbeis em rgo competente e por averbaes exigidas pela legislao de recuperao judicial, sendo atribuio do profissional de contabilidade a comunicao formal dessas exigncias entidade.
Lanamentos:
Os registros dos fatos contbeis ocorridos em uma empresa se do atravs dos lanamentos contbeis. Ao conjunto desses lanamentos d-se o nome de ESCRITURAO.
ELEMENTOS ESSENCIAIS DO LANAMENTO:
data do registro contbil, ou seja, a data em que o fato contbil ocorreu conta devedora; conta credora; histrico que represente a essncia econmica da transao ou o cdigo de histrico
padronizado, neste caso baseado em tabela auxiliar inclusa em livro prprio; valor do registro contbil; informao que permita identificar, de forma unvoca, todos os registros que integram um
mesmo lanamento contbil.
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O registro contbil deve conter o nmero de identificao do lanamento em ordem sequencial relacionado ao respectivo documento de origem externa ou interna ou, na sua falta, em elementos que comprovem ou evidenciem fatos contbeis.
A terminologia utilizada no registro contbil deve expressar a essncia econmica da transao.
Exemplos:
Em 01/09/X1 foi efetuada uma compra de mercadorias no valor de R$ 10.000,00 pago vista, em dinheiro conforme nota fiscal 00238.
Lanamento 01:
Rio de janeiro, 1 de setembro de 19x1D MercadoriasC Caixa ------------------- 10.000,00Valor referente compra de mercadorias vista conforme NF 000238.
Em 02/09/X1 foi realizada a compra de um veculo por R$ 20.000,00 totalmente financiado conforme contrato n 2125.
Lanamento 02:
Rio de janeiro, 2 de setembro de 19x1D VeculosC Financiamentos ------------------- 10.000,00Valor referente compra de veculos assumindo financiamento de acordo com o contrato de n 2125
Em 03/09/X1 foi realizada a compra de um imvel no valor de R$ 100.000,00 sendo dado uma entrada de 50% com pagamento em cheque e assumindo um financiamento para o restante contrato 2126..
Lanamento 03:
Rio de Janeiro, 03 de setembro de 19x1D ImveisC Bco c/ movimento --------- 50.000,00C Financiamentos ------------ 50.000,00Valor referente compra de um imvel com entrada de 50.000,00 vista e assumindo um financiamento de 50.000,00 conforme contrato n 2126
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Observao: Em relao aos lanamentos contbeis, as questes de prova de concursos dispensam os elementos local e data e histrico. Portanto, o lanamento acima poder, numa prova de concurso, aparecer da seguinte maneira:
D Imveis C Bco c/ movimento ------------ 50.000,00C Financiamentos --------------- 50.000,00
FRMULAS DE LANAMENTO
Os lanamentos contbeis podem ser de 1, 2, 3 e 4 frmula.
So lanamentos de 1 frmula aqueles que apresentam apenas uma conta debitada e uma conta creditada:
D xxxxxC xxxxx
So lanamentos de 2 frmula aqueles que apresentam apenas uma conta debitada e mais de uma conta creditada:
D xxxxxC xxxxxC xxxxxx
So lanamentos de 3 frmula aqueles que apresentam mais de uma conta debitada e apenas uma creditada:
D xxxxxxD xxxxxxC xxxxxx
So lanamentos de 4 frmula aqueles que apresentam mais de uma conta debitada e mais de uma conta creditada:
D xxxxxD xxxxxC xxxxxC xxxxx
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FATO CONTBIL
todo e qualquer evento capaz de provocar modificaes, mutaes no patrimnio. So divididos em:
Fatos permutativos; Fatos modificativos; Fatos mistos ou compostos.
Fato permutativo
Tambm conhecido como fato qualitativo ou compensativo, o fato permutativo aquele que provoca mutao entre elementos do patrimnio (ATIVO, PASSIVO, PL) sem que haja variao na situao lquida da entidade.
So exemplos:
1 - Saque bancrio para suprimento de caixa no valor de R$ 10.000,00
D Caixa ( ATIVO)C Bco c/ movimento ------- 10.000,00 ( ATIVO)
2 Substituio de duplicatas a pagar pela emisso de notas promissrias no valor de R$ 15.000,00
D Duplicatas a Pagar ( PASSIVO)C Notas promissrias ------ 15.000,00 ( PASSIVO)
3 Realizao de um emprstimo bancrio no valor de R$ 20.000,00
D Bco c/ movimento ( ATIVO)C Emprstimos ---------------- 20.000,00 ( PASSIVO)
4 Pagamento em dinheiro de duplicatas no valor de R$ 2.000,00
D Duplicatas a pagar ( PASSIVO)C Caixa ---------------------- 2.000,00 ( ATIVO)
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5 Constituio de Reservas de Lucros no valor de R$ 50.000,00
D Lucros acumulados ( SL)C Reservas de lucros --------------- 50.000,00 ( SL)
Fato modificativo
Fato modificativo aquele que no provoca permuta entre elementos do patrimnio gerando uma variao, positiva ou negativa, na situao lquida da empresa.
Quando a conseqncia de um fato modificativo for um aumento da situao lquida, estamos diante de um fato modificativo aumentativo. Se, ao contrrio, houver uma reduo da situao lquida, estamos diante de um fato modificativo diminutivo.
So exemplos de fatos modificativos aumentativos:
1 Recebimento em dinheiro de alugueis no valor de R$ 2.000,00
D Caixa ( ATIVO)C - Receita de alugueis ------------ R$ 2.000,00 ( SL)
2 Perdo de uma dvida no valor de R$ 25.000,00
D Ttulos a pagar ( PASSIVO)C Receitas eventuais -------------- R$ 25.000,00 ( SL)
So exemplos de fatos modificativos diminutivos:
1 Pagamento de aluguel no valor de R$ 1.000,00
D Despesa de aluguel ( SL)C Caixa ------------------------- 1.000,00 ( ATIVO)
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2 Apropriao de salrios a pagar no valor de R$ 35.000,00
D Despesa de salrios ( SL)C Salrios a pagar ------------------- 35.000,00 ( PASSIVO)
Fatos mistos ou compostos
Fato misto ou composto aquele que alm de provocar uma permuta entre elementos do patrimnio gera tambm uma variao, positiva ou negativa, na situao lquida da empresa.
Portanto, o fato misto pode ser aumentativo ou diminutivo.
Exemplo de fato misto aumentativo:
Recebimento de duplicatas no valor de 10.000,00 com juros de 10%.
D Caixa ---------------------------------- 11.000,00 ( ATIVO)C Duplicatas a receber --------------- 10.000,00 ( ATIVO)C Receita de juros --------------------- 1.000,00 ( SL)
Exemplo de fato misto diminutivo:
Pagamento de duplicatas no valor de 10.000,00 com juros de 10%.
D Duplicatas a pagar --------------------- 10.000,00 ( PASSIVO)D Despesa de juros ----------------------- 1.000,00 ( SL)C Caixa ------------------------------------ 11.000,00( ATIVO)