Corrosão de armadura em estruturas de concreto armado devido ao ataque de íons cloreto

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    ANAIS DO 54 CONGRESSO BRASILEIRO DO CONCRETO - CBC201254CBC 1

    Corroso de Armadura em Estruturas de Concreto Armado devido aoAtaque de ons Cloreto

    Reinforcement corrosion in Reinforced Concrete Structures due to Chloride Ion Attack

    Mota, J. M. F (1); Barbosa, F. R (2); Costa e Silva, A. J (3); Franco, A. P. G (4); Carvalho,J.R (5)

    (1) Professor do Departamento de Engenharia Civil da FAVIP e Doutorando do Departamento de Engenharia Civil,UFPE - email:[email protected];

    (2) Professor do Departamento de Engenharia Civil da FAVIP, Engenheiro da COMPESA e Mestrando doDepartamento de Engenharia Civil, UFPE - email:[email protected]

    (3) Professor Doutor, Departamento de Engenharia Civil, UNICAP - email:[email protected](4) Graduando de Engenharia civil, Faculdade do Vale do Ipojuca, FAVIP

    (5) Graduando de Engenharia civil, Universidade de Pernambuco, POLI email:[email protected]

    ResumoEste trabalho teve como objetivo fazer uma reviso bibliogrfica sobre corroso das armaduras deestruturas de concreto armado causada pela ao dos ons cloretos. Buscou-se analisar variveis queinfluem neste processo assim como seus mecanismos e fatores de influncia, pois a corroso umamanifestao patolgica destrutiva do ao com o meio, por reao eletroqumica e atualmente consideradaum dos mais relevantes na construo civil. Conclui-se com este trabalho que fatores naturais, como nvoasalina, esto fortemente ligados ao processo corrosivo das armaduras e que imprescindvel o

    conhecimento aprofundado do mecanismo de ao para aes preventivas e corretivas com o intuito deaumentar a vida til das estruturas de concreto armado.Palavra-Chave: Corroso das armaduras; ons Cloretos; Nvoa salina.

    AbstractThis study aimed to review the literature on reinforcement corrosion of concrete structures caused by theaction of chloride ions. We sought to examine variables that influence this process as well as its mechanismsand influencing factors because corrosion is a pathological manifestation of destructive steel with theenvironment, for electrochemical reaction and is currently considered one of the most important inconstruction. The conclusion of this work that natural factors such as salt spray, are strongly linked to thecorrosion process of reinforcement and that is essential to know the detailed mechanism of action forpreventive and corrective actions in order to extend the life of concrete reinforced structures.

    Keywords: Reforcement Corrosion; Chloride ions; Salt Spray.

    mailto:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]
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    1 Introduo

    Desde o incio da utilizao do concreto armado, em meados do sculo XIX, as obras deengenharia vm resistindo s mais diversas sobrecargas e aes ambientais. O concretochegou a ser considerado durante muito tempo como um material de altssimadurabilidade. Entretanto, no sculo XX comeou a apresentar manifestaes patolgicasde grandes intensidades e incidncia, e sempre com elevados custos de recuperao(HELENE, 1993).

    Um dos problemas mais graves a corroso das armaduras, que pode ser causada por

    falhas de projetos, uso inadequado de materiais e at mesmo pela m qualidade doprocesso construtivo. A corroso nos traz como consequncia, uma diminuio da seode armadura e fissurao do concreto em direo paralela a esta (MOTA et al., 2009).

    Helene (1992) define a corroso das armaduras de concreto como um fenmeno denatureza eletroqumica que pode ser acelerado pela presena de agentes qumicosexternos ou internos ao concreto. No concreto armado, o ao encontra-se no interior deum meio altamente alcalino no qual estaria protegido do processo de corroso devido presena de uma pelcula protetora de carter passivo. A corroso da armadura pode seriniciada atravs da penetrao de cloretos, carbonatao, dentre outros.

    Pela ao de cloretos observa-se que de maneira simplificada as reaes que ocorremso as seguintes: na zona andica ocorrem as reaes de oxidao do ferro, com perdade eltrons e reduo de massa, na zona catdica, ocorre a reduo do oxignio, semperda de massa do ao e deposio do oxido de ferro. Normalmente os eltrons migramvia contato direto metal-metal, e os ons por difuso e migrao, via soluo. Para que acorroso se instale necessrio e indispensvel presena de um eletrlito (a gua, porexemplo), de uma diferena de potencial (que pode ser gerada por diferena de umidade,aerao e tenses no concreto ou no ao, entre outros) e a disponibilidade de oxignio(CUNHA; HELENE, 2001). Os ons cloreto no atacam o concreto, mas destroem apelcula passivadora e, em presena de gua e oxignio, e iniciando o processo de

    corroso.

    J que a ao dos ons cloreto nas estruturas de concreto armado considerada uma dasmais agressivas, este trabalho visa, atravs da reviso bibliogrfica, mostrar osmecanismos de ocorrncia e de preveno deste tipo de corroso que atinge um elevadopercentual das estruturas da construo civil, uma vez que os gastos despendidos parareparos e substituio de elementos estruturais em geral estimado emaproximadamente 3,5% do Produto Nacional Bruto (PNB) de pases em desenvolvimento(ANDRADE, 1992). Por isso, a importncia de conhecer, estudar e impedir que esse tipode problema acontea nas estruturas de concreto armado.

    Este trabalho tem como objetivo geral realizar uma reviso bibliogrfica sobre a corrosodas armaduras em estruturas de concreto armado devido ao ataque de ons cloreto.

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    2.1. Concreto

    O concreto formado por cimento, agregado grado, agregado mido, gua, adies eaditivos (se necessrio) e caracterizado estruturalmente por possuir alta resistncia compresso, porm sua resistncia trao baixa, e, devido a esse motivo, o ao incorporado ao concreto para resistir aos esforos de trao, formando ento o concretoarmado (GENTIL, 1996).

    O concreto quando corretamente executado protege a armadura sobre dois principaisaspectos: o fsico e o qumico. A proteo fsica devido barreira proporcionada pelacamada de cobrimento, sobre a armadura, cuja eficincia depende da qualidade doconcreto e da dimenso da espessura do cobrimento; quanto a proteo qumica, resultante do elevado pH existente na soluo aquosa presente nos poros do concreto,permitindo, assim, a formao de uma fina pelcula protetora, conhecida como camadapassivadora (GENTIL, 1996). Esse autor afirma, que quando o concreto executado semos devidos cuidados, pode no funcionar perfeitamente como uma barreira protetora,permitindo assim que as armaduras sofram ataques de ons agressivos ou de substnciascidas existentes na atmosfera, danificando a camada passivadora da armadura. Os

    principais agentes responsveis pela perda dessa proteo so: o dixido de carbono(CO2) e os ons cloreto (Cl-).

    2.2. Mecanismos de Corroso

    A corroso das armaduras caracterizada por ser um processo eletroqumico gerador dexidos e hidrxidos de ferro, denominados produtos de corroso, que ocupam um volumesignificativamente superior ao volume original das barras metlicas (ANDRADE, 2001).So perceptveis por apresentarem uma colorao marrom-avermelhada que, segundoMetha e Monteiro (1994), podem expandir 600% do volume original do metal e causar

    presses que podem atingir valores de at 40 MPa (CASCUDO, 1997 e CNOVAS,1988).

    O mecanismo da corroso da armadura uma manifestao especfica da corrosoeletroqumica em meio aquoso. Por isso o mecanismo de corroso do ao, no concreto,s se desenvolve em presena de gua ou ambiente com umidade relativa elevada(U.R.>60%). Por outro lado, isto s ocorre nas trs seguintes condies bsicas:existncia de um eletrlito; deve existir uma diferena de potencial de eletrodo e presenade oxignio. um processo desenvolvido de modo espontneo como o de qualquer pilhaeletroqumica onde exista um nodo, um ctodo, um eletrlito e a presena de umcondutor eltrico. A ausncia de um destes elementos impedir o incio da corroso ou

    no concluir o processo, caso j esteja em andamento (FORTES; ANDRADE, 2001).

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    Entre o nodo e o ctodo haver uma diferena de potencial (ddp), dando origem circulao de corrente eltrica, devido formao do efeito pilha. Conforme a intensidadede corrente e a de acesso do oxignio, haver corroso que poder evoluir lentamente,sendo desconsiderada para efeito de vida til da estrutura, como rapidamente, quando acorroso dever ser considerada (FORTES; ANDRADE, 2001).

    O fenmeno eletroqumico da corroso da armadura, desde que esta estejadespassivada, ilustrado na Figura 1.

    Figura 1 - Representao esquemtica da corroso eletroqumica em concreto armado (HELENE, 1986)

    Inicialmente a camada passivadora da armadura destruda por ao combinada daumidade, do oxignio e de agentes agressivos, principalmente cloretos, que penetram noconcreto. A concentrao destes elementos varivel ao longo da armadura, dandoorigem a uma pilha de corroso. Surge ento uma corrente eltrica (fluxo de ons) que saidas reas andicas para o concreto (eletrlito), corroendo-as, penetra nas reascatdicas (FORTES; ANDRADE, 2001).

    No h corroso em concretos secos (ausncia de eletrlito) e nem em concretototalmente saturado, devido no haver acesso suficiente de oxignio. Como a corroso um fenmeno eletroqumico, procura-se evitar que no concreto haja condies quefacilitem a formao de pilhas eletroqumicas. Dentre estas condies esto a presenade eletrlitos, aerao diferencial (porosidade do concreto), reas diferentementedeformadas ou tensionadas (concentrao de esforos) e a existncia de uma correnteeltrica (GENTIL, 1996).

    As reaes que governam o processo so bastante numerosas e complexas. No entanto,de maneira simplificada, o processo corrosivo pode ser descrito da seguinte forma

    (GENTIL,1996):

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    - Na regio andica ocorrem s reaes de oxidao do metal, que consiste nadissoluo do tomo metlico ou na liberao de ons metlicos para o eletrlito eestabelecimento de um fluxo de eltrons atravs do eletrodo (metal) para a regiocatdica.

    - Na regio catdica ocorrem as reaes de reduo dos ons presentes no eletrlito. Emoutras palavras, os ons de ferro (Fe++), com carga eltrica positiva no nodo, passampara a soluo, enquanto os eltrons livres (e-), com carga eltrica negativa, passam peloao para o ctodo, onde participam da reao eletroqumica de reduo do oxignio pelosconstituintes do eletrlito e os ons de hidroxila (OH-) (GENTIL, 1996).

    2.3. Condies Necessrias para o Processo Corrosivo

    Segundo Helene (1986), aps a destruio da camada passivadora do ao, o mecanismoeletroqumico do processo corrosivo necessita da permanncia de trs condies:existncia de eletrlito, diferena de potencial e oxignio.

    O eletrlito tem finalidade de permitir a mobilidade de ons que precisa se combinar paraformar os produtos da corroso. formado pela soluo aquosa dos poros do concretosaturada por produtos da hidratao (CH) que conferem a essa soluo carter de bomeletrlito (HELENE, 1986).

    A diferena de potencial pode ser originada por uma infinidade de situaes citadas naliteratura: diferenas de umidade, aerao, concentrao salina, solicitaes mecnicasdistintas no concreto e no ao, variaes significativas nas caractersticas superficiais doao, metais diferentes embutidos no concreto, etc (HELENE, 1986).

    O oxignio necessrio porque participa das reaes qumicas envolvidas na formaoda ferrugem (xidos e hidrxidos de ferro). A participao do oxignio dependente doteor de umidade do concreto, caso de concretos totalmente midos, a difuso de O2 muito lenta (CASCUDO, 1997) e para que o oxignio seja consumido ele precisa estar no

    estado dissolvido.Como o potencial do processo de corroso depende do equilbrio das reaes decorroso e estas dependem do pH, pode-se estabelecer uma relao em funo do pHrepresentando graficamente, conforme mostrado na Figura 2, conhecido por diagramade equilbrio termodinmico ( POURBAIX, 1961).

    O diagrama est dividido em trs zonas: imunidade, passivao e corroso. Na zona deimunidade, o metal no se corri, permanecendo estvel para qualquer valor de pH. Azona definida como passivao representa as condies em que formada a camadapassivadora, que atua como uma barreira, impedindo a oxidao. E finalmente, o estado

    de corroso, onde o pH e potencial eletroqumico estabelecem condies termodinmicaspara que os xidos da capa passiva no sejam mais estveis.

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    Figura 2Diagrama de equilbrio termodinmico. Potencial x Ph para o sistema Fe -H2O a 25 (POURBAIX,1961)

    2.4. Vida til das Estruturas de Concreto

    Vida til pode ser descrita como o perodo no qual a estrutura capaz de desempenharas funes para as quais foi projetada. A metodologia de vida til com base na corrosodas armaduras do concreto est exposta no modelo proposto por TUUTTI (1982) e estapresentada na Figura 3. Podem-se distinguir pelo menos trs situaes:

    Figura 3Modelo de Vida til proposto por TUUTTI (1982)

    Na figura 3, a parte chamada de iniciao o perodo em que os agentes que provocama corroso das armaduras, o dixido de carbono e os ons cloreto penetram, avanando

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    progressivamente at a armadura e, quando alcanam um teor crtico, provocam orompimento de sua pelcula protetora (pelcula passivadora). A durao da fase deiniciao controlada principalmente pela permeabilidade, difusibilidade e suco capilarde gases ou lquido. Helene (1993) considera que a durao da fase de iniciao devecorresponder estimativa da vida til de projeto da estrutura quanto corroso.

    Ainda na figura 3, a parte chamada de propagao o perodo onde acontece aintensificao do processo de corroso principalmente pela presena de oxignio,umidade e temperatura. Segundo Helene (1993) nesse perodo temos duas situaes:

    Perodo que vai at momento em que aparecem manchas na superfcie do concreto,ou ocorrem fissuras no concreto de cobrimento, ou ainda quando h o destacamentodo concreto de cobrimento. A esse perodo de tempo associa-se a chamada vida tilde servio ou de utilizao.

    Perodo de tempo que vai at a ruptura e colapso parcial ou total da estrutura. A esseperodo de tempo associa-se a chamada vida til total. Corresponde ao perodo detempo no qual h uma reduo significativa da seco resistente da armadura ou umaperda importante da aderncia armadura/concreto.

    2.5. Corroso pelos ons Cloretos

    Uma das principais causa de deteriorao das estruturas de concreto devido a corrosodas armaduras pela ao dos cloretos. Segundo Helene (1993), a ao destes ons especialmente agressiva, pois a despassivao da armadura pode ocorrer mesmo compH elevado.

    No concreto, a concentrao dos cloretos poder ocorrer devido a presena doscomponentes (aditivos, gua e agregados) na mistura, ou por penetrao, do exterior,atravs da rede de poros, como o caso de ambientes marinhos (nvoa salina). Aquantidade de cloretos incrementada temporalmente chegando, at mesmo, a atacartoda a superfcie da armadura, podendo provocar velocidades de corroso intensas eperigosas (POLDER; PEELEN, 2002 e FORTES; ANDRADE, 2001).

    A NBR 7211(2009) prescreve teores limites de cloretos em agregados para concretoarmado menores que 0,1% da massa do agregado e para concreto protendido de 0,01%da massa do agregado. J a NBR 12655 (2006) especifica a quantidade mxima de onscloreto nas estruturas de concreto armado sujeitas a exposio de cloretos em 0,15% e aestruturas que no estejam em reas agressivas (locais secos e protegidos de umidade)em 0,4% com relao ao peso do cimento. J a Norma Brasileira, ABNT-NBR 6118(2007), no fala sobre tores crticos de ons cloreto no concreto, apenas limita o teormximo de cloretos em 500 mg/l em relao gua de amassamento do concreto. Essecontedo depende de vrios parmetros encontrados, entre eles so citados: tipo decimento, quantidade de cimento, relao a/c, contedo de umidade, agressividade do

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    meio, adensamento, cura e outros, havendo, portanto, dificuldade de ser estabelecido umlimite seguro abaixo do qual no haveria possibilidade de despassivao da armadura deao.

    Segundo Fortes; Andrade (2001), os ons cloreto (Cl -), em contato com a armadura,produzem uma reduo do pH do concreto, que passivada se encontra entre os valoresde 12,5 a 13,5, para valores de at 5. Tais ons atingem a armadura de forma localizada,destruindo a camada passivadora, resultando na corroso por pite que, depois deformado, permanece ativo sempre reduzindo o dimetro da barra de ao.

    Em dissoluo aquosa os agentes agressivos, tanto para o concreto como para aarmadura, atingem as regies mais internas do concreto armado por intermdio dechuvas ou umidade e atravs da rede de poros conectados. Segundo Cascudo (1997),tais agentes podem ser transportados para dentro do concreto atravs dos mecanismosde absoro capilar, difuso, permeabilidade e migrao. Pode-se considerar que essecontexto promove a corroso do concreto.

    2.6. Mecanismos de Transporte dos ons Cloretos

    A penetrao de ons cloreto no visvel, no reduz a resistncia do concreto e noaltera a sua aparncia superficial. Para identificar a profundidade de um teor crtico decloreto so necessrios ensaios especficos (CASCUDO, 1997).

    O mecanismo de penetrao tem forte influncia no desenvolvimento da corroso noconcreto armado. Os ons cloreto que penetram no interior do concreto so responsveispelo aumento da condutividade eltrica do eletrlito facilitando a corroso das armaduras.A taxa de penetrao de cloreto atravs do concreto depende de diversos fatores, queincluem o local onde a estrutura de concreto est localizada (incluindo o micro clima e asituao de contato com o cloreto), a gua e o oxignio (MEDEIROS; HELENE, 2003).

    Os quatro mecanismos de penetrao tradicionalmente referidos na literatura so: aabsoro, difuso inica, permeabilidade e migrao inica. A absoro capilargeralmente o primeiro passo para a penetrao de ons cloreto na superfcie doconcreto, onde um exemplo a nvoa salina em contato com a estrutura. Esta dependente da porosidade, permitindo a transporte de lquidos para o interior do concreto.Quanto menor forem os poros conectados do concreto, mais intensas sero as forascapilares de suco. Este processo intensificado pelo refinamento dos poros doconcreto com a gua, caracterizando-o como um material hidrfilo. Concretos com porosmais delgados, apesar de apresentarem foras de suco mais intensas, segundoCASCUDO (1997), apresentam absoro total de massa menor.

    Difuso inica o meio predominante do movimento dos cloretos no interior do concreto eacontece quando o cloreto ultrapassa a camada superficial e alcana o interior doconcreto (regio mais mida); neste ponto ocorre busca de equilbrio atravs da

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    diferena de concentrao de cloretos (entre o exterior e interior do concreto),promovendo a movimentao dos ons.

    A permeabilidade um dos principais indicadores da qualidade de um concreto e descrita como a facilidade com que uma substncia atravessa o concreto. umparmetro que dependente da qualidade e dimenso dos poros, ou seja, dependediretamente da relao gua/cimento na mistura do concreto, quanto menor for este fator,menos permevel ser o concreto. Segundo CASCUDO (1997), isso ocorre apenas emsituaes especiais como conteno de solos, contato direto com a ao de guascorrentes e estruturas semi-enterradas.

    A migrao inica no concreto se d pelo campo gerado pela corrente eltrica doprocesso de corroso eletroqumico da armadura (CASCUDO, 1997). Atravs da correnteeltrica gerada na corroso ou atravs de campos eltricos externos, os cloretos podemtambm ser induzidos a movimentar-se pela rede de poros do concreto.

    2.7. Fatores que Influenciam a Penetrao de ons Cloretos

    2.7.1 Relao gua/cimento

    Este um fator de grande importncia para o concreto, pois influencia diretamente aformao da sua microestrutura e da rede de poros, sendo o tamanho e ainterconectividade dos poros os principais fatores controladores da penetrao decloretos, pois facilitam ou impedem o deslocamento destes ons no interior do concreto(PEREIRA, 2001).

    2.7.2 Composio Qumica do Cimento e Adies

    A composio qumica do cimento tem grande influncia na penetrao de ons cloreto, jque o silicato triclcio (C3A) e ferro aluminato de tetraclcio (C4AF) se combinam com os

    ons cloreto formando os cloroaluminatos. Essa reao diminui o fluxo de penetrao deons cloreto devido reduo da concentrao de ons livres na soluo aquosa dosporos do concreto (PAGE; SHORT; HOLDEN, 1986). De acordo com Rasheeduzzafar etal. (1990), quanto mais C3A contiver o cimento, mais tempo levar para se iniciar acorroso das armaduras, devido sua influncia na fixao de ons cloreto. A Figura 4apresenta uma da relao entre o incio da corroso e o teor de C3A. De acordo comMehta e Monteiro (1994), a capacidade de fixao dos ons cloreto de um cimento ocorresomente quando o contedo de C3A maior que 8%.

    Al-Gahtani; Rasheeduzzafar; Hussan (1994), estudando os cimentos com elevadaalcalinidade, concluram que eles tm um efeito benfico e um nocivo em relao penetrao de ons cloretos. O efeito benfico que os cimentos mais alcalinos tmelevado OH-, abaixando a relao Cl-/OH-e diminuindo a corroso. O fator nocivo que

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    esses cimentos possuem uma pequena capacidade de reteno de ons cloreto, pois tmmenos C3A. Helene (1993) observou que a capacidade de fixao de ons cloreto peloC3A reduz significativamente quando o concreto est carbonatado.

    Figura 4Efeito do contedo de C3A do cimento, no tempo de iniciao da corroso da armadura doconcreto (RASHEEDUZZAFAR et al.1990)

    Segundo Basheer (2002), quando as adies minerais so utilizadas no concreto, noapenas a porosidade reduzida, mas tambm os poros se tornam mais finos e ocorre

    uma mudana nos hidratos do cimento, conduzindo a uma reduo na mobilidade dosons cloreto.

    Em geral, as adies minerais tm uma boa influncia na reduo da penetrao decloretos, pois possuem a capacidade de fixao de cloretos pelo fato de aumentarem aquantidade de aluminatos disponveis na mistura. Tambm provoca uma diminuio einterrupo dos poros da pasta do concreto, com isso dificultando a entrada dos onsagressivos para o interior do concreto (BAUER, 1995, ZHANG et al., 1999 e BASHEER,2002).

    2.7.3 Temperatura

    A vida til das estruturas de concreto armado pode ser reduzida devido elevao datemperatura, influenciando na penetrao de ons cloreto; segundo Goi; Andrade (1990),a velocidade de transporte dos ons no concreto aumenta com as temperaturas maiselevadas, no entanto Helene (1986) afirma que a diminuio da temperatura pode causarcondensao no interior do concreto, aumentando a umidade nos poros e assimfacilitando o transporte de ons. Neville (1997) afirma que as reaes de corroso somais rpidas a temperaturas mais elevadas, explicando por que existem muitos maisconcretos deteriorados em regies litorneas quentes do que em regies temperadas.

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    2.7.4 Compactao e Cura

    Collepardi; Marcialis; Turriziani (1972) verificaram que os concretos mais compactadostm coeficiente de difuso de ons cloreto inferiores queles no compactados. Emrelao s condies de cura; Actin (2000) observou que a falta de uma cura adequadado concreto deixa-o vulnervel aos agentes agressivos do meio, estando entre eles ocloreto.

    Mota et al. (2010) realizaram pesquisa sobre a penetrao de ons cloreto e aprofundidade de penetrao em corpos de prova de concreto expostos nvoa salina e

    em ciclos de molhagem e secagem na regio litornea de Porto de Galinhas - PE, durante24 meses e observaram claramente a influncia do perodo de cura na penetrao dosons cloretos, alm de que ela exerce um papel importante nas melhorias da resistncia penetrao de cloretos no concreto.

    2.7.5 Agentes Ambientais

    O meio ambiente que envolve as estruturas de concreto em climas tropicais marinhos,podem apresentar grandes variaes de umidade, temperatura, direo do vento,perodos de chuvas/secas e ons cloreto que podem se alojar na estrutura. A atmosfera

    tropical marinha geralmente agressiva devido presena de ons cloreto em suspenso.A situao se agrava quando a nvoa salina intensa e contnua e a umidade relativa elevada. Nessa situao, a penetrao de ons cloreto pode ser muitas vezes maior quenuma atmosfera normal (ANDRADE, 2001).

    Os quatro principais eventos climticos que influenciam a taxa de corroso das armadurasforam identificados por Andrade (2001), devido s mudanas da condio hidrotrmica doconcreto, so: ciclos noite/dia; ciclos sazonais; temperaturas extremas; e perodos dechuva.

    2.7.6 Umidade Relativa

    A umidade no interior do concreto exerce importante papel sobre a corroso, pois ummecanismo eletroqumico que necessita de um meio aquoso e da presena de oxigniopara que se realize. Andrade (1992) considera o teor de umidade do concreto como oprincipal fator controlador da taxa da corroso.

    A corroso aumenta com o aumento da umidade relativa. Atinge um valor mximo quandoa umidade relativa est em 95% e reduz a um nvel baixo perto da saturao 100%(TUUTTI, 1982).

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    2.7.7 Fissuras

    Segundo Figueiredo (2005), quando uma estrutura de concreto est exposta gua,vapor ou solo que contenham ons cloretos, o ingresso preferencial se d nas regiesfissuradas, do cobrimento e por elas que se inicia a corroso, ao atingirem teorescrticos deste contaminante.

    Consequentemente, alm dos efeitos do meio ambiente, uma parte da resistncia penetrao de ons cloretos nas estruturas de concreto depende da compacidade e dadurabilidade fsica do cobrimento.

    A limitao de abertura de fissuras, em funo da agressividade ambiental, propostapela ABNT-NBR 6118 (2004) e sempre que possvel deve ser minimizada, para asestruturas sujeitas ao de cloretos ou outros ons agressivos.

    2.7.8 Cobrimento

    A espessura do cobrimento da armadura deve ser limitada no s no sentido docobrimento mnimo, como tambm de um cobrimento mximo (PFEIFER; LANDGREN;PERENCHIN, 1986). Cobrimento excessivo antieconmico, e corre-se o risco de

    fissuras. Para espessuras acima de 6 cm, aumenta a expectativa do aparecimento dessamanifestao patolgica. Na garantia de um cobrimento mnimo e eficiente, importanteum controle na execuo do concreto, e consequentemente no lanamento, adensamentoe cura adequados.

    2.7.9 Carbonatao

    Um concreto carbonatado no possui a mesma capacidade de fixar cloretos no gelcimento quando comparado ao concreto no carbonatado. Quando o concreto comea acarbonatar parte dos cloretos que estiveram combinados passam condies de livres,

    podendo atingir o limite crtico. Ainda segundo Helene (1993), o ingresso de ons cloretos acelerado e a sua capacidade de fixao pelo C3A reduzida quando h ocorrncia decarbonatao, pois os cloroaluminatos no so estveis em valores baixos de pH.

    2.7.10 Exemplos de manifestaes patolgicas devido ao ataque de ons cloreto na praiade Boa ViagemRecife, PE

    Mota et al. (2009), realizaram pesquisas para analisar as manifestaes patolgicas empeas de concreto armado localizadas no calado da orla martima de Boa Viagem,Recife-PE, e com uma distncia mdia de 7 metros do mar, constatando uma disposio

    mdia de cloretos de 586,27 mg/m.dia.

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    Os estudos foram realizados em duas etapas; na primeira, foram feitas inspees visuaisdos elementos estudados (mostrados na Figura 5), onde se constatou um alto nvel dedeteriorao dos elementos e um baixo nvel de carbonatao (verificado com a aplicaode fenolftalena in loco.)e na segunda etapa do estudo foram coletadas amostras doselementos estudados e analisados em laboratrio quanto ao nvel de deterioraoestabelecido pelo boletim 162 do Comit Internacional Du BetonCEB (1983) e os nveisde cloreto encontrados nas amostras coletadas.

    (a) (b)

    (c) (d)Figura 5(a) Deteriorao em observatrio para salva-vidas na praia de Boa Viagem; (b) Bancossituados no calado de Boa viagem danificado pela corroso; (c) Postes e barras para exerccio

    localizados na orla de Boa Viagem em avanado grau de corroso; (d) Chuveiro localizado na orla deBoa Viagem em avanado grau de corroso (MOTA et al., 2009)

    Em sua pesquisa, Mota et al. (2009) concluram que, a maioria dos elementos estruturaisanalisados apresentaram nveis de deteriorao elevados, indicando praticamente o fimde sua vida til total. Verificou-se tambm que os elementos analisados apresentarambaixo nvel de carbonatao, constatando ataque de ons cloreto (devido influncia daproximidade com o mar e ao aerosol marinho, nvoa salina, existente em regieslitorneas) a principal causa da deteriorao avanada das peas.

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    3 Consideraes Finais

    Este trabalho teve como principais objetivos fazer uma reviso bibliogrfica da corrosode estruturas de concreto causada pela ao dos ons cloretos, buscando entender asvariveis que influem neste processo assim como seus mecanismos e fatores deinfluncia.

    O fenmeno da corroso das armaduras mais frequente do que qualquer outrofenmeno de deteriorao das estruturas de concreto armado, comprometendo-as tantodo ponto de vista esttico, quanto do ponto de vista de segurana. O processo corrosivo

    um processo de deteriorao da fase metlica existente resultando na crescente perda deseo de barras e a formao de produtos expansivos que exercem reaes e fissuram oconcreto. Este processo evolutivo e tende a ser agravar com o tempo.

    A corroso das estruturas de concreto armado um processo eminentementeeletroqumico. Os principais causadores so o CO2, que contribui com a queda do pH e aconsequente despassivao da armadura, e os ons cloreto que contribui com adiminuio da resistividade do concreto e o com ataque camada passivadora.

    Os fatores que aceleram o processo corrosivo das estruturas so a qualidade e aespessura de cobrimento do concreto. O meio ambiente tambm apresenta umainfluncia significativa na intensidade da corroso. Esta anlise pode explicar a incidnciadiferenciada das patologias em diversas partes de uma mesma estrutura. As regieslitorneas ficam submetidas ao extremamente agressiva da atmosfera marinha,podendo ento ocorrer incidncia de corroso pela ao dos cloretos.

    Apesar do avano tecnolgico no campo das tcnicas e dos materiais de construo, acorroso das armaduras est associada tambm ao uso inadequado de materiais, aliado falta de cuidados na execuo e mesmo adaptaes quando do seu uso.

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