Corrupção

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1 COLEÇÃO INICIAÇÃO MESSIÂNICA CORRUPÇÃO? Agosto de 2013 Charles Guimarães Filho

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COLEÇÃO INICIAÇÃO MESSIÂNICA

CORRUPÇÃO?

Agosto de 2013

Charles Guimarães Filho

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INTRODUÇÃO Corrupção está para ser considerado no Brasil como um crime hediondo. Pois, há um projeto de lei aprovado pelo Senado em junho de 2013, e atualmente em análise pela Câmara dos Deputados do Brasil, propondo que se considere como uma adulteração, deturpação, que merece maior reprovação por parte do Estado, análogo a homicídio, latrocínio, extorsão, estupro, epidemia, falsificação, genocídio. Segundo juristas, é pressuposto necessário para a instalação da corrupção a ausência de interesse ou compromisso com o bem comum: "A corrupção social ou estatal é caracterizada pela incapacidade moral dos cidadãos de assumir compromissos voltados ao bem comum. Valem dizer, os cidadãos mostram-se incapazes de fazer coisas que não lhes traga uma gratificação pessoal. O objetivo deste trabalho é contribuir na investigação e reflexão da narração da corrupção, com a finalidade de aprofundar no seu conhecimento e facultar sua erradicação e assim colaborar no desenvolvimento dos seres humanos e de suas religiões no que se refere à sua missão no planeta Terra. O conteúdo deste vídeo apresenta as origens da corrupção, frases de pessoas célebres como à de desconhecidas a seu respeito, religiões escolhidas pelo envolvimento com ela, bem como delas os seus pontos de vista.

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ÍNDICE Conceitos 07 Manifestações 11 Religiões 15 Visões 17 • Judaísmo 17 • Protestantismo 21 • Cristianismo 21

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CONCEITOS Corrupção é o ato ou efeito de se comportar-se contra a ética, a moral, donde, uma depravação de hábitos, costumes, etc., enfim uma devassidão, imoralidade, indecência; ou oferecer algo como dinheiro para obter vantagem em negociata, em troca de um benefício geralmente ilegal, onde favorece uma pessoa e prejudica outra, enfim um suborno, aliciamento. A origem da palavra corrupção vem do latim corruptus, que significa "quebrado em pedaços". O verbo corromper significa "tornar se podre". Na legislação brasileira os condenados por corrupção perdem direito à anistia, indulto e pagamento de fiança para serem libertados. O direito da liberdade condicional diminui e a pena de prisão pode ser de quatro até doze anos. Tipos de corrupção: ativa, passiva, preditiva e lateral. Corrupção ativa consiste no ato de oferecer (esse oferecimento pode ser praticado das mais variadas formas) vantagem, qualquer tipo de benefício ou satisfação de vontade, que venha a afetar a moralidade da Administração Pública. Só se caracteriza quando a vantagem é oferecida ao funcionário público. Caso haja imposição do funcionário para a vantagem oferecida, não há corrupção ativa e, sim, concussão (pena é de reclusão, e vai de dois a oito anos. Há ainda a pena de multa, que é cumulativa com a de reclusão). Corrupção passiva, no direito penal brasileiro, é um dos crimes praticados por funcionário público contra a administração em geral, quando o funcionário público solicita propina, vantagem ou similar para fazer ou deixar de fazer algo relacionado com a sua função. Não importa que o indivíduo concorde com o ato ilícito e dê aquilo o que o agente corrupto

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peça. O crime já se configura no momento da solicitação da coisa ou vantagem. Corrupção preditiva é o mecanismo pelo qual agentes políticos podem ser corrompidos antes mesmo de serem eleitos, ou seja, é o produto do cruzamento das características do político com as do lobista que resulta em um administrador público ou legislador comprometido com um ou mais grupos de interesse. Na corrupção preditiva, grupos de interesse, predominantemente econômicos, selam acordos com um ou com todos os candidatos competitivos através de pauta de compromissos e doações de campanha eleitoral, independentemente de tendência ideológica. No Brasil não há lei contrária a este tipo de corrupção. Corrupção lateral é o mecanismo pelo qual governantes municipais, estaduais e federais podem aliciar bancadas legislativas de partidos diversos para votar em projetos de interesse do mesmo. Esta corrupção tem a característica singular de envolver somente agentes públicos, normalmente tendo como corruptor o poder executivo, corrompendo os legisladores. A corrupção lateral gera uma grave distorção em um sistema político democrático por tornar uma administração pública em um grande mercado onde apoio é a moeda de troca e os interesses nacionais ficam em segundo plano. Outra distorção gerada por este tipo de corrupção é a possibilidade de especialização de partidos políticos com habilidade em permanecerem presentes no governo sem nunca terem sido eleitos para o executivo. Esta prática gera um circulo vicioso onde partidos políticos podem utilizar a máquina pública para financiar campanhas e obter uma bancada legislativa influente forçando o governo a conceder espaço no executivo, realimentando o ciclo. No Brasil não há lei contrária a maior parte dos casos de Corrupção Lateral. Conceitos de corrupção: política, menores, eleitoral, tributária, sexual e desportiva. Detalha-se apenas a primeira.

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Corrupção política é o uso das competências legisladas por funcionários do governo para fins privados ilegítimos. Desvio de poder do governo para outros fins, como a repressão de opositores políticos e violência policial em geral, não é considerado corrupção política. Nem são atos ilegais por pessoas ou empresas não envolvidas diretamente com o governo. Um ato ilegal por um funcionário público constitui corrupção política somente se o ato está diretamente relacionado às suas funções oficiais. As formas de corrupção variam, mas incluem o suborno, extorsão, fisiologismo, nepotismo, clientelismo, corrupção e peculato. Embora a corrupção possa facilitar negócios criminosos como o tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e tráfico de seres humanos, ela não se restringe a essas atividades. Em todo o mundo, calcula-se que a corrupção envolva mais de um trilhão de dólares estadunidenses por ano. Um estado de corrupção política desenfreada é conhecido como uma cleptocracia, o que literalmente significa "governado por ladrões". A corrupção no Brasil afeta diretamente o bem-estar dos cidadãos brasileiros quando diminui os investimentos públicos na saúde, na educação, em infraestrutura, segurança, habitação, entre outros direitos essenciais à vida, e fere criminalmente a Constituição quando amplia a exclusão social e a desigualdade econômica. Na prática a corrupção ocorre por meio de desvio de recursos dos orçamentos públicos da União, dos Estados e dos Municípios destinados à aplicação na saúde, na educação, na Previdência e em programas sociais e de infraestrutura que, entretanto, são desviados para financiar campanhas eleitorais, corromper funcionários públicos ou mesmo para contas bancárias pessoais no exterior. Segundo o relatório anual Assuntos de Governança, publicado desde 1996 pelo Banco Mundial, o índice, que avalia 212 países e territórios, registra subida descontínua da situação brasileira desde 2003, tendo atingido seu pior nível em 2006,

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quando atingiu a marca de 47,1 numa escala de 0 a 100. Mesmo se comparado a outros países da América Latina, o Brasil ficou numa posição desconfortável. Um estudo da Fiesp apontou que o custo anual da corrupção no país é de 1,38% a 2,3% do PIB. Um dos principais problemas que dificultam o combate à corrupção é a cultura de impunidade ainda vigente no país. A justiça é morosa, e aqueles que podem pagar bons advogados dificilmente passam muito tempo na cadeia ou mesmo são punidos. Além disso, o fato de os políticos gozarem de direitos como o foro privilegiado e serem julgados de maneira diferente da do cidadão comum também contribui para a impunidade. Neste século a lista de grandes escândalos políticos no Brasil é de 41 casos: Caso Luís Estevão; Caso Toninho do PT; Caso Celso Daniel; Operação Anaconda; Escândalo do Propinoduto; Escândalo dos Bingos(ou Caso Waldomiro Diniz); Caso Kroll; Escândalo dos Correios (Também conhecido como Caso Maurício Marinho); Escândalo do IRB; Escândalo do Mensalão; Mensalão mineiro; Escândalo do Banco Santos; Escândalo dos Fundos de Pensão; Escândalo do Mensalinho; Caso Escândalo da Quebra do Sigilo Bancário do Caseiro Francenildo); Escândalo das Sanguessugas (Inicialmente conhecida como Operação Sanguessuga e Escândalo das Ambulâncias); Operação Confraria; Operação Dominó; Operação Saúva; Escândalo do Dossiê; Escândalo da Renascer em Cristo; Operação Hurricane (também conhecida Operação Furacão); Operação Navalha; Operação Moeda Verde; Caso Renan Calheiros ou Renangate; Caso Joaquim Roriz (ou Operação Aquarela); Escândalo dos cartões corporativos; Caso Bancoop; Esquema de desvio de verbas no BNDES; Máfia das CNH's; Caso Álvaro Lins, no Rio de Janeiro; Operação Satiagraha ou Caso Daniel Dantas; Escândalo das passagens aéreas; Escândalo dos atos secretos; Caso Gamecorp; Escândalo dos Correios; CPI das ONGs; Operação Faktor; A Privataria Tucana; Década de 2010; Caso Erenice Guerra; Operação Tsunami.

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MANIFESTAÇÕES Dante Alighieri (1265-1321): “A corrupção de um é a geração de outro.” Barão de Montesquieu (1689-1755): “Raramente começa a corrupção pelo povo.” e “A corrupção dos governantes quase sempre começa com a corrupção dos seus princípios.” José Bonifácio de Andrada e Silva (1763-1838): “A maior corrupção se acha onde a maior pobreza está ao lado da maior riqueza.” Honoré de Balzac (1799-1850): “A corrupção vem com a riqueza.” Charles Tocqueville (1805-1859): “Os costumes, cuja excelência torna o governo quase inútil e cuja corrupção o torna quase impossível.” Machado de Assis (1839-1908): “A vaidade é um princípio de corrupção.” Albert Einstein (1879-1955): “O único modo de escapar da corrupção causada pelo sucesso é continuar trabalhando.” Mario Covas (1930-2001): “A corrupção na administração pública agora é organizada, quase partidarizada. Uma barbaridade inaceitável.” Umberto Eco (1932): “O riso é a fraqueza, a corrupção, a insipidez da nossa carne.” Anônimo: “O Brasil tem os burocratas mais religiosos do mundo. Nunca assinam um contrato, sem antes pedir um terço.”, “O Povo não quer Plebiscito, quer fim da corrupção e o rigor da lei para os corruptos! O resto que virá (saúde, educação, lazer etc.) vai ser a consequência!” e “Enquanto houver impunidade, nunca teremos sucesso no combate à corrupção.”

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Jô Soares: “A corrupção não é uma invenção brasileira, mas a impunidade é uma coisa muito nossa.” David Zac: “Num estado democrático existem duas classes de políticos: Os suspeitos de corrupção e os corruptos.” Gedália Santos: “Corrupção fede, como conseguem conviver com carniça?” Antônio Gomes Lacerda: “A ausência da ética deixa um vácuo onde se propaga a onda da corrupção.” Renato Araújo: “Ladrão julgando ladrão, 500 anos de corrupção.” Sergio Fajardo: “É hipócrita quem critica a corrupção genérica e em grande escala e pratica a corrupção cotidiana.” Alann Xavier: “A corrupção, a pobreza, a desigualdade social, o racismo, todos esses problemas são oriundos e culpa da burguesia.” e “Façam uma circuncisão na corrupção.” Cristovão Buarque: “A corrupção, as medidas provisórias, o vazio do congresso; são o mosquito que contaminam a democracia.” M.M.Soriano: “Num País de escândalos, corrupções e maracutaias, os eleitores deveriam ser menos democráticos e mais democríticos.” Walace Sales: “Com tanta corrupção, nem o nulo merece meu voto.” Senador Pedro Simon: “Sou obrigado a reconhecer que, com toda a corrupção que vejo de um tempo para cá, aquilo que encontramos no governo Collor deveríamos ter enviado para o juizado de pequenas causas!” Luque Ronald: “Essas articulações políticas com fins eleitoreiros é a essência da corrupção.” Cleiton Ferreira Rocha: “Viver santidade em um mundo corrompido sem que a corrupção de 'nosso mundo' nos corrompa. O desafio de ser cristão de verdade.”

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Alcione Alvez: “A corrupção é como o câncer: quanto maior a demora em estabelecer o diagnóstico e iniciar o tratamento, menores são as chances de cura.” Átila Belens: “Todo dia eu recebo uma tapa na cara da corrupção, mas nada se compara a dor que sinto sobre tanta impunidade.” Brenon Salvador: “Não entendo como é que alguns optam por corrupção, onde há tantas maneiras legais de ser desonesto.” José Warley: “País ideal é aquele cuja o nacional consulta no dicionário à palavra corrupção.” João Emiliano Martins Neto: “Antes deixar passar as corrupçõezinhas do Sarney do que deixar que o PT tome o poder total no Brasil!” Felipe Santana Lima: “Na minha sociedade existem duas opções ou você vive tranquilamente e aceita todo o tipo de corrupção ou morre! Eu optei por lutar pelos meus direitos!” Nilson Rutizat: “Dizem que o título eleitoral é uma arma contra a corrupção. Eu acho o contrário, pois é através dele que nasce os corruptos.” Joselito Nascimento Otílio: “O que seria a corrupção se não uma vontade exacerbada de se apoderar daquilo que nunca lhe pertenceu...!?” Demétrio Sena: “Não se há de negar que político seja mesmo sujo. Mas há eleitores tão íntimos da corrupção, que quando o político sai às ruas para panfletar, é bastante adequado chamar esse corpo-a-corpo de porco-a-porco.” Alexandre Pimentel: “O discurso político sempre será o mesmo: educação, segurança, saúde e corrupção.” Frase de protesto: “Povo passivo, corrupção ativa.” Cello Vieira: “Todos os crimes são derivados da corrupção.” Wal Águia Esteves: “Não há democracia enquanto prevalecer o sistema Corrupção.”

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Glauber Lima: “A corrupção já nasce dentro do homem, cabe a ele a não deixá-la aflorar." J.C.Oliveira: “As leis são a garantia da impunidade da corrupção; a causa é a falta de formação inclusa na educação dos pais e do país.” Fagner Mattos: “O Brasil é tão grande, mas que pena que a corrupção é proporcional ao seu tamanho.” Washington Rocha: “Muita riqueza no presente, sinal de corrupção no passado.” Em segundo, as populares entrevistadas pelo autor: Corrupção é desvio de dinheiro, de verba pública, mexer no que é dos outros, roubo, ladroagem, desonestidade, bando de canalha, safado, safadeza dos políticos, um meio de ganhar dinheiro mole, ganhar as custas da boa vontade dos outros, se aproveitando, se vendendo, prostituição, ganância, é uma coisa que não vai acabar nem em país desenvolvido, consentimento do povo, não respeita a integridade dos outros, governo do Brasil. Meios para acabar são: ter vergonha na cara, educação, instrução, criando leis, sendo honesto, políticos mais honestos, sabendo votar, não votar, dando um “pau”, punição, paredão, ditadura, tirando a Dilma, colocando Deus no coração, pensando mais no próximo e elevando a espiritualidade. Depois, o que se viu em trabalhos escolares: “O combate à corrupção começa por nós mesmos. Em eleições, na presença de maus candidatos, o povo nada faz para mudar esta situação. Como se não bastasse tanta indiferença, há a venda de votos.”, “As pessoas ficam incomodadas com a corrupção, mas jogam lixo nos rios, nas ruas, não devolvem carteira e celular quando encontram.” “Dizer que não somos corruptos é a nossa maior mentira. A única maneira da acabar com esse mal é reavaliar nossos atos e, assim podermos cobrar os nossos direitos.”

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RELIGIÕES As com presença no Brasil e que usam o conceito de corrupção são: judaísmo, cristianismo e messianismo. Antes de apresentar as visões de tais religiões se faz as seguintes observações: 1ª) Entre as religiões não destacadas se tem o hinduísmo, onde Kalki é uma figura da religião hindu. Trata-se do décimo e último grande avatar de Vishnu. Seu nome é frequentemente tomado como metáfora para "eternidade", "tempo" ou "a morte" relacionado ao futuro e a morte. Segundo os preceitos do hinduísmo, Kalki virá montado em um cavalo branco e desembainhando uma espada flamejante no fim da idade da escuridão, ou Era de Ferro (Kali Yuga) para eliminar o mal e fazer a restauração do dharma. Podendo assim se iniciar um novo ciclo, o começo de uma Satya Yuga. A tradição hindu permite interpretações diversas do que avatares são e como eles agem. Avatar significa "descida" e indica uma descida da consciência divina em uma manifestação de forma mundana. O Garuda Purana enumera dez avatares, sendo Kalki o décimo. O Bhagavata Purana inicialmente lista vinte e dois avatares, mas cita um adicional de três para um total de vinte e cinco avatares. Ele é apresentado como o vigésimo segundo avatar na lista. Imagens populares mostram Kalki montado num cavalo branco com asas. Nestas imagens, Kalki aparece brandindo uma espada na mão direita e está empenhada em erradicar a miséria, corrupção e deboche de Kali Yuga. Às vezes, é representado como a forma de um homem com uma cabeça de cavalo, chamado de Vajimukha.

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2ª) Formas antidemocráticas de se governar tais como a utilização de medidas provisórias, o loteamento de cargos e outras formas clientelistas ou mesmo corruptas de negociação estariam sendo cada vez mais disseminadas, comprometendo-se cada vez mais a legitimidade do Estado perante os seus cidadãos. Estaria em curso a consolidação de uma cultura política cuja principal característica seria a desconfiança das pessoas em relação ao Estado e suas instituições. Como decorrência dessa cultura, pode surgir um eleitor individualista e pragmático, cujo comportamento político se guia por princípios de eficácia administrativa e capacidade gerencial e não por princípios ideológicos. Um eleitor que não se encante mais com promessas de candidatos do que dizem que vão fazer e nem de executivos que vivem de programas distributivos, mas sim de planejamentos com metas e controles.

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VISÕES Judaísmo Há quem pense que a corrupção seja um fenômeno recente na sociedade. Se o fosse, não haveria tantas advertências bíblicas contra ela. “O que anda em justiça, e o que fala com retidão, que arremessa para longe de si o ganho de opressões, e que sacode das suas mãos todo suborno, que tapa os seus ouvidos para não ouvir falar de sangue, e fecha os olhos para não ver o mal; este habitará nas alturas, e as fortalezas das rochas serão o seu alto refúgio. O seu pão lhe será dado, e as suas águas serão certas”. Isaías 33:15-16 “Verdadeiramente a opressão faz endoidecer até o sábio, e o suborno corrompe o coração”. Eclesiastes 7:7 Advertência contra a corrupção no Poder Judiciário. “Não torcerás a justiça, nem farás acepção de pessoas. Não tomarás subornos, pois o soborno cega os olhos dos sábios, e perverte as palavras dos justos. Segue a justiça, e só a justiça, para que vivas e possuas a terra que o Senhor teu Deus te dá”. Deuteronômio 16:19-20 “Também suborno não aceitarás, pois o suborno cega os que têm vista, e perverte as palavras dos justos”. Êxodo 23:8 “O ímpio acerta o suborno em secreto, para perverter as veredas da justiça”. Provérbios 17:23 “Ai dos que ... justificam o ímpio por suborno, e ao justo negam justiça”. Isaías 5:22a,23

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“Até quando defendereis os injustos, e tomareis partido ao lado dos ímpios? Defendei a causa do fraco e do órfão; protegei os direitos do pobre e do oprimido. Livrai o fraco e o necessitado; tirai-os das mãos dos ímpios. Eles nada sabem, e nada entendem. Andam em trevas”. Salmos 82:2-5ª “Não farás injustiça no juízo; não favorecerás ao pobre, nem serás complacente com o poderoso, mas com justiça julgarás o teu próximo”. Levítico 19:15 Independência entre os poderes. “Pereceu da terra o homem piedoso, e não há entre os homens um que seja reto. Todos armam ciladas para sangue; cada um caça a seu irmão com uma rede. As suas mãos fazem diligentemente o mal; o príncipe exige condenação, o juiz aceita suborno, e o grande fala da corrupção da sua alma, e assim todos eles são perturbadores”. Miquéias 7:2-3 Advertência contra a corrupção no Poder Executivo. “Os teus príncipes são rebeldes, companheiros de ladrões; cada um deles ama o suborno, e corre atrás de presentes. Não fazem justiça ao órfão, e não chega perante eles a causa das viúvas”. Isaías 1:23 “Pela justiça o rei estabelece a terra, mas o amigo de subornos a transtorna”. Provérbios 29:4 “Abominação é para os reis o praticarem a impiedade, pois com justiça se estabelece o trono”. Provérbios 16:12 Advertência acerca dos assessores corruptos. “Tira o ímpio da presença do rei, e o seu trono se firmará na justiça”. Provérbios 25:5 Advertência contra a corrupção no Poder Legislativo. “Ai dos que decretam leis injustas, e dos escrivães que escrevem perversidades, para privar da justiça os pobres, e para arrebatar o direito dos aflitos do meu povo, despojando as viúvas, e roubando os órfãos! Mas que fareis no dia da visitação, e da assolação, que há de vir de longe? A quem recorrereis para

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obter socorro, e onde deixareis a vossa glória, sem que cada um se abata entre os presos, e caia entre os mortos?” Isaías 10:1-4 Advertência contra a corrupção e a ganância no meio empresarial. “No meio de ti aceitam-se subornos para se derramar sangue; recebes usura e lucros ilícitos, e usas de avareza com o teu próximo, oprimindo-o. E de mim te esqueceste, diz o Senhor Deus. Eu certamente baterei as mãos contra o lucro desonesto que ganhastes...” Ezequiel 22:12-13ª “Melhor é o pouco, com justiça, do que grandes rendas, com injustiça”. Provérbios 16:8 “O que oprime ao pobre para aumentar o seu lucro, ou o que dá ao rico, certamente empobrecerá”. Provérbios 22:16 Advertência contra juros absurdos praticados pelo Sistema Financeiro. “O que aumenta a sua fazenda com juros e usura, ajunta-a para o que se compadece do pobre”. Provérbios 28:8 “Sendo o homem justo, e fazendo juízo e justiça (...) não oprimindo a ninguém, tornando ao devedor o seu penhor, não roubando, dando o seu pão ao faminto, e cobrindo ao nu com vestes; não dando o seu dinheiro à usura, não recebendo demais, desviando a sua mão da injustiça, e fazendo verdadeiro juízo entre homem e homem; andando nos meus estatutos, e guardando os meus juízos, para proceder segundo a verdade, o tal justo certamente viverá, diz o Senhor Deus”. Ezequiel 18:5,7-9 “Se emprestares dinheiro ao meu povo, ao pobre, que está contigo, não te haverás com ele como credor; não lhe imporás juros”. Êxodo 22:25 “Aos retos até das trevas nasce a luz, pois é compassivo, compassivo e justo. Bem irá ao que se compadece e empresta, que conduz os seus negócios com justiça. (...) É liberal, dá aos pobres, a sua retidão permanece para sempre; a sua força se exaltará em glória”.Salmos 112:4-5,9

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Advertência acerca dos Direitos trabalhistas. “Se desprezei o direito do meu servo ou da minha serva, quando contendiam comigo, então que faria eu quando Deus se levantasse? E, inquirindo ele a causa, que lhe responderia?” Jó 31:13-14 “Chegar-me-ei a vós para juízo, e serei uma testemunha veloz contra os feiticeiros e contra os adúlteros, e contra os que juram falsamente, e contra os que defraudam o trabalhador, e pervertem o direito da viúva, e do órfão, e do estrangeiro, e não me temem, diz o Senhor dos Exércitos”. Malaquias 3:5 “Vós, senhores, dai a vossos servos o que é de justiça e equidade, sabendo que também vós tendes um Senhor nos céus”. Colossenses 4:1 “Não oprimirás o teu próximo, nem o roubarás. O salário do operário não ficará em teu poder até o dia seguinte”. Levítico 19:13 Advertência contra lucros desonestos. “O mercador tem balança enganadora em sua mão; ele ama a opressão”. Oséias 12:7 “Não terás dois pesos na tua bolsa, um grande e um pequeno. Não terás duas medidas em tua casa, uma grande uma pequena. Terás somente pesos exatos e justos, e medidas exatas e justas, para que se prolonguem os teus dias na terra que o Senhor teu Deus te dá. Pois o Senhor teu Deus abomina todo aquele que pratica tal injustiça”. Deuteronômio 25:13-16 “Balança enganosa é abominação para o Senhor, mas o peso justo é o seu prazer”. Provérbios 11:1 “O peso e a balança justos são do Senhor; obra sua são todos os pesos da bolsa”. Provérbios 16:11 “Poderei eu inocentar balanças falsas, com um saco de pesos enganosos?” Miquéias 6:11 Imagine se nossos políticos tivessem a Bíblia como livro de cabeceira, em vez de "O Príncipe" de Maquiavel. Veriam que a corrupção não compensa.

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Cristianismo Advertência contra a corrupção no funcionalismo público. “Chegaram também uns cobradores de impostos, para serem batizados, e lhe perguntaram: Mestre, que devemos fazer? Respondeu-lhes: Não peçais mais do que o que vos está ordenado”. Lucas 3:12-13 Advertência contra a corrupção policial. “Então uns soldados o interrogaram: E nós, o que faremos? Ele lhes disse: A ninguém trateis mal, não deis denúncia falsa, e contentai-vos com o vosso soldo”. Lucas 3:14 O cabeça dessa revolução religiosa foi Martinho Lutero, religioso da Ordem de Santo Agostinho. Nela ingressou, dizem, em cumprimento a um voto que fez, sob o terror dos raios de uma tempestade. Natureza inquieta, atormentado de escrúpulos e da ideia da corrupção intrínseca do ser humano pelo pecado original, perseguido, por isso, pelo temor do inferno, refugiava-se em uma fé cega na redenção de Cristo, colhida na leitura das epístolas de S. Paulo. Messianismo O que o fez o Messias Meishu-Sama sentir-se atraído pela Oomoto, entre tantas outras religiões, foi principalmente o propósito que ela manifestava de reformar o mundo. Em todas as partes do “Ofudessaki” fala-se sobre essa reforma e reconstrução, dizendo-se que, com a grande limpeza e lavagem dos três mil mundos, a Terra se converterá no Reino de Deus, o qual perdurará pela eternidade. O Fundador tinha um inato sentimento de justiça, muito mais forte que o das pessoas comuns, e não conseguia controlar sua ira ao ver a corrupção dos políticos e da classe dominante. Levado por esse

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sentimento, pensara na fundação de uma empresa jornalística, objetivando a construção de uma sociedade desprovida do mal, e muito se esforçara para conseguir o capital de um milhão de ienes, necessário à concretização desse empreendimento. Ora, no “Ofudessaki” estava escrito claramente que o mundo correto idealizado por ele ia ser construído por Deus, dali em diante. Esse ensinamento moveu bastante o seu coração. Entretanto, a situação momentaneamente favorável gerou distorções em vários aspectos da sociedade. Com a repentina alta no mercado de ações, intensificou-se o entusiasmo pela especulação, motivado pela ganância de altos lucros. Em virtude do aparecimento de grandes fortunas de uma hora para outra, a sociedade foi entrando num clima de decadência e de puro divertimento. Acontece, porém, que as boas condições econômicas eram bastante instáveis. Então, com o término da guerra, as consequências começaram a aparecer: o mercado de ações caiu, e as falências, as greves e a depressão sucediam-se. Nessa situação, os comerciantes, que visavam apenas ao seu próprio bem, compravam mercadorias em grande quantidade, e o arroz, alimento básico do povo japonês, teve seu preço elevado de forma exorbitante. A insatisfação popular explodiu em forma de motim, ocorrido em agosto de 1918, motim esse que progrediu, transformando-se num grande movimento, o qual envolveu 700 mil pessoas, em 305 pontos diferentes do Japão. Nesse clima tempestuoso, a desonestidade dos políticos, os atos ilícitos da classe dirigente e principalmente a corrupção dos grupos militares e financeiros eram constantemente denunciados ao povo. Foi o caso, por exemplo, do suborno feito por um militar da Marinha em torno da compra de um navio de

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guerra fabricado pela Siemens, uma empresa alemã. Esse caso, conhecido como “Caso Siemens”, foi um problema que abalou grandemente a sociedade. O culpado foi condenado a trabalhos forçados pela corte marcial. Quem tratou da questão e fez a acusação no Congresso Imperial, foi Saburo Shimada, Presidente do Jornal Mainiti e membro do Congresso, e Yukio Ozaki, também membro do Congresso e conhecido como “o deus do constitucionalismo”. Em consequência, o gabinete do então Primeiro Ministro Gonbee Yamamoto foi dissolvido. Ao tomar conhecimento da corrupção do mundo político e financeiro, o Fundador sentiu-se invadido pelo seu forte sentimento de justiça e ódio ao mal. Justamente por isso, tempos depois, escreveu um elogio a esses dois membros do Congresso que apontaram a corrupção e lutaram firmemente pela justiça social: “No mundo político da atualidade, quase não existem pessoas assim. A maioria é muito esperta e versátil, sendo muitos os que se mostram hábeis em forçar situações perigosas. Torna-se evidente o vazio em que o mundo político se encontra. Dessa forma, o que mais falta, atualmente, é um homem de fibra, que todos possam seguir”. Nessa época, o Fundador havia alcançado um sucesso considerável em seus empreendimentos, e sua vontade de fazer algo em prol da sociedade e diminuir um pouco que fossem os males sociais, ia aumentando dia a dia. Para tanto, foi estudando diversas medidas, com o propósito de verificar qual era a mais eficaz. Na ocasião talvez por ainda ser agnóstico, ao ouvir dizer que os comunistas ajudavam os fracos, combatiam os donos do poder e estavam tentando construir o mundo dos que trabalham

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e são honestos, chegou a pensar seriamente em colaborar com suas campanhas, depois que fizesse fortuna. O Messias escreveu sobre a “Origem da Corrupção”: “Nos últimos tempos, conforme todos já puderam observar, têm surgido muitos casos de corrupção, um atrás do outro, como se fossem ramas de batata-doce que, quando puxadas por uma das pontas, vão arrancando os tubérculos que nelas se encontram entrelaçados. E notícias desse gênero deixam as pessoas cansadas e aborrecidas. Inclusive, é até provável que jamais tantos casos de corrupção tenham vindo à tona, de uma só vez. Mas é óbvio que, através de julgamentos rigorosos da justiça, um dia, tudo será esclarecido, será posto o preto no branco. Entretanto, nessa questão da corrupção, o ponto mais importante a ser considerado é que não basta somente a ação implacável da justiça contra esses escândalos todos, que já se tornaram rotineiros há muito tempo. Embora, quando descobertos, sejam eliminados, não há possibilidades de se debelar definitivamente a desonestidade, porque faz-se necessário que o mal seja cortado pela raiz. Essa onda de perversidade assemelha-se a germes que proliferam no lixo e, por isso, é necessário, primeiro, que toda sujeira seja eliminada. Fora esse procedimento, não se encontrará uma solução definitiva para o problema, inclusive tendo certeza de que o desejo de todos os povos é que haja um trabalho concreto nesse sentido. A maior dificuldade, contudo, encontra-se no desconhecimento da verdadeira causa da corrupção. Para combatê-la, é preciso saber que o ponto de partida acha-se exatamente na ideia - aliás odiada pelos materialistas - de que Deus existe. De fato, a causa do surgimento de tantos casos de perversão se encontra no raciocínio inverso, ou seja: no ateísmo,

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que leva os homens a pensar que poderão praticar qualquer tipo de maldade, desde que ninguém perceba. Por outro lado, quanto mais evoluída a inteligência, mais habilidoso, se torna, o ser humano, o hábito da corrupção. É tão certo esse fato que, rara se obter sucesso hoje em dia, faz-se necessário ter perspicácia e esperteza. Mas a realidade, muitas vezes, se apresenta misteriosa, principalmente quando não são obtidos os resultados previstos. Embora em alguns momentos tenha-se êxito, de repente a pele do disfarce se rompe e a verdade dos acontecimentos atuais vem à tona, de forma clara e evidente. Inclusive, é possível que mesmo os próprios corruptos já tenham, pelo menos até certo ponto, percebido essa mudança de rumo em suas investidas maléficas. Mesmo assim, ainda conservam como fundamental a ideia de que, neste mundo, Deus não existe. Portanto, não vão entender do fundo do coração, o porquê de seus atos maldosos terem sido descobertos. Muito pelo contrário: a maioria deles duvida e nem sequer chega a pensar em se arrepender. Por isso, no lugar de assumirem uma nova atitude, mais digna, buscarão é alterar os modos de suas práticas de corrupção, procurando encontrar os pontos que permitiram que fossem flagrados em suas maldades. Então, julgando terem agido com pouca inteligência na primeira vez, tentarão ser ainda mais habilidosos numa segunda oportunidade, para não deixarem absolutamente a menor brecha de serem descobertos. Na verdade, esse é o pensamento comum dos ateus. E para se corrigir na base esse modo de pensar ateísta, é preciso que se cultive a ideia da existência de Deus, o que somente pode ser feito através da religião. Fora esse, não há qualquer outro meio capaz de trazer resultados positivos. Contudo, hoje o poder se encontra nas mãos de grupos ateístas e a burocracia se assemelha a uma lagoa podre que sempre acumula sujeiras na água. Então, ao cutucarmos qualquer uma

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de suas partes, um cheiro insuportável de gás metano, imediatamente, vem à tona. Isso é o que se percebe, ao olharmos a sociedade pelo prisma da corrupção. Mesmo que alguns fatos já venham sendo esclarecidos, talvez isso corresponda somente à ponta do iceberg, porque são incontáveis os prejuízos causados ao país por atos de corrupção, assim como são enormes também as perturbações que, em decorrência disso, afetam seu povo. Além do mais, a corrupção exerce uma influência destruidora sobre o pensamento, pois leva a maioria das pessoas a procurar agir da mesma forma, ao ver a classe alta da sociedade praticar atos ilícitos e viver num ambiente de luxo. Partidos e políticos gastam a rodo e, com isso, perde-se a vontade de trabalhar de maneira honesta, pois é de conhecimento geral que todo aquele dinheiro gasto desordenadamente provém de trabalho realizado a suor e sangue. Por conseguinte, nos dias de hoje, apesar de as pessoas ilustres que ocupam altas posições discursarem maravilhas, o povo não lhes dá crédito, pois já não aguenta mais ser enganado. Dessa forma, o antigo respeito devotado a governantes e políticos, transforma-se em desprezo, fato que enfraquece o sentimento de patriotismo. Como resultado, a organização social perde sua consistência e, em decorrência, definha. Eis a razão de podermos afirmar que a influência da negatividade no destino de um país, vai, muito além da nossa imaginação. Entretanto, como já disse anteriormente, a questão fundamental nesse aspecto tem suas raízes nas ideias ateístas e, por isso, torna-se tão imprescindível eliminá-las, para que se consiga a chave da solução. Daí a importância do papel exercido pelos religiosos que, através da prática de suas atividades, devem procurar conduzir os seres humanos ao reconhecimento da existência de Deus. Por isso eles precisam plantar a firme crença de que é possível enganar os olhos dos homens, mas jamais os de Deus. E caso tal verdade venha a se consolidar, não

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haverá, de modo algum, meios de os problemas relativos à corrupção voltarem a aparecer. Os principais autores de casos de práticas malignas autores de casos de práticas malignas correspondem, quase todos, a pessoas que receberam instrução superior puramente materialista e que, e que levam apenas em consideração como níveis de perfeita honrarias, inteligência habilidosa, posição social de destaque e, não, o temor a Deus. E pelo fato de assim procederem, fica claro que o senso de ética nada tem a ver com educação e cultura. Em outras palavras: uma pessoa com formação superior nem sempre é moralmente correta. Outro aspecto a se considerar diz respeito a pessoas ilustres, de notoriedade, que planejam minuciosamente enganar ou outros. Contudo, mesmo que utilizem com habilidade a própria inteligência, são descobertos por uma pequena falha semelhante a um buraco feito por uma formiga, e é a partir dessa minúscula brecha que problema se torna amplo. Visto por esse ângulo, dá para saber como se inicia o julgamento de Deus: surge um pequenino ato entrelaçado a outros tantos, que também vão se desenrolando. Mais um assunto digno de nota: o Japão sempre se orgulhou de ser um país regido por leis. Mas pensando bem, tal ideia também não passa de um enorme e irrecuperável erro. Quando as pessoas são vigiadas unicamente por leis, nelas mergulham de maneira habilidosa, fazendo de tudo para manobrá-las, com a intenção de evitarem penalidades. E quanto mais ardilosos forem, maiores serão as vantagens que obterão. No entanto, ao agirem assim, todos estão sendo controlados por grades, a que denominamos "lei". Nesse caso, o ser humano está sendo tratado como um animal, o que faz, então, com que o homo sapiens não passe de um mero coitado. E se essa é a imagem correspondente a um país civilizado, a sociedade deveria mesmo é chorar!

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Inclusive, creio que ninguém seja capaz de negar que a época atual se compõe de uma metade civilizada, enquanto que a outra ainda é bárbara, bestializada. Um exemplo apenas é suficiente para confirmar o que estou falando: vamos supor que alguém veja uma carteira caída à sua frente, e que ninguém esteja olhando. Com certeza, imediatamente a carteira será colocada no bolso de quem a encontrou. Mas caso estejamos diante de alguém que acredite na presença do Criador, jamais tal coisa será feita. Daí eu voltar a afirmar que o papel da religião é formar gente honesta e temente a Deus. Entretanto, no geral, nota-se especialmente entre as autoridades, uma espécie de alheamento religioso. Mesmo os jornalistas - responsáveis pela formação de opinião - mantêm-se à margem da religião, achando que ela não tem utilidade alguma. Com isso, divulgam ideias que mantêm o povo distante das práticas religiosas, pois tais profissionais as veem apenas como crendice ou superstição. De modo geral, os jornalistas apoiam somente ideias ateístas, o que leva mais ainda ao fortalecimento da causa real do surgimento da corrupção. Levando-se em consideração todos esses aspectos constatados, os dirigentes deveriam então abrir os olhos do coração, para procurar resolver o problema. Caso contrário, esse tenebroso malefício chamado corrupção, que impede sobremaneira a prosperidade de uma nação, jamais será cortado pela raiz. Contudo, não basta ler sobre o assunto ou ouvir ideias que entrem por um ouvido e saiam pelo outro. Caso nossa ação se limite só a isso, com certeza, chegará o dia de se "morder o umbigo", ou melhor, não haverá mais solução alguma possível. Atualmente, há um esforço conjunto de países em prol da educação, bem como a firme atuação de outros órgãos que visam ao desenvolvimento correto do pensamento e a mudanças no coração do povo. Entretanto, caso não se consiga erradicar, na própria raiz, as ideias ateístas, serão como pegar água com um escorredor. E mesmo uma inteligência superior, caso esteja

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unicamente voltada a princípios materialistas, obviamente, vai fazer uso muito mais do lado do mal. Daí também a razão do aumento dos crimes de natureza intelectual, à medida que a civilização progride. Por isso, venho alertando os que dominam o poder: não há mais cabimento em se cultivar tamanha ignorância!” Meishu-Sama, o Fundador da Messiânica, escreveu sobre a “Nitidez dos Mundos Espiritual e Material na Era do Dia”: “No decorrer da Era da Noite, maldades puderam permanecer ocultas durante vinte, trinta anos, o que levou muitas pessoas a agirem mal, na busca pela satisfação dos próprios desejos. Inclusive, nem sequer demonstravam medo de serem descobertas. Na Era do Dia, entretanto, um ato mal praticado hoje, amanhã já ficará evidente. Atos de corrupção, por exemplo, virão à tona, de imediato. Então, a cada dia, vai ficar mais difícil viver na perversidade.” Redigiu também sobre a volta de Kunitokotachi como juiz dos vivos: “Recentemente têm sido noticiados muitos casos de corrupção. Tais fatos estão mostrando, com nitidez, a aproximação do Juízo Final bem como a manifestação da linha do fogo de Ushitora no Konjin Kunitokotachi no Mikoto. Como irradia uma Luz intensa e forte, ilumina o mundo inteiro e, por isso, todas as ações humanas até então praticadas às escondidas vêm à tona, começam a ser vistas com clareza.” Ensinou sobre a época semicivilizada e semiselvagem: “Talvez todos pensem que a época mais próspera da civilização mundial seja a época contemporânea. Entretanto, quando analisamos bem seu conteúdo, observamos que ela apresenta muitas falhas, como podemos constatar todos os dias através dos jornais, que estão repletos de artigos sobre

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criminosos e criaturas desventuradas. Analisando com justiça, verificamos que as coisas ruins são muito mais numerosas do que as coisas boas. Há pouco tempo, por exemplo, tivemos um caso de corrupção que se tornou um problema muito sério. Quando as autoridades começaram a investigar, o caso se diversificou tanto que nem podemos imaginar até onde se multiplicará. Portanto, ele também não seria uma pequena parte de um "iceberg"? Aliás, se investigarmos as coisas profundamente, quantas pessoas íntegras encontraremos no mundo político e econômico? Poderíamos arriscar-nos a dizer que nenhuma.” Enfim, a civilização selvagem: “A seguir, falarei sobre a guerra. Ao fazer-lhe críticas quero deixar claro que ela é uma relíquia da esplêndida era bárbara, e da pior qualidade. Isso por que", originariamente, o selvagem está muito próximo da besta, ou melhor, ele é metade animal e metade homem. Entretanto, analisando bem o homem civilizado da atualidade, descobrimos que, interiormente, não existe grande diferença. Exteriormente, ele é bem civilizado, sem dúvida, não se notando o mínimo de selvageria; mas resta uma grande quantidade de características selvagens no fundo do seu coração, representadas pelo espírito belicoso. Atualmente, o confronto de duas grandes potências, os Estados Unidos e a União Soviética, é como se fosse o tigre e o leão olhando-se furiosamente e mostrando-se as unhas, prontos para se atacarem. A única diferença é que, entre os seres humanos todas as coisas se desenrolam com inteligência. Possuindo a arma do progresso e organização coletiva, eles elaboram as estratégias esperando apenas a chegada do momento. Entretanto, eles são

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piores que os animais, pois o tigre e o leão se contentam com a morte de um dos dois, mas o homem não. Eles colocam em segurança apenas o cabeça e, sacrificando milhares de vidas, definem a luta; por conseguinte, tanto a parte que vence como a parte que perde, constroem uma montanha de mortos. Falando pelo resultado, em termos de características selvagens, o homem é superior ao animal. Em seguida, falarei sobre a falta de racionalidade na sociedade atual. Olhando exteriormente, todos os países têm leis, organização política e econômica, sistema social, etc.; estão constituídos de forma extremamente satisfatória pela Ciência e pela inteligência humana, as características selvagens dos homens que os administram manifestam-se em todos os lugares. Uma vez retirada à máscara, a irracionalidade aparece assustadora. Na política, por exemplo, observando o estado da Assembleia, pode-se perceber que a linguagem e as atitudes abusivas não parecem adequadas a unia reunião de pessoas de alto nível. O tumulto é tão insuportável, que a gente tem a impressão de estar vendo uma multidão de velhacos. O regime parlamentar está constituído de forma bem racional, mas também é destruído pelas características selvagens dos seus componentes. Os membros dos partidos políticos pensam em primeiro lugar no seu próprio beneficio, em segundo lugar no beneficio do partido, e em terceiro lugar é que vão pensar no beneficio dos cidadãos. É um assunto problemático, pois essas pessoas se vangloriam, dizendo-se representantes do povo no Congresso. No caso das eleições é a mesma coisa. Realmente, as leis e o controle são extremamente rigorosos e minuciosos, isso é

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apenas na aparência; na realidade, é considerado esperto aquele que consegue ludibriar a lei. E acontece o mesmo rio Japão, que está contente por ter se tornado unia nação democrática. O seu conteúdo é decepcionante, mas ele se jacta de sua autoridade, não dando a mínima importância à infração dos direitos humanos. E uma situação que sempre pode ser vista nos jornais. Esse fato antidemocrático é impossível de ser imaginado por terceiros. Trata-se realmente de uma civilização superficial; interiormente ela é selvagem, e não há outras palavras adequadas. Além disso, como é do conhecimento de todos, os problemas de corrupção não passam de um pico visível de um "iceberg". Escrevi por alto o que me veio à mente; o restante, os leitores poderão deduzir. Resumindo, é como falei no início: o mundo atual é civilizado apenas superficialmente; no seu interior, ainda restam muitas características selvagens. Portanto, creio que o título deste artigo é bem adequado.” Abordou a influência exercida pelos elos espirituais: “Embora seja possível cortar relações com pessoas estranhas, não se pode fazer o mesmo com os elos espirituais que ligam parentes consanguíneos, especialmente pais e filhos. Como há estreita reciprocidade de pensamento entre ambos, um filho só poderá ser bom se antes os pais se preocuparem devidamente com o aprimoramento da própria conduta. De nada adiantará reprovar a atitude dos filhos se não houver, em contrapartida, um comportamento digno dos progenitores. Para muitos até parece estranho que jovens transviados provenham de pais maravilhosos. De fato, essa não é a verdade. Embora se revelem pessoas aparentemente bondosas, são no fundo

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calculistas e têm, no corpo espiritual, muitas nuvens acumuladas que se refletem nos descendentes. Há ainda casos em que, na mesma família, um dos filhos é bom e o outro, problemático. Também aqui, a causa dessa diferença está diretamente relacionada com a vida anterior e com as máculas dos pais, numa interligação mantida por meio dos elos espirituais. Temos, portanto, elos que nos unem não só aos parentes vivos, mas também àqueles que já morreram. Mantemos ainda ligações com as entidades boas, que nos aconselham a prática da virtude, e com as demoníacas, cuja influência nos induz ao erro. Assim, somos continuamente manipulados pelo bem e pelo mal. Também os governantes, as personalidades públicas, os empresários, os representantes do povo em geral estabelecem elos espirituais com as pessoas a eles relacionadas; por isso, exercem grande influência sobre quem se encontra sob o seu comando. Se, então, apresentarem muitas impurezas na alma, estas indubitavelmente se refletirão na maioria das pessoas que a eles estiverem ligadas. Dessa forma, só poderão exercer sobre os seus subordinados uma influência perniciosa. Portanto, somente quem tiver um caráter elevado e grande sabedoria poderá ser um verdadeiro chefe de governo, um líder, ou um autêntico representante do povo. Eis a razão pela qual o dirigente é o responsável pela corrupção, o declínio moral e o aumento da criminalidade do país que governa, ou da empresa que preside. Por outro lado, os educadores devem, também, saber que, através dos elos espirituais, exercem grande influência

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sobre todos os seus discípulos. Precisam, pois, estar polindo continuamente a alma para servirem de exemplo. Da mesma forma, os fundadores de ordens religiosas, presidentes de associações espiritualistas, sacerdotes e ministros, às vezes reverenciados quase como deuses, têm a obrigação de manterem-se bem conscientes da intensa influência que exercem sobre a alma dos seus adeptos. Caso se aproveite da posição para atividades pouco recomendáveis, é certo que seus atos vão se refletir no comportamento de todos os membros, podendo inclusive desintegrar totalmente a instituição.” Meishu-Sama ensina sobre o domínio do materialismo e aborda sobre a desonestidade: “Nos últimos tempos, os casos de corrupção de funcionários públicos vêm ocupando um espaço cada vez maior na imprensa. As denúncias se sucedem uma após a outra, dando a impressão de que a desonestidade alastra-se por toda a parte, tal como o corpo de uma pessoa sifilítica do qual, onde quer que se aperte, sai pus. Nunca a desmoralização do funcionalismo chegou a tal ponto. Principalmente nos altos escalões, são notórios os casos de corrupção. Grupos de interesse convidam importantes funcionários do governo para festas em restaurantes ou casas noturnas bastante caras. Oferecem-lhes generosas quantias em dinheiro e demais vantagens para induzi-los a fechar negócios altamente rendosos para as suas empresas. E evidente que as despesas decorrentes das referidas negociatas são incluídas nos preços das mercadorias, ou embutidas nos impostos, acarretando, por conseguinte, prejuízo para toda a sociedade.

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Urge, portanto, uma resolução para o problema dentro do mais curto espaço de tempo possível. As autoridades têm procurado cercear o mal aplicando medidas legais cabíveis, mas o seu alcance é limitado; não conseguem resolver o impasse, porque não tocam no ponto crítico. Dessa forma, as atitudes gananciosas continuam imbatíveis, pois nem as autoridades, nem os intelectuais conhecem a causa fundamental que leva o homem a cometer tamanhos despropósitos. Quero mostrar-lhes de que modo é possível solucionar a questão do domínio do materialismo. À primeira vista, parece contraditório o fato de tantos delitos serem cometidos por pessoas com nível universitário, o que demonstra não haver relação alguma entre a criminalidade e o grau de instrução. É engano, portanto, pensar que, por serem pessoas cultas, não têm má índole. Muito pelo contrário. Embora nem sempre empreguem violência física, cometem crimes intelectualmente planejados, cujas consequências são devastadoras, uma vez que o mau exemplo delas se reflete em toda a sociedade. O que leva pessoas com instrução superior a cometerem crimes, às vezes, hediondos? A razão principal é um grande desvio na linha do pensamento, decorrente de uma personalidade egoísta, repleta de ideias materialistas. No geral acham que, mesmo praticando atos incorretos, se agirem com habilidade, ninguém vai perceber e tudo lhes correrá bem. Muitas vezes, entretanto, acontece de o crime vir à tona, apesar de toda a artimanha empregada. Mesmo assim, em vez de procurarem corrigir o erro, põem-se a indagar como puderam ser

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descobertos sem que houvesse pistas evidentes e continuam agindo errado com maior esperteza ainda. Essa é a tendência geral. Naturalmente, suponho que alguns desses funcionários se arrependam dos delitos e decidam tornar-se honestos, enquanto cumprem as penas que lhes foram impostas pela lei. Contudo, por serem criaturas que não acreditam em Deus, uma vez colocados novamente em liberdade, acabam abandonando a decisão tomada e voltam a incorrer-nos mesmos erros. Além do mais, são esses malfeitores criaturas extremamente simplistas. Acham, por isso, que acima do Globo Terrestre só se encontra o ar e nada mais. Então, se alguém lhes disser que, embora invisível, Deus existe, será por eles chamado de supersticioso. Não sabem que a ilusão, ao contrário, está no ateísmo onde reside a forte tendência ao materialismo vazio e estéril, que conduz ao crime. Fica, pois, bem claro que a única solução efetiva para a delinquência é quebrar a conduta materialista através do desenvolvimento da fé. É ela que levará todos os seres humanos a reconhecerem a existência de Deus e a se libertarem dos grilhões do materialismo. Uma das principais razões pelas quais tantas pessoas não acreditam na existência de Deus é terem, desde criança, recebido uma educação voltada unicamente para o materialismo. Daí que, enquanto os políticos e educadores não tomarem consciência da real importância desse fato e continuarem negligenciando a educação baseada em princípios espiritualistas, todas as demais medidas serão apenas paliativas. Por conseguinte, nossa tarefa consiste em iluminar a

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humanidade, ou seja, reeducá-la, oferecendo-lhe exemplos de comportamento positivo que a conduzam a um estágio espiritual mais elevado. É preciso fazer os criminosos entenderem que eles podem ocultar dos homens as suas barbáries; jamais, porém, enganarão a Deus. Somente através de tal atitude, serão formadas pessoas honestas, avessas a qualquer tipo de crime.” Apontou que o materialismo cria o homem mau: “Talvez estas palavras pareçam demasiado fortes, mas não posso evitá-las, pois correspondem à pura verdade. Segundo nosso ponto de vista, o materialismo, ou seja, o ateísmo, pode ser considerado o pensamento mais perigoso que existe. Vejamos. Se Deus não existisse, eu também ganharia dinheiro enganando o próximo habilmente, de modo que não fosse descoberto; faria o que bem entendesse e, além de viver uma vida de luxo, estaria ocupando uma posição de maior destaque na sociedade. Entretanto, consciente da existência de Deus, de forma alguma sou capaz de proceder assim. Tenho de percorrer o caminho mais correto possível e tomar-me um homem que deseja a felicidade das outras pessoas. Caso contrário, jamais poderia ser feliz e levar uma vida que vale a pena ser vivida. O que eu estou dizendo não é mera teoria ou algo parecido. Como podemos ver através de inúmeros exemplos que a História nos mostra desde os tempos antigos, por mais que a pessoa prospere por meio do mal, essa prosperidade não dura muito, acabando por desmoronar. É um fato que deveria ser percebido facilmente, mas parece que isso não acontece. A sociedade continua assolada pelos crimes. Crimes horripilantes, como assaltos, fraudes e assassinatos; casos de corrupção de

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pessoas que ocupam posições elevadas, os quais se tomam objeto de comentários sociais; incontável número de crimes de pequeno e médio porte, etc. Tudo isso é uma consequência do pensamento ateísta; por conseguinte, podemos dizer que esta é a verdadeira causa dos crimes. Está, pois, mais do que claro que só há um meio de eliminar os crimes deste mundo: destruir o ateísmo. Atualmente, porém, os intelectuais, as autoridades e os pedagogos estão confundindo pensamento teísta com superstição e tentando obter bons resultados com apoio nos regulamentos da lei, no ensino, nos sermões, etc. Dessa forma, por mais que eles se esforcem, é natural que nada consigam. As notícias publicadas diariamente nos jornais mostram-no claramente. Assim, para criar uma sociedade limpa e pura, é preciso estimular intensamente o pensamento teísta. Por infelicidade, o Japão encontra-se em tal situação que, quanto mais instruída é a classe, maior o número de pessoas ateístas. Além disso, é comum acreditar-se que esta é uma qualificação dos intelectuais e dos jornalistas, de modo que, quanto mais a pessoa enfatiza o ateísmo, mais progressista ela é considerada. Por esse motivo, se não houver uma mudança radical, no sentido de que os ateístas sejam vistos como ultrapassados, e os teístas, como vanguarda intelectual da época, a sociedade não se tomará alegre e feliz.” Assinalou que a nação deve ser regida pelo caminho: “O Japão, assim como todos os países que se dizem civilizados, é regido por leis. Entretanto, a realidade nos mostra que essa não é a forma ideal para se governar uma nação Através da História, vê-se que é difícil exterminar os crimes somente com o poder das leis. Como não se consegue eliminar

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todo o mal do homem, os crimes são inevitáveis; consequentemente, só a Religião poderá trazer a verdadeira solução para o problema. Contudo, casos que exigem soluções imediatas não poderão ser resolvidos apenas por meio dela. Por esse motivo, em primeiro lugar é preciso ensinar ao homem o Caminho. Refiro-me ao Caminho Perfeito e à lógica. Embora o assunto se assemelhe à antiga moral oriental, o que agora desejo anunciar é uma moral nova e progressista. Sou levado a isso pela evidente decadência moral da sociedade contemporânea, onde saltam aos nossos olhos a corrupção dos jovens, o aumento do índice de criminalidade e outros fatos. Até mesmo os intelectuais já estão percebendo a situação, tanto assim que aconselham a volta ao ensino da Moral nas escolas e a elaboração de algo que preencha as falhas da Educação. O assunto tem servido de tema para várias discussões, e é multo animador constatar a existência de urna preocupação nesse sentido. Após a Segunda Guerra Mundial, os japoneses ficaram sem qualquer apoio, não tendo a que recorrer. O resultado é que aumentou o número de criaturas desorientadas. Até o fim da guerra, em todas as escolas do país, o ensino tinha por base a moral, as sábias palavras do Imperador e também a lealdade e o amor aos pais, profundamente enraizados no coração do povo japonês desde épocas antigas. É inegável, portanto, que a sociedade daquela época era multo mais honesta e sincera que a da época atual. Mas nem por isso devemos revitalizar essa velha imoral; torna-se imprescindível criar uma ordem moral para a Nova Era. Após a guerra, estabeleceu-se democracia no Japão, e assim nos libertamos do despotismo. Isso foi muito, bom; pena é

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que se tenha ido além dos limites c chegado à situação presente, ou seja, a uma sociedade predisposta à anarquia. Sendo assim, urge formar uma nova ideia moral que esteja em conformidade com a época, eliminando o que há de mau e qproveitando o que há de bom no antigo e no novo pensamento. E necessário construir um novo espírito japonês, semelhante ao do cavalheirismo inglês, por exemplo. Para tanto, como expus acima, a base é o Caminho, cuja noção deve ser intensamente apregoada, não só no ensino como na sociedade. Se conseguirmos, com Isso, diminuir uma parte que seja do mal social, ficaremos muito satisfeitos. Dando uma explicação mais compreensível sobre Caminho, isto é, o Caminho Perfeito, devo dizer que se trata de algo aplicável a todas as coisas; ou melhor, ele é a bússola orientadora da conduta humana. Seguindo o Caminho, o homem não terá insucessos nem desgraças, tudo lhe correrá bem. Gozará de maior confiança, será respeitado e amado pelo próximo e, logicamente, ficará em situação de harmonia e de paz. Na Medida em que aumentar o número de indivíduos e de lares com tais características, o mal social irá diminuindo cada vez mais, graças à influência exercida por eles. Por esse motivo, se continuarmos apoiando-nos apenas nas leis, como fazemos atualmente crescerá o número de indivíduos espertos e malvados, os quais pensam que lhes basta agir de modo a não caírem nas mãos da Justiça. Em outras palavras, Deus, como sempre digo, é o Caminho Perfeito; adorara Deus significa seguir o Caminho. Portanto, o homem que se submete ao Caminho Perfeito e por ele é regido, é um verdadeiro homem civilizado.”

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Realçou a relação entre religião e política: “Apesar de haver uma estreita relação entre Religião e Política, é estranho que isso não tenha despertado muito interesse. Na realidade, até o término da Segunda Guerra Mundial, a Política, longe de apreciar a participação da Religião, vivia oprimindo-a. Desde a antiguidade este fenômeno se fez notar em vários lugares, registrando-se não poucos casos da quase extinção de religiões devido à violência das perseguições. No entanto, por mais que a Religião tente realizar o seu objetivo, que é a construção de um Mundo Ideal, para incrementar a felicidade do homem, toma-se evidente que ela jamais atingirá essa meta se a Política não for justa. Sendo assim, uma Política escrupulosa requer políticos íntegros e, para preencherem essa condição, os políticos devem ser dotados de religiosidade. No Japão - desconheço a situação no estrangeiro - um erro no qual os políticos têm inclinação para incorrer é a corrupção. Pode-se dizer que isso acontece porque eles são escravos do materialismo, cuja origem está na falta de religiosidade. E desejável o aparecimento de políticos dotados de espírito religioso, pois só assim poderemos alimentar esperanças quanto ao futuro, aguardando o bom desenrolar dos destinos da Nação. No que se refere à construção de um novo Japão, é necessário, sobretudo, incutir espírito religioso nos políticos, para que seja realizada uma Política arraigada no senso religioso. Atualmente o povo vive criticando, e com razão, a degeneração da Política, as fraudes eleitorais, a prevaricação dos funcionários públicos, a degradação dos educadores, etc. Os próprios políticos, os órgãos competentes e o povo empenham-se com unhas e dentes na solução purificadora dos problemas

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dessa lamacenta sociedade. Infelizmente, na prevenção do crime, conta-se apenas com a força da Lei, mas esta não atinge o âmago da questão, pois a causa dos crimes está no interior do homem, ou seja, na sua alma. Purificar a alma é o método verdadeiramente eficaz. Estou convicto de que isso só poderá ser conseguido através de uma Fé verdadeira.” O Fundador da Messiânica explicou sobre doutrina: “Na verdade, quem comete erros gosta de permanecer no nível das iniquidades. Os desonestos, por exemplo, sentem-se bem na prática da corrupção. A eles é mais agradável ganhar dinheiro de formas ilícitas, na clandestinidade. Além de não serem pessoas verdadeiras, vivem espiritualmente num plano infernal. Possuem ainda uma natureza animal bastante acentuada e, por isso, têm muito pouco sentimento humano puro. Daí tornarem-se perigosos e precisarem ser regidos por leis. Mesmo assim, apesar de estarem numa jaula, a quebram sem receio algum. Se fossem bons jamais agiriam dessa forma e, portanto, não necessitariam de regulamentos. Falando claramente, os corruptos, bem como os que pautam sua vida pelo orgulho, tais como, políticos, eruditos e todos aqueles que se comprazem nas perversidades, do ponto de vista espiritual, se encontram num plano bem inferior. Uma alma pura, nobre não pratica nada errado. Nunca vai precisar de leis ou temer castigos. Simplesmente não vê prazer nos atos maldosos, mas usufrui de imensa alegria promovendo o bem, fazendo os outros felizes. Portanto, mesmo não sendo vigiados, nada fazem de errado: de fato, uma alma digna, em momento algum, se preocupa com penalidades.” Pregou a sinceridade:

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"Só a sinceridade é capaz de resolver os problemas dos indivíduos, do país e do mundo. A deficiência política resulta da falta de sinceridade. A pobreza material e a corrupção moral também têm a mesma origem. Enfim, todos os problemas são gerados pela falta de sinceridade. Religião, Educação e Arte que não se alicerçam na sinceridade, passam a representar meras formas sem conteúdo. Homens, a chave de todos os problemas está na sinceridade." Falou também sobre a criminalidade: “Os crimes de corrupção têm sua origem nos medicamentos ingeridos. Estes geram toxinas no organismo as quais anuviam o espírito. Então, tirando-se as drogas, o problema seria automaticamente resolvido. Não é, porém, nada fácil eliminar do mundo um erro tão sério quanto o da corrupção que, em última instância, é também incentivado por espíritos animais que, não conseguindo trabalhar, se se encostam às pessoas cujo corpo possui muitas toxinas. Se, contudo, não existissem os remédios, seria impossível ocorrer essa espécie de aproximação. Caso acontecesse, o espírito encostado teria impreterivelmente de arrepender-se dos erros e pecados; por isso, nem tenta se aproximar de alguém puro, isto é, sem máculas, sem impurezas. Não tenho, pois, dúvidas em afirmar que a origem da criminalidade se encontra nas toxinas dos remédios. É notório também que, a cada dia, as maldades aumentam quase na mesma proporção em que os jornais noticiam a descoberta de novas drogas. Embora o efeito delas seja de apenas vinte ou trinta por cento, a propaganda exagerada para vendê-las, faz com que as pessoas tomem

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grandes quantidades de remédios, pensando tratar-se de algo bom, quer dizer, necessário à manutenção da vida. Atualmente, a indústria farmacêutica tem muito medo da Messiânica. Na verdade, são os homens maus que a temem; por isso, os bons, os fortes devem lutar bastante para esclarecer a humanidade quanto ao perigo advindo do uso de remédios.” Escreveu “A Respeito do Paraíso Terrestre”: “Diariamente, através do rádio e dos jornais, tomamos conhecimento de que a sociedade está repleta de males. Numa visão a grosso modo, e excluindo a guerra, podemos enumerar a corrupção dos funcionários públicos, assassinatos, roubos, fraudes, suicídios, tuberculose e outras doenças contagiosas, falta de alimentos, crises habitacionais, dificuldades financeiras, opressão de impostos, etc. As coisas boas são tão poucas quanto às estrelas do amanhecer... Então surge a dúvida: por que a sociedade chegou até esse ponto? Realmente, pode ser que existam muitas causas, mas, em poucas palavras, diríamos que a situação é decorrente da decadência moral e também da acentuada decadência do nível do homem. É por isso que, ultimamente, os entendidos no assunto e os educadores começaram a interessar-se por essa questão. Outra causa que pode ser levantada é que, após a Segunda Grande Guerra, o pensamento liberal passou dos limites. Parece que se discute a reforma e o incremento da educação, da moral e da educação cívica por não haver alternativa. Mas é interessante observar que, em tais ocasiões, o Japão nunca recorre à Religião, o que talvez possa ser explicado. As religiões antigas são fracas demais, e as novas, em sua maioria, são supersticiosas e falsas. É por isso que, como todos

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veem, ainda não se conseguiu achar um caminho que levasse à solução radical do problema. Eu, porém, elaborei um plano concreto, objetivando solucioná-lo de forma diferente. Para começar, baseei-me nas diversões populares. Naturalmente, em qualquer época, a grande massa popular necessita de diversões. Na sociedade atual, entretanto, as que existem são de baixíssima categoria. De fato, teatro, cinema, esporte, xadrez, dominó, etc., são diversões aceitáveis, mas acho que se fazem necessárias recreações de nível ainda mais elevado. E com esse objetivo que a nossa Igreja está construindo o protótipo do Paraíso Terrestre, nas terras de Hakone e Atami. Como já escrevi várias vezes, aí será construído o Paraíso ideal, onde se acham perfeitamente harmonizadas a beleza natural e a beleza criada pelo homem. Um projeto grandioso como esse, não creio que já tenha sido elaborado por alguém. Encantada com a atmosfera tão diferente do mundo a que está acostumada, qualquer pessoa, nesses locais, esquece-se de tudo e até pensa estar em cima das nuvens. Visto que isso acontece antes mesmo de termos concluído metade da obra, todos ficam maravilhados.