CORRUPÇÃO E EDUCAÇÃO NO BRASIL: UM PROBLEMA SISTÊMICO
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CORRUPÇÃO E EDUCAÇÃO NO
BRASIL: UM PROBLEMA SISTÊMICO
Fabiano Cardoso de Oliveira (Unisinos)
Daniel Pacheco Lacerda (Unisinos)
Luis Henrique Rodrigues (IESB)
Maria Isabel Wolf Motta Morandi (Unisinos)
A corrupção como fenômeno histórico e social sempre foi uma
das maiores mazelas do Brasil, deteriorando o orçamento de diversas
instituições públicas e de áreas chave como a educação onde o Brasil
tem ocupado as últimas posições do índice PISA, nos últimos anos,
porém as atuações da Polícia Federal e do Ministério Público têm
exposto de forma exponencial os casos de corrupção. Sousa (2011)
classifica as causas da corrupção em cultura cívica e nível de
desenvolvimento econômico de um país. Entender os fatores que
contribuem para a manutenção ou crescimento da corrupção de forma
sistêmica é um importante passo para combater esta doença da alma.
O presente estudo de caso pretende analisar os enlaces entre
corrupção e educação no contexto brasileiro, através da metodologia
do pensamento sistêmico e planejamento de cenários. O estudo foi
desenvolvido por um grupo interdisciplinar composto por
administradores, engenheiros e profissionais da área de TI em
encontros entre agosto e dezembro de 2016. Como resultado foi
possível desenvolver um mapa sistêmico dos fatos e construir possíveis
XXXVII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO
“A Engenharia de Produção e as novas tecnologias produtivas: indústria 4.0, manufatura aditiva e outras abordagens
avançadas de produção”
Joinville, SC, Brasil, 10 a 13 de outubro de 2017.
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cenários a partir dos modelos mentais projetados dos atores
envolvidos, bem como elencar pontos de alavancagem para mitigar a
corrupção e aumentar a qualidade da educação.
Palavras-chave: Corrupção; Educação; Planejamento de
Cenários; Pensamento Sistêmico
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1 Introdução
A corrupção parece ser uma das maiores mazelas do Brasil, sendo abordada como um
fenômeno histórico que afeta diretamente a vida das pessoas, reduz investimentos públicos em
áreas essenciais como saúde, educação, segurança, infraestrutura, entre outros deveres do
Estado (FILGUEIRAS, 2008).
Um dos desafios daqueles que se debruçam sobre o tema corrupção é justamente a sua
definição, pois atos como desvio de função para benefícios privados, tráfico de influências,
suborno, nepotismo, entre outros, estão inclusos. A origem do termo corrupção é derivada do
verbo rumpere que significa partir, romper. Seria o rompimento das regras, das leis ou de um
código de conduta ético ou social. (ANDRADE, 2013). Desta forma, a corrupção pode ser
entendida sob o aspecto moral relativo ao rompimento do indivíduo com suas virtudes e a
corrupção do mundo político, caracterizada pelo compêndio de leis e regras sem
necessariamente ligação com a moral individual. (ANDRADE, 2013; CASTRO, 2012;
MARTINS, 2007).
Ainda que os recentes escândalos de corrupção no Brasil acometam a população com a
sensação de que nunca na história houvesse tanta corrupção, sendo este mal particular, ou
senão exclusiva do Brasil, estamos diante de um grande engano, atos de corrupção existem
desde antes da descoberta do Brasil e permeia a história da humanidade. (BÍBLIA, 2015, cap.
ISAÍAS 5:23; MAQUIAVEL, 1513).
Percebe-se que a corrupção não advém de uma única causa, mas em virtude de
inúmeros fatores. Sousa (2011) classificou a corrupção em 4 categorias conforme a Figura 1:
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Figura 1 - Dimensões da corrupção
Fonte: Elaborado pelos autores (2017)
Com relação ao nível de desenvolvimento o autor afirma que a corrupção está
diretamente correlacionada a países com ampla desigualdade social, que atua como
moderador de distribuição de renda. Por outro lado a Cultura Cívica representa o interesse e
participação da sociedade na política e sua confiança nas instituições, em sociedades corruptas
as pessoas demonstram pouca ou nenhuma confiança nas instituições e nos políticos.
(ANDRADE, 2013). A qualidade das instituições representa órgãos de controle sérios e
independência do judiciário, sistema de leis robustas e ministério público atuante. (SOUSA,
2011). Já sociedades corruptas são caracterizadas pela elevada burocracia, que reduz a
eficiência administrativa, sistema judiciário moroso e ineficiente, com sistema de leis arcaico
e excessivo poder discricionário do governo na execução de políticas públicas além de
remuneração inferior ao setor privado. (DOURADO; AUGUSTO; ROSA, 2011;
HENRIQUE; RICCI, 2000; MARTINS, 2017).
De acordo com Klitgaard (1988), a corrupção é um crime econômico e não passional,
ainda que o fator moral tenha importância, o ato corrupto está relacionado com as condições
favoráveis para a concretização do crime. Para o autor a corrupção é derivada das
oportunidades de corrupção, das chances do autor ser descoberto e da probabilidade de
punição. (KLITGAARD, 1988).
Desta forma, a responsabilização e punição do autor da prática de corrupção tem um
papel central no combate à corrupção, pois ainda que a corrupção seja latente é o ato de punir
eficazmente que dá a resposta satisfatória a sociedade ao mesmo tempo em que desencoraja
possíveis novos atos corruptos. (ANDRADE, 2013)
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Nos últimos anos o Brasil tem sido palco de inúmeros escândalos de corrupção.
Operações da Polícia Federal e Ministério Público tem desvendado esquemas de desvios de
verbas públicas, impeachment, mau uso do dinheiro público além de conchavos para limitar a
ação de juízes e promotores. Mesmo com iniciativas de combate a corrupção como a operação
Lava Jato, o Brasil ainda ocupa a posição de quarto país mais corrupto do mundo segundo o
índice de corrupção do Fórum Econômico Mundial. (ALTAMIRANO, 2016).
Uma das áreas mais afetadas pela falta de investimentos e gestão é a educação onde o
Brasil ocupa posições muito aquém do desejável, refletindo políticas públicas desconexas e
falta de planejamento de curto, médio e longo prazo (MARANHÃO, 2012). Uma pesquisa
recente aponta que apenas 0,6% das escolas brasileiras tem uma infraestrutura considerada
ideal para o desenvolvimento dos alunos enquanto que 13.000 escolas sequer possuem energia
elétrica. (SOARES NETO et al., 2013). Essa precariedade é afetada pela corrupção que reduz
os recursos destinados aos estados e municípios e possui relação direta com o baixo
desempenho escolar (FERRAZ; FINAN; MOREIRA, 2008).
Melhorar a educação e eliminar a corrupção não é uma tarefa simples, visto que as
pessoas possuem visões muito diferentes a cerca do problema e tem opiniões diferentes de
como solucioná-lo, provocando ações isoladas e distorcidas por parte dos governantes que na
maioria das vezes são ineficazes, custosas e não geram o resultado esperado (ANDRADE et
al., 2006).
Para resolução destes conflitos, o Pensamento Sistêmico surge como uma alternativa
para facilitar o processo de entendimento do problema e propor ações eficazes nas causas
raízes, ou ainda ações alavancadoras que permitam atingir melhores resultados (SENGE,
1995).
Diante deste cenário esta pesquisa é o resultado de uma dinâmica da disciplina de
Métodos de Estruturação e Solução de Problemas e Planejamento de Cenários dos alunos do
programa de Mestrado em Engenharia de Produção da Unisinos que aplicou a metodologia do
Pensamento Sistêmico para entender a relação sistêmica entre Corrupção e Educação, montar
um mapa sistêmico, identificar os possíveis cenários, propor ações alavancadoras e elencar
um conjunto de estratégias robustas para mitigar o problema.
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2. O Pensamento sistêmico
O pensamento analítico durante muito tempo solucionou de forma satisfatória a
maioria dos problemas, seu método consistia em isolar as partes e entendê-las para entender o
todo, porém a crescente complexidade das organizações exigiu um modelo mais adequado. O
Pensamento Sistêmico pode ser considerado uma evolução deste modelo de pensamento
(KASPER, 2000), pois este tem por objeto de aplicação situações que necessitam de
explicação baseada em inter-relações envolvendo outras áreas do conhecimento como
engenharias, ciências sociais, tecnologia da informação, etc. (ANDRADE et al., 2006).
De acordo com Senge (2009) o Pensamento Sistêmico é um conjunto de métodos e
ferramentas que possibilita uma visão integrada e dinâmica das partes, colocando-as em um
contexto ao invés de isolá-las, mostrando-se adequado para resolver problemas complexos,
que possuem dependência de fatores externos ou de fatores que não tem ligação direta com o
problema. Este método possibilita desenvolver habilidades para entender e descrever as inter-
relações, visualizar os padrões de comportamento para então modificá-los de forma atingir os
objetivos eficientemente (SENGE, 1995).
A metáfora do iceberg ilustra os níveis de pensamento de forma adequada, quando se
realiza uma observação superficial percebem-se os eventos que estão presentes na realidade (o
que está acontecendo), já em níveis de observação mais profundos passa-se a observar os
padrões de comportamento (tendência), estrutura do sistema (como e porque acontece) e por
fim os modelos mentais (as forças que dão origem a estas estruturas). (SENGE, 1995).
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Figura 2 - Os níveis da realidade ilustrados pela metáfora do iceberg
Fonte: Adaptado a partir de tudoemdesenhos.com (2017)
Os Eventos consistem do que pode ser percebido pelas pessoas, estão no primeiro
nível e em geral são usados para explicar as situações e os problemas, levando em muitos
casos a agir de forma reativa (SENGE, 1995).
Os eventos, no entanto, fazem parte dos padrões de comportamento representando a
série histórica dos acontecimentos para visualizar como os eventos tem se comportado ao
longo do tempo e qual a sua tendência futura.
Aprofundando um pouco mais no entendimento das causas chega-se ao nível onde é
possível visualizar as estruturas sistêmicas e as relações de causalidade entre os elementos. A
visualização das estruturas sistêmicas permitem identificar os pontos de alavancagem e atuar
sobre os padrões de comportamento modificando-os.
No último nível os modelos mentais representam a visão de mundo dos atores
envolvidos, estes modelos influenciam as estruturas sistêmicas e por consequência os demais
níveis, entender os modelos mentais é fundamental para uma visão ampla da forma como as
estruturas sistêmicas são criadas e mantidas (ANDRADE et al., 2006).
O método sistêmico é um instrumento que vem evoluindo ao longo da história do
campo da Dinâmica dos Sistemas (ANDRADE et al., 2006), uma versão simplificada foi
proposta por Senge (1995), conforme segue:
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a) Definir uma situação complexa de interesse, verbalizando claramente o problema de
interesse;
b) Apresentar a história por meio de eventos, ao longo de um horizonte de tempo pré-
determinado;
c) Identificar as variáveis chave, elencando-se as variáveis para a compreensão do
problema, a partir da lista de eventos;
d) Traçar os padrões de comportamento, gerar gráficos para entender o comportamento
dos dados ao longo do tempo;
e) Desenhar o mapa sistêmico, identificando as relações de causalidade e desenhar as
estruturas sistêmicas;
f) Identificar os modelos mentais, levantar as crenças ou pressupostos que os atores
envolvidos mantêm em suas mentes e que influenciam seus comportamentos;
g) Realizar os cenários, visualizando os cenários futuros possíveis, desafiando os
modelos mentais preconcebidos sobre o futuro e compreender seus desdobramentos;
h) Modelar em computador, baseado nos cenários e modelos mentais;
i) Direcionadores estratégicos, com o planejamento das ações para atingir o alvo
desejado, reprojetando o sistema com os impactos dos pontos de alavancagem.
Como o objetivo é o desenvolvimento de competências para a aprendizagem do
método sistêmico a modelagem em computador não será foco deste estudo. Apresentado o
referencial teórico passamos ao estudo de caso.
3. Estudo de caso: aplicação do método de pensamento sistêmico
Este trabalho foi desenvolvido por um grupo constituído por onze pessoas com
formações distintas, Engenheiros de Produção, Administradores e atuantes no mercado
profissional, na área de Projetos, Produção e Educação Profissional.
A aplicação do método do pensamento sistêmico se deu por meio de encontros
semanais do grupo envolvido neste trabalho. Nos próximos tópicos encontra-se a síntese de
cada encontro e os aprendizados gerados sobre o tema de interesse, Entender, de forma
sistêmica, a relação circular de causalidade entre a Educação e a Corrupção, buscando
romper este enlace vicioso.
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3.1 Primeiro e segundo encontro: definição de um tema de interesse, compreensão do
problema e escolha das variáveis chaves
A escolha do problema central para o estudo do método de Pensamento Sistêmico
tradicionalmente se refere há um tema com relevante destaque na mídia, o que levou o grupo
a escolher a corrupção no Brasil e seus impactos na educação, com a seguinte questão de
estudo: “Entender, de forma sistêmica, a relação circular de causalidade entre a Educação e a
Corrupção, buscando romper este enlace vicioso”, tendo como horizonte o período de 1970 a
2030. Juntamente com a questão de estudo o grupo desenvolveu 4 questões norteadoras:
Quais os principais fatores que reforçam/mantem a corrupção e limitam a melhoria da
educação no Brasil? Como contabilizar os impactos negativos do enlace reforçador vicioso
Corrupção/Educação? Quais são as ações alavancadoras para a eliminação da corrupção E
elevação contínua da Educação? Como garantir a efetividade no tempo e no espaço das
ações propostas?
A partir deste momento o grupo foi incumbido de levantar fatos, eventos e suas
variáveis no período de 1970 a 2016. O resultado se deu em uma lista de 72 eventos iniciais
com algumas variáveis relacionadas a eles. A baixo entre os diversos eventos e variáveis
segue algumas na Erro! Fonte de referência não encontrada..
Tabela 1: Eventos e Variáveis
Ano Evento Variável
1988A nova constituição obriga a União a aplicar
18% da receita em educação% Arrecadação Investida em Educação
1992 Movimento dos caras-pintadas Número de Protestos no Brasil
1993 CPI dos Anões do Orçamento Número de Políticos Presos por Corrupção
2009MEC descobre desvio de R$ 1,2 bilhão em
verbas para educação básica.R$ Desviados da educação
2010 lei da Ficha Limpa Número de Políticos Ficha Suja
2011investimento de 6,1 % em relação ao PIB em
educaçãoInvestimento em Educação
2013 Onda de Protestos Contra a Corrupção Número de Protestos
2014 Operação lava jato
Número de Operações da Polícia Federal; Número
de Investigados pela PF; Número de Presos pela
PF; Ações Petrobrás
2015 Prisão dos Diretores da Odebrecht Número de Presos por Corrupção
2016Indiciamento de Lula e Marisa pela Polícia
FederalPolíticos Indiciados pela PF
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Fonte: Elaborado pelos autores (2016)
3.2 Terceiro encontro: a linguagem sistêmica e a construção do mapa sistêmico
De posse das variáveis levantadas anteriormente iniciou-se o trabalho de construção da
Estrutura Sistêmica. Subgrupos realizaram analise de grupos de variáveis para identificar
correlações com propósito de melhor compreender o problema, além de nivelar os membros
sobre o tema em questão e auxiliar a identificar os padrões de comportamento. Nesta etapa
utilizou-se a linguagem sistêmica para visualizar o impacto das variáveis sobre outras. Para
maiores detalhes sobre a linguagem sistêmica ver em Andrade et al. (2006).
Identificadas as principais relações entre as variáveis apontadas por 4 grupos de
trabalho, a versão 1 do mapa sistêmico, o qual contemplou um conjunto de 72 variáveis e
inúmeras interações e influencias. A Figura 3 apresenta a consolidação do mapa sistêmico.
Figura 3: Estrutura Sistêmica
Fonte: Elaborado pelos autores, 2016.
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O exercício de construção dos mapas sistêmicos apontou a necessidade de acesso a
informações e por outro lado o processo de construção das estruturas sistêmicas gerou
aprendizado.
3.3 Quarto encontro: aprimoramento da estrutura sistêmica utilizando arquétipos
De acordo com Senge (1995), os arquétipos facilitam a construção de hipóteses
coerentes sobre forças que atuam sobre o comportamento de um sistema. Arquétipo significa
“primeiro de sua espécie”, na linguagem sistêmica são estruturas que traduzem
comportamentos comumente observados (ANDRADE et al., 2006).
Neste encontro o objetivo foi validar a estrutura sistêmica existente com a inserção dos
arquétipos. Para tanto seguiu-se os passos descritos abaixo:
a) Focalizar 2 ou 3 variáveis principais;
b) Escolha um ou mais arquétipos que se apliquem as variáveis escolhidas;
c) Combinar os arquétipos com o mapa sistêmico desenhado anteriormente;
Figura 4: Exemplos de Arquétipos
Fonte: Elaborado pelos autores (2016)
A Figura 4 destaca dois dos arquétipos apresentados, onde no Limites ao Crescimento à
ação dos tribunais de contas regula os gastos do Governo limitando benefícios sociais e outras
medidas populistas com intuito de permanência no poder, bem como no arquétipo Quebra-
galhos que não dão certo, as ações do governo no sentido de reduzir a pressão da oposição por
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compra de apoio geram ações do Ministério Público e Policia Federal que repercutem na
mídia realimentando o círculo vicioso.
3.4 Quinto encontro: definição dos atores principais e seus modelos mentais
Nesta etapa o grupo identificou os Atores principais e seus Modelos Mentais que de
acordo com Andrade et. Al. (2006), através do entendimento dos modelos mentais pode-se
gerar mudanças profundas na realidade, pois os modelos mentais influem na forma de pensar
e agir dos atores, dando forma ou mantendo as estruturas sistêmicas. Assim, o grupo
identificou 14 atores principais e para cada ator responde três perguntas: o que o ator faria
para manter/eliminar a relação sistêmica corrupção e educação? Qual a do ator sobre a relação
sistêmica corrupção e educação? Como o ator é impactado/beneficiado pela corrupção? Estes
dados após compilados e agrupados foram dispostos na estrutura sistêmica, gerando 14
estruturas uma para cada ator.
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Tabela 2: Modelos Mentais dos atores
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Poder Executivo
Prometemos a todos que iremos
diminuir a corrupção e melhorar
a educação
Políticas assistencialistas
garantem votos e apoio do povo.
Investir o mínimo possível em
educação para manter a
população menos politizada.
Legislativo
A corrupção não está no poder
Legislativo, mas sim no
Executivo.
A falta de governança é que
provoca a corrupção.
A corrupção deve ser eliminada e
a educação deve ter mais
investimentos, porém não
podemos propor algo que irá nos
prejudicar
"É preciso aprovar urgentemente
leis que limitem a independência e
o uso fascista da justiça."
Judiciário
Precisamos julgar com
consciência os esquemas de
corrupção
Temos que lutar pela autonomia e
harmonia entre os poderes,
somente unidos poderemos
auxiliar a sociedade a percorrer o
melhor caminho, livrando-a da
corrupção.
A educação do povo gera um
comportamento de maior cobrança
em relação às ações da justiça
Políticos
Quando eu tiver oportunidade
de estar no poder, vou terminar
com a corrupção e investir
largamente em educação.
Se tanta gente roubou em grandes
quantias, roubar um pouquinho
não fará diferença.
Pessoas com pouca instrução são
mais suscetíveis as promessas
políticas
EducadoresSó a educação salvará a pátria!
Valorização aos educadores!
Vamos protestar, não é possível
ver algumas pessoas roubar tanto
e nós sofrermos por falta de
dinheiro
Gerar consciência no maior
numero de pessoas a fim de elevar
o senso crítico da população
Estudantes
Primeiramente, Fora Temer.
Depois, FORA PEC 241!
#OCUPATUDO
Se o Lula foi presidente sem
estudar, porque eu tenho que
estudar? Como a sociedade vai
mudar se o governo corta
investimentos em educação?
Lutar pelos seus direitos e criar
movimentos pró-educação.
Sociedade
Protestando contra os políticos
corruptos, e fazendo boas
escolhas na hora de votar
Isso é tão complicado que prefiro
nem me meter, no máximo posso
participar de um protesto
A corrupção é um crime que
desvia o dinheiro que deveria ser
aplicado na educação e demais
programas para proporcionar o
desenvolvimento da sociedade
Empresas
A corrupção é um meio para
facilitar negócios e simplificar a
solução de problemas.
Redução de Impostos! Reduzindo
os impostos haverá menos
dinheiro para os políticos
roubarem e nós seremos mais
competitivos!
É difícil de tentar ajudar, se eu me
meter algum político pode
complicar os meus negócios
Policia Federal
Temos que investir cada vez
mais em investigações, áreas de
inteligência e equipamentos.
Quanto mais investigação e
políticos presos, mais requintada é
a forma de corrupção.
Quanto mais investigação e
políticos presos, mais requintada
é a forma de corrupção.
MP
Está cada vez mais difícil
investigar fraudes nas esferas
governamentais, o processo
está cada vez mais requintado
A corrupção é um crime que
fragiliza o sistema democrático e
vai contra os interesses sociais,
devendo ser combatido
Vamos fazer mais investigações,
existem muitas brechas
Mídia
Tenho o poder de levar
informações sobre os esquemas
de corrupção ao maior número
de pessoas.
Divulgando todos e quaisquer
esquemas de corrupção e sendo
imparcial
A educação é o instrumento de
desalienação da sociedade capaz
de eliminar a corrupção
Movimentos
Sociais
O Estado deveria garantir
educação de qualidade para
todos gratuitamente.
Não basta divulgação da mídia, é
preciso mais investigação,
apuração e punição.
Vamos fazer protestos, são muitos
envolvidos praticando roubo
Órgãos de
Controles
Defender o patrimônio publico
e a transparência nas relações
do governo
É preciso que o combate a
corrupção torne-se política de
Estado
Precisamos cada vez mais
fiscalizar as instituições a fim de
manter a idoneidade das mesmas,
e assim, liberar recursos para que
sejam investidos corretamente.
Setor
Financeiro
Não pode influenciar
negativamente os governantes,
pois prejudicaria o setor
financeiro.
A corrupção é provocada pela
falta de governança e pela
aquietação dos órgãos de controle
e a aceitação da população de que
a corrupção é cultural.
Privatizar o maior número de
funções do governo.
O que o ator faria para manter/eliminar a relação sistêmico corrupção e educação?
modelos mentais
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Fonte: Elaborado pelos autores (2016)
Figura 5: Estrutura consolidada com Modelos Mentais
Fonte: Elaborado pelos autores (2016)
3.5 Sexto encontro: cenários
Nesta etapa identificaram-se as forças motrizes que impactavam sobre a estrutura
sistêmica construída. As forças motrizes geralmente são externas e atuam estruturalmente na
realidade. São classificadas em “tendências predeterminadas” onde por aquilo que já se sabe é
possível inferir com aceitável nível de certeza seus desdobramentos ou “incertezas críticas”,
onde força atuante é influenciada por fatores imprevisíveis, sobre as quais não se tem ideia de
seus desdobramentos no futuro, conforme a Tabela 3.
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Tabela 3: Forças Motrizes
Tendência pré-determinada Incertezas Críticas
Sistema político
Mudança de modelo educacional
Participação da presença do estado na economia
Grau de conscientização da população
Empresários como políticos
Eficiência do sistema jurídico
Cultura da corrupção
Qualidade do sistema educacional
Fonte: Elaborado pelos autores (2016)
De acordo com a Tabela 3 oito forças motrizes foram identificadas pelo grupo, sendo
que seis foram classificadas como tendências pré-determinadas e duas como incertezas
críticas, utilizadas para a construção dos cenários conforme a Erro! Fonte de referência não
encontrada..
Figura 6: Cenários
Fonte: Elaborado pelos autores (2016)
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Cenário 1 – alto nível educacional/baixa corrupção na sociedade (sou brasileiro e não
desisto nunca)
Este cenário surge com investimentos de longo prazo em educação, o que proporciona
a formação e retenção de professores qualificados, que melhoram a qualidade do ensino,
desenvolvendo o senso crítico e ético dos estudantes.
Neste cenário, uma vez que o nível educacional é alto, e a incidência de corrupção na
sociedade é baixa, a confiança de investidores externos passa a ser fortalecida, atraindo mais
investimentos para o país. Consequentemente existe um forte desenvolvimento econômico,
evidenciado por meio do aumento constante do PIB.
Uma vez que o cenário se configure, o governo deve revisar o planejamento
estratégico de melhoria da educação, aumentando o investimento de longo prazo neste
segmento.
Cenário 2 – alto nível educacional/alta corrupção na sociedade (o mais lento voa!)
Este cenário se configura a partir do aumento dos investimentos em educação e da
sofisticação da corrupção, em todas as esferas. Sendo que com maiores investimentos em
educação e pouco incentivo em trabalhar as questões éticas e sociais, anticorrupção no
sistema educacional ocorre uma sofisticação do processo de corrupção.
Neste cenário, apesar de que há formação de profissionais com alto nível educacional,
o nível elevado de corrupção desestimula o investimento externo no país, o que enfraquece o
desenvolvimento econômico, reduzindo o PIB, provocando aumento do desemprego e má
gerenciamento dos recursos públicos.
Uma vez que o cenário tenha se configurado, o governo deverá adotar estratégias que
aumentem o rigor das Leis Anticorrupção, chamada estratégia Escalada e também a Escalada
2, que se configura como incentivos para que alunos com maior potencial atuem em setores
anticorrupção.
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Cenário 3 – baixo nível educacional/ baixa corrupção na sociedade (pobre, mas
limpinho!)
Este cenário se configura através de uma má administração pública, que interfere na
priorização de recursos públicos para investimentos em educação e P&D. Este fato reduz o
nível educacional da população, bem como o nível de qualificação dos políticos e a qualidade
da administração pública.
O cenário representa um ambiente de baixa confiabilidade dos investidores externos,
apesar de caracterizar-se por baixa corrupção. A má administração gera dúvidas acerca da
confiabilidade em investir no país, o que diminui o número de investimentos externos. Os
poucos investimentos contribuem para a instabilidade do PIB, provocando alto nível de
desemprego e maior desigualdade social, dificultando o acesso a escolas e reduzindo o nível
educacional da população.
Uma vez que o cenário se configure, o governo deve elaborar um plano para aumentar
o investimento em educação e P&D na tentativa de aumentar o nível educacional. Também
deve atuar no incentivo a criação de leis anticorrupção mais severas de modo a garantir a
manutenção dos baixos níveis de corrupção.
Cenário 4 – alta corrupção / baixa educação (eh nóis!!)
Este cenário surge com poucos investimentos de longo prazo em educação, o que
dificulta a formação e retenção de professores qualificados, refletindo diretamente no baixo
nível de qualidade do ensino, e no baixo desenvolvimento do senso crítico e ético dos
estudantes.
Neste cenário, uma vez que há baixo nível educacional, há uma alta incidência de
corrupção na sociedade, provocando uma redução considerável da confiança de investidores
externos, reduzindo drasticamente o volume de investimentos para o país. Consequentemente,
há uma redução no desenvolvimento econômico, evidenciado por meio da queda brusca do
PIB do país.
Uma vez que o cenário se configure, o governo deve elaborar um planejamento
estratégico de melhoria da educação, visando investimentos de longo prazo. Criar leis
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“A Engenharia de Produção e as novas tecnologias produtivas: indústria 4.0, manufatura aditiva e outras abordagens
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Anticorrupção robustas e desenvolver um método eficiente de fiscalização nas esferas público
e privada.
Divulgar estrategicamente através da mídia o percentual de investimento social não ser
realizado, devido ao grande volumes de desvio de dinheiro público, oriundo da corrupção
sistêmica, visando elevar o nível de conscientização da sociedade.
Preparar e divulgar um plano robusto para quebrar o enlace circular vicioso entre
educação/corrupção vivenciada pelo país, como forma de aumentar o desenvolvimento
sustentável, gerando confiança e atraindo mais investimentos futuros para economia interna.
3.6 Sétimo encontro: responder as questões norteadoras e reprojetar o sistema
No último encontro o objetivo foi responder as questões norteadoras e encontrar os
pontos de alavancagem. Senge (1995) considera que os pontos de alavancagem são aqueles
onde se atuar pode-se alcançar resultados mais impactantes de forma duradoura. Para tanto o
grupo poderia adicionar novos elementos, relacionamentos ou enlaces faltantes; refazer
conexões que não produzem os efeitos desejáveis ou ainda alterar a estrutura respondendo
quais modelos mentais que precisam ser desafiados?
Para atingir o objetivo desta etapa gerou-se um Mapa Estratégico para atingir o
cenário 1, esse mapa foi criado sob a ótica do BSC (Balance Score Card), e pretende servir de
apoio para as tomadas de decisões. Para isso existem 4 perspectivas a serem alcançadas:
Social; Mercado / Clientes; Processos internos; Pessoas & Aprendizagem.
O objetivo do Mapa Estratégico é:
Esclarecer e traduzir a visão e a estratégia;
Comunicar e associar objetivos e medidas estratégicas;
Alinhar iniciativas estratégicas;
Melhorar o feedback;
O Mapa Estratégico visa o ganho Social, eliminando qualquer tipo de corrupção e
priorizando a educação de alta qualidade. Acredita-se que esse mapa pode nós levar a uma
melhora significativa.
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Figura 7: Mapa estratégico sob a ótica do BSC
Fonte: Elaborado pelos autores (2016)
4. Aprendizado e considerações finais
Com base no estudo que foi realizado, através da aplicação do Método do Pensamento
Sistêmico e Planejamento de Cenários (PSPC), percebeu-se que uma ampla compreensão da
relação circular de causalidade entre a Corrupção e a Educação no Brasil é uma tarefa
complexa e difícil, visto a quantidade de atores envolvidos e os mais diversos pontos de vista
sobre o problema e as formas de buscar soluções, muitas delas reativas e simplistas, sem levar
em conta as relações com outros fatores e os impactos destes eventos na sociedade.
Porém, a utilização do método do pensamento sistêmico auxiliou a compreender os
diversos eventos de forma relacionada orientando a uma melhor interpretação das séries
históricas de eventos que não foram devidamente tratados.
A identificação dos eventos e as séries históricas de suas respectivas variáveis
possibilitou a melhor compreensão dos indicadores que auxiliam a quantificar a evolução do
evento no período de interesse. Outro ponto a se destacar é que através da detecção de padrões
de comportamento foi possível estruturar as inter-relações dos eventos através da construção
dos arquétipos, clarificando o aprendizado da metáfora do iceberg.
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A identificação dos modelos mentais e a construção dos cenários trouxe grande
aprendizado ao grupo uma vez que este processo busca entender a forma de pensar e agir dos
atores e quais os futuros possíveis baseados nesses modelos. Uma limitação é a
impossibilidade de contar com a presença dos atores para expor seus modelos mentais e ter
seus pontos de vista.
Por fim geralmente há um entendimento raso sobre problemas complexos como
corrupção e educação, sendo o entendimento do problema costuma ser o primeiro passo para a
solução do mesmo e o Método Sistêmico se apresenta como uma ferramenta confiável para
endereçar este e outros problemas de mesma natureza, possibilitando ampliar nossa visão para
ações que realmente serão eficientes na solução do problema.
Como forma de disseminar o aprendizado aqui adquirido sobre o Método Sistêmico,
foi construído um website (http://www.corrupcaoeeducacao.com.br) com os passos para
futuras aplicações.
5. Bibliografia
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<http://www.gazetadopovo.com.br/vida-publica/brasil-vive-emaranhado-legal-e-nem-sabe-quantas-leis-estao-
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