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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO DEPARTAMENTO DE PESCA E AQÜICULTURA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM RECURSOS PESQUEIROS E AQÜICULTURA WANESSA DE MELO COSTA CRESCIMENTO POPULACIONAL DE ROTÍFEROS Brachionus plicatilis Müller, 1786, CULTIVADOS COM MICROALGAS E DIETA FORMULADA. Recife, PE Fevereiro - 2008

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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO

DEPARTAMENTO DE PESCA E AQÜICULTURA

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM RECURSOS PESQUEIROS E AQÜICULTURA

WANESSA DE MELO COSTA

CRESCIMENTO POPULACIONAL DE ROTÍFEROS

Brachionus plicatilis Müller, 1786, CULTIVADOS COM MICROALGAS

E DIETA FORMULADA.

Recife, PE

Fevereiro - 2008

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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO

DEPARTAMENTO DE PESCA E AQÜICULTURA

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM RECURSOS PESQUEIROS E AQÜICULTURA

WANESSA DE MELO COSTA

CRESCIMENTO POPULACIONAL DE ROTÍFEROS

Brachionus plicatilis Müller, 1786, CULTIVADOS COM MICROALGAS

E DIETA FORMULADA.

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Recursos Pesqueiros e Aqüicultura da Universidade Federal Rural de Pernambuco como parte dos requisitos para obtenção do título de Mestre em Recursos Pesqueiros e Aqüicultura.

Orientador: Alfredo Olivera Gálvez, Dr.

Recife, PE

Fevereiro - 2008

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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO

DEPARTAMENTO DE PESCA E AQÜICULTURA

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM RECURSOS PESQUEIROS E

AQÜICULTURA

CRESCIMENTO POPULACIONAL DE ROTÍFEROS Brachionus plicatilis Müller,

1786, CULTIVADOS COM MICROALGAS E DIETA FORMULADA.

Por: Wanessa de Melo Costa

Esta dissertação foi julgada para a obtenção do título de Mestre em Recursos Pesqueiros e Aqüicultura pelo Programa de Pós-Graduação em Recursos Pesqueiros e Aqüicultura, e aprovada em sua forma final.

___________________________________________

Prof. Dr. Paulo Travassos Coordenador do Programa

BANCA EXAMINADORA

______________________________________________

Prof. Dr. Alfredo Olivera Gálvez - Orientador Universidade Federal Rural de Pernambuco

______________________________________________ Drª. Alitiene Moura Lemos Pereira - Membro externo

Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – EMBRAPA - Piauí

______________________________________________ Prof. Dr. Fernando de Figueiredo Porto Neto - Membro externo

Universidade Federal Rural de Pernambuco

______________________________________________ Prof. Dr. Ronaldo Olivera Cavalli - Membro interno

Universidade Federal Rural de Pernambuco

______________________________________________ Prof. Dr. Sílvio Ricardo Maurano Peixoto - Membro interno (Suplente)

Universidade Federal Rural de Pernambuco

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DEDICATÓRIA

Aos meus pais,

Walter Costa e Vera Lúcia de Melo Costa.

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AGRADECIMENTOS

A Deus.

À minha família, por todo o apoio durante a minha vida.

Ao Programa de Pós-graduação em Recursos Pesqueiros e Aqüicultura da

Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), em nome do coordenador prof.

Dr. Paulo Travassos, da secretária Selma Santiago e de todos os professores.

Ao Departamento de Pesca e Aqüicultura da UFRPE, em nome de todos os

funcionários e professores que contribuíram para a minha formação acadêmica.

À Coordenadoria da Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia de Pernambuco

(FACEPE) que, através da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível

Superior (CAPES), me concedeu a bolsa de estudos para o mestrado.

Ao professor Dr. Alfredo Gálvez, por me orientar durante o mestrado.

Ao professor Ronaldo Cavalli, por suas contribuições neste trabalho.

Aos membros da banca examinadora.

Ao Laboratório de Piscicultura Marinha da Universidade Federal de Santa Catarina

pela concessão da cepa de rotífero utilizada neste trabalho.

Ao Laboratório de Limnologia da UFRPE, em nome do professor Dr. William Severi

e dos alunos Tereza Paiva, Antony Lima e Márcia Prado pelas análises de água.

À M. Sc. Marina Figueiredo, pela nossa grande amizade e por sempre me ajudar.

À “equipe inicial” do zooplâncton do Laboratório de Produção de Alimento Vivo

(LAPAVI): Isabela Bacalhau, Emanuell Felipe, Ronaldo Xavier e Jorge Pinheiro.

À “equipe oficial” do zooplâncton do LAPAVI: Ianna Cavalcanti, Gláucia Brito,

Renata Nascimento, Yllana Marinho e Ana Paula.

À equipe do fitoplâncton pela amizade e pelo suporte em todas as horas necessárias:

Danielli Matias, Weruska Costa, Emília Lacerda, Elizabeth Pereira, Nathalia Calazans,

Roberta Nery, Renata Alencar, Suzana Maria, Guislaine Souza e Karol Santos.

Aos amigos do Laboratório de Maricultura Sustentável: Leônidas Cardoso, Ícaro

Gomes, Irũ Guimarães, Henrique Lavander, Ricardo Mendes e André Batista.

Aos amigos do mestrado, em especial às amigas Juliana Santos e Sâmia Rocha.

Às minhas amigas Maria Zita Tabosa e Elizabeth Siqueira, por tudo!

À amiga professora Dra. Fábia Viana, por todos os nossos momentos divertidos!

Às amigas Lorena Ávalos, Andrea Santelices e Cláudia Durruty... aquí!!!!!!

A Pedro Henrique Barros, pelo carinho, companheirismo e compreensão, sempre!

E a todos que passaram pelo LAPAVI e ajudaram a construir essa dissertação.

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RESUMO

Os quatro experimentos, divididos em dois artigos, avaliaram o crescimento populacional de rotíferos Brachionus plicatilis alimentados com microalga e dieta formulada, através da densidade populacional, taxa de crescimento e reprodutiva, tempo de duplicação e produção de ovos dos rotíferos. O artigo 1 avaliou o crescimento populacional de B. plicatilis alimentados com microalga Isochrysis galbana e uma dieta formulada Culture Selco® Plus (CSP). No experimento 1, cada unidade experimental foi estocada com 50 rotíferos.mL-1, utilizando microalga I. galbana nas densidades celulares de 50 x 104 cél.mL-1 e 500 x 104 cél.mL-1, e dieta formulada CSP. Não houve diferença significativa nas densidades diárias dos rotíferos. A densidade final mais alta ocorreu com rotíferos alimentados com microalga na densidade de 50x104 cél.mL-1 (268 rotíferos.mL-1). No experimento 2, as unidades experimentais foram estocadas com 200 rotíferos.mL-1 e a alimentação foi realizada com as microalgas I. galbana e Nannochloris sp., ambas com densidade celulares de 50x104 cél.mL-1 e dieta formulada. Neste experimento, observou-se a maior densidade final (402 rotíferos.mL-1) quando os rotíferos foram alimentados com a dieta formulada. Porém, houve diferença significativa (p<0,05) no crescimento populacional diário dos rotíferos. B. plicatilis alcançam densidade populacional mais alta e apresentam múltiplos ovos quando alimentados com dieta formulada (CSP). Artigo 2: experimento 1, foi realizado com três diferentes espécies de microalgas: Chaetoceros calcitrans, na densidade de 2,5x104 cél.mL-1, I. galbana e Nannochloropsis sp. na densidade 5x104 cél.mL-1 para ambas as espécies. Não houve diferenças significativas entre os tratamentos. No experimento 2, com dieta formulada (CSP) as densidades iniciais de rotíferos foram: 250, 150 e 50 rotíferos.mL-1, tratamentos 1, 2 e 3, respectivamente. A mais alta densidade populacional ao final do cultivo (média de 122 rotíferos.mL-1) foi observada quando a densidade inicial foi 250 rotíferos.mL-1 (p<0,05). No tratamento 3, as taxas de crescimento populacional e de duplicação obtiveram valores positivos (0,11±0,09). A taxa reprodutiva foi superior a 0,25 nos tratamentos 2 e 3. As densidades iniciais de rotíferos no cultivo influenciam na densidade populacional e taxas de crescimento e reprodutiva de rotíferos B. plicatilis alimentados com CSP. Palavras-chave: Brachionus plicatilis, microalga, culture selco® plus, crescimento populacional

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ABSTRACT

The four experiments, divided in two articles, evaluated the population growth of Brachionus plicatilis fed microalgae and formulated diet, by means of population density, growth and reproductive rates, time of duplication and egg production. Article 1 evaluated the population growth of B. plicatilis fed microalgae Isochrysis galbana and formulated diet Culture Selco® Plus (CSP). In experiment 1, each experimental unit was stocked with 50 rotifers.mL-1, using microalga I. galbana in the cellular densities of 50x104 cells.mL-1 and 500x104 cells.mL-1, and CSP. There were no significant differences in the rotifers daily densities. The highest final density occurred in rotifers fed microalga in the density of 50x104cells.mL-1 (268 rotifers.mL-1). In experiment 2, the experimental units were stocked with 200 rotifers.mL-1 and feeding was based in the microalgae species I. galbana and Nannochloris sp., both with cellular density of 50x104 cells.mL-1 and formulated diet. In this experiment, was observed the highest final density (402 rotifers.mL-1) when the rotifers were fed formulated diet. However, there were significant difference (p<0.05) in the daily population growth of the rotifers. B. plicatilis reaches the highest population density and shows multiple eggs when fed formulated diet (CSP). Article 2: experiment 1 was carried out with three microalgae species: Chaetoceros calcitrans, in density of 2.5x104 cells.mL-1, I. galbana and Nannochloropsis sp., in density of 5x104 cells.mL-1 for both species. There was not significantly difference between treatments. In experiment 2, with formulated diet (CSP), the initial rotifer densities were: 250, 150 e 50 rotifers.mL-1, treatments 1, 2 and 3, respectively. The highest final density at the end of the culture (mean 122 rotifers.mL-1) was observed when the initial density was 250 rotifers.mL-1 (p<0.05). In the treatment 3, the rates of population growth and duplication received positive values (0.11±0.09). The reproductive rate was higher than 0.25 in treatments 2 and 3. The initial densities of rotifers in the culture influence population density and growth and reproduction rates of rotifers B. plicatilis fed CSP.

Keywords: Brachionus plicatilis, microalgae, culture selco® plus, growth population

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LISTA DE TABELAS

Artigo 1

Crescimento populacional de rotíferos Brachionus plicatilis Müller, 1786,

alimentados com microalgas e dieta formulada

Tabela 1. Média e desvio padrão da densidade populacional (rotíferos.mL-1)

de B. plicatilis alimentados com diferentes dietas em ambos

experimentos.......................................................................................

29

Tabela 2. Média e desvio padrão das taxas de crescimento específico e tempo

de duplicação de B. plicatilis alimentados com diferentes dietas......

30

Tabela 3. Média e desvio padrão da taxa reprodutiva de B. plicatilis

alimentados com diferentes dietas......................................................

31

Artigo 2

Cultivo de rotífero Brachionus plicatilis (Müller, 1786) com diferentes espécies de

microalgas e dieta formulada

Tabela I. Densidade populacional (rotíferos.mL-1) B. plicatilis alimentados

com dieta formulada (média±desvio padrão)........................................

48

Tabela II. Taxa de crescimento populacional e tempo de duplicação de B.

plicatilis alimentados com diferentes dietas (média±desvio padrão)....

49

Tabela III. Compostos nitrogenados ao final do cultivo de B. plicatilis

(média±desvio padrão)..........................................................................

50

Tabela IV. Taxa reprodutiva de B. plicatilis alimentados com dieta formulada

(média±desvio padrão)..........................................................................

51

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LISTA DE FIGURAS Artigo 1

Crescimento populacional de rotíferos Brachionus plicatilis Müller, 1786,

alimentados com microalgas e dieta formulada

Figura 1.

Porcentagem de B. plicatilis com e sem ovos no experimento 1. 1A:

tratamento 1; 1B: tratamento 2; 1C: tratamento 3.......................................

32

Figura 2. Porcentagem de B. plicatilis com e sem ovos no experimento 2. 2A:

tratamento 1; 2B: tratamento 2; 2C: tratamento 3.......................................

33

Artigo 2

Cultivo de rotífero Brachionus plicatilis (Müller, 1786) com diferentes espécies de microalgas e dieta formulada

Figura 1. Densidade populacional de B. plicatilis durante o cultivo em beckers de

250 mL. Cada ponto representa a média de quatro réplicas e desvio

padrão.........................................................................................................

48

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SUMÁRIO

DEDICATÓRIA

AGRADECIMENTOS

RESUMO

ABSTRACT

LISTA DE TABELAS

LISTA DE FIGURAS

INTRODUÇÃO..............................................................................................................10

REVISÃO DE LITERATURA.......................................................................................12

ARTIGOS A SEREM SUBMETIDOS PARA PUBLICAÇÃO ....................................22

Artigo 1. Crescimento populacional de rotíferos Brachionus plicatilis Müller, 1786,

alimentados com microalgas e dieta formulada

(Submetido à Revista Brasileira de Ciências Agrárias)

Resumo ..................................................................................................................24

Abstract..................................................................................................................25

INTRODUÇAO.....................................................................................................26

MATERIAL E MÉTODOS...................................................................................27

RESULTADOS E DISCUSSÃO ..........................................................................28

CONCLUSÃO.......................................................................................................34

LITERATURA CITADA......................................................................................34

Diretrizes para autores - Revista Brasileira de Ciências Agrárias .................................37 Artigo 2. Cultivo de rotífero Brachionus plicatilis (Müller, 1786) com diferentes

espécies de microalgas e dieta formulada

(Submetido à Revista Arquivos de Ciências do Mar do Instituto de Ciências do Mar)

Resumo ..................................................................................................................42

Abstract................................................................................................................. .43

INTRODUÇÃO.....................................................................................................44

MATERIAL E MÉTODOS...................................................................................45

RESULTADOS E DISCUSSÃO ..........................................................................47

CONCLUSÃO.......................................................................................................51

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS............................................................51

Diretrizes para autores - Revista Arquivos de Ciências do Mar.....................................55

REFERÊNCIAS ............................................................................................................58

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INTRODUÇÃO

A produção mundial da aqüicultura no ano de 2004 foi de 59,4 milhões de

toneladas e o Brasil apresentou uma produção de 269.699 t. Durante o período 1994-

2004, a captura mundial de peixes cresceu somente 1,1%, enquanto o volume produzido

pelas operações de cultivo cresceu 115,8% (FAO, 2006).

Os peixes marinhos ocuparam o 5º lugar no ranking de produção em relação

aos outros grandes grupos de organismos marinhos cultivados, atingindo cerca de 1,3

milhões de toneladas no ano de 2004, apresentando um aumento de 192% em relação ao

ano de 1994 (FAO, idem).

Para o cultivo de larvas de várias espécies marinhas de peixes, por exemplo, as

microalgas, por estarem na base da cadeia alimentar, são indispensáveis como fonte de

alimento (Reitan et al., 1997). Além da alimentação direta de estágios larvais de

organismos marinhos, as microalgas podem servir de alimentos para outros organismos

utilizados na larvicultura, como rotífero e artêmia (Hamada et al., 1993; Lubzens et al.,

1995), que funcionam como recicladores de compostos nitrogenados eliminados pelas

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larvas e também quelantes de alguns metais que se encontram na coluna d’água

(Barbieri Jr. e Ostrensky Neto, 2002).

Quando não se tem o devido conhecimento do hábito alimentar do organismo

cultivado, a utilização de alimento vivo na larvicultura apresenta um custo elevado visto

que poderá haver perdas excessivas desse alimento. Por isso, os experimentos para

determinar a concentração ideal de alimento vivo tornam-se uma alternativa viável nas

larviculturas de camarão e peixes marinhos.

Uma vez existindo a possibilidade de oscilação na oferta de alimento vivo,

como a Artemia, o cultivo de rotíferos em uma larvicultura pode ocasionar uma

segurança na alimentação, mesmo que esses organismos não apresentem as mesmas

características nutricionais (Barbieri Jr. e Ostrensky Neto, idem).

Tendo em vista que a região Nordeste do país tem atualmente uma alternativa

promissora para a aqüicultura, sendo ela o cultivo de espécies de peixes pouco

estudadas como o beijupirá Rachycentron canadum (Goode, 1884), a viabilidade deste

cultivo dependerá também da quantidade e qualidade do alimento ofertado às larvas.

O objetivo deste trabalho foi estudar o crescimento populacional de rotíferos

Brachionus plicatilis alimentados com microalga e dieta formulada, através da análise

das variáveis densidade populacional, taxa de crescimento e reprodutiva, tempo de

duplicação e produção de ovos dos rotíferos.

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REVISÃO DE LITERATURA

Há muito, experiências na aqüicultura têm mostrado que a maioria dos peixes e

crustáceos adultos pode ser produzida com base apenas em alimento inerte, embora haja

vantagens no fornecimento de alimento vivo. Todavia, as fases larvais da maioria destas

espécies dependem inteiramente de alimento vivo (Pillay, 1990).

Embora a tendência atual seja o uso de alimentos artificiais em aqüicultura,

para muitos organismos o alimento natural ainda é vital. Neste caso, nas larviculturas

são produzidas não apenas algas como também zooplâncton para o consumo de larvas

de peixes, crustáceos e moluscos (Muller-Fuega, 2000).

Em muitos casos, as dietas artificiais para a alimentação de organismos

aquáticos não suprem as necessidades nutricionais dos organismos, sendo, por isso,

geralmente associadas com alimento vivo. Uma dieta adequada é geralmente específica,

atendendo às exigências de uma espécie ou um grupo restrito, significando anos de

pesquisa e recursos financeiros empregados para sua elaboração (Pereira, 2001).

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Nutricionalmente, as microalgas são fontes de macronutrientes (proteínas,

lipídeos, carboidratos), vitaminas e outros elementos-traço. São ainda, ricas em

pigmentos, como astaxantina, zeaxantina, clorofila e ficocianina, que são importantes

para peixes e camarões (Barbieri Jr. e Ostrensky Neto, 2002).

Na busca de microalgas para uso na aqüicultura, muitas espécies foram e

continuam sendo estudadas. As preferidas são as que reúnem qualidades ideais de

nutrição e digestibilidade, apresentam tamanho celular adequado e suportam condições

de cultivo (Silva et al., 2003).

O valor nutricional das microalgas depende, principalmente, da sua

composição bioquímica. Embora exista uma grande diferença nas composições das

microalgas em função da classe e a espécie que se está trabalhando, as proteínas são

sempre o maior constituinte orgânico, seguido usualmente de lipídeos e então pelos

carboidratos (Coutteau, 1996).

Durante anos, rotíferos e náuplios de Artemia têm sido utilizados como

alimento inicial para larvas de peixes marinhos. Além disso, são usados comercialmente

para cultivar larvas de camarão marinho e peixes de água doce. Outros zooplâncton

como copépodos, protozoas e larvas de ostras também são ofertados, porém rotíferos e

cladóceros têm provado ser mais eficientes (Hoff e Snell, 2004).

Os rotíferos têm vantagens que propiciam o seu uso na aqüicultura, incluindo

alta taxa de reprodução, pequeno tamanho, baixa velocidade de natação na coluna

d’água, alta qualidade nutricional e facilidade de cultivo (Giliberto e Mazzola, 1981;

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Fulks e Main, 1991; Treece e Davis, 2000; Lubzens et al., 2001; Hoff e Snell, op. cit.).

Além disso, é um animal filtrador não seletivo que pode ser alimentado com uma

extensa variedade de alimentos, incluindo microalgas, leveduras, bactérias e alimentos

inertes (Gatesoupe e Robin, 1981; Gatesoupe et al., 1989).

Brachionus plicatilis é um rotífero importante na alimentação primária de

larvas de muitos animais marinhos cultivados (Groeneweg e Schluter, 1981; Treece e

Davis, op. cit.), especialmente de peixes e crustáceos (Groeneweg e Schluter, 1981;

Baskerville-Bridges e Kling, 2000; Gallardo et al., 2000; Lubzens et al., op. cit.;

Yoshimura et al., 2003; Assavaaree et al., 2003; Curnow et al., 2006).

Características biológicas de Brachionus plicatilis

O rotífero B. plicatilis encontra-se de acordo com a taxonomia:

Filo Rotifera

Classe Monogononta

Ordem Ploima

Família Brachionidae

Gênero Brachionus

Espécie B. plicatilis Müller, 1786

Esta espécie apresenta pelo menos 13 variedades (estirpes) diferentes em todo

o mundo. Porém, são genericamente agrupadas em dois grandes grupos: os da variedade

S e os da variedade L (Barbieri Jr. e Ostrensky Neto, op. cit.).

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Vários autores divergem no que diz respeito ao comprimento das diferentes

estirpes de rotíferos. Para Fukusho (1989) apud Arancibia e Medel (2005) a estirpe L

possui uma lorica de 100 a 340 µm; Pillay (op. cit.) afirma que a estirpe L possui 300

μm a 350 μm e a S possui 150 μm a 200 μm; Dhert (1996) cita que o comprimento da

lorica da estirpe L varia de 130 to 340 µm (média de 239 µm) e da estirpe S varia de

100 to 210 µm (média de 160 µm); Barbieri Jr. e Ostrensky Neto (op. cit.) afirmam que

a variedade S possui entre 150 a 220 µm e a variedade L, entre 200 e 360 µm.

O tamanho do rotífero é basicamente determinado por características genéticas,

além da influência do ambiente. Temperatura, salinidade, tipo e disponibilidade de

alimentos podem provocar variações de até 15% no tamanho dos rotíferos (Barbieri Jr. e

Ostrensky Neto, idem).

Os machos possuem tamanho reduzido e são menos desenvolvidos que as

fêmeas: alguns medem apenas 60 µm. O corpo desta espécie possui um número

constante de células, cerca de 1000, e o crescimento do animal é assegurado pelo

aumento de plasma e não por divisão celular (eutélicos) (Dhert, op. cit.).

A epiderme contém uma densa camada de proteína como queratina e é

chamada de lórica. A forma da lórica e o perfil dos espinhos e ornamentos permitem a

identificação das diferentes espécies e morfotipos (Dhert, idem). Além disso, a lórica da

estirpe L possui espinhos obtusos angulados e a da estirpe S possui espinhos pontudos

(Dhert, idem). A cabeça possui um órgão rotatório ou corona, a qual é facilmente

reconhecida pela ciliação anular e dá qual dá origem ao nome do Filo. A corona retrátil

garante locomoção e um movimento giratório da água, o qual facilita a tomada de

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partículas pequenas de alimento (principalmente algas e detritos). O tronco contém o

trato digestório, o sistema excretor e os órgãos genitais. O órgão caraterístico dos

rotíferos é o mástax (aparato calcificado na região da boca), que é muito efetivo na

trituração de partículas ingeridas. O pé é uma estrutura retratável sem segmentação,

finalizando em quarto dedos (Dhert, ibidem).

Rotíferos Monogononta possuem heterogenia cíclica, ou seja, alternam gerações

partenogenéticas com gerações bissexuais. A reprodução sexual é induzida por fatores

internos e externos (Gilbert, 1977; Hagiwara, 1994 apud Assavaaree et al., op. cit.)

O tempo de vida dos rotíferos tem sido estimado entre 3,4 a 4,4 dias a 25 ºC

(Dhert, op. cit.). Barbieri Jr. e Ostrensky Neto (op. cit.) afirmam que o tempo médio de

vida dos rotíferos é de 6 a 8 dias. Dhert (op. cit.) afirma que rotíferos recém eclodidos se

tornam adultos após 0,5 a 1,5 dias e as fêmeas nesse tempo começam a liberar ovos a

cada quatro horas aproximadamente. Acredita-se que as fêmeas possam produzir dez

gerações de descendência antes de sua morte.

Brachionus plicatilis tem a vantagem de ser eurífaga e aceitar uma ampla gama

de alimentos (Pourriot, 1991; Treece e Davis, op. cit.). Devido às excelentes taxas de

crescimento no cultivo em larga escala e ao rendimento obtido no cultivo de rotíferos,

as microalgas tem constituído seu alimento tradicional, sendo as espécies mais

utilizadas Chlorella vulgaris, Tetraselmis suecica, Nannochloropsis sp., Phaeodactylum

tricornutum, Isochrysis galbana e às vezes Dunaliella tertioleta (Pourriot, idem). Sem

dúvida, por considerações econômicas e/ou produtivas, as microalgas freqüentemente

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são utilizadas em conjunto ou individualmente com a levedura Saccharomyces

cerevisiae (Coves et al., 1991; Treece e Davis, op. cit.).

Condições de cultivo

O cultivo de rotíferos pode ser feito com base em diferentes tipos de alimento,

sendo os mais comuns as leveduras (S. cerevisiae e Candida sp.), algas secas em pó,

microalgas e alguns produtos comerciais, sendo utilizados na melhoria de sua qualidade

nutricional, a qual é de grande importância para sobrevivência e crescimento de larvas

de peixes (Lavens et al., 1992; Nagata e Whyte, 1992; Caric et al., 1993; Fernandez-

Reiriz et al., 1993; Sandnes et al., 1994 apud Lie et al., 1997).

A dieta formulada mais freqüentemente usada na Europa para o cultivo de

rotíferos é Culture Selco® utilizável na forma seca. Ela tem sido formulada como um

completo substituto da microalga viva e ao mesmo tempo garante a incorporação de

altos níveis de EFA (ácidos graxos essenciais) e vitaminas nos rotíferos. A composição

bioquímica do Culture Selco® consiste de 45% de proteínas, 30% de carboidratos, 15%

de lipídeos (33% dos quais são (ω-3) HUFA - ácidos graxos altamente insaturados) e

7% de cinzas. As características físicas são ótimas para a ingestão pelos rotíferos: a

partícula, com 7 µm de tamanho médio, permanece em suspensão na coluna d’água e

não lixivia (Dhert, op. cit.).

A qualidade nutricional do rotífero na larvicultura pode ser manipulada pelo

seu regime alimentar (Srivastava et al., 2006). De acordo com Dhert et al. (2001),

produtos comerciais têm sido formulados de forma a incrementar o conteúdo lipídico e

vitamínico dos rotíferos.

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É possível produzir rotíferos com altos valores nutricionais, porém, sua

qualidade fica aquém dos valores ótimos, devido a sua baixa qualidade higiênica e

diversas outras condições como baixa taxa reprodutiva e velocidade de natação (Dhert

et al., idem).

Kostopoulou et al. (2006) analisaram as mudanças na estratégia reprodutiva de

B. plicatilis sob diferentes regimes alimentares comparando o uso de Selco® em relação

à levedura de pão S. cerevisiae, ambos associados com a microalga T. suecica e

observaram que a densidade e a taxa reprodutiva foram mais altas com levedura,

enquanto que a taxa de crescimento específico foi mais alta com Selco®.

Durante a fase exponencial do cultivo de rotíferos, uma taxa reprodutiva abaixo

de 0,25 indica que o cultivo não está em boas condições e provavelmente se manterá

estável ou haverá uma queda na densidade populacional e isto normalmente está

associado à má qualidade ou à baixa quantidade de alimento, ou ainda, à condições

ambientais desfavoráveis (Arancibia e Medel, op. cit.).

Utilizando um sistema de recirculação, Suantika et al. (2003) encontraram

taxas de crescimento específico de 0,50 para rotíferos alimentados com Culture Selco®.

Sabe-se que a temperatura afeta a produtividade dos rotíferos (Miracle e Serra,

1989). B. plicatilis é mais produtiva abaixo de 26 ºC (Fielder et al., 2000) e alcança seu

ótimo crescimento entre 18 e 25°C (Dhert, op. cit.). Para Hagiwara (1993 e 1994 apud

Assavaaree et al., op. cit.), as faixas ótimas de temperatura para reprodução sexual e

crescimento populacional de B. plicatilis são 15 a 25 ºC e 25 a 30 ºC , respectivamente.

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Para B. plicatilis, a salinidade é um importante fator ambiental que afeta

reprodução e crescimento, tendo ambos influência ecológica e de cultivo (Lubzens et al.

2001; Derry et al. 2003 apud Lowe et al., 2005).

B. plicatilis é uma espécie eurialina, habitando em meios com salinidade entre

2 e 100 (Fengqi, 1996). Para Lubzens (1987), embora B. plicatilis possa suportar largas

faixas de salinidade, desde 1 a 97, a ótima faixa para reprodução pode ser inferior a 35.

Da mesma opinião são Lubzens et al. (1985) e Snell (1986) apud Lubzens et al. (op.

cit.), citando faixa ótima de salinidade para reprodução assexual entre 10 e 25.

A taxa de reprodução depende da salinidade, temperatura quantidade e

qualidade de alimento e é espécie específica (Snell, 1986; Lubzens, 1987; Miracle e

Serra, 1989; Korstad et al., 1989a,b; Hirayama, 1990 apud Lubzens et al., op. cit.).

O nível de oxigênio dissolvido na água de cultivo depende da temperatura,

densidade de rotífero e tipo de alimento (Dhert, op. cit.). A maioria dos rotíferos podem

sobreviver em águas com oxigênio dissolvido a 2 mg.L-1(Sorgeloos e Lavens, 1996).

Fukusho (1989) apud Arancibia e Medel (op. cit.) afirma que B. plicatilis

consome 0,7 mg.L-1 de oxigênio/dia, a 20 ºC, aumentando para 1,0 mg.L-1 de

oxigênio/dia, a 25 ºC e 1,6 mg.L-1 de oxigênio/dia, a 30 ºC.

Pouco se sabe sobre a real importância da intensidade luminosa no cultivo de

rotíferos, porém os cultivo interiores se desenvolvem com luz permanente ou parcial,

entre 2000 e 5000 lux, com um fotoperíodo de 16:8 horas de luz:escuro. Em todo caso,

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se utilizar microalgas como alimento, convém manter luz contínua superficial com o

objetivo de permitir o desenvolvimento permanente destas (Rivas et. al, 1990 apud

Arancibia e Medel, op. cit.).

Rotíferos se desenvolvem em níveis de pH em torno de 6,6. Sob condições de

cultivo, os melhores resultados são obtidos com pH próximo de 7,5 (Dhert, op. cit.).

Arancibia e Medel (op. cit.) afirmam que a literatura mostra uma ampla faixa de

tolerância a pH dos rotíferos (entre 5 e 10). Hirayama (1990) apud Arancibia e Medel

(op. cit.) observou que em tanques de produção em larga escala, rotíferos suportam pH

entre 7,1 e 7,5 quando alimentados com levedura.

Poucas informações sobre a toxicidade de compostos nitrogenados como

amônia, uréia, nitrito e nitrato que se acumulam no meio de cultivo de rotíferos, são

disponíveis (Arancibia e Medel, op. cit.).

Altos níveis de amônia não-ionizada são tóxicos para rotíferos, mas, se

cultivados em condições com concentrações de NH3 inferiores a 1 mg.L-1 parece não

provocar problemas ao cultivo (Dhert, op. cit.). Hoff e Snell (op. cit.) e (Coves et al.,

1990 apud Sorgeloos e Lavens, op. cit.) também recomendam que o nível de amônia

livre (tóxico) nos cultivos de rotíferos não excedam 1 mg.L-1.

Estudos que caracterizaram a atividade da enzima protease em larvas de

diferentes espécies de peixes marinhos concluíram que devido ao baixo

desenvolvimento do trato digestivo durante as primeiras 2 ou 3 semanas após a eclosão,

peixes marinhos são fortemente dependentes de enzimas exógenas fornecidas pelo

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alimento vivo (Díaz et al., 1997). Isso foi confirmado por vários experimentos

mostrando melhor crescimento de larvas alimentadas com organismos vivos

(Dabrowski, 1979; Lauff e Hofer, 1984; Munilla-Moran et al., 1990; Kolkovski et al.,

1993; Walford e Lam, 1993 apud Díaz et al., idem).

Em contraste, alguns autores têm sugerido que, em algumas espécies, no

momento da primeira alimentação, os níveis das principais enzimas podem ser bastantes

para permitir a digestão da presa ou uma dieta artificial (Baragi & Lowell, 1986; Cahu e

Zambonino, 1994 apud Díaz et al., idem).

Portanto, estudos com alimento vivo e dieta formulada são indispensáveis para

definir, tanto quanti como qualitativamente, o tipo de dieta adequada destinada às larvas

de peixes, além de obter conhecimento a cerca do manejo desses alimentos a fim de

alcançar resultados satisfatórios nas larviculturas e conseqüentemente, na engorda dos

peixes.

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ARTIGOS A SEREM SUBMETIDOS PARA PUBLICAÇÃO

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Artigo 1

Crescimento populacional de rotíferos Brachionus plicatilis Müller, 1786,

alimentados com microalgas e dieta formulada

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Crescimento populacional de rotíferos Brachionus plicatilis Müller, 1786,

alimentados com microalgas e dieta formulada

Population growth of the rotifer Brachionus plicatilis Müller, 1786, fed

microalgae and formulated diet

Wanessa de M. Costa1, Marina B. Figueiredo, Ronaldo O. Cavalli, Alfredo O.

Gálvez

Resumo

O presente trabalho avaliou o crescimento populacional de Brachionus plicatilis

alimentados com microalgas e dieta formulada em dois experimentos. No experimento

1, cada unidade experimental foi estocada com 50 rotíferos.mL-1, utilizando a microalga

Isochrysis galbana nas densidades celulares de 50 x 104 cél.mL-1 e 500 x 104 cél.mL-1, e

uma dieta formulada Culture Selco® Plus (CSP). Não houve diferença significativa nas

densidades diárias dos rotíferos. A densidade final mais alta ocorreu com rotíferos

alimentados com microalga na densidade de 50x104 cél.mL-1 (268 rotíferos.mL-1). No

experimento 2, as unidades experimentais foram estocadas com 200 rotíferos.mL-1 e a

alimentação foi realizada com as microalgas I. galbana e Nannochloris sp., ambas com

densidade celulares de 50 x 104 cél.mL

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Abstract

The present study evaluated the population growth of Brachionus plicatilis fed

microalgae and a formulated diet in two experiments. In experiment 1, each

experimental unit was stocked with 50 rotifers.mL-1, using the microalga Isochrysis

galbana in the cellular densities of 50 x 104 cells.mL-1 and 500 x 104 cells.mL-1, and

formulated diet Culture Selco® Plus (CSP). There were no significant differences in the

rotifers daily densities. The highest final density occurred with rotifers fed microalga in

the density of 50x104cells.mL-1 (268 rotifers.mL-1). In experiment 2, the experimental

units were stocked with 200 rotifers.mL-1 and the feeding was based on the microalgae

I. galbana and Nannochloris sp., both in the cellular density of 50 x 104 cells.mL-1 and

CSP. In this experiment, the highest final density (402 rotifers.mL-1) was observed

when the rotifers were fed formulated diet. However, there were significant difference

(p<0.05) in the daily population growth of the rotifers. B. plicatilis reaches the highest

population density and shows multiple eggs when fed formulated diet (CSP).

Keywords: zooplankton, Isochrysis galbana, Nannochloris sp., culture selco® plus

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INTRODUÇÃO

Experiências na aqüicultura têm mostrado que juvenis e adultos de peixes e

crustáceos podem ser produzidos com base apenas em dietas formuladas, embora haja

vantagens no fornecimento de alimento vivo. Todavia, as fases iniciais da maioria

destas espécies ainda dependem quase que exclusivamente do fornecimento de alimento

vivo (Pillay, 1990).

Durante anos, rotíferos e náuplios de Artemia têm sido utilizados como alimento

inicial para larvas de peixes marinhos. Os náuplios de Artemia também são utilizados

comercialmente para cultivar larvas de camarão marinho e peixes de água doce. Outros

zooplanctontes, como copépodos, protozoas e larvas de ostras também são utilizados,

porém rotíferos e cladóceros têm provado ser mais eficientes para as larviculturas (Hoff

& Snell, 2004).

Rotíferos Brachionus plicatilis são indispensáveis na larvicultura de uma grande

quantidade de peixes marinhos devido a características como pequeno tamanho (120 –

300 μm), reduzida mobilidade e permanência na coluna d’água, capacidade de produção

em larga escala, facilidade de manejo em termos de assimilação de substâncias

enriquecedoras e bactericidas, e ampla faixa de tolerância a mudanças no meio de

cultivo (Giliberto & Mazzola, 1981; Hirayama, 1985; Sorgeloos & Léger, 1992; Hoff &

Snell, 2004).

Vários estudos foram realizados de forma a melhorar a qualidade e a produção de

rotíferos, enfocando a utilização de emulsões de lipídios, microalgas, leveduras e várias

dietas inertes (Mourente et al., 1993; Lie et al., 1997; Kostopoulou et al., 2006). A

espécie de microalga utilizada na alimentação de B. plicatilis pode afetar sua qualidade

nutricional, incluindo seu tamanho, composição química e nas condições

microbiológicas do cultivo (Reitan et al., 1997).

Dhert et al. (2001) afirmaram que quando microalgas de boa qualidade são

disponibilizadas em grandes quantidades, elas se constituem numa excelente dieta para

os rotíferos, principalmente por fornecerem altos níveis de ácidos graxos essenciais.

Dentre as várias espécies de microalgas, o conteúdo específico de ácidos graxos

essenciais DHA 22:6 ω-3 em Isochrysis galbana, e seu relativamente fácil cultivo em

larga escala, a faz ser um atrativo em laboratórios comerciais (Lubzens et al., 1985;

Whyte & Nagata, 1990; Sukenik & Wahnon, 1991; Mourente et al., 1993, apud Dhert et

al., 2001). Porém, na maior parte do tempo, a produção de algas demanda muito

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trabalho, não sendo economicamente viáveis para a alimentação do rotífero (Coutteau &

Sorgeloos, 1997).

O presente trabalho teve como objetivo estudar o crescimento populacional de

rotíferos B. plicatilis através das taxas de crescimento específico e reprodutiva e

produção de ovos, alimentados com dieta formulada e microalga em diferentes

densidades.

MATERIAL E MÉTODOS

Realizaram-se dois experimentos com rotíferos Brachionus plicatilis alimentados

com diferentes dietas monoalgais (alimento vivo) e uma dieta formulada (CSP - Culture

Selco® Plus, INVE N.V., Bélgica). Os experimentos foram realizados no Laboratório de

Produção de Alimento Vivo (LAPAVI) do Departamento de Pesca e Aqüicultura da

Universidade Federal Rural de Pernambuco.

A cepa de B. plicatilis foi obtida no Laboratório de Piscicultura Marinha (LAPMAR)

da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), sendo mantida sob as condições

ideais para a espécie, no LAPAVI para fins experimentais.

No experimento 1, com duração de quatro dias, os rotíferos foram alimentados com

microalga Isochrysis galbana, em duas densidades, e com CSP. Três tratamentos foram

então estabelecidos: I. galbana nas concentrações de 50 x 104 cél.mL-1 (Tratamento 1) e

de 500 x 104 cél. mL-1 (Tratamento 2) e CSP (Tratamento 3). A dieta formulada foi

fornecida de acordo com as especificações do fabricante, ou seja, 0,7, 0,5 e 0,4 g de

CSP para cada milhão de rotíferos nos dias 1, 2 e 3, respectivamente. A densidade

inicial de rotíferos foi de 50 rotíferos.mL-1.

No experimento 2, realizado durante cinco dias, os tratamentos foram Nannochloris

sp. na densidade de 50 x 104 cél.mL-1 (Tratamento 1), I. galbana na concentração de

50x104 cél. mL-1 (Tratamento 2) e CSP nas mesmas quantidades do experimento 1

(Tratamento 3). Neste experimento, as unidades foram inicialmente inoculadas com 200

rotíferos.mL-1.

Em ambos os experimentos, os rotíferos foram cultivados em recipientes plásticos

transparentes cilindro-cônicos, com volume útil de 1,5 L. Uma pedra porosa, colocada

no centro de cada recipiente, forneceu aeração constante. Lâmpadas fluorescentes

proviam cerca de 3000 lux, num fotoperíodo de 24 h de luz. A água do mar, com

salinidade 34, foi previamente filtrada em areia e filtro tipo cartucho, porosidade 3 μm.

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As microalgas foram provenientes do banco de cepas do LAPAVI, onde são

rotineiramente mantidas utilizando o tipo de cultivo semi-contínuo com meio Conway

(Walne, 1974). As microalgas utilizadas nos dois experimentos se encontravam na fase

exponencial de crescimento. Em cada unidade experimental, a quantidade residual de

microalgas (não consumidas pelos rotíferos) foi estimada diariamente a partir do

segundo dia de cultivo com uma câmara de Neubauer. Desta forma, através da

determinação da densidade celular, foi calculado o volume do meio de cultivo de

microalga a ser adicionado em cada uma das unidades de cultivo de rotíferos.

Para avaliar o crescimento populacional de B. plicatilis foram realizadas contagens

diárias dos indivíduos de cada unidade experimental, em câmara de Sedgewick-Rafter

através de uma sub-amostra, fixada em formalina a 4%. Nesta oportunidade também foi

estimada a quantidade de ovos para analisar a produção de múltiplos ovos.

A taxa de crescimento específico (r) foi estimada pela equação: r = (lnN1 – lnN0)/t

(Omori & Ikeda, 1984), onde N0 = densidade inicial de rotíferos (indivíduos.mL-1), N1 =

densidade de rotíferos após o período de cultivo (t) e t = período de cultivo (dias). O

tempo de duplicação (d) foi calculado de acordo com a equação: d = ln2/r e a taxa

reprodutiva (O/F) pela relação de ovos por fêmea.

Diariamente foram mensuradas as variáveis oxigênio dissolvido e temperatura com

um analisador multi-parâmetro (YSI 55, EUA), enquanto a salinidade e o pH foram

medidos com refratômetro (Atago, S10-E) e medidor de pH eletrônico (pH Meter Tec-2,

Tecnal), respectivamente.

Em ambos os experimentos, foi aplicado o delineamento inteiramente casualizado,

com três tratamentos e quatro repetições. Os resultados foram tratados estatisticamente

através do teste de Kolmogorov-Smirnov para normalidade, teste de Cochran para

homogeneidade e, em seguida, análise de variância - ANOVA. Diferenças significativas

entre as médias (p<0,05) foram testadas pelo teste de Duncan.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Os resultados das taxas de crescimento específico e reprodutiva, tempo de duplicação

e produção de ovos estão descritos a seguir. As variáveis hidrológicas salinidade,

temperatura, pH e oxigênio dissolvido não apresentaram variações significativas

(p>0,05) entre os tratamentos ao longo destes experimentos.

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As médias das densidades populacionais de B. plicatilis ao longo do experimento 1

estão representadas na Tabela 1. Não foram encontradas diferenças significativas na

densidade de rotíferos entre os tratamentos (p>0,05).

Tabela 1. Média e desvio padrão da densidade populacional (rotíferos.mL-1) de B. plicatilis alimentados com diferentes dietas em ambos experimentos

Table 1. Mean and standard deviation of the population density of B. plicatilis fed different diets in both experiments

Dieta Dia 1 2 3 4

Experimento 1 Isochrysis galbana (50) 38±7,9 ª 127±28,9 ª 268±88,2 ª Isochrysis galbana (500) 46±18,4 ª 107±52,7 ª 199±58,3 ª

Culture Selco® Plus 59±9,1 ª 156±21,0 a 228±46,0 a Experimento 2

Isochrysis galbana (50) 210±66,3 ª 177±15,1 ª 199±29,7 ª 182±121,4 b

Nannochloris sp. 167±76,3 ª 112±22,7 b 130±21,2 ª 154±14,5 b

Culture Selco® Plus 168±63,8 ª 207±45,6 a 196±68,6 a 401±116,3 a

Dentro de cada experimento, letras diferentes na mesma coluna indicam diferenças significativas Within each experiment, different letters in the same column indicate significant differences

Para o primeiro e o terceiro dia do experimento 2 não foram observadas diferenças

significativas entre os tratamentos (p>0,05). Por outro lado, foram identificadas

diferenças significativas (p<0,05) para o 2° e 4° dias. No segundo dia, os rotíferos

alimentados com I. galbana e CSP apresentaram um maior crescimento populacional

em relação aos alimentados com Nannochloris sp. (p=0,0053). No quarto dia, a

densidade de rotíferos alimentados com CSP foi significantemente maior que nos

demais tratamentos (p=0,0111) (Tabela 1).

De acordo com Dhert et al. (2001), a alimentação e o conseqüente enriquecimento

nutricional de rotíferos são baseados na administração contínua de compostos

nutricionais essenciais durante seu cultivo. Rotíferos alimentados seguindo essa

estratégia são nutricionalmente mais estáveis. Essa estratégia de alimentação é mais

comum em cultivos contínuos ou em sistemas de recirculação. O modelo japonês de

produção de rotíferos faz uso da pasta da microalga Chlorella condensada suplementada

com vitaminas e HUFA (Fu et al., 1997 apud Dhert et al. 2001), enquanto o modelo

europeu trabalha com uma dieta completamente formulada.

Culture Selco é provavelmente a dieta mais usada no cultivo de rotíferos na Europa

por ter excelente composição de ácidos graxos essenciais, particularmente ácidos graxos

altamente poli-insaturados (HUFA) (Léger et al., 1989 apud Dhert et al. 2001). Segundo

o fabricante, CSP tem 15,6 mg.g-1 de matéria seca de HUFA (ω-3).

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uma queda na densidade populacional e isto normalmente está associado à má qualidade

ou à baixa quantidade de alimento, ou ainda, à condições ambientais desfavoráveis

(Arancibia & Medel, 2005). No experimento 1, a taxa reprodutiva foi superior a 0,25 em

todos os tratamentos, indicando que a alimentação e as condições ambientais foram

favoráveis ao cultivo (Tabela 3).

Kostopoulou et al. (2006) analisaram as mudanças na estratégia reprodutiva de B.

plicatilis sob diferentes regimes alimentares comparando o uso de Selco® em relação à

levedura de pão Saccharomyces cerevisiae, ambos associados com a microalga

Tetraselmis suecica e observaram que a densidade e a taxa reprodutiva foram mais altas

com levedura, enquanto que a taxa de crescimento específico foi mais alta com Selco®.

No experimento 1, não houve diferenças significativas na taxa reprodutiva. No

experimento 2, essa taxa foi mais alta quando os rotíferos foram alimentados com I.

galbana e com CSP (Tabela 3).

A diferença entre as taxas reprodutivas de rotíferos alimentados com I. galbana dos

experimentos 1 e 2 pode estar relacionada à densidade do rotíferos (50 e 200

rotíferos.mL-1 nos experimentos 1 e 2, respectivamente) e à concentração de microalga

oferecida, a qual foi constante (50x104 cél.mL-1) do início ao fim dos experimentos.

Tabela 3. Média e desvio padrão da taxa reprodutiva de B. plicatilis alimentados com diferentes dietas Table 3. Mean and standard deviation of the reproductive rate of the B. plicatilis fed different diets

Dieta Taxa reprodutiva (ovos/fêmea) Experimento 1 T1 - Isochrysis galbana (50) 0,45±0,03 ª T2 - Isochrysis galbana (500) 0,45±0,09 ª T3 - Culture Selco® Plus 0,38±0,03 ª Experimento 2 T1 - Isochrysis galbana (50) 0,14±0,01 ª T2 - Nannochloris sp. (50) 0,09±0,03 b

T3 - Culture Selco® Plus 0,25±0,04 ª Dentro de cada experimento, letras diferentes na mesma coluna indicam diferenças significativas Within each experiment, different letters in the same column indicate significant differences

Kostopoulou et al. (2006) afirmaram que rotíferos alimentados com levedura e

Culture Selco possuíam um maior número de fêmeas com múltiplos ovos, fato também

observado no experimento 1, tanto no tratamento com microalga quanto com CSP

(Figura 1). Porém, fêmeas com múltiplos ovos, no experimento 2, foram observadas

apenas no tratamento com CSP (Figura 2).

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0%10%20%30%40%50%60%70%80%90%

100%

1 2 3 4

A

0%10%20%30%40%50%60%70%80%90%

100%

1 2 3 4

B

0%

20%

40%

60%

80%

100%

1 2 3 4Tempo (dias)

Rotíferos sem ovos Rotíferos com 1 ovoRotíferos com 2 ovos Rotíferos com 3 ovosRotíferos com 4 ovos Apenas ovos

C

Figura 1. Porcentagem de B. plicatilis com e sem ovos no experimento 1. 1A: tratamento 1; 1B: tratamento 2; 1C:

tratamento 3 Figure 1. Percentage of B. plicatilis with and without eggs on the experiment 1. 1A: treatment 1; 1B: treatment 2; 1C: treatment 3

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33

0%10%20%30%40%50%60%70%80%90%

100%

1 2 3 4 5

A

0%10%20%30%40%50%60%70%80%90%

100%

1 2 3 4 5

B

0%10%20%30%40%50%60%70%80%90%

100%

1 2 3 4 5Tempo (dias)

Rotíferos sem ovos Rotíferos com 1 ovoRotíferos com 2 ovos Apenas ovos

C

Figura 2. Porcentagem de B. plicatilis com e sem ovos no experimento 2. 2A: tratamento 1; 2B: tratamento 2; 2C:

tratamento 3 Figure 2. Percentage of B. plicatilis with and without eggs on the experiment 2. 2A: treatment 1;2B: treatment 2; 2C: treatment 3

Segundo Martínez-Fernández et al. (2006), I. galbana possui alto teor de lipídios.

Patil et al. (2007), estudando a composição de ácidos graxos de 12 microalgas com

possível uso na aqüicultura, reportaram que a microalga I. galbana possui alto teor de

DHA nos ácidos graxos poliinsaturados. No presente trabalho, esses altos teores de

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lipídios e DHA podem ter refletido no desempenho reprodutivo dos rotíferos

alimentados tanto com a espécie de microalga citada quanto com a dieta formulada.

CONCLUSÕES

A dieta formulada Culture Selco® Plus (CSP) interfere positivamente nas taxas de

crescimento específico e reprodutiva e na produção de ovos de rotíferos Brachionus

plicatilis. Estes resultados são devido ao melhor valor nutricional que CSP proporciona

aos rotíferos.

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Diretrizes para autores - Revista Brasileira de Ciências Agrárias O trabalho submetido à publicação deverá ser cadastrado no portal da revista. O

cadastro deverá ser preenchido apenas pelo autor correspondente que se responsabilizará pelo artigo em nome dos demais autores. Só serão aceitos trabalhos depois de revistos e aprovados pela Comissão Editorial, e que não foram publicados ou submetidos em publicação em outro veículo. Excetuam-se, nesta limitação, os apresentados em congressos, em forma de resumo. Os trabalhos subdivididos em partes I, II..., devem ser enviados juntos, pois serão submetidos aos mesmos revisores. Solicita-se observar as seguintes instruções para o preparo dos artigos. Composição seqüencial do artigo a) Título: no máximo com 15 palavras, em que apenas a primeira letra da primeira palavra deve ser maiúscula. Como chamada referente ao título, deve-se usar n?-índice que poderá indicar se foi trabalho extraído de tese, ou apresentado em congresso, entidades financiadoras do projeto e, necessariamente, a data (Recebido para publicação em / / ) em que o trabalho foi recebido para publicação; b) Nome(s) do(s) autor(es): por extenso apenas o primeiro nome e o último sobrenome e separados por vírgula, e somente a primeira letra do nome e dos sobrenomes deve ser maiúscula. Colocar referência de nota no final do último sobrenome de cada autor para fornecer, logo abaixo, endereço institucional, incluindo telefone, fax e e-mail. Os autores pertencentes a uma mesma instituição devem ser referenciados por uma única nota. A condição de bolsista poderá ser incluída. Não deve ser colocado ponto ao final de cada nota; c) Os artigos deverão ser compostos por, no máximo, 6 (seis) autores; d) Resumo: no máximo com 15 linhas; e) Palavras-chave: no mínimo três e no máximo cinco, não constantes no Título; f) Título em inglês no máximo com 15 palavras, ressaltando-se que só a primeira letra da primeira palavra deve ser maiúscula; g) Abstract: no máximo com 15 linhas, devendo ser tradução fiel do Resumo; h) Key words: no mínimo três e no máximo cinco; i) Introdução: destacar a relevância do artigo, inclusive através de revisão de literatura; j) Material e Métodos; k) Resultados e Discussão; l) Conclusão devem ser escritas de forma sucinta, isto é, sem comentários nem explicações adicionais, baseando-se nos objetivos da pesquisa; m) Agradecimentos (facultativo); n) Literatura Citada. Quando o artigo for escrito em Inglês ou em Espanhol, o título, resumo e palavras-chave deverão também constar, respectivamente, em Português e em Inglês, mas com a seqüência alterada, vindo primeiro no idioma principal. Edição do texto a) Processador: Word for Windows; b) Texto: fonte Times New Roman, tamanho 12. Não deverá existir no texto palavras em negrito; c) Espaçam-ento: duplo entre o título, nome(s) do(s) autor(es), resumo e abstract; simples entre item e subitem; e no texto, espaço 1,5; d) Parágrafo: 0,5 cm;

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e) Página: Papel A4, orientação retrato, margens superior e inferior de 2,54 cm, e esquerda e direita de 3,00 cm, no máximo de 20 páginas não numeradas; f) Todos os itens em letras maiúsculas, em negrito e centralizados, exceto Resumo, Abstract, Palavras-chave e Key words, que deverão ser alinhados à esquerda e apenas as primeiras letras maiúsculas. Os subitens deverão ser alinhados à esquerda, em negrito e somente a primeira letra maiúscula; g) As grandezas devem ser expressas no SI (Sistema Internacional) e a terminologia científica deve seguir as convenções internacionais de cada área em questão; h) Tabelas e Figuras (gráficos, mapas, imagens, fotografias, desenhos); - Títulos de tabelas e figuras deverão ser escritos em português e inglês. O título em português deverá ser escrito em fonte Times New Roman, estilo normal e tamanho 9. O título em inglês deverá ser inserido logo abaixo com fonte Times New Roman, estilo itálico e tamanho 8; - As tabelas e figuras devem apresentar larguras de 9 ou 18 cm, com texto em fonte Times New Roman, tamanho 9, e ser inseridas logo abaixo do parágrafo onde foram citadas pela primeira vez. Exemplo de citações no texto: Figura 1; Tabela 1. Tabelas e figuras que possuem praticamente o mesmo título deverão ser agrupadas em uma única tabela ou figura criando-se, no entanto, um indicador de diferenciação. A letra indicadora de cada sub-figura numa figura agrupada deve ser maiúscula e com um ponto (exemplo: A.), e posicionada ao lado esquerdo superior da figura e fora dela. As figuras agrupadas devem ser citadas no texto da seguinte forma: Figura 1A; Figura 1B; Figura 1C. - As tabelas não devem ter tracejado vertical e o mínimo de tracejado horizontal. Exemplo do título, o qual deve ficar acima: Tabela 1. Estações do INMET selecionadas (sem ponto no final). Em tabelas que apresentam a comparação de médias, mediante análise estatística, deverá existir um espaço entre o valor numérico (média) e a letra. As unidades deverão estar entre parêntesis. - As figuras não devem ter bordadura e suas curvas (no caso de gráficos) deverão ter espessura de 0,5 pt, e ser diferenciadas através de marcadores de legenda diversos e nunca através de cores distintas. Exemplo do título, o qual deve ficar abaixo: Figura 1. Perda acumulada de solo em função do tempo de aplicação da chuva simulada (sem ponto no final). Para não se tornar redundante, as figuras não devem ter dados constantes em tabelas. Fotografias ou outros tipos de figuras, deverão ser escaneadas com 300 dpi e inseridas no texto. O(s) autor(es) deverá(ão) primar pela qualidade de resolução das figuras, tendo em vista uma boa reprodução gráfica. As unidades nos eixos das figuras devem estar entre parêntesis, mas, sem separação do título por vírgula. Exemplos de citações no texto a) Quando a citação possuir apenas um autor: ... Freire (1997) ou ... (Freire, 1997). b) Quando possuir dois autores: ... Freire & Nascimento (1997), ou ... (Freire & Nascimento, 1997). c) Quando possuir mais de dois autores: Freire et al. (1997), ou (Freire et al., 1997). Literatura citada As referências citadas no texto deverão ser dispostas em ordem alfabética pelo últimoo sobrenome do primeiro autor e conter os nomes de todos os autores, separados por ponto e vírgula. As citações devem ser, preferencialmente, de publicações em periódicos dos últimos dez anos, as quais deverão ser apresentadas conforme os exemplos a seguir: a) Livros

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Michereff, S.J.; Andrade, D.E.G.T. de; Menezes, M. Ecologia e manejo de patógenos radiculares em solos tropicais. 1.ed. Recife: Imprensa Universitária da Universidade Federal Rural de Pernambuco, 2005. 398p. b) Capítulo de livros Ribeiro, M.R.; Freire, F.J.; Montenegro, A.A. de A. Solos halom󲦩cos no Brasil: ocorrência, gênese, classificação, uso e manejo sustentável. In: Alvares V., V.H.; Melo, J.W.V. de (org.). Tópicos especiais em ciência do solo. Viçosa/MG: Sociedade Brasileira de Ciência do Solo, 2003. v.3, p.165-208. c) Revistas Santana, D.F.Y.; Lira, M. de A.; Santos, M.V.F. dos; Dubeux J?, J.C.B.; Silva, M. da C. da; Santos, V.F. dos; Fernandes, A. de P. Métodos de recuperação de pastagens de Brachiaria decubens Stapf no agreste pernambucano. Revista Brasileira de Zootecnia, Viçosa, v.35, n.3, p.699-705, 2006. d) Citações no prelo (aceitas para publicação) devem ser evitadas e só referenciadas quando forem imprescindíveis à elaboração dos artigos Costa, J.V.T; Lira Junior, M.A.; Ferreira, R.L.C.; Stamford, N.P.; Campanharo, M.; Souza, C.A. Relacionamento entre tamanho do nódulo e medições convencionais da nodulação. Acta Scientiarum, Maringá, 2007. No prelo. e) Dissertações e teses Santos, M.H.B dos. Diagnótico precoce do sexo de fetos caprinos e ovinos pela ultra-sonografia em tempo real. Recife: Universidade Federal Rural de Pernambuco, 2006. 193p. Tese Doutorado. f) Trabalhos apresentados em congressos (Anais, Resumos, Proceedings, Disquetes, CD ROMS) Fischer, A.F.; Hazin, F.H.V.; Viana, D.; Albanez, F.; Carvalho, F.C de; Pacheco, J.C. Dados preliminares da biologia reprodutiva do tubarão flamengo (Carcharinus acronotus) capturados na costa pernambucana. In: Congresso Brasileiro de Oceanografia, 2, 2005, Vitória. Resumos ... Vitória: SBOC, 2005. p. 130. No caso de disquetes ou CD Rom, o título da publicação continuará sendo Anais, Resumos ou Proceedings, mas o n? de páginas serão substituídas pelas palavras Disquetes ou CD Rom. g) WWW (World Wide Web) e FTP (File Transfer Protocol) Burka, L.P. A hipertext history of multi-user dimensions; MUD history. http://www.ccs.neu.edu/home/lpb/mud-history-html. 10 Nov. 1997. h) Citações de comunicação pessoal deverão ser referenciadas como notas de rodapé, quando forem imprescindíveis à elaboração dos artigos. Outras informações sobre a normatização de artigos 1) Os títulos das bibliografias listadas devem ter apenas a primeira letra da primeira palavra maiúscula, com exceção de nomes próprios. O título de eventos deverá ter apenas a primeira letra de cada palavra maiúscula; 2) O nome de cada autor deve ser por extenso apenas o primeiro nome e o último sobrenome, sendo apenas a primeira letra maiúscula; 3) Não colocar ponto no final de palavras-chave, key words e títulos de tabelas e figuras. Todas as letras das palavras-chave devem ser minúsculas, incluindo a primeira letra da primeira palavra-chave; 4) No Abstract, a casa decimal dos números deve ser indicada por ponto em vez de vírgula; 5) A Introdução deve ter, preferencialmente, no máximo 2 páginas. Não devem existir na Introdução equações, tabelas, figuras, e texto teórico sobre um determinado assunto;

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6) Evitar parágrafos muito longos; 7) Não deverá existir itálico no texto, em equações, tabelas e figuras, exceto nos nomes científicos de animais e culturas agrícolas, assim como, nos títulos das tabelas e figuras escritos em inglês; 8) Não deverá existir negrito no texto, em equações, figuras e tabelas, exceto no título do artigo e nos seus itens e subitens; 9) Em figuras agrupadas, se o título dos eixos x e y forem iguais, deixar só um título centralizado; 10) Todas as letras de uma sigla devem ser maiúsculas; já o nome por extenso de uma instituição deve ter maiúscula apenas a primeira letra de cada nome; 11) Nos exemplos seguintes o formato correto é o que se encontra no lado direito da igualdade: 10 horas = 10 h; 32 minutos = 32 min; 5 l (litros) = 5 L; 45 ml = 45 mL; l/s = L s-1; 27?C = 27 ?C; 0,14 m3/min/m = 0,14 m3 min-1 m-1; 100 g de peso/ave = 100 g de peso por ave; 2 toneladas = 2 t; mm/dia = mm d-1; 2x3 = 2 x 3 (deve ser separado); 45,2 - 61,5 = 45,2-61,5 (deve ser junto). A % é ¡ ? unidade que deve estar junta ao número (45%). Quando no texto existirem valores numéricos seguidos, colocar a unidade somente no ?o valor (Exs.: 20 e 40 m; 56, 82,5 e 90,2%). Quando for pertinente, deixar os valores numéricos com no máximo duas casas decimais; 12) No texto, quando se diz que um autor citou outro, deve-se usar apud em vez de citado por. Exemplo: Walker (2001) apud Azevedo (2005) em vez de Walker (2001) citado por Azevedo (2005); 13) Na definição dos parâ-metros e variáveis de uma equação, deverá existir um traço separando o símbolo de sua definição. A numeração de uma equação dever estar entre parêntesis e alinhada esquerda. Uma equação dever ser citada no texto conforme os seguintes exemplos: Eq. 1; Eq. 4.; 14) O artigo deve ter, preferencialmente, no máximo 25 citações bibliográficas, sendo a maioria em revistas/periódicos recentes (últimos 5 anos). Seguir rigorosamente os exemplos, apresentados nestas normas, dos formatos das citações bibliográficas no texto e da listagem. 15) Quando o artigo for submetido não mais será permitida mudança de nome dos autores, seqüência de autores e quaisquer outras alterações que no sejam por solicitado do editor.

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Artigo 2

Cultivo de rotífero Brachionus plicatilis (Müller, 1786) com diferentes espécies de microalgas e dieta formulada

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Cultivo de rotífero Brachionus plicatilis (Müller, 1786) com diferentes espécies de microalgas e dieta formulada

Rotifer Brachionus plicatilis (Müller, 1786) culture with different microalgae

species and formulated diet

Wanessa de Melo Costa1, Marina Bezerra Figueiredo1, Januária Cavalcanti

Cezar de Albuquerque2, Ianna Maria de Alencar Cavalcanti3, Gláucia Andreza

de Brito da Silva3, Alfredo Olivera Gálvez4

Resumo

O presente trabalho consta de dois experimentos os quais avaliaram o cultivo

rotíferos Brachionus plicatilis através da densidade populacional, taxas de

crescimento e reprodutiva e produção de ovos. O experimento 1 foi realizado

com três espécies de microalgas: Chaetoceros calcitrans, na densidade de

2,5x104 cél.mL-1, Isochrysis galbana e Nannochloropsis sp., na densidade

5x104 cél.mL-1 para ambas as espécies. Não houve diferenças significativas

entre os tratamentos. No experimento 2, com dieta formulada Culture

Selco®Plus (CSP) as densidades iniciais de rotíferos foram: 250, 150 e 50

rotíferos.mL-1, tratamentos 1, 2 e 3, respectivamente. A mais alta densidade

populacional ao final do cultivo (média de 122 rotíferos.mL-1) foi observada

quando a densidade inicial foi 250 rotíferos.mL-1 (p<0,05). No tratamento 3, a

taxa de crescimento populacional e taxa de duplicação obtiveram valores

positivos (0,11±0,09). A taxa reprodutiva foi superior a 0,25 nos tratamentos 2 e

3. As densidades iniciais de rotíferos no cultivo influenciam na densidade

populacional e taxas de crescimento e reprodutiva de rotíferos B. plicatilis

alimentados com CSP.

Palavras-chave: zooplâncton, microalgas, culture selco® plus.

1 Mestre em Recursos Pesqueiros e Aqüicultura do Departamento de Pesca e Aqüicultura Universidade Federal Rural de Pernambuco, R. Dom Manoel de Medeiros, s/n, Recife, PE, 52171900. Fone: 81-3320-6504. Fax: 81–3320-6502. [email protected] 2 Engenheira de Pesca pela Universidade Federal Rural de Pernambuco. 3 Graduandas em Engenharia de Pesca da Universidade Federal Rural de Pernambuco. 4 Professor adjunto da Universidade Federal Rural de Pernambuco.

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Abstract

The present study involves two experiments that evaluated Brachionus plicatilis

rotifer culture through population density, growth and reproductive rate and egg

production. The experiment one was realized with three microalgae species:

Chaetoceros calcitrans, in density of 2.5x104 cells.mL-1, Isochrysis galbana and

Nannochloropsis sp., in density of 5x104 cells.mL-1 for both species. There were

not significantly differences between treatments. In experiment two, with

formulated diet Culture Selco®Plus (CSP), the initial rotifer densities were: 250,

150 e 50 rotifers.mL-1 (treatments 1, 2 and 3, respectively). The highest final

density (mean 122 rotifers.mL-1) was observed when the initial density was 250

rotifers.mL-1 (p<0.05). In the treatment 3, the rate of population growth rate and

duplication received positive values (0.11±0.09). The reproductive rate was

higher than 0.25 in treatments 2 and 3. The initial densities of rotifers in the

culture influence population density and growth and reproduction rates of

rotifers B. plicatilis fed CSP.

Keywords: zooplankton, microalgae, culture selco® plus.

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INTRODUÇÃO Durante anos, rotíferos e náuplios de Artemia têm sido utilizados como

alimento inicial para larvas de peixes marinhos. Os náuplios de Artemia

também são utilizados comercialmente para cultivar larvas de camarão marinho

e peixes de água doce. Outros zooplanctontes como copépodos, protozoas e

larvas de ostras também são utilizados, porém rotíferos e cladóceros têm

provado ser mais eficientes (Hoff e Snell, 2004).

O rotífero Brachionus plicatilis é indispensável na larvicultura de uma grande

quantidade de peixes marinhos devido a características como pequeno

tamanho (120 – 300 μm), reduzida mobilidade e permanência na coluna

d’água, capacidade de produção em larga escala, facilidade de manejo em

termos de assimilação de substâncias enriquecedoras e bactericidas e ampla

faixa de tolerância a mudanças no meio de cultivo (Giliberto e Mazzola, 1981;

Hirayama, 1985; Sorgeloos e Léger, 1992; Lubzens et al., 2001; Hoff e Snell,

2004).

Dentre as várias espécies de microalgas, o conteúdo específico de ácidos

graxos essenciais DHA 22:6 ω-3 em Isochrysis galbana, e seu relativamente

fácil cultivo em larga escala a faz ser um atrativo em laboratórios comerciais

(Lubzens et al., 1985; Whyte e Nagata, 1990; Sukenik e Wahnon, 1991;

Mourente et al., 1993, apud Dhert et al., 2001). Porém, na maior parte do

tempo, a produção de algas demanda muito trabalho, não sendo

economicamente viáveis para a alimentação do rotífero (Coutteau e Sorgeloos,

1997).

A dieta formulada mais freqüentemente usada na Europa para o cultivo de

rotíferos é Culture Selco® utilizável na forma seca. Ela tem sido formulada

como um completo substituto para microalga viva e ao mesmo tempo garante a

incorporação de altos níveis de EFA (ácidos graxos essenciais) e vitaminas nos

rotíferos. Segundo o fabricante, a composição bioquímica da dieta formulada

Culture Selco® consiste de 45% de proteínas, 30% de carboidratos, 15% de

lipídeos (33% dos quais são (ω-3) HUFA - ácidos graxos altamente

insaturados), e 7% de cinzas. As características físicas são ótimas para a

ingestão pelos rotíferos: a partícula, tendo 7 µm de tamanho, permanece em

suspensão na coluna d’água com uma relativamente forte aeração e não lixivia

(Dhert, 1996).

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Vários estudos foram realizados de forma a melhorar a qualidade e a

produção de rotíferos, enfocando a utilização de emulsões de lipídios,

microalgas, leveduras e várias dietas inertes (Mourente et al., 1993; Lie et al.,

1997; Kostopoulou et al., 2006).

O presente trabalho teve como objetivo avaliar o crescimento populacional

de B. plicatilis, alimentados com microalgas e dieta formulada e sob diferentes

densidades iniciais de rotíferos, através das taxas de crescimento e

reprodutiva, tempo de duplicação e produção de ovos.

MATERIAL E MÉTODOS Dois experimentos foram realizados com rotíferos Brachionus plicatilis

alimentados três espécies de microalgas e com dieta formulada (CSP - Culture

Selco® Plus, INVE N.V., Bélgica). O experimento 1 foi conduzido no Laboratório

de Maricultura Sustentável (LAMARSU) e o experimento 2, no Laboratório de

Produção de Alimento Vivo (LAPAVI), ambos pertencentes ao Departamento

de Pesca e Aqüicultura da Universidade Federal Rural de Pernambuco.

A cepa de B. plicatilis foi obtida no Laboratório de Piscicultura Marinha

(LAPMAR) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), sendo mantida

no LAPAVI para fins experimentais.

No experimento 1, com duração de 15 (quinze) dias, em beckers de 250 mL,

os rotíferos foram alimentados com três espécies de microalgas: Chaetoceros

calcitrans, na densidade de 2,5x104 cél.mL-1 (Tratamento 1), Isochrysis galbana

(Tratamento 2) e Nannochloropsis sp. (Tratamento 3) na densidade 5x104

cél.mL-1 para ambas as espécies. A iluminação foi mantida constante e a

temperatura se manteve em 21±1 ºC. A densidade inicial de rotíferos foi de 5

rotíferos.mL-1. A água do mar, previamente filtrada em areia e em filtro tipo

cartucho com porosidade de 3 μm, possuía salinidade inicial de 34±1.

As microalgas foram provenientes do banco de cepas do LAPAVI, onde são

rotineiramente mantidas utilizando o tipo de cultivo semi-contínuo com meio

Conway (Walne, 1974). As microalgas utilizadas no experimento se

encontravam na fase exponencial de crescimento. Em cada unidade

experimental, a quantidade residual de microalgas (não consumidas pelos

rotíferos) foi estimada diariamente a partir do segundo dia de cultivo com uma

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câmara de Neubauer. Desta forma, através da determinação da densidade

celular, foi calculado o volume do meio de cultivo de microalga a ser adicionado

em cada uma das unidades de cultivo de rotíferos.

No experimento 2, os rotíferos foram alimentados com dieta formulada CSP

durante três dias, sendo estabelecidas três diferentes densidades iniciais como

tratamentos: 250 rotíferos.mL-1 (Tratamento 1); 150 rotíferos.mL-1 (Tratamento

2) e 50 rotíferos.mL-1 (Tratamento 3). A dieta formulada foi fornecida de acordo

com as especificações do fabricante, ou seja, 0,7, 0,5 e 0,4 g de CSP para

cada milhão de rotíferos nos dias 1, 2 e 3, respectivamente. No quarto dia de

experimento foi realizada a última contagem da densidade populacional e

coleta dos rotíferos.

Os rotíferos do experimento 2 foram cultivados em recipientes plásticos

transparentes cilindro-cônicos, com volume útil de 1,5 L. Uma pedra porosa,

colocada no centro de cada recipiente, fornecia aeração constante. Lâmpadas

fluorescentes proviam cerca de 3000 lux, num fotoperíodo de 24 h de luz

diárias. A água do mar, com salinidade original de 34 e previamente filtrada em

areia e em filtro tipo cartucho com porosidade de 3 μm, foi misturada à água

destilada para obter salinidade de 20, de acordo com o protocolo de cultivo de

rotíferos com CSP.

Amostras da água do mar do primeiro e do último dia do experimento 2

foram obtidas para posterior análise dos compostos nitrogenados: nitrogênio

amoniacal (NH4+NH3), segundo Koroleff (1976), nitrito (NO2) e nitrato (NO3), de

acordo com Mackerett e Heron (1978). As análises foram realizadas no

Laboratório de Limnologia da Universidade Federal Rural de Pernambuco.

Para avaliar o crescimento populacional de B. plicatilis foram feitas

contagens diárias dos indivíduos de cada unidade experimental em câmara de

Sedgewick-Rafter através de uma sub-amostra, fixada em formalina a 4%, de

cada unidade experimental. Nesta oportunidade, também foi estimada a

quantidade de ovos para analisar a produção de múltiplos ovos.

A taxa de crescimento populacional (r) foi estimada pela equação: r = (lnN1 –

lnN0)/t (Omori e Ikeda, 1984), onde N0 = densidade inicial de rotíferos

(indivíduos.mL-1), N1 = densidade de rotíferos após o período de cultivo (t) e t =

período de cultivo (dias). O tempo de duplicação (d) foi calculado de acordo

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com a equação: d = ln2/r e a taxa reprodutiva (O/F) pela relação de ovos por

fêmea.

Diariamente foram mensuradas as variáveis oxigênio dissolvido e

temperatura com um analisador multi-parâmetro (YSI 55, EUA), enquanto a

salinidade e o pH foram medidos com refratômetro (Atago, S10-E) e medidor

de pH eletrônico (pH Meter Tec-2, Tecnal), respectivamente.

O delineamento aplicado foi inteiramente casualizado, com três tratamentos

e três repetições. Os resultados foram tratados estatisticamente no programa

Statistic 6.0, através da análise de variância (ANOVA) precedida dos testes

recomendáveis. Diferenças significativas entre as médias (p<0,05) foram

testadas pelo teste de Duncan. Para valores com distribuição não-paramétrica,

utilizou-se teste de Kruskal-Wallis.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

As variáveis hidrológicas salinidade, temperatura, pH e oxigênio dissolvido

não apresentaram variações significativas ao longo dos dois experimentos.

Pode-se observar, na Figura 1, um crescimento discreto na curva da

densidade populacional do experimento 1, nos sete primeiros dias, os quais

correspondem à fase lag, que segundo Pousão-Ferreira (1995), indica uma

adaptação dos organismos ao meio.

A partir do 8º dia de cultivo os rotíferos alimentados com Isochrysis galbana

conseguiram manter as mais altas densidades (p<0,05) com máxima de

599±59,15 rotíferos.mL-1, no 11º dia de cultivo (Figura 1).

Gallardo et al., 2000, em experimento realizado durante 16 dias com ácido

gama-aminobutírico (GABA) para aumentar a densidade populacional de

rotíferos, encontraram densidades de cerca de 200 rotíferos.mL-1.

Dhert et al. (2001) afirmam que quando microalgas de boa qualidade são

disponibilizadas em grandes quantidades, elas se constituem numa excelente

dieta para os rotíferos, principalmente por fornecerem altos níveis de ácidos

graxos essenciais. Esse fato pode explicar as altas densidades de rotíferos

obtidas com I. galbana, no experimento 1, pois esta espécie possui alto teor de

lipídios (Martínez-Fernández et al., 2006).

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0

100

200

300

400

500

600

700

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15

Tempo (Dias)

Den

sida

de (R

otífe

ros.

ml-1

)

Chaetoceros calcitrans Isocrhysis galbana Nannochloropsis sp.

Figura 1. Densidade populacional de Brachionus plicatilis durante o cultivo em beckers de 250 mL. Cada ponto representa a média de quatro rpetições e desvio padrão

Com relação à densidade populacional de rotíferos no experimento 2, houve

diferenças significativas entre os tratamentos (p<0,05) e o tratamento 1 obteve

densidade mais alta (122±35,0 rotíferos.mL-1) (Tabela 1).

Embora a densidade populacional final mais alta tenha ocorrido no

tratamento 1, de acordo com as especificações do CSP, quando inoculados

com 250 rotíferos.mL-1 (dia 0), as densidades deveriam ser de 400 rotíferos.mL-

1 no dia 1, de 700 rotíferos.mL-1 no dia 2 e de 1200 rotíferos.mL-1 no dia 3,

desde que as variáveis ambientais estivessem de acordo com as especificadas

no produto. Ao contrário deste padrão, os tratamentos 1 e 2, ao final do

experimento, encontraram-se com a metade da densidade populacional inicial

e apenas o tratamento 3 obteve aumento de densidade populacional (Tabela

1). Esse comportamento pode ter ocorrido devido à resíduos de CSP no cultivo

e ao possível aparecimento do protozoário Vorticella, pois não foi utilizado nos

recipientes um material que absorvesse os resíduos de CSP como deveria.

Tabela I. Densidade populacional (rotíferos.mL-1) B. plicatilis alimentados com

dieta formulada (média±desvio padrão)

Dia Densidade inicial de rotífero (rot.mL-1) no dia 0 1 2 3

250 242±39,5 ª 222±14,0 ª 122±35,0 a

150 236±36,1 ª 137±99,8 b 80±17,0 b

50 61±24,6 b 55±25,6 c 83±7,5 b

Letras diferentes na mesma coluna diferem significativamente entre tratamentos

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Em geral, os valores de “r” da maioria das espécies de rotíferos variam de

0,2 a 2 por dia, dependendo da espécie e da quantidade de alimento fornecida

(Sarma et al., 2001). Entre as espécies de Brachionus, B. plicatilis e B.

calyciflorus tem taxas de crescimento mais altas que 0,5 por dia (Sarma et al.,

2001). Porém, isso não foi observado nos presentes experimentos (Tabela 2).

Utilizando sistema de recirculação, Suantika et al. (2003) encontraram taxas

de crescimento populacional de rotíferos alimentados com Culture Selco de

0,50. Essas taxas de crescimento foram superiores às encontradas no presente

estudo, possivelmente devido à densidade inicial de rotíferos no cultivo as

quais foram 250, 150 e 50 rotíferos.mL-1, e de 500 rotíferos.mL-1 no

experimento de Suantika et al. (2003), pois o fato de um sistema de

recirculação promover um cultivo estável, devido à estabilidade das variáveis

hidrológicas, não pode ser considerado neste caso pois no presente

experimento também não houve variação brusca nas variáveis hidrológicas.

Tabela II. Taxa de crescimento populacional e tempo de duplicação de B.

plicatilis alimentados com diferentes dietas (média±desvio padrão)

Taxa de crescimento populacional

(duplicações/dia)

Tempo de duplicação

(dias/duplicação)

Experimento 1 Microalga

Chaetoceros calcitrans 0,11±0,02 a 11,09±22,91 ª Isochrysis galbana 0,07±0,20 ª 22,88±32,66 b

Nannochloropsis sp. 0,06±0,21 ª -19,30±74,99 c

Experimento 2 Densidade inicial de rotífero (rot.mL-1)

250 -0,17±0,08 b -4,12±1,42 b

150 -0,17±0,07 b -4,65±1,76 b

50 0,11±0,09 ª 5,62±0,99 a

Letras diferentes na mesma coluna diferem significativamente nos diferentes experimentos

A qualidade da água do cultivo do experimento 2 foi analisada de acordo

com os compostos nitrogenados: nitrogênio amoniacal (NH4+NH3), nitrito (NO2)

e nitrato (NO3) das amostras coletadas no final do cultivo. A média dos valores

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Tabela IV. Taxa reprodutiva de B. plicatilis alimentados com microalga e dieta

formulada (média±desvio padrão)

Taxa reprodutiva (ovos/fêmea) Experimento 1 Microalga

Chaetoceros calcitrans 0,30±0,09 a

Isochrysis galbana 0,29±0,15 a

Nannochloropsis sp. 0,28±0,13 a

Experimento 2 Densidade inicial de rotífero (rot.mL-1)

250 0,13±0,07 a

150 0,34±0,60 a

50 0,42±0,39 a

Letras iguais na mesma coluna não diferem significativamente nos diferentes experimentos

CONCLUSÕES

A densidade populacional, as taxas de crescimento e reprodutiva e a

produção de ovos de rotíferos Brachionus plicatilis, alimentados com dieta

formulada Culture Selco® Plus, variam de acordo com as densidades iniciais de

rotíferos no cultivo. A espécie de microalga Isochrysis galbana é mais eficiente

no cultivo de rotíferos.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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Títulos das ilustrações

Figura 1. Densidade populacional de Brachionus plicatilis durante o cultivo em beckers de 250 mL. Cada ponto representa a média de quatro réplicas e desvio padrão Tabela I. Densidade populacional (rotíferos.mL-1) B. plicatilis alimentados com dieta formulada (média±desvio padrão) Tabela II. Taxa de crescimento populacional e tempo de duplicação de B. plicatilis alimentados com diferentes dietas (média±desvio padrão) Tabela III. Compostos nitrogenados ao final do cultivo de B. plicatilis (média±desvio padrão) Tabela IV. Taxa reprodutiva de B. plicatilis alimentados com dieta formulada (média±desvio padrão)

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Diretrizes para autores - ARQUIVOS DE CIÊNCIAS DO MAR (Archives of Marine Sciences)

O periódico Arquivos de Ciências do Mar constitui o meio de comunicação científico do Instituto de Ciências do Mar (LABOMAR), Universidade Federal do Ceará, em Fortaleza, Estado do Ceará, Brasil, sendo publicado pela Imprensa Universitária da Universidade Federal do Ceará. Sua distribuição para cerca de 400 instituições nacionais e estrangeiras é gratuita, sendo este intercâmbio a principal fonte alimentadora do acervo da Biblioteca Setorial do LABOMAR. Esta revista se dedica à divulgação de pesquisas relacionadas com as águas tropicais e subtropicais dos oceanos, especialmente da América do Sul. Os seguintes campos de pesquisa constituem o objeto dos artigos nela publicados: Oceanografias Física e Química, Geologia e Geoquímica Marinhas, Biologia, Bioecologia, Dinâmica Populacional, Oceanografia Pesqueira, Maricultura, Microbiologia Ambiental e do Pescado, e Prospecção Pesqueira. Os Arquivos de Ciências do Mar encontram-se em seu 43º ano de publicação. Tendo começado em 1961, os primeiros cinco volumes foram publicados como Arquivos da Estação de Biologia Marinha da Universidade do Ceará, nome que mudou para Arquivos da Estação de Biologia Marinha da Universidade Federal do Ceará, de 1966 a 1968 e, somente a partir de 1969 assumiu a denominação que se mantém até o presente momento.

Natureza do texto Os trabalhos podem ser apresentados sob três categorias: Artigo Original, Nota Científica e Revisão bibliográfica. Artigo Original – um texto será considerado original quando representa um avanço no conhecimento da área de estudo e permite ao leitor avaliar objetivamente os dados apresentados e sua fundamentação teórica. Nota Científica – trata-se de uma descrição concisa mas completa de um assunto sujeito a investigação de caráter limitado, e com a mesma estrutura de um artigo original. Revisão Bibliográfica – trata-se da revisão geral de uma área do conhecimento, constando do processo de compilação, análise e discussão de informações já publicadas. Tais artigos devem ser enriquecidos com contribuições pessoais e dar crédito a todos os trabalhos, publicados ou não, que representem um avanço no contexto do desenvolvimento do assunto.

Conselho Editorial Editor-Chefe: Antonio Adauto Fonteles Filho, Ph.D. – Dinâmica Populacional e Administração Pesqueira – Instituto de Ciências do Mar E-mail: [email protected]

Editor-Associado: Alberto Jorge Pinto Nunes, Ph.D. – Maricultura – Instituto de Ciências do Mar E-mail: [email protected]

Conselho Consultivo Alexandre Zerbini, Ph.D. – Genética de Mamíferos- School of Aquatic and Fishery Sciences, University of Washington, Seattle, USA Carlos Tassito Corrêa Ivo, Ph.D. – Dinâmica Populacional - Centro de Pesquisa e Gestão de Recursos Pesqueiros do Litoral Norte/IBAMA, Belém - PA Elírio E. Toldo Junior, Ph.D – Geologia Marinha - Universidade Federal do Rio Grande do Sul Erminda da Conceição Guerreiro Couto, Ph.D. – Ecologia de Comunidades Bentônicas, Universidade Estadual de Ilhéus, Ilhéius - BA Ernesto Hoffer, Ph.D.- Microbiologia – Instittuto Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro - RJ Eurico Cabral de Oliveira Filho, Ph.D. – Biologia de Macroalgas – Universidade de São Paulo, São Paulo - SP Fábio Hissa Vieira Hazin, Ph.D.- Dinâmica Populacinal/Oceanografia Pesqueira – Universidade Federal Rural de Pernambuco, Recife - PE Gustavo Hitzschky Fernandes Vieira, Ph.D. – Tecnologia do Pescado - Universidade Vale do Acaraú, Sobral - CE Manuel Haimovici, Ph.D. – Dinâmica Populcional/Oceangorafia Pesqueira – Universidade Federal do Rio Grande, Rio Grande - RS Melquiades Pinto Paiva, Ph.D. – Biologia Pesqueira/Administração da Pesca – Universidade Federal do

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Rio de Janeiro, Rio de Janeiro – RJ Rosa de Lima Silva Mello – Biologia de Moluscos – Universidade Federal Rural de Pernambuco, Recife – PE Sílvio José de Macêdo, Ph.D. – Oceanografia Química – Universidade Federal de Pernambuco, Recife - PE Tereza Cristina Vasconcelos Gesteira, Ph.D. – Aquicultura – Instituto de Ciências do Mar, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza - CE

Normas para Apresentação As contribuições devem ser enviadas para o Editor-Chefe em disquete, digitadas em tamanho A4, com tipo Arial 12 no programa Microsoft Word 6.0, juntamente com duas cópias impressas. No preparo dos originais deve-se observar, sempre que possível, a estrutura convencional dos artigos científicos: Título, Resumo e Abstract, com palavras-chaves e key words, Introdução, Material e Métodos, Resultados, Discussão e Referências Bibliográficas.

Título – deve ser breve e indicativo da exata finalidade do trabalho, em letras maiúsculas, seguido de sua tradução para o Inglês, Autores – com seus nomes escritos em letras maiúsculas somente nas iniciais, seguidos de um número sobrescrito como chamada para o rodapé, onde devem ser citados: cargo que ocupa(m), instituição de origem, condição de bolsista do CNPq, CAPES ou outras organizações e e-mail. Resumo – em português, com no máximo 200 palavras, sem emprego de parágrafos. Deve ser conciso e claro, ressaltando os resultados mais importantes. Abstract - em Inglês, com as mesmas características do Resumo. Palavras-chaves (key words) – colocadas em seguida ao Resumo e Abstract, em número máximo de oito. Introdução – deve estabelecer com clareza o objetivo do trabalho, relacionando-o com outros do mesmo campo e apresentado de forma sucinta a situação em que se encontra o problema investigado. Extensas revisões de literatura devem ser substituídas por referências aos trabalhos mais recentes em que tais revisões tenham sido apresentadas. Material e Métodos – a descrição dos métodos usados deve limitar-se ao suficiente, para possibilitar a perfeita compreensão dos mesmos; processos e técnicas já descritos em outros trabalhos devem apenas citados, a menos que tenham sido bastante modificados. Resultados – devem ser apresentados com clareza e, sempre que necessário, acompanhados de tabelas e material ilustrativo adequados. Discussão – deve restringir-se à avaliação dos resultados obtidos e de suas possíveis causas e consequências, relacionando as novas contribuições aos conhecimentos anteriores. Evitar hipóteses ou generalizações não baseadas nos resultados do trabalho. Referências Bibliográficas – devem ser apresentadas em ordem alfabética por sobrenome do autor e, em caso de repetição da autoria, em ordem temporal. A seguir, as normas para os diversos tipos de contribuição e respectivos exemplos.

· Artigo publicado em periódico – nome do (s) autor (es) seguido das iniciais, título completo do artigo, nome abreviado do periódico (em itálico), cidade (sempre que possível),volume, número, número de páginas, ano. Fonteles-Filho, A.A. & Ivo, C.T.C. Comportamento migratório da lagosta Panulirus argus (Latreille), em frente ao Estado do Ceará, Brasil. Bol. Inst. Oceanogr., São Paulo, v. 29, n. 2, p. 173-176, 1980.

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· Livro - nome do(s) autor(es) seguido das iniciais, título completo do livro (em itálico), editora, número de páginas, cidade, ano.

Fonteles-Filho, A.A. Recursos pesqueiros: biologia e dinâmica populacional. Imprensa Oficial do Ceará, XVI + 296 p., Fortaleza, 1989.

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· Capítulo de livro - nome do(s) autor(es) seguido das iniciais, título completo do artigo, número de páginas do capítulo, nome do(s) editor (es), título do livro (em itálico), editora, número de páginas do livro, cidade, ano.

Lipcius, R..N. & Cobb, J.S. Introduction: ecology and fisheries of spiny lobsters, p.1-30, in Phillips, B.S.; Cobb, J.S & Kittaka, J. (eds.), Spiny lobster management. Fishing News Books, 550 p., Oxford, 1994.

· Artigo em Anais de Congresso - nome do(s) autor(es) seguido das iniciais, título completo do artigo, número de páginas do artigo, nome do(s) editor (es), título dos anais (em itálico), editora (se houver), número de páginas dos anais, cidade, ano.

Menezes, M.F. Alimentação da lagosta do gênero Panulirus White, na plataforma continental do Ceará, Brasil, pp. 67-80, in Anais do VI Congresso Brasileiro de Engenharia de Pesca, 273 p., Teresina, 1989.

· Monografia, dissertação ou tese - nome do(s) autor(es) seguido das iniciais, título completo do trabalho (em itálico), especificação do tipo (monografia, dissertação ou tese), nome do curso de pós-graduação, nome da universidade, do número de páginas, cidade, ano.

Ivo, C.T.C., 1996. Biologia, pesca e dinâmica populacional das lagostas Panulirus argus e Panulirus laevicauda (Laterille) (Crustacea; Palinuridae), capturados ao longo da plataforma continental do Brasil, entre os Estados do Amapá e Espírito Santo. Tese de Doutorado, Programa de Pós-graduação em Ecologia e Recursos Naturais, Universidade Federal de São Carlos, 279 p., São Carlos, 1996.

Preparação do texto Ilustrações – todo material ilustrativo (gráficos, fotografias, desenhos, mapas) deve ser designado no texto como “Figura”, com numeração sequencial em algarismos arábicos. As legendas devem ser auto-explicativas e datilografadas em folha à parte. As ilustrações devem ser identificadas com a indicação do nome do autor e título abreviado do artigo. As letras e números das figuras devem ser suficientemente grandes para permitir uma redução que não as torne ilegíveis. Tabelas – devem ter numeração sequencial em algarismos romanos, com título auto-explicativo e, se necessário, legenda colocada como rodapé, prescindindo do texto para sua compreensão.

Apreciação do trabalho - este será analisado por dois membros do Conselho Consultivo. Os pareceres dos relatores serão encaminhados aos autores, juntamente com os originais, para que sejam realizadas as devidas correções.

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