GPS Aplicações topográficas e geodésicas Prof. Artur Caldas Brandão Escola Politécnica - UFBA
CTSIG-Formas-Topográficas-Singulares.pdf
Transcript of CTSIG-Formas-Topográficas-Singulares.pdf
Mestrado Integrado em Engenharia do Ambiente
Departamento de Engenharia de Minas
Cartografia, Topografia e SIG Ano letivo: 2014/2015
2
Sumário
A tarefa 2 da unidade curricular de Cartografia, Topografia e SIG, que vai ser descrita no
presente relatório, teve como objetivo primordial a familiarização com a utilização de cartas
topográficas, nomeadamente com representações de terreno na escala 1:25000. A
concretização desta finalidade passou pela leitura e interpretação de representações de relevo
por curvas de nível de uma área escolhida para o efeito numa carta militar com a escala acima
mencionada e a sua consequente representação numa carta hipsométrica desenhada em
plano de duas dimensões, de forma a adquirir competências relacionadas com estas matérias
para o exercício futuro da vida profissional como engenheiros do ambiente. Somam-se a estes
objetivos as vantagens claras no treino da recriação mental de relevos representados em
plantas e a sua descrição, por escrito, em relatório.
Na realização desta tarefa, foi utilizada uma carta militar de Oliveira de Frades, tendo
sido seleccionada uma área correspondente a de 12 km2, ligeiramente inclinada. O perfil
topográfico desta zona seleccionada resultou na identificação de formas topográficas
singulares (colina, encosta, vale fechado e portela), na elaboração de uma carta hipsométrica
com representação de relevos por cores, no levantamento da rede hidrográfica local e
identificação de uma bacia hidrográfica que cobriu, neste caso, uma área de 1,80 km2. A
elaboração desta tarefa incluiu uma ampliação da área original, de forma a facilitar a sua
elaboração, tendo sido apresentada a razão de escala associada a essa ampliação no presente
relatório.
Mestrado Integrado em Engenharia do Ambiente
Departamento de Engenharia de Minas
Cartografia, Topografia e SIG Ano letivo: 2014/2015
3
Mestrado Integrado em Engenharia do Ambiente
Departamento de Engenharia de Minas
Cartografia, Topografia e SIG Ano letivo: 2014/2015
4
Índice Introdução .................................................................................................................................... 5
Procedimento adotado................................................................................................................. 9
Resultados................................................................................................................................... 10
Cálculos associados aos resultados obtidos .............................................................................. 13
Relativos ao cálculo da área aproximada da bacia hidrográfica escolhida ............................. 13
Relativos ao cálculo da escala associada à carta hipsométrica e à rede hidrográfica ............ 14
Relativos à transposição do valor da área calculada para km2 utilizando a escala adotada .. 15
Análise de resultados obtidos e conclusões .............................................................................. 15
Bibliografia .................................................................................................................................. 16
Anexos ......................................................................................................................................... 17
Mestrado Integrado em Engenharia do Ambiente
Departamento de Engenharia de Minas
Cartografia, Topografia e SIG Ano letivo: 2014/2015
5
Índice de figuras Figura 1:Classificação dos padrões de drenagem segundo a deformação causada na paisagem 8
Figura 2: Classificação dos padrões de drenagem segundo a sua densidade…………………….........8
Figura 3: Digitalização da área escolhida com representação das formas topográficas singulares e respetiva legenda…………………………………………………………………………………………………………………………………10
Figura 4:Digitalização da carta hipsométrica referente à área escolhida. ……………………………..10
Figura 5– Digitalização da rede hidrográfica referente à área escolhida. ……………………………….13
Figura 6 – Digitalização da bacia hidrográfica referente à área escolhida. ……………………………15
Figura 7 – Subdivisão da bacia hidrográfica nas várias formas geométricas para posterior cálculo da área……………………………………………………………………………………………………………………….16
Mestrado Integrado em Engenharia do Ambiente
Departamento de Engenharia de Minas
Cartografia, Topografia e SIG Ano letivo: 2014/2015
6
Introdução
A cartografia é a ciência que trata da conceção, produção, difusão, utilização e estudo
das formas de representação da superfície terrestre [cf. em
http://www.sogeografia.com.br/Conteudos/GeografiaFisica/Cartografia/designada], podendo
reproduzir a superfície da Terra através de mapas geográficos, cartas topográficas ou plantas
topográficas. Na presente tarefa, a ferramenta utilizada foi a carta topográfica. As cartas
topográficas representam, numa superfície plana, uma determinada área de terreno, regional
ou nacional, em escalas iguais ou superiores a 1:500 000 e, geralmente, inferiores a 1: 10 000
[cf. Slides Aula CTSIG 19 Fevereiro 2015, diapositivo 33].
Sendo as cartas topográficas uma ferramenta extremamente rica em informação acerca
do local que representam, torna-se crucial que, para o seu estudo e interpretação, se
conheçam as características que a constituem a fim de se poder usar essa informação das mais
diversas formas em que se pretende aplicar. Um dos aspetos mais importantes e a ter em
conta são as curvas de nível. As curvas de nível são linhas através das quais é representado o
relevo, correspondendo assim à projeção vertical das interseções de hipotéticos planos
horizontais equidistantes e paralelos (equidistância natural) com a superfície do terreno. Cada
curva de nível é convencionalmente definida pela sua cota em relação ao nível médio das
águas do mar e a sua equidistância natural varia consoante a sua escala. No caso das cartas
militares a equidistância natural é de 10m [cf.
http://home.dgeo.uevora.pt/~ems/files/Anexo%20B-05.PDF]. O emprego de uma
equidistância gráfica constante apresenta a vantagem de dar uma estimativa rápida dos
declives, uma vez que o mesmo afastamento relativo das curvas de nível corresponde sempre
ao mesmo declive, sendo portanto, bastante fácil percecionar o relevo do terreno em causa,
como será explicado no parágrafo seguinte. Por outro lado permite a simplificação do desenho
da carta, facilitando o uso simultâneo de outras representações planimétricas e o cálculo da
cota de qualquer ponto. As linhas de nível estão ainda dotadas de mais propriedades a
conhecer pelo utilizador, de entre as quais se destacam o facto de todos os pontos sobre elas
marcados estarem à mesma altitude, a impossibilidade de cruzamento entre si (que seria, com
certeza, causa de um efeito visual errado, dado que estão sempre representadas umas sobre
as outras), a impossibilidade de se bifurcar em duas ou mais linhas de nível (pela simples razão
de que estas curvas têm sempre um fim, fechando-se em si mesmas dentro ou fora do papel) e
a máxima fidelidade na reprodução do terreno em causa [cf. Slides Aula CTSIG 26 Fevereiro
2015, diapositivo 18]. Existem, no entanto, alguns inconvenientes relativos ao uso das curvas
de nível, principalmente nos casos em que estas se apresentam como exageradamente
próximas ou exageradamente afastadas ou quando se cruzam com pontos característicos do
terreno que estejam representados na carta, dificultando a visualização do relevo.
Um outro conceito importante a ter em conta na leitura e interpretação de cartas topográficas
é o declive que se pode definir, de uma maneira genérica, como a inclinação geral do terreno,
entre dois pontos, relativamente ao plano horizontal. O seu valor pode exprimir-se pelo valor
do ângulo que o terreno faz com o plano horizontal ou em percentagem. De facto, num
terreno representado por curvas de nível, a linha de maior declive deste terreno corresponde à
linha perpendicular a todas essas curvas. Um aspeto importante a reter na leitura de uma
carta topográfica é a relação subjacente entre a forma como estão representadas as curvas de
nível e o declive, capaz de ser observada através da configuração e do afastamento destas, ou
Mestrado Integrado em Engenharia do Ambiente
Departamento de Engenharia de Minas
Cartografia, Topografia e SIG Ano letivo: 2014/2015
7
seja: se as curvas são igualmente espaçadas mas bastante afastadas o declive será suave e
uniforme; se as linhas de nível são igualmente espaçadas mas estão muito juntas, estamos
perante um declive acentuado (tanto quanto mais apertadas forem as curvas) mas uniforme;
porém, as linhas de nível podem ainda ser juntas no topo e afastar-se progressivamente para a
base (declive côncavo), podem ser afastadas no topo e apertadas para a base (declive
convexo), fechadas com as de maior cota envolvendo as de maior cota (elevação) ou ainda
fechadas com as de maior cota envolvendo as de menor cota (depressão) [cf. Manual de
Leitura de Cartas do Instituto Geográfico do Exército 7ª edição-Julho/2008, páginas 54 e 55].
Alternativamente, uma outra forma de representação do relevo, numa superfície plana, de
uma determinada porção de terreno pode ser a Carta Hipsométrica que é um documento onde
se preconiza o uso de tons de cores fazendo corresponder, normalmente, as cotas mais altas
com cores mais frias e escuras e as cotas de menor valor de altitude com cores mais quentes e
claras. É um método bastante eficaz, uma vez que indica intuitiva e rapidamente as diferenças
de nível absolutas e relativas, fornecendo de forma rápida a informação de acidentes
topográficos, como são os casos das depressões e elevações [cf.
http://definicoesgeograficas.blogspot.pt/2013/06/definicao-de-mapas-hipsometrico-ou.htm].
Estas formas alternativas de representação devem a sua existência aos Os inúmeros avanços
que têm ocorrido na área da informática e que permitem melhorar a velocidade destas
representações, especialmente no que toca aos Sistemas de Informação Geográfica (SIG). Com
eles e através da altimetria conseguem-se obter, automaticamente, Cartas de Exposição da
Encosta, Cartas de Declives, Recursos Hídricos, etc.
Retomando a constituição de uma carta topográfica, há que representar a superfície de
um terreno incluindo todo o multifacetado de formas que dele fazem parte, sendo de destacar
a existência de umas mais simples do que outras. Por exemplo, o tergo ou zona de festo
(também designado como linha de separação ou divisória das águas) resulta de dois
semiplanos do solo que estabelecem um ângulo convexo e tem esta designação pela analogia
que esta linha do terreno apresenta com a aresta saliente formada pela interseção de dois
tetos. Uma informação a destacar é a de que, sempre que se verifique a interseção da linha de
festo com uma curva de nível, esta apresenta uma concavidade mais acentuada e voltada para
montante [cf. Slides Aula CTSIG 26 Fevereiro 2015, diapositivo 28]. As águas que caem no
tergo separam-se sobre cada lado das suas superfícies e às faces laterais do tergo dá-se o
nome de vertentes ou encostas. Pelo contrário, sempre que se estabelecer um ângulo côncavo
estamos perante um vale e a sua aresta designa-se por talvegue. As águas que caem nos
flancos do vale reúnem-se na linha de talvegue, também chamada de linha de reunião das
águas. A associação de tergos e vales levam à criação de formas compostas com características
específicas como são os casos das, já referidas, elevações e depressões.
Na presente tarefa era pedido que se identificasse uma portela, um vale fechado, uma
encosta côncava e uma colina. Estas formas são, por norma, uma constante nas castas
topográficas. Uma colina define-se como sendo uma elevação de terreno de menor altura que
um monte [cf. http://definicoesgeograficas.blogspot.pt/2013/06/definicao-de-mapas-
hipsometrico-ou.htm]. Por seu turno, considera-se um vale fechado uma depressão de terreno
profunda em forma de V, onde predomina um forte poder de desgaste [cf.
http://www.prof2000.pt/users/elisabethm/geo8/glossario.htm]. Já as encostas côncavas não
são nada mais nada menos do que superfícies com um determinado grau de inclinação (neste
caso côncavo, pelos motivos referidos supra acerca dos diversos tipos de declive no terreno),
que estabelecem uma ligação entre o topo das superfícies de relevo (onde ocorre a divisão de
Mestrado Integrado em Engenharia do Ambiente
Departamento de Engenharia de Minas
Cartografia, Topografia e SIG Ano letivo: 2014/2015
8
Figura 1 – Classificação dos padrões de drenagem segundo a deformação causada na paisagem.
águas) e o fundo do vale, no qual pode culminar a presença de um rio [cf.
http://professoralexeinowatzki.webnode.com.br/geomorfologia/vertentes-encostas-/].
Finalmente, as portelas correspondem a uma pequena deformação em forma de colo [cf.
http://www.priberam.pt/dlpo/portela].
As bacias e redes hidrográficas são, por fim e no que toca à realização desta tarefa,
estruturas a saber ler e identificar na leitura de cartas topográficas e que também estão
intimamente ligadas as formas de relevo conhecidas, uma vez que consoante a sua dinâmica
podem traduzir um maior ou menor poder erosivo, alterando, assim, as paisagens. Conforme
essa deformação causada na paisagem, ou seja, conforme os seus padrões de drenagem,
podem ser classificadas, nomeadamente como dendrítico, retangular, treliça e radial (figura 1).
Ainda relativamente aos padrões de drenagem podemos classifica-los de acordo com a
sua densidade, nomeadamente em esparsa, média e densa, verificando-se a distinção entre
cada uma delas na figura 2.
A rede hidrográfica é, então, por definição, o conjunto de todos os cursos de água ligados a um
rio principal. A bacia hidrográfica é, por sua vez, a área onde a rede hidrográfica está
implementada, sendo portanto, a região delimitada pelos pontos de maior altitude que
Figura 2 – Classificação dos padrões de drenagem segundo a sua densidade.
Mestrado Integrado em Engenharia do Ambiente
Departamento de Engenharia de Minas
Cartografia, Topografia e SIG Ano letivo: 2014/2015
9
determinam os declives por onde escorrem as águas da chuva para uma rede hidrográfica [cf.
http://www.slideshare.net/fzamith/a-rede-hidrogrrifica]. Uma linha de água possui pontos
consecutivos no sentido descendente das cotas, isto é, desde a sua nascente (cota mais
elevada) até à foz (cota mais baixa). Sempre que se verifique o seu cruzamento com uma linha
de nível, sabe-se automaticamente que esta possui concavidade acentuada e, ao contrário dos
tergos, voltada para jusante [cf. Slides Aula CTSIG 26 Fevereiro 2015, diapositivo 19].
Procedimento adotado 1. Escolheu-se uma área de 12 km2 sobre uma carta topográfica Militar de escala 1:25
000;
2. Na área escolhida, indicou-se um exemplo de cada uma das seguintes formas
topográficas sinfulares: portela, encosta côncava, vale fechado e colina;
3. Transformou-se a representação da topografia da área numa representação
Hipsométrica;
4. Representou-se, sobrepondo uma folha de papel translúcido à área escolhida, a Rede
Hidrográfica presente;
5. Classificou-se a rede hidrográfica obtida;
6. Escolheu-se um ponto sobre uma linha de água da rede hidrográfica desenhada e, a
partir deste, desenhou-se o traçado da bacia hidrográfica;
7. Calculou-se, aproximadamente, a área real dessa bacia hidrográfica.
Mestrado Integrado em Engenharia do Ambiente
Departamento de Engenharia de Minas
Cartografia, Topografia e SIG Ano letivo: 2014/2015
10
Figura 3 – Digitalização da área escolhida com representação das formas topográficas singulares e respetiva legenda
Resultados Feita a escolha da área de 12 km2 procedeu-se à representação de exemplos de formas
topográficas singulares, nomeadamente, uma portela, uma encosta côncava, um vale fechado
e uma colina (figura 3):
Legenda:
Portela
Colina
Vale fechado
Encosta côncava
Mestrado Integrado em Engenharia do Ambiente
Departamento de Engenharia de Minas
Cartografia, Topografia e SIG Ano letivo: 2014/2015
11
Figura 4 – Digitalização da carta hipsométrica referente à área escolhida.
De seguida, fez-se a transformação da representação da nossa área representada sob a
forma de carta Militar (na qual o relevo é apresentado através de curvas de nível) para a forma
de carta hipsométrica (figura4), na qual cada cor corresponde a uma dada diferença de cotas
(neste caso, e como se pode ver pela legenda, essa diferença corresponde a 30 m):
Legenda:
760-790 m
730-760 m
700-730 m
670-700 m
640-670 m
610-640 m
580-610 m
550-580 m
520-550 m
490-520 m
460-490 m
430-460 m
400-430 m
370-400 m
340-370 m
Mestrado Integrado em Engenharia do Ambiente
Departamento de Engenharia de Minas
Cartografia, Topografia e SIG Ano letivo: 2014/2015
12
Quanto à representação da rede hidrográfica, com a figura 5 e por comparação com as
imagens apresentadas na introdução (figuras 1 e 2), conseguimos classificá-la como sendo uma
rede de padrão de drenagem dendrítico médio:
Figura 5– Digitalização da rede hidrográfica referente à área escolhida.
Mestrado Integrado em Engenharia do Ambiente
Departamento de Engenharia de Minas
Cartografia, Topografia e SIG Ano letivo: 2014/2015
13
Figura 7 – Subdivisão da bacia hidrográfica nas várias formas geométricas para posterior cálculo da área.
Apresenta-se, agora, o traçado da Bacia hidrográfica feita a partir de um ponto da rede
hidrográfica (figura 6):
É importante referir que todos os documentos originais das imagens apresentadas neste
capítulo dos resultados se encontram nos anexos em folhas não paginadas de forma a permitir
uma melhor visualização e comparação. Com o objetivo de facilitar o trabalho de
representação das diversas formas topográficas estudadas, nomeadamente a representação
da carta hipsométrica e da rede hidrográfica, recorreu-se a uma ampliação da escala da carta
topográfica que será detalhada no capítulo seguinte, associado aos cálculos.
Cálculos associados aos resultados obtidos o Relativos ao cálculo da área aproximada da bacia hidrográfica escolhida
Escolhida a bacia
hidrográfica, restou o cálculo da
área aproximada desta na
representação. Começou-se por se
subdividir a bacia hidrográfica em
diversas formas geométricas
numeradas (triângulos, rectângulos
e trapézios- figura 7), calculando-se
a área de cada uma dessas formas.
O somatório dessas áreas
corresponderá, aproximadamente,
à área total da rede hidrográfica.
Figura 6 – Digitalização da bacia hidrográfica referente à área escolhida.
Mestrado Integrado em Engenharia do Ambiente
Departamento de Engenharia de Minas
Cartografia, Topografia e SIG Ano letivo: 2014/2015
14
Procedeu-se, de seguida, ao cálculo das áreas de cada uma das formas geométricas.
A1= 6 x 1,3 = 7,8 cm2
A2 =
x 1= 5,75 cm2
A3 =
= 0,3 cm2
A4 =
x 1,2= 7,14 cm2
A5 =
= 0,13 cm2
A6 =
x 0,4= 0,18 cm2
A7 =
x 0,4= 0,2 cm2
A8= 5 x 2,4 = 12 cm2
A9 =
x 1,8= 3,33 cm2
A10 =
= 0,195 cm2
A11 =
x 0,7= 1,575 cm2
A12 =
= 0,06 cm2
A13= 2,5 x 1,4 = 3,5 cm2
A14= 2,1 x 0,3 = 0,63 cm2 A15 =
= 1,38 cm2
A16 =
= 0,65 cm2
A17 =
x 1,2= 5,4 cm2
A18 =
= 0,6 cm2
A19 =
x 0,8= 0,72 cm2
A20 =
= 0,28 cm2
A21 =
x 0,7= 2,52 cm2
A22 =
x 0,7= 1,96 cm2
Calculadas as áreas das figuras geométricas, procedeu-se ao cálculo da área total da
bacia:
ÁreaTotal da bacia = A1 + A2 + A3 + A4 + A5 + A6 + A7 + A8 + A9 + A10 + A11+ A13 + A14 + A15 + A16 + A17 +
A18 + A19 + A20 + A21 + A22 ÁreaTotal da bacia = 56,3 cm2
o Relativos ao cálculo da escala associada à carta hipsométrica e à rede
hidrográfica
A carta topográfica utilizada na realização desta tarefa tem associada uma escala de
1:25 000, ou seja, significa que 1 cm medido na carta corresponde, na verdade, a 25 000 cm no
terreno. Ao longo do procedimento, e como foi já referido supra, houve a necessidade de se
recorrer ao aumento da escala, nomeadamente para facilitar na construção da carta
hipsométrica da área escolhida e na rede hidrográfica que lhe estava associada. Esta ampliação
foi de 140%. Se na carta topográfica original, os quadrados azuis que a subdividem medem 4
cm de lado (correspondente a 100 000 cm no terreno), sendo que na ampliação esses
quadrados tomam como valor 5,6 cm de lado então:
= 17 857 cm, ou seja, 1 cm medido na carta corresponde a 17 857 cm no
terreno (escala 1:17 857).
Mestrado Integrado em Engenharia do Ambiente
Departamento de Engenharia de Minas
Cartografia, Topografia e SIG Ano letivo: 2014/2015
15
o Relativos à transposição do valor da área calculada para km2 utilizando a escala
adotada
Na ampliação feita, os quadrados azuis da carta topográfica tomam o valor de 5,6 cm.
Tomando isso em conta:
Áreaquadrados azuis = 5,6 x 5,6 = 31,36 cm2
Sabe-se que a área obtida de 31,36 cm2 terá de corresponder a 1 km2, de maneira que a
área da carta topográfica, em km2, será (para a escala da ampliação):
= 1,80 km2
Análise de resultados obtidos e conclusões A presente tarefa teve como principais objetivos o treino da visão mental de relevos em
cartas topográficas e a familiarização com as representações de terreno. Estes objectivos
viram-se plenamente cumpridos na identificação das diversas formas elementares que
compõem a topografia da carta militar utilizada (a colina, o vale fecha, a encosta e a portela).
Foi também um bom auxiliar no cumprimento dos objectivos da tarefa a elaboração da carta
hipsométrica que foi capaz de fazer conjugar a associação e cores com relevos, conduzindo a
uma visão mais independente de limites que indiquem alturas e capaz de associar as
diferenças de cota a uma mais fácil visão mental do relevo, possível de se imaginar num plano
tridimensional. A demarcação da rede hidrográfica foi claramente importante na descoberta
quer do funcionamento das correntes de água que atravessam a carta quer numa melhor
perceção da estrutura do terreno em estudo, isto é, a marcação minuciosa das linhas de água
existentes e a observação do terreno em seu torno, bem como da posição (a montante ou a
jusante) das linhas de água são uma mais valia para se detetar se se está na presença de um
vale ou de uma encosta, a título de exemplo. Foi possível concluir que a área que se
seleccionou tinha uma rede hidrográfica do tipo dendrítico médio, ou seja, é verificável uma
ramificação das linhas de água, mas de forma moderada. Adicionalmente, poder-se-á afirmar
que o terreno sofreu deformações e desgastes na sua estrutura devido à rede hidrográfica
ramificada que possui, mas a dimensão dessas modificações não é de tal forma brutal que se
note num curto espaço de tempo devido ao facto de o padrão de drenagem ser dendrítico
médio. Se o padrão de drenagem fosse denso, aí já se iria notar um maior desgaste em menor
espaço de tempo. A utilização de uma escala ampliada em relação à original permitiu a
observação mais detalhada da carta, quer na construção da carta hipsométrica da área quer da
construção da rede hidrográfica isto porque, à escala normal, torna-se-ia muito complicado,
por vezes, perceber a diferença de altitudes ou até mesmo onde passaria uma linha de água
quando estas informações se cruzassem com outras zonas características da carta militar,
tornando-se confusa a sua leitura e interpretação. Foi uma forma de ultrapassar este
obstáculo, permitindo a conclusão da tarefa com sucesso.
Quanto a principais dificuldades na execução desta actividade, são de destacar a
elaboração da carta hipsométrica que foi um tanto trabalhosa devido às inúmeras variações de
altitude e ao cruzamento de curvas de nível com outros pontos característicos da carta
topográfica. O cruzamento de informações tornou, não raras vezes, complicada a perceção da
altitude sobre a qual se deveria pintar, sendo ainda de lembrar que, por vezes, surgiam pontos
mais altos em zonas sobre as quais se estava a colorir com lápis indicado para altitudes mais
Mestrado Integrado em Engenharia do Ambiente
Departamento de Engenharia de Minas
Cartografia, Topografia e SIG Ano letivo: 2014/2015
16
baixas. Houve também dificuldades na delimitação da bacia hidrográfica, tendo por base as
linhas de festo (que tornavam difícieis de marcar, especialmente quando havia, mais uma vez,
cruzamento de informações características da carta com as curvas de nível). Para o cálculo da
área, a principal dificuldade a apontar é, sem dúvida, a subdivisão em formas geométricas que
nem sempre ficou dentro dos limites da área demarcada para a bacia. Porém, os excessos de
área calculados compensaram partes impossíveis de serem subdivididas por formas
geométricas, fazendo acreditar que o valor de 1,80 km2 para a área é um valor aceitável. Um
facto que pode corroborar de forma mais descritiva esta afirmação é a observação da área
ocupada na carta topográfica original. Se por essa observação se fizer uma estimativa da área
possível de ocupação da bacia hidrográfica, facilmente se conclui que está claramente acima
de 1 km2 mas abaixo ou próximo dos 2 km2 (o que se torna, até, bastante concordante com o
valor obtido).
Bibliografia
A elaboração do presente relatório contou com a consulta de manuais e sites na
Internet, consultados no período estabelecido para a realização da tarefa, isto é, de dia 26 de
Fevereiro a 12 de Março. São as fontes de informação:
ALMEIDA REBELO, José; As Cartas Geológicas ao serviço do desenvolvimento. 1ª
edição.
INSTITUTO GEOGRÁFICO DO EXÉRCITO; Manual de Leitura de Cartas. 7ª edição. Lisboa:
Design e Paginação, Julho/2008
MACHADO LEITE, Alexandre Júlio; Slides Aula CTSIG 26 Fevereiro 2015, disponível na
página Moodle da disciplina
http://www.sogeografia.com.br/Conteudos/GeografiaFisica/Cartografia/designada
http://home.dgeo.uevora.pt/~ems/files/Anexo%20B-05.PDF
http://www.slideshare.net/fzamith/a-rede-hidrogrrifica
http://www.slideshare.net/sandranascimento/i-bacia-hidrogrficas?related=1
http://definicoesgeograficas.blogspot.pt/2013/06/definicao-de-mapas-hipsometrico-
ou.htm
http://www.prof2000.pt/users/elisabethm/geo8/glossario.htm
http://professoralexeinowatzki.webnode.com.br/geomorfologia/vertentes-encostas-/
http://www.priberam.pt/dlpo/portela
Mestrado Integrado em Engenharia do Ambiente
Departamento de Engenharia de Minas
Cartografia, Topografia e SIG Ano letivo: 2014/2015
17
Anexos
Seguem nos anexos, em páginas não numeradas:
1. Uma fotocópia ampliada da área estudada;
2. Uma folha de papel vegetal com a carta hipsométrica representada;
3. Uma folha de papel vegetal com a rede hidrográfica representada;
4. Uma folha A4 com a área da bacia hidrográfica subdividida para o cálculo da área
respetiva.