CULTURA - adeva.org.br · PDF fileMPB pré-bossa nova (anos 1950 e 1960), inter-pretadas...

download CULTURA - adeva.org.br · PDF fileMPB pré-bossa nova (anos 1950 e 1960), inter-pretadas por Dick Farney, Tito Madi e Maysa, ... letras (e cifras) de músicas famosas e das que estão

If you can't read please download the document

Transcript of CULTURA - adeva.org.br · PDF fileMPB pré-bossa nova (anos 1950 e 1960), inter-pretadas...

  • 1

    Associao de Deficientes Visuais e Amigos, ADEVA - Ano VII - n 33 - maro/abril de 2006

    Todos os sentidos

    Programa de variedades, realizado por e sobre pessoas com deficincia. Tem os udios legen-dados, usa a lngua de sinais (Libra) e descreve as imagens para que mesmo as pessoas com deficincia possam acompanhar seus quadros. Produzido pela ONG Comunicao Mulher (Comulher), pode ser visto na TV Universitria (no horrio da TV PUC/SP), canais 11 da NET e 71 da TVA, a partir de maio.

    Noite de Chorinhos & Serestas

    Programa que apresenta os inesquecveis cho-rinhos e serestas brasileiros. Domingo, das 21h meia-noite. Rdio Tropical FM 107,9 MHz.

    Vincius

    Documentrio em homenagem ao cantor e compositor Vincius de Moraes, que recons-tri sua carreira em meio s transformaes por que passa o Rio de Janeiro, cidade onde ele nasceu em 1913. Direo: Miguel Faria Jr. Elenco formado por uma grande variedade de atores e msicos. Brasil, 2005. Nas locadoras, em VHS e DVD.

    JK

    CD com as msicas da trilha sonora do seriado sobre Juscelino Kubitschek (1902-1976), que foi presidente do Brasil entre 1956 e 1961, apre-sentado pela TV Globo. So vinte sucessos da MPB pr-bossa nova (anos 1950 e 1960), inter-pretadas por Dick Farney, Tito Madi e Maysa, entre outros. Som Livre, 2006.

    Rodrigo enxerga tudo

    Livro infantil, de Markiano Charan Filho, ilus-trado, impresso em tinta e em braille, conta a histria de um menino cego e sua maneira de ver o mundo. Lanado pela Nova Alexandria, o segundo livro da editora direcionado ao pblico infantil que trata de portadores de necessidades especiais e incluso social. Ano passado, foi lanado de Jlia e seus amigos, de Lia Crespo, sobre deficincia fsica. venda nas livrarias (R$ 28,00) e distribuio gratuita da verso em braille na ADEVA.

    O marido vai caa

    Uma trama policial em tom de comdia, do final do sculo XIX, escrita pelo francs Georges Feydeau. A temporada no Tuca, em So Paulo, estria em maio. Com Christiane Tricerri e Cac Rosset. Teatro da Pontifcia Universidade Catlica de So Paulo, o Tuca, rua Monte Alegre, 1024, Perdizes, tel.: 3670-8453.

    CULTURA: patrimnio do povo

    A cultura um patrimnio que devemos valorizar e proteger, pois o que caracteriza um povo todo o seu legado de conhecimentos.

    Por mais que ignoremos este fato, cada um de ns construtor da cultura nacional e no apenas um simples espectador. Afinal, uma das muitas de suas definies diz que a cultura so normas de conduta, crenas, hbitos e valores de um povo, em um determi-nado local e em um determinado momento histrico.

    Portanto, com a nossa conduta, nossas crenas, nossos hbitos e valores estamos formando a cultura brasileira do nosso tempo.

    A Constituio Federal, promulgada em 1988, ao tratar do tema Cultura, assegura, em seu art. 215 que o Estado garantir a todos o pleno exerccio dos direitos culturais e acesso s fontes da cultura nacional, e apoiar e incentivar a valorizao e a difuso das mani-festaes culturais.

    A ADEVA, no decorrer de sua histria, tem se pautado por aes em consonncia com o exposto na Carta Magna, tambm em rela-o a essa matria. Convicta de que no devemos esperar e nos contentar apenas com as aes governamentais, apia e incentiva as manifestaes culturais de seus alunos, colaboradores e asso-ciados.

    Atualmente, mantm uma oficina de dana de salo, s teras e quintas-

    feiras, das 14h s 16h, sob a orien-tao da prof Selma Silvestre,

    e um grupo de canto coral, que se rene s segundas e quartas-feiras, das 17h s 18h30, sob a regncia do maestro Jlio de Brito, no centro de treinamento da rua da Consolao, 1.289, 2 andar.

    Abertos parti-cipao de todos os

    interessados e gratuitas, essas atividades so uma

    oportunidade para quem quer fazer algo pela sua, pela

    nossa cultura.

    Assim sendo, aqui fica nosso convite para que cada um dos nossos leitores participe escre-vendo, danando, cantando, representando, criando , enrique-cendo o nosso patrimnio cultural.

    O povo brasileiro agradece.Sidney Tobias de Souza, diretor da ADEVA

  • 2 Maro/Abril

    Leucemias so os cnceres da medula e dos glbulos brancos (leu-ccitos) de origem, na maioria das vezes, desconhecida. Conhecido j na Grcia Antiga, era chamada de doena branca por causa da palidez extrema que provocava nos doentes. At poucas dcadas atrs, era sinnimo de morte. Mas, hoje, com o avano das tcnicas de diagnstico, o desenvolvimento de novos quimioterpicos e a evoluo dos transplantes de medula, esse quadro vem mudando radicalmente.

    A medula, conhecida popularmente por tutano, o local de formao das clulas sangneas. Ocupa a cavidade dos ossos (principalmente esterno e bacia). Nela so encontradas as clu-las-mes ou precursoras, que originam os glbulos brancos, os glbulos verme-lhos (hemcias ou eritrcitos) e as pla-quetas do sangue.

    Os principais sintomas da leucemia decorrem do acmulo dessas clulas na medula ssea, prejudicando ou impe-dindo a produo dos glbulos verme-lhos (causando anemia), dos glbulos brancos (causando infeces) e das pla-quetas (causando hemorragias). Depois de instalada, a doena progride rapida-mente, exigindo tratamento imediato.

    Os diferentes tipos de glbulos bran-cos neutrfilos, linfcitos, granulcitos, eosinflos, basfilos, moncitos so capazes de produzir anticorpos, se des-locar pelos vasos sanguneos at locais onde h ferimentos, cercar e isolar clu-las mortas, microrganismos estranhos, e destru-los. Nas leucemias, eles se multiplicam desordenadamente, atin-gindo quantidades at dez vezes maio-res que o normal. Perdem sua funo e so incapazes de trabalhar na defesa do organismo contra invasores microscpi-cos, o que desequilibra todo o sistema, afetando inclusive a produo de glbu-los vermelhos e das plaquetas, respon-sveis pela coagulao do sangue.

    Como existem vrios tipos de glbu-los brancos, existem vrios tipos de leu-cemias. Elas se dividem, primeiramente, em crnicas e agudas.

    As crnicas tm progresso lenta e se caracterizam pela multiplicao de clulas maduras do sangue, porm anormais. Podem levar meses ou at anos para se desenvolver, sendo mais comuns em pessoas idosas, embora possam aparecer em qualquer idade. s

    vezes, nem apresentam sintomas, da a importncia da realizao peridica de exames de sangue.

    As agudas, mais comuns em adultos jovens, se caracterizam pela rpida pro-liferao de clulas imaturas e por sinto-mas como anemia, hemorragias, maior suscetibilidade a infeces, entre outros. Exigem tratamento rpido e agressivo.

    As leucemias se dividem tambm em linfocticas (aguda e crnica), quando atingem os linfcitos, e mielognicas (aguda e crnica), quando afetam os mielcitos, que so as clulas-tronco precursoras dos granulcitos, mon-citos, plaquetas, glbulos vermelhos e eosinfilos.

    A incidncia da Leucemia Linfoctica Aguda (LLA) varia de acordo com a regio, sendo mais comum nos pases desenvolvidos. Nos EUA, h estudos mostrando que ela incide com maior freqncia na faixa da populao privi-legiada em termos socioeconmicos, o que pode apontar para algum fator ambiental ou comportamental em ao. Em grandes centros especializados, como o Hospital do Cncer de So Paulo (SP), os ndices de cura de adultos com LLA giram em torno dos 60% a 80%.

    Em relao Leucemia Mielognica Crnica (LMC), avanos nos estudos sobre a gentica do cncer, resultaram na droga, de nome comercial Glivec, que mantm at hoje o recorde da mais rpida aprovao de um remdio pelo Food and Drug Administration (FDA) americano, em razo dos bons resulta-dos apresentados por pacientes trata-dos com ela.

    Sintomas geraisMuitos dos sintomas das leuce-

    mias so comuns a outras doenas e somente um especialista capaz de diagnosticar corretamente a doena e seu tipo. Os mais comuns so palidez, resultante da anemia, cansao, perda de apetite, perda de peso, sangramen-tos que demoram a coagular, inchao ou sangramento das gengivas, dores nos ossos ou nas juntas, aparecimento de manchas roxas pelo corpo, como as que surgem quando levamos uma pancada, inchao dos gnglios linfticos, dores de cabea e vmitos.

    TratamentoO tratamento dos diferentes tipos

    desse cncer tem o objetivo de des-truir as clulas leucmicas, para que a medula ssea volte a produzir clulas normais. A associao de medicamentos (poliquimoterapia), o controle das com-plicaes infecciosas e hemorrgicas e a preveno ou combate da doena no sistema nervoso central (crebro e medula espinhal) vem resultando em um grande progresso na obteno da

    cura total. Para alguns casos, indicado o transplante de medula ssea, embora, no Brasil, o grande problema ainda seja encontrar um doador.

    O tratamento realizado em vrias fases. A primeira tem a finalidade de atingir a remisso completa, ou seja, um estado de aparente normalidade, que se obtm aps a poliquimioterapia. Esse resultado conseguido entre um e dois meses aps o incio do tratamento (fase de induo de remisso), quando os exames de sangue e da medula ssea (remisso morfol-gica) e o exame fsico (remisso clnica) no demonstram mais anormalidades, no mais evidenciam clulas leucmicas. Caso se comprove que ainda restam no organismo muitas dessas clulas (doena residual), preciso continuar o tratamento para evitar recada.

    Nas etapas seguintes, o tratamento varia de acordo com o tipo de leucemia (linfide ou mielide), podendo durar mais de dois anos nas linfides e menos de um ano nas mielides. So trs fases: consolidao (tratamento intensivo com substncias no empregadas anterior-mente); reinduo (repetio dos medi-camentos usados na fase de induo da remisso) e manuteno (o tratamento mais brando e contnuo por vrios meses). Por ser uma poliquimioterapia agressiva, pode ser necessria a inter-nao do paciente nos casos de infeco decorrente da queda dos glbulos bran-cos normais pelo prprio tratamento.

    PrevenoComo as causas das leucemias so

    desconhec