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Manual do Instrutor CURSO B`SICO DE CONFER˚NCIA DE CARGA MARINHA DO BRASIL DIRETORIA DE PORTOS E COSTAS ENSINO PROFISSIONAL MAR˝TIMO 1“ ediçªo Rio de Janeiro 2001

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Manual do Instrutor

CURSO BÁSICO DECONFERÊNCIA DE CARGA

MARINHA DO BRASILDIRETORIA DE PORTOS E COSTASENSINO PROFISSIONAL MARÍTIMO

1ª edição

Rio de Janeiro2001

© 2001 direitos reservados à Diretoria de Portos e Costas

________ exemplares

Coordenação técnicaFundação Estudos do Mar

Diretoria de Portos e CostasRua Teófilo Otoni, nº 4 - CentroRio de Janeiro, RJ20090-000http://www.mar.mil.br/~dpc/[email protected]

Depósito legal na Biblioteca Nacional conforme Decreto nº 1825, de 20 dedezembro de 1907

IMPRESSO NO BRASIL / PRINTED IN BRAZIL

Sumário

Introdução................................................................................................ 7Instruções gerais ....................................................................................... 8Metodologia e didática .............................................................................. 9

DISCIPLINA I: ÓRGÃO DE GESTÃO DE MÃO-DE-OBRA (OGMO),OPERADOR E TRABALHADOR PORTUÁRIO

1.0 Entidades envolvidas no trabalho portuário ................................. 111.1 Atribuições e responsabilidades ......................................................... 111.2 Os serviços de conferência ................................................................. 121.3 O trabalhador portuário na atividade de conferência de carga e descarga

................................................................................................ 12

2.0 Acordo ou Convenção Coletiva de Trabalho .................................. 12

DISCIPLINA II: EMBALAGEM E MARCAÇÃO DE MERCADORIA

1.0 Embalagens ....................................................................................... 121.1 Requisitos para uma boa embalagem ................................................ 131.2 Principais riscos durante o transporte de uma mercadoria ................ 131.3 Normas e regulamentos para embalagens no Brasil .......................... 131.4 Técnica de embalagem....................................................................... 131.5 Embalar para evitar quebra ................................................................ 131.6 Embalar para absorver, transformar e ditribuir choques..................... 131.7 Embalar para caracterizar roubo ........................................................ 131.8 Fragilidade da embalagem ................................................................. 131.9 Principais tipos de embalagem ........................................................... 13

2.0 Marcação de mercadorias ............................................................... 152.1 Marcas de reconhecimento de cargas ................................................ 152.2 Marcas de manipulação ...................................................................... 152.3 Marcas oficiais .................................................................................... 152.4 Localização das marcas ..................................................................... 152.5 Código de barras e leitura ótica .......................................................... 15

DISCIPLINA III: MOVIMENTAÇÃO, ARRUMAÇÃO E DOCUMENTAÇÃO DECARGA

1.0 Materiais e equipamentos para movimentação de cargas .......... 161.1 Acessórios para movimentação de cargas ......................................... 161.2 Tipos de lingas .................................................................................... 161.3 Equipamentos para movimentação de carga ..................................... 161.4 Paus-de-carga e guindastes de bordo ................................................ 171.5 Portêineres, transtêineres e pontes rolantes ...................................... 17

2.0 Arrumação e separação de carga................................................... 172.1 Fator de estiva e quebra de estiva...................................................... 172.2 Unitização de carga ............................................................................ 172.3 Contêineres ......................................................................................... 172.4 Atividades preliminares ....................................................................... 182.5 Técnicas de estivagem ....................................................................... 182.6 Estivagem em contêineres.................................................................. 182.7 Separação de carga ............................................................................ 182.8 Finalidade da separação ..................................................................... 192.9 Definições jurídicas ............................................................................. 19

3.0 Plano de carga e bay-plan ............................................................... 193.1 Plano de carga e bay-plan .................................................................. 203.2 Lista de carga ..................................................................................... 203.3 Fatores a considerar para a distribuição da carga ............................. 203.4 “Bay”, “row” e “tier” ............................................................................. 20

4.0 Documentação ................................................................................. 204.1 Manifesto............................................................................................. 204.2 Conhecimento de carga e outros ........................................................ 204.3 Guia de embarque .............................................................................. 204.4 Frete ................................................................................................ 20

5.0 Novas técnicas de transmissão e coleta de dados por via eletrônica. 215.1 Coleta e transmissão de dados por via eletrônica ................................... 21

DISCIPLINA IV: CARGA PERIGOSA E GRANÉIS

1.0 Carga perigosa .................................................................................. 211.1 Conceito .............................................................................................. 221.2 Classificação ....................................................................................... 221.3 Etiquetas ............................................................................................. 221.4 Embalagens de cargas perigosas ...................................................... 221.5 Precauções de segurança .................................................................. 221.6 Proteção individual .............................................................................. 221.7 Documentação de carga perigosa ...................................................... 221.8 Transporte de explosivos .................................................................... 221.9 IMDG ................................................................................................ 22

2.0 Granéis .............................................................................................. 232.1 Conceito .............................................................................................. 232.2 Tipos de granéis .................................................................................. 242.3 Ângulo de repouso .............................................................................. 24

DISCIPLINA V: PEAÇÃO E ESCORAMENTO DE CARGAS E LINGADAS

1.0 Peação e escoramento .................................................................... 241.1 Peação ................................................................................................ 241.2 Escoramento ....................................................................................... 24

1.3 Materiais utilizados na peação ............................................................ 241.4 Peação de contêineres ....................................................................... 24

2.0 Preparação de lingadas .................................................................... 252.1 Normas gerais de segurança .............................................................. 252.2 Recomendações especiais ................................................................. 252.3 Arrumação de cargas a bordo ............................................................ 252.4 Arrumação de contêineres a bordo..................................................... 252.5 Transtêineres e portêineres ................................................................ 25

DISCIPLINA VI: AVARIAS

1.0 Avarias .............................................................................................. 261.1 Conceito .............................................................................................. 261.2 Seguro de carga ................................................................................. 261.3 Classificação quanto à espécie .......................................................... 261.4 Classificação quanto à origem ............................................................ 261.5 Tipos de avarias mais comuns no transporte marítimo ...................... 261.6 Cuidados fundamentais para evitar avarias a bordo .......................... 271.7 Cuidados fundamentais para evitar avaria de carga em contêineres . 271.8 Vício próprio ........................................................................................ 271.9 Vistoria ................................................................................................ 271.10 Extravio e acréscimo ......................................................................... 271.11 Despacho aduaneiro ......................................................................... 271.12 Conferência final ............................................................................... 27

DISCIPLINA VII: MARINHARIA

1.0 O navio ............................................................................................ 281.1 O navio mercante .............................................................................. 281.2 Classificação ..................................................................................... 28

2.0 Nomenclatura do navio ................................................................. 282.1 Definições ......................................................................................... 29

3.0 Deslocamento e tonelagem .......................................................... 293.1 Deslocamento ................................................................................... 303.2 Tonelagem ........................................................................................ 30

4.0 Estabilidade .................................................................................... 304.1 Equilíbrio ........................................................................................... 304.2 Flutuabilidade .................................................................................... 30

Bibliografia ............................................................................................ 31

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INTRODUÇÃO

A Constituição Federal é considerada o berço que consagra o princípioda legalidade da tributação, em razão do qual nenhuma prestação pode serimposta senão pelos meios legais. Tal princípio sedimentou-se definitivamente,pois essa garantia consagra a limitação do estado, impondo-lhe obrigaçõese com isso melhor desempenho em benefício da sociedade.

A Legislação Aduaneira atua diretamente em apoio à política decomércio exterior, sendo importante na medida em que, na prática, orienta aexecução das diretrizes traçadas pelos órgãos competentes. Esse sistemarepresenta um poderoso instrumento a serviço do processo dedesenvolvimento do país.

Com o desenvolvimento e a modernização dos portos surgiram diversasorganizações responsáveis pelo entrosamento entre empresas envolvidasnos transportes, situadas nos mais variados países e manuseandomercadorias acondicionadas de diversas maneiras. As sociedadesclassificadoras, as conferências de transportes, a normatização deembalagens, as regras para manuseios de produtos perigosos, as regras denomenclaturas fizeram com que o trabalho de conferência de carga setornasse cada dia mais complexo.

Assim, o conferente de carga, atualmente, necessita de conhecimentosabrangentes no que diz respeito a: legislação aduaneira, transporte marítimo,comércio exterior, embalagens, tecnologia de computação, entre outros.

Na atividade de treinamento do trabalhador portuário em direção aonovo e moderno porto sobressai a figura do instrutor, responsável que é pelacapacitação e pela transformação do aluno em profissional apto ao trabalhoem um curto período de tempo, durante o qual quanto mais preparado eatualizado estiver o instrutor melhores serão os resultados alcançados.

8 Curso Básico de Conferência de Carga Curso Básico de Conferência de Carga

IInstruções Gerais

Este Manual pretende orientar o instrutor na condução do curso,apresentando os propósitos de cada uma das disciplinas, os tópicos doconteúdo programático e seus objetivos, algumas explicações e lembretesjulgados importantes.

Acompanham o Manual um conjunto de transparências que auxiliarãoo instrutor na explanação dos tópicos do curso.

Para um desenvolvimento seguro da aula, é fundamental que o instrutortome algumas providências antecipadas, nas quais se incluem as seguintes:

• familiarizar-se com o material didático a serutilizado pelos alunos;• preparar os recursos instrucionais (quadro degiz, painéis, retroprojetor, vídeocassete, TV,transparências, slides)• preparar exercícios para aplicação em salade aula;• preparar os planos de aula;• conhecer com profundidade as referênciasbibliográficas;• chegar à sala de aula,sempre que possível,20 minutos antes da turma para providenciar e testar os equipamentos,organizar a sala e o material didático, além de receber os “clientes”.Este hábito inibirá os atrasados freqüentes, favorecendo o cumprimentoda carga horária diária.

Algumas atividades são típicas de início de curso e são importantíssimaspara a integração entre instrutor e alunos.

Ao iniciar a primeira aula recomendamos ao instrutor:

• apresentar-se à turma dizendo:- seu nome completo e o nome como é conhecido;- o local onde trabalha;- sua qualificação profissional; e- o motivo de sua participação no curso (dizer que foi convidado poralguém para ministrar aquele assunto e que o fato o deixou muitosatisfeito/honrado).

• comentar como será desenvolvido o curso em termos de dias ehorários de aulas, períodos de intervalos, aulas práticas entre outrasinformações úteis para o aluno;• explicar o propósito do curso e o objetivo final do treinamento;• pedir uma breve apresentação de cada aluno com, pelo menos, nomee qualificações ou experiência profissional.

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Metodologia e Didática

Entendemos que a metodologia de uma aula típica se desenrola emfases, que, em linhas gerais, são as que se seguem:

Recapitulação (resumo da aula anterior)No princípio da aula é proveitoso que o instrutor reveja com os alunos

o conteúdo da última aula, de modo a reavivar o assunto e encadear oraciocínio com as novas informações que serão apresentadas na aula quese inicia.

Motivação ou IncentivaçãoÉ uma fase de extrema importância porque será nela que o instrutor

despertará na turma o interesse pelo assunto a ser abordado.

São algumas formas de motivar os alunos a aprenderem o assunto :descrever o propósito da disciplina e sua aplicação na vida real; mostrarsituações práticas da utilização do conhecimento; apresentar breves filmesou fotografias ilustrativas; fazer analogias com fatos recentes e conhecidos,publicados em jornais ou veiculados pela TV.

TópicosApresentar os assuntos em tópicos, que serão desenvolvidos na aula,

podendo ser utilizadas transparências, folhas do flip-chart, ou até mesmo oquadro de giz.

Desenvolvimento ou ExplicaçãoNesta fase é que o instrutor transmitirá aos alunos o seu conhecimento

sobre o assunto. As orientações abaixo poderão servir como auxílio ao instrutorna correta condução do assunto e na obtenção de sucesso na sua aula.

• conduzir a aula com explanações objetivas e exemplos práticos;• identificar os pontos centrais da explanação e enfatizá-los;• utilizar recursos instrucionais visuais sempre que possível(transparências, slides, fitas de vídeo, painéis, fotografias,etc). “Umaimagem vale mais que mil palavras”.• interromper a explicação e esclarecer dúvidas sempre que perceberque a turma não acompanha o seu raciocínio;• explicar com mais detalhes aos alunos sabidamente mais fracos;• gesticular para reforçar sua comunicação;• falar olhando para osalunos;• movimentar-se diante dosalunos;• apresentar a disciplinafalando em linguagem donível da turma;• procurar seguir aseqüência de assuntosconstantes do material

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didático utilizado pelos alunos;• incentivar a participação dos alunos por meio de estudos de caso eexercícios práticos em grupo.

As orientações constantes do corpo deste manual, apresentadas logoabaixo de cada tópico do conteúdo programático de cada disciplina, serãocertamente de grande valia na preparação do plano de aula e nesta fase dedesenvolvimento/explicação durante o transcorrer das aulas.

VerificaçãoNos minutos finais da aula é importante que o instrutor faça uma

verificação da aprendizagem com os alunos. Estas são algumas maneirasde verificar o aprendizado:

• utilizar a técnica de pergunta, formulando-a primeiro e depoisindicando um aluno para respondê-la ou se dirigindo à turma deixando-a à vontade para quem quiser ou souber responder;• estimular um debate sobre o tema da aula;• aplicar pequeno teste com poucas perguntas de respostas rápidase objetivas;• recapitular e enfatizar pontos importantes do assunto com o auxílioda turma;• solicitar exemplos formulados pelos alunos.

Esta fase é muito importante, pois caso algum aluno demonstre nãoacompanhar o aprendizado deverá ser adotado algum procedimento, taiscomo: recomendar estudo em casa, solicitar ao aluno mais “inteligente” daturma para explicar de modo diferente ou até recapitular na aula seguinteaquilo que não ficou claro.

A fase de verificação dará, ainda, ensejo a uma nova fase de preparação,pois fornecerá subsídios importantes para o instrutor levantar pontos positivose negativos de sua aula.

BOA AULA !

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DISCIPLINA I: OGMO, OPERADOR E TRABALHADORPORTUÁRIO

Propósito:

Proporcionar ao aluno conhecimento técnico sobre os aspectos queenvolvem as relações entre o OGMO, o operador e o trabalhador portuário.

Conteúdo programático

1.0 Entidades envolvidas no trabalho portuário

Objetivos:

• explanar sobre as atribuições do OGMO e as responsabilidades dooperador portuário nos termos da lei nº 8.630/93;• citar os deveres do trabalhador portuário na atividade de conferênciade carga; e• explicar como se processam as relações de trabalho do conferentecom o operador portuário.

1.1 Atribuições e responsabilidades

1.1.1 Atribuições

OGMO

Explicar o processo de constituição do órgão de gestão de mão-de-obra nos portos organizados e os artigos da Lei 8.630 que descrevem ascompetências dessas entidades.

Operador portuário

Definir operador portuário, descrever suas atribuições e as situaçõesem que é dispensável sua intervenção.

Trabalhador portuário

Descrever os direitos e deveres do trabalhador portuário na atividadede estiva.

1.1.2 Responsabilidades

Explanar sobre as responsabilidades das entidadesenvolvidas no trabalho portuário.

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1.2 Os serviços de conferência

Descrever o gerenciamento,realizado pelo conferente, das atividadesdesenvolvidas na movimentação decarga no porto organizado.

1.3 O trabalhador portuário naatividade de conferência de carga edescarga

Explanar sobre os serviços afetos aos conferentes.

Descrever as atribuições dos conferentes nas suas diversas funções.

Citar os direitos e os deveres dos conferentes.

2.0 Acordos e convenções coletivas de trabalho

Objetivos:

• citar os principais pontos regulados em um acordo ou convençãocoletiva de trabalho;

Destacar os artigos da lei 8.630/93 que esclarecem sobre os acordos econvenções coletivas de trabalho (artigos 19, 22, 28, 29 e 57).

DISCIPLINA II: EMBALAGEM E MARCAÇÃO DE MERCADORIA

Propósito:Proporcionar ao aluno conhecimento sobre os tipos de embalagens e a

importância da marcação de mercadorias.

Conteúdo Programático

1.0 Embalagens

Objetivos:

• explicar a influência da embalagem das mercadorias no custo totaldo transporte;• sumariar sobre os fatores a serem considerados na embalagem dasmercadorias;• apontar as principais avarias verificadas no transporte marítimo pormá embalagem;• relacionar as características de uma boa embalagem; e• apontar as principais embalagens usadas no transporte marítimo.

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1.1 Requisitos para uma boa embalagem

Citar as principais características para uma boa embalagem.

Informar que o projeto e a fabricação de embalagens devem obedecera critérios diferentes, considerando o material a ser embalado e otransporte a ser realizado.

Explicar a influência da embalagem no custo do transporte.

1.2 Principais riscos durante o transporte de uma mercadoria

Apontar os riscos existentes em face do transporte e os inerentes àprópria mercadoria transportada.

Discutir a manipulação ou a utilização errôneas de embalagens dediversas mercadorias e a falta de conhecimento sobre os riscosenvolvidos por parte de quem as manipula, que podem ser causas dasavarias verificadas nas cargas transportadas.

1.3 Normas e regulamentos para embalagens no Brasil

Citar o IRB e a ABNT.

1.4 Técnicas de embalagem

Chamar a atenção que, ao embalar uma carga, devem ser levadas emconsideração as recomendaões do consignatário da mercadoria, ascondições do porto de destino e os regulamentos e as leis do paíssobre o assunto. .

Apresentar as técnicas seguintes:

1.5 Embalar para evitar quebra1.6 Embalar para absorver, transformar e distribuir choques1.7 Embalar para caracterizar o roubo

1.8 Fragilidade da embalagem

Comentar que o manuseio errado e a falta de cuidado tornam qualquerembalagem frágil e que alguns tipos de embalagens são naturalmente maisfrágeis que outras, como se verá no item a seguir.

1.9 Principais tipos de embalagem

1.9.1 Caixaria

Citar os tipos de caixa de madeira maisusados.

Apresentar as características e vantagens das caixas de madeira.

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1.9.2 Engradados

Descrever a construção do engradado e suas vantagens em relação àcaixaria.

1.9.3 Caixas de compensado

Apresentar as vantagens da caixa de compensado.

Destacar que esse tipo de embalagem deixa evidente a tentativa deviolação.

1.9.4 Cartões

Apresentar os inconvenientes e as vantagensdos cartões.

Listar os fatores que definem a escolha entreos diversos tipos de cartão.

A unitização dos cartões reduz sua fragilidade.

1.9.5 Fardos

Apresentar as características dos fardos.

Descrever e exemplificar as mercadorias que podem ser enfardadas.

Explicar os fatores que influem nas dimensões dos fardos.

1.9.6 Sacos

Apresentar as características e as vantagens dossacos.

Identificar e exemplificar os principais tipos de sacos.

1.9.7 Barris e barricas

Descrever barril e barrica e mostrar as principais diferenças entre asduas embalagens.

1.9.8 Tambores e baldes

Mostrar com que materiais são construídos os tambores.

Apresentar os principais tipos de material utilizados emrevestimento de barris e qual sua finalidade.

Descrever a constituição de um balde.

Apresentar as mercadorias normalmente transportadas em baldes.

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2.0 Marcação de mercadorias

Objetivos:

• avaliar a importância da marcação correta no barateamento dotransporte marítimo;• apontar os principais defeitos na marcação da carga;• definir marca principal, submarca e marca de porto;• identificar marca de manipulação;• identificar marca oficial e marca comercial;• classificar submarcas;• definir código de barras e leitura ótica.

2.1 Marcas de reconhecimento de carga

Descrever marca principal, submarca e marca de porto.

2.2 Marcas de manipulação

Alertar que as marcas de manipulação devem sempre ser respeitadas.

2.3 Marcas oficiais

2.4 Localização das marcas

Apresentar a localização das marcas.

2.5 Código de barras e leitura ótica

Definir código de barras.

Descrever canetas óticas, leitores de mão, pistolas laser e leitores fixos.

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DISCIPLINA III: MOVIMENTAÇÃO, ARRUMAÇÃO EDOCUMENTAÇÃO DE CARGA

Propósito:

Proporcionar ao aluno conhecimento técnico sobre materiais,equipamentos e documentos que permitam movimentação, arrumação,separação, embarque e desembarque de cargas.

Conteúdo programático

1.0 Materiais e equipamentos para movimentação de cargas

Objetivos:

• avaliar a necessidade de verificações periódicas no estado deconservação do material de estivagem;• relacionar o material de estivagem e seu emprego correto;• classificar os equipamentos segundo a sua utilização;• apontar os principais equipamentos para a movimentação vertical ehorizontal;• conhecer a nomenclatura de paus-de-carga, guindastes e pontesrolantes;• conhecer a nomenclatura de portêineres e transtêineres.

1.1 Acessórios para movimentação de cargas

Descrever a utilização de alavanca, moitão, alavanca parabobina, patesca, cadernal, calha, caracol, catarina, dala,sapatilho, gancho, manilha, terminal e grampo.

1.2 Tipos de linga

Chamar a atenção para a utilização dos diferentes tipos de linga nomanuseio de cada tipo de carga.

1.3 Equipamentos para movimentação de cargas

1.3.1 Movimentação vertical

Descrever cada um dos seguintes equipamentos esua utilização: guindaste, porteiner, pórtico rolante,empilhadeiras de pequeno e de grande portes.

1.3.2 Movimentação horizontal

Descrever cada um dos seguintes equipamentos e sua utilização:tratores de esteira, pás carregadeiras, carrinhos transportadores.

17 Curso Básico de Conferência de Carga Curso Básico de Conferência de Carga

1.4 Paus-de-carga e guindastes de bordo

Descrever os componentes e anomenclatura das partes características depaus-de-carga e guindastes de bordo.

1.5 Portêineres, transtêineres e pontesrolantes

Descrever cada um dos equipamentose a sua utilização.

2.0 Arrumação e separação de carga

Objetivos:

• definir fator de estiva e quebra de estiva;• citar os principais métodos para unitização de cargas;• conhecer o sistema de identificação de contêineres;• relacionar as atividades preliminares à estivagem nos porões de umaembarcação;• relacionar as atividades preliminares à estufagem e desestufagem decargas em contêineres;• descrever as técnicas de estivagem dos diversos tipos de embalagens.• conhecer as técnicas para ova e desova de mercadorias em contêineres;• conceituar separação e apontar os principais materiais de separação;• avaliar a importância da separação para ventilação da carga, paradistribuir a pressão e para evitar roubo, furto e extravio; e• definir furto e roubo.

2.1 Fator de estiva e quebra de estiva

Definir fator de estiva e quebra de estiva e apresentar exemplos práticos.

2.2 Unitização de carga

Conceituar unitização de carga.

Apresentar os principais métodos deunitização: contêineres, pallets ou bandejas,amarrados, mercadorias marinadas e carga pré-lingada.

2.3 Contêineres

Descrever os tipos e dimensões dos contêineres.

Apresentar a tabela de tipos de contêineres do INMETRO, baseada nanorma NBR 5978/80.

18 Curso Básico de Conferência de Carga Curso Básico de Conferência de Carga

Chamar a atenção para a diferença entre o volume útil do conteiner e ovolume efetivamente ocupado pela carga acondicionada dentro dele,provocada pela incompatibilidade de dimensões das embalagens comespaço disponível no interior do conteiner.

Apresentar a tabela de fator de quebra de estiva.

Sempre que apresentar um tipo deconteiner, procurar dar exemplos do tipode carga nele transportada.

Explicar a composição do númerode série e das marcas na porta doconteiner.

Identificar a integridade do sistema de fechamento e dos lacres doscontêineres.

Citar o procedimento para informação em caso de verificação de lacrerompido.

2.4 Atividades preliminares

Descrever as atividades e os preparativos para o embarque edesembarque de cargas em porões e contêineres.

Chamar a atenção para as atividades de limpeza da praça e da retiradade vestígios do material de peação e escoramento utilizado em cargaanteriormente transportada.

2.5 Técnicas de estivagem

Descrever as técnicas de estivagem para cada um dos tipos deembalagem, definindo os cuidados no seu manuseio.

2.6 Estivagem em contêineres

Descrever os cuidados a serem tomados ao estivar cargas emcontêineres.

2.7 Separação de carga

2.7.1 Conceito

Conceituar separação, explicando a suafinalidade e exemplificando as cargas que devemser estivadas separadas.

19 Curso Básico de Conferência de Carga Curso Básico de Conferência de Carga

2.7.2 Material de separação

Explicar a utilização do material de separação em função da carga aser separada.

2.8 Finalidade da separação

2.8.1 Separação para evitar contato com líquidos livres

Definir o que são líquidos livres.

Explicar os cuidados para que a carga não entre em contatocom líquidos livres.

2.8.2 Separação para ventilação da carga

Enfatizar que a ventilação é necessária para evitar mofo, aquecimento eumedecimento.

Explicar o uso de ventiladores venezianos.

2.8.3 Separação para distribuir pressão

2.8.4 Separação para evitar roubos e furtos

2.8.5 Separação para evitar extravio

Destacar a necessidade de utilização de estrados quando a carga éfrágil e está em embalagem fraca.

2.9 Definições jurídicas

2.9.1 Furto e roubo

Definir furto e roubo.

08

BAIA BAIA

Contentor de 2 módulos

Contentor de 1 módulo

04

09 0507 03

Convés exposto

CA

MA

DA

02

04

06

08

82

84

BB

Vante

BE

File

ira

20 Curso Básico de Conferência de Carga Curso Básico de Conferência de Carga

3.0 Plano de carga e “bay-plan”

Objetivos:• definir plano de carga e “bay-plan”;• definir lista de carga;• avaliar a importância dos fatores a considerarpara a distribuição de cargas a bordo; e• definir “bay”, “row”, e “tier”.

3.1 Plano de carga e “bay-plan”

Definir plano de carga e “bay-plan” e descrever as convenções utilizadaspara a diagramação do plano de carga.

Citar os responsáveis pelo plano de carga a bordo.

3.2 Lista de carga

Descrever os itens que devem constar de uma lista de carga.

3.3 Fatores a considerar para a distribuição da carga

Descrever a importância da distribuição da carga e sua influência sobrecada um dos seguintes fatores: fator de estiva, quebra de estiva, formato dapraça, separação, segregação, portos de destino, estabilidade, compasso,resistência estrutural do navio e segurança do pessoal.

3.4 “Bay”, “row” e “tier”

Definir “bay”, “row”, e “tier”.

4.0 Documentação: manifesto, conhecimento e guia de embarque

Objetivos:

• definir manifesto e relacionar os itens que oconstituem;• definir conhecimento de carga e guia de embarque;e• definir frete.

4.1 Manifesto

Definir manifesto de carga e listar os dados que o compõem.

4.2 Conhecimento de carga e outros

Definir conhecimento de carga, fatura comercial, recibo de bordo(“mate’s receipt”), conhecimento de transporte, conhecimento de embarque(“bill of lading”).

21 Curso Básico de Conferência de Carga Curso Básico de Conferência de Carga

4.3 Guia de embarque

Definir guia de embarque e listar os dados que aconstituem.

4.4 Frete

Definir e descrever a constituição do frete.

5.0 Novas técnicas de transmissão e coleta de dados porvia eletrônica

Objetivo

• explanar os tipos de coleta e transmissão de dados via eletrônica.

5.1 Coleta e transmissão de dados por via eletrônica

Descrever os equipamentos normalmente utilizados em coleta etransmissão de dados por via eletrônica: terminais portáteis de rádiofreqüência, equipamentos de leitura ótica (scanners), computadores, etc.

Se possível, destaque algum tempo para demonstração prática,levando os alunos para visitar um terminal que opere equipamentos de coletae transmissão de dados por via eletrônica.

DISCIPLINA IV: CARGA PERIGOSA E GRANÉIS

Propósito:

Proporcionar ao aluno conhecimento técnico sobre a simbologia e oscuidados necessários por ocasião do manuseio com carga perigosa.

Conteúdo programático

1.0 Carga perigosa

Objetivos:

• definir carga perigosa;• reconhecer a classificação e a simbologiaoficial IMDG/IMO para as cargas perigosas;• identificar as marcas e etiquetas dereconhecimento das cargas perigosas;• apontar os requisitos a serem observadosna embalagem de mercadorias perigosas;• indicar as precauções de segurançadurante o manuseio de cargas perigosas;

22 Curso Básico de Conferência de Carga Curso Básico de Conferência de Carga

• explanar sobre cuidados especiais para estivagem de cargasperigosas; e• indicar a documentação para transporte de mercadorias perigosas;• reconhecer as normas para transporte de explosivos.

1.1 Conceito

Explicar em que consiste uma carga perigosa e mencionar a importânciade sua correta manipulação em uma embarcação mercante, durante asoperações de carregamento e descarga.

1.2 Classificação

Alertar que para manusear cargas perigosasé necessário o perfeito conhecimento do seuaspecto perigoso e sua classificação.

Apresentar a classificação adotada mundialmente e mencionar queela é resultado de um trabalho publicado pela International MaritimeOrganization (IMO) visando à segurança do trabalhador e à preservação domeio ambiente.

Descrever as nove classes de cargas perigosas e suas divisões por tipos.

Exemplificar cada uma das classes.

1.3 Etiquetas

Descrever as marcas e etiquetas adesivas das diversas classes decargas perigosas.

Alertar para os cuidados a serem tomados quando próximo aolocal em que se manipulam cargas perigosas.

Apresentar os modelos constantes da NR 29 sobre o assunto.

VENENO

6

PERIGOSOEM CONTATO

COM A ÁGUA

4

COMBUSTÃO

ESPONTÂNEA

SUBSTÂNCIAS

OXIDANTES

5.1

PERÓXIDO

ORGÂNICO

5.2

LÍQUIDO INFLAMÁVEL

3

GÁS INFLAMÁVEL

2

GÁS VENENOSO

2

SÓLIDO INFLAMÁVEL

4

EXPLOSIVO

1

SUBSTÂNCIA

INFECCIOSA

6

9

7

7

CORROSIVO

8

23 Curso Básico de Conferência de Carga Curso Básico de Conferência de Carga

1.4 Embalagens de cargas perigosas

Citar os cuidados especiais com as embalagens de acordo com o riscoque as substâncias apresentam.

1.5 Precauções de segurança

Descrever as medidas gerais de segurança nas operações com cargasperigosas.

Chamar a atenção para a sempre presente possibilidade de poluiçãodo meio ambiente quando manuseando cargas perigosas.

1.6 Proteção individual

Chamar a atenção para a necessidade da proteção do trabalhadorquando operando com cargas perigosas.

Citar os três fatores importantes a serem destacados no uso dos EPI:necessidade, seleção e treinamento.

Explicar a utilização correta dos Equipamentos de Proteção Individual(EPI) obrigatórios e de quem é a responsabilidade por fornecê-los.

Comentar o texto da NR 29 que trata do assunto.

1.7 Documentação de carga perigosa

Descrever a declaração de mercadorias perigosas e a ficha deemergência e apresentar os modelos anexos à NR 29.

1.8 Transporte de explosivos

Apresentar as normas gerais que devem ser observadas nas operaçõescom explosivos - classe 1.

1.9 IMDG

2.0 Granéis

Objetivos:

• conceituar granéis;• relacionar os principais granéis sólidos; e• definir ângulo de repouso.

24 Curso Básico de Conferência de Carga Curso Básico de Conferência de Carga

2.1 Conceito

Conceituar granéis.

2.2 Tipos de granéis

Definir granéis líquidos e sólidos.

Citar exemplos de granéis líquidose sólidos.

2.3 Ângulo de repouso

Alertar para a importância de não exceder o ângulo de repouso quandoestivar granéis.

DISCIPLINA V: PEAÇÃO, ESCORAMENTO DE CARGA ELINGADAS

Propósito:

Proporcionar ao aluno conhecimento técnico sobre peação eescoramento de cargas e preparação de lingadas.

Conteúdo programático

1.0 Peação e escoramento

Objetivos:

• definir peação;• relacionar os materiais de peação normalmenteutilizados a bordo e em contêineres;• indicar a finalidade do escoramento e quais osmateriais normalmente empregados.

1.1 Peação

Definir peação e apontar suas vantagens.

1.2 Escoramento

Explanar quando utilizar o escoramento e que materiais utilizar.

1.3 Materiais utilizados na peação

Explanar sobre a utilização de cabos de fibra e de arame, correntes,fitas de aço e macacos.

25 Curso Básico de Conferência de Carga Curso Básico de Conferência de Carga

1.4 Peação de contêineres

Descrever os dispositivos utilizados na peação de contêineres.

2.0 Preparação de lingadas

Objetivos:

• relacionar as normas gerais desegurança nas operações de carga edescarga;• citar as recomendações especiaispara o emprego de redes, lingas decorrente, estropos e “spreaders”;• sumariar sobre cuidados especiaispara a arrumaçãao de cargas a bordo;• descrever o processo de arrumaçãode contêineres a bordo; e• conhecer o emprego de portêineres e transtêineres.

2.1 Normas gerais de segurança

Citar os cuidados que devem ser tomados nas operações de carga edescarga.

2.2 Recomendações especiais

Chamar a atenção para os cuidados de manutenção e de manipulaçãodo material usado nas lingadas.

2.3 Arrumação de cargas a bordo

Chamar a atenção para os trabalhos de preparação dos porões parareceber a carga.

26 Curso Básico de Conferência de Carga Curso Básico de Conferência de Carga

2.4 Arrumação de contêineres a bordo

Descrever “bay”, “row” e “tier” e o modo de se identificar a localizaçãode um conteiner a bordo.

2.5 Transtêineres e portêineres

Descrever o emprego desses equipamentos.

DISCIPLINA VI: AVARIAS

Propósito:

Proporcionar ao alunoconhecimento técnico sobreavarias de cargas, enfatizandoa questão seguro, vistoria elegislação que regulam aspendências.

Conteúdo programático

1.0 Avarias

Objetivos:

• conceituar avarias;• classificar avaria;• definir seguro carga;• apontar as principais causas de avarias ;• indicar os pontos fundamentais para evitar avarias a bordo;• indicar os pontos fundamentais para evitar avarias de cargas em

contêineres.• conceituar vício próprio;• citar legislação sobre vistorias, avarias e extravio;• definir extravio de carga, acréscimo de carga e falta de mercadoria;• explanar sobre gravames aduaneiros; e• explanar sobre conferência final.

1.1 Conceito

Conceituar avaria e exemplificar.

1.2 Seguro carga

Definir seguro carga e risco.

Descrever os tipos de apólices.

27 Curso Básico de Conferência de Carga Curso Básico de Conferência de Carga

1.3 Classificação quanto à espécie

Conceituar avaria grossa e avaria simples.

Apresentar os requisitos de cada tipo de avaria.

1.4 Classificação quanto à origem

Exemplificar cada tipo de avaria apresentada (endógena, exógena,despesa e dano).

1.5 Tipos de avarias mais comuns no transporte marítimo

Listar as causas de avarias à carga e descrever os tipos e dar exemplosde cada uma das avarias.

• antes do embarque;• devido à manipulação;• devido à embalageminadequada;• causada pela pressão;• causada pelo atrito;• causada pela temperatura;• causada por manchas;• causada pela umidade;• causada por vício próprio;• causada pela estabilidade;

• causada por contaminação;• causada por ratos e outros animais;• causada por roubos, furto, extravio e descaminho.

1.6 Cuidados fundamentais para evitar avarias a bordo

Descrever os princípios de segurança ao estivar cargas em porões demodo a evitar avarias à própria carga e ao navio.

1.7 Cuidados fundamentais para evitar avarias de cargas em contêineres

Descrever os procedimentos de segurança na estufagem e nadesestufagem de cargas em contêineres.

1.8 Vício próprio

Conceituar vício próprio do navio e da carga.

1.9 Vistoria

1.10 Extravio e acréscimo

Conceituar vistoria, avaria, falta, extravio e acréscimo.

28 Curso Básico de Conferência de Carga Curso Básico de Conferência de Carga

1.11 Despacho aduaneiro

1.12 Conferência final

Conceituar despacho aduaneiro e conferência final.

DISCIPLINA VII: MARINHARIA

Propósito:

Proporcionar ao aluno conhecimento técnico sobre as principaiscaracterísticas, as classificações, os elementos e os equipamentos maisimportantes dos navios.

Conteúdo programático

1.0 O navio

Objetivos:

• explicar como é estruturado um navio mercante;• apontar as qualidades essenciais e náuticas de um navio; e• indicar a classificação das embarcações mercantes segundo o fim aque se destinam.

1.1 O navio mercante

Explicar a estruturação de um naviomercante e apontar suas qualidadesnáuticas.

1.2 Classificação

1.2.1 Quanto ao fim a que se destinam

Navios de passageiros, de carga ou cargueiros, de carga modular(contêineres), de carga a granel, navios tanque ou petroleiros, navios decarga líquida, navios de pesca.

1.2.2 Quanto às águas em que navegam

Transatlânticos, navios de longo curso, navios de cabotagem, naviosfluviais.

2.0 Nomenclatura do navio

Objetivos:

29 Curso Básico de Conferência de Carga Curso Básico de Conferência de Carga

• nomear as principais partes de um navio;• definir planos diametral, de flutuação e transversal;• definir linha de flutuação, linha d’água projetada, seçãao transversaale seção mestra;• diferenciar centro de gravidade de um navio de centro de carena; e• definir centro de flutuação, empuxo, borda livre e comprimento entreperpendiculares.

2.1 Definições

Definir plano diametral, plano de flutuação,plano transversal, linha de flutuação, linha d´águaprojetada, seção transversal, centro degravidade, centro de carena, momento deendireitamento, metacentro, alquebramento,tosamento, borda livre, perpendicular a vante,perpendicular a ré, comprimento entreperpendiculares, trim, banda, boca, pontal, linhada base moldada e calado.

Demonstrar a leitura de calado.

3.0 Tonelagem e deslocamento

Objetivos:

• definir deslocamento;• diferenciar deslocamento a plena carga de deslocamento normal e dedeslocamento leve;• definir “gross deadweight” e “net deadweight”;

DIMENSÕES DA SEÇÃO A MEIA-NAU

LINHA DO CENTRO

FLECHA

ADELGAÇAMENTO

BORDALIVRE

LINHA RETADO VAU

LINHA D�ÁGUA L.A.

CALADOMOLDADOSEÇÃO A MEIA-NAU NA

SUPERFÍCIE MOLDADAPONTAL

MOLDADO

BOCA MOLDADA

ALTURADO FUNDO

LINHA BASEL

L

L

60

58

56

54

52

60

58

56

54

52

5,90 m

5,60 m

5,35 m

ESCALA DE CALADO

30 Curso Básico de Conferência de Carga Curso Básico de Conferência de Carga

• definir tonelagem de arqueação,tonelagem bruta (“gross tonnage”); e• definir expoente de carga ecapacidade cúbica.

3.1 Deslocamento

Definirdeslocamento; deslocamentoem plena carga, deslocamento carregado ou deslocamento máximo;deslocamento normal; deslocamento leve ou deslocamento mínimo;“deadweight” e “net deadweight”.

3.2 Tonelagem

Definir tonelagem de arqueação; tonelagem bruta, capacidade cúbica.

Chamar a atenção para a relação entre o expoente de carga e ocapacidade cúbica.

4.0 Estabilidade

Objetivos:

• conceituar equilíbrio estável, equilíbrio neutro e equilíbrio instável;• definir tonelagem de deslocamento;• conceituar reserva de flutuabilidade e inércia.

4.1 Equilíbrio

Descrever como a arrumação dos pesos a bordo influi no equilíbrio donavio.

4.2 Flutuabilidade

Descrever o Disco de Plimsoll

R L

T

S W WNA

TF

F

31 Curso Básico de Conferência de Carga Curso Básico de Conferência de Carga

Bibliografia

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FONSECA, Maurilio M. Arte Naval . 5 ed. Rio de Janeiro: SDGM, 1989. 916p. ISBN 85-7047-051-7

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INTERNATIONAL MARITIME ORGANIZATION - IMO. Internationalconvention for the safety of life at sea - SOLAS 74 - 1994 amendments .Londres,1995.

MÁXIMO JUNIOR, Attílio. Imposto de importação - Fato gerador epeculiaridades . 1 ed. São Paulo: IGLU EDITORA, 2000. 111 p.

SOSA, Roosevelt Baldomir. Comentários à lei aduaneira . 1 ed. São Paulo:ADUANEIRAS, 1995.