Curso CG Final

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Cromatografia Gasosa Bruno Carius Garrido Pesquisador-tecnologista em Metrologia e Qualidade Cromatografia Gasosa da teoria básica ao desenvolvimento de métodos

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  • Cromatografia Gasosa

    Bruno Carius Garrido Pesquisador-tecnologista em Metrologia e Qualidade

    Cromatografia Gasosa

    da teoria bsica ao desenvolvimento de mtodos

  • Cromatografia Gasosa

    Gnese da cromatografia

    - Primeiros trabalhos por Runge em 1834 (spot tests), mais tarde Goppelsroeder e Schnbein

    - Day (1897-1903) anlises de petrleo por fluxo ascendente em colunas empacotadas

    - Tswett (1906-1907) Separao de pigmentos vegetais em coluna aberta com fase

    estacionria

    -

    - Kuhn (1931), Tiselius (1940), Wilson (1940), Tiselius (1941), Martin & Synge (1941)

    - Martin e cols. - 1944 Cromatografia em papel

    - Cremer (1951) - Cromatografia gs-slido

    - James & Martin (1952) Cromatografia gs-lquido

    - Glueckauf (1955) Primeira equao para a relao entre HETP e tamanho de partcula e

    difuso

    - Van Deemter e cols. Desenvolveu a teoria cintica pela simplificao do trabalho de Lapidus

    e Ammundson para uma funo Gaussiana

  • Cromatografia Gasosa

    O que cromatografia?

    Tcnica de separao de componentes de uma mistura baseada

    em diferentes graus de interao dos componentes da mistura

    com uma fase estacionria e uma fase mvel

  • Cromatografia Gasosa

  • Cromatografia Gasosa

    Classificao das tcnicas cromatogrficas

    Pela natureza das fases:

    Cromatografia Fase Mvel Fase Estacionria Tipo*

    Gasosa (CG) Gs Lquido Gs-lquido

    Slido Gs-slido

    Lquida (CL) Lquido Lquido Lquido-lquido

    Slido Lquido-slido

    Supercrtica (CS) Fluido supercrtico Lquido

    Slido

    * Denominaes ultrapassadas

  • Cromatografia Gasosa

    Classificao das tcnicas cromatogrficas

    Pelo suporte da fase estacionria:

    - Planar:

    Em camada delgada (CCD) Em papel (CP)

    - Coluna

    Pelo fluxo da fase mvel:

    - Unidimensional

    - Bidimensional

    - Radial

    Pela natureza da fase mvel (Cromatografia Lquida)

    - Fase normal

    - Fase reversa

  • Cromatografia Gasosa

    Classificao das tcnicas cromatogrficas

    Pelo tipo de interao responsvel pela separao:

    - Adsoro

    - Partio

    - Excluso

    - Complexao (troca inica)

    - Afinidade (imunoafinidade (CIA), bioafinidade)

    Pela presso (Cromatografia em coluna):

    - Normal

    - Mdia presso

    - Mdia presso (tipo flash)

    - Alta presso (CLAE)

    Pelo objetivo da separao:

    - Analtica

    - Preparativa (ou semi-preparativa)

    - Extrativa ou para pr-tratamento da amostra (EFS)

  • Cromatografia Gasosa

    Cromatografia Gasosa (CG)

    - A cromatografia gasosa com o emprego de colunas capilares pode ser denominada

    cromatografia gasosa de alta resoluo (CGAR)

  • Cromatografia Gasosa

    Pergunta

    Eletroforese um tipo de cromatografia?

  • Cromatografia Gasosa

    Parmetros cromatogrficos e seus smbolos

  • Cromatografia Gasosa

    Principais parmetros cromatogrficos e seus smbolos

  • Cromatografia Gasosa

    Principais parmetros cromatogrficos e seus smbolos

  • Cromatografia Gasosa

    A resoluo cromatogrfica

    A resoluo cromatogrfica o parmetro cromatogrfico de maior importncia

    Uma resoluo igual a 1,5 ou maior garante a

    separao em linha de base de dois sinais

    cromatogrficos, permitindo boas medidas de

    rea e altura dos sinais.

  • Cromatografia Gasosa

    O desafio da cromatografia:

    Ter a resoluo adequada no menor tempo

    possvel!

  • Cromatografia Gasosa

    Equao fundamental da resoluo cromatogrfica

    Eficincia

    Seletividade

    Reteno

    Sem reteno no h

    separao! Principal parmetro

    para uma separao

    na cromatografia

    lquida

    Principal parmetro

    para uma separao

    na cromatografia

    gasosa devido a ser

    intrinsecamente

    grande

  • Cromatografia Gasosa

    Importncia da eficincia em CG

    - A cromatografia gasosa de alta resoluo produz bandas muito estreitas e de volume

    muito baixo Alta eficincia!

    - Isso permite a separao de muitos componentes em tempos de corrida

    relativamente baixos

    - De maneira geral, a resoluo cromatogrfica em CG depende menos da

    seletividade do que a cromatografia lquida

    - Parmetros que influenciam a seletividade em CG: qumica da fase estacionria e

    temperatura

    - Parmetros que influenciam a seletividade em HPLC: qumica da fase estacionria,

    solvente orgnico na fase mvel, pH da fase mvel, tipo e concentrao do tampo

    na fase mvel, presena e tipo de reagente de pareamento inico

  • Cromatografia Gasosa

    Importncia da eficincia em CG

    HPLC

    CG

    Bandas em azul com mesma seletividade e fator de reteno similar

  • Cromatografia Gasosa

    Importncia da eficincia em CG

    HPLC

    Bandas em azul com mesma seletividade e fator de reteno similar

    CG

  • Cromatografia Gasosa

    Se a seletividade e a reteno so to semelhantes,

    porque a resoluo resultante to diferente nesses

    cromatogramas?

  • Cromatografia Gasosa

    Importncia da eficincia em CG

    HPLC

    Sinais em azul com mesma seletividade e fator de reteno similar

    CG

  • Cromatografia Gasosa

    A eficincia determinante nessa separao!

    Mas o que a eficincia???

  • Cromatografia Gasosa

    Teoria cintica da cromatografia gasosa

  • Cromatografia Gasosa

    Toda separao

    cromatogrfica resulta na

    separao de molculas de

    compostos diferentes, mas

    o efeito colateral uma

    leve separao entre

    molculas do mesmo

    composto Fenmeno de

    alargamento de bandas

    A eficincia a medida do alargamento das bandas, estamos lembrados?

  • Cromatografia Gasosa

    Alargamento de bandas em cromatografia gasosa

    O alargamento das bandas cromatogrficas em cromatografia gasosa se deve

    principalmente a trs efeitos:

    - Difuso longitudinal (Ordinary diffusion): Refere-se difuso que ocorre sempre

    que h uma regio de alta concentrao adjacente a uma regio de baixa

    concentrao. A difuso ocorre no nvel molecular, resultando do movimento de

    molculas aps a coliso.

    - Difuso por turbilhonamento (difuso de eddy): Efeito dos caminhos mltiplos.

    - Desequilbrio local (Local nonequilibrium) : Desequilbrio que ocorre na coluna

    devido ao perfil de concentrao varivel ao qual cada diferente rea da coluna est

    exposta.

  • Cromatografia Gasosa

    Alargamento de bandas em cromatografia gasosa

  • Cromatografia Gasosa

    Alargamento de bandas em cromatografia gasosa

  • Cromatografia Gasosa

    Alargamento de bandas em cromatografia gasosa

  • Cromatografia Gasosa

  • Cromatografia Gasosa

    Difuso de eddy

  • Cromatografia Gasosa

    Efeito de desequilbrio local

  • Cromatografia Gasosa

    Efeito de desequilbrio local

  • Cromatografia Gasosa

    Efeito de desequilbrio local

  • Cromatografia Gasosa

    Efeito de desequilbrio local

  • Cromatografia Gasosa

    Alargamento de bandas

  • Cromatografia Gasosa

  • Cromatografia Gasosa

  • Cromatografia Gasosa

    - Conhecida como equao de Van Deemter, onde:

    = constante adimensional caracterstica do empacotamento, sendo menor que

    1 para empacotamentos regulares

    dp = dimetro das partculas em centmetros

    = fator de correo para padres irregulares de difuso

    Dg = difusividade molecular real

    u = velocidade linear aparente

    k = fator de capacidade

    df = dimetro efetivo de filme na fase lquida

    Dl = difusibilidade do soluto na fase lquida

    - O primeiro termo corresponde geometria do empacotamento, o segundo

    difuso longitudinal na fase gasosa e o terceiro ao processo de resistncia

    transferncia de massa.

  • Cromatografia Gasosa

  • Cromatografia Gasosa

  • Cromatografia Gasosa

    - O termo A caracterstico do tamanho de partcula e da qualidade do

    empacotamento de uma coluna e s pode ser reduzido alterando-se o

    empacotamento.

    - As colunas capilares permitem a eliminao do termo A, visto que no possuem

    mltiplos caminhos para que ocorra a difuso de eddy

  • Cromatografia Gasosa

    - O termo B uma medida da difuso molecular

    - Pode ser reduzido pela reduo da difusividade molecular.

    - Difusividade molecular - depende da natureza do vapor e da temperatura e presso do

    sistema.

    - Maior em gases de baixa massa molecular (H2, He) do que em gases de massa molecular

    mais elevada (N2, CO2).

    - Considerando apenas isso, escolheramos esses gases (N2, CO2) para CG.

    - H outros efeitos a considerar Tipo de detector, viscosidade do gs

    - Alm disso, esse termo dividido por u na equao aumentamos u para reduzir o seu

    efeito

    - O aumento de u d mais peso ao termo C considerar o balano depende do tipo de

    coluna maior ou menor resistncia transferncia de massa!

  • Cromatografia Gasosa

    A grande vantagem da CGAR

    O que faz da CGAR a tcnica analtica mais utilizada em qumica?

    Sua altssima eficincia intrnseca mencionada

    anteriormente conseguida pela eliminao do termo A

    da equao de van Deemter pelo uso de colunas

    capilares!

  • Cromatografia Gasosa

    A grande vantagem da CGAR

  • Cromatografia Gasosa

    FE lquida

    SUPORTE Slido inerte

    poroso

    Tubo capilar de material inerte

    Separao de C14, C15 e C16 (1, 2 e 3) em

    coluna empacotada (esquerda) e coluna capilar (direita)

  • Cromatografia Gasosa

    CGAR como Mtodo Analtico

    Vantagens

    Excelente poder de resoluo;

    Anlise de dezenas de substncias em uma nica amostra;

    Alta sensibilidade (1012 g);

    Injeo de pequena quantidade de amostra;

    Excelente tcnica quantitativa.

    Limitaes

    Anlise de substncias volteis e termicamente estveis;

    Uso de derivados para obteno de volatilidade.

  • Cromatografia Gasosa

    Radler & Nunes, 2003

  • Cromatografia Gasosa

    - Sistema cromatogrfico S capaz de promover separao!

    - Voltando:

  • Cromatografia Gasosa

    Tcnicas de introduo de amostras em CG

  • Cromatografia Gasosa

    - Em cromatografia gasosa o corao (ou calcanhar de Aquiles) a injeo da

    amostra pois aps a entrada da amostra na coluna, s possvel separ-la No se

    junta molculas em um sistema cromatogrfico!

    - Requisitos iniciais:

    Compostos volteis Termicamente estveis

    - O que fazer se meus compostos de interesse no so volteis e/ou termicamente

    estveis?

    Injeo na coluna a frio (cold on-column) PTV Derivatizao

  • Cromatografia Gasosa

    - Relembrando volatilidade:

    Massa molecular - Quanto maior a massa, menor a presso de vapor

    Interaes intermoleculares - Interaes carga-carga > carga-dipolo > ligao hidrognio > dipolo-dipolo >

    dipolo-dipolo induzido > van der Waals

    - Lembrar da estereoqumica (E- e Z-) e seu efeito duplo dependendo do tamanho da

    molcula.

  • Cromatografia Gasosa

    - Derivatizao pode aumentar dramaticamente a volatilidade e a estabilidade de

    compostos

    - A derivatizao mais comum a sililao Reagentes mais comuns: MSTFA e

    BSTFA

    - Existem diversas outras reaes de derivatizao: Acilao, alquilao, formao

    de derivados cclicos, derivatizaes quirais.

    - Na prtica, o procedimento de derivatizao deve visar a substituio de grupos

    funcionais mais polares por outros de menor polaridade, reduzindo a fora das

    interaes intermoleculares Ateno para a massa!

    - Uma boa reviso sobre as principais derivatizaes usadas em CG est em: Segura

    et al., 1998 J. Chromatogr. B.

  • Cromatografia Gasosa

    Amostragem em CG

    - As amostras de interesse podem ser gasosas, lquidas ou slidas

    - Em todos os casos, deve-se garantir uma amostragem representativa e

    homognea

    - A coluna suporta apenas amostras gasosas converso para lquidos e slidos

  • Cromatografia Gasosa

    Amostragem em CG - Gases

    - Existem diversas formas de se introduzir uma amostra gasosa em CG:

    cilindros, bolsas hermticas, seringas hermticas e vlvulas

    - A amostra pode ser inserida diretamente na coluna ou via injetor convencional

    (p.ex.: split/splitless)

    - A amostragem de Headspace tambm usada para anlise do gs sobre uma

    amostra lquida ou slida (volteis)

  • Cromatografia Gasosa

    Amostragem em CG - Slidos

    - Muito rara - mais comum: solubilizao da amostra slida em solvente

    adequado para posterior anlise

    - A amostragem de slidos se limita basicamente anlise dos seus volteis

    Headspace ou anlise por vaporizao trmica programada

  • Cromatografia Gasosa

    Amostragem em CG - Lquidos

    - Forma mais comum de amostragem em CG

    - Uso de seringa Manual ou automaticamente

    - Aplica uma pequena alquota de amostra na forma lquida para posterior

    vaporizao

    - Idealmente: Lquidos volteis

    - Lquidos menos volteis podem ser usados on-column e PTV

    - A expanso dos lquidos ao passar para o estado gasoso deve ser considerada

    - O aquecimento necessrio em muitos injetores tambm deve ser levado em

    conta degradao trmica da amostra

  • Cromatografia Gasosa

    Amostragem em CG Lquidos Injeo Manual

    - Consiste literalmente na injeo manual com uma seringa

    - Duas tcnicas principais podem ser usadas: Injeo com agulha fria e injeo

    com agulha aquecida

    - Basicamente a injeo consiste dos seguintes passos:

    Limpeza da seringa Retirada de amostra com volume cuidadosamente medido Injeo

  • Cromatografia Gasosa

    Amostragem em CG Lquidos Injeo Manual com agulha fria

    - Inserir a agulha at o fim no injetor

    - Rapidamente pressionar o mbolo da

    seringa para injetar o lquido

    - Retirar a seringa

    - Vantagem: Injeo rpida

    - Desvantagem: Discriminao de

    substratos pouco volteis (condensao na

    agulha) e baixa repetitividade.

    Analito voltil

    Analito pouco voltil

  • Cromatografia Gasosa

    Amostragem em CG Lquidos Injeo Manual com agulha aquecida

    - Inserir a agulha at o fim no injetor

    - Permitir tempo suficiente para que a

    agulha seja aquecida (3 5 s)

    - Rapidamente pressionar o mbolo da

    seringa para injetar o lquido

    - Aguardar cerca de 15 20 s e retirar a

    seringa

    - Vantagens: Injeo muito reprodutvel e

    praticamente sem discriminao dos pouco

    volteis

    - Desvantagem: Injeo demorada

    Analito voltil

    Analito pouco voltil

  • Cromatografia Gasosa

    Amostragem em CG Lquidos Tcnica de Air Gap ou lacuna de ar

    - Usada para evitar a discriminao de substratos pouco

    volteis

    - Sugar amostra acima do volume pretendido e devolver at o

    mesmo

    - Aps retirar a alquota de amostra do vial, preenchemos a

    seringa com ar (2 vezes o volume de amostra)

    - Promover a injeo com agulha fria ou aquecida

    - Vantagens: Evita a perda de volteis antes da injeo, evita a

    discriminao e ajuda a promover a transferncia completa

    de amostra: repetitividade melhorada

  • Cromatografia Gasosa

    Amostragem em CG Lquidos Tcnica de Solvent flushing ou

    lavagem com solvente

    - Usada para evitar a discriminao de substratos polares

    - Sugar solvente, ar, amostra e mais ar

    - Promover a injeo com agulha fria ou aquecida

    - Vantagens: Todas da injeo com lacuna de ar. Evita

    discriminao de substratos polares que estejam adsorvidos

    no vidro ou na agulha.

  • Cromatografia Gasosa

    Sistemas de Injeo

    - Promover propriamente a introduo da amostra na coluna

    - O tipo mais antigo de injeo em CGAR a injeo com diviso de fluxo

    (Split)

    - Outro tipo muito comum (geralmente associado) a vaporizao sem diviso

    de fluxo (Splitless)

    - Outros tipos tambm muito comuns so a vaporizao com temperatura

    programada (PTV) e a injeo na coluna a frio (cool on-column)

  • Cromatografia Gasosa

    O injetor split/splitless

    - Bloco metlico aquecido com 3 entradas e 3 sadas (basicamente)

    - Revestido com um tubo de vidro chamado encamisamento de vidro (liner)

    proteger a amostra de degradao em contato com o metal aquecido

    Coluna Seringa

    Septo Purga do septo

    Entrada de Gs Sada do divisor de fluxo

    Encamisamento de vidro

    Cmara de vaporizao

  • Cromatografia Gasosa

    O injetor split/splitless

    - Permite fazer injees com diviso de fluxo (Split) e sem diviso de fluxo

    (Splitless)

    - O que determina o tipo de injeo a ser feita a natureza da amostra

  • Cromatografia Gasosa

    A injeo com diviso de fluxo (Split)

    - a forma mais antiga de

    introduo de amostras em

    colunas capilares

    - Volume de vapor gerado no

    injetor geralmente da ordem de

    0,5 a 1 mL

    - Fluxo na coluna da ordem de 1

    mL/min

    - Efeito de alargamento no tempo

    - Usa-se a diviso de fluxo para

    evitar esse alargamento

    Coluna

    Divisor de fluxo

    1 minuto para

    esvaziar o injetor

  • Cromatografia Gasosa

    A injeo com diviso de fluxo (Split)

    Coluna (1 mL/min)

    Divisor de fluxo (10 mL/min)

    5,45 segundos para

    esvaziar o injetor!

  • Cromatografia Gasosa

    A injeo com diviso de fluxo (Split)

    Pergunta:

    Um equipamento de CG sabe medir fluxo de gs?

    Resposta:

    No!

  • Cromatografia Gasosa

    A injeo com diviso de fluxo (Split)

    - O que determina o fluxo de gs de arraste na coluna a diferena de presso

    entre a cabea da coluna (no injetor) e o detector Importante informar o

    detector e dimenses da coluna corretamente!

    Ex.:

    - Coluna de 0,25 mm DI e 30 m para fluxo 1 mL/min a 140C, P = 16,5 psi

    - Coluna de 0,32 mm DI e 30 m para fluxo de 1 mL/min a 140C, P = 7,6 psi

    - Se uso uma coluna de 0,32 mm DI e informo para o equipamento que uma

    0,25 mm DI, tento colocar 1 mL/min na coluna mas terei 2,7 mL/min!

    - A mesma considerao vale para o comprimento da coluna Medir!

    - Como medir a coluna: lembrar da geometria! Circunferncia = 2..r

  • Cromatografia Gasosa

    A injeo com diviso de fluxo (Split)

    - Desvantagem imediata: Perda de sensibilidade Joga mais amostra pra fora do

    que pra dentro do sistema

    - Necessidade de pr-concentrao da amostra

    - A princpio esse tipo de injeo no recomendado para anlise de traos

    - Vantagem imediata: Forma mais rpida de transferncia de uma amostra para a

    coluna em CGAR Sinais mais estreitos

    - Discriminao e diviso no linear Sempre manter o injetor extremamente

    limpo!

    - Troca de septos a cada 30-50 injees, liner a cada 100 injees e limpeza do

    corpo do injetor a cada 200 injees (sempre que abaixar a temperatura liner e

    septo)

  • Cromatografia Gasosa

    A injeo sem diviso de fluxo (Splitless)

    - Desenvolvida por acaso por Grob em 1969

    - Anlise de uma mistura de esterides em split

    - Grob esqueceu-se de abrir a vlvula no momento da injeo e abriu mais tarde

    Cromatograma com sinais grandes e bem formados para uma amostra muito

    diluda

  • Cromatografia Gasosa

    A injeo sem diviso de fluxo (Splitless)

    - A estrutura do injetor exatamente a

    mesma do split

    - A injeo feita com o divisor de fluxo

    totalmente fechado

    - A amostra s pode ir para a coluna

    - Aps um curto perodo (chamado de

    tempo de amostragem; geralmente de

    30-60 s), a vlvula totalmente aberta

    limpar o injetor

    - Alargamento no tempo vai acontecer

    - Alargamento no espao pode acontecer

    Coluna

    Divisor de fluxo

  • Cromatografia Gasosa

    A injeo sem diviso de fluxo (Splitless)

    - Alargamento no tempo Devido simplesmente ao grande tempo que se leva

    para transferir a amostra do injetor para a coluna

    - Alargamento no espao Efeito de alagamento com amostra lquida de uma

    parte da coluna analitos se espalham no solvente

    - A injeo em splitless requer o uso de um mecanismo de reconcentrao

    (focalizao) de amostra

    - Os mais usuais: Efeito de solvente e captura a frio

    - a tcnica de injeo mais comum para anlise de traos em matrizes

    complexas

  • Cromatografia Gasosa

    Tcnicas de reconcentrao Captura a frio

    - A tcnica da captura a frio usada para analitos pouco volteis

    - Temperatura do forno ~ 90C abaixo do PE do analito e ~ 40C acima do PE

    do solvente

    - Na coluna o solvente permanecer no estado gasoso, sendo carreado

    - O analito passar para o estado lquido sendo capturado pela fase mvel

    - Aps algum tempo (1,5 2 min) inicia-se a rampa de temperatura do forno

    para eluio dos analitos

  • Cromatografia Gasosa

    Tcnicas de reconcentrao Efeito de solvente

    - Requer o uso de uma lacuna de reteno (retention gap)

    - Temperatura do forno ~ 30C abaixo do PE da amostra (solvente + analitos)

    - Toda a amostra ser condensada rapidamente na sada do injetor

    alargamento no espao

    - Reduo drstica de volume cerca de 100 x menor Acelera a sada da

    amostra do injetor

    - Nunca fazer isso na coluna! Usar lacuna de reteno

  • Cromatografia Gasosa

    Tcnicas de reconcentrao Efeito de solvente

    - Assim como na captura a

    frio, comea-se a

    programao de

    temperatura

    - O solvente comea a

    evaporar, concentrando os

    analitos

    - Ao chegar na fase

    estacionria, os analitos

    esto concentrados e

    prontos para serem

    eludos

    Coluna Lacuna

    FE

    Amostra

    Gs de arraste

    Gs de arraste

    Gs de arraste

    Gs de arraste

  • Cromatografia Gasosa

    Tcnicas de injeo - Splitless

    - Tanto na injeo com diviso de fluxo quanto na injeo sem diviso

    possvel realizar uma injeo pulsada (pulsed split ou pulsed splitless)

    - Aplica-se um pulso de presso (cerca de 3 x a presso normal) durante a

    injeo a fim de acelerar a sada da amostra do injetor

    - Essa tcnica aumenta a sensibilidade da anlise e gera picos muito mais

    estreitos e simtricos

    - O efeito sentido muito mais fortemente na injeo em splitless pois no split

    a sada da amostra do injetor j rpida

  • Cromatografia Gasosa

    Tcnicas de injeo Liners para split e splitless

  • Cromatografia Gasosa

    Tcnicas de injeo Cool on column Injeo na coluna a frio

    - Apesar de serem os mais utilizados, os injetores split/splitless possuem a

    desvantagem de necessitarem da volatilizao da amostra em alta

    temperatura Degradao trmica das amostras

    - Para os casos de analitos termolbeis, pode-se utilizar a injeo na coluna a

    frio (cool on-column)

    - o nico tipo de injetor onde a amostra no precisa passar por uma cmara

    adicional, sendo depositada diretamente na poro inicial da coluna

    - Alm da degradao, evita problemas de discriminao

    - Toda a amostra atinge a coluna Principal vantagem, mas tambm principal

    desvantagem

  • Cromatografia Gasosa

    Tcnicas de injeo Cool on column Injeo na coluna a frio

    - Os injetores on-column

    podem ter um septo ou

    uma vlvula de

    isolamento

    - Abaixo, encontra-se a

    coluna

    - A seringa especial com

    agulha de pequeno

    dimetro inserida pelo

    guia de agulha, at a parte

    interna da coluna

    - As seringas com agulha

    de metal podem ser

    usadas manualmente ou

    com autoamostradores

    para colunas com DI de

    0,53; 0,32 ou 0,25 mm

  • Cromatografia Gasosa

    Tcnicas de injeo Cool on column Injeo na coluna a frio

    - A injeo na coluna a frio a mais repetitiva e reprodutiva entre as diferentes

    injees para CG

    - Geralmente a temperatura do injetor controlada juntamente com a temperatura do

    forno

    - Por ser uma injeo que no sofre de discriminao, pode ser usada como controle

    na otimizao de outras tcnicas

    - Assim como na injeo em splitless, necessrio que se use um mecanismo de

    reconcentrao da amostra devido ao alargamento no espao

  • Cromatografia Gasosa

    Tcnicas de injeo Vaporizao com temperatura programada - PTV

    - Desenvolvido no fim da dcada de 1970, baseado no injetor splitless

    - O injetor splitless apresenta suas maiores desvantagens devido ao fato de ser um

    injetor aquecido

    - O injetor PTV permite a injeo de amostras em split ou splitless com o corpo do

    injetor resfriado

    - considerado o mais verstil dos injetores em CG

    - Permite a injeo de grandes volumes de amostra (at 100 L)

  • Cromatografia Gasosa

    Tcnicas de injeo Vaporizao com temperatura programada - PTV

    - A estrutura do injetor muito

    semelhante de um

    split/splitless, exceto pela

    entrada adicional de gs de

    resfriamento (Ar, CO2 ou

    N2(l))

    - O corpo do injetor, assim

    como os liners tem massa

    menor, para permitir seu

    rpido resfriamento/

    aquecimento

    - O injetor pode operar nos

    modos de split/splitless a

    quente, split/splitless a frio ou

    splitless a frio para grandes

    volumes

  • Cromatografia Gasosa

    Tcnicas de injeo Vaporizao com temperatura programada - PTV

    - Para split/splitless a quente, a operao exatamente igual do injetor clssico

    - A injeo split/splitless a frio pode ser vantajosa para transferncia de compostos

    termicamente instveis

    - Nesse caso, a amostra depositada no liner como um lquido, evitando a

    evaporao imediata do solvente, sendo ento aquecida em uma taxa programada

    para sua transferncia para a coluna de maneira similar ao split/splitless clssico

    - Essa injeo reduz/elimina os problemas de discriminao na agulha

    - O aquecimento controlado da amostra reduz os problemas de degradao trmica

  • Cromatografia Gasosa

    Tcnicas de injeo Vaporizao com temperatura programada - PTV

    - A injeo splitless a frio para grandes volumes a grande inovao do PTV

    - Nesse tipo de injeo, um grande volume (at 100 L) inserido no injetor (todo

    de uma vez ou em vrias pequenas injees) a frio com a purga do split aberta

    - Geralmente se utiliza um liner empacotado a fim de suportar melhor a grande

    quantidade de lquido

    - Utiliza-se uma temperatura na qual haja evaporao do solvente, mas no dos

    analitos

    - Aps a evaporao de cerca de 95% do solvente a purga do split fechada para

    promover a transferncia do material para a coluna em temperatura programada

    - Assim como no splitless, aps algum tempo a purga aberta novamente para

    limpar o injetor

    - As mesmas consideraes de alargamento e reconcentrao que se aplicam ao sless

  • Cromatografia Gasosa

    Tcnicas de injeo Vaporizao com temperatura programada - PTV

    - Como o PTV promove uma injeo a frio que tambm utiliza um liner, oferece

    vrias vantagens: ideal para misturas com ampla faixa de ebulio, injeo de

    grandes volumes e grande versatilidade

    - A grande versatilidade tambm a maior desvantagem: o PTV de longe o injetor

    mais complexo para CG

    - Existe menos informao na literatura sobre o uso do PTV e o equipamento tem

    maior custo

  • Cromatografia Gasosa

    Colunas capilares em CG fases estacionrias e outros parmetros

  • Cromatografia Gasosa

    Colunas capilares em CG

    - Marcel Golay considerado o inventor das colunas capilares, aps seus trabalhos

    nas dcadas de 1950 e 1960. As colunas propostas por ele foram chamadas de

    WCOT (Wall Coated Open Tubular)

    - As colunas capilares (ou tubulares abertas) de slica fundida (FSOT) foram

    introduzidas em 1979

    - Esse desenvolvimento, em conjunto com a criao de novas fases estacionrias

    quimicamente ligadas especficas para colunas de slica contriburam para sua larga

    aceitao

    - Aps a introduo das mesmas, houve um rpido declnio no uso de colunas

    empacotadas em CG

    - Diversas so as vantagens das colunas capilares: separaes com resoluo muito

    maior, tempo de anlise reduzido, necessidade de menor volume de amostra e

    menores limites de deteco

  • Cromatografia Gasosa

    Colunas capilares em CG

    - As colunas capilares

    modernas so capazes de

    resolver misturas de mais de

    1000 componentes

    - A escolha da coluna ideal

    para o trabalho a ser

    realizado deve levar em

    conta os seguintes fatores:

    fase estacionria, dimetro

    interno, espessura de fase e

    comprimento da coluna

    - Quanto menor o dimetro

    interno, maior a eficincia da

    coluna

  • Cromatografia Gasosa

    Colunas capilares em CG

    - A considerao prtica para escolha do dimetro interno que a capacidade da

    coluna diminui com a diminuio do dimetro, ou seja, amostras muito

    concentradas necessitam de colunas de maior dimetro

    - Para amostras complexas usar sempre o menor dimetro possvel

    - Ao usar colunas de grande dimetro com EM, ateno ao fluxo

    - As colunas de 0,10 mm DI podem gerar a mesma resoluo em um tempo muito

    menor a presso ser muito maior

  • Cromatografia Gasosa

    Colunas capilares em CG

    - Quanto espessura de filme:

    Maior espessura, aumenta a capacidade da coluna e a reteno maior tempo de anlise

    Quanto maior a espessura de filme, menor a eficincia da coluna

    Exceo, compostos muito volteis podem ter baixa resoluo com filmes muito finos

    Quanto menor a espessura do filme, menor ser a temperatura de eluio dos compostos, logo filmes finos se aplicam bem a compostos pouco volteis

  • Cromatografia Gasosa

    Colunas capilares em CG

    - Quanto ao comprimento da coluna

    Deve-se ter em mente que a resoluo proporcional raiz quadrada do nmero de pratos tericos (ou tamanho) da coluna

    Dobrar o tamanho de uma coluna aumenta em 1,4 x a resoluo, mas dobra o tempo de anlise

  • Cromatografia Gasosa

    Colunas capilares em CG

    - Seleo da fase mvel:

    O nitrognio o gs de arraste que pode, teoricamente, gerar a melhor

    eficincia cromatogrfica

    O uso do nitrognio, entretanto requer velocidades lineares muito baixas,

    sacrificando o tempo de anlise

    O gs com a melhor relao velocidade/eficincia o hidrognio

    Por ser um gs muito perigoso e, no passado, incompatvel com EM, o gs mais utilizado o He

  • Cromatografia Gasosa

    Colunas capilares em CG - Escolha da fase estacionria

    A escolha da fase estacionria muito menos importante em CG (existem menos de 100 fases diferentes) do que em CLAE (centenas de fases)

    Ainda assim, a escolha da fase estacionria um dos principais fatores que influenciam a seletividade em CG

    Para a separao em CG, deve-se usar a regra semelhante dissolve semelhante, ou seja, escolhemos uma fase que dissolva os analitos

    Importante: Muita interao em CG ruim!

    Importante 2: Fases polares em geral tm menor eficincia e estabilidade

  • Cromatografia Gasosa

    Colunas capilares em CG

    - Usar sempre a fase estacionria mais apolar capaz de promover a separao

    desejada

    - Fases apolares so mais resistentes a gua, oxignio e outros oxidantes

    - Fases apolares so mais inertes, sangram menos e tm melhor eficincia

    - Nas fases apolares a separao ocorre basicamente pelos pontos de ebulio.

    Aumentar o contedo de fases triuoropropil, cianopropil ou fenil gera mais

    interaes dipolares

    - As separaes de compostos que tm diferentes foras para realizar ligaes

    hidrognio como os lcoois, aldedos, aminas e cidos geralmente so melhores em

    colunas com fase estacionria de poli-etilenoglicol ou semelhantes

  • Cromatografia Gasosa

    Colunas capilares em CG

    - Na prtica, cerca de 90% das anlises em CG podem ser feitas utilizando-se uma

    coluna 100% poli-dimetilsiloxano ou 5% fenil, 95% poli-dimetilsiloxano

    - Os polisiloxanos so as fases estacionrias mais utilizadas em CG, devido sua alta

    estabilidade qumica e trmica e por oferecerem excelente difusividade aos solutos

    - Estrutura do 100% poli-dimetilsiloxano:

    - Os polisiloxanos substitudos podem ser representados:

    - Onde os Rs podem ser CH3, fenil, CH2CH2CF3 ou

    CH2CH2CH2CN e x e y representam o percentual de

    uma unidade de repetio no polmero

    - Ex: DB-1301 (6% cianopropilfenil94% dimetilpolisiloxano, R1 = CH2CH2CH2CN,

    R2 = fenil, R3 e R4 so metilas; X = 6% e Y = 94%

  • Cromatografia Gasosa

    Colunas capilares em CG

    - Aps os polisiloxanos, as fases mais comuns so os polietilenoglicis de estrutura

    geral:

    - Disponveis em diversas massas moleculares com denominaes como Carbowax,

    FFAP, etc.

    - So as fases ideias quando se necessita de uma seletividade alternativa, alm de

    ideais para separao de lcoois, aminas, cidos etc.

    - Sua principal desvantagem a instabilidade trmica temperaturas mximas na

    faixa de 225C

    - Alm disso, gua e oxignio podem ser prejudiciais

  • Cromatografia Gasosa

    Colunas capilares em CG - Fases recomendadas para diferentes aplicaes:

  • Cromatografia Gasosa

  • Cromatografia Gasosa

  • Cromatografia Gasosa

    Detectores em CG

  • Cromatografia Gasosa

    Detectores em CG Propriedades iniciais

    - Caractersticas de rudo Rudo qumico, rudo

    eltrico

    - O rudo calculado como a mdia entre o ponto mais

    baixo e mais alto da linha de base em um perodo de

    tempo

    - H diferentes tipos de rudo: rudo rpido (curta

    durao), rudo de longa durao e deriva

    - O rudo rpido de alta frequncia (maior do que

    quela do sinal de interesse), enquanto o rudo de

    longa durao exatamente o oposto

    - A deriva a inclinao do envelope de rudo em

    funo do tempo, sendo normalmente causada por

    sangramentos e outros problemas semelhantes

  • Cromatografia Gasosa

    Detectores em CG Propriedades iniciais

    - Uma das caractersticas mais observadas na deteco cromatogrfica a relao

    sinal-rudo Representa a probabilidade de que um pico em uma linha de base

    ruidosa represente um sinal de analito

    - Uma razo sinal-rudo de 2 indica probabilidade de 95%, enquanto uma relao

    S/R = 2,65 indica probabilidade de 99%

  • Cromatografia Gasosa

    Detectores em CG Propriedades iniciais

    - Como estimar a relao S/R:

    1 Definir o envelope de rudo (entre L1 e L2)

    2 Identificar o rudo mdio (C)

    3 Medir a altura do pico (S2: de C a D2)

    4 Calcular a relao

    Para um sinal ruidoso (S1), deve-se calcular

    uma altura mdia (D1)

  • Cromatografia Gasosa

    Detectores em CG Propriedades iniciais

    - Sensibilidade: quanto o sinal varia para dada variao de massa Geralmente dada

    pela inclinao da curva de calibrao No confundir com capacidade de deteco

    Tem a unidade da resposta do detector por unidade de concentrao ou massa (ex:

    mV/pg)

    - Limite de deteco Expressa a capacidade de deteco Geralmente corresponde

    concentrao capaz de gerar um sinal com relao S/R = 3, ou seja, a

    concentrao na qual o detector capaz de dar uma resposta com 99% de

    probabilidade de um pico representar um sinal da amostra

    - Faixa dinmica Faixa que vai do LD at a concentrao na qual um aumento na

    concentrao no promove aumento de sinal Sua faixa mais relevante a faixa

    linear que a faixa na qual a sensibilidade (inclinao) constante

    - Detectores universais, seletivos e especficos

  • Cromatografia Gasosa

    Detectores em CG Propriedades iniciais

  • Cromatografia Gasosa

  • Cromatografia Gasosa

    Detectores em CG Detector de condutividade trmica (DCT ou TCD)

    - Detector universal e no destrutivo

    - Baseia-se na medio de diferena na

    condutividade trmica entre uma clula

    analtica e uma clula de referncia

    - A passagem de um composto pela clula

    de referncia causa uma alterao na

    condutividade trmica, desbalanceando a

    ponte de Wheatstone

    - Um potencimetro refaz o balanceamento

    da ponte e a corrente necessria ser

    traada no cromatograma, gerando um

    sinal

  • Cromatografia Gasosa

    Detectores em CG Detector de condutividade trmica

    - Caractersticas:

    Detectabilidade mnima (LD): 10-9 g (1 ng)

    Resposta: Universal

    Linearidade: 104 (limitada)

    Estabilidade: Moderada

    Limite de temperatura: ~400C

    Gases: Carreador (geralmente Hlio) e Makeup: O mesmo do carreador

  • Cromatografia Gasosa

    Detectores em CG Detector de ionizao por chamas (DIC ou FID)

    - Detector seletivo e destrutivo

    - Baseia-se na criao de ons pela queima

    de um composto hidrocarbnico em uma

    chama neutra

    - A criao dos ons permite a passagem de

    corrente eltrica entre dois eletrodos (o

    Jet e o eletrodo coletor), gerando um sinal

    eltrico que traado no cromatograma

    - o detector mais usado em CG

  • Cromatografia Gasosa

    Detectores em CG Detector de ionizao por chamas

    - Caractersticas:

    Detectabilidade mnima (LD): 10-11 g (10 pg)

    Resposta: Somente para compostos contendo carbono orgnico (o sinal reduzido de acordo com a presena de tomos eletronegativos)

    Linearidade: 107 (faixa linear muito ampla)

    Estabilidade: Excelente

    Limite de temperatura: ~400C

    Gases: Carreador (Hlio ou Hidrognio), mistura combustvel e comburente (ar e hidrognio) e Makeup: (hlio ou nitrognio)

  • Cromatografia Gasosa

    Detectores em CG Detector de ionizao por chamas (DIC ou FID)

    - Compostos que geram pouca ou nenhuma resposta no FID:

    - A otimizao dos fluxos de gs importante:

    - Makeup deve ser aproximadamente igual a hidrognio +

    carreador

  • Cromatografia Gasosa

    Detectores em CG Detector de captura de eltrons (DCE ou ECD)

    - Detector seletivo e destrutivo

    - Uma fonte radioativa (63Ni) emite partculas :

    - Esses eltrons de baixa energia colidem com o gs

    de arraste, liberando eltrons de mais alta energia:

    - Esse fluxo de eltrons gera uma corrente entre o

    corpo do detector e eletrodo coletor

    - A passagem de um analito muito eletronegativo

    (com poder de capturar eltrons halogenado)

    gera uma reduo nessa corrente produzindo um

    sinal negativo que invertido para a sada em

    forma de cromatograma

  • Cromatografia Gasosa

    Detectores em CG Detector de captura de eltrons (DCE ou ECD)

    - Caractersticas:

    Detectabilidade mnima (LD): 10-13 g (0,1 pg)

    Resposta: Altamente seletivo para compostos contendo tomos eletronegativos (especialmente halogenados)

    Linearidade: 103 - 104 (faixa linear bem limitada)

    Estabilidade: Razovel Suscetvel a vazamentos no corpo do detector e a impurezas nos gases

    Limite de temperatura: ~400 C (com emissor 63Ni) ou 220 C (com 3H)

    Gases: Carreador (Hlio ou Hidrognio), Makeup: (nitrognio ou 5% de metano em argnio) Todos os gases devem ser ultrapuros

  • Cromatografia Gasosa

    Detectores em CG Detector de nitrognio e fsforo (DNP ou NPD)

    - Detector seletivo e destrutivo

    - Construo muito similar ao DIC Tambm pode

    ser chamado de TSD (ou DTE)

    - Acima do jet colocada uma prola de rubdio

    silicato envolta em uma resistncia

    - Quando aquecida, essa prola emite eltrons

    termo-inicos que formam o sinal de fundo

    - O fluxo de H2 usado muito menor do que em um

    FID e insuficiente para sustentar uma chama, o

    que se forma na verdade um plasma que passa

    pela prola aquecida

    - Esse plasma, em contato com a prola aquecida,

    promove a combusto parcial dos efluentes da

    coluna

    - Os produtos de combusto parcial contendo

    nitrognio e fsforo so adsorvidos na prola,

    fazendo com que aumente a densidade de eltrons

    produzidos pela mesma, gerando o sinal

    cromatogrfico

  • Cromatografia Gasosa

    Detectores em CG Detector de nitrognio e fsforo (DNP ou NPD)

    - Caractersticas:

    Detectabilidade mnima (LD): 10-11 g (10 pg)

    Resposta: Seletivo para nitrognio e fsforo

    Linearidade: 106 (faixa linear ampla)

    Estabilidade: Excelente, desde que as temperaturas e fluxos de gases sejam bem controlados. A prola tende a se degradar com o tempo e o sinal ser reduzido

    Limite de temperatura: ~400 C

    Gases: Carreador (Hlio ou Hidrognio), mistura combustvel e comburente (ar e hidrognio) e Makeup: (hlio ou nitrognio)

  • Cromatografia Gasosa

    Detectores em CG Espectrmetro de massas

    - O espectrmetro de massas opera sob vcuo

    - Existem diferentes fontes de ionizao (EI, CI, APGC) e diferentes analisadores

    (Quadrupolo, setor magntico, TdV, ion trap 3D, QqQ...)

    - Cada combinao fonte-analisador um sistema diferente

    - O EM no somente um detector para cromatografia, sendo a prpria

    espectrometria de massas uma rea muito ampla

    - Nesse curso: abordagem extremamente simples limitada a caractersticas simples

    - Usado como detector para CG pode ser universal ou seletivo e destrutivo

  • Cromatografia Gasosa

    Detectores em CG Espectrmetro de massas

    - Caractersticas:

    Detectabilidade mnima (LD): 10-12 g (1 pg) em SIM e 10-9 (1 ng) em SCAN (quadrupolo simples detectabilidade pode ser menor com outro analisador)

    Resposta: Universal (podendo ser seletivo com SIM)

    Linearidade: 106 (Faixa linear ampla)

    Estabilidade: Excelente

    Limite de temperatura: ~350 C na linha de transferncia e na fonte

    Gases: Para EI nenhum; CI metano ou amnia

  • Cromatografia Gasosa

    Detectores em CG

    - Temperatura do detector:

    - A temperatura de qualquer detector sempre deve ser cerca de 15-20 C acima da

    temperatura mxima de coluna usada no mtodo evitar a condensao

    - A chama de um FID nunca deve ser acesa em temperaturas menores que 100 C

    (recomendvel 150 C) evitar formao de vapor dgua no detector

  • Cromatografia Gasosa

    Anlise de dados e tcnicas de

    quantificao em CG

  • Cromatografia Gasosa

    Tcnicas de anlise e quantificao em CG

    - Tcnicas gerais da qumica analtica e outras mais especficas:

    - Padronizao externa

    - Padronizao interna

    - Diluio isotpica

    - Normalizao de reas

    - Normalizao de reas com fator de resposta

    - Adio padro

  • Cromatografia Gasosa

    Normalizao de reas

    - a tcnica de quantificao mais simples usada em cromatografia

    - No requer o uso de padres

    - Pode ser usada com quantidade de amostra desconhecida resultado relativo

    - Resultados pouco dependentes das condies de CG

    - Desvantagens: No aplicvel a todas as amostras, deve ser checada por anlises

    independentes, todos os componentes tm que dar picos, e todos teriam que ter o

    mesmo fator de resposta

  • Cromatografia Gasosa

    Normalizao de reas com fator de resposta

    - Na verdade como uma correo da normalizao de reas simples com melhor

    exatido

    - No requer o uso de padres caso os Rw sejam conhecidos se desconhecidos ser

    necessria uma calibrao

    - Pode ser usada com quantidade de amostra desconhecida resultado relativo

    - Resultados pouco dependentes das condies de CG inclusive fatores de resposta

    - Desvantagens: No aplicvel a todas as amostras, deve ser checada por anlises

    independentes, todos os componentes tm que dar picos.

  • Cromatografia Gasosa

    Padronizao externa

    - Consiste na comparao de uma amostra problema com uma amostra controle com

    concentrao conhecida

    - Requer o uso de um padro para preparo do controle pode ser feita uma curva de

    calibrao recomendado!

    - A quantidade de amostra deve ser conhecida

    - Resultados totalmente dependentes das condies de CG Amostra e controles

    devem ser analisados em sequncia exatido muito melhor do que normalizao

    - S o pico do composto de interesse necessrio

    - Desvantagens: massa (ou volume) de amostra deve ser conhecida, calibrao

    recomendada para maior exatido, condies de CG devem ser constantes e se

    houverem muitos componentes a calibrao pode ser cara e trabalhosa

  • Cromatografia Gasosa

    Padronizao externa

    - Clculos com padronizao simples (admitindo volume ou massa igual entre

    amostra e controle):

    - Clculos usando curva de calibrao

    Considerando o modelo de regresso:

    y = b0 + b1x

  • Cromatografia Gasosa

    Padronizao interna

    - Consiste na comparao da resposta de um componente de interesse com um

    padro adicionado prpria amostra

    - Requer o uso de um padro para preparo padro interno tambm pode ser usado

    como correo do preparo da amostra

    - A quantidade de amostra no precisa ser conhecida

    - Resultados independentes das condies de CG

    - S o pico do composto de interesse e do PI so necessrios

    - Pode ser associada a uma calibrao um dos melhores mtodos de quantificao

    em CG

    - Desvantagens: Padro interno deve ter propriedades particulares, pode ter custo

    elevado para muitas amostras

  • Cromatografia Gasosa

    Padronizao interna

    - Clculos com padronizao simples:

    - Associada calibrao construir uma curva de calibrao conforme feito para a

    padronizao externa e adicionar o padro interno na mesma concentrao em

    todos os pontos da curva e nas amostras problema

    - A curva de calibrao deve ser construda com concentrao do analito no eixo x

    e razo de reas do analito/padro interno no eixo y

    - Para interpolar a amostra problema, usar a sua razo analito/padro interno

    - O padro interno corrige pequenos desvios ocorridos no preparo de amostras

  • Cromatografia Gasosa

    Padronizao interna

    - Ex.: Anlise de soro: Alquota de soro adio de padro interno adio de

    solvente para precipitao de protenas centrifugao separao do

    sobrenadante evaporao derivatizao anlise por CG-EM

    - Imaginando uma curva de calibrao:

    Dados:

    Conc. Aanalito API A/PI

    5 1450 2000 0,73

    10 2110 1800 1,17

    15 3400 2000 1,70

    20 1980 1000 1,98

    30 5880 1900 3,09

  • Cromatografia Gasosa

    Diluio isotpica - Considerada um caso especial da padronizao interna na qual o padro interno

    um isotopmero do analito

    - Pode ser usada exatamente como a padronizao interna: de forma simples ou

    associada calibrao

    - Resultados muito mais exatos S pode ser usada com EM

    - Pode ser usada na abordagem da correspondncia exata (Exact Matching

    Approach)

    - Nessa abordagem, preparam-se amostras controle fortificadas com o analito e o

    padro interno e estima-se a concentrao da amostra problema

    - Repete-se o preparo das amostras controle aproximando-se cada vez mais a sua

    concentrao da concentrao da amostra problema at que se tornem

    indistinguveis

  • Cromatografia Gasosa

    Diluio isotpica

  • Cromatografia Gasosa

    Diluio isotpica - Para controles a amostras problema indistinguveis aplica-se a seguinte equao:

  • Cromatografia Gasosa

    Diluio isotpica

    - Principais cuidados:

    - O padro interno deve ter tempo de equilibrar-se com a amostra

    - Avaliar a interferncia (seletividade) de ambos compostos (nativo e marcado) entre

    si

  • Cromatografia Gasosa

    Testosterone in Serum - 2.4 ng/g Spike

    31

    2

    6

    4

    5

    0

    1

    2

    3

    4

    5

    6

    7

    8

    9

    10

    11

    12

    13

    14

    0.5 1.5 2.5 3.5 4.5 5.5 6.5

    ng

    /g

    1 - Matrix Standards

    Isotopic Internal

    Standardisation

    2 - Matrix Standards

    Non-isotopic Internal

    Standardisation

    3 - Matrix Standards

    External Calibration

    4 - Solvent Standards

    Isotopic Internal

    Standardisation

    5 - Solvent Standards

    Non-isotopic Internal

    Standardisation

    6 - Solvent Standards

    External Calibration

    Gravimetric Value

    17%U

    Work undertaken by Chris Mussell and Anna Pardos-Pardos Dados de OConnor et al., 2012

  • Cromatografia Gasosa

    Adio Padro

    - Mtodo de quantificao usado quando h necessidade de preparo dos controles

    em matriz e no h matriz branca disponvel

    - Ex.: Quantificao de testosterona em urina

    - Prepara-se uma curva de calibrao com a adio de concentraes conhecidas do

    analito incluindo o ponto zero sem adio

    - necessrio que a faixa de concentraes estudadas exiba resposta linear

    - Aps a construo da curva, determina-se a concentrao original por extrapolao

  • Cromatografia Gasosa

    Adio Padro

    - A extrapolao feita at a intercesso da curva com o eixo x

    - Matematicamente, define-se y = 0

    - Obtm-se um resultado negativo inverte-se o sinal = concentrao original na

    matriz

  • Cromatografia Gasosa

    Consideraes importantes:

    Anlises quantitativas devem sempre que possvel usar replicatas verdadeiras (3 ou

    mais)

    Ao construir qualquer curva de calibrao, deve-se colocar todas as replicatas de cada

    nvel de concentrao na curva, NUNCA usar o valor mdio

    Nunca forar uma curva de calibrao a passar pela origem

  • Cromatografia Gasosa

    Anlise qualitativa

    - O tempo de reteno simplesmente no pode ser usado como critrio para a

    concluso da identidade de uma substncia em cromatografia

    - Para dar suporte a esse tipo de concluso: anlise em diferentes fases estacionrias

    (pelo menos 2)

    - Anlise com co-eluio

    - Combinao de ambos

    - Emprego de detectores seletivos

    - Emprego de detectores que produzam informao estrutural (EM; EM-EM

    quanto mais seletivo, melhor)

  • Cromatografia Gasosa

    Anlise qualitativa

    - Importante: Lembrar-se sempre da qumica bsica enantimeros s podem ser

    separados em meio quiral espectros de massas so idnticos

    - Exemplos de critrios de identificao qualitativa de um composto

    - Controle de dopagem: tR na amostra no pode diferenciar em mais do que 0,01 min

    ou 2% de urina de referncia

    - Tambm pode ser usada a massa acurada para dar suporte s concluses

  • Cromatografia Gasosa

    Anlise qualitativa

    - Para anlises de alimentos e outras no mbito da 2002/657/CE

    - Pontos de identificao mnimo para um positivo = 4 pontos

  • Cromatografia Gasosa

    Guia prtico para o

    desenvolvimento de mtodos

  • Cromatografia Gasosa

    Guia prtico para o desenvolvimento de mtodos

    - Principal objetivo do desenvolvimento de mtodos em CG: obter a resoluo

    adequada no menor tempo possvel

    - O procedimento aqui apresentado parte do princpio que a amostra totalmente

    desconhecida

    - Protocolo disponvel em Radler & Cardoso Qumica Nova 11(2) 1988

  • Cromatografia Gasosa

    Guia prtico para o desenvolvimento de mtodos

    - Condies preliminares:

    - Recomendvel usar uma lacuna de reteno (amostra totalmente desconhecida)

    focalizao da amostra, mas principalmente proteger a coluna de compostos no

    volteis

  • Cromatografia Gasosa

    Guia prtico para o desenvolvimento de mtodos

    - Condies preliminares:

    - Usar injeo com diviso de fluxo:

    Apesar de no ser o mtodo de injeo mais recomendado para anlise de traos e

    para substncias termolbeis, evita a sobrecarga da coluna e sua contaminao com

    susbtncias pouco volteis

    - Usar fase estacionria apolar:

    Reduz a possibilidade de reteno de compostos muito funcionalizados, alm de

    permitir relacionar a ordem de eluio ao ponto de ebulio dos compostos. Tambm

    so fases mais estveis termicamente preferncia por polimetilsiloxanas

    imobilizadas

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    Guia prtico para o desenvolvimento de mtodos

    - Condies preliminares:

    - Comprimento, dimetro interno e espessura de filme da coluna:

    Comprimento de 10 a 20 m Dimetro interno entre 0,25 e 0,35 mm (usual 0,25 ou 0,32 mm) Espessura de filme entre 0,1 e 0,5 m (depende da concentrao esperada) Para uma amostra totalmente desconhecida, usar coluna curta (10 ou 15 m), com

    dimetro 0,25 mm e espessura de filme de 0,15 m ou mais minimizar a reteno

    anlise rpida deteco de compostos pouco volteis

  • Cromatografia Gasosa

    Guia prtico para o desenvolvimento de mtodos

    - Condies preliminares:

    - Usar detector de ionizao por chamas

    o detector mais adequado para anlise exploratria de amostras orgnicas No h

    problemas com relao a concentraes elevadas um detector bastante sensvel

    - Condies de anlise:

    Temperatura inicial baixa para observao dos compostos volteis pequena reteno da coluna com temperatura mais alta pode levar perda dos mesmos

    Programao rpida: 10

    C/min Taxa 15

    C/min

    Temperatura final prxima da Tmax da coluna Tempo final infinito interromper a corrida com tempo = 2 x tR do ltimo pico

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    Guia prtico para o desenvolvimento de mtodos

  • Cromatografia Gasosa

    Guia prtico para o desenvolvimento de mtodos

    - No h picos no cromatograma?

    - Causas:

    A amostra no tem componentes volatilizveis

    As substncias presentes se degradaram e seus produtos ficaram absorvidos no sistema

    O detector por ionizao em chamas no responde aos compostos

    Amostra muito diluda ou deteco com pouca sensibilidade

  • Cromatografia Gasosa

    Guia prtico para o desenvolvimento de mtodos

    - No h picos no cromatograma?

    - Solues:

    Usar colunas com menor reteno (reduzir L, dc e E.F.)

    Usar injeo na coluna a frio para evitar a degradao no injetor

    Combinar os dois

    CLSSICO: Caso haja suspeita de que o DIC no seja adequado, realizar testes para a presena de enxofre ou halognios na amostra lembrar que

    polihalogenados no produzem sinal aprecivel no DIC

    Certificar-se de que a amostra constituda de substncias orgnicas e que a quantidade injetada est de acordo com a sensibilidade do detector

  • Cromatografia Gasosa

    Guia prtico para o desenvolvimento de mtodos

    - No h picos no cromatograma?

    - Solues:

    Caso ainda no apaream picos, selecionar outro mtodo de anlise cromatografia lquida

  • Cromatografia Gasosa

    Guia prtico para o desenvolvimento de mtodos

  • Cromatografia Gasosa

    Guia prtico para o desenvolvimento de mtodos

    - H picos no cromatograma?

    - Iniciar a otimizao da separao

    Reduzir a velocidade de programao e observar se h melhoria da resoluo

    Se tR for muito pequeno aumentar comprimento e espessura de fase da coluna

    tR continua reduzido aumentar a polaridade da fase estacionria (OV-31-OH; Carbowax; cianopropilsiloxana)

    O uso dessas fases polares tambm sugerido se houver suspeita de coeluio

    Observar o espalhamento dos picos com separao razovel entre eles se houver separao razovel, seguir para prxima etapa

  • Cromatografia Gasosa

    Guia prtico para o desenvolvimento de mtodos

  • Cromatografia Gasosa

    Guia prtico para o desenvolvimento de mtodos

    - H separao preliminar?

    - Aprimorar o resultado

    Se no for necessrio aprimorar pular esta etapa

    Se for necessrio seguir o diagrama

  • Cromatografia Gasosa

    Guia prtico para o desenvolvimento de mtodos

  • Cromatografia Gasosa

    Guia prtico para o desenvolvimento de mtodos

    - H resoluo adequada?

    - Otimizar o tempo de anlise

    Aumentar a taxa de programao para aproximar todos os picos tentar um mtodo com rampas mltiplas

    Aumentar a temperatura inicial at que ela comece a prejudicar a resoluo que se considera adequada

    Aumentar a vazo do gs de arraste (velocidade linear mdia) especialemente se as substncias elurem na isoterma final

    Alterar as caractersticas da coluna, reduzindo o comprimento e espessura de filme

  • Cromatografia Gasosa

    Guia prtico para o desenvolvimento de mtodos

  • Cromatografia Gasosa

    Guia prtico para o desenvolvimento de mtodos

    - H muitos outros recursos que podem ser usados para otimizar um mtodo,

    baseados em outros aspectos j abordados no curso

    - Esse guia visa ajudar no desenvolvimento inicial para amostras totalmente

    desconhecidas

    - Leituras recomendadas:

  • Cromatografia Gasosa

    Guia prtico para o desenvolvimento de mtodos

  • Cromatografia Gasosa

    Guia prtico para o desenvolvimento de mtodos

  • Cromatografia Gasosa

    Guia prtico para o desenvolvimento de mtodos - Dicas prticas de utilizao de CG

    Substituir septos regularmente a cada 50 injees sempre que resfriar o equipamento

    Se no tem ideia da temperatura do injetor a usar, comece em 250

    C

    Use sempre gases, reguladores e tubulaes adequadas

    Sempre verificar vazamentos nas linhas de gases e trocar os cilindros quando a presso atingir 200 psi

    Sempre que possvel, purgar a coluna com gs carreador (15 30 min) antes de aquec-la

    Usar sempre a coluna mais apolar possvel para a separao desejada

    Sempre que possvel utilize colunas de baixo sangramento

  • Cromatografia Gasosa

    Guia prtico para o desenvolvimento de mtodos - Dicas prticas de utilizao de CG

    Sempre corte as pontas da coluna aps passar por anilhas de grafite

    Se os picos iniciais forem muito largos tente usar uma coluna com espessura de fase maior

    Inspecione e troque sempre os liners liners sujos levam a picos deformados

    Use o liner correto para o tipo de injeo

    Se os picos estiverem deformados troque o septo, liner e corte 0,5 m da cabea da coluna

    Sempre marque qual a cabea da coluna

    Sempre use anilhas novas

  • Cromatografia Gasosa

    Guia prtico para o desenvolvimento de mtodos - Dicas prticas de utilizao de CG

    Ateno ao corte da coluna

    Reaperte todas as conexes de uma coluna recm colocada cerca de a volta aps os primeiros ciclos de aquecimento do equipamento

    Sempre use anilhas de grafite/vespel para a interface com EM

    No desconecte uma coluna em temperatura ou presso elevada deixe atingir a temperatura e presso ambientes antes

    Antes do uso sempre condicione as colunas na temperatura mxima recomendada pelo fabricante por cerca de 1 2 h

    Quando guardar uma coluna, feche suas pontas com septos lembre de cortar pelo menos 3 cm antes de reutiliz-las

  • Cromatografia Gasosa

    gua em CG Molhar a coluna,

    pode?

  • Cromatografia Gasosa

    gua em CG - A gua considerada um solvente menos que ideal em

    CG

    - Problemas: grande volume de expanso de vapor,

    molhabilidade e solubilidade baixas na fase estacionria,

    problemas em detectores como o DIC, danos qumicos

    fase estacionria ...

    - Mas...

    - Em alguns casos injetar gua inevitvel (como usando

    um purge-and-trap) ou mais conveniente do que fazer

    uma longa extrao com solvente

  • Cromatografia Gasosa

    gua em CG - Os problemas com a introduo de gua em CG comeam no injetor grande

    volume de expanso facilmente pode causar backflash

    - Na coluna - baixa molhabilidade na fase estacionria Grob e cols.: no h uma

    fase estacionria que possa ser molhada pela gua e, ao mesmo tempo,

    suficientemente desativada para uma boa cromatografia uma parte da gua pode

    passar como lquido pela coluna alargamento e diviso de bandas

    - Usando temperaturas iniciais do forno acima de 100

    C bons resultados

    - Muita gua sendo eluda pode apagar a chama do DIC, reduzir a sensibilidade do

    DCE

    - Nota de aplicao Agilent fases quimicamente ligadas (tipo DB) - testes antes e

    aps 1000 injees de gua

  • Cromatografia Gasosa

    gua em CG

    - Injeo em split A injeo sem diviso de fluxo iria levar a um backflash elevado

    - Foram testadas 2 temperaturas para a corrida: 60 C e 130 C

    - Aps 1000 injees em cada temperatura, nenhuma das fases quimicamente ligadas

    sofreu danos testes de Grob repetidos e resultados idnticos

    - Uma fase no ligada foi gradualmente perdida no recomendvel o uso com gua

  • Cromatografia Gasosa

    Testes de avaliao de colunas capilares

  • Cromatografia Gasosa

    Avaliao de colunas capilares

    - As colunas capilares modernas possuem alta inrcia e eficincia

    - A pequena quantidade de fase estacionria, no entanto, pode fazer com que essas

    caractersticas se percam rapidamente

    - Pequenas quantidades de impureza presentes nas amostras ou no gs carreador

    - Quaisquer alteraes no desempenho da coluna s podem ser percebidas (a tempo

    de uma ao corretiva) com testes de desempenho

    - Os testes existentes consistem em uma injeo de padres selecionados com

    caractersticas especficas e avaliao do cromatograma resultante

  • Cromatografia Gasosa

    Avaliao de colunas capilares

    - As colunas capilares modernas possuem alta inrcia e eficincia

    - A pequena quantidade de fase estacionria, no entanto, pode fazer com que essas

    caractersticas se percam rapidamente

    - Pequenas quantidades de impureza presentes nas amostras ou no gs carreador

    - Quaisquer alteraes no desempenho da coluna s podem ser percebidas (a tempo

    de uma ao corretiva) com testes de desempenho

    - Os testes existentes consistem em uma injeo de padres selecionados com

    caractersticas especficas e avaliao do cromatograma resultante

    - Existem diferentes misturas-teste para uso nesses testes que tambm podem ser

    feitos em diferentes condies experimentais

  • Cromatografia Gasosa

    Avaliao de colunas capilares

    - Informaes que se deseja (com um nico teste): caractersticas de adsoro,

    eficincia de separao, comportamento cido-base e espessura de filme lquido

    - A metodologia apresentada aqui foi extrada de Cardoso & Radler Qumica Nova,

    1986 por sua vez extrada basicamente dos trabalhos de Grob

    - A mistura-teste inclui componentes cidos, bsicos, neutros, hidroxilados e

    carbonilados a fim de avaliar a interao da coluna com diferentes grupos

    funcionais

  • Cromatografia Gasosa

    Avaliao de colunas capilares

    Composio da mistura-teste

  • Cromatografia Gasosa

    Ordem de eluio da mistura-teste em diferentes fases estacionrias

  • Cromatografia Gasosa

    Ordem de eluio da mistura-teste em diferentes fases estacionrias

  • Cromatografia Gasosa

  • Cromatografia Gasosa

    Diferentes pares

    com a mesma

    funo (ver A e

    am)

  • Cromatografia Gasosa

    - H casos em que a reduo de um sinal no indica um problema ne desempenho

    da coluna

    -

    - Ex: cido 2-etil-hexanico (S) em colunas apolares e C10-C12 em fases polares

    com filmes delgados (

  • Cromatografia Gasosa

    - Para uso dirio, se os problemas esto concentrados nos indicadores mais

    sensveis: D, S e am provavelmente no haver problemas na maioria das

    situaes

    - Quanto mais inerte for a coluna, maior ser a sua vida til e melhor ela ser para

    anlises quantitativas, garantido repetitividade

  • Cromatografia Gasosa

    - Outra informao retirada do teste a eficincia da coluna

    - Medida pelo nmero de separao (Trenzahl Tz)

    - Sendo tR a diferena de tempo de reteno entre dois picos e W1/2 as larguras

    em meia altura

    - No teste, calcula-se o Tz para dois pares de picos: E10/E11 e E11/E12 e tira-se a

    mdia

  • Cromatografia Gasosa

    - Valores tpicos de Tz:

  • Cromatografia Gasosa

    - Por fim, o teste permite o clculo da espessura de filme da coluna

    - Esse clculo importante no diagnstico de possveis problemas ocorrendo na

    coluna sangramento, oxidao das extremidades, redistribuio da fase etc.

    - Mede-se a temperatura de eluio do E12 e ento calcula-se a diferena entre

    essa temperatura e a temperatura padronizada para aquela fase (dada nas tabelas

    anteriores)

    - Medir a temperatura de deteco e subtrair o tempo morto

    - Usa-se o normograma para o clculo

  • Cromatografia Gasosa

    - Normograma:

  • Cromatografia Gasosa

    - Procedimento prtico:

    1 Colocar a coluna em equipamento com injetor split e detector de ionizao por

    chama e resfriar o forno a uma temperatura menor que 40 C (ou colocar 40 C

    como temperatura inicial do forno)

    2 Ajustar a presso de entrada e a razo de split para obter para o metano um tR =

    3,5 s/m (ou ajustar o sistema para uma velocidade linear mdia de 28,5 cm/s) +/- 5%

    3 Configurar a programao de temperatura em funo do tamanho da coluna: 10

    m: 2,5 C/min e 50 m: 0,5 C/min

    4 Injetar a mistura padro de modo que aproximadamente 2 ng de cada

    componente cheguem coluna (ex: 1L com split 1:20)

    5 Na faixa provvel de sada de E12 (110-140 C), fazer duas aotaes com a

    temperatura medida naqueles instantes

  • Cromatografia Gasosa

    - Procedimento prtico:

    6 Ao final da cromatografia inter- ou extrapolar a temperatura de eluio do E12

    7 Desenhar a linha dos 100% que passa pelos picos dos dois n-alcanos e dos trs

    steres

    8 Expressar a altura dos demais picos como uma porcentagem da distncia entre a

    linha de base e a linha dos 100%

    9 Determinar o TZ mdia de E10/E11 e E11/E12

    10 Determinar a espessura do filme comparando a temperatura determinada na

    etapa 6 com os valores de referncia da tabela e usar a diferena no normograma

    para clculo da espessura de filme.

  • Cromatografia Gasosa

    Dvidas?

    Questes prticas, tericas, aplicaes especficas...

  • Cromatografia Gasosa

    Obrigado!

    Bruno

    R: 3095